AA_08_Modelos de avaliação de riscos
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AUXILIAR DE APRENDIZAGEM
CÓDIGO DO CURSO: HSAR
NOME DO CURSO: AVALIAÇÃO DE RISCOS
MODELOS DE AVALIAÇÃO DE RISCOS
DATA: 24/05/2012 NOME DO FORMADOR: ENG.ª SUSANA MARQUES
EXERCÍCIO 1 | MÉTODO DAS MATRIZES
Em grupo, considere a seguinte situação. Proceda à avaliação de riscos e no final compare com
os outros grupos.
A empresa “Tudo ao Monte e Fé em Deus, S.A.” foi contratada para realizar um conjunto de
tarefas de pichelaria numa indústria na zona de Aveiro. Habitualmente subcontrata este tipo de
tarefas. Mas como o trabalho tem vindo a escassear, o Administrador da empresa decidiu que
desta vez seriam eles a realizar todos os trabalhos contratados, apesar de não ser esta a área de
atuação da empresa.
Acabaram por montar um pequeno “barraco” de madeira no interior do perímetro da indústria,
onde colocou algumas máquinas que comprou em 2ª mão (torno, máquina de dobrar e cortar
chapa, fazer junções, etc.). É aqui que se irão preparar todos os materiais para posterior
instalação no empreendimento, nomeadamente, tubagens, curvas, condutas em chapa, etc.
Como não tinha mão-de-obra especializada, o Administrador resolveu contratar 4 indivíduos de
uma empresa de trabalho temporário. No entanto, existe um colaborador na empresa, o Sr.
Santos, que no passado trabalhou numa pichelaria e que, como tal, acabou por ser nomeado
encarregado. No entanto, este não está para se “incomodar” muito com os novos elementos da
empresa de trabalho temporário, deixando-os a trabalhar sozinhos durante a maioria do tempo de
trabalho.
As máquinas são antigas e encontram-se em más condições de funcionamento. Uma delas até
tem um plástico improvisado a tapar parcialmente alguns órgãos mecânicos da máquina. O torno
não é o mais apropriado para o tipo de tarefas a realizar, ao ponto de um dos elementos ter de
subir para cima do torno para poder trabalhar.
Além disso, utilizam alguns produtos químicos, na junção de tubos e para limpeza, que parecem
ser agressivos para as mãos, uma vez que estes têm as mãos muito “gretadas” e cheias de
cortes.
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O manuseamento da tubagem e condutas é efetuado manualmente, embora por vezes tenham de
pedir emprestado um dos empilhadores existentes na indústria, quando as peças a transportar
são muito pesadas. Este meio serve até, de vez em quando, para fazer “rally”.
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Área Identificação de Perigos Risco P G NR Medidas de prevenção e controlo
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EXERCÍCIO 2 | MÉTODO DA MATRIZ COMPOSTA INSHT
Em grupo, considere a seguinte situação. Proceda à avaliação de riscos e no final compare com
os outros grupos.
Uma empresa possui uma instalação dividida em armazém, escritório e produção. No armazém,
um largo conjunto de garrafas de vidro, garrafas de gás, produtos alimentares e outros recipientes
de produtos químicos encontram-se armazenados em estanteria.
De um modo geral, o armazém está dividido por zonas de armazenamento, contudo não existe
uma separação física entre as mesmas.
A capacidade de armazenamento da estanteria é limitada, e com frequência o responsável de
armazém é obrigado a indicar ao técnico de armazém que coloque sobre o piso todos os materiais
e produtos. Assim, não é invulgar verificar a existência de grades empilhadas, vários materiais e
produtos colocados uns em cima dos outros.
Numa auditoria efetuada pelo técnico de segurança, este constatou que na zona de armazém
afeta às grades de garrafas de vidro, encontravam-se armazenados as garrafas de gás. Esta parte
do armazém é exígua, dificultando a movimentação dos trabalhadores. Uns meses antes, próximo
deste local, foi instalado na parte produtiva um forno. Apesar da empresa possuir dois porta
paletes velhos, eles não podem ser utilizados nesta zona dado o espaço disponível.
Na parte do armazém destinada aos produtos alimentares (sacos de batatas), o manuseamento
manual de cargas era executado de forma repetitiva, ao longo do dia. A utilização de equipamento
mecânico de cargas era esporádica. Para aceder às prateleiras mais elevadas, os trabalhadores
usavam uma escada móvel. Esta escada era velha, muito enferrujada e sem um degrau. Os
trabalhadores afetos a este local apresentavam frequentemente dores musculares ao nível dos
braços e da coluna.
A zona do armazém afeta ao armazenamento de alguns produtos químicos não apresenta
ventilação localizada e não possui extintor nas proximidades. Não existe cuidado nenhum na
colocação dos produtos químicos na prateleira (ex.: não têm em consideração questões
relacionadas com a reatividade). A empresa não possui as fichas de dados de segurança dos
produtos. Alguns dos produtos químicos têm uma temperatura de inflamação muito baixa. Neste
sector, os trabalhadores não possuem máscaras, óculos nem roupa de trabalho.
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De um modo geral, o piso de armazém encontra-se frequentemente húmido. Não existem vias de
circulação definidas, nem sinalização e a iluminação não é adequada.
As estantes não possuem proteção contra choques. Algumas destas estruturas são velhas,
encontrando-se ligeiramente empenadas. Os trabalhadores não possuem calçado de trabalho
apropriado.
No armazém trabalham cerca de 6 pessoas. Contudo, este local é frequentado por outros
trabalhadores com alguma regularidade, dado este ser o caminho mais rápido da produção para
os balneários.
O técnico de segurança pediu dados de sinistralidade laboral e outros elementos de eventuais
incidentes ocorridos na zona do armazém, ao responsável dos recursos humanos. Verificou a
existência de lesões musculares em 4 dos trabalhadores, nos últimos 3 anos, correspondendo a
118 dias de trabalho perdidos. Outra ocorrência deve-se ao corte numa perna registado num
trabalhador, após a queda de grades de garrafas de vidro, dois anos antes.
Em conversa com o responsável de armazém, o técnico de segurança registou nos seus
apontamentos que as quedas devido ao piso húmido eram frequentes, bem como a queda de
material armazenado.
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Área Identificação de Perigos Risco ND NE NP NC NR NI Medidas de prevenção e
controlo
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EXERCÍCIO 3 | MÉTODO W. T. FINE I
Em grupo, considere a seguinte situação:
Numa empresa de manutenção e reparação automóvel, a empresa prestadora de serviços
externos de segurança e higiene do trabalho adotou o método W. T. Fine na avaliação de riscos.
O técnico de segurança efetuou recolha dos dados estatísticos dos acidentes de trabalho da
empresa, bem como analisou os postos de trabalho e equipamentos de trabalho existentes.
Na zona de agregados, o técnico verificou a existência duma máquina cuja data de fabricação não
constam da mesma. Questionou o empresário sobre a data da mesma, tendo a resposta sido
evasiva, dado que ela já existia aquando a aquisição de uma antiga empresa, há cerca de 20
anos.
Aquando da análise de riscos associada a este equipamento e atendendo ao seu estado, o
técnico concluiu que a sua utilização podia provocar lesões graves, ou mesmo a morte, caso
ocorra a falha estrutural dos componentes já degradados.
Este equipamento de trabalho é utilizado duas a três vezes por mês, para reparar ou reconstruir
uma peça. Existe um histórico de 2 acidentes nos últimos dois anos, com incapacidades
temporárias devido à projeção de um componente da máquina que fraturou.
Após análise mais pormenorizada sobre as medidas a implementar, o técnico propôs duas
medidas distintas:
- Aquisição de uma máquina nova, com um custo de 7500 €
- Intervenção na máquina, com colocação de proteções e substituições de componentes
degradados, cujo custo estimado é próximo de 950 €.
Caso a opção recaía sobre a primeira solução, o grau de correção previsto situa-se próximo dos
90 %. Se a segunda opção for a escolhida, o grau de correção previsto rondará os 70 %.
a) Efetue a avaliação de riscos para a situação descrita, determinando o fator J para cada uma
das medidas propostas.
b) Aquando da realização da reunião entre o técnico e o empresário para apresentação do
relatório de avaliação de riscos, este último insurgiu-se quanto às medidas propostas. Em
alternativa, o empresário questionou o técnico sobre a aquisição de Equipamento de Proteção
Individual que tinha sido proposta por uma empresa que usualmente vendia esse equipamento.
Sabendo que o custo deste EPI é e 35 € e o grau de correção previsto é, no máximo, de 10 %,
indique como é que o técnico deve convencer o empresário que deve adotar uma das medidas
propostas no relatório.
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EXERCÍCIO 4 | MÉTODO W. T. FINE II
Em grupo analise e resolva a situação seguinte:
Uma empresa, localizada na região da grande Lisboa, deseja saber se o investimento que vai
realizar em segurança, será bem empregue e qual o seu grau de justificação. A situação é a
seguinte:
Tendo em vista a crise global, em Outubro de 2005, e necessitando de demitir cerca de 2.500
funcionários, a empresa tem receio que haja tumulto no interior da fábrica. Se o tumulto ocorrer
muitas máquinas consideradas prioritárias poderão sofrer danos e causar prejuízos acima de
250.000 €. A empresa propõe como forma de evitar prejuízos maiores a realização de palestras e
a elaboração de um programa de sensibilização, além da implantação de reforço no esquema de
segurança. A estimativa de investimento prevista é de 45.000 €.
EXERCÍCIO 5 | ÁRVORE DE FALHAS I
Em grupo, considere o acontecimento indesejável (acontecimento de topo) “Torrada sai queimada
da torradeira” e a respetiva árvore de falhas ilustrada. Identifique as portas lógicas aplicáveis.
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EXERCÍCIO 6 | ÁRVORE DE FALHAS II
Em grupo, analisa a árvore de falhas seguinte. Qual a probabilidade do acontecimento de topo?
EXERCÍCIO 7 | ÁRVORE DE FALHAS III
Em grupo, considere a seguinte situação e construa a árvore de falhas.
Um carpinteiro cortou a mão numa serra:
- Porque a serra estava em funcionamento
- E porque a máquina não estava protegida
• Porque proteção foi retirada
Pelo operador
E autorizado pela chefia direta
• Ou porque a tarefa não permite a proteção
• Ou porque não existe proteção
Por desconhecimento
E por inexistência de regras
- E porque a mão encontrava-se na linha de corte
• Porque o operador estava desatento
• Ou porque estava desinteressado / falta de empenho
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EXERCÍCIO 8 | ÁRVORE DE EVENTOS I
Em grupo, aplique o método de árvores de eventos à situação a seguir descrita:
Num local de trabalho existe um depósito de gás venenoso, onde trabalha uma pessoa.
O depósito está equipado com um dispositivo de corte automático que opera quando é detetada
uma fuga de gás. Existe um outro dispositivo de deteção que atua em segunda linha acionando
um alarme de aviso para que a pessoa possa abandonar o local sem ficar exposto a uma dose
demasiado perigosa (envenenamento com gravidade).
a) Represente a árvore de eventos.
b) Determine a probabilidade da ocorrência de cada um dos resultados possíveis associado à
ocorrência do evento iniciador, considerando:
P1 – Probabilidade de ocorrer uma fuga de gás venenoso = 0,3 (Q1 = 0,7)
P2 – Probabilidade de operação do sistema de corte automático = 0,8 (Q2 = 0,2)
P3 – Probabilidade de acionamento do alarme = 0,9 (Q3 = 0,1)
P4 – Probabilidade da pessoa conseguir fugir = 0,7 (Q4 = 0,3)