a06_Elaboracao_do_guiao_primeiros_ensaios
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ANEXO 6
PROGRAMA EM DIRETO –
PROGRAMA - PIC – PÚBLICO INTERROGA A CIÊNCIA!!!
Entretanto, projeção de slide – tipo logotipo do programa/música própria a abrir
No Palco – Moderador=Apresentador; Cientista- que porá em prática as experiências
necessárias; Historiador de Ciência
No Público – Vários jovens “identificados” como jovens que querem levantar questões…
“qualquer” dúvida…
Introdução (apresentadora):
- Tal como nos outros Programas vamos seguir o mesmo formato. Vamos ler um poema e
partir para as questões do público---
-Poema assinala os 400 anos do nascimento de Galileu, sendo A. Gedeão professor de Física e
Química e poeta, escreveu este poema….
Lê-se o poema… ----- acompanhado por Imagem
Bombardeamento de questões; ritmo rápido - simboliza que o poema suscita muitas questões
Moderadora acalma o público… questionando:
Q- Mas afinal, quem são vocês?
Rta. – Jovens curiosos, … cheios de dúvidas, .. desejosos de saber … queremos respostas!
Voltam, então estes jovens, a colocar as questões de forma ordenada e clara:
Q1- Mas, afinal, quem é Galileu?
Rta. – Um Cientista! Que viveu entre 15 de Fevereiro de 1564 e 8 de Janeiro de 1642. Filho
de Vicenzo Galilei, pertencente a uma família de nobres of straitened fortune, que se
distinguiu como músico e matemático. O seu filho, Galileu Galilei, desde cedo manifestou a sua
apetência para as matemáticas e as mecânicas, mas o seu pai destinou-o ao estudo das
medicinas por serem bem mais bem pagas… ele ainda tentou… mas o génio, a força estava lá e
rapidamente abandonou esse caminho. Antes dos seus 20 anos… observações… em 1588….
Nos anos seguintes… e mostrou a falsidade … o que desencadeou uma tempestade contra ele
da parte dos aristotélicos… consequência: Galileu achou mais prudente deixar Pisa e ir para
Florença, onde desde 1592 e durante 18 anos esteve à frente da Cadeira de Matemáticas na
Universidade de Pádua. Foi apresentado ao Grão duque da Toscânia como Matemático e
Filósofo
Q2- E de onde é Galileu? ---- (Imagem da Florença do Tempo…) Patrício Florentino, nascido em
Pisa, quase toda a sua história académica se passa, pois, em Florença, onde vem a morrer e
onde está sepultado junto com Michelangelo Buonarroti e… na Basílica de Santa Cruz.
Q3- Como é que Galileu, sendo cientista, duvidou do que todos vemos? Quer dizer, que os
corpos caem, tanto mais depressa, quanto mais pesados são?
Rta. – Claro! Isso é um disparate!
Rta- Na Torre de Pisa fez a experiência de dois corpos de massas diferente que são lançados ao
mesmo tempo…
Rta- Não é bem assim porque esse assunto já foi explorado com a minha professora de Física e
… e… saiu na pergunta 5, do último grupo, no teste intermédio, na última semana do mês de
Maio, do ano 2012, …no século XXI.
DEMONSTRAÇÃO…
Q4. O que é essa cena do santo Ofício?
Rta.
Q5- Como se cruza Galileu com o santo Ofício?
Bem… só se cruza em 1633! Após a publicação de… em que…
Q6- Então e ele? Ele acobardou-se? Por que raio é que ele renuncia às suas teorias diante do
Tribunal da Inquisição?...
Q7- que velocidade é esta de 30Km/s? 108.000 … por hora?
Rta- demonstração de cálculos em Power Point
Q8- Não percebo o último verso do poema…
Q9- Afinal, como é que tendo ele razão esteve diante do Sto Ofício?
Então, podemos concluir que a prisão de Galileu foi muito injusta?
Rta- Pelo menos na perspetiva do Eu do Poema….
Rta do Historiador de Ciência:
Q10- Mas onde é que tu estavas em 2009?
Rta. – em 2009 estava… estava… já sei! Estava na Júlio Brandão! !!....
(Porquê? O Que é que se passou?)
Rta do Historiador- Alto! Alto! Estou-me a referi ao Ano Internacional da Astronomia em que
se comemoraram os 400 anos das descobertas de Galileu.
Apresentadora…- O Sr. Dr. é um historiador de Ciência, especializado na vida e obra de galileu,
é nosso convidado especial e, reparem bem srs. Espetadores, irá revelar, em primeiríssima
mão informações deveras desconhecidas do público em geral!
Historiador- Muito boa tarde! Primeiro que tudo, um elogio aos jovens! … Tenho estado aqui
muito atento ao desenrolar do pro´grama e não posso deixar de elogiar esta busca aguerrida
do saber… tão pouco habitual nos tempos que correm, com tantas distrações que amolecem a
gente nova… mas que hoje aqui transborda por todos os poros1 de facto, só esta atitude pode
potenciar o desejo de conhecer!
Dediquei grande parte da minha vida ao estudo de Galileu… porque sempre me inquietou a
controvérsia entre a Igreja e esta figura incontornável do mundo da Ciência…
Q11- Eu continuo na minha… a Igreja portou-se muito mal no juízo e na atuação que teve
neste processo!
Historiador- Ao portar-se mal neste processo de Galileu, que foi muito mediático, generalizou-
se que a Igreja é anti-ciência, e isso não é verdade!
Vejamos! Vamos aos factos! Sem recuarmos muito na História e sem nos dispersarmos pelo
mundo inteiro, centremo-nos em Portugal e nos portugueses!
Em 1612 é um Missionário Jesuíta Português que a partir da Índia, pede, para a Europa, mais
informações sobre as novas descobertas.
É um Missionário Jesuíta, português, em Pequim, que em 1614 redige e publica um resumo
das descobertas telescópicas de Galileu, o qual foi reeditado várias vezes e que tem a honra de
ser o primeiro escrito em chinês sobre os recentes debates cosmológicos, chamou-se
«Sumário sobre questões do Céu»
Q12- Então, tu dizes que a Igreja se portou mal… mas os Missionários são Igreja! …
Historiador- Calma, calma!... Tenho mais dados que posso fornecer:
O Colégio de Santo Antão em Lisboa, dos Padres Jesuítas, estava em constante ligação com o
Colégio Romano dos mesmos Jesuítas, onde Galileu, logo em 1611 foi recebido
apoteoticamente, naquilo que foi a primeira grande cerimónia de consagração do cientista.
Ora, em 1614, vem de lá o Jesuíta Giovani Paolo Lembo, que conheceu pessoalmente Galileu
e que fica cá até 1617 a ensinar! Por isso, Lisboa está, assim, diretamente ligada a Roma,
grande centro dos debates cosmológicos! Lisboa está na vanguarda das descobertas de então!
Aqui se constroem os primeiros telescópios do nosso país, na chamada “Aula da Esfera”!
Q13- Aula de quê?
Historiador- A Aula da Esfera foi a primeira instituição do mundo onde os alunos foram
iniciados na construção de telescópios e onde todos os professores colocaram a discussão das
descobertas de Galileu no centro das suas lições.
Alunos curiosos - Uauu!!!
Não só fomos pioneiros no mar como no conhecimento científico!!
O que é que nos aconteceu entretanto?
RESPOSTA PÁGINA 4….
Q14- Está de alguma forma a referir-se a Marquês de pombal?
Historiador- O que sabem sobre o Marquês de Pombal
Alunos- o Marquês de Pombal foi o responsável pela reconstrução de Lisboa, após o terramoto
de 1755…
Historiador-Bem, também foi responsável por em 1759 ter expulsado as Ordens Religiosas,
destruir o espólio dos Colégios dos Jesuítas, utilizando como justificação para o
desaparecimento dessas fontes de conhecimento, o terramoto! Explicação que hoje é
completamente inaceitável!
Q15- E o que aconteceu aos alunos desses colégios?
Historiador- Caro amigo… fechando-se o colégio, o número de alunos diminuiu drasticamente!
Há registo de 20.000 alunos a frequentarem os colégios dos Jesuítas e esse número só foi
recuperado no século XX, passados 150 anos! Mais visível, ainda, são os números referentes à
Universidade de Coimbra, que de 2827 alunos, passou a ter 451! Ficaram 16% dos alunos! O
universo cultural do nosso país contraiu-se dramaticamente! Já repararam quem seríamos
hoje se tivéssemos continuado com aquele ritmo de busca do saber?!!
Q16- Mas a Igreja portou-se muito mal na condenação de Galileu…
Historiador- Apresentei-vos factos, para que vocês jovens, com capacidade crítica, consigam
fazer os vossos juízos de valor e possa olhar para a controvérsia gerada à volta do processo de
Galileu, bem como o poema de Gedeão de uma forma mais consistente!
Apresentadora - Muito brigada, a todos! O nosso tempo esgotou-se. Esperamos que o
Programa tenha contribuído para o despertar de um novo olhar, cumprindo assim o seu
objetivo.
Resta-me anunciar o texto que servirá de ponto de partida para o próximo programa – “A Ilha
dos Amores” de Luís de Camões ; “As Mãos dos Preto s “ de Luís Bernardo Honwana.
Muito obrigada, até ao próximo programa…