a02 - Introdução à Acidentes de Trabalho

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17/10/2010 1 ACIDENTE DE TRABALHO

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ACIDENTE DE TRABALHO

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VIDEOS

Situação 1

O mecânico voltará para casa com umaou duas mãos?

Vídeo - sleeve

Situação 2

O operador de empilhadeira voltarápara casa?

Vídeo - factory

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Situação 3

O soldador voltará para casa?

Vídeo – family_guy

Créditos

Videos publicitários da WSIB - Workplace Safety and Insurance Board.

Site: www.prevent-it.ca

ACIDENTE DE TRABALHO - AT

Conceito

Prevencionista: é toda ocorrência não programadaou prevista, estranha ao andamento normal dotrabalho, da qual possa resultar danos físicos e/oufuncionais ou lesões ao trabalhador e/ou danosmateriais e econômicos à empresa.

Legal (Lei 8.213/91): É aquele que ocorrer peloexercício do trabalho a serviço da empresa,provocando lesão corporal, ou perturbação funcional,que cause perda ou redução da capacidade detrabalho (temporária ou permanente) ou morte.

Considera-se AT

Consideram-se acidente do trabalho (art. 20):Doença Profissional – É desencadeada pelo

exercício do trabalho;Doença do Trabalho –É desencadeada em função

de condições especiais em que o trabalho érealizado.

Equipara-se AT

Equiparam-se ao acidente do trabalho (art. 21):I. o acidente ligado ao trabalho que, embora

não tenha sido a causa única, haja contribuídodiretamente para a morte, para redução ouperda da sua capacidade para o trabalho, ouproduzido lesão que exija atenção médicapara a sua recuperação.

Exemplo: Uma infecção por tétano, depois depequeno ferimento de um trabalhador.

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Equipara-se AT

II. o acidente sofrido no local e no horário dotrabalho, em consequência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticadopor terceiro ou companheiro de trabalho;

b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivode disputa relacionada ao trabalho;

c) ato de imprudência, de negligência ou de imperíciade terceiro ou de companheiro de trabalho;

d) ato de pessoa privada do uso da razão;e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos

fortuitos ou decorrentes de força maior.

Equipara-se AT

III. a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;

Exemplo: enfermeiro que sofre um corte ao quebrar um frasco contendo sangue e é contaminado pelo vírus HIV.

Equipara-se AT

IV. o acidente sofrido pelo segurado ainda que forado local e horário de trabalho:

a) na realização de serviço sob a autoridade da empresa; Exemplo: Ir a uma papelaria comprar materiais de escritório ou ir

a um banco pagar uma conta, ambos sob ordem da empresa, e se acidentar.

b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; É o caso do empregado ir a uma loja, por conta própria, já

sabendo do seu trabalho, comprar uma peça para reposição de estoque e se acidentar.

Equipara-se AT

c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudoquando financiada por esta dentro de seus planos paramelhor capacitação da mão-de-obra, independentementedo meio de locomoção utilizado, inclusive veículo depropriedade do segurado;

d) no percurso da residência para o local de trabalho oudeste para aquela, qualquer que seja o meio delocomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.

Estudos, Pesquisas e Estatísticas

600

30

10

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Não Comunicados

Lesões graves ou fatais

Lesões menores

Acidentes comdanos à propriedade

Incidentes semlesões ou danos visíveis

Estudos dos acidentes e incidentes

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CAT

Comunicação de Acidente do Trabalho Ocorrido o acidente de trabalho, isto é, aquele que envolva

trabalhadores, a empresa deverá comunicá-lo à PrevidênciaSocial, através da CAT, até o primeiro dia útil ao acidente e,quando fatal, de imediato à autoridade policial.

No caso da não comunicação, o INSS poderá aplicar multas. Estas regras estão previstas no art. 22 da Lei 8.213/91

Fonte: Previdência Social (tabelas extraídas da Revista Proteção)

PAR

AÍBA

Fonte: Previdência Social (tabelas extraídas da Revista Proteção)

PAR

AÍBA

Fonte: Previdência Social (tabelas extraídas da Revista Proteção)

AS ESTATÍSTICAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO NÃO REFLETEM A DOR E O SOFRIMENTO QUE TRAZEM PARA SUAS

VÍTIMAS, FAMÍLIAS, COLEGAS E AMIGOS

Setor Elétrico

Fundação COGE - Fundação Comitê de GestãoEmpresarial Constituída por 63 empresas do Setor Elétrico

Brasileiro; Missão de promover o aprimoramento da gestão

empresarial e da cultura técnica do Setor ElétricoBrasileiro; Pesquisas e Estatística do Setor Elétrico (Contratada da

Eletrobrás); Projetos referentes à Segurança e Saúde no Trabalho;

http://www.funcoge.org.br/

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Relatório de Estatística de Acidentes do Setor Elétrico Brasileiro - 2008

Relatório de Estatística de Acidentes do Setor Elétrico Brasileiro - 2008

Relatório de Estatística de Acidentes do Setor Elétrico Brasileiro - 2008

NBR14.280 – Cadastro de Acidentes

Taxas de frequência

Número de acidentes por milhão de horas-homemde exposição ao risco, em determinado período.

FA é a taxa de freqüência de acidentes; N é o número de acidentes; H representa as horas-homem de exposição ao risco.

Taxa de gravidade

Tempo computado por milhão de horas-homem deexposição ao risco, em determinado período.

G é a taxa de gravidade; T é o tempo computado (dias perdidos + dias

debitados); H representa as horas-homem de exposição ao risco.

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Relatório de Estatística de Acidentes do Setor Elétrico Brasileiro - 2008

CUSTOS DOS AT

CustosCustos produzidosproduzidos pelospelos acidentesacidentes

SAT – Seguro de Acidentes do Trabalho

É calculada de acordo com o nível de risco de acidentesdo trabalho. A contribuição é calculada em relação à

folha de salário e é recolhida juntamente com as demaiscontribuições arrecadadas pelo INSS.

1% para a empresas de riscos de acidente considerado leve;

2% para a empresa de risco médio,

3% para a empresa de risco grave.

FAP – Fator Acidentário de Prevenção

Custos produzidos pelos acidentes

Estudos mostram que para cada:

$1 – CD $5-50 –CI

Custo Direto

Ligados diretamente ao atendimento do acidentado.

Responsabilidade da entidade seguradora.

Despesas médicas, hospitalares e farmacêuticas necessárias

para a recuperação do trabalhador acidentado, para que ele

possa reassumir a sua ocupação;

Pagamento de diárias e benefícios ao acidentado;

Transporte de acidentado do local de trabalho ao local de

atendimento.

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Custo Indireto

Não atribuídos aos acidentes, mas que se manifestam

como consequência indireta dos mesmos.

O seu ônus fica a cargo dos empregadores. Salários pagos durante o tempo perdido por outros

trabalhadores, na hora do acidente e após o mesmo;

Salários adicionais pagos por trabalhos de horas extras, em

virtude do acidente;

Salários pagos a supervisores durante o tempo despendido em

atividades decorrentes do acidente;

Salários pago ao acidentado, não cobertos pela seguradora;

Diminuição da eficiência do acidentado ao retornar ao trabalho;

Despesa com treinamento do substituto do acidentado;

Custo do material ou equipamento danificado nos acidentes;

Custo eventual de interferência na produção (retardamento de

entrega, multas, etc.)

Prejuízos

Embora os custos para o empregador aumentem,em função da gravidade do acidente, certamente éo trabalhador quem mais perde:

Preço de uma vida? Preço da perda de uma mutilação? Como calcular os prejuízos morais? Como calcular o valor do sofrimento?

CÁLCULO DOS CUSTOS

C = CD + CI

O cálculo em si não é difícil mas muito trabalhoso.

Exemplo

Relatório de Estatística de Acidentes do Setor Elétrico Brasileiro - 2008

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Custos no Setor Elétrico

Custo Mínimo Estimado = 5 (dias perdidos x saláriomédio/dia no setor)

Exemplo:CME 2006 = 5 x (144.018 x R$ 92,82)CME 2006 = R$ 66.838.753,80

literatura técnica disponível indica que o custo indireto deum acidente pode variar de 5 a 50 vezes o seu custodireto.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Relate um acidente de trabalho no qualvocê possa exemplificar os vários custosindiretos produzidos por este acidente.