A VEGETAÇÃO NAS UNIDADES DE PAISAGEM NA PORÇÃO …...Key words: Campos Gerais, template forests,...

17
A VEGETAÇÃO NAS UNIDADES DE PAISAGEM NA PORÇÃO DA ESCARPA DEVONIANA, PARQUE NACIONAL DOS CAMPOS GERAIS, PR Karine Dalazoana, Tiago Augusto Barbosa, Rosemeri Segecin Moro Mestrado em Gestão do Território, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, PR. ([email protected]) Resumo O Parque Nacional dos Campos Gerais foi criado para a preservação de vários ecossistemas, dos quais a estepe sobre a Escarpa Devoniana é a mais ameaçada. Neste ambiente singular da Formação Furnas, um mosaico de campos de altitude, relictos de cerrado e capões de Floresta com Araucária refletem na paisagem o equilíbrio atingido após a substituição de climas pleistocênicos mais secos pelas condições atuais úmidas. Esse trabalho levanta dados sobre o uso da terra na porção da Escarpa e a vegetação local acervada em herbário, como subsídio ao plano de manejo da Unidade e demais estratégias de conservação. A composição da paisagem inclui as unidades: Mata (Floresta Ombrófila Mista), Silvicultura, Agricultura, Campo Nativo e Campo com Afloramento de Rocha. A análise do mapa de uso revelou a intensa fragmentação a qual os campos nativos vêm sendo submetidos, bem como sua contaminação biológica devido, principalmente, ao avanço do agronegócio. É marcante a substituição das áreas nativas inaptas à agricultura por monoculturas florestais (Pinus) e exploração da pecuária extensiva. Em seis áreas inventariadas no Parque, obteve-se 707 táxons pertencentes a 103 famílias botânicas, sendo mais abundantes as famílias Asteraceae, Poaceae e Fabaceae. A análise de agrupamento para similaridade florística distinguiu as áreas localizadas no Primeiro Planalto Paranaense, do Grupo Castro, com predominância de capões relativamente contínuos de floresta e estepes em menor proporção. Um segundo e terceiro grupos constituem áreas no reverso da Escarpa, com diferentes tipologias de estepe (stricto sensu, rupestre e higrófila) e presença ou não de matas de galeria. Os levantamentos mostram que a região exibe uma considerável diversidade de espécies, mantendo ainda um excelente potencial biótico dinâmico, respeitando-se as condições edáfico- geológicas locais. É necessário o manejo destes remanescentes para a promoção da regeneração natural. Apoio: Fundação Araucária; COPEL/ Depto de Meio Ambiente. Palavras-chave: Campos Gerais, Estepe, Floresta Ombrófila Mista, Escarpa Devoniana. Abstract The Nacional Park of Campos Gerais was established for the preservation of various ecosystems, including the steppe on the escarpment Devonian is the most threatened. In this unique training environment Furnas, a mosaic of fields of altitude, relict of savanna and woods of Araucaria forest in the landscape reflect the balance achieved after the replacement of more dry weather for Pleistocene wet conditions today. This work raises data on the land use portion of the escarpment and location of existing vegetation in the herbarium, as a subsidy to the unit management plan and other strategies for conservation. The composition of the landscape units include: forest (Araucaria Pine Forest), Forestry, Agriculture, Countryside and Countryside with Native outcrop of rock. The analysis of the map showed the intense use of fragmentation to which the natives have been subject fields and their biological contamination due to the advance of agribusiness. It marked the replacement of native areas unfit for agriculture by monoculture forest (Pinus) and exploitation of the extensive livestock. In six areas surveyed in the Park, it was obtained 707 taxa belonging to 103 families, and more abundant the families Asteraceae, Poaceae and Fabaceae. Cluster analysis distinguished floristic similarity to the areas located in the First Paranaense Plateau, Castro's group, with predominance of capons relatively continuous forest and steppe in lower proportion. A second and third groups are areas on the reverse of the escarpment, with different types of steppe (strictly speaking, rock and higrófila) and presence of gallery forests. The surveys show that the region displays a considerable diversity of species, while still an excellent dynamic biotic potential, while up to the soil and geological sites. It is necessary to the management of these remnants for the promotion of natural regeneration.

Transcript of A VEGETAÇÃO NAS UNIDADES DE PAISAGEM NA PORÇÃO …...Key words: Campos Gerais, template forests,...

  • A VEGETAÇÃO NAS UNIDADES DE PAISAGEM NA PORÇÃO DA ESCARPA DEVONIANA, PARQUE NACIONAL DOS CAMPOS GERAIS, PR

    Karine Dalazoana, Tiago Augusto Barbosa, Rosemeri Segecin Moro

    Mestrado em Gestão do Território, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, PR. ([email protected])

    Resumo O Parque Nacional dos Campos Gerais foi criado para a preservação de vários ecossistemas, dos quais a estepe sobre a Escarpa Devoniana é a mais ameaçada. Neste ambiente singular da Formação Furnas, um mosaico de campos de altitude, relictos de cerrado e capões de Floresta com Araucária refletem na paisagem o equilíbrio atingido após a substituição de climas pleistocênicos mais secos pelas condições atuais úmidas. Esse trabalho levanta dados sobre o uso da terra na porção da Escarpa e a vegetação local acervada em herbário, como subsídio ao plano de manejo da Unidade e demais estratégias de conservação. A composição da paisagem inclui as unidades: Mata (Floresta Ombrófila Mista), Silvicultura, Agricultura, Campo Nativo e Campo com Afloramento de Rocha. A análise do mapa de uso revelou a intensa fragmentação a qual os campos nativos vêm sendo submetidos, bem como sua contaminação biológica devido, principalmente, ao avanço do agronegócio. É marcante a substituição das áreas nativas inaptas à agricultura por monoculturas florestais (Pinus) e exploração da pecuária extensiva. Em seis áreas inventariadas no Parque, obteve-se 707 táxons pertencentes a 103 famílias botânicas, sendo mais abundantes as famílias Asteraceae, Poaceae e Fabaceae. A análise de agrupamento para similaridade florística distinguiu as áreas localizadas no Primeiro Planalto Paranaense, do Grupo Castro, com predominância de capões relativamente contínuos de floresta e estepes em menor proporção. Um segundo e terceiro grupos constituem áreas no reverso da Escarpa, com diferentes tipologias de estepe (stricto sensu, rupestre e higrófila) e presença ou não de matas de galeria. Os levantamentos mostram que a região exibe uma considerável diversidade de espécies, mantendo ainda um excelente potencial biótico dinâmico, respeitando-se as condições edáfico-geológicas locais. É necessário o manejo destes remanescentes para a promoção da regeneração natural. Apoio: Fundação Araucária; COPEL/ Depto de Meio Ambiente. Palavras-chave: Campos Gerais, Estepe, Floresta Ombrófila Mista, Escarpa Devoniana.

    Abstract

    The Nacional Park of Campos Gerais was established for the preservation of various ecosystems, including the steppe on the escarpment Devonian is the most threatened. In this unique training environment Furnas, a mosaic of fields of altitude, relict of savanna and woods of Araucaria forest in the landscape reflect the balance achieved after the replacement of more dry weather for Pleistocene wet conditions today. This work raises data on the land use portion of the escarpment and location of existing vegetation in the herbarium, as a subsidy to the unit management plan and other strategies for conservation. The composition of the landscape units include: forest (Araucaria Pine Forest), Forestry, Agriculture, Countryside and Countryside with Native outcrop of rock. The analysis of the map showed the intense use of fragmentation to which the natives have been subject fields and their biological contamination due to the advance of agribusiness. It marked the replacement of native areas unfit for agriculture by monoculture forest (Pinus) and exploitation of the extensive livestock. In six areas surveyed in the Park, it was obtained 707 taxa belonging to 103 families, and more abundant the families Asteraceae, Poaceae and Fabaceae. Cluster analysis distinguished floristic similarity to the areas located in the First Paranaense Plateau, Castro's group, with predominance of capons relatively continuous forest and steppe in lower proportion. A second and third groups are areas on the reverse of the escarpment, with different types of steppe (strictly speaking, rock and higrófila) and presence of gallery forests. The surveys show that the region displays a considerable diversity of species, while still an excellent dynamic biotic potential, while up to the soil and geological sites. It is necessary to the management of these remnants for the promotion of natural regeneration.

  • Key words: Campos Gerais, template forests, Grasslands, Devonian Cuesta.

    Introdução

    Os Campos Gerais do Paraná constituem uma região fitogeográfica com predomínio de

    vegetação campestre, a estepe gramíneo-lenhosa (Veloso et al., 1991), Caracterizam-se pela

    predominância de espécies herbáceas cespitosas entremeadas por arbustivas baixas, e suas várias

    tipologias foram classificadas pelo IBGE (1992) como estepe stricto sensu ou campo seco, estepe

    higrófila ou campo brejoso e refúgio vegetacional rupestre, que são os campos com afloramentos de

    rocha. Apresentando alto potencial biótico, com uma exuberante riqueza de espécies, apresentam-se

    atualmente como um hotspot, que demanda estratégias emergenciais para a sua conservação (PROBIO,

    2002, p. 17).

    Sabe-se que os campos possuem uma estrutura, função e dinâmica muito particular e que

    representam ecossistemas altamente interativos. Sua existência é condicionada por fatores abióticos

    (solo, relevo, dinâmica hidro-geomorfológica e principalmente clima), pela ação antrópica (queimadas,

    agricultura, fragmentação, alteração de hábitats, introdução de espécies, etc.) e por perturbações ditas

    naturais, como geadas, estiagem e especialmente o fogo (Pillar, 2006).

    Embora o clima atual da região esteja em desacordo com a fácies campestre, pode-se atribuir

    essa condição devido aos fatores geomorfológicos do local. Solos rasos, ácidos e relativamente pobres

    em nutrientes e matéria orgânica são propícios ao desenvolvimento de gramíneas e outras herbáceas.

    Além disso, na grande maioria das vezes, essas áreas apresentam exposição do substrato rochoso, o

    que vem selecionar ainda mais fortemente as espécies aptas a se desenvolver nessas condições

    pedológicas estritas.

    A dinâmica das formações florestais do Estado do Paraná tem sido bastante estudada, todavia,

    existem poucos trabalhos disponíveis sobre as formações estépicas dos Campos Gerais. A maioria

    deles é de cunho florístico, escassos trabalhos fitossociológicos e, até o momento, nenhum envolvendo

    a dinâmica dos ecossistemas campestres na ótica da Ecologia de Paisagens. Para tanto, este trabalho

    tem por objetivo fornecer dados que fomentem o uso sustentável para a conservação dos recursos

    biológicos da estepe gramíneo-lenhosa dos Campos Gerais do Paraná, assim como subsidiar o plano de

    manejo da UC.

    A Escarpa Devoniana e situação atual dos Campos Gerais do Paraná

    Os Campos Gerais do Paraná estão distribuídos entre o primeiro e o segundo planalto

    paranaense, acompanhando os limites da Escarpa Devoniana, entremeadas por relictos de Savanas

    (cerrado) e formando um mosaico com capões de Floresta com Araucária (Maack, 1968, p. 224).

    A Escarpa Devoniana é uma formação resultante de um rebaixamento crustal, apresentando um

    relevo de cuesta (escarpamento assimétrico de origem erosiva não tectônica), que limita o Primeiro e o

  • Segundo Planaltos Paranaenses. Sobre sua porção leste se assentam os Campos Gerais, caracterizados

    pelo mosaico vegetacional entre floresta e campos. “Nas proximidades da cuesta da Escarpa

    Devoniana as amplitudes [do relevo] são grandes, com freqüentes encostas abruptas, verticalizadas,

    com canyons e trechos de rios encaixados, com inúmeras cachoeiras e corredeiras sobre o leito

    rochoso” (MELO et al., 2007, p. 50).

    Inserida numa Área de Proteção Ambiental, unidade de conservação de uso sustentável, a

    Escarpa Devoniana possui uma área de 392.363,38 ha, abrangendo uma parcela significativa da região

    dos Campos Gerais, englobando 10 municípios. Dentre os objetivos em torno da sua criação citam-se,

    conforme o decreto nº 1.231, de 27 de março de 1992: ...assegurar a proteção do limite natural entre o Primeiro e o Segundo Planaltos Paranaenses, inclusive faixa de Campos Gerais, que se constituem em ecossistema peculiar que alterna capões da floresta de araucária, matas de galerias e afloramentos rochosos, além de locais de beleza cênica como os "canyons" e de vestígios arqueológicos e pré-históricos (D.O.E.PR. nº 1,231 de 27/03/1992).

    O estado atual de conservação dos campos no Paraná resulta de processos históricos de uso e

    ocupação do solo, estando muito relacionado com a expansão agropecuária, desde o ciclo do

    tropeirismo.

    Hoje, resta pouco mais de 9 % da vegetação original da estepe gramíneo-lenhosa dos Campos

    Gerais, sendo o restante convertido em outros usos (SOS Mata Atlântica, 1998). Os remanescentes

    desta vegetação encontram-se, na sua maioria, em áreas de relevo acidentado onde a mecanização

    agrícola não é possível, e em áreas de preservação como Reserva Legal e Áreas de Proteção

    Permanente, As porções menos fragmentadas e atualmente conservadas encontram-se dentro de

    Unidades de Conservação estaduais e federais.

    A ameaça vigente aos ecossistemas de campo é efetivamente a ação antrópica que culmina na

    sua descaracterização por florestamento de exóticas, conversão dos campos naturais em lavouras

    plantadas, pecuária e o descontrole das queimadas. Ziller e Galvão (2002) atentam para a questão da

    perda da biodiversidade dos ecossistemas campestres por contaminação biológica de espécies exóticas

    e invasoras, uma vez que não há ainda dados suficientes que subsidiem estratégias de restauração e

    restituição das relações originais entre os elementos do meio.

    O Parque Nacional dos Campos Gerais

    O Parque Nacional dos Campos Gerais (PNCG) é uma Unidade de Conservação Federal criada

    em 2006, situada no Estado do Paraná na borda da Escarpa Devoniana, limite entre o Primeiro e

    Segundo Planalto Paranaense (Fig. 1). O Parque abrange os municípios de Ponta Grossa, Carambeí e

    Castro, possuindo uma área aproximada de 21.288 ha dividida em uma porção Norte (18.103 ha) e

    porção Sul (3.138 ha), compreendidos entre as coordenadas UTM 7210000 e 7240000 de latitude sul;

    590000 e 615000 de longitude oeste. Embora com altitudes que variem de 700 a 1.000 metros, pela

  • presença da Cuesta, predomina o clima Cfb de Köppen, com temperatura média anual de 17,6ºC,

    variando entre 16 ºC no mês mais frio e 22ºC no mês mais quente.

    A criação do Parque teve como objetivo “preservar os ambientes naturais ali existentes com

    destaque para os remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e de Campos Sulinos, realizar pesquisas

    científicas e desenvolver atividades de educação ambiental e turismo ecológico (D.O.U. de

    24/03/2006, p. 7)”.

    Este trabalho caracteriza o uso da terra e vegetação da porção da Escarpa compreendida entre

    os Limites do PNCG, tendo em vista o fato de a mesma possuir grande extensão, assim como

    diversidade de habitats e peculiaridades diversas.

    Figura 01. Mapa de localização do Parque Nacional dos Campos Gerais em relação ao Estado do

    Paraná e à Escarpa Devoniana.

    Material e Método

    Este trabalho desenvolve um estudo da paisagem atual da borda da Escarpa Devoniana na

    porção Norte do PNCG, baseada em imagens de satélite Cbers II, do ano de 2008, fornecidas pelo

    Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e analisadas pelo programa ArcView GIS® 3.3, com

    tecnologia SIG (Sistemas de Informações Geográficas), disponibilizado pelo Laboratório de

    Geoprocessamento do Departamento de Geociências da Universidade Estadual de Ponta Grossa.

    Para subsidiar a carta de uso foram realizadas expedições a campo, análise de imagens de

    satélite, cartas topográficas e fotografias digitais.

  • Foi elaborada uma chave de interpretação para determinar as classes para a identificação do uso

    da terra e delimitação das unidades de paisagem. Os critérios usados para a classificação dos diferentes

    tipos de uso, os quais apresentam os elementos de identificação, foram: forma, textura, tamanho,

    padrão, tonalidade/cor e aspectos associados (tabela 1).

    Com base nesses elementos combinados, a composição da paisagem foi avaliada de acordo

    com as seguintes unidades da paisagem: Mata (Floresta Ombrófila Mista), Silvicultura, Agricultura

    (cultivo agrícola), Campo Nativo e Campo com Afloramento de Rocha.

    Tabela 1: Chave de interpretação para confecção da carta de uso das áreas da borda da Escarpa no PNCG.

    A listagem florística de coletas anteriormente realizadas nas áreas da Escarpa no PNCG foi

    obtida por levantamento no acervo do herbário HUPG da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Foi

    realizada também uma análise de agrupamento da similaridade florística entre estas áreas através do

    software Statistica for Windows®.

    Unidade da

    paisagem

    Agricultura Mata Silvicultura Campo

    Nativo

    Campo

    Rochoso

    Forma Geométrico Irregular Regular Irregular Irregular

    Textura Homogênea Heterogênea Homogênea Heterogênea Heterogênea

    Tamanho Pequeno a

    médio

    Médio a

    grande

    Pequeno a

    grande

    Médio a

    grande

    Médio a

    grande

    Padrão Desordenado Desordenado Ordenado Desordenado Desordenado

    Tonalidade Clara Média Média Média Média

    Cor Esbraquiçada Verde-

    brilhante a

    verde-escuro

    Verde-

    escuro

    Verde-pálido

    a cinza

    Verde-pálido

    a

    esbranquiçado

    Aspectos

    associados

    Curvas de

    nível,

    estradas

    Cursos

    d’água,

    falhamentos

    Estradas Campos

    higrófilos e

    campos

    secos

    Afloramentos

    de rocha

  • Resultados e discussão

    Uso da terra das áreas da Escarpa no PNCG

    As áreas em estudo ocupam a porção oeste do PNCG, onde pode-se perceber, ao analisar o

    mapa de uso, a intensa fragmentação que os campos nativos vêm sofrendo (Fig. 2). Isso se estende não

    apenas às áreas do PNCG, mas de toda região dos Campos Gerais. É bastante significativa a parcela

    de áreas de campo nativo hoje utilizadas para o cultivo do agronegócio, com lavouras de inverno (trigo

    e silagem) e verão (milho e soja). Isso se deve principalmente aos avanços da mecanização agrícola e

    constante aperfeiçoamento das técnicas de plantio direto e correção dos solos, que permitem cultivar

    hoje terras antes consideradas improdutivas, principalmente em se tratando dos solos rasos e ácidos da

    região. Em conseqüência, remanescentes fragmentários de campo nativo restringem-se á áreas onde

    afloram o arenito ou o lençol freático, constituindo as tipologias refúgio vegetacional rupestre ou

    estepe higrófila, respectivamente. São ecossistemas restritivos, porém com elevada diversidade de

    espécies (DALAZOANA et al., 2007), muitas delas endêmicas, raras ou ameaçadas de extinção.

    Embora a estepe higrófila constitua um ecossistema único, com relação aos campos rochosos

    ocorre “a falta de especificidade florística dos refúgios rupestres como um ecossistema à parte dentro

    da formação estépica” (DALAZOANA et al., 2007, p. 675). Desse modo, o fato de não existem

    diferenças florísticas marcantes entre as estepes stricto sensu e os refúgios rupestres, faz com que uma

    vez preservadas as áreas de campo em afloramentos rochosos, indiretamente estaremos contribuindo

    para a manutenção das espécies de campo nativo seco.

    Significativas porções da Escarpa Devoniana, nas áreas marginais da UC, vem sofrendo com a

    substituição das áreas de campo nativo por monoculturas florestais, que inclui a introdução de espécies

    exóticas1, principalmente o Eucalipto e Pínus, este com alto potencial invasor2, contribuindo em muito

    para os processos de descaracterização de habitats naturais. Ziller (2002) aponta que a estepe

    gramíneo-lenhosa do Segundo Planalto Paranaense está altamente contaminada por Pínus, que em

    áreas degradadas já se tornaram parte comum da paisagem.

    No interior do PNCG é possível perceber a acentuada contaminação por Pínus em setores da Escarpa,

    visto a espécie ter disseminação anemocórica a partir das áreas de silvicultura do entorno. Tal

    contaminação afeta o desenvolvimento das espécies herbáceas e arbustivas características das estepes,

    acarretando a perda de diversidade.

    1. Espécies exóticas: que não são nativas de uma determinada área. Ou seja, espécie introduzida em uma área onde não existia originalmente.

    2. Espécie invasora: todo ser que, apresentado a um novo habitat que não o seu de origem, prolifera e de pronto ocupa o novo nicho dificultando o desenvolvimento das espécies originais daquele hábitat.

  • Figura 02. Uso da terra da borda da Escarpa Devoniana na porção Norte do Parque Nacional dos Campos Gerais, PR.

  • Boa parte do campo nativo se encontra explorado pela pecuária extensiva, ou seja, os

    proprietários desenvolvem em áreas inaptas à agricultura a criação de gado de corte. Para PILLAR

    (2006), há descaracterização dos remanescentes dos campos por pressão seletiva do pastoreio,

    queimadas para rebrote após o inverno, e pelo enriquecimento de pastagens com forrageiras exóticas.

    Brachiaria e Tifton, por exemplo, são espécies que impedem o desenvolvimento das gramíneas nativas

    e sufocam o desenvolvimento dos campos nativos.

    Observa-se ainda a questão do pisoteio nos campos nativos, que além de selecionar espécies,

    auxilia na degradação dos solos frágeis em que as estepes se desenvolvem, abrindo espaço para a

    ampliação de processos erosivos locais. Sabe-se que os solos da região caracterizam-se por fragilidade

    estrutural, pequena profundidade e pobreza em matéria orgânica, tratando-se principalmente de

    cambissolos, gleissolos, neossolos litólicos ou regolíticos e organossolos.

    A vegetação

    Foram analisados dados de seis áreas do PNCG: Furnas Gêmeas, Buraco do Padre, Rio São

    Jorge, Capão da Onça, Capão do Alegre e Alagados, das quais o Capão do Alegre e Alagados localiza-

    se no Primeiro Planalto – as demais estão no reverso da Escarpa. São áreas com afloramentos de rocha

    em grau variável, sobre os quais a vegetação campestre se desenvolve, entremeados por áreas de

    agricultura e alguns capões de Floresta Ombrófila Mista já bastante alterados. As áreas levantadas, de

    grande beleza cênica, sofrem elevada pressão antrópica devido ao agronegócio e à exploração turística

    não regulamentada.

    Levantou-se um total de 707 táxons pertencentes a 103 famílias botânicas (Anexo A), sendo

    mais abundantes as famílias Asteraceae, Poaceae e Fabaceae, que são as compostas, gramíneas e as

    leguminosas respectivamente, bastante características da regiãos dos Campos Gerais.

    Ao analisar o dendrograma de similaridade florística entre as áreas do PNCG (Fig. 3), percebe-

    se que houve a formaçãos de três grupos distintos. Os critérios utilizados nesta análise foram a

    presença/ausência de espécies nos locais determinados e, a partir disso, estimadas as áreas mais

    similares entre si, que tendem agrupar-se de acordo com uma distância de ligação. No caso, as

    distâncias tomadas entre os táxons foram euclidianas, agrupadas pela variância minima entre elas

    (Método de Ward). Quanto mais próximas estiverem os clados no dendograma, mais similares serão as

    áreas.

  • Figura 03. Similaridade florística entre as áreas do PNCG.

    As coletas realizadas em Alagados e na Fazenda do Alegre revelaram grande similaridade

    florística, muito provavelmente por estarem localizadas ainda no Primeiro Planalto Paranaense e por se

    tratar de locais onde há predominância de capões mais ou menos contínuos de Floresta Ombrófila

    Mista (Floresta com Araucária) e em menor proporção, estepes (campos secos).

    Buraco do Padre e Furnas Gêmeas destacam-se por sua localização no reverso da Escarpa

    Devoniana, e por representarem áreas características do mosaico vegetacional típico dos Campos

    Gerais, em que há predominância de estepes (tanto stricto sensu quanto rupestres), mas com a

    significativa parcela de áreas com capões de Floresta com Araucária e matas de galeria.

    Quando observamos os levantamentos realizados nas áreas próximas ao Rio São Jorge e Capão

    da Onça, percebemos sua associação, fato devido à também estarem no reverso da Cuesta e

    apresentarem vegetação campestre abundante, das três tipologias (stricto sensu, higrófila e refúgio

    vegetacional rupestre), presença de diversas espécies ruderais e relativa ausência de matas de galeria.

    Considerações finais

    É evidente a fragmentação dos ecossistemas campestres situados na borda da Escarpa

    Devoniana, assim como das formações florestais anexas, dentro do PNCG. A gradativa conversão das

    áreas de estepe em áreas de cultivo e pastagens descaracteriza significativamente as áreas, que em

    alguns casos não é passível de reversão; a ocupação por exóticas e os processos erosivos também

    constituem problemas na região. Isso tudo implica num incremento do número de espécies ameaçadas

    de extinção e conseqüente perca de biodiversidade.

    Os levantamentos mostram que a região exibe uma considerável diversidade de espécies,

    mantendo ainda um excelente potencial biótico dinâmico. As análises florísticas revelam forte

  • similaridade em termos de vegetação entre as áreas do Parque, que apresentam diversas espécies em

    comum, respeitando sempre as condições edáfico-geológicas locais.

    O estabelecimento da Unidade de Conservação apenas não é suficiente, é necessário haja o

    manejo das áreas naturais com o intuito de promover a sua regeneração natural. A dinâmica local deve

    ser melhor estudada a fim de compor uma gama de dados pertinentes que possam subsidiar a

    estruturação de um plano com a finalidade de reverter ou melhorar a situação em que se encontra a

    área de estudo, dado a importância ecológica dos ecossitemas locais.

    Referências

    ALMEIDA, C. G. de; MORO, R. S. “Análise da cobertura florestal no Parque Nacional dos Campos Gerais, Paraná, como subsídio ao seu plano de manejo”. Rev. Terr@ Plural, Ponta Grossa v.1, n.1, p. 115-122, jan-jul. 2007.

    BRASIL: Diário Oficial da União. Brasília-DF. Imprensa Nacional. nº 58, sexta-feira, 24 de março de 2006. Pag. 7. Seção1; ISSN 1677-7042. 2006.

    DALAZOANA, K.; SILVA, M. A. da; MORO, R. S. “Comparação de Três Fisionomias de Campo Natural no Parque Estadual de Vila Velha, Ponta Grossa, PR”. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, n. 1, p. 675-677, jul. 2007. FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA. 1998. Atlas da evolução dos remanescentes florestais e ecossistemas associados no Domínio da Mata Atlântica no período de 1990-1995. São Paulo: Fundação SOS Mata Atlântica.

    IAP. Instituto ambiental do Paraná. Decreto 1.231 de 27/03/1992. Disponível em: acesso em 03 de Nov. de 2008.

    IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Manual de classificação da vegetação brasileira. Série Man. Téc. em Geociências, n.1. 92 p. Rio de Janeiro. 1992.

    MAACK, R. “Notas preliminares sobre clima, solos e vegetação do Estado do Paraná.” Arquivos de Biologia e Tecnologia, v..2, p.102-200, 1948.

    MAACK, R. Geografia Física do Estado do Paraná. Curitiba, Banco de desenvolvimento do Estado do Paraná, UFPR, Instituto de Biologia e Pesquisas Tecnológicas, 350 p. 1968.

    MELO, M. S.; GUIMARÃES, G. B.; RAMOS, A. F. de; PRIETO, C. C. “Relevo e Hidrografia dos Campos Gerais”. In: MELO, M. S. de; MORO, R. S.; GUIMARÃES, G. B. (Orgs.) Patrimônio Natural dos Campos Gerais. Universidade Estadual de Ponta Grossa. Ponta Grossa, PR. Editora UEPG, 2007.

    PILLAR, V. De Patta. Estado atual e desafios para a conservação dos campos. Workshop. Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2006.

    PROBIO. Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira: Relatório de atividades. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 73 p. 2002.

  • VELOSO, H. P.; RANGEL FILHO, A. L. R. & LIMA, J. C. A. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro: IBGE, 123 p.1991.

    ZILLER, S. R. A Estepe Gramíneo-Lenhosa no segundo planalto do Paraná: diagnóstico ambiental com enfoque à contaminação biológica. 2002. Tese de doutoramento. Universidade Federal do Paraná: Curitiba, PR. 268 p.

    ZILLER, S. R.; GALVÃO, F. “A degradação da estepe gramíneo-lenhosa no Paraná por contaminação biológica de Pinus elliotti e P. taeda.” Florestav. 32, n.1, p. 41-47. 2002.

  • ANEXO A

    Listagem de plantas ocorrentes nas áreas do PNCG.

    Família Espécie Acanthaceae Dyschoriste hygrophiloides (Nees)

    Kuntze Acanthaceae Ruellia sp Amaranthaceae Alternanthera brasiliana Amaranthaceae Alternanthera ficoidea Amaranthaceae Alternanthera rufa Amaranthaceae Amaranthus viridis L Amaranthaceae Pfaffia gnaphallioides (L.F.) Mart. =

    helichrisoides Amaryllidaceae Amaryllis iguazuana Amaryllidaceae Hippeastrum psittacinum Herb. Amaryllidaceae Lithraea brasiliensis Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Raddi Annonaceae Guatteria subssessilis Annonaceae Rollinia sylvatica Apiaceae Apium leptophyllum Apiaceae Centella asiatica Apiaceae Eryngium ebracteatum Apiaceae Eryngium eriophorum Cham. et Schl. Apiaceae Eryngium elegans Apiaceae Eryngium horridum Malme Apiaceae Eryngium junceum Apiaceae Eryngium pristis C. et S. Apiaceae Hydrocotyle quinqueloba Apiaceae Hydrocotyle ranunculoides Apocynaceae Macrosiphonia longiflora Apocynaceae Mandevilla atroviolacea (Stad.)

    Woodson Apocynaceae Peschiera fuchsiaefolia Miers Apocynaceae Mandevilla coccinea Apocynaceae Mandevilla velutina Aquifoliaceae Ilex chamaedryfolia Aquifoliaceae Ilex dumosa Aquifoliaceae Ilex paraguariensis Aquifoliaceae Ilex theezans Araceae Anthurium loefgrenii Araceae Anthurium sp Araceae Philodendron cordatum Araliaceae Didymopanax macrocarpum (Cham.).

    Sem. Araucariaceae Araucaria angustifolia O. Kuntze Arecaceae Allagoptera campestris (Mart.) Kuntze Arecaceae Chusquea ramosissima Arecaceae Syagrus romanzoffianum Asclepiadaceae Asclepias curassavica L. Asclepiadaceae Ditassa edmundoi Font. et Valente Aspleniaceae Asplenium kunzeanum Asteraceae Acanthospermum australe (Loefl.)

    Kuntze Asteraceae Achillea millefolium Asteraceae Achyrocline satureoides (Lam) DC Asteraceae Ageratum conyzoides L. Asteraceae Aspilia setosa Griseb Asteraceae Aspilia montevidensis (Spr.) Kuntze Asteraceae Artemisia verlotorum Lamotte Asteraceae Chaptalia integerrima (Vell.) Burk. Asteraceae Chaptalia graminifolia

    Asteraceae Chaptalia nutans Asteraceae Chaptalia graminifolia (Dusén) Cabr. Asteraceae Baccharis axilaris DC Asteraceae Baccharis coridifolia DC Asteraceae Baccharis conyzoides DC Asteraceae Baccharis dracunculifolia DC Asteraceae Baccharis multiflora Kunth Asteraceae Baccharis myricaefolia DC Asteraceae Baccharis semiserrata var.

    elaeagnoides (Stend.) Asteraceae Baccharis trimera Asteraceae Baccharis uncinella DC. Asteraceae Bidens pilosa L. Asteraceae Calea cuneifolia DC Asteraceae Calea marginata Asteraceae Calea parvifolia DC Asteraceae Calea pinnatifida (R.Br.) Less Asteraceae Calea longifolia Asteraceae Calea hispida DC(Baker) Asteraceae Elephantopus mollis Asteraceae Emilia sonchifolia (L.) DC Asteraceae Erigeron bonariensis L. Asteraceae Eupatorium betonicaeforme Baker Asteraceae Eupatorium laevigatum Asteraceae Eupatorium multifidum DC Asteraceae Eupatorium pauciflorum Kunth Asteraceae Eupatorium serratum Spreng Asteraceae Eupatorium tanacetifolium Asteraceae Facelis apiculata Cass. Asteraceae Galinsoga parviflora Asteraceae Gochnatia polymorpha (Less) Cabr. Asteraceae Gochnatia velutina (Borg.) Cabr Asteraceae Gnaphalium purpureum L. Asteraceae Inulopsis scapura (DC) O. Hoffman. Asteraceae Jaegeria hirta (Lag.) Less Asteraceae Matricaria chamomilla L. Asteraceae Melanthera latifolia (Gardn.) Cabr. Asteraceae Mikania cordifolia Asteraceae Mikania hoffmanniana Dusen ex

    Malme Asteraceae Mikania lanuginosa DC Asteraceae Mikania micrantha Asteraceae Mikania officinalis Mart. Asteraceae Mikania sessilifolia DC Asteraceae Piptocarpha angustifolia Asteraceae Piptocarpha regnelii (Sch.) Cabr Asteraceae Piptocarpha axillaris (Less) Baer Asteraceae Pterocaulon alopecuroides (Lam) DC Asteraceae Pterocaulon lanatum O. Kuntze Asteraceae Senecio brasiliensis Asteraceae Senecio bonariensis Asteraceae Senecio oleosus Vell. Asteraceae Senecio oligophyllum Bak. Asteraceae Senecio conizaefolius Bak. Asteraceae Sonchus oleraceus Asteraceae Solidago chilensis Asteraceae Stevia clausenii Schultz-Bip. Asteraceae Taraxacum officinale Weber Asteraceae Vernonia crassa

  • Asteraceae Vernonia discolor Asteraceae Vernonia flexuosa Sims Asteraceae Vernonia cognata Less Asteraceae Vernonia hypochloa Malme Asteraceae Vernonia nudiflora Asteraceae Vernonia brevifolia Less. Asteraceae Vernonia puberula Less Asteraceae Viguieira trichophylla Dus. Berberidaceae Berberis laurina Billb. Bignoniaceae Arrabidea selloi Bignoniaceae Anemopayema protratrum DC Bignoniaceae Pithecoctenium echinatum Bignoniaceae Adenocalymma marginatum Bignoniaceae Pyrostegia venusta Bignoniaceae Jacaranda sp Bignoniaceae Tabebuia alba Boraginaceae Buddleja brasiliensis Jacq. ex Spr. Boraginaceae Cordia ecalyculata Boraginaceae Moritzia dusenii Brassicaceae Raphanus raphanistrum L.

    Brassicaceae Sinapsis arvensis Bromeliaceae Aechmea distichanta Bromeliaceae Canistrum sp Bromeliaceae Tillandsia crocata Bromeliaceae Tillandsia geminiflora Bromeliaceae Tillandsia stricta Bromeliaceae Tillandsia tenuifolia Bromeliaceae Tillandsia usneoides Bryophyta Phyllogonium julgens Bryophyta Rhyzogonium spiniforme Bryophyta Sphagnum recurvum Campanulaceae Lobelia camporum Campanulaceae Lobelia stellfeldii Campanulaceae Pratia hederacea Campanulaceae Triodanis biflora Capparidaceae Cleome affinis DC Caprifoliaceae Sambucus nigra Caryophyllaceae Cerastium dicrotrichum Fenge Caryophyllaceae Stellaria madia (L.) Cyrill Chenopodiaceae Chenopodium album L. Cactaceae Lepismium sp Cactaceae Parodia ottoni var. villa-velhensis Cactaceae Rhipsallis houlletiana Cactaceae Rhipsalis teres Celastraceae Austroplenckia populnea Celastraceae Maytenus evonymoides Cistaceae Halimium brasiliense Celastraceae Maytenus robusta Clethraceae Clethra scabra Pers. Clusiaceae Hypericum piriai Commelinaceae Commelina erecta Commelinaceae Commelina villosa Commelinaceae Tradescantia elongata Commelinaceae Tradescantia eryanthoides Convolvulaceae Ipomoea purpurea Convolvulaceae Ipomoea acuminata Roem. Convolvulaceae Ipomoea coccinea L. Convolvulaceae Merremia sp Cunoniaceae Lamanonia speciosa Cyatheaceae Alsophylla sp Cuscutaceae Cuscuta racemosa Mart

    Cyperaceae Bulbostylis capillaris (L.) C.B. Clarke

    Cyperaceae Bulbostylis sp Cyperaceae Carex sellowianna Cyperaceae Cyperus brevifolius (Rohb.) Endl. ex

    Hassk Cyperaceae Cyperus ferax Rich

    Cyperaceae Cyperus densicaepitosus Mattf et Kubenth

    Cyperaceae Cyperus diffornius Cyperaceae Cyperus giganteus Vahl Cyperaceae Cyperus lanceolatus Poir Cyperaceae Cyperus meyenianus Kunth. Cyperaceae Cyperus sesquiflorus (Torr.) Mattf. et

    Kük Cyperaceae Cyperus rigens J. Presl. et C. Presl. Cyperaceae Cyperus sculentus L. Cyperaceae Cyperus virens Michx. Cyperaceae Eleocharis montana (HBK)Roem et

    Shull Cyperaceae Fimbristilys squarosa Vahl Cyperaceae Lagenocarpus rigidus (Kunth) Ness. Cyperaceae Rhynchospora albiceps Kunth. Cyperaceae Rhynchospora uniflora Cyperaceae Rhynchospora consanguinea Cyperaceae Rhynchospora corymbosa

    Cyperaceae Rhynchospora glaziovii Boeck Cyperaceae Rhynchospora globosa (Kunth) Rown

    et Shult Cyperaceae Rhynchospora pallida M.A. Curtis Cyperaceae Rhynchospora rigida (K.) Boeck. Cyperaceae Rhynchospora setigera Griseb Cyperaceae Scirpus sp Cyperaceae Scleria hirtella Sw. Cyperaceae Scleria latifolia Sw. Droseraceae Drosera brevifolia Droseraceae Drosera communis Droseraceae Drosera rotundifolia Droseraceae Drosera villosa Dennstaedtiaceae Pteridium arachnoideum Dicksoniaceae Dicksonia sellowiana Elaeocarpaceae Sloanea monosperma Elaeocarpaceae Sloanea lasiocoma Euphorbiaceae Acalypha gracilis Euphorbiaceae Alchornea iricurana Euphorbiaceae Alchornea triplinervea Euphorbiaceae Croton antisyphiliticus Mart. Euphorbiaceae Croton heterodoxus Euphorbiaceae Croton migrans Euphorbiaceae Croton myrianthus Muell Arg Euphorbiaceae Ditassa edmondoi Euphorbiaceae Euphorbia peperomioides Euphorbiaceae Euphorbia heterophyla L. Euphorbiaceae Pera glabrata (Klotzsch) Baill. Euphorbiaceae Pera obovata Baillon Euphorbiaceae Sebastiania brasiliensis Spreng. Euphorbiaceae Sebastiania commersoniana (Baillon)

    Smith & Downs Euphorbiaceae Sebastiania schottiana Muell. Arg. Euphorbiaceae Sapium glandulatum Ericaceae Agarista pulchella Ericaceae Gaylussacia brasiliensis Ericaceae Gaylussacia pseudogaultheriana

    Cham. et Schl.

  • Ericaceae Leucothoe pulchella Eriocaulaceae Leiothrix flavescens Eriocaulaceae Eriocaulon kunthi Eriocaulaceae Eriocaulon sellowianum Kunth Eriocaulaceae Eriocaulon vaginatum Korn. Eriocaulaceae Paepalanthus albo-vaginatus Alv.Silv. Eriocaulaceae Paepalanthus leucocephala Eriocaulaceae Paepalanthus planifolius Eriocaulaceae Syngonanthus caulescens Erythroxylaceae Erythroxyllum deciduum A.St.Hill. Erythroxylaceae Erythroxyllum microphyllum A.St.Hill. Erythroxylaceae Erythroxyllum suberosum A.St.Hill. Erythroxylaceae Gaylussacia brasiliensis Fabaceae Camptosema scarlatinum (Benth.)

    Burk. Fabaceae Collaea speciosa DC Fabaceae Crotalaria balaensae Fabaceae Crotalaria hilariana Benth. Fabaceae Dalbergia frutescens (Vell.) Britt. Fabaceae Dalbergia misculorum Fabaceae Desmodium adscendens Fabaceae Desmodium barbatum Fabaceae Desmodium canum (Gml.) Schinz et

    Thell. Fabaceae Desmodium tortuosum Fabaceae Eriosema camprestre Benth. Fabaceae Eriosema heterophyllum Benth. Fabaceae Eriosema punctata Fabaceae Erythrina falcata Benth. Fabaceae Galactia boavista (Vell.) Burk. Fabaceae Galactia benthamiana Mich Fabaceae Galactia neesii DC Fabaceae Galactia speciosa (Loisel.)Britton Fabaceae Lonchocarpus sp Fabaceae Lotus corniculatus L. Fabaceae Lupinus albus L. Fabaceae Machaerium stipitatum Fabaceae Melilotus indicus L. Fabaceae Periandra mediterranea (Vell.) Taub. Fabaceae Rhynchosia corydifolia Mart ex. Benth. Fabaceae Stylosanthes bracteata Vog. Fabaceae Stylosanthes guianensis (Aubl.) Srv. Fabaceae Stylosanthes hippocampoides

    Molembrock Fabaceae Trifolium repens Fabaceae Vicia sativa L. Fabaceae Vigna peduncularis Fabaceae Zornia diphylla Pers. Fabaceae Zornia reticulata Sm. Fabaceae Caesalp.

    Bauhinia forficata

    Fabaceae Caesalp.

    Cassia desvauxii

    Fabaceae Caesalp.

    Cassia rotundifolia

    Fabaceae Caesalp.

    Chamaecrista punctata (Vogel) HS

    Fabaceae Caesalp.

    Chamaecrista rotundifolia

    Fabaceae Caesalp.

    Copaifera langsdorfii

    Fabaceae Caesalp.

    Senna bicapsularis

    Fabaceae Senna neglecta

    Caesalp. Fabaceae Mimo. Anadenanthera colubrina Fabaceae Mimo. Caliandra brevipes Fabaceae Mimo. Inga virescens Fabaceae Mimo. Mimosa brevipes Butls Fabaceae Mimo. Mimosa floculosa Fabaceae Mimo. Mimosa ramosisssima Fabaceae Mimo. Mimosa scabrela Fabaceae Mimo. Parapiptadenia rigida Brunan Flacourtiaceae Casearia decandra Flacourtiaceae Casearia laseophylla Flacourtiaceae Casearia sylvestris Gesneriaceae Reichsteineria allagophylla (=

    Sinningia allagophylla Mart. (Wiechl.) Gesneriaceae Sinningia canescens Gesneriaceae Sinningia carnea Gesneriaceae Sinningia douglasii Gleicheniaceae Dicranopteris pectinata Hypoxidaceae Hypoxis decumbens L. Icacinaceae Citronella gongonha Iridaceae Gelasine coerulea Iridaceae Sisyrinchium laxum Iridaceae Sisyrinchium vaginatum Spreng. Iridaceae Sisyrinchium restioides Spr. Iridaceae Sisyrinchium wettsteinii Hard. Mazz. Iridaceae Sisyrinchium iridifolium Juncaceae Juncus tenuis Wild Juncaceae Juncus macrocephalus Kuntze Lamiaceae Hyptis plectranthoides Benth. Lamiaceae Hyptis sinuata Pohl Lamiaceae Peltodon longipes St. Hill. Lamiaceae Peltodon radians Pohl Lamiaceae Peltodon rugosus Tohmat. Lamiaceae Rhabdocaulon gracilis (Benth.) Epling Lamiaceae Salvia aliciae E.P. Santos Lamiaceae Salvia nervosa Lamiaceae Salvia splendens Lamiaceae Salvia leuchostachis Benth Lamiaceae Salvia melissaeflora Benth Lamiaceae Salvia rosmarinoides St. Hill. Lamiaceae Salvia scoparia Lauraceae Cinnamomum sellowianum (Nees et

    Mart.) Kostern Lauraceae Cryptocarya aschersoniana Mez Lauraceae Endlicheria paniculata Lauraceae Nectandra grandiflora Lauraceae Nectandra megapotamica Lauraceae Nectandra rigida Lauraceae Ocotea bicolor Lauraceae Ocotea odorifera Lauraceae Ocotea puberula Lauraceae Ocotea pulchella Lauraceae Ocotea porosa (Nees) Barroso Lentibulariaceae Utricularia foliosa Lentibulariaceae Utricularia gibba Lentibulariaceae Utricularia tricolor Liliaceae Nothoscordum inodorum (Solander ex

    Ailton) Nich. Lycopodiaceae Lycopodium carolinum Lythraceae Cuphea calophylla C. et S. Lythraceae Cuphea carthagenensis (Jacq.) JF

    Macbr. Lythraceae Cuphea linarioides C. et S. Lythraceae Cuphea lindmaniana Koehne et Bak.

  • Lythraceae Cuphea mesostemon Hoehne Lythraceae Cuphea racemosa Malpighiaceae Aspicarpa pulchella Malpighiaceae Birsonima intermedia Malpighiaceae Tetrapteris salicifolia Malvaceae Pavonia sepium Malvaceae Pavonia schranki Malvaceae Pavonia speciosa HBK Sterculiaceae Guazuma ulmifolia Malvaceae Sida santaremnensis Monteiro Malvaceae Sida rhombifolia Malvaceae Sida macrodon Malvaceae Sida spinosa L. Malvaceae Wissadula parviflora (St. Hill.) Frie. Mayacaceae Mayaca sellowiana Melastomataceae Acisanthera variabilis Melastomataceae Lavoisiera pulchella Melastomataceae Lavoisiera phyllocalysyna Melastomataceae Leandra australis Melastomataceae Leandra erostrata (DC) Cogn Melastomataceae Leandra lacunosa Cogn Melastomataceae Leandra purpurascens (DC) Cogn. Melastomataceae Leandra refracta Melastomataceae Leandra riograndensis (Brade)

    Wurdak Melastomataceae Leandra sabiaensis Brade Melastomataceae Leandra xanthocarpa (Naud) Cogn. Melastomataceae Miconia cinerascens Miq. Melastomataceae Miconia hiemalis St.Hill. et Naud Melastomataceae Miconia tristis Melastomataceae Miconia petropolitana Melastomataceae Miconia sellowiana Naud Melastomataceae Miconia theezans Melastomataceae Tibouchina dubia Cogn. Melastomataceae Tibouchina gracilis (Bonpl.) Cogn. Melastomataceae Tibouchina hatschbachii Melastomataceae Tibouchina nitida Melastomataceae Tibouchina sellowiana Melastomataceae Trembleya parviflora (D.Don.) Cogn. Meliaceae Cabralea canjarana Meliaceae Cedrela fissilis Menyanthaceae Nymphoides indica Monimiaceae Hennecartia amphalandra Monimiaceae Mollinedia clavigera Tull. Monimiaceae Mollinedia blumenaviana Moraceae Dorstenia cayapia Moraceae Fícus enormis Moraceae Fícus landerstiana Moraceae Fícus guaranitica Moraceae Maclura tinctoria Moraceae Sorocea bomplandi Myrsinaceae Campomanesia adamantium (Camb.)

    Berg. Myrsinaceae Campomanesia aurea Myrsinaceae Myrsine acuminata Myrsinaceae Myrsine ferruginea Myrsinaceae Myrsine umbellata Myrtaceae Caliptranthes concinna Myrtaceae Caliptranthes grandifolia Myrtaceae Campomanesia cambessedeana Myrtaceae Eugenia arenosa Mattos Myrtaceae Eugenia bimarginata Myrtaceae Eugenia punicifolia (Kunt.) DC. Myrtaceae Eugenia uniflora

    Myrtaceae Gomidesia palustris Myrtaceae Gomidesia sellowiana Myrtaceae Myrcia arborescens Berg. Myrtaceae Myrcia breviramis Myrtaceae Myrcia hatschbachii Myrtaceae Myrcia multiflora Myrtaceae Myrcia obtecta (Berg.) Kiaersk Myrtaceae Myrcia palustris Myrtaceae Myrcia rostrata Myrtaceae Myrceugenia oxysepala Myrtaceae Myrceugenia bracteosa Myrtaceae Myrceugenia miersiana Myrtaceae Myrciaria delicatula Myrtaceae Plinia trunciflora Myrtaceae Psidium cattleianum Myrtaceae Psidium cinereum Mart. Onagraceae Ludwigia elegans Onagraceae Ludwigia leptocarpa Onagraceae Ludwigia sericea Onagraceae Ludwigia tomentosa Orchidaceae Epidendron ellipticum Orchidaceae Maxillaria acicularis Orchidaceae Oncidium pontagrossensis Orchidaceae Phajus grandifolius Orchidaceae Pleutotallis sp Orchidaceae Stenorrhynchus australis Orchidaceae Wullschlaegelia aphylla Orchidaceae Zygopetalus crinitium Oxalidaceae Oxalis martiana Oxalidaceae Oxalis refracta Passifloraceae Passiflora villosa Piperaceae Peperomia catharinae Piperaceae Peperonia caulibarbis Piperaceae Peperonia emarginella Piperaceae Peperomia glabela Piperaceae Peperomia pereskiaefolia Piperaceae Peperomia rotundifolia Piperaceae Peperomia tetraphylla Piperaceae Peperomia uranocarpa Piperaceae Piper caldense Piperaceae Piper gaudichaudianum Piperaceae Piper xylosteoides Plantaginaceae Plantago australis Lam. Plantaginaceae Plantago tomentosa Plantaginaceae Plantago guilleminiana Derne Poaceae Andropogon bicornis L. Poaceae Andropogon lateralis Nees Poaceae Andropogon leucostachys HBK Poaceae Aristida jubata (Arechav.) Herter. Poaceae Aristida palens Poaceae Axonopus marginatus (Trin.) Chase Poaceae Brachiaria decumbens Stapt Poaceae Brachiaria plantaginea (Link) Hitch. Poaceae Chloris gayana Poaceae Chusquea ramosissima Poaceae Coix lacrim-jobi L. Poaceae Deyeuxia longiaristata (Wedd) Hack. Poaceae Digitaria horizontalis Poaceae Digitaria insularis Poaceae Digitaria sanguinalis Poaceae Echinachloa crus-pavonis Poaceae Eleusine indica Poaceae Eleusine tristachya Poaceae Eragrostis frankii

  • Poaceae Eragrostis pilosa Poaceae Eragrostis plana Poaceae Eryochrysis cayennensis Poaceae Holcus lanatus Poaceae Ichnanthus pallens Poaceae Lolium multiflorum Poaceae Melinis minutiflora Poaceae Merostachys multiramea Poaceae Olyra latifolia Poaceae Panicum demissum Poaceae Panicum sabulorum Poaceae Panicum stoloniferum Poaceae Papalum sp Poaceae Pennisetum clandestinum Poaceae Piptochaetium montevidense (Spreng.)

    Parodi Poaceae Rhynchelytrum roseum (Ness.) Stapf. Poaceae Setaria poiretiana Poaceae Setaria geniculata Polygalaceae Monnina cardiocarpa St. Hill. &

    Morg. Polygalaceae Monnina tristiana St. Hill. Polygalaceae Polygala longicaulis HBK. Polygalaceae Polygala cyparissias St.Hill. e Moq. Polygalaceae Polygala pulchella Polygalaceae Polygala sabulosa A.W. Bennett Polygalaceae Polygala subtilis HBK Polygonaceae Fagopyrum esculentum Moench Polygonaceae Polygonum acuminatum Kunth. Polygonaceae Polygonum hydropiperoides Polygonaceae Polygonum punctatum Polygonaceae Rumex acetosella Polygonaceae Rumex obtusifolius L. Polypodiaceae Elaphoglossum gertii Polypodiaceae Polypodium angustifolium Polypodiaceae Polypodium crassifolium Polypodiaceae Polypodium latipes Polypodiaceae Polypodium squamulosum Rosaceae Prunus brasiliensis Rosaceae Prunus myrtifolia (L.) Urban Rosaceae Prunus sellowii Rosaceae Prunus sphaerocarpa SW Rosaceae Rubus brasiliensis Mart. Rosaceae Rubus rosifolius Rosaceae Rubus urticaefolius Poiret. Rhamnaceae Crumenaria polygaloides Rhamnaceae Rhamnus sphaerosperma Sw. var.

    pubescens (Reiss.) M.C. Johnston Rhamnaceae Rhamnus polymorpha (Reiss.) Weberb. Rhamnaceae Rhamnus sectipetala Mart. ex Reissek. Rhamnaceae Roupala montana Rubiaceae Borreria verticillata Rubiaceae Borreria verbenoides Rubiaceae Borreria latifolia Rubiaceae Borreria poaya DC Rubiaceae Borreria suaveolens Rubiaceae Coussarea contracta (Walp.) Benth et

    Hook Rubiaceae Coccocypselum condalia Pers. Rubiaceae Coccocypselum lanceolatum Rubiaceae Diclieuxia dusenii Rubiaceae Diodia alata Rubiaceae Emmeorrhiza umbellata (Spreng.)

    K.Schum.

    Rubiaceae Faramea sp Rubiaceae Manettia coridifolia Mart. Rubiaceae Manettia luteo-rubra Rubiaceae Mitracarpus brasiliensis Rubiaceae Psychotria cartagenensis Rubiaceae Psychotria leiocarpa C. et S. Rubiaceae Psychotria nuda Rubiaceae Psychotria velloziana Rubiaceae Psychotria suturella Muell. Arg. Rubiaceae Psychotria stachyoides Benth. Rubiaceae Rudgea parquioides Rubiaceae Palicourea australis Rubiaceae Palicourea brachypoda Rubiaceae Palicourea marcgravii Rubiaceae Palicourea platypodina Rubiaceae Richardia brasiliensis Rubiaceae Richardia scabra Rubiaceae Relbunium hipocarpium Rubiaceae Relbunium nigro-ramosum Ehendl Rubiaceae Relbunium richardianum Rubiaceae Rudgea jasminoides Rubiaceae Sapium glandulatum Rubiaceae Spermacoce latifolia Aubl. Rutaceae Esenbeckia grandiflora Mart. Rutaceae Fagara rhoifolium (= Zanthoxyllum

    rhoifolium) Rutaceae Zanthoxylum kleinii Sapindaceae Allophylus edulis Sapindaceae Cardiospermum halicabum Sapindaceae Cupanea vernalis Sapindaceae Dodonea viscosa Sapindaceae Matayba elaeagnoides Radlk Sapindaceae Paullinia carpopodea Camb. Sapindaceae Paullinia elegans Sapindaceae Paullinia mellifolia Juss. Sapindaceae Serjania gracilis Schizaceae Anemia phyllitides Scrophulariaceae Esterhazya splendida Mikan Scrophulariaceae Mercadonia procumbens Solanaceae Brunfelsia sp Solanaceae Calibrachoa ericifolia R.E.Fries Solanaceae Calibrachoa lineoides Solanaceae Calibrachoa rupestris Solanaceae Datura stramonium Solanaceae Calibrachoa ericifolia Solanaceae Solanum aculeatissimum Jacq. Solanaceae Solanum americanum Solanaceae Solanum erianthum Solanaceae Solanum lacerdae Solanaceae Solanum lycocarpum Solanaceae Solanum megalochiton Solanaceae Solanum pseudoquina Smilacaceae Smilax spinosum Smilacaceae Smilax campestris Smilacaceae Smilax brasiliensis Sterculiaceae Byttneria hatschbachii Sterculiaceae Waltheria indica Styracaceae Styrax acuminatus Pohl Symplocaceae Symplocos linearifolia Symplocaceae Symplocos tenuifolia Thymellaeaceae Daphnopsis beta Thymellaeaceae Daphnopsis fasciculata Thymellaeaceae Daphnopsis racemosa Theaceae Gordonia fruticosa (= Laplacea

  • fruticosa) Thelyteridaceae Thelypteris sp Ulmaceae Celtis triflora Verbenaceae Aegiphilla klotzschiana Verbenaceae Aegiphilla paraguaiensis Verbenaceae Aegiphilla verticillata Verbenaceae Duranta vestita Verbenaceae Lantana camara Verbenaceae Lantana fucata Verbenaceae Lantana moritziana Verbenaceae Lippia hirta

    Verbenaceae Lippia lupulina Verbenaceae Stachytarpheta cayenensis Verbenaceae Verbena hirta Verbenaceae Verbena rigida Verbenaceae Verbena thymoides Verbenaceae Vitex megapotomica Violaceae Hibanthus parviflora Winteraceae Drymis brasiliensis Xyridaceae Xyris capensis Xyridaceae Xyris jupicai Xyridaceae Xyris tortula