A TV Corporativa na comunicação interna

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A TV Corporativa como aliada das organizações para uma comunicação interna de excelência - Os casos Vivo e Abril Gráfica Maria Claudia da Silva Reis 1 Resumo Este artigo tem por objetivo identificar as contribuições da TV Corporativa para a comunicação interna e propagação da cultura organizacional. Pretende também verificar os tipos de conteúdo e formatos utilizados nessa ferramenta de comunicação empresarial. A metodologia utilizada para este estudo foi do tipo qualitativa, com estudo de caso abrangendo duas empresas: Vivo e Abril Gráfica. Foram utilizadas como técnicas de pesquisa observação direta e entrevistas semiabertas. Assim, pode-se concluir que a TV corporativa é um canal eficiente no sentido de disponibilizar informações para o colaborador de maneira ágil, mas deve adotar formatos criativos e atraentes para despertar interesse e atenção no público interno. No que diz respeito à utilização, é necessário que os profissionais de comunicação empresarial se apropriem da capacidade da ferramenta, dos recursos técnicos e da possibilidade de conteúdos que ela pode transmitir, em prol da comunicação interna de excelência, além de explorar as características oriundas da tevê convencional, como imediatismo e alcance. Palavras-chave: Comunicação Interna, Cultura Organizacional, TV Corporativa, Vivo, Abril Gráfica. Introdução Com as mudanças no mercado econômico e os avanços tecnológicos, em meados da década de 1990, muitas empresas passaram a realizar ações de comunicação e perceberam a importância de estabelecer diálogo com seu público interno. Concorrência, crise econômica, evolução tecnológica e a globalização poderiam afetar o ambiente corporativo e gerar instabilidade. Diante das mudanças, percebeu-se que ter o público interno engajado, comprometido, motivado e aliado da organização era essencial. Comunicar-se com o público interno tornou-se estratégico para a disseminação e fortalecimento das culturas das empresas. A cultura organizacional envolve o comportamento dos indivíduos e grupos que estão ou que venham a se inserir na empresa. Os valores, costumes, condutas e conhecimentos 1 Bacharel em Comunicação Social-Jornalismo e Pós graduanda em Comunicação Empresarial pela Universidade Metodista de São Paulo. E-mail: mclaudiareis_yahoo.com. br

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Este artigo tem por objetivo identificar as contribuições da TV Corporativa para a comunicação interna e propagação da cultura organizacional.

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A TV Corporativa como aliada das organizações para uma comunicação

interna de excelência - Os casos Vivo e Abril Gráfica

Maria Claudia da Silva Reis 1

Resumo

Este artigo tem por objetivo identificar as contribuições da TV Corporativa para a

comunicação interna e propagação da cultura organizacional. Pretende também verificar os

tipos de conteúdo e formatos utilizados nessa ferramenta de comunicação empresarial. A

metodologia utilizada para este estudo foi do tipo qualitativa, com estudo de caso abrangendo

duas empresas: Vivo e Abril Gráfica. Foram utilizadas como técnicas de pesquisa observação

direta e entrevistas semiabertas. Assim, pode-se concluir que a TV corporativa é um canal

eficiente no sentido de disponibilizar informações para o colaborador de maneira ágil, mas

deve adotar formatos criativos e atraentes para despertar interesse e atenção no público

interno. No que diz respeito à utilização, é necessário que os profissionais de comunicação

empresarial se apropriem da capacidade da ferramenta, dos recursos técnicos e da

possibilidade de conteúdos que ela pode transmitir, em prol da comunicação interna de

excelência, além de explorar as características oriundas da tevê convencional, como

imediatismo e alcance.

Palavras-chave: Comunicação Interna, Cultura Organizacional, TV Corporativa, Vivo,

Abril Gráfica.

Introdução

Com as mudanças no mercado econômico e os avanços tecnológicos, em meados da

década de 1990, muitas empresas passaram a realizar ações de comunicação e perceberam a

importância de estabelecer diálogo com seu público interno. Concorrência, crise econômica,

evolução tecnológica e a globalização poderiam afetar o ambiente corporativo e gerar

instabilidade. Diante das mudanças, percebeu-se que ter o público interno engajado,

comprometido, motivado e aliado da organização era essencial. Comunicar-se com o público

interno tornou-se estratégico para a disseminação e fortalecimento das culturas das empresas.

A cultura organizacional envolve o comportamento dos indivíduos e grupos que estão

ou que venham a se inserir na empresa. Os valores, costumes, condutas e conhecimentos

1 Bacharel em Comunicação Social-Jornalismo e Pós graduanda em Comunicação Empresarial pela Universidade

Metodista de São Paulo. E-mail: mclaudiareis_yahoo.com. br

empíricos têm o papel de criar sentimento de pertencimento no colaborador e contribuir para a

construção da identidade corporativa.

Para isso, a comunicação tem papel fundamental e, além de ser pensada

estrategicamente, no plano tático, várias são as ferramentas disponíveis para ajudar na

formação da identidade corporativa, por conseguinte, na cultura organizacional. A TV

Corporativa é uma delas. Com as novas tecnologias, hoje ela surge para veicular conteúdo em

formatos variados e com muito mais agilidade. Ela pode estar em ambientes de espera

forçada, de conveniência, como refeitórios, elevadores, hall de elevadores, salas de

atendimento, agências bancárias, clínicas médicas, laboratórios e outros.

Empresas que adotaram a TV Corporativa a utilizam para estreitar o relacionamento

com o público interno em busca de disseminar e fixar a cultura organizacional: valores,

missões e objetivos empresariais, para treinamentos e para a gestão do conhecimento, como é

o caso da Abril Gráfica e da Vivo, cada qual ajustando o uso deste recurso às suas práticas de

comunicação.

Neste artigo o objetivo é identificar quais as contribuições da TV Corporativa para a

comunicação interna e na propagação da cultura organizacional, como está atribuída no

planejamento do estratégico de comunicação; quais os conteúdos e formatos utilizados pela

TV, se as organizações que a utilizam avaliam e comparam a sua eficiência diante de outras

ferramentas e as métricas utilizadas para identificar os impactos para a comunicação interna e

na cultura organizacional.

A metodologia utilizada é a qualitativa, sendo que para entender os objetivos e

conteúdos em relação à ferramenta foi realizada a observação direta da produção da

programação das duas empresas – Abril Gráfica e Vivo - as quais terceirizam o serviço à

Elemídia Empresas, especializada em logística e produção de conteúdo para TV Corporativa.

Durante 10 horas em dias e períodos alternados (manhã e tarde) de junho a agosto, foram

realizadas observações dos pontos de instalação, mensagens e formatos desenhados por cada

organização, hora na redação da Elemídia, hora nas empresas estudadas, subsidiando o

presente artigo.

Inicialmente, foi realizada entrevista semiaberta com o Gerente de Marketing da

Elemídia Empresas. Em seguida, observação direta e posteriormente aplicou-se entrevistas

semiabertas com a gerente de canais nternos da Telefônica Brasil, e com a analista de recursos

humanos pleno, responsável pela TV Corporativa, da Abril Gráfica.

Antes de apresentar a pesquisa empírica, é necessário abordar a relação da

comunicação e cultura organizacional e a comunicação interna.

A comunicação da cultura organizacional

“Hoje as relações internas são naturalmente valorizadas e praticadas nas organizações

porque constroem a identidade organizacional” (MARCHIORI, 2006, p. 207). Comunicação

Empresarial, Organizacional, Institucional, independente da nomenclatura, a política de

comunicação dentro do ambiente corporativo deve ocupar patamares estratégicos, com a

finalidade de fixar as práticas e a cultura organizacional ao público interno, para enfim

engajar, motivar, estabelecer diálogo, perpetuar reputação, construir imagem e consolidar a

identidade organizacional perante a sociedade, e não apenas para divulgação, obtenção de

lucro e blindagem externa.

Conforme cita Chiavenato (2010), a comunicação é o meio pelo qual as informações

transitam, conduzem as suas relações e os comportamentos, conforme a cultura empregada.

Neste caso a instituição está posicionada como fonte de informação, disseminando a sua

cultura organizacional: valores, missão, objetivos, regras e condutas hierárquicas,

influenciando o clima organizacional.

Cultura organizacional é o conjunto de hábitos e crenças estabelecido por

meio de normas, valores, atitudes e expectativas compartilhadas por todos os

membros da organização. A cultura espelha a mentalidade que predomina

em uma organização (CHIAVENATO, 2010, p. 126).

A cultura organizacional é única, refletindo o modo como cada empresa administra o

seu ambiente, cada uma com seus valores, histórias, comportamentos, conduta e condições

internas e externas. Chiavenato (2010) define como conservadoras as empresas nas quais

predomina a manutenção de ideias, valores, costumes e tradições que permanecem arraigados

e que não mudam ao longo do tempo. Esse tipo de organização não se deixa atingir pelas

mudanças externas, não se adapta e opta pela comunicação descendente, do alto escalão para

a base operacional, disseminando objetivos, métodos de trabalho, regulamentação, avaliação

de desempenho e motivação. O grande problema encontrado nesse fluxo é a ausência de feedback,

podendo gerar ruídos provenientes da passagem das comunicações pelos diferentes níveis

hierárquicos” (ANGELONI, 2010, p. 41).

Adversa à conservadora, há a cultura organizacional adaptativa, que revisa a todo

tempo a sua cultura, sendo mais flexível e maleável, optando por uma comunicação

ascendente, invertendo o fluxo da base para o alto escalão hierárquico, divulgando outros

tipos de informações: dificuldades, sugestões de melhorias, relatórios gerais (de custos, de

vendas, da concorrência, e desempenho pessoal). Se a empresa apresenta-se com uma cultura

de conservadorismo ou a adaptativa, suas ações comunicativas girarão em torno da sua

conduta, atendendo as suas características e as necessidades do macro ambiente. Para

Angeloni, (2010, p.42) “em uma organização com forte estrutura de autoridade, um

trabalhador de chão de fábrica dificilmente se comunicará com o gerente da fábrica, mas

apenas com o supervisor direto”.

Portanto, para uma efetiva prática de comunicação empresarial, que posiciona a

organização perante seus públicos, consolidando a sua cultura, imagem e reputação e, para

que ela contribua nos resultados e objetivos estabelecidos, é prudente que seja elevada aos

patamares do planejamento estratégico global e não se delimite nas ações táticas, com

divulgação de produtos e/ou serviços e no gerenciamento de crises. Comunicação é um fator

estratégico e deve considerar como ponto primordial a cultura organizacional.

A Comunicação Empresarial não se define como uma atividade estratégica

nas organizações, o que é um pressuposto fundamental para que ela possa ser

assumida como um autêntico processo de inteligência. É verdade que

algumas empresas, particularmente as multinacionais (brasileiras ou não) já

destinam recursos importantes para a realização de trabalhos/ações de

comunicação voltados para seus públicos internos e externos. Esse fato, no

entanto, não garante à atividade a condição de estratégica porque, em geral,

o staff da comunicação não participa, efetivamente, do processo de tomada

de decisões. (BUENO, 2003, p. 37).

A importância da comunicação interna

Segundo Kunsch (2003), a Comunicação Interna é uma ferramenta que deve constar

do planejamento estratégico. Assim, tanto os interesses da empresa, quanto do seu público

interno estarão no mesmo patamar. Ao praticar a Comunicação Interna, o objetivo primordial

é estabelecer relacionamento contínuo e saudável, tendo por base o diálogo.

A importância da comunicação interna reside sobretudo nas possibilidades

que ela oferece de estímulo ao diálogo e à troca de informações entre a

gestão executiva e a base operacional, na busca da qualidade total dos

produtos ou serviços e do cumprimento da missão de qualquer organização

(KUNSCH, 2003, p. 159-160)

Para Marchiori (2006) a comunicação interna evidencia todas as ações que dizem

respeito à empresa.

Se a organização é uma instituição social, constituída de pessoas e definida

pelos seus papeis e relacionamentos, é fundamental a existência de

ambientes de trabalho que preservem a satisfação do funcionário com a

organização maior será o seu comprometimento. (MARCHIORI, 2006, p.

207)

Para Torquato (2004), a comunicação interna influência no clima organizacional e no

futuro das organizações. A missão básica da comunicação interna é: contribuir para o

desenvolvimento e a manutenção de um clima positivo, propício ao

cumprimento das metas estratégicas da organização e ao crescimento

continuado de suas atividades e serviços e à expansão de suas linhas de

produtos. (TORQUATO, 2004, p. 54)

A comunicação interna vem evoluindo na tentativa de mediar os interesses da

organização com os dos colaboradores, buscando criar e estabelecer um diálogo com o

objetivo de alcançar os propósitos do planejamento estratégico. Ao receber a devida

importância nos altos postos gerenciais, o relacionamento iniciado por meio de canais internos

de comunicação contribui para que os funcionários sejam envolvidos e comprometidos com

as metas corporativas. O cerne da comunicação interna está exatamente na contribuição que

ela pode proporcionar para o estreitamento das relações entre os gestores e os públicos

internos e no alcance dos objetivos propostos no planejamento global.

Porém, informações que refletem apenas o que convêm à empresa, fiscalização,

punição e informações restritas as atividades dos departamentos de recursos humanos: folha

de pagamento, admissão, demissão, descontos e ordens, em nada motivará o público interno.

A comunicação interna de excelência, bem realizada, prioriza o respeito, a verdade e a

transparência, com canais interessantes, atraentes e segmentados, com mensagens claras,

preocupando-se em compartilhar tudo o que seja de interesse não apenas da instituição, mas

também do funcionário, refletindo consequentemente na qualidade dos serviços oferecidos

pela empresa.

Até a década de 70 as empresas concentravam seus esforços nos processos

de produção. Atualmente, século 21, as empresas se voltam para as pessoas.

Vivemos a era “pós-industrial”, quando surge o conceito de “sociedade do

conhecimento”. A atenção volta-se para os processos, e não apenas para os

resultados. Eficiência, não apenas eficácia. Meio, e não apenas fim. (SOUZA

E BRANDÃO, in NASSAR, 2006, p.76)

Para além de se estabelecer uma Comunicação Interna estratégica, evidenciando os

fatores mercadológicos da organização, está a prática mais humanística que ela deve

despertar, não se limitando a divulgação de números. O senso de pertencimento do indivíduo

com a organização deve ser cuidado e gerenciado pela comunicação interna para

posteriormente, desencadear boas relações organizacionais benéficas para as duas partes.

Segundo Marchiori (2006, p. 212) é preciso que o funcionário crie vínculo com a organização,

mas também entenda a cultura da empresa da qual ele é parte.

A efetividade do processo de comunicação é um dos maiores desafios da comunicação

interna (MARCHIORI, 2006, p. 215). A comunicação interna eficaz é algo em via de mão

dupla. As informações depois de disponibilizados são avaliadas pelo receptor podendo

satisfazê-los ou não. Pode haver falhas e ruídos no fluxo da informação, mas a reação é um

item que mostra que a comunicação foi realizada. Comunicar é conseguir uma reação,

valorizando as relações e a reação é um passo adiante para a sustentabilidade das práticas

comunicacionais.

Parece que estamos nos direcionando para a seguinte perspectiva de atuação:

informação, interação, relacionamento, conhecimento e validação das

relações fundamentando um processo de comunicação interna que constrói

credibilidade. (MARCHIORI, 2006, p. 215).

Atuar com transparência passou a ser o foco das organizações que entendem que é a

Comunicação um dos seus diferenciais. Um colaborador não vai concordar e nem dar

credibilidade as ações de comunicação interna se não obtiver conhecimento antes, nos canais

oficiais e formais, de informações que encontrar fora do ambiente de trabalho. Don Tapscott e

David Ticoll, em A empresa transparente (2005, p. 23, apud KUNSCH 2006, online),

chamam a atenção para essa força que é a transparência. Para eles trata-se de disponibilizar “a

acessibilidade, para os stakeholders, às informações institucionais referentes a assuntos que

afetem seus interesses”.

Neste caso a expressão transparência deve receber tratamento profundo, não limitado a

números, mas sim de todo o meio ambiente empresarial: sobre os produtos, bens tangíveis e

intangíveis, novas estratégias mercadológicas ou comunicacionais adaptações

organizacionais, crises, condutas, missões, valores e objetivos.

[...] uma empresa que declara, para o público interno, a necessidade de

contenção de custos, com medidas que incluem reajustes salariais baixos,

cortes de benefícios etc. E, paralelamente, anuncia ao mercado, pela

imprensa, que teve resultados positivos no ano, com um lucro recorde em

sua história recente. Com certeza, essas mensagens conflitantes provocam

impacto negativo na equipe de trabalho, afetando a credibilidade da empresa

junto a seus colaboradores. Uma possível consequência dessa falta de

alinhamento na comunicação será a queda da produtividade dos

trabalhadores, desestimulados pela incoerência da comunicação.

(ABRACOM, 2008, p.17)

Ferramentas de Comunicação Interna

Ter ferramentas de Comunicação Interna adequadas à cultura organizacional é ideal

para estabelecer e valorizar o diálogo organizacional com seus públicos, isso ajuda a

consolidar a construir a identidade da corporação. É preciso desenvolver meios oficiais para

difusão das informações institucionais. Mais do que simples disseminadoras de objetivos,

missão e valores, ferramentas bem formuladas podem acrescentar um caráter extra aos

colaboradores transformando-os em “porta-vozes” naturais, que propagam a organização fora

do ambiente formal.

Entre as diversas ferramentas de comunicação interna à disposição e de acordo com as

funções e características jornalísticas de cada veículo, é preciso decidir pelo o melhor canal de

comunicação, levando-se em consideração: o público-alvo, a periodicidade, tipo e quantidade

de informação e a importância do que será comunicado. Lemos e Gaudio, assim definem cada

veículo:

Informativo/Boletim: mais utilizados quando há informação imediata, na forma de

notas e notícias curtas. Tem poucas páginas e visual simples. De periodicidade curta (diário,

semanal) e deve ser distribuído com agilidade.

Informativo digital: parecido com o informativo/boletim, potencializando as

informações mais atuais e com baixo custo, sendo distribuído via correio eletrônico.

Jornal: com período mais longo entre uma edição e outra, funcionando como uma

síntese dos acontecimentos na empresa em determinado período.

Newsletter: mais utilizado para temas e públicos específicos (linha de produtos,

análises de setor). Em geral a periodicidade é estendida e a produção do conteúdo mais

especializada.

Mural: mais simples, as notícias são afixadas em espaços próprios como paredes,

divisórias ou em cavaletes. Há facilidade de produção, de atualização e principalmente de

acesso pelos empregados. No mural, as notícias devem ser curtas e com letras grandes,

facilitando a leitura rápida.

Intranet: um mural eletrônico, enriquecido com as facilidades do hipertexto,

facilitando a ampliação da informação. A atualização é imediata e simultânea, o que agiliza o

alcance para diversas unidades da empresa. Bem sucedido quando combinado com o mural e

para atingir colaboradores diferentes: terceirizados, encarregados, funcionários de escritório,

dentre outros.

Revista: de periodicidade longa, circula com intervalo maior entre uma edição e outra.

Tem produção mais sofisticada, maior número de páginas e variedade de gêneros. Deve

aprofundar as informações, pois lida com notícias frias e defasadas. Também é utilizada para

comunicação com clientes e públicos externos.

Programa de TV: conta com vantagem comunicativa da imagem, mas tem alto custo

de produção. Deve-se levar em conta local de exibição para efetivamente atingir o público.

Um único veículo nunca vai atingir todas as pessoas (LEMOS E GAUDIO, in

DUARTE, 2006, p. 269). A escolha desse meio, ou desses meios, deve acima de tudo, ser

subsidiado pelos valores estratégicos da organização, pelos valores e características de cada

segmento da organização e, principalmente, com olhar o voltado para o perfil e necessidades

de cada colaborador. O mais importante neste caso é estabelecer relacionamento, estreitar as

relações entre os pares, se fazer entender e compreender (feedback).

Apoiada por suportes técnicos, como jornais, Intranet, Internet, cerimônias,

reuniões etc., a comunicação pode efetivamente vir a cumprir seu papel de

agente propulsor da interação entre os diversos públicos de uma

organização. (LEMOS e GAUDIO, in DUARTE, 2006, p. 260).

A TV corporativa como ferramenta de comunicação interna

De natureza audiovisual, a televisão, dissidente do rádio e do cinema, é desde o seu

surgimento, na década de 1920, quando os pioneiros Philo Fransworth e Vladimir Zworykin

“contemplaram imagens eletrônicas do tamanho de selos postais, perceberam que se tratava

de uma tecnologia tão magnifica que se sentiram forçados a aperfeiçoá-la.” (SILVA NETO,

p.33 apud NEGROPONTE, 1995 p. 202), um referencial de informações sociais e culturais,

pela facilidade de contar e traduzir histórias, tornando-se companheira nas interações afetivas.

Até hoje, a televisão ainda é o meio utilizado, por excelência, para obtenção de informações.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da

Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD), em 2010, 95% dos domicílios

brasileiros possuem aparelho televisor, e é por meio da tevê principalmente, que as pessoas

entram em contato com outros mundos, outros povos e culturas.

A TV foi mais importante revolução virtual: tem as imagens que o rádio não

possui e é capaz de fixar hábitos na rotina das pessoas, ao contrário da

Internet. Como a porta na caverna de Platão, a TV é o contato com o ideal,

com o inalcançável, com o indireto. Senta-se em família diante dela como os

primitivos se sentavam ao redor da fogueira. O convívio humano direto não

foi abolido e não perdeu seu poder maior de consequência sobre a vida de

cada um. Mas a TV é um mediador de parte significativa de nossas relações

sociais. (PIZA In PEREIRA, 2002, p. 13).

No ambiente empresarial, foi na década de 80 que a tevê começou a ser utilizada em

teleconferências, em treinamentos, lançamento de novos produtos e para comunicados que

precisavam ser realizados rapidamente. A transmissão via tevê aproximou os profissionais

alocados em cidades, estados ou mesmo países diferentes, a fim de receber comunicados de

seus principais líderes e se alinhar com a cultura organizacional.

A televisão, no processo de seu desenvolvimento gerou a sua apropriação

pelas grandes empresas, pelas grandes corporações. Como consequência,

surgiram nos anos 80, as TVs Executivas ou Corporativas. O meio físico, a

tecnologia usada por uma emissora de TV para chegar aos seus

telespectadores varia. Há TVs de sinal aberto – transmitidas em VHF, UHF

ou Superbanda. Há TVs de sinal fechado, por assinatura – transmitidas por

cabo, por microondas ou por satélites. E, numa definição livre, há até TVs

que não transmitem que constroem sua programação a partir do envio, ao seu

público, de programas gravados em fitas. Estamos nesse momento assistindo

à emergência da WEB TV, a televisão via Internet, com programação sem

horários e recepção sem antenas. (SILVA NETO, 2002, p. 35)

São bons exemplos de companhias que implantaram o canal com utilidades distintas, a

Petrobras e a Unilever. A Petrobras inaugurou em sua intranet uma TV Corporativa,

adotando um formato WebTV, que conta com 5 canais 24 horas, no qual os funcionários da

empresa encontram conteúdos educativos, treinamentos e informação sobre a empresa e suas

ações. Na Unilever o canal foi implantado com programações internas e externas: notícias de

marcas, comerciais, notas sobre ações de sustentabilidade e avisos importantes.

Ao lado de outras ferramentas, a TV Corporativa pode melhorar o clima

organizacional:

[...] a Tv Corporativa surge como a mais nova ferramenta de comunicação,

difundindo conteúdos e informações, através do uso de imagens e sons.

Utilizada em momentos específicos, permite certamente a promoção e a

melhoria do clima organizacional; atuando em conjunto com as outras

ferramentas de comunicação interna existentes, ajuda a implementar e

desenvolver mudanças nos diferentes processos, muitas vezes,

condicionados a modelos e visões arraigados nas pessoas, que se tornam

fortes obstáculos às mudanças organizacionais. (HINGST, 2006, p. 12)

Empresas que implantaram a TV Corporativa buscam estreitar o relacionamento com

o público interno, disseminar e fixar a cultura organizacional: valores, missões e objetivos

empresariais, outras utilizam para treinamentos e gestão do conhecimento, e outras como

reforço de mensagem, aproveitando os conteúdos de outras ferramentas de comunicação. Mas

é na comunicação interna que ela vem se consolidando. Assim também surgiram a TV

COSIPA (1995), TV Ambev (1998) e a TV Wal-Mart (2005), cada qual com seus modelos e

emitindo mensagens distintas, mas que se tornaram referência de comunicação interna.

[...] a TV Corporativa pode divulgar conteúdos que promovam a integração

entre áreas, o conhecimento de produtos e a disseminação das melhores

práticas, dando voz aos colaboradores das mais diversas funções e cargos e,

dessa maneira, contribuindo para a disseminação da cultura da organização.

(ABRACOM, 2008, p. 37).

Como já foi dito, a comunicação ideal é mediadora do diálogo entre a empresa e o seu

colaborador. A TV Corporativa surge como mais uma possibilidade para sair do desejo e

chegar à realidade, conforme expõe Garcia:

[...] a tevê corporativa é uma ferramenta de comunicação interna, que deve

servir de suporte para a estrutura de comunicação interna da empresa,

funcionando em circuito fechado, servindo ao interesse da organização. Ela é

mais um instrumento para estabelecer dialogo entre a organização e o seu

público interno que, por ter apelo audiovisual – linguagem bastante popular

atualmente- pode ter uma grande eficácia em transmitir mensagens,

fomentando uma cultura corporativa e, ao mesmo tempo, absorvendo

feedback por outros canais como telefone e e-mail. (GARCIA, 2008, p. 61 e

62)

Segundo Garcia (2008), citando Susan Irwin (1989, p. 145-166), as vantagens da TV

Corporativa esbarram nas características das televisões convencionais.

Imediatismo: a transmissão rápida permite que as informações críticas possam ser

comunicadas rapidamente;

Simultaneidade: permitindo que a informação seja entregue para um grande número

de pessoas ao mesmo tempo, evitando que se perca, ou seja, transmitida com interpretações de

terceiros;

Projeção (acesso), permitindo que os funcionários mais distantes possam interagir

com grandes experts, além de se sentirem mais conectados com a empresa.

Alcance: ao transmitir treinamentos e capacitação pela TV Corporativa, além de ter

custos reduzidos, atinge um grande número de pessoas, potencializando esse instrumento de

disseminação de conhecimento.

O que há de diferente na TV Corporativa2

Pode-se dizer que a TV Corporativa surgiu para substituir o mural e se tornar um

mural eletrônico. Porém isso seria limitar o seu potencial e suas características, dada a alta

tecnologia que avançou nas últimas décadas, e que deve ser levada em consideração por

2 Com base em entrevista a autora deste artigo realizada com Renato Mugnaini, Gerente de Marketing da

Elemídia Empresas, em 17 de abril de 2012, em Alphaville/SP

interferir diretamente no processo de construção das mensagens e conteúdos, que a

organização irá transmitir.

Tecnologia

Logo no seu surgimento, a produção dos conteúdos das TVs corporativas demandava

um tempo maior do que na atualidade. A distribuição dos conteúdos dependia de gravações

em Fitas VHs e/ou CDs que eram distribuídos via sedex e/ou malote para sedes das

organizações. Enviada ao destino, a mensagem era transmitida com hora marcada, para atingir

os funcionários em momentos estratégicos, limitando o número de exibições. Todo esse

processo a tornava uma ferramenta onerosa.

Com o avanço da tecnologia da internet e a oferta da banda larga no Brasil, houve

uma mudança na produção e na forma de exibição dos conteúdos produzidos para a TV

Corporativa, tornando-a mais acessível. As empresas têm utilizado duas formas de tecnologia

para implantá-la: a IP-VPN (rede privativa em ambiente Internet Protocol) ou via satélite,

com o uso de antenas parabólicas.

A IP-VPN permite que o conteúdo (vídeo) trafegue por uma rede IP. A rede IP é a

rede de internet comumente adotada pelas corporações por ser exclusiva e oferecer mais

segurança de transmissão dados, diferenciando-se da rede internet aberta que todos utilizam

para navegar. Simplificando, a televisão corporativa trafega via uma rede internet de banda

larga exclusiva, que recebe o conteúdo, armazenar em uma central (servidor) e por meio da

rede IP, faz um download em pontos específicos, onde se pretende exibir o conteúdo e onde

existam computadores locais conectados a telas de exibição (plasma ou LCD), prontos para

distribuir o conteúdo transferido. Já a tecnologia via satélite, depende da contratação de uma

distribuidora de sinal, que se baseia na transmissão de ondas de rádio emitidas por satélites

artificiais que orbitam a atmosfera, diferenciando-se por sistemas de transmissão de Banda C

(Sistemas de transmissão DBS — Direct Broadcast Sattelite) e Banda Ku (Sistema de

transmissão de dados DTH — Direct to Home), que definem a codificação e agilidade no

envio dos dados.

Empresas especializadas, como a emissora de televisão corporativa Elemídia

Empresas, comercializam os recursos necessários para a implementação da rede, instalação

dos pontos, produção do conteúdo audiovisual até a transmissão. Na concorrência por esse

mercado, o que diferencia a qualidade da tevê no mundo corporativo é a tecnologia própria de

cada empresa.

A tecnologia também torna a TV um veículo de interferência instantânea. É possível,

por meio do desenvolvimento do sistema operacional que a hospeda, inserir novas notas,

corrigir erros, anunciar estratégias de última hora, divulgar comunicados e orientações

importantes em questões de minutos. Além disso, por meio da escolha de direcionamento,

mecanismo parecido com uma caixa de e-mail, é possível encaminhar conteúdos exclusivos e

adaptados para outras regionais, sedes e filiais, por meio da programação da rede IP,

segmentado a informação.

A segmentação de públicos surge como solução exequível para uma

realidade na qual os indivíduos, também na hora de receber informações de

uma empresa querem sentir que esta também se preocupa em conhecer suas

reais necessidades. (SILVA ARAUJO, 2009, p. 31).

Conteúdos e Mensagens

Os conteúdos presentes na TV Corporativa, em geral, podem ser os mesmos que

aparecem nas outras ferramentas de comunicação empresariais, mas com recursos ilustrativos,

tais como fotografias, vídeos, charges e animações computadorizadas.

Todas as áreas de uma organização podem ser representadas na TV ao ser estabelecida

a Playlist/Editorias -nome dado para a lista que ordena a exibição dos conteúdos- e deve

amparar no potencial da comunicação interna de estabelecer padrões culturais, motivar os

recursos humanos, promover a integração por meio do compartilhamento de valores e orientar

para as ações estratégicas da organização. São as divisões estabelecidas no organograma da

empresa: Gerências e Diretorias, Vendas, Recursos Humanos, Segurança do Trabalho,

Cultura, Negócios, etc. que irão gerar informações e pautar a grade, em busca do

engajamento, alcance de resultados e alinhamento da cultura organizacional e do estabelecido

no planejamento estratégico.

Essa estratégia está de acordo com que Torquato (2004, p. 59) analisa sobre a

mensagem na publicação interna, a qual deve abranger os mais diferentes conteúdos e tipos de

matérias, envolvendo as áreas de jornalismo, educação, lazer, etc. O autor ainda classifica

esse conteúdo em: matérias institucionais, operacionais, de motivação, de orientação

profissional, educativa, associativas, de interesse feminino, de entretenimento e família do

empregado.

Ao ser definida a playlist, deve-se levar em consideração assuntos e temas que visam

despertar o sentimento de pertencimento nos colaboradores, transparecer os valores e

envolvê-los com os assuntos da empresa, além de colocá-los em dia com o que está

acontecendo no país e no mundo. Incluir conteúdos externos, que tenham a ver ou não com o

negócio da organização, mas que fazem parte do cotidiano do colaborador, intercalando com

assuntos corporativos, torna a tevê um veículo atraente ao público de interesse. Por meio da

contratação de um provedor de notícias online: Terra, Folha de São Paulo, G1, Ig entre outros,

pode-se incluir notícias de previsão do tempo, trânsito, esportes finanças, dicas de lazer e

culturais.

Na TV corporativa a mensagem escrita tende a ser clara e objetiva, pois limita-se ao

número de caracteres e tempo de exibição. Usualmente, comporta 140 caracteres com imagem

e 220 caracteres sem imagem, com a notícia seguindo os padrões de lead3 jornalístico. Desta

maneira, a mensagem pode ser facilmente compreendida e assimilada pelo colaborador, e ao

ser formatada de levar em consideração também o pouco tempo de disposição diante da tela

da tevê.

Formatos

Outros recursos que podem transformar a informação interna atrativa, absorvida pelo

colaborador e capaz de envolvê-lo, são os formatos dados às mensagens transmitidas. A TV

contém recursos visuais extras disponíveis e que podem ser melhor explorados por este canal.

Segundo Aronchi (2004), dentro da mídia televisiva há gêneros que podem ser entendidos

como estratégias de comunicabilidade. E ainda define que ao gênero de um programa associa-

se diretamente um formato, sendo o formato as características gerais de um programa de

televisão. Assim, a TV Corporativa possibilita acolher dentre outros formatos, citando

Aronchi (2004. p. 170-176):

Debate: pressupõe a discussão sobre um tema entre vários participantes;

Depoimento: reportagem focando o entrevistado em primeiro plano;

Documentário: procura convencer o telespectador de que as informações são

verdadeiras, mais longo do que a reportagem;

Reportagem: coloca uma pessoa em evidência narrando um assunto e fazendo

entrevistas

Entrevista: para reforçar assuntos focados, concentrando-se no local de realização

(estúdio ou em locação externa) e nas formas de transmissão: ao vivo ou gravado;

Instrucional: orienta o telespectador a realizar alguma tarefa ou atividade profissional

Telejornal/Noticiário: leitura de textos por um(a) apresentador(a), sem imagens e/ou

ilustrações;

Testemunhal: em que pessoas contam histórias que viveram.

3 Lead é utilizado nas aberturas de matérias noticiosas e busca resumir no primeiro parágrafo de uma matéria o

teor do fato. Responde as palavras: o que, quem, quando, onde, como e por quê

Equilibrar os recursos técnicos e os formatos que a tevê comporta é um desafio à

criatividade do comunicólogo, responsável pela produção do conteúdo e pode garantir o

sucesso do canal.

A TV complementa outros meios

Tradicionalmente, as ferramentas de comunicação interna são os jornais, as revistas, os

boletins, os murais e a intranet. Hoje em dia, podemos observar a segmentação do público

interno, com canais diferentes e circunstâncias diferentes fazendo parte do dia-a-dia da

comunicação interna. (GARCIA, 2008, p. 40).

Enquanto os outros veículos internos, impressos e a intranet, dependem de fatores

como periodicidade, capacidade e estimulação ao acesso, a TV Corporativa tem mais

facilidade de repercutir informações imediatas. Os recursos proporcionados pela tevê e suas

características, possibilitam um armazenamento significativo e a visualização rápida de

informações, se comparada aos canais tradicionais.

Com variações de 30 a 60 segundos de tempo para cada notícia, somada a

possibilidade de inserções de vídeos, em uma playlist composta por 10 editorias, é possível

transmitir em 4 minutos e meio de duração, cerca de 10 mensagens diferentes, por giro da

lista de editorias. Ao final de um expediente normal de 8 horas alcançaria em média, caso

houvesse volume de informações inéditas suficiente, 2.100 notas por dia. Esse volume, se

comparado a um mural, que comporta 8 notícias distintas, de periodicidade semanal, ou a

jornais, boletins e revistas impressos, com periodicidade diária, semanal ou mensal, é

considerável em termos de quantidade de informação.

Porém, o poder de receptividade do canal e a instantaneidade da tevê não podem ser

comparados com o aprofundamento da notícia dos canais impressos, nem com a facilidade de

acesso da intranet e tampouco com a comodidade de receber newsletters via correio

eletrônico. Por isso, uma ferramenta de comunicação interna não anula a outra, mas sim

colabora tanto para pautar os demais, como para retomar os acontecimentos de fatos

anteriormente noticiados e para informar uma ação de caráter imediata.

A experiência tem demonstrado que a multiplicação de canais torna a

comunicação mais efetiva e não necessariamente mais onerosa, sobre tudo

porque, quase sempre, pode-se valer das novas tecnologias – como intranet,

extranets, sites institucionais, newsletters eletrônicas, chats, etc. – uma

comunicação empresarial com certeza mais interativa, mais focada na

expectativa dos vários públicos com quem a empresa se relaciona. (BUENO,

2003, p. 28)

Mais do que transmitir informações, a área responsável pela comunicação interna tem

de proporcionar condições para estabelecer um processo de diálogo que contemple os

colaboradores, adaptando a linguagem e as ferramentas utilizadas para os vários públicos

internos da organização.

Conectados TV, um canal da nova Vivo

A pesquisa realizada para este artigo abrangeu duas empresas que possuem TVs

corporativas: Vivo e Abril Gráfica, como já foi dito. Neste tópico apresenta-se a experiência

de TV Corporativa da Vivo, após o trâmite de fusão com a Telefônica4. Passado este

processo, quando a Telefônica Espanha adquiriu em 2010 a Portugal Telecom, controladora

da prestadora de serviço de telefonia móvel Vivo no Brasil, em abril deste ano a empresa se

reposicionou no mercado nacionalmente com a adoção da marca Vivo, unificando os serviços

oferecidos de voz e banda larga fixas, dados e TV. Em fase de mudança organizacional e de

fixação da sua cultura, a Vivo lançou em maio de 2012 sua nova plataforma de TV

Corporativa, a Conectados TV.

Parte integrante do departamento de Gerência de Comunicação, a comunicação

interna, denominada Canais Internos, é composta por Conectados Intranet, que hospeda um

blog, e-mail corporativo e sistemas administrativos específicos, Conectados Informativo, um

informativo diário direcionado para todos os colaboradores o Conectados Executivos,

direcionado aos funcionários que compõe a Diretoria e o serviço de SMS (mensagem de

texto) via aparelhos celulares corporativos e a Conectados TV. A tevê da Vivo é uma

adaptação do modelo Conectados que já existia na Telefônica, e que foi reformulada e

adaptada para ser mais uma ferramenta para dialogar com cerca de 10 mil colaboradores, uma

tentativa de unificar as melhores práticas e procedimentos, em busca do alinhamento da

organização, pós-unificação das marcas.

Instalada em todas as regionais administrativas do Brasil, a TV da Vivo trafega via

rede IP-VPN e os pontos de instalação das telas respeitam a indicação dos Departamentos

Regionais de Comunicação, seguindo o critério de maior tempo de parada do colaborador.

4 Em Julho de 2010 a empresa espanhola Telefônica adquiriu por £7,5 milhões 50% de participação que pertenciam a

Telecom Portugal na Vivo, assumindo assim o controle da empresa de telefonia móvel no Brasil. Em agosto do mesmo ano, os acionistas do grupo Telefônica validam a compra em assembleia. Em maio de 2011, O então presidente Roberto Lima comunica que deixará o posto da Vivo, assumido por Antonio Carlos Valente que era presidente do grupo Telefônica, que passa a ser o representante no Brasil. Em abril de 2012 a Vivo passa a ser oficialmente a marca do grupo Telefônica no Brasil tanto para os serviços de telefonia móvel como fixa, banda larga e tevê por assinatura.

Localização dos pontos da TV Corporativa da Vivo

Especificamente em São Paulo, local de observação deste estudo, no prédio da

Avenida Chucri Zaidan, no bairro Morumbi, estão instalados 7 pontos da Conectados TV.

Eles estão alocados na recepção, ponto de parada do público externo e dentro dos seis

elevadores, considerados ponto parada do público interno. Nas outras sedes, a localização dos

aparelhos varia entre espera de acesso dos elevadores e próximo aos espaços de convivência e

café.

Em geral, na TV Corporativa da empresa os conteúdos das mensagens exibidas

provêm do informativo diário e é estrategicamente adotada para massificar as informações

dos demais canais, tendo como único diferencial a possibilidade da inserção de 3 vídeos por

playlist. São 18 as editorias que exploram o universo da organização e explanam, na maioria,

sobre os negócios da Vivo: “Nosso Grande Grupo”, “Sua Saúde”, “Você em foco”,

“Sustentabilidade”, “Mensagem do Executivo”, “Nosso Negócio”, “Divirta-se”, “Virou

Notícia”, “O que vem por ai”, “Já viu está”, “Nossa Fundação”, “Giro pelo Brasil”, “Entre

Aspas”, “Click”, “Últimas Notícias” e “Previsão do Tempo”. Todo o conteúdo é produzido e

inserido na tevê por jornalistas da Elemídia Empresas, após revisão e avaliação da equipe de

gestão de canais internos, com uma (1) semana de antecedência.

De um modo geral, apenas as editorias “Sua Saúde”, “Já viu Esta?” “Click”, “Entre

Aspas”, “Você em Foco”, “Últimas Notícias”, com informações do provedor Terra, que

pertence ao Grupo Telefônica/Vivo, limitadas em previsão do tempo e trânsito, exclusividade

dos colaboradores de São Paulo, economia, política interna e externa e tecnologia, são

Regionais Cidade Local

São Paulo São Paulo

Chucri Zaidan 6 LCD’s de 15” em elevadores e 1 LCD de 42” na recepção

Brigadeiro 2 LCD’s de 15” em frente aos elevadores

Av.Paulista 1 LCD de 15 “ no hall do 21ºandar

Datacenter 1 LCD de 15 “ Espaço Café 2º andar

Leste

Rio de Janeiro Sede 6 LCD’s de 15” em elevadores e 1 LCD de 42” na recepção

Bahia Sede

1 LCD’s de 42” no bloco 5 e 1 LCD de 42” na entrada do

bloco 6

Minas Minas Gerais Sede 3 LCD’s de 15” em elevadores e 1 LCD de 42” na recepção

CallCenter 2 LCD’s de 15” no hall de entrada

Rio Grande do Sul Sede 2 LCD’s de 15” em elevadores e 1 LCD de 42” na recepção

Centro – Oeste Brasília Sede 2 LCD’s de 15” em elevadores 1LCD de 42” na recepção

Pará Sede 1 LCD de 15 “ na recepção

Norte Pernambuco Sede 1 LCD de 15 “ na recepção

direcionadas aos colaboradores. As demais visam valorizar, publicitar a marca e a cultura da

organização, dando ênfase ao negócio, de modo a criar o sentimento de pertencimento e

engajamento dos funcionários. Mesmo a editoria “Divirta-se”, é restrita a informar a

programação do Teatro Vivo, espaço cultural do grupo, e de espetáculos patrocinados pela

marca. Sua playlist é composta por 24 mensagens, em suas respectivas editorias, com

aproximadamente 6 minutos de duração. A cada novo início da playlist, dependo da editoria,

se houver um potencial informativo bom, mensagem é atualizada por até 5 vezes. Em

determinadas editorias, por conta do volume reduzido de informação, a mesma nota é repetida

o dia todo. Há também a distribuição da mesma mensagem em outras editorias, por exemplo,

em “Nosso Negócio” e “Divirta-se”.

Com relação aos formatos e conteúdos, na Conectados TV prevalece o uso do formato

nota: texto casado com imagem como base de suas mensagens. Embora a playlist comporte 3

vídeos, no período observado nenhum vídeo circulou, o que não prejudicou a qualidade do

canal, mas deixou de torná-la mais atraente e dinâmica. O conteúdo dos 7 pontos é

segmentado em público interno e externo, sendo que a TV do público externo (recepção)

respeita o critério de receber as informações que já foram divulgadas na imprensa, ou seja de

conhecimento público: promoções, lançamento de aparelhos, etc, e os pontos de acesso do

público interno, segue o critério de receber informações corporativas e exclusivas aos

funcionários.

Por ser um canal recém implantado, o departamento de comunicação não mensurou os

seus impactos, aceitação, nem comparou a sua eficácia com outros canais. Porém, a TV

Corporativa satisfez os objetivos da organização, tanto é que está prevista a ampliação dos

pontos de instalação para 2013, sendo 16 na nova sede da empresa, EcoBerrini, que será

inaugurada no bairro do Morumbi e mais 6 em diferentes Estados, à definir.

Em linhas gerais a Conectados TV, transparece a cultura organizacional da

Vivo/Telefônica, desde o desenho da playlist até o conteúdo veiculado, com uma

comunicação descendente, propagando métodos de trabalho, dando ênfase a linha de produtos

e serviços, com poucas informações destinadas aos interesses dos colaboradores, como

resultados alcançados e metas almejadas.

TV Gráfica, a comunicação da comunicação

A Abril Gráfica é uma unidade de negócio da Abril S.A, e controlada pela Abrilpar

por meio de um Conselho de Administração, formado pelos membros da família Civita e do

grupo de mídia sul-africano Naspers. O presidente Executivo da Abril S.A. se reporta a esse

conselho e dirige outros negócios: Mídia, Gráfica, Distribuição e Serviços do Grupo.

Considerada a maior gráfica da América Latina em volume de produção, é formada por cerca

de 1.500 funcionários, entre efetivos, contratados e terceirizados, ocupando uma área de

52.500 m². A Abril Gráfica produz anualmente 568 milhões de exemplares impressos, entre

revistas, suplementos, edições especiais, catálogos e tabloides.

Diferente da Vivo, suas ações de Comunicação Interna são gerenciadas pelo

Departamento de Recursos Humanos, que é desvinculado do Departamento de Comunicação

do Grupo Abril e conta com a consultoria de uma jornalista.

A comunicação interna da Abril Gráfica é composta pelos canais “Fique Sabendo”,

jornal distribuído mensalmente a todos os funcionários com assuntos exclusivos da gráfica; o

“Jornal de Parede” e o “Quadro 8 páginas”, ambos seguem o formato mural, com 6 e 8 folhas,

respectivamente. O “Quadro 8 páginas” é produzido com assuntos do ambiente da empresa:

segurança, processo de seleção interna e com informações conceituais: atualidades, mercado.

Já o “Jornal de Parede” transmite informações corporativas do Grupo Abril e é pautado pelo

Departamento de Comunicação do Grupo. Terminal touch screen, o “Pensando Juntos”,

instalado no restaurante comum, tem o intuito de conhecer a opinião dos funcionários via

enquetes sobre quaisquer assuntos de interesse social (economia, finanças, culturais, etc) e

sobre o dia a dia da empresa (qualidade dos benefícios, condições de trabalho, produção, etc);

“Disque 200”, um serviço de secretária eletrônica, à disposição dos funcionários, para que, de

forma anônima, ele possa expressar a sua opinião sobre o ambiente de trabalho; e ainda,

encontros com a Direção e Gerência, o semestral “Cafezão” pautado por assuntos

estratégicos, resultados, metas da gráfica e o mensal “Cafezinho” para esclarecimento de

dúvidas e ouvir os colaboradores, pautado por promoção, PRI, salário e benefícios. Há

também o “Bolex”, uma newsletter direcionada e exclusiva para os executivos e cargos

administrativos do grupo, proveniente da Comunicação do grupo Abril. Todos esses canais

internos pautam a TV Gráfica, em especial o “Quadro 8 páginas”, que foi implementada há

cerca de 2 anos e instalada estrategicamente em 7 pontos do galpão, transmitindo mensagens

aos 3 turnos de trabalho, 24 horas por dia, initerruptamente.

Localização dos pontos da TV Corporativa da Abril Gráfica

As 10 editorias desenhadas foram validadas por um Conselho Editorial e incluem:

“Nosso Negócio”: comunica as estratégias do negócio, missão, valores e princípios; “Notícias

PSC”: comunica assuntos sobre a gráfica, novos clientes, aquisições de máquinas; “PAZ” –

Programa Acidente Zero: dá dicas de segurança do trabalho e saúde; “Pessoas”: com notas de

banco de oportunidades, novos funcionários, demissões, méritos, treinamento, gestão de

clima, avaliação e gestão de desempenho e aniversariantes do mês; “PLAR”: aborda questões

de sustentabilidade; “Resultados”: com informações sobre satisfação de clientes, recordes e

prêmios; “Tome Nota”: com dicas culturais, previdência social, novos processos e

campanhas, cardápio do dia, plano de saúde e odontológico; “Você Sabia”: mensagens sobre

curiosidades, “Últimas Notícias” com notícias do provedor Abril.com abordando assuntos das

editorias: Brasil, Ciência, Economia, Esporte, Internacional, Saúde, Tecnologia, Variedades e

com o foco maior em Esportes, além de “Mídia” que comporta 2 vídeos/mídias mensais,

sobre assuntos definidos por relevância pela equipe de RH, e produzidos pela Elemídia. A

apuração das informações e a produção textual da TV Gráfica é feita pela jornalista contratada

que alimenta diretamente o software.

A TV Corporativa da Abril tem por público-alvo prioritário os funcionários da linha

de produção, maioria na corporação e por isso conta com uma linguagem menos rebuscada,

de fácil compreensão e acessível. Segundo a responsável pelo canal, Cristina Martins, a

decisão de escolha do canal partiu da Diretoria e Gerência que desejava que as informações

fossem mais curtas e que chegassem de forma rápida aos colaboradores, eliminado possíveis

ruídos. Por ser um canal ágil, na TV as mensagens repercutem mais do que dos outros canais

e os próprios funcionários sugerem pautas por e-mail, contato direto com o RH ou produzem

o conteúdo, como foi o caso de um vídeo sobre a valorização e cuidado com as mãos. A ideia

partiu de um funcionário que com uma câmera caseira coletou mensagens dos colegas

incentivando-os a escrever palavras-chaves sobre o tema nas próprias mãos. O vídeo acabou

por atingir colaboradores portadores de deficiência auditiva, sensibilizando a Direção e

despertando a atenção para algo importante entre os colaboradores.

Cidade Espaço Quantidade de pontos

São Paulo

Pavilhão Norte (Espaço Café da Administração) 2 LCD’s de 32”

Restaurante 2 LCD’s de 32”

Catraca/Relógios 1 LCD’s de 32”

Lanchonete 1 LCD’s de 32”

Espaço de Convivência 1 LCD’s de 32”

Com relação às mensagens transmitidas via tevê, a maioria seguem o formato texto

somado a imagem (140 ou 220 caracteres), com a possibilidade de exibição de 2

vídeos/mídias mensais. Embora definidas as editorias, não há regra para distribuição das

informações, a mesma informação é alocada em editorias diferentes, bastando ter afinidade

com a temática. Isso pode indicar que não há volume de informação suficiente que justifique

o investimento na ferramenta ou pouco cuidado na pauta e apuração das informações. Em

aspectos gerais, o conteúdo tem a ver diretamente com os interesses do público interno,

visando engajamento e motivação e divulgação das ações estratégicas da corporação.

Sem ter construído nenhum instrumental para mensurar qualitativamente os impactos

da TV Gráfica, o feedback das do canal é positivo e acontecem de maneira informal, por meio

de conversas e comentários para avaliar a repercussão do que é transmitido e os pedidos de

exibição e/ou alteração de alguma mensagem.

Ao longo do primeiro semestre de 2012, todos os canais de comunicação interna da

gráfica foram avaliados por consultores da Universidade de São Paulo, do curso de Gestão

Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas (Gestcorp), professores

Mitsuru Higuchi Yanaze, Liriam Luri Yamaguchi Yanaze e João Carlos Wiziacke, por meio

de workshops, entrevista e grupos de discussão, por representatividade de todas as áreas da

empresa. O resultado apresentado mostrou que a TV Corporativa é bem avaliada e bem quista

pelos funcionários, porém foram indicadas mudanças para melhorar a sua eficácia. Assim,

percebeu-se que há preocupação dos dirigentes com as práticas de comunicação interna e em

tornar as informações mais límpidas para os colaboradores.

A TV Gráfica segue a cultura da organização, adaptativa, com demonstração, por meio

das editorias, que estão equilibradas entre os interesses corporativos e os dos colaboradores.

Considerações finais

Em um mundo cada vez mais dinâmico e interativo, lançar mão de novas ferramentas

que correspondam à modernidade se faz necessário dentro do ambiente corporativo,

principalmente quando se trata de comunicação interna. Neste cenário, a TV Corporativa

ainda é uma novidade em evolução e adaptação, que deve ser levada em consideração pela

sua praticidade e pelos fatores técnicos (imediatismo, agilidade, ineditismo, atualização

constante, etc); psicológicos (visualização, projeção, etc) e sociológicos (integração ao meio,

conscientização, cooperação, etc) advindos da tevê convencional. A união equilibrada de

todos esses fatores, se bem empregados na comunicação empresarial, pode ser aliada para

disseminar a cultura organizacional, estabelecer de diálogo com os colaboradores, informar

sobre ações e projetos, integrar os funcionários com missão e valores e mobilizar para os

objetivos estabelecidos.

Partindo dos questionamentos levantados, que orientaram a construção deste artigo, o

fato da TV integrar o planejamento estratégico da organização e estar em consonância com

outros canais internos, a tornam uma opção para aperfeiçoar as mensagens ao conjugar som e

imagem, o que facilita a compreensão, dá agilidade ao processo de pulverização das

informações internas, diminui distâncias geográficas e aproximar-se do colaborador. Assim

como nas demais ferramentas, a mensagem transmitida pela tevê deve ser trabalhada

minuciosamente, explorando as possibilidades que a tecnologia da ferramenta permite.

A construção da playlist é um momento fundamental, pois ela irá traduzir os

conceitos, valores e missão, sendo ideal que o maior número de departamentos e setores que

constituem a organização estejam representados, transparecendo a cultura organizacional. A

qualidade da grade de programação, com notícias de interesse coletivo ou direcionadas, claras

e objetivas, para fácil assimilação e com a adoção de formatos criativos, é que irá garantir a

audiência do público interno.

Em fase de adaptação e exploração de suas qualidades, ainda é preciso criar

mecanismos de mensuração que confirmem a eficiência deste canal, e até mesmo conteúdos

exclusivos que justifiquem a avaliação, tendo em vista que em ambos os casos que

subsidiaram este trabalho, a tevê foi utilizada como reforço de boletins, jornais, murais e

intranets.

Nos casos aqui expostos, a TV corresponde às necessidades levantadas por cada

organização, o que justifica a sua implantação. Porém os departamentos de comunicação

poderiam avançar e explorar tanto as características emocionais da televisão como os recursos

tecnológicos proporcionados pela ferramenta no que tange aos pontos de instalação,

representatividade das áreas da empresa e mensagem de interesse do colaborador, no caso da

Conectados TV, e ao volume de conteúdo, no caso da TV Gráfica. Apesar do uso conjugado

de textos curtos e imagem ser positivo e dar agilidade à divulgação das informações,

introduzir formatos diferenciados vídeos, documentários, entrevistas, depoimentos de

funcionários e o que mais a criatividade for capaz de produzir, facilitaria no processo de

comunicação para estabelecer diálogo multilateral, motivar e envolver o colaborador com o

ambiente da organização, ao projetar a sua realidade no veículo.

Compreender a TV Corporativa, constatar a sua eficiência e como ela contribui para a

comunicação empresarial, é de suma importância e pode colaborar no alcance de uma

comunicação interna de excelência. Cabe às corporações e aos profissionais da comunicação

que praticam ou queiram praticar a comunicação interna, explorar as possibilidades

proporcionadas pela tevê.

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