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o cooperativismo têm sido ferramenta importante para promover o empoderamento e a autonomia da mulher MULHERES NO COMANDO 81 Ano 19 A REVISTA DE GESTÃO, FINANÇAS, PESSOAS E MARKETING DO COOPERATIVISMO PESSOAS FEEDBACK ESTIMULA A EVOLUÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DA EQUIPE FAKE NEWS COMPARTILHAR NOTÍCIAS FALSAS PODE COMPROMETER SEU EMPREGO

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MUNDOCOOP 1

o cooperativismo têm sido ferramenta

importante para promover o

empoderamento e a autonomia da mulher

MULHERESNO COMANDO

81Ano 19A REVISTA DE GESTÃO, FINANÇAS, PESSOAS E MARKETING DO COOPERATIVISMO

PESSOASFEEDBACK ESTIMULA A EVOLUÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DA EQUIPE

FAKE NEWSCOMPARTILHAR NOTÍCIAS FALSASPODE COMPROMETER SEU EMPREGO

CO cooperativista no seu dia a dia

CO cooperativista no seu dia a dia

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DIRETORIA Douglas Alves Ferreira / Luis Cláudio G. F. Silva

REDAÇÃO EDITOR / Douglas Alves Ferreira [email protected]

COLABORAÇÃO / Katia Penteado - Mtb 11.682/SP

ARTEASSISTENTE DE ARTE / Diego Sampaio

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PUBLICIDADEDIRETOR COMERCIAL / Luis Cláudio G. F. Silva

COMERCIAL / Henrique G. [email protected]

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Linkey Representações e Publicidade Linda Cardoso - Tel (61) 3202-4710 / 8289-1188

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IMPRESSÃOTIRAGEM / 15 mil exemplares

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A revista MundoCoop é uma publicação da HL/Mais Editorial Ltda.

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As opiniões emitidas pelos entrevistados não refletem, o pensamento da coordenação dessa publicação. Os anúncios

e artigos assinados são de responsabilidade dos autores.

PARTICIPAÇÃOFEMININA CRESCENO COOPERATIVISMO

A REVISTA DE GESTÃO, FINANÇAS, PESSOAS E MARKETING DO COOPERATIVISMO

á inúmeros desafios em ser mulher na nossa sociedade. Ao longo dos anos, grandes barreiras pessoais e profissionais foram superadas, no entanto, há ainda um importante caminho a ser percorrido. Uma jornada que se mostra mais fácil quando acompanhada de união e conhecimento. É por conta disto que as cooperativas em todo o país percebem cada vez mais o protagonismo feminino.

Dados nacionais apontam que o número de mulheres no cooperativismo aumenta. Isto mostra que, além de avançarem no mercado de trabalho, elas também buscam o cooperativismo como forma de manterem-se juntas umas das outras. Um reflexo da unidade necessária para romper com preconceitos que envolvem as mulheres à frente dos negócios ou em posições de liderança.

Esta edição de MundoCoop traz como matéria de capa as inúmeras capacidades e habilidades femininas que podem contribuir com processos importantes em todos os espaços, inclusive dentro das cooperativas, local em que conquistam cada vez mais liderança. É perceptível que a união propiciada pelo cooperativismo permita que sonhos sejam concretizados, reforçando o empreendedorismo de mulheres em todo o mundo. Um passo de extrema importância para toda a sociedade.

Confira também uma entrevista exclusiva com o advogado Ives Gandra da Silva Martins, referência quando o tema é Direito Tributário e Direito Constitucional, a necessidade da reforma tributária e da reforma da previdência, analisa a performance do Supremo Tribunal Federal, destacando o impacto negativo que algumas decisões causam nos negócios e na democracia. E encerra fazendo considerações sobre as eleições.

Em CrediCoop, mostramos o conceito de Open Banking uma proposta que as instituições financeiras concentrem-se em sua atividade principal e compartilhem suas APIs - Interface de Programação de Aplicativos trazendo valor ao cliente final.

Do clima à energia e o turismo, o presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, apontou os desafios que o agronegócio brasileiro precisa superar nos próximos anos, além das principais informações do agronegócio, confira em AgroCoop.

Tudo isso e muito mais você confere nesta edição da MundoCoop. Aproveite e boa leitura!

Douglas Alves Ferreira

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Unimed Seguros Saúde S.A. – CNPJ/MF 04.487.255/0001-81 | Unimed Seguradora S.A. – CNPJ/MF 92.863.505/0001-06 – Reg. SUSEP 694-7 | Unimed Seguros Patrimoniais S.A. – CNPJ/MF 12.973.906/0001-71 –

Reg. SUSEP 01970 | Unimed Saúde e Odonto S.A. – CNPJ/MF 10.414.182/0001-09

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CAPAMULHERES SÃO PROTAGONISTAS NO COOPERATIVISMOAs cooperativas se tornaram o novo campo de expressão e realização das mulheres

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12 BRASILCOOP15 CREDICOOP INFORMAÇÕES DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO

24 SUSTENTAÇÃO30 TECNOCOOP

37 AGROCOOP COOPERATIVISMO NO AGRONEGÓCIO

46 OPINIÃO

2o PESSOAS FEEDBACK ESTIMULA A EVOLUÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DA EQUIPE

34 MARKETING

CO cooperativista no seu dia a dia

CO cooperativista no seu dia a dia

42 COMPRAR OU ALUGAR UM IMÓVEL?

44 4 PILARES DA COMUNICAÇÃO EM COOPERATIVAS

45 FAKE NEWS - COMPARTILHAR NOTÍCIAS FALSAS PODE COMPROMETER SEU EMPREGO

FALTA DE SINERGIA POR QUE O MARKETING NÃO SE COMUNICA COM O TRADE MARKETING?

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SUMÁRIO

ENTREVISTA

IVES GRANDRA MARTINS

Doutor em Direito pela Universidade Mackenzie

é referência quando o tema é Direito Tributário e

Constitucional

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O GOVERNO VÊ A INICIATIVA PRIVADA COMO SUA FONTE DE RENDA, MAS, AO MESMO TEMPO, PENALIZA EMPREENDEDORES, ENQUANTO NÃO CONSEGUE CONTROLAR SUAS PRÓPRIAS CONTAS. ISSO PARECE SER HISTÓRICO E RECORRENTE. O SR. CONCORDA COM ESSA DEFINIÇÃO? POR QUÊ?

Grande parte da receita tributária é do setor não-governamental. Dos cidadãos comuns e das empresas. Embora haja tributação sobre burocratas e políticos, as benesses que recebem não tributáveis são maiores e não de gozo pela sociedade fora do governo. O custo burocrático, pois, impõe a alta carga tributária brasileira, que reverte mais para a privilegiada casta dos enquistados no poder do que em serviços públicos para a comunidade.

Em face da realidade, o governo precisa que a sociedade cresça para gerar tributos, objetivando atender uma burocracia esclerosada e uma classe política maior do que as necessidades do país exigem. Muitas vezes, entretanto, os recursos tributários são insuficientes, com o que, com atos legais e ilegais, o governo pressiona a classe

sentará uma sinalização positiva para a sociedade brasileira e para investimentos estrangeiros. O alí-vio temporário de juros baixos, baixa inflação, PIB crescente e desemprego em queda se não houver pelo menos esta sinalização, a médio e longo prazo, não se sustenta.

COMO AS DECISÕES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PODEM AFETAR A VIDA DAS EMPRESAS E DA ECONOMIA? QUAIS OS PROBLEMAS QUE O SR. VÊ NA PRÁTICA DO STF? FALTA INDEPENDÊNCIA À INSTITUIÇÃO?

O Supremo Tribunal Federal, por invadir as com-petências legislativas do Congresso, legislando, e do Executivo governando está trazendo insegurança jurídica crescente. Isto é mal, para os negócios e pior para a democracia brasileira, pois impõe, o Pretório Excelso, essa política, nascida de 11 cida-dãos não eleitos pelo povo, mas nomeados por um homem só, o Presidente da República. Ao assumir funções exclusivas do presidente na concessão dos indultos e na proibição de nomeação de Ministra não condenada penalmente, por ter perdido uma ação trabalhista, violou o artigo 84 da Lei Suprema, como violou os artigos 44 a 69 da CF ao legislar, em lugar do Congresso (prisão sem autorização de par-lamentares proibida pelos artigos 53, §§ 2º, 3º e 5º; nomeação de candidatos derrotados para governos estaduais, sem novas eleições, criação de hipóteses de aborto impunível (eugênico) não constante do artigo 128 do Código Penal e muitas outras ações).

Hoje, o direito, muitas vezes, não decorre da de-cisão de um Congresso eleito por 140 milhões de brasileiros, mas das decisões de 11 cidadãos eleitos por um homem só. Apesar de serem os 11 excelen-tes juristas, não estão sendo guardiões da Consti-tuição, mas verdadeiros legisladores constituintes. Precisariam voltar a ser apenas legisladores nega-tivos e não invadirem competências alheias.

É POSSÍVEL AINDA ACREDITAR NA INDEPENDÊNCIA DAS INSTITUIÇÕES COMO A POLÍCIA FEDERAL, INDEPENDÊNCIA MUITO QUESTIONADA NA ATUALIDADE? POR QUÊ?

Embora a autonomia da Polícia Federal esteja assegurada na Lei Suprema, como “polícia judiciária” (art. 144 § 4º), suas funções têm sido muitas vezes assumidas contra o texto expresso da Lei Suprema pelo Ministério Público, no que, ao transformar-se em polícia judiciária, invadindo competência exclusiva da PF, também violam, seus componentes, funções alheias, desrespeitando a Lei Suprema. O primeiro passo é defender sua autonomia contra as invasões do “parquet”.

QUAL SUA OPINIÃO PARA 2018? QUAL SUA ESPERANÇA? QUAIS SUAS EXPECTATIVAS?

O ano de 2018 será um ano curioso, pois todas as opções estão abertas. Pela Lei da Ficha Limpa, dificilmente será candidato o ex-presidente da Re-pública Lula, ainda mais depois de ter sido preso. Não há candidaturas empolgantes até o presente. O ex-governador Alckmin é uma boa opção, mas continua um candidato regional e não nacional. Os outros não têm ainda musculatura nacional, e Jair Bolsonaro, no seu discurso radical, só poderia crescer mais se fizesse contraponto à Lula. No momento, o País não tem candidatos e, qualquer que seja o candidato eleito, terá de fazer reformas mais duras para não gerar um governo semelhante ao da Venezuela. Cabe à sociedade brasileira a decisão.

Doutor em Direito pela Universidade Mackenzie, apresentan-do a tese: Uma contribuição ao estudo da imposição tributária, o advogado Ives Gandra da Silva Martins é referência quando o tema é em Direito Tributário e Direito Constitucional.

Nesta entrevista exclusiva à MundoCoop, fala sobre a neces-sidade da reforma tributária e da reforma da previdência, analisa a performance do Supremo Tribunal Federal, destacan-do o impacto negativo que algumas decisões causam nos negócios e na democracia. Encerra fazendo considerações sobre as eleições.

Confira!

empresarial em busca de receitas tributárias, com autos de infração monumentais e quase sempre impagáveis em face das multas excessivas que aplica. Não sem razão, todos os governos vivem de “Refis” e parcelamentos para conseguir fechar suas contas, o que na prática é o reconhecimento da escandalosa e desproporcional carga tributária do país e a impossibilidade de o modelo brasileiro sustentar a dinossáurica estrutura criada por burocratas e políticos. Nem

o governo controla suas contas, porque burocratas e políticos não o desejam, nem a sociedade tem condições de conviver com tal irracional política. Aí está, de rigor, a essência do problema brasileiro que vai muito além da corrupção alimentada por tributos retirados da sociedade.

É POSSÍVEL FAZER REFORMA TRIBUTÁRIA E REDUZIR OS CUSTOS DA MÁQUINA PÚBLICA EM UM ESTADO COM MAIS DE 20 MIL CARGOS COMISSIONADOS E COM DÉFICITS ESTRATOSFÉRICOS?

É possível, mas teria de haver um governo com enor-me carisma, imenso apoio popular e honestidade sem brechas para conseguir lancetar a pústula desta estrutura paquidérmica que atrasa o desenvolvimento do país.

O QUE ESPERAR DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA? COMO ELA AFETARÁ O SETOR PRODUTIVO PRIVADO?

É necessária uma reforma previdenciária muito mais ampla do que o governo propôs. Precisa, quando mesmo, ser aprovada, apesar dos interesses corporativos dos 3 Poderes (burocratas, magistrados, Ministério Público e políticos). O déficit de mais de R$ 260 bilhões de 2016 é assustador e só tende a aumentar. Se o governo pelo menos aprovar o reduzido projeto, tal aprovação repre-

E N T R E V I S TA

QUALQUER QUE SEJA O CANDIDATO ELEITO, ELE TERÁ DE FAZER REFORMAS MAIS DURAS. CABE À SOCIEDADE BRASILEIRA A DECISÃO.

É NECESSÁRIA UMA REFORMA PREVIDENCIÁRIA MUITO MAIS AMPLA DO QUE O GOVERNO PROPÔS

IVES GANDRADA SILVA MARTINS

POR KATIA PENTEADO

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Idealizado pela FS Academy, divisão de conteúdo da Next Business Media, o C3 – Congresso de Cooperativas de Crédito,

foi realizado em São Paulo, nos dias 17 e 18 de maio e contou com grandes nomes do cooperativismo de crédito.

Nos dois dias de palestras, painéis e sessões interativas, o C3 reuniu os principais nomes do Sistema Nacional de Cré-

dito Cooperativo e discutiu temas relevantes, como gestão, governança, inovação e sustentabilidade cooperativa, além

de promover networking e compartilhar boas práticas para a expansão das cooperativas na era digital.

O primeiro embarque (exportação) de arroz em casca de Santa Catarina ocorreu no Porto de Imbituba. O destino de 30 mil toneladas de arroz é a Venezuela. O acordo foi fechado pela BrazilRice, a Cooperativa Central Brasileira de Arroz, forma-da pelas cooperativas Cravil, Cooperja, Cooper-sulca, Copagro e Juriti. A exportação, segundo o presidente da Cravil Harry Dorow, pode ser uma oportunidade de melhoria do preço do arroz no mercado nacional. “Precisamos ser mais competi-tivos, hoje nosso custo de produção no Brasil é 30% maior que nos países vizinhos e ainda sofremos com a importação”.

SANTA CATARINA FAZ PRIMEIRO EMBARQUE DE ARROZ EM CASCA

B R A S I L C O O P

Para orientar os gestores de cooperativas na adoção das boas prá-ticas de gestão e governança, o Sescoop/PE promoveu o Workshop do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC), na

categoria Preenchimento e Plano de Melhoria. Dirigentes de 23 coope-rativas pernambucanas conheceram o questionário e foram instruídos

no melhor modo de observação do documento de análise cooperativista.As cooperativas podem responder a dois questionários do PDGC durante

o ano. Eles permitem um diagnóstico conclusivo da gestão cooperativista, des-crito em relatórios que enumeram onde estão os pontos fortes do negócio, as oportu-

nidades de evolução, juntamente com um plano de melhoria. No documento também é possível acompanhar os indicadores da cooperativa, e como anda o processo de desenvolvimento da ges-tão e da governança.

COOPERATIVAS PERNAMBUCANAS ADOTAM PROGRAMA PDGC

Entre 8 e 10 de maio, a cidade de Gramado (RS) sediou o Fórum de Regulação e o Comitê Nacional de Integração (Conai), um dos principais eventos internos do Sistema Uni-med, formado por 346 cooperativas autônomas. Organizado pela Unimed do Brasil, representante institucional da marca Unimed, o encontro reuniu mais de 400 pessoas, entre presi-dentes e colaboradores de Unimeds locais, além de especia-listas do setor de saúde suplementar.

Na lista de temas, foram discutidos: a regulamentação dos planos de saúde, preços de medicamentos, Imposto So-bre Serviços (ISS) e a implantação do Registro Eletrônico de Saúde (RES), plataforma em processo de implantação no Sis-tema Unimed que garante interoperabilidade de dados clíni-cos de beneficiários.

UNIMED DO BRASIL REÚNE MAIS DE 400 LIDERANÇAS

SAMSUNG PAY INICIA PARCERIA COM O SICOOB

PROJETO ESCOLA INCLUSIVA

O Sicoob anuncia sua mais nova parceria com o aplicativo Samsung Pay, uma plataforma de pagamento móvel desenvolvida pela Sam-sung em parceria com a Mastercard. Com essa novidade, os portadores dos cartões Sicoobcard podem pagar suas compras por aproximação de dispositivos móveis.

A nova funcionalidade possibilitará a realiza-ção de pagamentos na função crédito e/ou dé-bito, no Brasil ou no exterior, com os mesmos limites diários de utilização estabelecidos para as compras realizadas nos cartões com chip.

O App está dispo-nível para download na Play Store.

Atualmente, 45 milhões de brasileiros apresentam algum tipo de deficiência, o que equivale a quase 24% da população. Desses, apenas 1% está empregado – pouco mais de 403 mil. Pensando em aumentar essa estatística divulgada pelo Instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística (IBGE) e dar oportunidade para que todos possam trabalhar, a Viacredi, que faz parte do Sistema Cecred, em parceria com o Sesi promove novamente na região o pro-jeto Escola Inclusiva.

Para participar é necessário ter mais de 18 anos, ensino fundamental completo e residir em Blumenau (SC) ou Gaspar (SC). O curso tem a dura-ção de três meses e carga horária de oito horas semanais, divididas em dois dias. As inscrições estão abertas até o dia 10 de junho.

ORESTES PULLIN, PRESIDENTE DA UNIMED DO BRASIL

CONGRESSO TEVE A PARTICIPAÇÃO DE GRANDES NOMES DO CRÉDITO

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Credi PconsÓRCIO

O Sicredi foi reconhecido pelo desempenho na categoria “Melhores Práticas Comerciais”, na área de consórcios, do Prêmio Compartilhar 2018 da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (ABAC), durante o 40º Congresso Nacional das Administradoras de Consórcio (CONAC).

filosofia leanO Sicoob UniMais Bandeirante vem atuando junto aos seus colaboradores, independente de cargos ou áreas de atuação, sendo todos protagonistas no momento de trazer um problema, analisar e criar estratégias de melhoria, com o objetivo de agregar valor aos Cooperados, eliminando o retrabalho e desperdício nos processos da Cooperativa.

CREDICOOP É PARTE INTEGRANTE DA REVISTA MUNDOCOOP

EDIÇÃO 19

INFORMAÇÕES E TENDÊNCIAS DO COOPERATIVISMO DE CRÉDITO

EMPRÉSTIMOSDAS COOPERATIVAS CRESCEM 15%

B R A S I L

SICREDI E MAURICIO DE SOUSA LANÇAM COLEÇÃO COM FOCOEM EDUCAÇÃO FINANCEIRA

O Sicredi lança, em parceria com a Mauricio de Sousa Produções (MSP), uma série especial de revistas em quadrinhos da Turma da Mônica com a temática “educação financeira para crianças”. O lança-mento foi realizado na sede da MSP, em São Paulo, no primeiro dia da Semana Nacional da Educação Financeira (ENEF), promovida pelo Comitê Nacional de Educação Financeira (CONEF) .

No total, serão seis edições, baseadas no conteúdo do Caderno de Educação Financeira e Gestão de Finanças Pessoais do Banco Central do Brasil: Nossa Relação com o Dinheiro; Orçamento Pessoal ou Fami-liar; Uso do Crédito e Administração das Dívidas; Consumo Planejado e Consciente; Poupança e Investimento; e Prevenção e Proteção. As primeiras três edições das histórias em quadrinhos circulam em 2018 e as outras três sairão em 2019.

NORMA ISO 458001: 2018 JÁ TEM VERSÃO EM PORTUGUÊS

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou a norma ISO 45001:2018 – Sistemas de gestão de saúde e segurança ocupacional – Requisitos com orientação para uso. Tradução da ISO 45001 – Occupa-tional health and safety, a norma era muito aguardada e deverá transfor-mar as práticas em locais de trabalho.

A ISO 45001:2018 especifica os re-quisitos para um sistema de gestão de saúde e segurança ocupacional (SSO) e fornece orientação para o seu uso, permitindo que indústrias e organiza-ções de todos os portes proporcionem locais de trabalho seguros e saudá-veis, prevenindo lesões e problemas de saúde entre seus colaboradores.

GOVERNO INCENTIVA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA DE ENERGIA

“Em nosso planejamento que prevê ações até 2030, imaginamos que cerca de 2,7 milhões de unidades consumidoras no Brasil irão uti-lizar a geração distribuída como sua principal fonte de energia.” A frase acima é do diretor do departamento de desenvolvimento energético do Ministério de Minas e Energia, Carlos Alexandre Pires, que par-ticipou, do Seminário de Produção de Energia no Cooperativismo: Oportunidades e Desafios.

O evento foi promovido pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em parceria com a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da GIZ (Deutsche Ge-sellschaft für Internationale Zusammenarbeit), agência de coope-ração técnica, e da Confederação Alemã de Cooperativas (DGRV).

Segundo o Diretor, é preciso diversificar as fontes de energia no Brasil e a geração distribuída, por meio de cooperativas, é uma das grandes apostas do Ministério.

As cooperativas de crédito no Brasil registraram no ano passado expansão de 15% nos empréstimos, em termos brutos, contra retração de 0,6% no crédito bancário no mesmo período. Considerando as operações de crédi-to já líquidas de provisão, houve crescimento de 14,4% nas cooperativas em dezembro sobre igual período de 2016, alcançando R$ 89,4 bilhões.

Segundo dados do Banco Central e Sicoob, o setor teve aumento de 15,7% em ativos totais no mesmo período e de 10,2% em depósitos totais, considerando depósitos à vista, a prazo e em poupança.

Em total de agências/pontos de atendimento houve crescimento de 3,6% nas co-operativas em dezembro de 2017 sobre igual período do ano anterior — contra queda de 6,6% no número de agências de bancos. Isso significa que para atender seus 9,2 milhões de associados, as cooperativas somavam em dezembro passado perto de 5,9 mil pontos, superando a rede do Banco do Brasil, por exemplo, que assim como outros grandes bancos, fez um forte enxugamento, de 12,3% no período, passando de 5,44 mil para 4,77 mil pontos/agências no País.

Apesar do avanço do sistema, a participação das cooperativas no total de depósi-tos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou ainda em patamar bastante modesto no final de 2017, próximo de 5%, segundo informação de Ênio Meinen, diretor de Opera-ções do Bancoob. No total de operações de crédito do SFN, a fatia dessas instituições ficou em 3,2%, mantendo-se como desafio do segmento ganhar escala, uma vez que em outros países, como Alemanha e França, por exemplo, as participações são supe-riores a 20% e 50%, respectivamente.

MAIOR COMPETITIVIDADEEntre as razões para a expansão do cooperativismo estão a melhora na

segurança, depois da instituição do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop), além de aumento da governança e competitividade em taxas e tarifas em relação aos bancos tradicionais.

Além disso, o movimento de desbancarização e o surgimento de “finte-chs” também acaba favorecendo os bancos cooperativos, nos quais o lucro é devolvido ao cliente, na medida do uso dos serviços.

No Brasil, a região Sul do país lidera com participação de 17,2% das cooperativas nos depósitos, devido à forte presença do agronegócio.

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MUNDOCOOP MUNDOCOOP 1716

Normalmente, as soluções financeiras eletrônicas de um banco são desenvolvidas e mantidas pela própria instituição financeira. Em geral, não é permitido que outra empresa desenvolva e integre uma nova aplicação ao centro operacio-nal da instituição.

O conceito de Open Banking, por outro lado, propõe que as institui-ções financeiras concentrem-se em sua atividade principal e ofereçam interfaces para que outras empresas possam desenvolver aplicações que tragam valor ao cliente final.

Nesse contexto, os bancos deveriam compar-

tilhar suas APIs - Interface de Programação de Aplicativos para contar com a cooperação de outras institui-

ções, como pode ser o caso das

fintechs, empresas de tecnologia finan-

A ERA DO OPEN BANKING

Sicoob já tem plataforma de Open BankingDesde fevereiro, o Sicoob passou a disponibilizar as primeiras APIs abertas

para acesso aos serviços de extrato e saldo de conta corrente, poupança e investimentos em renda fixa. Para cadastrar-se como parceiro dessa iniciativa, é preciso acessar o site https://developers.sicoob.com.br. Serão

selecionadas as propostas que se alinhem ao propósito do cooperativis-mo financeiro de agregar valor aos cooperados.

Para o diretor de Tecnologia, Antônio Vilaça Júnior, “a ideia é pos-sibilitar o acesso aos serviços do Sicoob de forma ainda mais prática e fluida”. O diretor ainda comenta que o Open Banking é mais uma ação na Transformação Digital do Sicoob, com o plano de aprimorar – por meio de soluções digitais – a experiência dos cooperados no relacionamento com a instituição.

Tecnologia

Desenvolvimentode lideranças

Sistema

Novo bancode câmbio

Em abril, a INTL FCStone - consultoria em gerenciamento de riscos para commodities agrícolas, que também atua na execução de operações de commodities, moedas e ações para clientes do agronegócio em 135 países - iniciou a operação de um banco de câmbio.

Com o Banco, a consultoria deverá ampliar as atividades de câmbio para os mais de 600 clientes ativos além de poder conquistar novos clientes, informou Fabio Solferini, CEO do grupo, destacando sua certeza de que “ao oferecer um atendimento mais personalizado e ágil do que o que hoje existe no mercado irá atrair clientes corporativos e institucionais”.

Mercado

Com o objetivo de debatem desafios da gestão, cerca de 65 participantes de 18 cooperativas independentes (tam-bém chamadas de solteiras) reuniram-se sob o patrocínio do Sistema Ocesp, Conselho Consultivo do Ramo Crédito (CECO/SP) e Banco Central do Brasil, em março, no Fórum Técnico das Cooperativas de Crédito Independentes.

Durante o fórum técnico, os participantes puderam se atualizar sobre alguns dos principais temas de interesse do setor, entre eles: Gestão e Governança Corporativa para Co-operativas de Crédito Independentes, Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito – FGCoop, atuação do Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito da OCB. Além disso, foi apresentado o case boas práticas da cooperativa de cré-dito Coopmil, vencedora do prêmio Sescoop Excelência de Gestão em 2017.

ENCONTRO DE COOPERATIVAS DE CRÉDITO INDEPENDENTES

TRANSPOCRED INAUGURA UNIDADE DE ATENDIMENTO

COM FOCO EM HUMANIZAÇÃOUm grupo de colaboradores da Uniprime

Pioneira do Paraná está sendo preparado para a gestão de equipes por meio do Programa de Desenvolvimento de Lideranças, realizado na sede da cooperativa. Serão quatro encontros de oito horas cada, totalizando 32 horas de forma-ção, onde estão sendo trabalhados os quatro pilares que sustentam a liderança: comunica-ção, gestão do tempo e produtividade, desen-volvimento de pessoas e manutenção de foco. “Destaco que esses quatro perfis são extrema-mente importantes para um líder. A Uniprime busca identificar novos líderes e esse programa veio para prepará-los quando surgir uma opor-tunidade, pois já estarão aptos a assumir esta função”, destaca o professor Jean Matos que está ministrando o treinamento.

ceira, que têm sido reconhecidas por lançar inovações variadas no segmento.

Para entender melhor, um bom exemplo é o Google Maps. Vários sites utilizam esse serviço dentro de suas páginas. Isso é possível porque existe uma API aberta que permite o uso do serviço do Google nos mais diversos endereços web que existem.

A questão é que tudo isso acontece sem que o usuário perceba. O funciona-mento das APIs não é evidente para os usuários do serviço. Por isso, uma boa estrutura de design de APIs aliada a um gerenciamento rigoroso pode, sim, ser sinônimo de segurança, mesmo no caso de APIs abertas.

POR QUE COMPARTILHAR APIS?Para as instituições financeiras,

é vantajoso implementar APIs

abertas, para que possam concentrar-se em suas atividades foco, permitindo que outras empresas desenvolvam inovações tecnológicas e integrem essas soluções aos serviços já oferecidos.

Isso também representa uma vantagem para o usuário, na

medida em que facilita sua vida. Imagine, por exemplo, que um ban-co ofereça pagamento facilitado em e-com-merces e possibilite a integração com os principais aplicativos de controle financeiro

usados por seus clientes. Assim, a implementação do

Open Banking com a abertura de APIs pode criar diferenciais positivos para a instituição financeira, com bons retornos também para os clientes, na forma de inovações tecnológicas que representem automação de processos e facilidade.

BalançoUm espaço concebido nos moldes dos coworkings –

espaços compartilhados de trabalho, esta é a meta da nova unidade de atendimento da Trans-pocred, em Blumenau (SC), com projeto do Sistema Cecred, que pretende adotar o formato em outras cooperativas. Con-forme Rodrigo Imthurn, Diretor de Ope-rações e Produtos, da Cecred, “vivemos em um novo momento. Este é um for-mato inovador que esperamos que te-nha uma grande aceitação para que pro-postas como essa sejam implantadas em outras cooperativas do Sistema”, comenta.

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MUNDOCOOP MUNDOCOOP 1918

daptar-se às novas tecnologias é uma necessidade para empresas de praticamente todos os setores econômicos. Não é diferente para as cooperativas de crédito. Seguindo o exemplo das fintechs

(financeiras tecnológicas), que ganham espaço no mercado com soluções quase

que exclusivamente digitais, muitas cooperativas estão adaptando seus modelos de negócio para atender um público que preza por agilidade nas negociações e facilidade no atendimento.

“O mundo está num processo intenso e acelerado de transformação das formas de relacionamento das pessoas com os negócios. E as cooperativas estão inseridas nisso. O desafio é encontrar a harmonia entre o novo e a manutenção da identidade do cooperativismo”, avalia Harold Espínola, chefe do Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições Não Bancárias (Desuc).

O cenário para o qual as cooperativas começam a se voltar, segundo Renato Nobile, superintendente do Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), considera consumidores mais conscientes – para quem mais vale ter acesso a um produto do que ser o dono do produto em si – voltados à economia colaborativa.

“Percebemos que era necessário equilibrar o modelo de negócio em um tripé: prestar serviços, que é a essên-cia das cooperativas; fomentar mercados; e assumir o papel de provedor de plataformas tecnológicas”, conta.

“Com isso, as cooperativas conseguirão enfrentar os players dos mercados em que vierem a atuar, seja o de serviços financeiros ou o agrícola, o de saúde, o de habitação”, afirmou, durante evento realizado no BC, em Brasília, que discutiu as transformações no setor cooperativista e as inovações no segmento.

O sistema financeiro cooperativo Sicoob, por exemplo, está desenvolvendo aplicativos focados na abertura totalmente digital de contas, além de abrigar mais de 40 fintechs em um espaço de aceleração criado dentro da empresa. A ideia é que, futuramente, existam cooperativas completamente digitais incorporadas ao Sicoob.

“Se compararmos a regulação desse segmento digital no Brasil e no resto do mundo, estamos numa posição privilegiada. Já foram regulamentadas instituições de pagamento. O mercado de meios eletrônicos de pagamentos está sendo mais bem regulamentado. E isso é fundamental para a digitalização dos serviços financeiros”, avalia Marco Aurélio Almada, diretor-presidente do Bancoob (Banco Cooperativo do Brasil, que atende apenas cooperativas).

Cidmar Stoffel, diretor-executivo de Produtos e Negócios do Sicred (Sistema de Crédito Cooperativo), também acredita que as oportunidades para o coope-rativismo no Brasil exigem das cooperativas adaptação à economia colaborativa. A instituição está formatando plataforma digital que promova o engajamento a partir de comunidades e programas de fidelidade.

Cooperativas apostam em experiência de fintechs para ampliar base de cooperados

OBSERVATÓRIODO COOPERATIVISMO

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MUNDOCOOP MUNDOCOOP 2120

utrir o outro em seu processo de desenvolvimento e evolução pro-fissional. Essa definição de Natá-lia Leite – cofundadora da Sonata Brasil Educação Corporativa –, mais elaborada do que a tradi-cional retroalimentação, retrata o objetivo do feedback nas orga-nizações, prática que cresce em importância na mesma proporção em que aumenta a necessidade de gestores, sendo, inclusive, requi-sita pelos próprios funcionários.

Pesquisa realizada pela ADP – Evolution of Work 2.0 – ouviu mais de cinco mil trabalhadores de 13 países confirma a importân-cia e a necessidade do feedback, uma vez que esse foi um dos pon-tos mais ressaltados. Os entre-vistados em sua grande maioria garantiram que, se recebessem retornos frequentes, reconhecen-do seu desempenho, seriam mais estimulados a permanecer na mesma empresa.

Mariane Guerra, vice-presiden-te de Recursos Humanos da ADP, afirma que o ideal seria os profis-sionais fazerem a autocrítica e en-tenderem os acertos e o que preci-sa ser mudado por não funcionar muito bem. No entanto, a realidade é diversa. “Existem dois caminhos possíveis caso você deixe as avalia-ções a cargo do próprio colabora-dor: ou ele pode se cobrar de mais, e isso gerar um estresse acima do normal, ou acredita que está fazen-do tudo certo, sem ver os erros e as falhas. Por isso, é importante que as empresas assumam as rédeas do plano de carreira e os orientem em sua evolução”, resume.

E, fazendo um recorte apenas

FEEDBACK

P E S S O A S

Essa opinião de especialistas é compartilhada

pelos colaboradores

não limitar as conversas somente aos momentos em que os proble-mas surgem, mas “exercitar essa lógica de conversar e sempre pen-sar em soluções para a empresa. O foco deve ser sempre solucio-nar o problema, mantendo o res-peito ao indivíduo que vai ouvir esse feedback”.

Outra condição essencial é lis-tada por Natália Leite e relaciona--se com a situação do emissor, pois nem todos os momentos são propícios para se dar um feedba-ck. “Você só pode alimentar o ou-tro se você está ‘alimentado’, ou seja, só é possível apontar uma solução se você estiver bem con-sigo mesmo”.

Esse estar bem consigo mes-mo é sumamente importante no processo de quem é responsável pela devolutiva ao colaborador, inclusive para evitar que uma in-tenção positiva se transforme em negativa, encontrando culpado para os problemas e não solução. Em outras palavras, o feedback só pode ser construtivo quando está dentro de uma lógica de criar uma relação saudável para chegar em uma solução. Mas, se o feedback só parte de uma política de puni-ção com certeza ele será apenas

para o Brasil, Guerra ressalta que a pesquisa mostrou que “os funcio-nários brasileiros são os mais posi-tivos em termos de feedback, sen-do que nove em cada dez afirmam que poderiam fazer uma grande diferença em suas equipes”.

Para ser efetivo, o feedback deve ser realizado continuamente. “Esta ação precisa ocorrer de cima para baixo, partindo dos superio-res e dos profissionais de RH. In-serir a cultura de feedbacks cons-trutivos e recorrentes, faz grande diferença em todas as camadas da companhia. Experimente”, convi-da a vice-presidente da ADP.

PASSO A PASSONatália Leite, cofundadora da

Sonata Brasil Educação Corpora-tiva, frisa que o feedback “precisa partir de uma lógica de solução e não de uma lógica de punição; pre-cisa fazer parte da cultura da em-presa para construção de relacio-namentos saudáveis, ou seja, deve ser um modo de operar que per-meia as relações e organizações”.

Para que o feedback seja pro-dutivo, a consultora recomenda “criar uma lógica de relaciona-mento dentro da organização”. Isso significa, em outras palavras,

MARIANE GUERRA, VICE-PRESIDENTE DE RECURSOS HUMANOS DA ADP

ESTIMULA A EVOLUÇÃO E O DESENVOLVIMENTO

DA EQUIPEPOR KATIA PENTEADO

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MUNDOCOOP MUNDOCOOP 2322

crítico, ou seja, um julgamento moralista, em que se aponta os defeitos no outro.

“Se você está gerando vantagens, dando passa-gens de progresso e soluções, você está fazendo fe-edback, se você está julgando e projetando apenas seus conceitos e a sua moral em uma outra pessoa estará agindo de forma crítica”, preceitua Leite.

O PAPEL DA LIDERANÇAAlerta semelhante é feito por Semadar Marques,

especialista em empatia, liderança colaborativa, propósito de vida e inteligência emocional. Para ele, “liderar pressupõe elevar a autoestima de quem se lidera, para que os bons resultados sejam revela-dos”. Nesse sentido, para a consultora, o líder efe-tivo sabe influenciar “na medida exata, trazendo à tona o que precisa ser mudado sem jamais deixar de elevar o moral de quem lidera”.

O caminho apontado por Marques para o líder ou o responsável pelo feedback compreende fazer per-guntas reflexivas que estimulem no receptor a von-tade de fazer com mais acerto e compreender suas necessidades de melhoria, fazendo-o perceber como isso irá impactar seus objetivos, sejam eles pessoais ou dentro da organização.

Tal postura favorece a criação de ambientes aco-lhedores, permeados de tolerância a erros e diálogo aberto e franco para resolução de problemas, “sem fa-zer ninguém sentir-se obrigado a falar somente o que ele queira ouvir”, garante, explicando que isso não eli-mina a sinalização das necessidades de correções. Ao contrário, o que não está indo bem precisa ser aperfei-çoado, mas é essencial ter foco no que é positivo para ter a motivação necessária e elevar a performance.

“Se você quer ser realmente um bom líder, lem-bre-se de seu papel de desenvolvedor de pessoas e aprenda a guiá-las para que desenvolvam suas pró-prias habilidades técnicas e também de liderança, valorizando cada um de seus talentos. Eu lhe garan-to que o retorno será grande”, estimula Marques.

P E S S O A S

NATÁLIA LEITE – COFUNDADORA DA SONATA BRASIL EDUCAÇÃO CORPORATIVA

Entenda o que a palavra feedback

significa para não correr o risco

de fazer uma crítica em vez

de trazer a solução

DICAS PARA RECEBER UM FEEDBACK E APRENDER COM ELE

Separe o problema da pessoa e seja duro

com o problema, mas afável

com o colaborador

Faça um feedback quando você estiver bem

consigo mesmo e não quando estiver

com a cabeça quente, estressado

ou chateado

Não use o princípio

de que a pessoa deve saber o

mesmo que você, que é obrigado a ter a mesma

bagagem

O feedback deve ser visto como um

“presente”. Por isso, dê dicas que

acrescentem o crescimento

e a progressão do outro

O feedback deve abrir outras oportunidades

e opções de crescimento para que você agregue

experiências no outro

FONTE: NATÁLIA LEITE, COFUNDADORA DA SONATA BRASIL EDUCAÇÃO CORPORATIVA

FEEDBACK PROBLEMA TENHA CALMA COMPREENSÃO PRESENTE OPORTUNIDADES

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MUNDOCOOP MUNDOCOOP 2524

A SUSTENTABILIDADE NO COOPERATIVISMO

ACAO

Tornar empresas e indústrias dos mais variados segmentos res-ponsáveis por todo o ciclo de vida útil de um produto, promovendo a reutilização ou o descarte correto dos bens de consumo é a essên-cia da Logística Reversa. Além de representar um processo vital para o desenvolvimento sustentável do planeta, o processo de restituição dos resíduos sólidos ao setor in-dustrial é mais do que uma orienta-ção e está previsto em lei.

Em 2010, o governo brasilei-ro implantou a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, lei nº 12.305, que define a Logística Reversa como um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reapro-veitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produti-vos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

Segundo o advogado mestre em direito empresarial Emanuel Fernando Castelli Ribas, a legis-lação se aplica a grande parte do setor empresarial. “Todas as socie-dades empresárias que de algum modo, por meio de sua atividade, direta ou indiretamente gerem resíduos sólidos, são obrigadas a desenvolver ações relacionadas à gestão integrada e ao gerencia-mento destes resíduos”, afirma. As consequências para as instituições inclusas que não se ajustarem às leis podem ser legalmente respon-sabilizadas pelos danos causados. “Independentemente da existência de culpa, as sanções previstas em lei, em especial às fixadas na Lei nº 9.605, conhecida como Lei de

Crimes Ambientais, vão desde a aplicação de multa pecuniária,

podendo gerar em casos mais graves

a interdição/suspen-são das atividades da

empresa”, explica.No Paraná, o Instituto

de Logística Reversa – ILOG, com sede em Curitiba, atua desde 2016 auxiliando

SUSTENT

LOGÍSTICA REVERSA É LEI:SAIBA COMO CUMPRIR

instituições de todos os portes a adotarem e desenvolverem práti-cas sustentáveis em cumprimento das políticas de Logística Reversa do Estado do Paraná e da União. “Um futuro sustentável no universo corporativo depende de práti-cas que garantam a preservação ambiental, e nós auxiliamos as empresas a se adequarem à lei e definir estratégias que entendam a Logística Reversa como parte integrante dos processos como um todo. Nós viabilizamos par-cerias entre a iniciativa privada, governos estaduais e municipais e cooperativas de catadores afim de reintegrar materiais reutilizáveis como papel, vidro, PET e plásticos ao seu processo produtivo originaI e isso colabora diretamente com a estruturação rápida de um setor empresarial pautado na sustenta-bilidade”, comenta Nilo Cini Junior, presidente do ILOG.

BENEFÍCIOS PARA TODOS

Retirar os resíduos do Meio Am-biente e reutilizá-los garante uma redução significativa na exploração de recursos naturais, diminuindo o impacto ambiental e os custos das indústrias com matéria-prima, o que torna a produção mais barata e pode refletir diretamente no preço do produto final. “A construção de uma sociedade consciente da sua responsabilidade com a natureza depende muito da postura e ini-ciativas da indústria, e a Logística Reversa é o primeiro passo para isso”, completa Nilo Cini Junior.

UNIPRIME PIONEIRA NOVA SEDE: SUSTENTABILIDADE

E INOVAÇÃO

Transparencia

RELATÓRIOS DESUSTENTABILIDADE

PASSAM A SERESTRATÉGICOS

PARA EMPRESAS

Pioneirismo sempre acompanhou a conduta da Uniprime Pio-neira do Paraná e não poderia deixar de estar presente na concepção da nova obra, um projeto que demonstra, o di-ferencial da cooperativa de crédito para seus cooperados. Localizada em Toledo, Oeste do Paraná, o novo espaço foi

construído para atender às demandas de seus colaboradores, que irão desempenhar suas funções em um ambiente que visa o bem-estar laboral; e para a comunidade, que interage com uma obra que respeita o meio ambiente. O edifício de aproximadamente dois mil metros qua-drados, dividido em quatro pavimentos, foi construído visando à efici-ência energética, o uso racional de água e luz por meio de modernos equipamentos e automação.

O desenvolvimento de relatórios de sustentabilidade de acordo com as normas da Global Reporting Initiative

(GRI) - instituição mundial referên-cia na criação de uma estrutura para

medir o desempenho sustentável de empresas, cooperativas, ONGs e outras organizações - são seguidas

por instituições de diversos países. A importância desses materiais se deve, principalmente, pelo foco que ele dá ao desenvolvimento sustentável das

empresas que seguem suas diretrizes.Identificar, mensurar e divulgar

o desempenho sustentável e poder publicar essas informações em forma de relatórios para a sociedade permite às empresas que adotam esse sistema estimular maior transparência nos im-pactos críticos e relevantes de natu-

reza ambiental, social e econômica de suas companhias. Nesse contexto, a Alegra Foods, união das cooperativas de origem holandesa, Frísia, Castro-

landa e Capal, que constituem o grupo Unium divulga seu primeiro relatório de sustentabilidade, atendendo às normas da GRI e comprovando sua

trajetória de respeito e transparência.

FÓRUM DAS COOPERATIVAS MIRINS DISCUTIRÁ OS PILARES

DA SUSTENTABILIDADE

Campo Mourão (PR) foi a cidade escolhida pelo Instituo Si-coob para a realização da segunda edição do Fórum das Cooperativas Mirins, com a participação de 150 pessoas, entre estudantes e professores, representando 12 coope-rativas mirins em funcionamento coordenadas pela institui-

ção. Sob o tema “Juntos somos mais sustentáveis”, o evento trouxe como discussão os três pilares da sustentabilidade: social, ambiental e econômico. De acordo com o Presidente do Instituto Sicoob, George Hiraiwa, esse encontro truxe canais de comunicação e trocas de expe-riências entre os participantes do projeto. “O evento tem como objetivo a intercooperação, um dos princípios do cooperativismo, que ajuda na elaboração de uma missão para as nossas cooperativas mirins, que estão presentes em 11 municípios paranaenses”, explicou Hiraiwa.

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MUNDOCOOP MUNDOCOOP 2726

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FOCO NO CLIENTEÉ PILAR ESTRATÉGICONA SEGUROS UNIMED

As empresas se mobilizam

para estabelecer processos que garantam

qualidade em seu atendimento. Nas cooperativas, não é diferente. O ambiente digital e as novas tecnologias têm influenciado a expectativa dos clientes com relação à entrega dos serviços e à forma de se relacionar com as instituições.

Atenta a um mercado em constante mudança, a Seguros Unimed, seguradora cooperativista do Sistema Unimed, estruturou, há dois anos, um núcleo dedicado à gestão do cliente. A melhoria contínua dos processos de atendimento ao segurado é notável e já impactou as pesquisas de satisfação.

Com a estratégia de disponibilizar multicanais de atendimento,

As Ouvidorias têm um importante papel no mercado. É também por meio delas que as seguradoras, assim como as cooperativas, fidelizam seus clientes. O ouvidor da Seguros Unimed, Silas Rivelle, que tambémé presidente da Comissão de Ouvidoria da CNSeg, faz um panoramado trabalho que está sendo realizado.Quais são as contribuições de uma Ouvidoria atuante?Silas Rivelle: A Ouvidoria pode ser vista em todos os segmentos como uma área estratégica na melhoria de processos. Ela atua no sentidode diminuir o conflito, com foco no cliente.Quais são os avanços das Ouvidorias no mercado de seguradoras?A evolução que as seguradoras apresentaram foi muito grande. Em 2016, a Susep recebeu 29.502 demandas contra seguradoras, enquanto as Ouvidorias receberam, diretamente, 177 mil manifestaçõesde seus clientes. Isso é um sinal de confiança.

incluindo Chat e WhatsApp, além do engajamento das áreas nas respostas, a Companhia recebeu 967 mil ligações em 2017 via Central de Relacionamento – uma redução de 6,5% em relação a 2016. O índice de resolução das demandas no primeiro contato ficou em 75,5%, resultado da capacitação de toda a equipe.

Para o melhor atendimento ao cliente, a Seguradora optou por ter um call center próprio. A Central de Relacionamento com o Cliente fica localizada no Centro de São Paulo e conta com 182 colaboradores. “A Seguros Unimed considera relevante manter os agentes de atendimento mais próximos e, ao mesmo tempo, engajados no planejamento estratégico. Somente em 2017, foram 547 elogios registrados junto à nossa equipe”, disse o diretor comercial e de marketing da Companhia, Luiz Paulo Tostes Coimbra.

A Seguros Unimed ficou na 39ª colocação entre as melhores empresas no atendimento ao cliente, de acordo com o ranking Exame/IBRC 2018. Foi a primeira vez que a Seguradora participou da lista, que classifica as 115 melhores do país.

Atendimento da Ouvidoria aumenta 53,5%Ainda com o objetivo de identificar melhorias e promover a satisfação dos clientes, o atendimento da Ouvidoriada Seguros Unimed cresceu 53,5% em um ano. Esse resultado mostra um aumento da confiança dos clientesem buscar na Ouvidoria a solução de demandas. Em 2017, foram 4.291 demandas recebidas. Em 2016, haviamsido 2.796. Em contrapartida, o tempo de resposta diminuiu 20%, o que ressalta um ganho de eficiência da áreae mantém a Companhia dentro do prazo definido pelos órgãos reguladores. O segmento com maior volumeé Saúde, seguido de Odonto.

A atuação efetiva da Ouvidoria está entre os fatores que contribuíram para a redução significativa de demandasdos clientes nos reguladores e, na contramão do mercado, junto ao Poder Judiciário. A Seguradora apuroua queda de 4,2% no número de Notificações de Investigação Preliminar (NIP) junto à Agência Nacional deSaúde Suplementar (ANS). Os procedimentos contenciosos também tiveram redução de 9,5%.

Os dados confirmam que respostas claras e adequadas aos segurados, mesmo quando negativas, são umaforma de prevenir conflitos. Se considerado o 2º semestre do ano passado, das 2.108 demandas atendidas,65% eram improcedentes. Além disso, desde maio de 2016, a Ouvidoria atendeu 1.786 demandas para reanálisede procedimentos negados. Desse total, em 1.259 (70,5%) o indeferimento foi mantido.

Ouvidorias são ferramentasde fidelização dos clientes

INFORME PUBLICITÁRIO

Em 2017, aárea atendeu 4.291demandas, um crescimento

de 53,5%.

O ramo Saúderespondeu

por 81%das demandasno ano passado.

32%das demandasforam consideradasprocedentes.

Queda de

4,2%na aberturade NIP noramo Saúde.

Redução

de 9,5%em procedimentoscontenciosos.

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MUNDOCOOP MUNDOCOOP 2928

C A P A

s mulheres podem contribuir efetiva-mente para agre-gação positiva e enriquecedora em diversos setores, no cooperativo não é diferente.

No mundo fe-minino existem várias funções que, diariamen-

te, a mulher desenvolve, sendo elas de natureza social, pessoal ou cor-porativa. Que o dia a dia da mulher é desafiador e corrido não temos dúvidas, mas sabemos que fazer parte de uma união e ter o senti-mento de pertenciamento pode facilitar as demandas. Por conta disto, cada vez mais, o mundo co-operativo conta com protagonistas feministas.

Além do setor ser fonte econô-mica de estabilidade e democracia, os valores e princípios coopera-tivistas atraem as mulheres ao setor por se basearem em ajuda mútua, responsabilidade social, democracia, igualdade, equidade e solidariedade, proporcionando ao cooperado o sentimento tão alme-jado de pertencimento.

Segundo pesquisa feita pelo censo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é cada vez

maior o número de mulheres che-fes, dirigentes de família, repre-sentando mais de 25% das famílias brasileiras.

Conforme dados da OCB, FGV e do Sescoop, os números represen-tantes da participação da mulher no cooperativismo demonstravam que no quadro de empregados das cooperativas, 40% dos cooperados são mulheres.

Cargos antes de posições exclu-sivamente masculinas, passaram a ser desempenhados também por mulheres. As cooperativas exercem o empoderamento das cooperadas de forma democrática e inclusiva, permitindo a elas condições reais de igualdade perante os demais membros. A sociedade ganha mui-to quando a inserção da mulher é aplicada em seus setores.

As cooperativas são organi-zações dinâmicas que interagem homens e mulheres das mais variadas profissões e setores da economia. Embora seja um am-biente majoritariamente mascu-lino, as mulheres estão conquis-tando espaço, voz, voto e cargos

de comando. Entre os 2,1 milhões de associados, cerca de

800 mil são mulheres.A verdade é que as cooperativas

estão, realmente, abrindo espaços

MULHERES SÃO PROTAGONISTAS NO

COOPERATIVISMO

para elas. Dirigentes e cooperados querem a permanente participação da mulher nas assembleias, nos comitês, nos grupos de estudo, nos cursos e treinamentos e nos quadros diretivos. Isso é resultado das mudanças do papel social e econômico da mulher que ganha cada vez mais expressão no Brasil contemporâneo, sendo inexorável que ela assuma atividades cada vez mais relevantes e ocupe cargos de maior complexidade. Em muitos ramos do cooperativismo elas já são dirigentes. Isso foi possível porque os cooperativistas valori-zaram seu papel e criaram novas formas de participação, elevando a qualidade do relacionamento entre os quadros diretivos e a base cooperativada.

O que contribuiu para essa virada no cooperati-vismo das mulheres foi, simplesmente,

a evolução dos tempos, de modo geral, mas também o reconhe-cimento de que a mulher é mais detalhista, metódica e leal aos princípios do cooperativismo, demonstra competência nos cargos que exerce, não falta às reuniões e estimula, por via de consequência, a participação do homem. Sua pre-sença contribuiu para harmonizar as diferenças, atenuar as tensões, fortalecer os pontos de convergên-cia e realçar os interesses comuns. A mulher está construindo gradati-

AUTONOMIA DAS MULHERES

MAIOR ESPAÇO PARA ELAS

A s c o o p e r a t i v a s s e t o r n a r a m o n o v o c a m p o d e e x p r e s s ã o e r e a l i z a ç ã o d a s m u l h e r e s

MUNDOCOOP28

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MUNDOCOOP MUNDOCOOP 3130

Por mais que o cooperativismo defenda a igualdade entre todos os membros, quando o assunto é gestão em cooperativas e em organizações do sistema, a presença feminina ainda é pouco expressiva.

Tomando como base a Organização das Cooperativas Brasileiras e seus braços estaduais, apenas uma mulher está à frente de uma OCE. Trata-se de Aureliana Rodrigues Luz, presidente do Sistema OCB-Sescoop/MA que, em maio de 2016, tornou-se a primeira mulher a ascender ao mais alto cargo na organização do cooperativismo em um Estado.

Assistente Social e cooperativista há mais de 20 anos, é vinculada ao Sicoob e relaciona, em sua folha de serviços prestados ao movimento, a criação de duas cooperativas: uma de pescadores e marisqueiros e outra de trabalhos e serviços. No sistema que preside há quase um ano, Aureliana Luz exerceu inúmeros cargos, tendo passado pelo Conselho Fiscal, incluindo a coordenação, e pelo Conselho de Administração.

Aureliana Luz entende que “a cada dia, a mulher toma mais espaço e vai tomando o lugar que deve ocupar na sociedade. Muitas ainda precisam tirar as vendas dos olhos, o véu, e assumir a sua posição de fato e de direito, o lugar dela que está lá, à disposição”. Pede às mulheres “que acordem e se coloquem mais à frente do cooperativismo”.

REPRESENTANTE FEMININA

C A P A

vamente este engajamento, através de um processo de busca, partici-pação e também por oportunidades criadas em muitas cooperativas do Brasil.

Na aparência, o Ramo Crédito e o Ramo Saúde destacam-se na inserção das mulheres na gestão de cooperativas e também como co-operadas, mas não há estatísticas oficiais, com exceção de levanta-mento feito pelo Banco Central do Brasil sobre a presença das mu-lheres como associadas ao sistema financeiro cooperativo brasileiro. Os dados mais recentes desse Cen-so de Cooperados são de fevereiro de 2016 e mostram que 41% do universo é composto por mulheres, o que corresponde a pouco mais de 2,8 milhões de um total de cerca de 7 milhões de associados”.

Mas é no Ramo Agropecuário que as mulheres têm espaço garan-tido. Ênfase para o Estado de Santa Catarina que, em 2016, por meio do Serviço Nacional de Aprendi-zagem Rural (Senar/SC) – órgão vinculado à Federação da Agri-cultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) – capacitou 994 mulheres no programa “Com Licença Vou à Luta (CLVL)”, voltado à gestão de negócios agropecuários com enfoque no empreendedoris-mo e na liderança.

“As mulheres têm um papel fundamental, tanto na família como na propriedade rural. O CLVL foi criado especialmente para que, a partir das noções de gestão, elas contribuam com a melhoria da administração das propriedades rurais”, observa Gilmar Antônio Zanluchi, superin-tendente do Senar/SC, lembrando que o intuito do programa é elevar a autoestima das mulheres para que despertem o potencial pessoal e profissional, proporcionando atividades que possibilitem a inde-pendência financeira, construindo a autoconfiança com reflexos na qualidade de vida.

As cooperativas agropecuárias também contribuem para ampliar a presença das mulheres no movimen-to, a partir dos Núcleos Femininos.

A Cooperativa Agropecuária de Jacinto Machado iniciou os traba-lhos com os Núcleos Femininos em 2011, nas comunidades de Tenente e Pinheirinhos, em Jacinto Machado. Associadas, esposas e filhas de sócio, com idade superior a 25 anos, podem participar. E o interesse é crescente, garante Elisabete Biz dos Santos, coordenadora social da Cooperja. “Começamos com 35 participantes e hoje temos 65 mulheres. Elas con-quistaram mais espaço relacionado a atuação feminina na cooperativa, passaram a opinar”, relata.

O desenvolvimento desses gru-pos levou a Cooperja a criar um Co-mitê dos Núcleos Femininos e, neste ano, uma novidade: foi eleita uma represente do núcleo para o conse-lho administrativo da cooperativa.

“Estamos trabalhan-do a liderança da

mulher e valorizando sua autoes-tima e seu potencial profissional, abrindo novas perspectivas para a mulher agricultora, levando-a a perceber que pode ser mais atu-ante no contexto cooperativo em que está inserida. O núcleo femi-nino mostra à mulher que ela tem autonomia e pode participar das decisões em casa, na comunidade ou na cooperativa”, fala Elisabete dos Santos, resumindo as ativida-des e os objetivos desses grupos. E reconhece: “Há muito ainda a ser trabalhado, mas, sem pressa, vamos conseguindo fazer com que a mulher perceba que ela é uma administradora do lar, da família, e têm força e aptidão para abrir os horizontes almejados”.

Em 2016, a Cooperativa Regio-nal Itaipu recebeu a confirmação do Sescoop para a realização da primeira turma do Programa de Mulheres Cooperativistas. “Surgiu,

REPRESENTANTE ELEITA

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MUNDOCOOP MUNDOCOOP 3332

Na Costa Rica, um grupo de mulheres está revolucionando a produção de café: elas fundaram uma associação responsável pelo primeiro micromoinho gerenciado apenas por mulheres no país. Após

a crise, quando os homens foram embora em busca de emprego, 19 associadas se uniram para construir um novo futuro. A partir de uma adversidade, elas mudaram a cultura de toda uma região ao se colocar como protagonistas em todas as etapas da produção do café e de suas próprias trajetórias. O grupo luta constantemente para melhorar as condições de vida de suas famílias, da comunidade e de cidades vizinhas.

MULHERES REVOLUCIONAM A PRODUÇÃO DE CAFÉ NA COSTA RICA

então, o desafio da mobilização. Após convite, formamos um grupo com 38 participantes, pertencentes aos municípios de Pinhalzinho, Saudades, Bom Jesus do Oeste, Modelo, Serra Alta, Saltinho e Sul Brasil”, recorda a comunicadora da cooperativa, Gilda Schmidt Valente.

O trabalho teve início com for-mação, sensibilização e estímulo a conhecimento, habilidades e atitu-des para melhor atuação feminina no quadro social da cooperativa, com carga horária de 104 horas.

Um ano se passou e – garante Gilda Valente – “estamos celebran-

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No final do ano de 2009, um grupo de mulheres produziu enfeites natalinos para decorar a cidade de Canoas a partir da reciclagem de garrafas PET. A ação foi realizada pelo Movimento Ação por Canoa

(MACA), em parceria com a Prefeitura de Canoas. Por meio de um mutirão de várias mulheres em situação de vulnerabilidade social, foram confeccionados os enfeites. A partir daí, a decoração sustentável de Natal tornou-se um costume que se repetiu anualmente. Assim surgiu a Cooperativa Casulo. Além de deixar a cidade mais bonita, o intuito do projeto é oportunizar que essas mulheres se tornem empreendedoras e tenham sua própria renda.

DESIGN SUSTENTÁVEL E COOPERATIVISMO MUDA A VIDA DE MULHERES

Quem circula pelas ruas de Belém, no Pará, já deve ter visto um grupo de taxistas diferente. Elas se vestem de rosa e preto, dirigem carros personalizados e atendem pelo nome de Ladies. A Lady’s Taxi, primeira

cooperativa de táxi exclusivamente feminina do Brasil, nasceu na capital paraense e já faz o maior sucesso.“A ideia de criar a cooperativa surgiu quando a maioria das mulheres queria tomar táxi comigo. Elas insistiam e a gente explicava que tinha uma fila que precisava ser respeitada. Então pensei: se a procura é tão grande, por que não criar uma cooperativa só de mulheres?”, explica Francinete Matos, presidente da cooperativa.

LADY’S TAXI: UMA COOPERATIVA SÓ DE MULHERES

do a conquista de nossos objetivos, que só foram alcançados devido ao apoio dos familiares dessas mu-lheres, que depositaram confiança e não mediram esforços para que elas conseguissem chegar até o final de uma caminhada marcada por muito aprendizado, autovalori-

zação e mudanças de atitudes”.Maio de 2017 marcou o

início do segundo grupo – que envolveu apenas esposas e mu-lheres associadas do município de Pinhalzinho – mas as atividades já foram iniciadas.

“Estamos convidando cerca de 40 mulheres para participarem da capacitação, e a cooperativa obje-tiva, no futuro, formar um Núcleo

Feminino em cada município de sua área de atuação”, informa a comunica-dora, destacando que entre as con-cretizações está a elaboração do novo Regimento Interno, resultado de es-tudos e debates entre as componentes do próprio Núcleo. Hoje, o regimento está no setor jurídico da Cooperitaipu e posteriormente irá para o Conselho de Administração da cooperativa.

A cooperativa também inova ao co-locar, todos os anos, na programação do Itaipu Rural Show, um dia voltado a elas, com salão de beleza, palestras e informativos sobre saúde da Mulher e um horto com mais de 120 variedades de plantas medicinais, que serve de modelo para região no repasse de mu-das e informações sobre as plantas.

MUITO A COMEMORAR

MULHERES NO COMANDO DE COOPERATIVAS

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MUNDOCOOP MUNDOCOOP 3534

na negociação com o fabricante. O comércio era um intermediário entre fabricante e consumidor, nada mais. A preocupação estava toda na marca, e só havia comuni-cação via mídias de massas.

É possível perceber que há uma cultura de desvalorização do trade marketing. Só existia a co-municação da marca direta com o público, via televisão por exemplo. Isso começou a mudar conforme o tempo foi passando. A inflação foi controlada, o comércio con-quistou espaço na cadeia de nego-ciação nos processos de venda. Foi aí que o trade marketing começou a ganhar importância.

INTELIGÊNCIA DOS PROCESSOS DE COMÉRCIO O trade marketing abrange a co-municação, mas sobretudo o en-tendimento do consumidor para direcionar ações assertivas no

Do ponto de vista de quem convive diariamente com as mudanças e desafios do va-rejo, parece um pouco estranho que haja uma falta de comu-nicação entre o marketing e o trade marketing.

Isso porque, entendendo a fundo os dois processos, é quase absur-do considerar que as empresas negligenciem o potencial do trade marketing como estratégia de marketing.

Apesar disso, não é incomum ver que isso é desconsiderado pe-las empresas, e haja essa falta de comunicação entre o marketing e o trade. Talvez um dos motivos principais seja a falta de conheci-mento dos decisores a respeito do assunto e a totalidade do poten-cial dessa união. O marketing é algo que está muito mais facil-mente compreendido no cotidia-no empresarial, mas ainda há dúvidas sobre o trade marketing. Isso dificulta um olhar positivo.

O trade marketing nada mais é do que a estratégia de marketing dentro do comércio, no ponto de venda. O termo é antigo, data da década de 1990, e parte do problema tem justamente a ver com essa época. Até o início dos anos 90, não havia uma preocu-pação em criar estratégias de PDV, pois os problemas com a inflação é que ditavam as regras comerciais.

Um fabricante anuncia-va uma mudança na tabela de preço e, buscando pro-teger seus lucros da infla-ção absurda, o comerciante fazia de tudo para vender todo seu estoque. Era uma ação reativa, que buscava proteger o investimento no comércio, mas não havia poder do comerciante

P o r q u e o m a r k e t i n gn ã o s e c o m u n i c a C O M o t r a d e m a r k e t i n g ?

SINERGIAFALTA DE

M A R K E T I N G

PDV. É saber como vender, para quem vender e porquê, tudo se baseando nas informações que o próprio consumidor e merca-do possuem. É uma observação complexa do mercado com foco no consumidor, e não na venda em si.

Mas como meu consumidor pode entender e dialogar com meu produto? O trade se torna uma importante ferramenta do marketing, justamente porque ele estuda o cliente, se preocupa em criar ações para o consu-midor, se baseando no que ele busca. Apesar de inúmeras possi-bilidades que temos hoje, como compra online, clubes de com-pras, assinaturas, etc, a maioria dos produtos ainda são adquiri-dos no PDV físico, e a decisão de compra ainda surge ali.

REVOLUÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE VAREJO

Apesar das facilidades tecnológicas, o PDV ainda é um local de decisão, porque a tendência mundial mostra que o cliente quer se conectar com uma marca, quer vivenciar a mesma, e isso ocorre no ponto de venda.

É o exemplo dos guide shops, que permitem que o cliente visite

uma loja, viva a experiência, mas compre para entregar em sua casa, online. Essa tendência foi bem desta-cada no maior evento de varejo do mundo, o NRF 2018. O trade marketing é o

marketing através do varejo, ou seja, ele une o consumidor ao produto através de uma

estratégia compreendida e im-plementada pelo intermediário,

o comerciante.Por fim, é possível ver que

toda ação de marketing se be-neficiaria de um diálogo mais intenso com o trade marketing.

Ignorar essa conexão é ignorar

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MUNDOCOOP MUNDOCOOP 3736

PATROCÍNIO

agrocoopCOOPERATIVISMO NO AGRONEGÓCIO

CADERNO ESPECIAL DA REVISTA MUNDOCOOP PARA O COOPERATIVISMO NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

Desafiospara o agronegócio

21

Maurício Antônio Lopes, presidente da Embrapa aponta os desafios que o agronegócio precisa superar nos próximos anos

“O campo terá uma transformação digital e social”, afirma ministro Kassab em reunião da FPA

Paraná diversifica mercados e exporta para 189 países

DIGITAL AGRO

INTERNACIONAL

parte central do processo, uma parte que está entre produto e cliente - e que na verdade permite intensificar a ligação entre ambos. Até porque o marketing se aproxi-mando do trade terá acesso a uma série de informações sobre as mais diversas realidades de PDVs, comportamento do comprador, comportamento da concorrência, entre muitas outras coisas que dariam às estratégias de mrketing um caminho mais seguro, além de muitos outros bons insights.

Enquanto o marketing irá criar meios de conectar o consumidor à marca, de forma ideológica, o trade marketing irá fornecer uma experiência que torna o consumi-dor fiel ao que ele vivencia dentro da marca. Não é apenas uma estratégia, é parte fundamental do processo. Se mais empresas compreendessem isso, mais fácil seria possibilitar um real cresci-mento de vendas motivado por uma satisfação do cliente.

Ao mesmo tempo que os clientes querem se conectar às marcas, eles querem se conectar à experiência de compra. Cada vez mais compramos conceitos, experiências, e isso só se tem no PDV. Vender uma marca é vender uma ideia. Vender usando trade marketing é viver essa ideia.

M A R K E T I N G

A mudança do comportamento do consumidor tem sido o gran-de estímulo para que indústria e varejistas se preocupem cada vez mais com a melhor exposição de seus produtos nos e-commerces. A diferença entre uma loja eletrônica que tem alta taxa de conver-são e outra que vende pouco, muito frequentemente está ligada à qualidade da apresentação das informações.

Segundo última pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 47% dos consumidores com acesso à in-ternet têm o costume de fazer pesquisas on-line antes de decidir o modelo, marca, preço ou outras especificidades do que pretendem adquirir em uma loja física. Por isso, uma boa apresentação dos produtos nos e-commerces é fundamental para conversão, tanto no físico, quanto no on-line.

Se você é da indústria ou representa uma marca, pode estar pensando: mas minha loja tem todos os meus produtos cadastra-dos e o conteúdo deles está bem completo.

Em primeiro lugar, saiba que a primeira parte da lição de casa está sendo feita. Mas você já parou para fazer uma pesquisa do seu produto no Google? Qual foi o resultado?

A verdade é que a relevância das páginas dos varejistas costuma ser muito maior nos buscadores do que da sua loja própria e pode-mos dar alguns motivos, como o volume de acessos, investimentos em mídia, mas sobretudo o fato das vendas normalmente serem mais representativas nestes grandes varejistas ou marketplaces do que nas lojas próprias das marcas.

Aí vem a segunda parte da história: todos estes varejistas têm feito a venda do seu produto da maneira correta, com informações consistentes e vendedoras?

A missão não termina no momento do sell-in. O conceito de Trade Marketing não deve ser esquecido no mundo digital. O me-canismo é o mesmo que já conhecemos: oferecer condições para auxiliar nas vendas dos clientes (sell-out), uma vez que sabemos que os varejistas não conseguem dar a devida atenção na ativação de cada marca ou produto.

ONDE O CONSUMIDOR BUSCA INFORMAÇÃO DOS PRODUTOS?

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MUNDOCOOP MUNDOCOOP 3938

US$ 5 bi de receita com exportação de sacas de caféExportações dos Cafés do Brasil atingiram um volume equivalente a 30,58 milhões

de sacas e arrecadaram US$ 5,050 bilhões de receita cambial ao preço médio de US$ 165,07 a saca de 60kg. Desse volume, 27,14 milhões de sacas foram

de café verde e 3,44 milhões de café industrializado

Mercado

Desafios para oagronegócio brasileiro

o clima à energia e o turismo, o presidente da Embrapa listou oportunidades que podem alavancar o crescimento do país em um futuro próximo

Maurício Antônio Lopes, presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apontou os desafios que o agronegócio brasileiro precisa

superar nos próximos anos.De acordo com ele, ser capaz

de prever o futuro por meio do uso de novas tecnologias é o caminho para tomar decisões mais acertadas. “A biotecnologia encontrou terreno fértil no Brasil, quando o país fez a opção por um modelo de desenvolvimento agrícola baseado na ciência”.

Para o presidente da Embrapa, a agricultura deixou de ser apenas uma fonte de alimentos para se ramificar em múltiplas atividades. “Reconhecer essa multifuncio-nalidade e enfrentar aparentes obstáculos como oportunidades de crescimento é o que vai fazer a diferença no futuro.”

Saiba agora quais os itens que, segundo ele, devem estar na lista

de prioridades do agronegócio brasileiro como desafios a serem superados com ajuda da tecnologia:

Chefiada pelo secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eumar No-vacki, delegação brasileira esteve em Toronto e Montreal, no Canadá, entre os dias 30 de abril e 5 de maio, para negociar a liberação das exportações brasileiras de carne bovina e para par-ticipar da abertura da feira Sial Cana-dá 2018, principal evento da indústria de alimentos canadense e este ano, contou com cerca de mil expositores de aproximadamente 50 países.

Entre os 22 empresários do agro-negócio brasileiro participantes, es-teve Vanir Zanatta, presidente da Cooperja, de Jacinto Machado (SC), e o representante aduaneiro da coope-rativa, Rodrigo Veiga.

Também aconteceram encontros bilaterais com autoridades canaden-ses, como o secretário de Estado da Agricultura canadense, Jean-Claude Poissant, empresários, pesquisadores e representantes da Câmara de Co-mércio Brasil-Canadá.

Missão brasileira ao Canadá teve Cooperja entre participantes

Internacional

ESTRESSES HÍDRICOS

De acordo com dados da Organiza-ção Nacional das Nações Unidas (ONU), 70% da água do planeta é destinada à irrigação agrícola. Sendo o recurso na-tural indispensável para a manutenção das lavouras. “Diante dessa depen-dência, contribuir para a prevenção de crises hídricas é algo que deve fazer parte da rotina do produtor”, diz Lopes. Além do uso consciente de água, ele recomenda a opção por Sistemas de Plantio Direto, que aumentam a infil-tração de água no solo e reabastecem os lençóis freáticos.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Para acompanhar a instabilidade do clima, o presidente da Embrapa aconselha o uso de ferramentas para diminuir perdas na lavoura. Saber que vai haver uma geada ou um período prolongado de seca é fundamental no cenário em que vivemos hoje. Servi-ços de meteorologia e a agricultura de precisão são tecnologias chave para o produtor não ficar refém das adversi-dades climáticas.

EMISSÕES NA AGROPECUÁRIA

“Ao lado da necessidade de abastecer a população mundial e atender sua demanda por alimento, está o compromisso de praticar ações sustentáveis”, diz Lopes. Para ele, nesse contexto, descarbonizar a produção agrícola passou a ser ainda mais importante.

PREOCUPAÇÃO SOCIAL

Mais do que um provedor de alimentos para a cidade, o campo é a casa de milhares de brasileiros. “Sendo que nosso objetivo deve ser sempre proporcionar qualidade de vida para essas pessoas e lutar por sua inclusão social”, lembra Lopes.

DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS

Durante sua palestra, Lopes também frisou que, segundo a FAO, 30% dos alimentos produzidos anualmente no mundo são desperdiçados. Segundo ele, solucionar esse gargalo também é papel do setor agrícola, responsável pela produção, transporte e comércio de alimentos.

MÃO DE OBRA NO CAMPO

“Hoje, o Brasil também lida com a falta de mão de obra no campo e com a necessidade de mecanizar as lavouras. Precisamos tornar o trabalho rural atrativo para os jovens e capacitá-los para exercer funções técnicas”, argumenta.

TURISMO RURAL

Comparando o potencial brasileiro ao de países europeus, o presidente da Embrapa também destacou a possibilidade de aumentar investimentos no turismo rural que, segundo ele, ainda é subaproveitado no país.

NUTRIÇÃO E SAÚDE

Frente o problema da subnutrição e da obesidade, a alimentação como forma de prevenir doenças também tem estado em pauta. “Nesse sentido, cabe ao setor agrícola apoiar políticas públicas pelo consumo de alimentos saudáveis e de qualidade”, diz.

Regularização de dívidas com produtores rurais

O Banco do Nordeste já regularizou, em 2018, mais de 18,4 mil operações de dívidas rurais com base na Lei 13.340/2016, em sua área de atuação (Região

Nordeste e norte dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo). Entre liquidações e repactuações, o montante supera R$ 1,7 bilhão. Os clientes beneficiados podem

voltar a obter novos créditos e realizar investimentos em suas propriedades.

SEGURANÇA BIOLÓGICA

Em um mundo em que o mercado de importações e exportações se tornou realidade, a preocupação com a biossegurança é inevitável. “Daí a necessidade de estarmos a par das leis do país e investir no controle de pragas e contaminantes”, afirma o presidente da Embrapa.

ENERGIA

No caso do agronegócio, a produção de energia é um mercado com amplas possibilidades e que precisa receber a devida atenção. “As oportunidades vão desde a produção de biocombustíveis até a obtenção de energias limpas, como a biomassa”.

MAURÍCIO ANTÔNIO LOPES, PRESIDENTE DA EMBRAPA

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MUNDOCOOP MUNDOCOOP 4140

Couro brasileiro obtém primeiro selo Ouro

O setor coureiro do Brasil tem um novo referencial histórico no campo da sustentabilidade: o primeiro reconhecimento em Nível Ouro da Certificação de

Sustentabilidade do Couro Brasileiro (CSCB) foi entregue recentemente ao Curtume Courovale by BCM, de Portão (RS). Esta é a segunda empresa certificada em 2018,

atestando suas melhores práticas no tripé economia, sociedade e meio ambiente, de acordo com a norma ABNT NBR 16.296, auditada pelo INMETRO.

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Diante de uma das piores crises da história do Brasil, o agronegócio assume o papel de principal protago-nista no suporte econômico do País. Para debater essa e outras questões do ponto de vista do inte-resse nacional e as projeções para o futuro como as políticas públicas, as estratégias para o crescimento e a liderança do agronegócio brasileiro o 15º CBA irá reunir autoridades, economistas, estudiosos e espe-cialistas. Não perca o maior e mais importante even-to do agronegócio brasileiro.

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Unidades da Alegra e Castrolanda passam por simulação de acidente

“O campo terá uma transformação digital e social”, afirma ministro Kassab em reunião da FPA

Paraná diversifica mercados e exporta para 189 países

Plataformas virtuais comprovam a preservação ambiental no Brasil PESQUISA

A plataforma virtual ABC – Agricultura de Baixo Carbono –, que monitora as emissões de gases de efeito estufa –, e a plataforma Webambiente, com soluções tecnológicas e serviços para fazer cumprir o Código Florestal brasileiro foram lançadas em Brasília (DF). As duas ferramentas foram desenvolvidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em parceria com Empresa Brasileira de Pesquisa

Agropecuária (Embrapa) e o Ministério do Meio Ambiente.

A Plataforma ABC é mais uma ferramenta digital a ser utilizada pelo

Governo Federal na execução da Política Nacional sobre Mudanças do Clima (PNMC)

e do Plano Setorial para Consolidação de uma economia de Baixa Emissão de Carbono na

Agricultura (Plano ABC), lançado em 2010.A Plataforma WebAmbiente, via internet,

agrega informações sobre os biomas brasileiros classificados em módulos de cadastro de áreas, diagnóstico interativo, espécies nativas indicadas e seu potencial econômico, técnicas e modelos disponíveis (viveiros, mudas, cursos)

análise de custos e biblioteca digital.

Cooperitaipu inicia edição 2018 do programa Jovemcoop

SANTA CATARINA TEM A PRIMEIRA

COMPARTIMENTAÇÃO DA AVICULTURA DE CORTE DO MUNDO

Observatório do Cooperativismo

Mercado

A Cooperativa Regional Itaipu reuniu jovens alunos, pais e demais acompanhantes para aula inaugural de mais uma edição do Programa Jovemcoop, em 8 de março. Esta edição

do Jovemcoop estende-se até o final do ano e será seguido pelo 3º Encontro Estadual do JovemCoop, que acontece em Florianópolis (SC). Como aconteceu em 2017, mais uma vez os

jovens serão os responsáveis pela organização do evento junto ao Sescoop/SC.

Setor

Programa 5S realiza premiaçãodos melhores de 2017A Cooperja, ininterruptamente, realiza o Programa 5S em todas as suas filiais e setores. O objetivo principal é melhorar o ambiente de trabalho e consequentemente, a qualidade de vida de seus funcionários. Após cada auditoria é publicada a classificação de desempenho. Da mesma maneira, no final de cada ano é divulgada a classificação geral anual. No início de 2018 a direção da Cooperja entregou a premiação para os 1º, 2º e 3º lugares, que foram Loja Agropecuária de Quarta Linha, Sede Administrativa e, Indústria de Jacinto Machado, respectivamente.

Em 26 de março, o Ministério da Agri-cultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) entregou certificado que reconhece Santa Catarina como o pioneiro mundial em projeto de compartimentação da avi-cultura de corte, técnica que mapeia e isola os aviários e frigoríficos, como um sistema fechado, e é garantia de sanidade animal e segurança alimentar.

O compartilhamento é um sistema de produção fechado no qual os ovos, os pintainhos, o abate e os caminhões de ração devem circular dentro de um com-partimento. O frango precisa nascer, se desenvolver e ser abatido dentro de uma unidade geográfica – no caso, 28 muni-cípios do Extremo- Oeste catarinense. A

intenção é reduzir o risco de introdução de doenças, aumentar a qualidade dos produtos e garantir a segurança

alimentar dos consumidores.

AUnidade Industrial de Carnes da Alegra (UIC) e a Usina de Beneficiamento de Leite da Castrolanda (UBL), jun-tamente com o destacamento do Corpo de Bombeiros da cidade de Castro (PR), realizaram uma simulação de vazamento de amônia - substância tóxica utilizada em

indústrias para refrigeração de produtos. A ação teve início às 8h e contou com a participação da guar-

nição dos combatentes do Corpo de Bombeiros da cidade. Ao todo foram 30 pessoas, entre funcionários da UBL, da UIC e do Corpo de Bombeiros. Esse foi o primeiro treinamento que as empresas realizaram com o objetivo de capacitar os funcionários para casos de emergência.

Em reunião com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o mi-nistro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, afirmou que o campo vai contar com internet banda larga em todas as áreas rurais do país por meio do programa federal “In-ternet para Todos”, lançado este ano. Segundo o ministro, o acesso

virá de uma tecnologia por satélite já testada e aprovada. “O mesmo sinal alcançado nas capitais do Brasil irá para o campo. Essa transformação digital vai mudar a vida dos trabalhadores e moradores do meio rural, além de levar inclusão social a esses povoados. O nosso satélite levará conectividade a todos os cantos do Brasil”, disse Kassab.

Atualmente, são cerca de 20 milhões de domicílios não atendidos por banda larga no Brasil. Durante o encontro, o ministro afirmou que a adesão cresce exponencialmente ao passo que o programa vai avançando. Segundo ele, até agora, 70% dos municípios brasileiros já aderiram ao programa.

No primeiro quadrimestre de 2018, o Paraná ampliou a diversificação de mercados e exportou mercadorias para 189 países diferentes,

número que supera os 183 registrados no mesmo período do ano passado. Os três maiores destinos são, China, Argentina e Estados Unidos. “É possível verificar sig-nificativo aumento das exportações para alguns países, destacando-se os casos da Holanda, Itália, Espanha e Bangladesh, todos com crescimento superior a 70% no pri-meiro quadrimestre deste ano”, comentou o presidente do Insti-tuto Paranaense de Desenvolvimento Econômico (Ipar-des), Julio Suzuki Júnior.

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MUNDOCOOP MUNDOCOOP 4342

CO cooperativista no seu dia a dia

CO cooperativista no seu dia a dia

Acompra de um imóvel não é uma decisão das mais simples. O valor en-volvido geralmente é alto

e muitas vezes o financiamento acaba sendo a saída para realizar o “sonho da casa própria”. Para tomar esta de-cisão de modo consciente, apresenta-mos alguns aspectos que devem pesar em sua decisão.

O primeiro aspecto é o financeiro.Costumamos levar em conta so-

mente o “valor” do imóvel, e acabamos esquecendo das “despesas extras”. Para começar, na compra de um imóvel os impostos e taxas podem perfazer cerca de 5% do valor de aquisição: imposto sobre transmissão de bens imobiliários (ITBI), taxa de registro do imóvel e taxa de escrituração imobiliária.

Se o imóvel for novo, você ainda deve levar em conta a instalação de pi-sos e metais, além da compra de armá-rios e peças de decoração.

Caso a aquisição do imóvel seja feita por meio de financiamento, além de juros, você ainda irá pagar por dois seguros: morte e invalidez permanente e danos físicos do imóvel, a qual serve para devolver o imóvel às condi-ções em que se encontrava an-tes do sinistro.

Já ao alugar um imóvel, você deverá recebê-lo em condições de uso e ter um fiador que garanta o pagamento do aluguel. Caso não o tenha, você terá o custo adicional de contratar um seguro-fiança, cujo custo gira em torno de 6,5% a 11% do valor do aluguel e pode cobrir não só o aluguel como também o condomínio, IPTU e contas de água, luz e gás.

UM IMÓVEL?COMPRAR OU ALUGAR

Matéria publicada no site Conexão / Seguros Unimed

O segundo aspecto é a liquidez. A não ser que você seja multimi-

lionário, comprar um imóvel signi-fica imobilizar uma quantia enorme de dinheiro. E se for financiado, pior ainda, pois terá uma dívida a perder de vista. Se, ao comprar um imóvel, você ficar sem reservas financeiras, você poderá ter problemas ao se de-parar com um imprevisto e necessi-tar de dinheiro. Lembre-se que não é possível vender somente a sala ou um quarto. Você precisaria vender o imóvel inteiro e, na pressa, acabaria vendendo por um preço menor do que realmente valeria.

O terceiro aspecto é a mobilidade. Bom, este é o caso de pessoas que

gostam de morar perto de onde tra-balham para não gastar muito tempo em deslocamentos. Ao mudar de em-prego, você teria que vender o imóvel atual e com-

prar outro mais próximo ao trabalho. Caso tivesse alugado um imóvel, bas-taria pagar eventual multa referente à rescisão do contrato de aluguel e procurar outro imóvel próximo ao novo emprego.

O quarto é o planejamento de longo prazo. Se você for solteiro ou for um jovem

casado e sem filhos quase certamente irá procurar um imóvel pequeno para morar e não um imóvel com quatro su-ítes. Porém, ao se planejar para ter uma família maior, é certo que também irá pensar em trocar seu imóvel por outro maior. Neste caso, teria sido melhor alugar um imóvel pequeno no início e juntar recursos para as necessidades de uma família maior no futuro.

Conclusões Finais. Nosso intuito aqui é alertar aos

que pensam em comprar um imóvel para que não se atenham somente à questão do valor da parcela do finan-ciamento frente ao valor do aluguel. Como o valor a ser despendido é

bastante elevado, o assunto merece uma reflexão mais ampla. Faça

as contas e não se deixe levar pela emoção ou pela sen-

sação de segurança.

CONHECIMENTOS ADMINISTRATIVOS

O gestor é responsável pela execução das estratégias,

políticas e diretrizes fixadas pelo Conselho de Administração/

Diretoria e, portanto, deve prestar contas a esse órgão. Isso exige conhecimento na área administrativa. “Ele precisa ter percepção de gestão de uma forma geral, entendendo sobre finanças, estrutura de custo, marketing, planejamento e execução”, diz Emerson BZ, professor de Estratégia Empresarial, Empreendedorismo, Liderança e Inovação da IBE-FGV.

RELACIONAMENTO COM OS COOPERADOS

O maior foco da gestão cooperativa são as pessoas, afinal, estão todos em pé de igualdade. Por isso, é

preciso lidar com as demandas dos sócios coopera-dos, mas sem deixar de lado os interesses da coopera-

tiva enquanto instituição. “É preciso ter muito equilíbrio emocional para lidar com seus pares em uma situação de igualdade na sociedade e ao mesmo tempo assumir um papel na hierarquia da cooperativa, papel esse que lhe confere poder de decisão”, Viviane Vieira Malta, da Unimed do Brasil. Para que esse relacionamento dê certo, é fundamental saber ouvir a todos.

ZELO PELOS VALORES DO COOPERATIVISMO

“É importante que o gestor tenha conhecimento e atenção às leis, tanto do setor cooperativista quanto do segmento de atuação da cooperativa. Precisa ter, ainda, conhecimento das melhores

práticas de governança aplicadas ao cooperativismo”, orienta Karla Oliveira, gerente geral do Sescoop. Além disso, é necessário sempre

estar atento à essência democrática do sistema cooperativista, entre outros valores que são de suma importância.

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PARA COOPERATIVAS

Em uma cooperativa de saúde é fundamental que os gestores conheçam

as especificidades do setor e consigam dialogar com pessoas com perfis diferentes.

“Estão entre eles os cooperados, os empregados da cooperativa, os fornecedores de materiais, os prestadores de serviço e os entes reguladores – em especial, no caso das cooperativas operadoras de planos de saúde, a Agência Nacional de Saúde Suplementar e demais stakeholders envolvidos/interessados no negócio cooperativo”, comenta Oliveira.

FORMAÇÃO ACADÊMICA

Diretores e conselheiros, chamados de gestores estatutários, devem ter a formação profissional que lhes permita fazer parte do quadro de cooperados. Malta conta que, no modelo do Sistema Cooperativo

Unimed – que são cooperativas de trabalho médico –, os cargos diretivos e de todos os Conselhos são compostos por médicos sócios

cooperados eleitos por pleito direto. Já em uma cooperativa odontológica, os gestores estatutários devem ser odontólogos cooperados.

CONFIRA ALGUMAS CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS PARA GESTORES DE COOPERATIVAS

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M A R K E T I N G

CO cooperativista no seu dia a dia

CO cooperativista no seu dia a dia

acomunicação de uma cooperativa é um desafio constante. Isso porque, além de falar sobre seus produtos e serviços, é importante difundir valores próprios do cooperativismo, como o desenvolvimen-to local e sustentável.

Confira a opinião dos responsáveis pela comunica-ção de cooperativas e o que eles apontam como essen-cial para desenvolver estratégias de comunicação efeti-vas e alinhadas ao propósito do cooperativismo.

PLANO DE AÇÃO CASADOToda cooperativa necessita de um

bom planejamento de comunicação para se relacionar com clientes, forne-

cedores, parceiros e cooperados. Porém, no caso de cooperativas unidas sob uma

mesma marca, o plano precisa também levar em conta uma visão macro, alinhada com as diretrizes nacionais.

“Temos como objetivo estar alinhados às diretrizes da marca, fazendo campanhas que passem mensagens boas e criativas que engajem o público-alvo. Na Uni-med, a Central da Marca nos norteia para uma comu-nicação alinhada e forte”, explica Telmo Ponsi, líder de marketing da Unimed Itapetininga (SP).

LIBERDADE PARA AGIR LOCALMENTE

Mesmo alinhada às diretrizes na-cionais, é crucial que cada cooperativa

tenha autonomia para trabalhar dife-rentes públicos, estratégias e conceitos em

suas campanhas - afinal, a identidade da instituição está intrinsecamente ligada aos seus públicos próximos e também à comunidade.

No Sicredi, a comunicação é feita em três níveis: local (cooperativa), regional (centrais) e sistêmico (na-cional). “A boa gestão de comunicação e marketing traz benefícios diretos, como maior engajamento dos públicos de interesse com a marca, contribuindo para a geração de negócios e para a sustentabilidade em longo prazo. A comunicação tem papel fundamental no obje-

EM COOPERATIVAS4 PILARES DA COMUNICAÇÃO

R E D E S S O C I A I S

CO cooperativista no seu dia a dia

CO cooperativista no seu dia a dia

Uma das maiores preocupações do mundo digital, atualmente, são as fake news. No ambiente de trabalho, elas eram conhecidas como a “rádio--peão”. São informações falsas proli-feradas sem a preocupação com sua origem ou veracidade. Para comba-tê-las, nada melhor que o senso críti-co e a educação virtual.

Devido ao grande avanço da tec-nologia e internet, tornou-se comum receber fake news em mensagens no WhatsApp e nos feeds de notícias do Facebook, Twitter e demais redes sociais. Elas podem ser usadas para aplicar golpes, espalhar vírus e dúvi-das infundadas, influenciar opiniões e até manipular o cenário político. Só para ter uma ideia do tamanho do problema, o compartilhamento de fake news deve começar a ser pu-nido com multas e até a prisão em al-guns países. No Brasil, por hora, seu maior impacto talvez seja na vida profissional de quem espalha essas informações falsas.

Compartilhar notícias falsas pode comprometer seu emprego

FAKENEWSAs fake news que você repassa

podem ser veneno para sua carreira. Não se deve acreditar em tudo que se lê, pois ao espalhar essas notícias fal-sas sua imagem se atrela a elas. Isso compromete o emprego, chances de recolocação, e até mesmo a imagem profissional.

Antes de clicar em “compartilhar” ou “publicar” algo, é bom pensar nas consequências. Tudo que é dito onli-ne, sobretudo se estivermos em uma rede social profissional, pode e será usado contra ou a seu favor. Uma boa dica é sempre checar a fonte, verificar se ela veio de um veículo que garanta credibilidade.

Outro ponto de atenção são as in-formações ligadas à política. Se pos-sível, não compartilhe informações desse tipo, sobretudo em redes profis-sionais. Elas são sempre controversas, mexem com pontos de vista de mui-tas pessoas, e às vezes até quando são informações verdadeiras, corre-se o risco de ofender

tivo de transmitir com clareza os valores e o propósito da instituição, assim como contribuir para o alcance dos ob-jetivos estratégicos”, destaca Ana Paula Cossermelli, su-perintendente de Comunicação e Marketing do Sicredi.

PENSANDO NO PÚBLICO INTERNONa difusão do cooperativismo, o pú-

blico interno é um dos mais importan-tes: é ele quem levanta a bandeira da instituição e faz com que os valores co-

operativistas estejam presentes no dia a dia das atividades. Por isso, a comunicação

com o colaborador é também estratégica.Um exemplo nessa direção é a iniciativa da Central

Nacional das Unimeds (CNU), para fortalecer o rela-cionamento internamente, a instituição transformou a sua intranet em uma espécie de “Facebook corporati-vo”. Agora as notícias são postadas no espaço, e todos os 1.500 colaboradores conseguem compartilhar, curtir e comentar os posts.

“A antiga intranet ficava parada, quase ninguém se interessava. Com essa mudança conseguimos inserir um ambiente de mídias sociais, então todos escrevem, cur-tem e interagem com as postagens”, explica a coordena-dora de comunicação da CNU, Larissa Errerias.

COLABORAÇÃO ENTRE COOPERATIVASPouco adianta existir uma comunica-

ção alinhada nacionalmente se as coo-perativas não interagirem umas com as outras. A troca de experiências pode ser feita com eventos, treinamentos e outros

modelos de parceria que possibilitem a troca de ideias.

“É importante que haja a troca de experiências entre as cooperativas porque cada uma possui criações pró-prias. Esse fator contribui para deixar a comunicação mais padronizada, mesmo que em diferentes tipos de comunicação e para públicos nem sempre iguais”, ex-plica Errerias.

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alguém, inclusive seu empregador.Outra dica é jamais fale mal da

empresa onde trabalha ou já traba-lhou. Grandes empresas têm fun-cionários especializados em analisar qualquer menção à empresa em redes sociais. Ou seja, você será observado.

Os profissionais devem compre-ender que quando estão nas redes sociais, devem tomar o máximo de cuidado para não criar uma imagem negativa. Entrar em espaços de conte-údo duvidoso, compartilhar notícias falsas e até participar de debates po-líticos de baixo nível são posturas que devem ser abandonadas.

O profissional deve ser reconheci-do pelas atitudes positivas e não por polêmicas e postagens duvidosas.

É preciso olhar de modo crítico para as informações compartilhadas e analisar se o conteúdo é coerente com o seu discurso profissional, se é favorável a novos negócios.

Tome cuidado ao compartilhar notícias com base apenas em títulos chamativos, ou opiniões pouco embasadas.Leia a informação completa, e busque saber se aquilo condiz com a realidade. Não encaminhe áudios sem fontes.Não compartilhe correntes sem checar a veracidade dos fatos e preste muita atenção no endereço da notícia. Evite sites conhecidos por serem sensacionalistas.Preste atenção na formatação e na ortografia da matéria

COMBATENDO FAKE NEWS

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ALEX FERRARESIDoutor em Administração pela FEA/USP e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Cooperativas da PUCPR (Mestrado profissional).

O sucesso da

A Castrolanda foi fundada em 1951 e locali-za-se em Castro. Possui 2,9 mil empregados em duas grandes unidades de negócios: operações (carnes, agrícola, leite, batata, feijão e corporati-va) e industrial (carnes, leite e batata). Com 878 cooperados, seu faturamento alcançou R$ 2,83 bilhões em 2017.

Essas cooperativas criaram a Unium. Não se trata de uma fusão ou nova cooperativa, mas sim uma marca guarda-chuva, que tem abaixo de si, as marcas de produtos das três coopera-tivas, que deixam de utilizar suas marcas de fabricante. Mas não foi somente uma questão da gestão das marcas de dezenas de produtos que vão desde feijão, leite, iogurtes até cerveja e carnes e alimentos processados, mas inclui também um complexo modelo de gestão de negócios, produção e logística.

O modelo se baseia na liderança de cada uma das três cooperativas em negócios especí-ficos, onde a cooperativa líder já possui estru-tura ou expertise mais desenvolvido, porém, mantendo suas identidades organizacionais e jurídicas. Esse modelo busca otimizar as plantas industriais das cooperativas e evitar investimentos duplicados ou concorrência des-necessária entre elas. Por exemplo, a Castrolan-da é líder no beneficiamento de leite e indus-trialização de carnes, enquanto a Frisia lidera a moagem de trigo, e assim por diante. Embora a operação seja de responsabilidade daquela cooperativa que assume a liderança, as decisões são tomadas em comum acordo com as três cooperativas, por meio de comitês gestores.

Com isto pretendeu-se: aumentar o foco no resultado, afastando as influências políticas; aumentar a escala e a competitividade; capitali-zação direta da unidade de negócios; diluição de custos corporativos, entre outros.

Este processo, que se iniciou em 2010 e agora chega à sua maturidade com a criação da Unium, resultou em um modelo que envolve 5 mil famílias cooperadas; 3 milhões de litros de leite processados por dia; 115 mil toneladas de grãos moídos por dia; 3,2 mil suínos abatidos por dia, e 1,8 mil toneladas de carne industriali-zada por mês. Além de exportar para 25 países, este grupo de cooperativas possui a única certificação do Paraná em bem-estar animal em carne suína.

intercooperação

OParaná possui o cooperativismo mais organizado e desenvolvido do país, sendo exemplo para vá-rias outras regiões. São 13 ramos ou que incluem cooperativas de crédito, saúde, trabalho, habita-

ção, educação, mineração, consumo, produção, infraestrutura, turismo e lazer, transporte e setores especiais, organizadas sob o guarda--chuva da Organização das Cooperativas do Paraná – OCEPAR.

Todos nós temos algum tipo de relação com alguma cooperativa, seja por sermos asso-ciados a uma ou por comprarmos produtos e serviços oriundos desse tipo de organização.

O agronegócio é um dos setores mais importantes do Brasil, representando algo pró-ximo a 25% do PIB. No Paraná, esse número é ainda maior, chegando a 30% de toda riqueza gerada no estado. O que poucos sabem é que mais de 55% da produção agropecuária do estado está nas mãos de cooperativas.

As cooperativas do agronegócio são orga-nizações complexas, com sistemas de gestão e governança modernos e transparentes, e atuam conforme os 7 princípios do coopera-tivismo, as quais existem desde as primeiras manifestações dessa modalidade de negócios, no ano de 1844, em Rochdale-Manchester, no interior da Inglaterra.

Baseadas no 6° princípio, o da intercoope-ração, três grandes cooperativas paranaenses – Castrolanda, Frísia e Capal – localizadas na Região de Castro e Carambeí, deram início a um processo de intercooperação inovador, considerado único na história do país.

Fundada e 1925, a Frísia é a cooperativa mais antiga do Paraná, e tem sua produção voltada ao leite, carne e grãos, principalmente, trigo, soja e milho. Possui 760 associados e atua em mais de trinta municípios do Paraná, com um faturamento de R$ 2,4 bilhões em 2017.

A Capal se originou em 1980, de um pe-queno grupo de produtores rurais holandeses, em Arapoti. No início sua principal ativida-de econômica era a produção de leite. Hoje concentra-se na agricultura (soja, milho, trigo e feijão) e na produção de suínos e leite, além da produção de café em algumas áreas.

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MUNDOCOOP48

Somos um modelo

nas relações em quede negócio que acredita

todos ganham.

Acreditamos que é possível transformar o mundo em um lugar mais justo, feliz, equilibrado e com melhores oportunidades para todos. O movimento SomosCoop quer mostrar isso para todo mundo e promover engajamento à causa cooperativista. Nosso principal objetivo é conectar pessoas em torno de um único propósito, tornar o cooperativismo conhecido e reconhecido na sociedade. A gente já descobriu no cooperativismo um jeito diferente de fazer mais por nós mesmos e por todo mundo. Afinal, juntos, podemos ir mais longe.

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