A Psicanalise Humanista e a Incorporacao Do Paradigma Da Complexidade Na Formacao a

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A psicanálise humanista e a incorporação do paradigma da complexidade na formação psicanalítica Dr. Salézio Plácido Pereira * . Existem situações inusitaveis em relação à psicanálise. O primeiro esclarecimento da formação desta teoria psicopatológica e clinica nos remete ao inicio de sua história. Podemos entender o tratamento clinico como o primeiro gesto humanitário de Freud (1856-1939) ao prestar atendimento a varia pacientes histéricas. Toda sua historia está repleta de uma preocupação pela saúde e o bem estar destes seus pacientes, somente este fato demonstra o quanto da prática humanista está presente nos atendimentos analíticos. Este humanismo tem um significado bem mais amplo e profundo, porque não se trata de assumir as dores e sofrimentos, mas elevar a dignidade do ser humano a sua mais plena humanidade. “Para uma análise eficaz, uma analise profunda, deve durar tanto como faça falta. Naturalmente temos que provar vários métodos para não prolongar * Doutor em Psicanálise pela Universidade das Ciências do Homem de Paris. Doutorando em Psicologia Social pela Universidade Argentina John Kenedy. Presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise Humanista . Presidente dos Sindicato dos Psicanalistas do Estado do Rio Grande do Sul. Diretor do Instituto de Psicanálise Humanista. Menbro Efetivo Da Academia Siciliana pela ciência. Conselheiro Cientifico da Academia de Ciência Mundial “Leonardo da Vinci”. – E-mail:[email protected] / fone: (055)3222-3238. 1

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A psicanálise humanista e a incorporação do paradigma da

complexidade na formação psicanalítica

Dr. Salézio Plácido Pereira*.

Existem situações inusitaveis em relação à psicanálise. O primeiro

esclarecimento da formação desta teoria psicopatológica e clinica nos remete ao

inicio de sua história. Podemos entender o tratamento clinico como o primeiro

gesto humanitário de Freud (1856-1939) ao prestar atendimento a varia pacientes

histéricas.

Toda sua historia está repleta de uma preocupação pela saúde e o bem

estar destes seus pacientes, somente este fato demonstra o quanto da prática

humanista está presente nos atendimentos analíticos. Este humanismo tem um

significado bem mais amplo e profundo, porque não se trata de assumir as dores

e sofrimentos, mas elevar a dignidade do ser humano a sua mais plena

humanidade.

“Para uma análise eficaz, uma analise profunda, deve durar tanto como

faça falta. Naturalmente temos que provar vários métodos para não prolongar

mais do que necessário, mas a idéia que merece o valor de prestar atenção a

uma pessoa, dedicar-lhe centenas e centenas de horas, me convence por si só a

manifestação profunda do humanismo de Freud*.” 1

O primeiro psicanalista que sistematizou de forma coerente uma revisão

conceitual da teoria clássica freudiana foi Erich Fromm (1900-1980), primeiro

questionou o aspecto dogmático e ortodoxo de algumas afirmações que não

* Doutor em Psicanálise pela Universidade das Ciências do Homem de Paris. Doutorando em Psicologia Social pela Universidade Argentina John Kenedy. Presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise Humanista . Presidente dos Sindicato dos Psicanalistas do Estado do Rio Grande do Sul. Diretor do Instituto de Psicanálise Humanista. Menbro Efetivo Da Academia Siciliana pela ciência. Conselheiro Cientifico da Academia de Ciência Mundial “Leonardo da Vinci”. – E-mail:[email protected] / fone: (055)3222-3238. 1 FROMM, Erich. El arte de Escuchar. Ed. Paidós. Barcelona. España. 1991. Pág.109. (tradução própria para o Português)

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condizem com a verdade sobre a natureza do homem e muito menos de seu

modo de viver no meio social.

Sempre foi contra qualquer forma de fanatismo teórico, por isto foi

expulso da Associação Psicanalítica Internacional, justamente por não concordar

com uma prática de vigilância e controle dos conceitos teóricos e os modos de

operacionalizar as metodologias cientificas na ciência psicanalítica. Ou seja um

movimento hierárquico a nível internacional que tem a finalidade de vigiar e punir

aqueles que ousam pensar de modo diferente.2

Quanto à relevância teórica diz que Freud, ansiava conquistar o mundo

com seu dogma racionalista puritano,(...) a conquista da paixão pelo intelecto.*3

Também não podia ser diferente porque o ambiente histórico e social estava

impregnado da efervescência do racionalismo iluminista. Não aceitou a idéia

mecanicista da cura (...) ele chamava de “ab-reaccion” como se fosse tirar pus

de uma inflamação, acreditando que isto ocorria de modo inteiramente natural e

automático.*4

Toda forma de determinismo se encaminha por apresentar somente uma

única saída, ou de se alcançar um resultado, não abre a possibilidade de

encontrarem alternativas diferentes, por exemplo na teoria clássica freudiana à

visão de homem é de um sistema fechado e isolado, movido pelo impulso do ego

de buscar a sua própria sobrevivência, buscando o prazer para diminuir as

tensões que se produzem quimicamente dentro do organismo, localizando-se nas

zonas erógenas sendo a mais importante a genital. 5

2 FROMM, Erich. La condicion humana actual. Ed. Paidós. Barcelona. España. 1981. Pág.413 Ibidem. 1981. Pág. 54. *O original encontra-se na língua espanhola. 4 FROMM, Erich. El arte de Escuchar. Ed. Paidós. Barcelona. España. 1993. Pág.22.*O original encontra-se em espanhol.5 FROMM, Erich. Grandezas y limitaciones del pensamiento de Freud. Ed. Siglo Veintiuno editores. Madrid. España. 1979. Pág.131.No original a citação encontra-se em espanhol.

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Dentro desta visão organicista fisiológica e determinista, este tipo de

homem estava sozinho e na solidão, mas procurava as relações com pessoas do

mesmo sexo ou do sexo oposto para satisfazer seu desejo sexual.

Este modelo de homem foi baseado na teoria de Von Brücke, uma

espécie de mente devidamente programada e determinada por impulsos

fisiológicos, como um computador. Este robô é semelhante ao robô de ficção

cientifica de Isaac Asimov, mas com uma configuração diferente: ”Não se

preocupe com as necessidades dos outros, procure satisfazer todos seus

impulsos não importando se isto trará algum prejuízo para alguém, é a busca do

prazer pelo prazer.”

A idéia da homeostase de que existe uma lei que rege o aparato

psíquico com a finalidade de reduzir a tensão ou excitação a um nível mais baixo

possível, dentro de um principio de equilíbrio. Baseia-se no principio do prazer

reduzindo a excitação a um nível zero, isto levaria a pessoa a fazer uma

experiência baseada no principio de nirvana, muito parecido com o instinto de

morte.6

Esta compreensão organicista e fisiológico baseado num modelo onde os

instintos são produzidos quimicamente e na necessidade de reduzir estes desejos

a um estado normal pelo principio do prazer, sistematizados nos pressupostos

teóricos da biologia, onde em cada célula esta presente geneticamente as

propriedades de Eros e da ânsia de morte, pela aplicação de um principio de

redução da tensão se conserva de uma forma mais radical, eliminando qualquer

excitação.7

“Há aqui muito do que vale a pena discutir e muito que é discutível. Não

podemos aceitar sem reservas todos os pontos de Freud. Mas inclusive onde

6 Ibidem. 1979. Pág.135.7 Ibidem. 1979. Pág.129.

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notamos que temos razão para duvidar ou criticar, honramos a lógica interna e a

sinceridade de suas idéias.”8

Toda teoria tende no seu devido tempo histórico e social sofre algumas

modificações, inclusive em relação a alguns conceitos, para qualquer cientista isto

é absolutamente natural, pois o que se propõe não é desvalorização da teoria

freudiana, mas ao contrario é preciso exercer uma critica livre de qualquer presão

institucional, para poder avançar numa compreensão mais fidedigna e atual sobre

o homem.

Toda teoria tem de acompanhar os novos tempos e não poderia ser

diferente com a teoria psicanalítica, esta prática de se fechar dentro de uma

doutrina blindada, ou de querer transformar alguns conceitos numa espécie de

bandeira, numa racionalização intelectual autoritária e dogmática, pode levar os

discípulos a entrar numa espécie de delírio coletivo da incoerência, da

prepotência e da onisciência. Assim onde o homem poderia ser “sapiens” corre o

risco de se tornar homo “demens”.9

No entender de Erich Fromm é preciso especificar os diversos conceitos

da “Psicanálise Humanista”, para situá-lo dentro de um marco teórico.

Para entender o conceito de humanista, precisamos compreender que

todo comportamento ou ação humana não nos pode ser estranha ou distante.

Porque tudo isto esta presente na própria pessoa. Eu sou uma criança,

um adulto, um assassino ou um santo. Posso também ser um narcisista, um

destruidor de vidas, ou alguém que promove e salva vidas. Não há nada no

paciente que o próprio psicanalista não tenha dentro de si. Esta é a condição

8 REIK, Theodor. Treinta años com Freud. Ed. Hormé . Buenos Aires. Argentina. 1965.Esta citação foi traduzida para o português o original encontra-se em espanhol.9 MORIN, Edgar. A humanidade da Humanidade. A identidade Humana. O método 5. Editora Sulina. Porto Alegre. 2002. Pág.119.

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humana.10

O humanismo são os valores éticos e sociais que promovem a

dignidade do Ser Humano em toda a sua complexidade.

Freud demonstrou através de sua prática clinica o seu grande

humanismo, pelo efeito libertador da verdade através do seu método psicanalítico.

Ele colocou toda sua atenção e energia para poder pensar uma teoria que

ajudasse as pessoas a viverem mais felizes e de modo mais humano.

Os seus ideais humanitários e a sua própria ambição de chegar a ser um

grande líder na área cientifica, mostrou que ele não estava interessado pela

medicina, mas sim pela filosofia, a política, a historia, a arqueologia e a ética. Já

em 1910, Freud estava interessado num projeto político humanitário, quando foi

convidado a fazer parte da “irmandade Internacional para a Ética e Cultura”. 11

O humanismo se caracteriza pela fé no homem de que ele possui

capacidades, dons, talentos, para chegar a graus mais elevados de uma

consciência superior, onde possa usar de sua tolerância, seu amor, sua

inteligência, sua solidariedade, sua fraternidade, como condição de realizar-se

plenamente numa atitude mais plena de ajuda e cooperação por uma sociedade

mais justa e fraterna.12

O humanismo na verdade se contrapõe a toda e qualquer forma de

agressão e destruição dos valores e da vida humana, principalmente no que diz

respeito à fabricação de mísseis intercontinentais e bombas nucleares. 13

O próprio Erich Fromm diz que é “É contra a desigualdade social; contra

o aniquilamento do pensamento livre e uniforme; contra o aumento progressivo da

10 FROMM, Erich. El arte de escuchar. Ed. Paidós. Barcelona. España. 1991. Pág.103.*O original encontra-se em espanhol.11 FROMM, Erich. La misíon de Sigmund Freud. Su personalidad e influencia. Ed. Fondo de Cultura Economica. México. 1981. Pág.75.O original encontra-se em espanhol.12 FROMM, Erich. El psicoanálisis humanista. Comps. Salavador Millan y Sonia G. De Millan. Ed. Siglo veintiuno editores. 2ed. México. 1982. Pág. 122. (O original encontra-se em espanhol).13 FROMM, Erich. La revolucion de la esperanza. Hacia uma tecnologia humanizada. Ed. Fondo de Cultura Economica. Buenos Aires. Argentina. 1992. Pág.138.(O original encontra-se em espanhol).

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miséria material dos mais pobres e da exploração dos mais ricos; contra o espírito

de desumanização que as industrias da produção impõe ao homem

transformando-lhe numa coisa.” 14

Também é contra toda forma de produção econômica de um modelo

concentrador de capital onde uma minoria se apropria dom bens do capital,

impregnados por interesses estranhos a uma nação onde toda sua produção

serve a um modelo exportador para pagar os juros da divida externa, deixando

milhões de brasileiros marginalizados das condições mininas de sobrevivência.

Seria demasiado longo e extenso falarmos aqui dos diversos

humanismos existentes, como por exemplo o grego, o cristão, o romano, o

renascentismo , o socialista marxista, o existencialista, enfim nos deteremos no

humanismo psicanalítico, também conhecido por “Psicanálise humanista”.

Fromm entende por “humanização” do homem uma filosofia

multidisciplinar e transdisciplinar para descrever a subjetividade humana a partir

de um paradigma da complexidade. Seria absolutamente desumanizante tentar

descrever e entender as manifestações simbólicas do inconsciente a partir de um

único modelo teórico.

Muitas teorias dentro da própria psicanálise vendo a necessidade de

ampliar e rever seus conceitos teóricos se diz transdisciplinar, quando na verdade

busca conceitos nas outras teorias justamente para reforçar a sua própria verdade

e dogmatismo. Dizem de bom tom de que são transdisciplinares, flexíveis e

abertos a mudança. Esta bela retórica simplesmente reforça o medo de avançar

dentro de um paradigma mais atualizado e complexo.

A ciência psicanalítica dentro da compreensão de Erich Fromm tem de ter

uma visão do conjunto da personalidade do homem, para compreendê-lo em sua

totalidade. A psicanálise humanista não pode copiar os métodos das ciências

14 FROMM, Erich. La revolucion de la esperanza. Ed. Fondo de Cultura Economica. Buenos Aires. Argentina. 1992. Pág.138.(O orignal encontra-se em espanhol).

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empíricas e experimentais de “In Vitro” aplicados aos fenômenos observáveis do

mundo animal.

Porque o ser humano é uma subjetividade em “In Vivo”. Por isto a

natureza de pesquisa na ciência psicanalítica é qualitativa e não pode tornar-se

quantitativa para atender as convenções cientificas das ciências exatas. 15

A realidade é antrobiopsicosocial, ela contém em si mesma todas estas

dimensões, na verdade são diferentes faces de uma mesma realidade, todas as

disciplinas são importantes como por exemplo à neurociência, a psiquiatria, a

psicopatologia, a psiconeuroimunologia , a psicofarmacologia, a psicopedagogia,

a hipnose clinica, a regressão a vidas passadas, a terapia familiar, enfim todas as

ciências a partir de seu método para que se possa se comunicar entre si num

dialogo de ajuda e interação. 16

Caminhamos rumo a um pensamento multidimensional na psicanálise

onde a dialogicidade seja o marco de referencia para todas as ciências que

estudam o homem em toda sua complexidade.

O método do paradigma da complexidade exige para refletir sobre os

conceitos, questionando suas próprias verdades, tomando-os como palavras,

frases inseridas dentro de com contexto sócio-historico e político-social, para

poder ampliar, modificar, e alterar.

Não podemos ter estes conceitos teóricos fechados e concluídos é

preciso avançar, articular, juntar o que está separado para entender o

inconsciente humano em toda sua complexidade, pensando sempre na sua

singularidade, temporalidade, localidade para nunca nos esquecermos da

importância desta visão integrativa e totalizadora.17

15 FROMM, Erich. El psicoanálisis humanista. Comps. Salavador Millan y Sonia G. De Millan. Ed. Siglo veintiuno editores. 2ed. México. 1982. Pág.20. (O original encontra-se em espanhol).

16 MORIN, Edgar. Ciência com Consciência. Ed. Bertrand do Brasil; Rio de Janeiro. 2001. Pág. 192. 17 MORIN, Edgar. Ciência com Consciência. Ed. Bertrand do Brasil; Rio de Janeiro. 2001. Pág.192.

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Hoje a psicanálise humanista reconhece a necessidade da

“transdisciplinariedade”, Erich Fromm nos diz da necessidade do psicanalista

compreender a pessoa na sua totalidade em toda sua plenitude e

individualidade.18

Uma ciência humanista como é o caso da psicanálise tem de estudar e

pesquisar os grandes humanistas da historia como um Aristóteles, Spinoza,

Pascal, Eckart, Sócrates, Platão, Goethe, Rollo May, Iung, Erick Erickson, e

tantos outros, que seria impossível enumerá-los todos aqui. 19

Hoje uma formação psicanalítica tem de oferecer uma visão ampla e

transdisciplinar do homem, levando o futuro psicanalista a assumir como um

“autodidata” e aqui acrescentamos o pensamento de Edgar Morin, quando ele

fala de suas diversas leituras nas mais diversas ciências lhe proporcionou uma

cultura transdisciplinar, pois estudava e pesquisava em todas as disciplinas das

ciências humanas: Geografia humana, etnografia, pré-história, psicologia da

criança, psicanálise da história das religiões, ciência das metodologias, historia

das idéias, filosofia, principalmente os gregos, pré-socráticos até Heidegger e

Sartre.20

Para finalizar a psicanálise humanista se propõe a ser uma teoria

transdisciplinar e aberta, flexível, oportunizando o futuro psicanalista a fazer seu

próprio caminho mesmo com seus erros e acertos, “Caminheiro não há caminho,

o caminho se faz no decorrer da própria caminhada.”

A psicanálise humanista tem um interesse muito especial em devolver a

capacidade de dar e receber afeto a todos os seus pacientes, ampliando desta

18 FROMM, Erich. Del tener al ser. Ed. Paidós. Barcelona. España. 1991. Pág.108.(O original encontra-se em espanhol). 19 FROMM, Erich. La patologia de la normalidade. Ed. Paidós. Barcelona. España. 1994. Pág.124.20 MORIN, Edgar. Mis demônios. Ed. Kairóz. Barcelona. España. 1995. Pág.34.(O original encontra-se em espanhol).

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forma a sua capacidade de amar. Porque quem ama consegue ser solidário com

os seus colegas,pratica a justiça, tem consciência de seus atos, e integro e ético,

utiliza todo seu pontecial para produzir saúde e felicidade para si mesmo e a

todas as pessoas envolvidas no seu cotidiano.

A todos os homens da humanidade cabe somente um caminho lutar com

todas as suas forças, primeiro contra todos os bloqueios neuróticos que impedem

a livre expressão do amor a si mesmo e a humanidade e depois juntar todo seu

conhecimento para ser luz no caminho da humanidade ajudando também a outros

encontrarem o caminho da felicidade.

O ponto onde nos diferenciamos de todas as outras correntes teóricas da

psicanálise esta justamente neste conceito da biofilia e não da necrofilia. Porque

onde existe amor e afeto se proporciona um ambiente de bem estar e de

fraternidade, onde está presente a inveja o ódio, a falsidade existe a discórdia e o

conflito seja ele interno ou externo, portanto humanizar tem haver com uma

verdadeira experiência afetiva, onde a valorização o reconhecimento são os

remédios verdadeiros para a cura da dor emocional.

Bibliografia Consultada

FROMM, Erich. La condicion humana actual. Ed. Paidós. Barcelona. España.

1981.

FROMM, Erich. Grandezas y limitaciones del pensamiento de Freud. 10 ed.

Ed. Siglo veintiuno. Madrid. España. 1997.

FROMM. Erich. El psicoanálisis Humanista. Comps. Salavador Millán e outros.

Ed. Siglo veintiuno. México. 1982.

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FROMM. Erich. La misíon de Freud. Ed. Fondo de Cultura Econômica. México.

1981.

FROMM. Erich.El arte de escuchar. Ed.Paidos. Barcelona. España. 1991.

FROMM. Erich. Del tener al Ser. Ed. Paidos. Barcelona. España. 1989.

FROMM. Erich. La patologia de la normalidade. Ed. Paidos. Barcelona. España.

1994.

MORIN. Edgar. O método 5. A humanidade da Humanidade. A identidade

Humana. Ed. Sulina. Porto Alegre. 2002.

MORIN. Edgar. Ciência com Conscência. Ed. Bertrand. Do Brasil. Rio de

Janeiro. 5 ed. 2001.

MORIN, Edgar. Mis demônios. Ed. Kairóz. Barcelona. España. 1995.

PEREIRA, Salézio Plácido. Considerações sobre a psicanálise humanista de

Erich Fromm. Santa Maria, ITPOH, 2006.

PEREIRA, Salézio Plácido. O significado inconsciente das imagens. Santa

Maria, ITPOH, 2006.

REIK, Theodor. Treinta Años con Freud. Ed. Hormé. Buenos Aires. Argentina.

1965.

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