A posição social da mulher de hoje

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A posição social da mulher de hoje Ao contrário de algumas teses predominantes até bem pouco tempo, a maioria das sociedades de hoje já começam a reconhecer a não existência de distinção alguma entre homens e mulheres. Não há diferença de caráter intelectual ou de qualquer outro tipo que permita considerar aqueles superiores a estas. Com efeito, o passar do tempo está a mostrar a participação ativa das mulheres em inúmeras atividades. Até nas áreas antes exclusivamente masculinas, elas estão presentes, inclusive em posições de comando. Estão no comércio, nas indústrias, predominam no magistério e destacam-se nas artes. No tocante à economia e à política, a cada dia que passa, estão vencendo obstáculos, preconceitos e ocupando mais espaços. Cabe ressaltar que essa participação não pode nem deve ser analisada apenas pelo prisma quantitativo. Convém observar o progressivo crescimento da participação feminina em detrimento aos muitos anos em que não tinham espaço na sociedade brasileira e mundial. Muitos preconceitos foram ultrapassados, mas muitos ainda perduram e emperram essa revolução de costumes. A igualdade de oportunidades ainda não se efetivou por completo, sobretudo no mercado de trabalho. Tomando-se por base o crescimento qualitativo da representatividade feminina, é uma questão de tempo a conquistada real equiparação entre os seres humanos, sem distinções de sexo. “DENÚNCIAS, ESCÂNDALOS, CASOS ILÍCITOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, CORRUPÇÃO E IMPUNIDADE... ISSO É O QUE OCORRE NO BRASIL HOJE.” Nunca foi tão importante no País uma cruzada pela moralidade. As denúncias que se sucedem os escândalos que se multiplicam, os casos ilícitos que ocorrem em diversos níveis da administração pública exibem, de forma veemente, a profunda crise moral por que passa o País. O povo se afasta cada vez mais dos políticos, como se estes fossem símbolos de todos os males. As instituições normativas, que fundamentam o sistema democrático, caem em descrédito. Os governantes, eleitos pela expressão do voto, também engrossam a caldeira da descrença e, frágeis, acabam comprometendo seus programas de gestão. Para complicar, ainda estamos no meio de uma recessão que tem jogado milhares de trabalhadores na rua, ampliando os bolsões de insatisfação e amargura.

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A posição social da mulher de hoje

Ao contrário de algumas teses predominantes até bem pouco tempo, a maioria das sociedades de hoje já começam a reconhecer a não existência de distinção alguma entre homens e mulheres. Não há diferença de caráter intelectual ou de qualquer outro tipo que permita considerar aqueles superiores a estas. Com efeito, o passar do tempo está a mostrar a participação ativa das mulheres em inúmeras atividades. Até nas áreas antes exclusivamente masculinas, elas estão presentes, inclusive em posições de comando. Estão no comércio, nas indústrias, predominam no magistério e destacam-se nas artes. No tocante à economia e à política, a cada dia que passa, estão vencendo obstáculos, preconceitos e ocupando mais espaços. Cabe ressaltar que essa participação não pode nem deve ser analisada apenas pelo prisma quantitativo. Convém observar o progressivo crescimento da participação feminina em detrimento aos muitos anos em que não tinham espaço na sociedade brasileira e mundial. Muitos preconceitos foram ultrapassados, mas muitos ainda perduram e emperram essa revolução de costumes. A igualdade de oportunidades ainda não se efetivou por completo, sobretudo no mercado de trabalho. Tomando-se por base o crescimento qualitativo da representatividade feminina, é uma questão de tempo a conquistada real equiparação entre os seres humanos, sem distinções de sexo.

“DENÚNCIAS, ESCÂNDALOS, CASOS ILÍCITOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, CORRUPÇÃO E IMPUNIDADE... ISSO É O QUE OCORRE NO BRASIL HOJE.”Nunca foi tão importante no País uma cruzada pela moralidade. As denúncias que se sucedem os escândalos que se multiplicam, os casos ilícitos que ocorrem em diversos níveis da administração pública exibem, de forma veemente, a profunda crise moral por que passa o País.O povo se afasta cada vez mais dos políticos, como se estes fossem símbolos de todos os males. As instituições normativas, que fundamentam o sistema democrático, caem em descrédito. Os governantes, eleitos pela expressão do voto, também engrossam a caldeira da descrença e, frágeis, acabam comprometendo seus programas de gestão. Para complicar, ainda estamos no meio de uma recessão que tem jogado milhares de trabalhadores na rua, ampliando os bolsões de insatisfação e amargura.Não é de estranhar que parcelas imensas do eleitorado, em protesto contra o que vêem e sentem, procurem manifestar sua posição com o voto nulo, a abstenção ou o voto em branco. Convenhamos, nenhuma democracia floresce dessa maneira. A atitude de inércia e apatia dos homens que têm responsabilidade pública os condenará ao castigo da história. É possível fazer-se algo, de imediato, que possa acender uma pequena chama de esperança.O Brasil dos grandes valores, das grandes idéias, da fé e da crença, da esperança e do futuro necessita urgentemente da ação solidária, tanto das autoridades quanto do cidadão comum, para instaurar uma nova ordem na ética e na moral.

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DEPRESSÃO: a epidemia silenciosa do século 21

O relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre saúde mental, publicado no mês passado, indica que a depressão já é uma das doenças mais comuns do mundo e que será a principal causa de incapacitação no trabalho em 2030, à frente do câncer e das doenças cardiovasculares.

Hoje, cerca de 121 milhões de pessoas sofrem da doença. A falta de consenso semântico entre os especialistas e, conseqüentemente, de métodos adequados de tratamento para cada caso exige a discussão urgente e aprofundada sobre o assunto.

Há visões conflitantes entre as duas principais disciplinas práticas que tratam do tema: a psiquiatria e a psicanálise. O jornalista Wilker Souza conversou com especialistas das duas áreas e apresenta em sua reportagem os principais focos de divergência entre elas.

Táki Cordás, renomado especialista em depressão no âmbito da psiquiatria, explica o fenômeno sob a perspectiva da medicina. Decio Gurfinkel, por outro lado, introduz a visão da psicanálise partindo da compreensão de Freud sobre a melancolia e encontrando paradoxalmente um valor positivo para a depressão. Já Christian Dunker expõe a tensão entre as duas áreas e defende antes a mutualidade do que o conflito no esclarecimento da doença, relativizando a ação dos medicamentos, sem, no entanto, demonizá-los.

Por fim, é possível enumerar algumas das necessidades clínicas prementes para o tratamento adequado dos quadros depressivos: combater o estigma de modo que a procura por assistência médica seja rápida e possibilite o diagnóstico de maneira precoce; implantar a modalidade de tratamento medicamentoso mais eficaz e com menos efeitos colaterais para o combate da fase aguda; estabelecer o melhor tratamento medicamentoso associado à psicoterapia para evitar futuras recaídas.

Fonte: Revista Cult, ano 12, out. 2009