A. Oliveira; S. Silva; M. Sérgio; C. Mesquita; F. Castro...
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Serviço de Cirurgia A – Hospitais da Universidade de Coimbra – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Clínica Universitária de Cirurgia III – Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
A. Oliveira; S. Silva; M. Sérgio; C. Mesquita; F. Castro-Sousa
INTRODUÇÃO A ingestão de corpos estranhos (CE) é uma situação frequente, verificando-se perfuração do tracto
gastrointestinal em cerca de 1% dos casos, geralmente sob a forma de ventre agudo.
CONCLUSÃO A perfuração de víscera oca por
CE traduz-se, geralmente, sob a
forma de ventre agudo; pode,
contudo, tratar-se de um quadro
frustre e inespecífico, situação a
valorizar no diagnóstico diferencial
dos abcessos intrabdominais.
Caso clínico 1 Caso clínico 2
Homem de 57 anos, quadro de desconforto, dor e defesa no
epigastro. Febril, sudorético, polipneico, taquicárdico mas
normotenso.
AP: HTA, DM tipo 2, EAM, FA / hipocoagulado, IC, SAOS (BIPAP
nocturno), dislipidémia e etilismo.
Homem de 68 anos, dor abdominal com cerca de 1 mês de
evolução, inicialmente localizada ao epigastro, passando a
localizar-se à FID, com empastamento à palpação.
AP: HTA e dislipidémia. Apendicectomia aos 11 anos de idade.
BIBLIOGRAFIA • Mutlu A, Uysal E, Ulusoy L, Duran C, Selamoğlu D. A fish bone causing ileal perforation in the terminal ileum, Ulus
Travma Acil Cerrahi Derg. 2012 Jan;18(1):89-91
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• Lin CY, Wu FZ. Fish bone perforation of small intestine . Q J Med 2012; May; 105(5):479–480
Tratamento: Laparotomia subcostal bilateral, drenagem de
abcesso perihepático e do
andar supramesocólico e
extração de corpo estranho justaduodenal (espinha de
peixe) não se visualizando o local
de perfuração.
Angio-TC: ”Duas colecções líquidas heterogéneas, comunicando entre si, englobando o lobo esquerdo com cerca de 7x3.7cm e
7x3.3cm (abcessos?). Imagem calcificada em relação com lesão
hepática e piloro (corpo estranho?). Ligeiro derrame peritoneal na
goteira parieto-cólica esquerda.”
Ecografia abdominal: “… derrame peri-hepático
heterogéneo; lesão nodular de
6cm no lobo hepático
esquerdo.”
Perfil analítico: Hb 11.3g/dL
Leucócitos 13.4x109/L
Protrombinémia 51%
INR 1.60
PCR 28.68mg/dL
Tratamento: Mini-laparotomia por incisão de McBurney,
drenagem de abcesso justa-cecal e extração de corpo
estranho (espinha de peixe), não se visualizando o local de perfuração.
TC abdomino-pélvica: “Na FID, adjacente às ansas do íleon,
um corpo estranho, com
densidade cálcica, de
morfologia arciforme, com 3
cm de maior eixo, que
julgamos em relação com
“espinha”, associada a
acentuada densificação da
gordura mesentérica
envolvente e espessamento
das ansas de íleon próximas.”
Perfil analítico: Hb 12.9g/dL
Leucócitos 9.8x109/L
Plaquetas 268.000x109/L
PCR 16.18mg/dL
15 cm