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A MOTIVAÇÃO NAS AULAS DE GEOGRAFIA José Davi Paludo 1 Gilberto Martins 2 RESUMO: Trata-se de uma demonstração de como acontecem as aulas de Geografia na escola, evidenciando as causas do desinteresse dos alunos e o desafio dos educadores na articulação do processo. Através das informações obtidas em uma pesquisa realizada com professores e alunos, verificou-se a falha no que se refere à motivação e metodologia utilizadas em sala de aula. Assim sendo, constatou-se a necessidade de buscar novas metodologias e formas de mediar os conteúdos a fim de que as aulas sejam atrativas e despertem mais os interesses dos alunos por essa disciplina que mesmo, em meio a tantos conhecimentos repassados em outras áreas, ainda é importante e necessária ao desenvolvimento do educando, e por fim o objetivo proposto foi atingido. PALAVRAS-CHAVE: Motivação, pesquisa, metodologia, interesse, compromisso. ABSTRACT: This is a demonstration of how to carry the lessons of Geography at school, highlighting the causes of the disaffection of students and educators in the challenge of coordinating the process. Through information obtained in a survey conducted with teachers and students, there was a failure as regards the motivation and methodology used in class. Therefore, there is a need to seek new methods and ways to mediate the content so that the lessons are more attractive and arouses the interest of students in that discipline that even in the midst of so much knowledge shared in other areas, still is important and necessary for the development of the learner. KEY WORD: Motivation, research, methodology, interest, commitment. INTRODUÇÃO: 1 Geógrafo, Especialista em Geografia pela UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista, com duas pós-graduações pela UNOPAR - Universidade do Norte do Paraná. Professor da SEED-PR. Integrante do PDE. 2 Geógrafo, Mestre em Geografia. Professor Titular do Curso de Geografia da UNIOESTE-FB-PR e Orientador do PDE. 2 1

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A MOTIVAÇÃO NAS AULAS DE GEOGRAFIA

José Davi Paludo 1

Gilberto Martins2

RESUMO:

Trata-se de uma demonstração de como acontecem as aulas de Geografia na escola, evidenciando as causas do desinteresse dos alunos e o desafio dos educadores na articulação do processo. Através das informações obtidas em uma pesquisa realizada com professores e alunos, verificou-se a falha no que se refere à motivação e metodologia utilizadas em sala de aula. Assim sendo, constatou-se a necessidade de buscar novas metodologias e formas de mediar os conteúdos a fim de que as aulas sejam atrativas e despertem mais os interesses dos alunos por essa disciplina que mesmo, em meio a tantos conhecimentos repassados em outras áreas, ainda é importante e necessária ao desenvolvimento do educando, e por fim o objetivo proposto foi atingido.

PALAVRAS-CHAVE:

Motivação, pesquisa, metodologia, interesse, compromisso.

ABSTRACT: This is a demonstration of how to carry the lessons of Geography at

school, highlighting the causes of the disaffection of students and educators in the challenge of coordinating the process. Through information obtained in a survey conducted with teachers and students, there was a failure as regards the motivation and methodology used in class. Therefore, there is a need to seek new methods and ways to mediate the content so that the lessons are more attractive and arouses the interest of students in that discipline that even in the midst of so much knowledge shared in other areas, still is important and necessary for the development of the learner.

KEY WORD:Motivation, research, methodology, interest, commitment.

INTRODUÇÃO:

1 Geógrafo, Especialista em Geografia pela UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista, com duas pós-graduações pela UNOPAR - Universidade do Norte do Paraná. Professor da SEED-PR. Integrante do PDE.2 Geógrafo, Mestre em Geografia. Professor Titular do Curso de Geografia da UNIOESTE-FB-PR e Orientador do PDE.2

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Considerando o índice de reprovação e o número de alunos aprovados e

reprovados no Conselho de Classe de 2006 no Colégio Estadual Princesa

Izabel, em Três Barras do Paraná, e após análise e reflexão, constatamos que

a maioria dos alunos reprovados no Colégio, foi na disciplina de Geografia, daí

surgiu o interesse em desenvolver um estudo voltado para a prática cotidiana

nas escolas, para tanto nos dispusemos a desenvolver uma pesquisa no curso

de Formação de Docentes, ao nível de Ensino Médio do referido colégio.

Assim sendo, e tendo o objetivo de investigar a prática pedagógica,

verificando a realidade escolar e selecionando dados que revelassem

informações significativas quanto à compreensão da disciplina, no contexto

físico e social, tornou-se necessário e significativo, uma vez que se trata de um

tema tão importante e ao mesmo tempo tão complexo.

A partir da reflexão teórica sobre a problemática do ensino no colégio e

da constatação da prática cotidiana, se fez necessário apresentar sugestões de

encaminhamentos, com base nas obras estudadas, bem como, nas práticas

pedagógicas realizadas com resultados mais significativos. No decorrer desse

processo, a primeira ação de mudança se efetivou através da disponibilização

de encaminhamentos teóricos, com sugestões de leitura. Em seguida, sugeriu-

se a diversificação das atividades escolares, não ficando somente nos textos

do livro didático. As aulas passaram a ser motivadas com mais ação, debates,

“visitas” a locais para estudo, confecção de maquetes, mapas e gráficos, entre

outros, percebendo, dessa forma, que há maior integração dos alunos no

contexto social em que a escola está inserida. Com o laboratório de

informática, Programa Paraná Digital, Programa Nacional de Informática na

Educação: PROINFO e TV Pen Drive, em funcionamento no estabelecimento

de ensino, pode-se utilizar com mais freqüência e facilidade a tecnologia

oferecida, com atividades diversificadas e boa participação estudantil. Para que

isso fosse possível, a escola toda buscou avançar no aperfeiçoamento

profissional dos educadores, com o domínio da tecnologia disponível onde,

através da Coordenação Regional de Tecnologia na Educação: CRTE, do

Núcleo Regional de Educação da Cidade de Cascavel, os educadores foram

treinados. Com os professores convencidos que não basta só buscar novas

formas de ensinar, novas estratégias, destacaram a importância e necessidade

de motivar os alunos para tornar as aulas mais atrativas e interessantes.

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Segundo Aurélio (1989), motivação é a exposição de motivos, causas. Motivar

significa despertar o interesse, o entusiasmo por algo que estamos fazendo ou

que iremos fazer. A partir do momento em que se desperta o interesse do

aluno, maior será o significado da atividade realizada. As atividades, antes

realizadas apenas com o intuito de obter uma nota, hoje adquirem nova

dimensão: são realizadas com prazer. A Geografia, que antes era considerada

como uma matéria sem muita importância, passou a ter um referencial

diferenciado.

ANÁLISE DE SITUAÇÃO

Mesmo parecendo uma alternativa pouco complexa, sempre há

necessidade de seguir um caminho a fim de chegar a um objetivo proposto.

Esse caminho com certeza será encontrado seguindo-se o raciocínio de alguns

autores, os quais nos orientam, com suas teorias e sugestões, bem como,

registros de pesquisas e análises para que sejam analisadas e utilizadas em

momentos oportunos. De modo geral, os grandes pensadores concordam que

os professores de Geografia deveriam ter uma boa formação teórica e

procurassem colocar isso em prática, através de ações concretas, envolvendo

os alunos nessas ações, dinamizando suas aulas e tornando-as mais

interessantes.

Assim sendo, destacamos algumas idéias e sugestões que foram

consideradas adequadas para o desenvolvimento deste projeto. No que se

refere ao objeto da Geografia, segundo Morais (2005) podemos entender por

Geografia e seu objeto o:

“estudo da superfície terrestre, descrição da Terra, estudo da paisagem, estudo da individualidade dos lugares, estudo da diferenciação das áreas, estudo do espaço, estudo das relações entre o homem e o meio ou, entre a sociedade e a natureza, a ação humana na transformação do meio, a relação que existe entre os dados humanos e os naturais”. (Morais, 2005, p.31 a 37).

Conclui o autor que todos esses são objetos da Geografia Tradicional e

afirma que as várias definições formais, com relação ao objeto da Geografia,

atestam a controvérsia reinante.

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Santos (2004), diz que os objetos que interessam à Geografia podem

ser móveis ou imóveis: “uma cidade, uma barragem, uma estrada de rodagem,

um porto, uma floresta, uma plantação, um lago, uma montanha”. Também

coloca que, para os geógrafos, objetos são tudo o que existe na superfície da

Terra, toda a herança da história natural e todo o resultado da ação humana

que se objetivou.

Vesentini (2000), prioriza a ação humana construindo e reconstruindo o

espaço e entendendo-se por espaço geográfico todo o espaço onde possa ser

observada a ação humana na natureza:

“O espaço geográfico não é apenas o local de morada da sociedade

humana, mas principalmente uma realidade que é a cada momento (re)

construída pela atividade do ser humano” (Vesentini, 2000.p.10).

No que se refere à ação, essa temática nem sempre foi um consenso

entre os geógrafos. Ao longo dos tempos, houve pontos altos e baixos em sua

trajetória, conforme análise realizada, principalmente na parte da Geopolítica,

considerada por vários autores como a “Geografia da Ação”. Após atingir

pontos elevados, durante o expansionismo europeu, principalmente no nazismo

alemão e no fascismo italiano, a Geografia recebeu duras críticas por parte de

alguns geógrafos da própria Alemanha e de professores universitários

franceses, na parte da disciplina que se refere à Geopolítica, sendo condenada

no pós - guerra, por ter sido utilizada pelos nazistas, para justificar sua ação

política, expansionista e racista. No Brasil também houve geógrafos que

aderiram a essa linha de pensamento crítico, com relação à Geopolítica, de

acordo com Sodré (1986) existem dois caminhos geográficos: o científico e o

ideológico, colocando a Geopolítica na trilha ideológica. Ressalta que:

“A Geopolítica representa a culminância da trilha ideológica. Claro está que, sendo a ciência sempre vinculada a ideologia, também os chamados possibilistas trabalham uma ciência de classe. Defendem-se, até mesmo por decoro profissional, de misturar-se à tropilha dos geopolíticos”. (Sodré, 1986, p. 54).

Em seguida, elogia a obra dos possibilistas, sobre a dominação

burguesa, destacando que o caráter humano e cultural não pode ser ignorado.

Mas logo adiante, retoma a crítica à Geopolítica, dizendo que os conteúdos de

Geografia poderiam ser incorporados às disciplinas de História e Ciências, por

exemplo.

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Entretanto, Lacoste (2005), veio em defesa da Geopolítica, criticando a

Geografia ensinada nas universidades pelos geógrafos franceses, de caráter

científico e mostrando-se desinteressada dos problemas sociais. Chama a

atenção dos geógrafos universitários franceses, que utilizavam esse tipo de

Geografia a qual não mais interessava aos alunos, pois a consideravam

“simplória e enfadonha”. Também considerava que isso seria, com certeza,

uma das causas do fracasso escolar.

Para reforçar as idéias de Lacoste sobre a importância da ação,

utilizamos palavras de Santos (2004), que também defende a importância da

ação nas aulas de Geografia e, para esse fim, utiliza como exemplo palavras

de Werlen (1993) que declara: “Sendo a Geografia social uma ciência baseada

na ação, não é o “espaço” a principal unidade de análise, mas a “ação” e o

“ato”“.

Em seguida, declara que: “a Geografia é uma ciência da ação, de uma

ação subjetiva que deve ser destacada numa pesquisa geográfica, onde deve

ser considerada a dimensão espacial, mas ela não é a causa dos eventos, nem

da ação”.

Aos autores que sugeriram a extinção da disciplina de Geografia, por

exemplo, Sodré (1986), Lacoste (2005) responde declarando que, para tornar

as aulas de Geografia mais interessantes, o retorno à Geopolítica, com

destaque para as lutas de classe, seria necessário: “É importante hoje, mais do

que nunca, estar atento a esta função política e militar da Geografia, que é sua

desde o início”. (Lacoste, 2005, p. 30).

Andrade (1987), também defende a Geopolítica da ação, quando afirma:

“Todas as ciências foram utilizadas pelos nazistas para justificar a sua ação, e da mesma forma que existe uma Geopolítica dos governos ditatoriais, das classes dominantes, para justificar a expansão das fronteiras dos grandes estados e a dominação interna, existe também uma Geopolítica dos povos para fazerem a libertação nacional, no plano externo, e a libertação interna”. (...) “A expressão Geopolítica já deixou de ser usada apenas pelos militares e políticos conservadores, passando também a ser usada pelos geógrafos em ensaios sobre a ocupação da Amazônia e do Centro-Oeste, assim como sobre o processo de desequilíbrio regional em relação ao Nordeste e, até certo ponto, ao Sul do país”. (Andrade, 1987, p. 127 e 130)

Lacoste (2005), preocupado com a baixa receptividade da Geografia,

diante dos alunos universitários franceses, coloca que há necessidade de

debater os problemas sociais, em sala de aula, como por exemplo, as lutas de

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classe, as manobras dos governantes para controlar a população, a

dramatização, os conflitos, para chamar a atenção dos alunos e tornar as aulas

mais interessantes. A esse respeito afirma que:

“Não há Geografia sem drama, como não há História sem drama”. (...) “O drama, etimologicamente, é primeiro a ação, é em seguida o relato de uma sucessão de ações, de forma a interessar, a comover os expectadores no teatro; e por que não os alunos numa sala?” (Lacoste, 2005, p.253).

Andrade (1987), ao referir-se à responsabilidade social da Geografia,

assunto considerado da maior importância, e ao considerá-la:

“Como ciência social, humana, a Geografia tem a responsabilidade

de analisar a própria sociedade, as relações que influem no tipo de

espaço produzido e explicar a razão de ser da ação da sociedade

sobre esse espaço”. (Andrade, 1987 p. 66).

Após essas considerações, acreditamos que a “motivação nas aulas de

Geografia” pode ser alcançada, se as nossas aulas mostrarem a inquietação

com a busca de soluções para os problemas sociais, não só com a teoria, mas

com a ação, levando os alunos a participarem dos debates que envolvem

temas reais da nossa sociedade, sem medo de lutar contra as injustiças,

defendendo sempre os anseios dos oprimidos e buscando a justiça social, com

igualdade de direitos para todos, sem discriminação nem preconceito, por

qualquer motivo, priorizando-se a formação de uma sociedade igualitária onde

todos sejam considerados cidadãos, independente de sua condição social ou

econômica, tenham os seus direitos respeitados e possam buscar seu espaço,

sendo o estudo ainda o melhor caminho para compreender as relações sociais

e classistas existentes, a luta entre o capital e o trabalho, a união das

categorias em seus respectivos sindicatos, para saberem se posicionar de

modo a interferir na realidade social, em busca de sua transformação, através

da dialética e da ação. Concordamos ainda com Lacoste (1976) e com Andrade

(1987), que afirmam ser o estudo da Geografia um ato político, uma disciplina

que continua sendo forte e útil, não só para os militares e governantes, mas

para todos os cidadãos.

Acrescentamos também a esta reflexão, uma citação de Lacoste (1976),

sobre a importância do saber, considerando que o saber pode levar ao poder:

“Hoje, mais do que nunca, o saber é uma forma de poder, e tudo o

que diz respeito à análise espacial deve ser considerado perigoso,

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pois a Geografia serve, primeiro, para fazer a guerra”. (Lacoste, 1976

p.169).

De conformidade a essas considerações, remetemo-nos ao início desse

trabalho quando surgiu o interesse e a preocupação por tal assunto.

Logo após o final do ano letivo de 2006, quando tivemos acesso aos

gráficos produzidos pelo Colégio Estadual Princesa Izabel, onde constava o

resultado do Conselho de Classe Final, constatamos que a disciplina de

Geografia foi a que mais contribuiu para elevar os índices de reprovação entre

os alunos. E, entre os aprovados pelo Conselho de Classe, na disciplina de

Geografia também foi o maior índice.

Baseados nesses índices, começamos a discutir com os colegas da área

para tentarmos entender e descobrir as causas dos resultados negativos em

relação à disciplina de Geografia, pois ficou claro que, mesmo os professores

trabalhando os conteúdos e utilizando formas e estratégias diferenciadas, não

conseguiam atingir os objetivos propostos, os resultados não eram

satisfatórios, a reprovação atingia limites acima do esperado. Frente a essa

situação pensamos numa forma de se chegar a possíveis soluções. Para tanto,

elaboramos algumas questões que se segue:

Será que o desempenho dos alunos nas aulas de Geografia, o gosto

pela disciplina e a motivação proposta pelos professores, estariam realmente

aquém das expectativas? Se os conteúdos de Geografia eram abordados de

forma adequada, por que o índice de reprovação, nesta disciplina, era tão

elevado? O que estaria levando a tal resultado? Que causas estariam

interferindo no insucesso dos alunos? Será que a concorrência da mídia, dos

programas de TV, Internet e jogos eletrônicos, entre outros, estariam sendo

mais atrativos? Os recursos tecnológicos, atualmente disponíveis na escola,

estariam sendo utilizados de forma adequada? Será que a nossa postura não

estaria condizente com o que hoje se espera de um professor? Que inovações

deveriam utilizar para motivar mais os alunos e levá-los a ter um maior

interesse pela disciplina de Geografia, melhorando assim a aprendizagem?

Após estes questionamentos, buscamos encontrar soluções para cada uma

delas.

RESULTADOS E DISCUÇÕES DOS DADOS

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Diante dessas interrogações, passamos a refletir sobre a maneira mais

adequada de interferir nessa realidade. Antes, porém, a fim de verificar a

eficiência da Escola Pública do Estado do Paraná, mais especificamente do

Colégio Estadual Princesa Izabel de Três Barras do Paraná, realizamos uma

pesquisa entre alunos e professores, uma vez que as respostas encontradas

para as questões propostas, além de contribuir para amenizar os fatos,

geradores de nossa inquietação enquanto professores de Geografia, poderiam

servir de referência a outros profissionais e estudiosos da área.

Para os alunos, a pesquisa foi aplicado em 100% dos alunos das 1.ª

séries “A” e “B” do período matutino do Curso de Formação de Docentes, com

um total de 48 alunos, representando 3% de todos os alunos do Colégio. A fim

de termos uma avaliação mais aprofundada, preparamos um questionário com

cinco questões, cujos resultados poderiam servir de base para os

encaminhamentos necessários. Dessa forma, entramos em contato direto com

os estudantes, onde foram feitas as perguntas que seguem:

Que tipo de atividade você considera mais importante para sua

aprendizagem, nas aulas de Geografia? Qual a parte das aulas de Geografia

que você considera mais interessante? O que você considera mais importante

para ser avaliado pelo professor? Como você gostaria que fosse o seu

professor? Que atitudes você reprova nos professores? Sendo que os

resultados estão representados nos respectivos gráficos:

Em levantamento sobre a atividade considerada mais importante para a

aprendizagem, nas aulas de Geografia, obteve-se o seguinte resultado: a) 20%

preferiram as aulas com tecnologia: vídeos educativos, retro projetor e

pesquisas na Internet; b) 45% sugeriram trabalhos em grupo para debater

problemas sociais e apresentar soluções; c) 15% indicaram pesquisas

individuais sobre tudo o que acontece no mundo atual; d) 12% escolheram ler,

analisar e responder perguntas sobre o texto estudado; e) 8% preferiram

trabalhos com mapas, gráficos e pinturas;

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Pergunta 01

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

a b c d e

Figura 01: Atividades consideradas mais importantes para a aprendizagem. Org. Paludo/2008.

Sobre a maneira do professor ministrar as aulas, os alunos fizeram as

seguintes considerações: a) 75% preferem as explicações do professor para

entender melhor o conteúdo; b) 7% apontaram o resumo das atividades, no

quadro de giz, para os alunos copiarem; c) 10% indicaram questões, no quadro

de giz, para interpretação do texto em estudo; d) 3% sugeriram que o professor

ditasse a matéria para manter os alunos ocupados e em silêncio; e) 5%

preferiram que o professor fosse extrovertido, que ensina através de

brincadeiras.

Pergunta 02

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

a b c d e

Figura 02: A maneira do professor ministrar as aulas. Org. Paludo/2008.

Quanto ao conteúdo, o que deve ser mais considerado pelo professor,

nas avaliações, as colocações foram as seguintes: a) 25% indicaram o

comportamento, a educação e o respeito aos colegas e professores; b) 40%

sugeriram a participação dos alunos nas aulas, fazendo todas as atividades; c)

13% responderam que seriam as avaliações com questões individuais; d) 5%

preferiram valorizar a letra bonita e o capricho na realização das tarefas

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escolares; e) 17% solicitaram que fosse considerada toda a atividade do aluno,

dentro ou fora da sala de aula.

Pergunta 03

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

a b c d e

Figura 03: Conteúdo a ser avaliado pelo professor. Org. Paludo/2008.

Quanto ao comportamento do professor em sala de aula as respostas foram

as seguintes: a) 60% preferem um professor amigo, que explica bem e ajuda

nas atividades; b) 15% indicaram um professor moderno, atualizado e que

utiliza a tecnologia disponível na escola; c) 5% disseram que o professor deve

ser sério, seguro de si e enérgico com os indisciplinados; d) 8% afirmaram que

deve ser democrático, que deixa os alunos à vontade para fazer o que

preferem; e) 12% indicaram um professor responsável, que cobra as atividades

propostas, mas que é justo nas avaliações.

Pergunta 04

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

a b c d e

Figura 04: Comportamento do professor em sala de aula. Org. Paludo/2008.

Sobre as atitudes mais reprovadas nos professores as respostas foram bem

objetivas. a) 55% detestam quando o professor chega mal humorado, chama a

atenção dos alunos e se irrita com facilidade; b) 17% não gostam quando o

professor sai com freqüência da sala de aula, deixa os alunos sozinhos e

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quando volta não aceita comentários; c) 15% reprovam quando não explica

bem o conteúdo e se ofende ao ser questionado pelos alunos; d) 8% reprovam

quando é negativo, fala mal de tudo, mas não aponta soluções; e) 5% detestam

quando deixa a sala virar uma bagunça e não toma providências.

Pergunta 05

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

a b c d e

Figura 05: Atitudes reprovadas nos professores, pelos alunos. Org. Paludo/2008.

ENTREVISTA COM OS PROFESSORES

Para situar melhor a prática docente na disciplina de Geografia, no Colégio

Estadual Princesa Izabel, Ensino Fundamental Médio e Normal de Três Barras

do Paraná, e no GTR (Grupo de Trabalho em Rede) do Programa PDE do

Governo do Paraná, a fim de se obter mais informações, realizamos uma

pesquisa, com cinco questões elaboradas, na busca de respostas que nos

auxiliassem a entender melhor a realidade presente e poder responder as

indagações colocadas no início deste projeto, onde se constatou a prática

realizada pela maioria dos professores no desenvolvimento de suas atividades

docentes, buscando comparar com as sugestões dos alunos, para melhor

explicitar a prática em sala de aula. Essa entrevista foi realizada no segundo

semestre de 2007, com dez professores, sendo quatro do Colégio Estadual

Princesa Izabel e seis do Grupo de Trabalho em Rede – GTR, ligado ao

Programa de Desenvolvimento da Educação – PDE, do Governo do Paraná.

Os resultados foram registrados nos gráficos a seguir, representados nas

figuras de 06 a 10:

Perguntado aos professores quais as técnicas mais utilizadas para dar aula,

de acordo com a realidade do seu local de trabalho, as respostas foram as

seguintes: a) 65% afirmaram que o livro didático, mesmo não sendo o mais

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adequado, é o mais utilizado para ministrar os conteúdos propostos no

planejamento; b) 10% indicaram a tecnologia disponível: TV Pen Drive, som,

vídeo, retro projetor e outros; c) 8% apontaram trabalhos com mapas,

desenhos e gráficos; d) 5% indicaram jornais, revistas e textos tirados da

Internet; e) 12% preferem estudos com debates de assuntos da realidade local

ou de temas sociais variados.

Pergunta 01

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

a b c d e

Figura 06: Técnicas mais utilizadas pelos professores. Org. Paludo/2008.

Quanto a atitudes e postura do professor diante da classe, o que deveria

ser considerado mais importante para se obter bons resultados? a) 30%

responderam que o educador deveria se preocupar com a aprendizagem e

também com a formação do cidadão do futuro; b) 20% disseram que o

professor deve utilizar a tecnologia disponível na escola; c) 25% afirmaram que

deve ser enérgico e cobrar atitudes de educação e respeito dos seus alunos; d)

10% afirmaram que o professor deve ser mais liberal e deixar os alunos à

vontade para fazerem o que gostam, sem se estressar com os indisciplinados;

e) 15% responderam que o professor deveria incentivar os mais fracos com

elogios freqüentes e valorizar cada atividade realizada.

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Pergunta 02

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

a b c d e

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Pergunta 02

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

a b c d e

Figura 07: Atitudes e postura do professor diante da classe. Org. Paludo/2008.

Em relação ao livro didático, o que seria imprescindível para se ter uma

boa aula. a) 50% afirmaram que seria a leitura e explicação do texto, para tirar

dúvidas e fazer uma síntese do que foi estudado. b) 32% preferem dar aulas

expositivas, com explicações do tema proposto e resumos no quadro de giz,

seguido de questionário para os alunos demonstrarem o que aprenderam; c)

8% sugerem solicitar aos alunos a leitura e apresentação da síntese do texto

lido; d) 5% ainda sugerem passar o texto no quadro para os alunos copiarem;

e) 5% acham que ditar os conteúdos é uma forma ideal para que todos

participem e prestem atenção na aula, conforme se pode verificar na figura 08.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

a b c d e

Pergunta 03

Figura 08: Com o livro didático, o que seria imprescindível para se ter uma boa aula.Org.Paludo/2008.

Referente às estratégias propostas para despertar o interesse dos

alunos: a) 55% indicaram diversificar as atividades para atrair mais a atenção

de todos; b) 20% sugerem utilizar mais a tecnologia disponível; c) 7% apontam

pesquisar e trazer novidades sobre o mundo atual; d) 8% afirmam que debater

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textos que se referem à realidade local é uma boa sugestão; e) 10% sugerem

preparar bem as aulas para facilitar o trabalho e manter os alunos ocupados,

como se pode observar na figura 09.

Pergunta 04

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

a b c d e

Figura 09: Estratégias para despertar o interesse dos alunos Org. Paludo/2008.

Para as estratégias que o professor mais utiliza para avaliar os alunos.

a) 35% apontaram a observação e registro de todas as atividades realizadas;

b) 20% indicaram provas e testes para registrar a aprendizagem; c) 8%

disseram que o professor deve avaliar a educação, o respeito, o esforço

pessoal e a postura de cidadão; d) 12% afirmaram que deveria propor

trabalhos a serem realizados com valores pré-determinados; e) 25% optaram

por registrar o progresso alcançado na aprendizagem, dentro ou fora da sala

de aula.

Pergunta 05

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

a b c d e

Figura 10: Estratégias que o professor mais utiliza para avaliação.

Org. Paludo/2008.

INDICADORES DE DESEMPENHO ESCOLAR

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Mesmo durante a realização deste trabalho já se pode verificar os

resultados positivos, no Colégio Estadual Princesa Izabel – Ensino

Fundamental, Médio e Normal de Três Barras do Paraná o qual sediou este

trabalho. O que está implícito nos dados de Desempenho Escolar do Sistema

Estadual de Registro Escolar - SERE/ABC, da Secretaria de Estado da

Educação – SEED/PR.

Ensino Fundamental

Ano

Taxa de Aprovação

(%)

Taxa de Reprovação

(%)

Taxa de Abandono

(%)

2005 78,90 % 6,70 % 14,40 %

2006 78,50 % 5,20 % 16,30 %

2007 90,20 % 1,00 % 8,80 %

Figura 11

Fonte: SERE/ABC/2008

Analisando a série temporal de três anos, em diferentes níveis de

ensino, verificou-se que em 2006 ocorreu o maior índice de abandono. Por

outro lado, o ano letivo de 2007 teve o menor índice de reprovação.

Ensino Médio

Ano

Taxa de Aprovação

(%)

Taxa de Reprovação

(%)

Taxa de Abandono (%)

2005 76,90 % 4,00 % 19,10 %

2006 81,60 % 2,80 % 15,60 %

2007 84,60 % 1,20 % 14,20 %

Figura 12

Fonte: SERE/ABC/2008

Quanto ao Ensino Médio, em relação a 2005 e 2006, o ano letivo de

2007 foi favorável, pois diminuiu os índices de reprovação e abandono.

Ensino Normal

15

Indicador

Indicador

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Ano

Taxa de Aprovação (%) Taxa de Reprovação(%)

Taxa de Abandono (%)

200520062007 98 % 0 % 2 %

Figura 13Fonte: SERE/ABC/2008

Em relação ao Ensino Normal, mesmo não tendo dados para

comparação de anos anteriores, os resultados foram altamente significativos,

pois não houve reprovação e apenas 2% abandonaram.

Além de maior desempenho, conforme comprovação nos gráficos

apresentados, percebeu-se nos alunos mais ação, iniciativa e criatividade. Os

educandos passaram a ter mais facilidade em realizar trabalhos em grupo, uma

vez que a pesquisa e a socialização permitiram uma melhor à compreensão de

conceitos. Além disso, ficou evidente nas apresentações orais e escritas, a

utilização de linguagens mais elaboradas.

De conformidade com as diversas literaturas pesquisadas para a realização

deste trabalho, bem como, sugestões de professores e alunos envolvidos no

processo, registramos algumas recomendações de atividades a serem

realizadas:

Realizar atividades extraclasse. É importante levar os alunos, sempre

que possível, para verificar “in loco”, os temas estudados. No colégio

pesquisado, alunos foram levados a visitar a Usina de Salto Caxias, para

verificar como a energia é produzida e observar os impactos ambientais

causados pela construção da barragem. O resultado foi satisfatório;

Propor atividades práticas. Produzir maquetes e mapas a fim de melhor

compreender os temas estudados em sala-de-aula;

Evitar o estresse. Professor estressado transmite uma carga negativa

para os seus alunos. Para fugir do estresse, uma sugestão é dada pela

Revista Nova Escola: “remédios para o professor e a educação”. (abril/

2008, 211 ed.p. 39 a 45);

16

Indicador

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Preparar bem as aulas. Uma aula bem preparada é meio caminho para

o sucesso do professor na sala de aula;

Apresentar-se aos alunos sempre de bom humor. Alunos amam

professores bem humorados, que transformam a sala de aula num

ambiente agradável;

Negociar regras de convivência. Em turmas indisciplinadas, o professor

deve estabelecer limites e negociar regras de convivência. Com isso,

aumenta a responsabilidade, melhora a disciplina e o respeito entre os

alunos;

Utilizar a tecnologia disponível. A tecnologia atrai mais a atenção e o

interesse dos alunos;

Manter-se atualizado. Alunos sabem de tudo o que acontece em sua

comunidade e até no mundo atual e, se o professor não estiver bem

informado, pode sentir-se constrangido diante da classe;

Ser coerente e justo nas avaliações. Se prometer algo para cativar os

menos interessados, deve sempre cumprir o que prometeu. Isso atrai a

confiança e melhora o desempenho dos alunos;

Dar uma nova oportunidade. Aos alunos que não atingiram os objetivos

propostos, dar sempre uma nova oportunidade de recuperação. Isso

serve de incentivo e, na maioria das vezes, a resposta é positiva;

Descobrir novos talentos. Muitos alunos possuem dons que

desconhecemos e, se não dermos a eles a oportunidade de mostrá-los,

nunca saberemos do que são capazes. Muitas vezes, alunos menos

interessados nos conteúdos escolares, são os que mais se destacam

em atividades esportivas, jogos, danças, música e outros. O professor

que incentiva o aluno a realizar seus sonhos terá sempre o seu

reconhecimento.

Presença do professor. De modo geral, os alunos são atraídos pela

mídia, jogos eletrônicos, novas tecnologias, comunicação pela Internet e

outros, porém, na sala de aula, a presença do professor continua sendo

essencial no processo educativo. Conforme afirmação de Izabel Parolin

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(Nova Escola, maio/2007, p. 20): “Não há remédio que substitua um

bom professor”.

CONCLUSÃO

Após a pesquisa realizada com alunos e professores, o resultado foi

colocado à disposição dos envolvidos no processo. A partir de então, houve

uma concordância geral quanto à necessidade de mudanças na forma de

ensinar, priorizando-se as sugestões obtidas. As aulas foram motivadas com

mais debates sobre a realidade social, “visitas” a locais para estudos,

confecção de maquetes e mapas, entre outros, permitindo-se, dessa forma,

maior integração dos alunos no contexto social em que a escola está inserida.

A Geografia, antes considerada como uma matéria sem muita

importância, passou então a ter um referencial diferenciado. E assim, com as

inovações desejadas e testadas na prática, acreditamos ter superado as

expectativas, pois além de enriquecer os conteúdos curriculares, o projeto

modificou comportamentos e atitudes dos alunos, os quais passaram a ir à

busca do conhecimento com mais entusiasmo, cooperação, respeito mútuo e

interesse, tornando-se cidadãos motivados e atuantes.

Através da interação pedagógica, desenvolveu-se a autonomia e a riqueza

nas situações da fala, leitura e escrita: para fluir, informar, obter conhecimentos

lingüísticos e emitir opiniões próprias. Os trabalhos executados permitiram a

possibilidade constante de aprender uns com os outros, ou seja, professores e

alunos aprendendo juntos.

Tudo isso foi socializado na escola onde, em concordância entre Direção,

Equipe Pedagógica e Professores envolvidos no processo, percebeu-se a

necessidade de uma prática constante, pois um trabalho dessa natureza, além

de motivar os alunos, aponta para um universo de ações bastante amplo a fim

de se obter melhores resultados nas aulas e conseqüentemente melhorar os

índices de evasão e repetência na escola.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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