A mediunidade é um instrumento valioso no despertamento...

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1 A mediunidade é um instrumento valioso no despertamento dos valores do Espírito, de modo a toda a sociedade humana participar do banquete espiritual que Jesus está ofertando à humanidade. Filosofia da Mediunidade vol. 4 João Nunes Maia - Miramez

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A mediunidade é um instrumento valioso

no despertamento dos valores do Espírito,

de modo a toda a sociedade humana

participar do banquete espiritual que

Jesus está ofertando à humanidade.

Filosofia da Mediunidade vol. 4 João Nunes Maia - Miramez

AULA Nr. 6 SEMATOLOGIA E TIPTOLOGIA

Capítulo 11: Itens 139 a 145 ***

ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPÍRITA 3º ANO – ESTUDO MEDIÚNICO

PNEUMATOGRAFIA e PNEUMATOFONIA Capítulo 12: Itens 146 a 151

SIGNIFICADOS:

• Sematologia [do grego sema, semato = sinal + logos = discurso]

Termo criado por Benjamin Humphrey Smart e mencionado em seu livro "Outline of

Sematology" de 1831, para designar a "doutrina dos símbolos como expressão do

pensamento ou do raciocínio; a ciência de indicar o pensamento por símbolos“.

Seguindo-se essa definição bastante ampla, enquadram-se como classes de

sematologia, entre outras, a linguagem de sinais e a mímica.

• Tiptologia é a forma de comunicação obtida pela sucessão de pancadas ou batidas

curtas feitas em algum material rígido, usualmente madeira, produzindo ruídos.

Trata-se, pois, de uma forma de Sematologia.

Foi o meio utilizado nas primeiras comunicações entre o espíritos desencarnados e

os encarnados), no episódio protagonizado pelas Irmãs Fox em Hydesville, nos

EUA, em março de 1848. Nesse episódio registrou-se a utilização da forma mais

simples de tiptologia, ou seja, uma combinação, entre as duas partes comunicantes,

em que certa quantidade de pancadas significaria "Sim" e outra quantidade, "Não".

Aula 6 - Parte 1: Sematologia e Tiptologia (1/6)

1) COMO FORAM OBTIDAS AS PRIMEIRAS

MANIFESTAÇÕES INTELIGENTES?

Elas foram obtidas por meio de pancadas ou tiptologia.

Esse meio primitivo, que ressentia das condições iniciais da

arte, oferecia recursos limitados.

As comunicações por este meio reduziam-se às respostas

monossilábicas por sim ou por não, através de um número

convencionado de golpes.

Os golpes são produzidos por médiuns especiais, com certa

aptidão para as manifestações físicas.

Aula 6 - Parte 1: Sematologia e Tiptologia (2/6)

2) EM QUE CONSISTE A TIPTOLOGIA BASCULANTE?

A 1ª que se poderia chamar de tiptologia basculante, consiste no movimento da mesa que se eleva de um lado e cai batendo um pé, bastando que o médium pouse suas mãos na borda da mesa.

Convencionando-se um golpe para “Sim” e dois para “Não”, o que é

indiferente, dirigem-se as perguntas ao Espírito.

Inconvenientes estavam nas respostas breves e a dificuldade de formular a pergunta que permitisse respostas diferentes de “Sim” ou “Não”.

Notava-se que as vezes, o Espírito costumava praticar uma espécie de mímica, atuando com certa energia na afirmação ou negação pela força do golpe.

Aula 6 - Parte 1: Sematologia e Tiptologia (3/6)

3) EM QUE CONSISTE A TIPTOLOGIA ALFABÉTICA?

A tiptologia não demorou a se aperfeiçoar e enriquecer com uma

forma de comunicação mais completa: a “Tiptologia Alfabética”, que

consiste em fazer indicar as letras por meio de pancadas. Foi

possível obter palavras e mesmo discursos inteiros.

Segundo o método adotado, a mesa bate as pancadas relativas a

cada letra, ou seja, uma para A, duas para B e assim por diante,

enquanto alguém vai registrando as letras convencionadas.

Esse procedimento é muito demorado e demanda longo tempo para

as comunicações de maior extensão. A prática levou à descoberta

de meios mais rápidos.

Aula 6 - Parte 1: Sematologia e Tiptologia (4/6)

4) OS ESPÍRITOS QUE SE COMUNICAM COM PANCADAS,

SÃO TODOS ESPÍRITOS BATEDORES?

Aula 6 - Parte 1: Sematologia e Tiptologia (5/6)

• Primeira Ordem: Espíritos Puros

• Segunda Ordem: Espíritos Bons

• Terceira Ordem: Espíritos Imperfeitos

L.E. P.106. 6ª classe da 3ª Ordem: ESPÍRITOS BATEDORES E PERTURBADORES.

Estes Espíritos, propriamente falando, não formam uma classe distinta pelas

suas qualidades pessoais. Podem caber em todas as classes da terceira

ordem. Manifestam geralmente sua presença por efeitos sensíveis e físicos,

como pancadas, movimento e deslocamento anormal de corpos sólidos,

agitação do ar, etc.

Estão, mais do que outros, presos à matéria. Parecem ser os agentes

principais das vicissitudes dos elementos do globo, quer atuem sobre o ar, a

água, o fogo, os corpos duros, quer nas entranhas da terra.

4) OS ESPÍRITOS QUE SE COMUNICAM COM PANCADAS,

SÃO TODOS ESPÍRITOS BATEDORES? (Cont.)

Resta-nos desfazer um erro muito comum, que consiste em confundir todos

os Espíritos que se comunicam por pancadas com os Espíritos batedores.

A tiptologia é um meio de comunicação como qualquer outro, não sendo

mais indigno dos Espíritos elevados que a escrita e a palavra. Todos os

Espíritos, bons ou maus, podem servir-se dele como dos demais.

Por este meio se obtém as comunicações mais sublimes e não são mais

usados porque já se aprendeu muito sobre estes fenômenos, não havendo

mais nada a acrescentar às nossas convicções.

Os Espíritos batedores profissionais se divertem por atormentar uma família

ou contrariá-la com suas importunações. Eles também servem aos espíritos

superiores quando querem produzir efeitos materiais.

Aula 6 - Parte 1: Sematologia e Tiptologia (6/6)

PNEUMATOGRAFIA OU ESCRITA DIRETA – PNEUMATOFONIA

Capítulo 12: Items 146 a 151

ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPÍRITA 3º ANO – ESTUDO MEDIÚNICO

AULA Nr. 6 - Parte 2

SIGNIFICADOS:

• Pneumatografia (do grego pneuma = sopro ou espírito + graphein = escrever)

É o termo cunhado por Allan Kardec para denominar um tipo de fenomeno

mediúnico em que um espírito se comunicaria por via escrita sem o auxílio de

um médium psicógrafo. É, por isso, também chamada de escrita direta.

• Apesar de prescindir da "mão" de um médium, a pneumatografia, como todos

os tipos de fenômenos mediúnicos, necessitaria, segundo a doutrina espírita,

da presença de um médium. Nesse caso, tratar-se-ia de um médium de efeitos

físicos, aquele capaz de doar fluido animalizado ou ectoplasma para que o

espírito fosse capaz de realizar sua intervenção na realidade física.

• Pneumatofonia (do grego pneuma = sopro ou espírito + phono = voz)

É a voz direta dos espíritos, sem o auxílio da voz do médium.

Aula 6 - Parte 2: Pneumatografia e Pneumatofonia (1/6)

1) O QUE É PNEUMATOGRAFIA?

A pneumatografia é a escrita produzida diretamente pelo Espírito, sem nenhum intermediário. Difere da psicografia que é a transmissão do pensamento do Espírito pela mão do médium.

O fenômeno da escrita direta é indiscutivelmente um dos mais extraordinários do Espiritismo. Por mais estranho que pareça à primeira vista, é um fato averiguado e incontestável.

Se a teoria é necessária para compreender a possibilidade dos fenômenos espíritas em geral, mais ainda se torna neste caso, um dos mais chocantes já apresentados, mas deixa de parecer sobrenatural quando entendemos o princípio em que se funda.

Aula 6 - Parte 2: Pneumatografia e Pneumatofonia (2/6)

2) QUAL FOI O SENTIMENTO DOMINANTE APÓS A PRIMEIRA

MANIFESTAÇÃO DO FENÔMENO?

Na primeira manifestação deste fenômeno, o sentimento dominante foi de desconfiança, a idéia de trapaça ocorreu logo. Porque todos conhecem as tintas chamadas simpáticas, cujos traços aparecem algum tempo depois da escrita.

Era possível o abuso da credulidade, alguma pessoa com interesse mercenário, poderia impor a crença nos seus poderes. Mas por poder imitar um fenômeno não quer dizer que ele não exista.

Embora existam dúvidas, as precauções para assegurar a realidade do fato são muito simples e fáceis. Graças a elas, hoje não se pode ter a menor dúvida a respeito.

Aula 6 - Parte 2: Pneumatografia e Pneumatofonia (3/6)

3) NA ANTIGUIDADE JÁ SE PRODUZIAM OS EFEITOS?

A possibilidade de escrever sem intermediário é um atributo dos

Espíritos, que sempre existiram e em todos os tempos produziram

diversos fenômenos que conhecemos. Devem ter produzido a escrita

direta na Antiguidade tão bem como hoje.

Talvez pudéssemos encontrar na teoria das modificações que os

Espíritos produzem na matéria, o princípio da crença medieval na

transmutação dos metais.

Alguns estudiosos publicaram obras muito interessantes sobre o

assunto, como o Barão de Guldenstubble em Paris.

Com estes estudos e a verificação de outras pessoas que se cercavam

de todas as precauções necessárias, evitaram-se trapaças ou enganos.

Aula 6 - Parte 2: Pneumatografia e Pneumatofonia (4/6)

4) EM QUE CONDIÇÕES É OBTIDA A ESCRITA DIRETA?

O LOCAL ONDE ACONTECE É PRIMORDIAL?

A escrita direta é obtida, como a maioria das manifestações

espíritas não espontâneas, pelo recolhimento, a prece e a

evocação. Muitas vezes obtidas nas igrejas, sobre túmulos, junto a

estátuas e imagens de personagens evocadas.

Estes locais somente influem por favorecer a concentração, pois

está provado que é obtida igualmente nos lugares mais comuns,

desde que esteja nas condições morais exigidas.

Achava-se que era necessária a presença de lápis e papel, mas foi

confirmado que bastava apenas o papel, o Espírito pode pegar

objetos a distância, ou até compor o material da escrita.

Aula 6 - Parte 2: Pneumatografia e Pneumatofonia (5/6)

5) DO QUE SE SERVE O ESPÍRITO PARA

PRODUZIR O FENÔMENO?

O Espírito não se serve de substância e instrumentos nossos.

Ele mesmo os produz, tirando os materiais do elemento primitivo

universal, que através de sua vontade, realiza os efeitos desejados.

Tanto pôde ser observada a escrita com a grafita do lápis vermelho,

a tinta de impressão tipográfica ou a tinta comum de escrever,

como a do lápis preto e até mesmo caracteres tipográficos

suficientemente duros para deixarem no papel o rebaixo da

impressão.

Aula 6 - Parte 2: Pneumatografia e Pneumatofonia (6/6)

6 – O Argumento Reunião pública de 22/01/1960 Questão nº 29

Ante os amados que te não compreendem, estimarias que todos cressem conforme crês.

Alguns jazem desesperados nas trevas do pessimismo.

Outros caem, pouco a pouco, no abismo da negação.

Há muitos que te lançam insulto em rosto, como se a tua convicção fosse passo à loucura.

E surpreendes, em cada canto, aqueles que te falam pelo diapasão da ironia.

Mergulhas-te, muitas vezes, no oceano revolto das palavras veementes que os opositores, de imediato, não podem admitir;

( = dispositivo para afinar instrumentos e vozes).

Em outras ocasiões, desejas acontecimentos inusitados, que lhes alterem o modo de pensar e de ser.

Entretanto, recordemos o Cristo.

Ninguém, quanto ele, deixou na retaguarda tantas demonstrações de poder celeste.

• Deu nova estrutura à forma dos elementos.

• Apaziguou as energias desvairadas da Natureza.

• Reaqueceu corpos que a morte imobilizava.

• Restituiu a visão aos cegos.

• Restaurou paralíticos.

• Limpou feridentos.

• Curou alienados mentais.

• Operou maravilhas, somente atribuíveis à ciência divina.

Contudo, não foi pelos deslumbramentos produzidos que

se converteu em mentor excelso da Humanidade.

Jesus agiganta-se, na esteira dos séculos, pela força do

exemplo.

• Anjo: caminhou entre os homens;

• Senhor do mundo: não reteve uma pedra para repousar a cabeça;

• Sábio: foi simples;

• Grande: alinhou-se entre os pequenos;

• Juiz dos juízes: espalhou a misericórdia;

• Caluniado: lançou bênçãos;

• Traído: não reclamou;

• Acusado: humilhou a si mesmo;

• Ferido: esqueceu toda ofensa;

• Injuriado: silenciou;

• Crucificado: pediu perdão para os próprios verdugos;

• Abandonado: voltou para auxiliar.

***

Ação é voz que fala à razão.

Se aspiras, assim, a convencer os que te rodeiam, quanto à

verdade, ...não olvides que, acima de todos os fenômenos

passageiros e discutíveis,

...o único argumento edificante de que dispões é

...o de tua própria conduta, no livro da própria vida.

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