A magia na antropologia de malinowski No irei fazer uma resenha do texto que li do autor, mas vou expor algumas coisas bem interessantes que o Malinowski ressalta em sua teoria. Pois bem, a primeira coisa que tenho a dizer que para ele a

A magia no exterior, encontrada na atmosfera ou seja l onde for, ela contida dentro do feitio, ou seja, no ato, no gesto, na frmula e no rito, so atravs desses elementos que a magia emana e mostra seu poder. Podemos assim dizer que o mago no um manipulador de energias csmicas e sobrenaturais, mas um manipulador de palavras, que expressam magicamente um desejo seja do seu corao, seja do corao de outra pessoa.Outro ponto que achei bem interessante a ideia a magia ligada a tradio, toda a magia importante estaria ligada a uma histria, uma experincia fundamental; seu uso e s seria eficaz com uma transmisso absolutamente inalterada e imaculada, o estudo e a dedicao so fundamentais para sua manuteno, o que nos leva a encarar o mago como grande sbio. Um terceiro ponto que acredito ser bastante interessante a ideia de que magia exclusivamente humana na personificao e contedo, no derivando-se da natureza, mas manipulando-a e criando aquilo que esta incapaz de fazer nas palavras do prprio autor: A fora da magia no , portanto, uma fora universal omnipresente, que surge onde quer ou quando solicitada. A magia o prprio poder especfico, um fora nica na sua espcie, exclusivamente patente no homem, liberta s atravs da sua arte mgica, brotando com sua voz, veiculada pela criao do rito. (MALINOWSKI,1984, p.79) O corpo humano um receptculo da magia que obedece a uma srie de condies, tabus que guiam e cultivam o mago para sua atividade de conjurador, sendo assim pode-se afirmar que a magia no manipulada por fora, mas ela no fim das contas manipulada por dentro, pois est dentro do prprio mago. Enfim, a magia estaria assim longe do sobrenatural e do natural, ela no a causa ou o combustvel da propriedade de todas as coisas, antes ela a concretude energtica da vontade e

emoo do mago atravs do feitio e do tiro. A magia a manipulao do exterior pela foratrabalhada, estudada e vivida a cada momento pela tradio- do mago.

As trs fazes do mtodo 1- Mtodo de documentao estatstica por prova concrecta 2- Tipo de comportamentos (imponderabilidade da vida actual) 3- Busca da mentalidade do nativo e dos seus modos de pensar e sentir O essencial do Kula

uma forma de troca de bens inter-tribal entre populaes de vrias ilhas a norte e este da nova Guin. Os bens trocados no so de primeira necessidade, so decorativos, suprfluos. Trocas so realizadas em circuito fechado. Circulam nesse circuito 2 tipos de bens (vaygua) Os soulava = colares de conchas vermelhas que rodam no sentido dos ponteiros do relgio Os mwaya = braceletes de conchas brancas que rodam no sentido oposto aos ponteiros do relgio. E nunca voltam em direco oposta Estes elementos esto sempre a girar de ilha para ilha ficando na posse dos nativos entre um a 2 anos nunca mais. Os valores do kula no pertencem a ningum, no tm valor absoluto. Movimentos regidos por regras ancestrais adicionais acompanhados de ritos e magia Existem parceiros fixos e vitalcios para o kula que se comportam como amigos dando segurana uns aos outros quando esto em terras estranhas. As jias no tm valor monetrio nem podem ser vendidas

As regras das trocas que acontecem no Kula foram por Malinowski assistidos e analisados como relaes sociais das quais emergem o poder, os mitos, os aspectos econmicos, etc. Malinowski elege o Kula como um fenmeno social porque observa que tal instituio do universo selvagem constri um mundo repleto de significados, assim demonstra o conjunto de regras do Kula a partir das trocas do Soulava e do Mwali (braceletes brancos e colares vermelhos) e transcreve as palavras dos nativos: uma vez no Kula, sempre no Kula (IDEM: 85). O antroplogo observa que a cerimnia de troca nativa representa relaes que iro fazer permutar uma grande variedade de bens considerveis indispensveis entre os povos tribais das Ilhas do Pacfico. Muitas atividades interligadas a instituio do Kula como construo de canoas, as cerimnias fnebres e os tabus preparatrios foram descritas por Malinowski, mas a importncia dada ao Kula por Malinowski no era a mesma conhecida pelos nativos: A imagem do todo no existe em sua mente (IBDEM: 87). Os nativos de Sinaketa que iro receber braceletes brancos do Norte e pass-los para as pessoas da ilha do sul, tambm iro presentear pessoas do norte com colares vermelhos formando uma regra precisa de relao de troca para o resto da vida. Dessas relaes as pokatas (oferendas) e os kaributu (presentes de solicitao) sero tambm trocados. Na

cerimnia do Kula, o materialismo histrico duramente criticado por Malinowski, pois os Trobiandeses demonstram, durante a prtica do Kula, que o ser humano busca mais do que vantagens puramente utilitrias (MALINOWSKI: 1922). Assim, sem dar margens s crticas pela importncia que atribua ao ritual do Kula, Malinowski comprara a inutilidade dos objetos trocados pelos nativos de Trobiands com a inutilidade de alguns objetos que a coroa inglesa mantm no castelo de Windsor, declarando que os Vaygua (os bens do Kula) so objetos valorizados pelos seus aspectos histricos (MALINOWSKI: 1922) e so, portanto, capazes de serem identificados como algo alm de objetos inteis.

[editar] Aspectos do mundo reprodutivoMalinowski foi o primeiro antroplogo de campo a observar a representao fisiolgica da reproduo na representao de uma sociedade tradicional. A nfase atribuda por ele a um aspecto considerado subjetivo na pesquisa de campo o aproximou da lgica e da importncia da fertilidade num sistema social diferenciado. Malinowski captou as conversas nativas sobre o poder da reproduo humana, desempenhado pelo corpo feminino juntamente com o mundo espiritual (o Baloma), em detrimento do conhecimento da paternidade fisiolgica dos nativos. Em Magia, Cincia e Religio (1948), Malinowski argumenta outros fatos que distanciam o smen masculino da produo de um filho, como as histrias sobre as mulheres feias assexuadas que tiveram muitos filhos. Anteriormente, Malinowski j havia inciado essa observao ao mundo reprodutivo quando esteve nas ilhas Mailu, em 1914, no ensaio "crena e costume sobre procriao e gravidez" . Os nativos da praia, segundo Malinowski, acreditam que o Baloma espiritual entra na vagina feminina aps um banho de mar e deixa a mulher grvida e que as meninas que ainda no menstruam (solteiras) tomam banho de mar e no engravidam porque no h passagem para o Baloma entrar (1914:1948:128). Os espritos procriativos percebidos por Malinowski serviram de guia para pesquisas posteriores que desejavam conhecer a representao que os povos nativos fazem do mundo reprodutivo. No mesmo sentido Vtor Turner em sua obra "O processo ritual" entendeu que os Ndembos da frica Central acreditam que so os ancestrais mortos os responsveis pela fertilidade das mulheres descendentes da mesma linhagem.

[editar] Experimentando em campo as idias da psicanlise acerca da sexualidadeEm Sexo e Represso na Sociedade Selvagem (1927), Malinowski experimenta, observando a sexualidade entre os povos Trobriandeses, algumas das concluses psicanalistas sobre a formao de complexos no desenvolvimento da vida humana. Segundo Freud, a represso ao mundo sexual fator determinante para a formao de complexos, teoria que Malinowski confirma como vlida aps perceber que em Trobriands os complexos so bem reduzidos, pois no h quebra no livre desenvolvimento da sexualidade. A passagem do mundo infantil para o mundo adulto (nos termos da sexualidade) acontece de maneira menos gradativa que nas sociedades ocidentais.

Malinowski tambm verifica em campo a teoria Freudiana sobre a relao profunda que h entre o curso da sexualidade infantil e a ocorrncia de perverses na vida mais tarde e conclui que a ausncia da quebra no livre desenvolvimento da sexualidade (a falta da represso sexual) em Trobriands o motivo para a presena da demasiada homossexualidade no local. No entanto, a teoria da psicanlise confrontada por Malinowski quando Sigmund Freud se afasta da noo de formao de complexo como preocupao da Psicologia, para tentar adentrar no campo da Antropologia, simulando uma explicao para o aparecimento da cultura. A represso sexualidade ou as regras sociais que inibem o livre desenvolvimento da sexualidade era tida por Freud, segundo Malinowski, como a causa do aparecimento da cultura, em detrimento dos acervos que de fato simbolizam a cultura: a linguagem, a organizao familiar, as posses materiais e as instituies religiosas. O crime primevo, da teoria Darwiniana, que aparece significando o salto da natureza para cultura na obra de Freud foi o estopim para a crtica de Malinowski Psicanlise, que declara impraticvel pensar esse salto importante na histria da humanidade atravs da observao laboratorial a vivncia numa horda de antropides (1927). Outra crtica que Malinowski dirige psicanlise diz respeito a formao da famlia universal no complexo de dipo, pois h em Trobriands ausncia de represso entre alguns relacionamentos previstos como conflitantes, segundo a teoria de Freud. Em sociedades moldados por arranjos familiares diferenciados como Trobriands, a organizao da famlia descaracteriza o perfil do pai como repressor, pois o irmo da me a pessoa que detem autoridade, o principal provedor da horda do menino e da me do menino. O tio materno a figura a quem o menino recorre quando tem algum problema no ambiente patrilocal, e sendo Trobriands uma organizao de famlias matrilineares, o menino nunca se sente to a vontade na casa do pai quanto se sente na casa do tio. O tio materno guarda para o sobrinho os objetos adquiridos ao longo da vida, da mesma forma que o sobrinho se esfora para orgulhar primeiramente o irmo da me. Malinowski afirma que a figura de autoridade para o filho ou filha em Trobriands o irmo da me (1927: 64), pois se o irmo da me que trabalha em favor da horda do sobrinho para com ele que o menino deve manter respeito e temor. O menino de Trobriands encara o pai como um companheiro legal, sem autoridade, o pai apenas um companheiro com quem divide o lar. Os arranjos do complexo de dipo freudiano certamente no se encaixam na organizao familiar trobriandesa, da mesma maneira, os arranjos econmicos no interior da famlia Trobriandesa no so os mesmos verificados na organizao social que Freud focava em sua anlise. Parte do esquecimento da cultura crtica que Malinowski atribui teoria de Freud, pois teria Freud analisado apenas a famlia patrilinear ariana, originada da cultura romana. Nesse sentido, Malinowski afirma: "Pois 'a famlia' no a mesma em todas as sociedades humanas. Sua natureza muda em grande medida com o grau de desenvolvimento e a classe de civilizao de um povo e tambm no idntica em diferentes etapas de uma mesma sociedade, de acordo com o que se pensa ainda hoje na antropologia popular."[2] Entretanto, a viso de Malinowski como um antagonista da psicanlise incompatvel com as prprias palavras desse autor:

"A psicanlise tem criado o fundamento correto para a psicologia dos primitivos, pois tem ressaltado que o interesse dos primitivos concentra-se em si mesmos como tambm nas pessoas do seu entorno e que ele de natureza libidinal, o que at agora estava envolvido em falsas concepes sobre o interesse no-afetivo dos homens pela natureza e pelas suas especulaes filosficas sobre o Ser-ai e o Destino."[3]

[editar] O surgimento da culturaA proibio do incesto, segundo Malinowski, seria o alicerce da natureza para a cultura (1927), um pensamento antropolgico que tem seu mrito atribudo equivocadamente ao antroplogo belga Claude Lvi-Strauss. Bronislaw Malinowski mostra atravs da obra Sexo e Represso na Sociedade Selvagem ter sido o pioneiro no entendimento do ato universal de evitar a me e em concluir que tal proibio fez resultar o aparecimento da cultura. Apesar de criticar aos evolucionistas, em especial Morgan, foi de uma idia evolucionista -a primeira horda matrilinear- que fez Malinowski obter tal concluso. O horror do incesto com a me no ser humano antigo e significa, segundo Malinowski, a primeira idia de pertencimento a um ambiente social e da obedincia normas sociais. A proibio do incesto diz respeito a um arranjo matrimonial, uma iniciativa de organizao social que nos diferenciam dos animais irracionais. A proposta de Darwin que traz o parricdio como o divisor entre a natureza e a cultura no pode, nas palavras de Malinowski, ser levada em considerao, pois a cultura faz parte de um processo gradual, ela no apareceu de uma hora para outra (1927). Todavia, Malinowski considera as teorias da psicanlise fundamentais para a anlise de uma sociedade, aproximando a cincia da mente humana com a cincia do comportamento humano. Na antropologia contempornea, Malinowski continua sendo importante para pesquisadores e estudantes que desejam realizar Etnografia, principalmente quando a pesquisa referente a povos tradicionais. No houve at agora o surgimento de uma metodologia de pesquisa mais segura que a Etnografia, desenvolvida por ele. A observao descritiva coberta de funcionalidade que desenvolveu durante os trabalhos etnogrficos na Melansia enriqueceu a produo cientfica do mundo todo e continua a eriquecer as produes academicas atuais.

[editar] Obras

The Family Amoong the Australian Aborigenes (1913) Crenas e costumes nativos sobre procriao e gravidez (1914) Os Argonautas do Pacfico Ocidental (Argonauts of the Western Pacific, 1922) The Scientific Theory of Culture (1922) Crime e Costume na Sociedade Selvagem (Crime and custom in Savage Society, 1926) Sex and repression in Savage Society (1927) The Sexual Life of Savages in North-Western Melanesia (1929)

Coral Gardens and Their Magic: A Study of the Methods of Tilling the Soil and of Agricultural Rites in the Trobriand Islands (1935) Magia, Cincia e Religio (Magic, Science, and Religion, 1948) The Dynamics of Culture Change (1961)

[editar] Bibliografia

Durham, Eunice Ribeiro. Bronislaw Malinowski: antropologia. So Paulo: Atica, 1986. Frazer, J.G. The Golden Bough. A Study in Comparative Religion (em ingls). New York: Macmillan, 1890. (Vrias edies entre 1890 dois volumes e 1935 doze volumes) Malinowski, B.. A Diary in the Strict Sense of the Word (em ingls). New York: Harcourt, Brace & World, 1967. Malinowski, B.. A Scientific Theory of Culture and Others Essays (em ingls). Chapel Hill, N. Carolina: The University of North Carolina Press, 1944. Malinowski, B. Argonauts of the Western Pacific. An Account of Native Enterprise and Adventure in the Archipelagoes of Melanesian New Guinea (em ingls). London: Routledge, 2005. (Com um prefcio por Sir James George Frazer) Malinowski, B.. Coral gardens and their magic (em ingls). London: Allen & Unwin, 1935. Malinowski, B.. Crime and custom in savage society (em ingls). New York: Harcourt, Brace & Co., 1926. Malinowski, B. Magic, Science and Religion and Other Essays (em ingls). Glencoe, Illinois: The Free Press, 1948. Malinowski, B. Mutterrechtliche Familie und dipus-Komplex. Eine psychoanalytische Studie (em alemo). Leipzig,: Internationaler Psychoanalytischer Verlag, 1924. Malinowski, B.. Myth in primitive psychology (em ingls). London: Norton, 1926. Malinowski, B. (1924). "Psycho-Analysis and Anthropology" (em ingls). Psyche: A Quarterly Review of Psychology 4 (4): 293332. Malinowski, B.. Sex and Repression in Savage Society (em ingls). London: Kegan Paul, Trench, Trubner & Co., 1927. Malinowski, B.. In: P.M. Kaberry. The Dynamics of Culture Change: An Inquiry Into Race Relations in Africa (em ingls). New Haven: Yale University Press, 1946.

Malinowski, B. The Early Writings (em ingls). Cambridge: Cambridge University Press, 1993. Malinowski, B. The Family among the Australian Aborigines: a Sociological Study (em ingls). London: University of London Press, 1913. Malinowski, B.. The Sexual Life of Savages in North-Western Melanesia. An Ethnographic Account of Courtship, Marriage, and Family Life Among the Natives of the Trobriand Islands, British New Guinea (em ingls). London: [s.n.], 1929. Tylor, Edward B. Primitive Culture: Researches into the Development of Mythology, Philosophy, Religion, Art, and Custom (em ingls). London: John Murray, 1871.

No existem povos, por mais primitivos que sejam, sem religio nem magia. Assim como no existem, diga-se de passagem, quaisquer raas selvagens que no possuam atitude cientfica ou cincia, embora esta falha lhes seja frequentemente imputada. Em todas as sociedades primitivas, estudadas por observadores competentes e de confiana, foram detectados dois domnios perfeitamente distintos, o Sagrado e o Profano; por outras palavras, o domnio da Magia e da Religio e o da Cincia.

Na guerra, os nativos sabem que a fora, a coragem e a agilidade desempenham um papel decisivo. No entanto, tambm neste campo praticam a magia, a fim de dominarem os elementos do acaso e da sorte.

Quando passamos para a nutrio, a primeira coisa que salta vista que, para o homem primitivo, a alimentao constitui um ato rodeado de etiqueta, de prescries e proibies especiais e de uma tenso emocional geral, de uma forma que nos desconhecida. Para alm da magia dos alimentos, destinada a faz-los render ou a evitar a sua escassez em geral e no estamos a nos referir aqui a todas as inmeras formas de magia associadas obteno dos alimentos tambm notvel o seu papel em cerimnias de carter nitidamente religioso, Ofertas de primeiros frutos, de natureza demarcadamente ritual, cerimnias de colheitas, grandes festas sazonais em que se acumulam, exibem e, de uma forma ou de outra, sagram as colheitas, tudo isso tem um papel preponderante para a comunidade agrcola. De igual modo, os caadores ou os pescadores comemoram uma boa caada ou pescaria, ou a abertura da poca atravs de festas e cerimnias em que a comida entregue segundo um ritual e os animais sacrificados ou adorados. Todos esses atos exprimem a alegria da comunidade, o seu sentido do enorme valor do alimento, e atravs deles a religio consagra a atitude reverente do homem em relao ao seu sustento dirio.

Mesmo entre os povos mais primitivos, a atitude para com a morte infinitamente mais complexa e, poderia acrescentar, mais semelhante nossa, do que normalmente se supe. Com freqncia os antroplogos referem que a sensao dominante dos vivos de horror ao cadver e de receio do fantasma.

MALINOWSKI, Bronislaw. Magia, Cincia e Religio. Introduo Robert Redfield. Sem indicao de tradutor. Disponvel em: http://www.4shared.com/get/yBfBmLf/Bronislaw_Malinowski__Magia_C.html;jsessionid=E5D88096952972FB8F7965E8EB805B7B.dc214 Sobre Malinowski clique http://pt.wikipedia.org/wiki/Bronis%C5%82aw_MalinowskiPOSTADO POR JAMES EMANUEL DE ALBUQ UERQUE S 01:50

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em funo do que o presente tem de mais elevado e de mais digno que tendes o direito de julgar o passado, explorando ao mximo as vossas nobres qualidades que haveis de adivinhar aquilo que no passado merece ser observado o que grande. S possvel julgar entre iguais. Do contrrio, o passado ser rebaixado at o vosso nvel. Acreditai apenas na histria que provm dos crebros mais raros, e haveis de descobrir a qualidade de esprito do historiador quando ele for obrigado a formular uma verdade geral ou repetir uma verdade conhecida. O historiador autntico deve ter fora para transformar numa verdade nova o que conhecido de todos, e para exprimir com tanta simplicidade e profundidade, que a profundidade faa esquecer a simplicidade, e a simplicidade faa esquecer a profundidade. No se pode ser, simultaneamente, um grande historiador e um idiota.

NIETZSCHE, F. Consideraes Intempestivas. Traduo de Lemos de Azevedo. Lisboa: Presena, 1976.

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uma nova sntese intelectual um ato construtivo. (CASSIRER, Ernst. Antropologia Filosfica. Traduo de Vicente Felix de Queiroz. So Paulo: Editora Mestre Jou, 1972)

REFLEXESFranz Boas Em O que penso do mundo e dos homens.

Com efeito, toda a minha concepo da vida social determinada pela pergunta: como podemos reconhecer as algemas que sobre ns colocou a tradio? Porque, se as reconhecemos, tambm podemos quebr-las. No podemos esperar que todos, independentemente executem essa tarefa. Considero dever daqueles que se dedicam ao estudo dos problemas sociais adquirir mais clareza em relao a essas questes e fazer com que atravs de sua influncia intelectual essas cadeias em que a tradio nos prende sejam gradualmente quebradas.

BOAS, F. O que penso do mundo e dos homens. In. FADIMAN, Clifton. (Introduo e notas biogrficas). O que penso do mundo e dos homens. Traduo de Snia Barros Sawaya e Paulo Sawaya. So Paulo: Editora Universitria, 1945.

REFLEXESC. G. Jung Em

Memrias, Sonhos, Reflexes. Em ltima anlise, s me parecem dignos de serem narrados os acontecimentos da minha vida atravs dos quais o mundo eterno irrompeu no mundo efmero.

JUNG, C. G. Memrias, Sonhos, Reflexes. Compilao e Prefcio de Aniela Jaff. Traduo de Dora Ferreira da Silva. 12. Ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.

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