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A lenda de Dido Nome da Escola: G.R.E.S.E. Polinômios da Vila Cores oficiais: Azul e Branco Símbolo: Gráfico Presidente e Carnavalesco: Beto Limberger Número de setores: 04 Número de alegorias: 04 Número de alas: 14

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A lenda de Dido

Nome da Escola: G.R.E.S.E. Polinômios da Vila

Cores oficiais: Azul e Branco

Símbolo: Gráfico

Presidente e Carnavalesco: Beto Limberger

Número de setores: 04

Número de alegorias: 04

Número de alas: 14

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O épico Eneida foi encomendado pelo Imperador

Augusto, para contar a ancestralidade dos romanos.

O poeta Virgílio então decidiu narrar, em formato

de epopeia, a saga de Enéias na fundação de Roma.

Entre os diversos “cânticos” da obra, há um que

narra a fundação da cidade de Cartago, pela

princesa fenícia Dido. O episódio da delimitação das terras para a construção da

cidade apresenta a solução para um clássico problema matemático, o problema

isoperimétrico, que consiste, de maneira bastante simplificada, obter a maior

área possível que pode ser cercada com uma corda de mesmo perímetro.

Por ser a primeira personagem da literatura a apresentar uma solução para este

problema, a Polinômios da Vila irá narrar em seu enredo toda a saga de Dido, a

Rainha de Cartago.

No reino fenício de Tiro, dormia inquieta a princesa Dido,

que ainda não havia compreendido a morte do marido

Siqueu. Ela havia dedicado a ele todo o amor que Afrodite

poderia inspirar a uma mulher. E foi então que, em sonho,

ele apareceu para revelar à esposa a trágica circunstância

de sua morte.

Após a morte do pai, Pigmalião, irmão de Dido, assumiu o Reino de Tiro, mas

considerava que para ser um bom governante, precisava de muito ouro. Assim,

planejou um encontro com Siqueu, que possuía um grande tesouro, e ao chegar,

sem que ele tivesse qualquer chance de reação, cravou-lhe um punhal nas costas.

Entretanto, apesar de matar Siqueu, Pigmalião não conseguiu encontrar o local

onde ele escondia seu tesouro.

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Ainda no sonho, Siqueu revelou o esconderijo de seu tesouro e pediu que Dido

partisse o quanto antes do Reino de Tiro, já que Pigmalião estaria planejando

também sua morte.

A princesa acordou assustada e iniciou o cuidadoso planejamento de sua fuga.

Muitos súditos estavam insatisfeitos com Pigmalião, e decidiram partir com

Dido. Ela falou ao irmão que viajaria pelo mundo e então enviaria os presentes

recebidos para Tiro. O irmão concordou e ofereceu a ela uma pequena frota de

navios e alguns servos. Dido então carregou os navios com os sacos de ouro de

Siqueu, mas pediu aos súditos que carregassem também sacos cheios de areia.

Assim que os navios deixaram o porto de

Tiro, Dido ordenou que os sacos de areia

fossem atirados ao mar e mandou avisar seu

irmão que estava oferecendo o tesouro do

falecido marido como uma oferenda aos

deuses, não levantando suspeitas sobre a fuga.

Entretanto, logo as notícias se espalharam por

Tiro e outros sacerdotes e nobres decidiram

também partir do reino e acompanhar a princesa em sua nova empreitada.

Antes de alçar viagem mais longa, Dido e todos que a acompanhavam fizeram

uma escala na Ilha de Chipre para adquirir mantimentos para a viagem. Tão logo

desembarcaram, foram recebidos pelo sacerdote do templo de Zeus, que relatou

ter sido avisado em sonho da chegada da frota. Alguns ‘vagabundos’ da ilha, dada

a falta de perspectivas melhores, decidiram se juntar aos seguidores da princesa.

Com o aumento do secto, Dido ordenou o rapto de oitenta virgens do templo de

Afrodite, para serem desposadas pelos nobres tírios que a acompanhavam na

viagem.

Após breve período na Ilha de Chipre, os fugitivos voltam a navegar, desta vez em

viagem mais longa, atravessando o Mar Mediterrâneo, até aportarem na costa

africana. Dido então procurou os nativos em busca do representante. Encontrou

então com o Rei Jarbas, e iniciou a negociação para aquisição das terras onde

poderia fundar uma cidade. Dido ofereceu uma boa quantia em dinheiro e pediu

em troca apenas a quantidade de terra que pudesse cercar com o couro de um

boi, Rei Jarbas achou que estava fazendo um grande negócio, concordou.

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A princesa então levou o couro

para os seus, e chegando, chamou

um deles e com seu punhal lhe

cortou um fio de cabelo,

ordenando que eles cortassem o

couro em tiras tão finas quanto

aquele fio. Ela pediu ainda que as

finas tiras fossem emendadas

umas às outras, formando uma

extensa corda. Finalizado esse

processo, eles levaram uma

extremidade até o mar, e Dido então ordenou que eles fizessem um grande

semicírculo com a corda até que a outra extremidade também chegasse ao mar,

muito distante dali. Assim, empiricamente, Dido resolveu um dos mais clássicos

problemas da matemática, o problema isoperimétrico, que consiste em delimitar

a maior área possível com um perímetro (comprimento) dado. O Rei Jarbas ficou

impressionado com os talentos da princesa e então lhe pediu para em casamento,

no entanto ela recusou e começou as construções do que seria sua nova cidade,

Cartago (do fenício Qart-Haddasht, que significa Nova Terra). Assim, Dido já

não era mais a princesa de Tiro, se tornando a Rainha de Cartago.

A cidade já estava em funcionamento e Dido reinava construindo cada vez mais

edificações para seu povo. Foi então que a frota de Enéias, que enfrentava fortes

tempestades no Mar Mediterrâneo, por piedade dos deuses, desembarcou em

Cartago. Dido, como boa rainha acolheu bem aos forasteiros e ofereceu-lhes um

banquete. A deusa Afrodite era a protetora de Enéias, e achou por bem que ele e

Dido se apaixonassem, entretanto a rainha havia feito juramento ao antigo

marido e desde então havia recusado todos os convites de casamento. Foi então

que Afrodite enviou seu filho Eros para que cravasse sua flecha envenenada de

amor no peito da rainha, e ele assim o fez.

Dido havia caído de amores por Enéias, e não mais escondia de ninguém essa

paixão. Porém, um dia ele recebeu a visita de Hermes, que o lembrou que sua

missão era fundar sua própria cidade e não ajudar a construir uma cidade para os

outros. Como Enéias não queria contrariar os deuses começou a preparar sua

partida, pois sabia que se ali ficasse uma grande tragédia haveria de se abater

sobre ele e sua amada. Ele inicia a preparação de sua partida, e Dido ao ver que

não haveria de conseguir dissuadi-lo, em pleno desespero, resolve então tirar a

própria vida, mandou construir uma pira na parte mais alta de sua fortaleza,

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mas para não levantar suspeitas, contou que na verdade se tratava de um feitiço,

ensinado por uma feiticeira de Hécate, que lhe pedira para incinerar todos os

pertences de seu amado, como única forma de libertação do amor que sentia.

Todos acreditaram que a Rainha estava disposta a

esquecer o forasteiro que em breve se despediria da

cidade e auxiliaram na construção da pira e na coleta

dos artefatos, incluindo uma espada que Enéias havia

lhe dado. Assim que a frota do amado lançou-se ao mar,

Dido correu até a pira, acendeu o fogo, e ao sentir as

primeiras chamas tocando seus pés, cravou a espada de

Enéias em seu peito. No porto do antigo Reino de Tiro,

ainda ouve-se o canto dos pescadores “Ela-eee- saa, Ela-

eee-saa” enquanto eles jogam as redes. Não se sabe se é

por coincidência, ou se é saudade da antiga princesa (Dido também é conhecida

por Elisa) que deixou sua terra natal para nunca mais voltar.

A fuga de Tiro

Para representar este setor, que detalha como a princesa

Dido fugiu de Tiro, utilizaremos referências de arte fenícia,

com muito dourado, em referência ao tesouro de Siqueu.

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Comissão de Frente

A grande revelação

A comissão de frente da escola apresenta a grande

revelação de Siqueu para Dido. Serão 15

integrantes, representando: Siqueu, Pigmalião,

Dido e Afrodite (12 pessoas).

As 12 Afrodites formam o elemento coreográfico

da apresentação, representando o amor que Dido

possuía por Siqueu. As Afrodites da comissão de

frente desenvolvem sua coreografia sobre conchas

douradas motorizadas e peitos desnudos, cobertos

apenas pelos cabelos. Os desenhos coreográficos

acompanham a letra do samba enredo. Em três

momentos a coreografia para e elas assistem ao

que é representado no elemento cenográfico. O

primeiro momento de pausa é o sono de Dido,

quando o escaravelho se abre e podemos ver a

princesa dormindo. Um efeito de fumaça tira a

visão dos espectadores e surge em cena Siqueu,

que é surpreendido por Pigmalião, que lhe crava

um punhal nas costas. Novamente temos um efeito

de fumaça, e tão logo ele cessa temos a visão de

Dido coberta por joias douradas pertencentes ao

tesouro de Pigmalião. O escaravelho então se

fecha novamente e as Afrodites, após

cumprimentar os jurados seguem o desenho

coreográfico pela avenida.

Elemento Cênico

O escaravelho de jaspe verde

A arte fenícia estava diretamente relacionada à

arte egípcia e um dos mais conhecidos elementos

de sua cultura era o escaravelho de jaspe verde.

Assim, o elemento cênico da comissão de frente é

uma grande escultura dourada, bastante

semelhante a figura ao lado. A parte verde central

se abre, mostrando os trechos da história

apresentados pela comissão de frente.

Ala 1 – Baianas

O tesouro escondido

A ala das baianas da escola vem com uma fantasia

predominantemente dourada, representando o

tesouro escondido de Siqueu. As fantasias

apresentam ainda elementos na renda das saias

azulados (em composição com o mar do abre-alas)

e esverdeados (em composição com a jaspe do

escaravelho da comissão de frente). O pano de

costas traz recorte do padrão de estampa da vela

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dos barcos do abre-alas. Na cabeça, uma máscara

semelhante a esta apresentada ao lado, com

plumas verdes e azuis.

Alegoria 1: Abre-alas

A fuga de Tiro

O abre-alas da escola é acoplado e representa a

pequena frota de navios com os quais Dido fugiu

do Reino de Tiro. A base das duas alegorias é um

imenso mar com ondas, como o que ilustra a logo

do enredo. Evitando extrema horizontalidade, o

mar não é linear e os navios não se encontram no

mesmo plano.

A primeira parte do abre-alas traz o nome da

escola em neon azul, em um tom um pouco mais

leve do que o tom do mar. Nele há quatro

embarcações no estilo birremes (ou trirremes),

uma delas é maior, e tem como destaque central a

princesa Dido. Também desta embarcação maior,

os tripulantes, em determinado momento,

obedecendo as ordens da destaque principal,

jogam sacos no mar, representando a falsa oferta

aos deuses realizada por Dido para enganar o

irmão.

A segunda parte do abre-alas é continuidade da

primeira, com cinco embarcações de tamanhos

variados, mas todas no estilo birremes e trirremes.

As embarcações também não estão dispostas de

forma linear e possuem leves movimentos de

balanço no mar.

No Chipre, o secto aumenta

Este setor, que representa a passagem do secto pelo

Chipre, será apresentado com utilização de mosaicos,

em referência a elementos da arte grega que

influenciava a ilha na antiguidade. Ainda, os tons de

verde do primeiro setor, serão substituídos pelos tons

de vermelho, tendo em vista predomínio de elementos

em azul e vermelho nas artes pesquisadas.

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Ala 2

Nobres e sacerdotes se lançam ao mar

A ala representa os nobres e sacerdotes fenícios

que resolveram navegar para encontrar a princesa

Dido que havia fugido de Tiro.

A fantasia é em tons azuis, vermelhos e dourados,

com sobreposição de tecidos, semelhante ao

explicitado ao lado. Ainda, a fantasia conta com

punhos bastante volumosos de azul no tom do mar

do abre-alas com pequenas esculturas de navios,

aumentando a densidade no conjunto.

Ala 3

Em sonho, a chegada

A ala representa o sonho do sacerdote do templo

de Zeus, uma premonição da chegada da princesa

e seu secto. A fantasia tem elementos azuis e

vermelhos com sobreposição de tecidos. O

costeiro é formado por plumas de tonalidade

semelhante as da fantasia, formando uma espécie

de mar. Sobre este mar, uma reprodução de um

navio semelhante aos apresentados no abre-alas.

Ala 4

A Ilha de Chipre

A ala representa a parada de Dido e seus

seguidores na Ilha de Chipre para obtenção de

mantimentos. A fantasia é em azul e dourado, com

sobreposição de tecidos. Há galhos de oliveira no

costeiro e alguns frascos que remetem ao azeite

produzido na ilha, já na antiguidade.

Ala 5 - (coreografada)

Vagabundos aumentam o secto

A ala representa os vagabundos que se juntaram

ao secto da princesa Dido. A fantasia é bastante

simples, com uma saia com trabalhos de mosaicos

nas cores do setor, amarradas por cordas, como

ilustrado ao lado. Há também um acessório de

cabeça em tom semelhante ao da saia, como na

referência dada pela figura ao lado.

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A coreografia da ala busca mostrar os personagens

nela representados espalhados pela ilha, para que

em determinado momento todos se juntem e

passem a seguir juntos.

Alegoria 2

O rapto das virgens

A alegoria representa o episódio protagonizado

por Dido, no qual ela ordena o rapto de 80 virgens

sacerdotisas de Afrodite, para que possam casar

com os nobres que haviam fugido de Tiro.

A alegoria usa como referência parte do templo de

Cnossos (referência aos gregos, que ocupavam a

ilha), projetado em diagonal, como na figura ao

lado. Na parede, ao invés de afrescos, a presença

de um mosaico retratando Afrodite. Compõe ainda

a alegoria 80 estátuas de mulheres, alocadas em

alturas diferentes, que possuem como referência o

desenho apresentado ao lado.

A destaque central da alegoria representa Dido.

A fundação de Cartago

Este setor retrata a chegada de Dido e seu secto ao

norte do continente africano. Serão utilizados como

referência artística para as fantasias os padrões da

arte berbere, que eram as tribos que habitavam o

norte do continente africano na antiguidade. Os tons

vermelhos ganham destaque e contrastam com os

tons pretos, amarelos/laranjas e dourados.

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Ala 6

Rei Jarbas

A ala representa o Rei Jarbas, dono das terras onde

Dido e seu secto aportaram. A fantasia é

predominantemente laranja, como ilustrado ao

lado. Na cabeça um enorme turbante vermelho

com penduricalhos em formato de joias e algumas

plumas pretas alocadas de forma circular. O traje é

sobreposto por aplicações de padrões de arte

berbere.

1° Casal de Mestre-sala e Porta-

bandeira

A negociação entre a princesa e o Rei

O casal de mestre sala e porta bandeira representa

a negociação realizada entre a princesa Dido e o

Rei Jarbas para a aquisição das terras. A fantasia

do mestre sala é predominantemente preta, com

aplicações vermelhas, amarelas e laranjas nos

padrões de arte berbere. Na cabeça um grande

turbante enrolado, também preto, com aplicações

em vermelho. A porta bandeira utiliza uma roupa

predominantemente vermelha, também com

aplicações de arte berbere, na cabeça há uma coroa

lisa, que prende um tecido azul escuro (semelhante

a imagem ao lado). Ambos apresentam costeiros

com plumas coloridas de acordo com as cores de

destaque em suas fantasias.

Madrinha de bateria

O couro de boi

A madrinha de bateria da escola vem

minimamente vestida, com um couro de boi, preto

e ocre, como o apresentado ao lado, aplicado em

um pequeno biquíni, dando a impressão de que ele

apenas foi repuxado de forma a cobrir seus seios e

sua genitália. Na cabeça há uma reprodução de

uma carcaça de cabeça de boi com chifres.

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Ala 7 – Bateria

Em finas tiras

A bateria da escola representa as finas tiras do

couro de boi cortadas pelo secto a pedido da

princesa. Eles trazem uma peruca loira bastante

exagerada, com um fio espesso apontado para

cima, representando o episódio do fio arrancado

por Dido para definir a espessura das tiras. A

fantasia é bastante leve, inspirada em trajes

fenícios, entretanto com detalhes de arte berbere e

aplicações de tiras de couro de boi, criando

volume.

Ala 8 – Passistas

Isoperimétrico

As fantasias dos passistas representam o problema

isoperimétrico, solucionado empiricamente por

Dido. Ela é bastante tradicional, nos moldes da

fantasia ao lado (GRESV Mocidade – 2016) em

tons pretos, com aplicações de formas geométricas

semelhantes aos padrões de arte berbere. Cada

forma geométrica aplicada aos biquínis ou calças

possui uma espécie de cordão pendurado, todos de

mesmo tamanho, indicando o perímetro da figura

retratada. Assim, os passistas trazem em sua

fantasia também a solução do problema, já que a

figura que ocupará mais espaço nelas será

justamente o círculo.

Ala 9

A grande porção de terra

Esta ala representa a grande porção de terra

conseguida pela princesa Dido. Os tons são

predominantemente marrons, a base da fantasia é

um traje com elementos fenícios e botas, com uma

capa trabalhada com padrões berbere, e o costeiro

é formado por dois blocos azuis, que unem a capa,

que forma assim um semicírculo, representando a

solução encontrada por Dido para o problema.

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Alegoria 3

Rainha de Cartago

A alegoria representa a cidade que Dido fundou, e

quando deixou de ser chamada de princesa de

Tiro, passando a ser a Rainha de Cartago. Para

representação desta alegoria utilizaremos o que se

tem de reconstrução histórica do porto da cidade,

já que os fenícios eram conhecidos por serem

ótimos navegadores e dominavam a construção de

navios. A alegoria é composta por duas extensões

de docas compridas e com navios ancorados,

destaques de chão com fantasias azuis representam

as águas. Na parte central serão representadas as

docas centrais, em formato circular, com alguns

navios saindo delas. Nos navios os destaques são a

tripulação. Ainda, no alto destas docas há uma

torre de observação. O destaque central da

alegoria vem nesta torre de observação,

representando Dido, a Rainha de Cartago.

Amor de perdição

O último setor da escola retrata o amor de Dido

por Enéias e sua perdição. O setor será

predominantemente em tons amarelos buscando

inspiração na luz presente nas obras de William

Turner, pintor romântico que tem entre suas

principais obras o quadro “Dido erguendo

Cartago” (ao lado).

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Ala 10

A chegada de Enéias

A fantasia é uma releitura da representação

clássica de Enéias, apresentada ao lado e

simboliza a chegada do fundador de Roma a

Cartago. O elmo possui muitas plumas amareladas

e os tecidos da fantasia são lisos. Os tons de azul e

vermelho são pastéis, dando destaque para o

amarelo, que tem representação dourada nas

aplicações da saia.

Ala 11 – Ala das crianças

Eros e flecha do amor

Eros, o filho de Afrodite, usualmente é

representado como uma criança com asas. A ala

representa a influência dos deuses para despertar o

amor de Dido por Enéias. A fantasia é um

macacão de manga comprida e justo, em tom

marrom escuro, representando o tom de pele das

crianças da comunidade. Eles ainda possuem uma

túnica amarelada, grandes asas nas costas e uma

coroa de flores. Trazem em uma mão um arco e

em outra uma flecha que possui um coração no

lugar da lança.

2° Casal de Mestre-sala e Porta-

bandeira

O amor de Dido e Enéias

O segundo casal da escola apresenta uma fantasia

clássica, dourada com muitas aplicações de pedras

e plumas. A representação do amor entre Dido e

Enéias vem através de aplicações de pinturas

clássicas que retratam os momentos dos dois,

como a reproduzida ao lado. A pintura é

reproduzida através de uma rica moldura na saia

da porta-bandeira e também na capa do mestre-

sala.

Ala 12

Hermes, o mensageiro dos deuses

A ala representa Hermes, o mensageiro dos deuses

que visitou Enéias para lembrá-lo de que sua

missão era construir seu próprio império. A

fantasia apresenta elementos clássicos de Hermes,

como um elmo com duas grandes asas. Ainda, os

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componentes têm duas grandes asas nas sandálias,

aplicadas na altura dos tornozelos. O adereço de

mão é um caduceu clássico. A base da fantasia é

uma túnica amarela, com bordados e um costeiro

com aplicação de plumas e uma capa.

Ala 13

O feitiço de Hécate

A ala representa o falso feitiço, apresentado por

Dido, como pretexto para a própria morte. A

cabeça da fantasia é uma composição de rosas

com penas de faisão, similar ao que é apresentado

ao lado. A fantasia é composta por uma grande

túnica dourada bordada, com adereços de joias e

cordões. O costeiro da fantasia é formado por um

conjunto de oito tochas com aplicações em led

para simular o fogo.

Alegoria 4

A pira do adeus

A alegoria é composta por duas partes. A parte da

frente traz uma reprodução arquitetônica de

Cartago, com uma pira fechada no ponto mais

alto, de onde sai fumaça, representando o local no

Dido tirou a própria vida. Os destaques da parte

frontal representam a espada que Enéias deu de

presente para Dido.

A parte de trás da alegoria é o recorte de um Baco

que se funde aos elementos arquitetônicos da

primeira parte, mas tem a frente virada em sentido

oposto, ou seja, apontando para a entrada da

avenida. No barco os destaques ficam de costas

para o elemento central, o principal deles, Enéias,

de quando em quando se vira para a pira e lamenta

a morte da amada.

Ala 14 – Velha Guarda

O canto da saudade

A velha guarda da escola apresenta trajes

clássicos, com ternos nos tons de azul de nossa

bandeira. Nos chapéus e nos lenços há aplicações

de pequenos barcos e redes, simbolizando o canto

de saudade dos pescadores do porto do Reino de

Tiro.

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Abordagens do problema isoperimétrico – Roberto Limberger

O percurso de Dido, Rainha de Cartago, na literatura latina – Cristina Santos Pinheiro

Sites:

http://african-arabic-art-textile.over-blog.fr/article-17555537.html

http://phoenicia.org/elissardidobio.html

http://www.maicar.com/GML/Dido.html

https://paralaxia.wordpress.com/tag/dido-rainha-de-cartago/

http://www.mitologia.templodeapolo.net/mitos_ver.asp?Cod_mito=71&value=Dido,%20

a%20rainha%20de%20Cartago&mit=Mitologia%20Grega&prot=Afrodite&lnd=