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FACULDADE DE TECNOLOGIA
SENAI “NADIR DIAS DE FIGUEIREDO”
ADRIANO DOS ANJOS
FELIPPE DA PENHA CHELLA
A INFLUÊNCIA DA ENERGIA DE SOLDAGEM EM AÇOS DUPLEX E SUPERDUPLEX
OSASCO 2012
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ADRIANO DOS ANJOS
FELIPPE DA PENHA CHELLA
A INFLUÊNCIA DA ENERGIA DE SOLDAGEM EM AÇOS DUPLEX E SUPERDUPLEX
Projeto de Pesquisa apresentado a Faculdade de Tecnologia SENAI “Nadir Dias de Figueiredo”
Trabalho sob a orientação técnica do (a) Prof. Paulo Eduardo Alves Fernandes
e orientação metodológica do Prof. Roberto Sanches Cazado
OSASCO 2012
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RESUMO
Segundo definições (VITIELLO, 2009 e REICK, 1992), os aços inoxidáveis
duplex e superduplex têm sido cada vez mais empregados em setores industriais
como o petroquímico, energético, naval e plataformas on e offshore. A crescente
demanda por petróleo vem impulsionando a sua produção, acarretando a
necessidade de estruturas cada vez maiores e, consequentemente mais onerosas.
Para tanto, esta pesquisa tem por finalidade quantificar a energia de soldagem
empregada (através do processo eletrodo revestido).
Com isto será utilizada a metodologia de verificação quantitativa para determinar
a influência na ocorrência da fragilização por hidrogênio e na resistência mecânica e
à corrosão dos aços duplex e superduplex.
Como resultado espera-se tornar viável a união destes metais, tanto no
campo técnico quanto econômico a partir estudo de parâmetros de soldagem para
que essa fragilização seja amenizada.
Palavras-chave: Aços inoxidáveis duplex. Aços inoxidáveis superduplex. Processo
SMAW (Eletrodo Revestido). Fragilização por hidrogênio. Parâmetros de Soldagem.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA COM SÍNTESE DA
BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL ............................................................ 5
2. OBJETIVO GERAL ............................................................................. 7
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................... 7
3. PLANO DE TRABALHO E CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO .......... 8
4. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................... 9
5. FORMAS DE ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................. 10
REFERÊNCIAS ....................................................................................... 11
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1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA COM SÍNTESE DA BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL
Segundo definições (VITIELLO, 2009 e REICK, 1992), os aços inoxidáveis
duplex e superduplex têm sido cada vez mais empregados em setores industriais
como o petroquímico, energético, naval e plataformas on e offshore. A crescente
demanda por petróleo vem impulsionando a sua produção, acarretando a
necessidade de estruturas cada vez maiores e, consequentemente mais onerosas.
Apesar das dificuldades encontradas no processo de soldagem (fragilização
por hidrogênio e perda de resistência à corrosão, provocados pelo aquecimento
localizado), estes tipos de aços contêm características e propriedades que justificam
sua utilização. Além de serem recicláveis, estes materiais apresentam resistência
mecânica e à corrosão, que permitem a diminuição considerável de peso de suas
estruturas, fazendo com que se tenham vantagens não só na questão econômica,
como também, na de segurança.
Em termos de soldagem, os aços duplex apresentam boa soldabilidade,
enquanto que os superduplex apresentam soldabilidade intermediária. Apesar disso,
estes são considerados mais resistentes a mecanismos de corrosão localizada,
como corrosão sob tensão e por pite em ambientes contendo cloretos.
Deste modo, a minimização da fragilização (pelo hidrogênio) e do processo
corrosivo torna a soldagem viável para união destes metais, tanto na parte técnica
quanto econômica. Por isso, o estudo de parâmetros de soldagem justifica-se para
que essa fragilização seja amenizada. Entre os principais parâmetros, que serão
tratados ao longo da pesquisa, destacamos: Energia de soldagem (que envolve a
intensidade de corrente, tensão elétrica e velocidade de soldagem), velocidade de
resfriamento e temperatura (pré-aquecimento e interpasse).
A soldagem é o mais importante processo de união dos metais utilizado industrialmente. Este método de união, considerado em conjunto com a brasagem, tem importante aplicação desde a indústria microeletrônica até a fabricação de navios e outras estruturas com centenas ou milhares de toneladas de peso (MARQUES, 2005).
Hoje é usual a utilização da soldagem em revestimentos para obtenção de
resistência ao desgaste e/ou a corrosão, assim como a aplicação de técnicas como
a deposição para evitar alivio de tensões (“temper bead”), a utilização de vários
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arames em uma soldagem de alta produtividade e uso de chanfro do tipo “narrow
gap” em grandes espessuras (SILVA,1997).
Por isso, ter conhecimento da metalurgia de soldagem é muito importante.
Independente de qualquer material metálico pode-se controlá-lo nos quesitos
qualidade e durabilidade. Através deste procedimento é possivel diagnosticar falhas
ou dificuldades antes, durante e após o processo. (BRANDI,1997)
A Soldabilidade consiste na facilidade com a qual uma junta é fabricada de tal forma que atenda os requisitos de um projeto bem executado. De modo geral, envolve aquecimento, fusão, solidificação e resfriamento de um ou de diversos materiais, dependendo da aplicação do componente soldado. O desempenho da junta é determinado pelas transformações de fases (durante a fusão e solidificação) que ocorrem no aquecimento e no resfriamento. Juntamente com estes fatores, a energia de soldagem deve ser considerada um fator essencial no controle da soldagem. (BRANDI,1997)
Energia de soldagem (aporte térmico) é a energia introduzida ao metal de
base por unidade de comprimento do cordão de solda (BRANDI, 1997). Ou seja,
quando o arco é aberto tanto o metal de base quanto o metal de adição são fundidos
formando a cratera de solda (poça de fusão). Esta fusão é possível, pois a
quantidade de energia de soldagem (transferida por unidade de tempo) é suprida
pelo eletrodo (FUNDERBURK, 1999).
Os valores de energia de soldagem são relativos por unidade de comprimento
da solda. Isto é uma importante característica, assim como as temperaturas de pré e
pós-aquecimentos, que influenciam na velocidade de resfriamento, nas propriedades
mecânicas e na ZTA - Zona Termicamente Afetada - (FUNDERBURK, 1999).
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2. OBJETIVO GERAL
Esta pesquisa tem por finalidade quantificar a energia de soldagem empregada
por meio do processo SMAW – Eletrodo Revestido). Com isto verificar a influência
na ocorrência da fragilização por hidrogênio e na resistência mecânica e à corrosão
dos aços duplex e superduplex.
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Variar velocidade de soldagem, intensidade de corrente e tensão elétrica;
Realizar análise da microestrutura antes e depois da soldagem;
Submeter as amostras a ensaio de tração;
Aplicar ensaio de dureza;
Realizar ensaio de corrosão;
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3. PLANO DE TRABALHO E CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
Etapas da Iniciação
científica Fev Mar Abr Mai Jun
Pesquisa bibliográfica
Análise dos dados
Metodologia
Elaboração do trabalho
Revisão gramatical e
ortográfica
Revisão final
Defesa da monografia
Correção final
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4. MATERIAIS E MÉTODOS
Para a realização desta pesquisa utilizaremos o aço inoxidável duplex (UNS S
31803) e superduplex UNS S32750 (SAF 2507). Os metais de adição são eletrodos
revestidos (bitola 2,50mm), conforme norma AWS E2209 e E2594. A posição de
soldagem será plana (longitudinal).
As amostras serão seccionadas em Cut off Arotec Arocor 80 e, a realização
do polimento será em Arotec modelo Aropol E 50/620 RPM para verificação
posteriormente das microestruturas.
A análise química e metalográfica serão realizadas em espectrômetro GNR e
microscópio Óptico Olimpus, Modelo Akiovert 100 A-Zeiss Image pro-plus
respectivamente, antes e após o processo de soldagem. A análise do diagrama de
Schaeffler também será utilizada para a identificação da microestrutura. Além disso,
os corpos de prova serão submetidos a ensaio de dureza, utilizando o equipamento
HM Micro Vickers Mitutoyo.
O ensaio de corrosão (Salt Spray) será conforme norma ASTM B117 com 3,5%
de Na Cl para verificar o inicio da deterioração. Quanto aos valores do ensaio de
tração, estes serão obtidos a partir de uma tabela de dureza, ou seja, com base nos
valores de dureza encontrados, conseguiremos obter os valores de tração.
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5. FORMAS DE ANÁLISE DOS RESULTADOS
Para a obtenção destes resultados serão analisadas características dos aços
inoxidáveis duplex (UNS S31803) e superduplex UNS S32750 (SAF 2507)
submetidos a variações de energia de soldagem que será avaliada através de
ensaios práticos. Estes ensaios envolve a análise da microestrutura da ZTA (Zona
Termicamente Afetada), resistência à corrosão e tração e, dureza.
Para a verificação da microestrutura será utilizado microscópio óptico. Neste
será observado quais as fases predominantes da matriz metálica e composição
química antes e após a soldagem.
Depois da análise metalográfica realizaremos o ensaio de tração. As
amostras serão seccionadas na longitudinal e transversal com o objetivo de verificar
as propriedades mecânicas. O ensaio na transversal será aplicado para observar
qual seção o material irá romper e, qual a força necessária para verificação da falha.
Na sequencia será feito o ensaio de dureza. Este tem a finalidade de analisar
as diferenças entre metal base e de adição.
O ensaio de corrosão será o próximo a ser realizado. Com concentração
conforme norma ASTM B117 3,5% Na Cl a fim de verificar o inicio da deterioração.
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REFERÊNCIAS
BRANDI, Sergio Duarte. SENAI-SP. Coleção Tecnologia SENAI Soldagem. Cap. 2
Metalurgia da soldagem: Soldabilidade de alguns materiais. São Paulo ,1997
.553p.
FUNDERBURK, Scott. Welding Innovation. Key Concepts in Welding
Engineering. Cap. A Look at Heat Input. Vol. XVI, No.1999.
MARQUES, Paulo Villani. At all. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Cap.1
Introdução à soldagem – Belo Horizonte: editora UFMG, 2005. 363p.
PARDAL, Juan Manuel. Efeitos dos tratamentos térmicos nas propriedades
mecânicas, magnéticas e na resistência à corrosão de aços inoxidáveis
superduplex. Niterói, 2009 p.10. Disponível em: <ce-epc.org.br/.../pt/.../2367-acos-
inoxidaveis-duplex-e-superduplex>. Acesso em: 23 fev. 2012.
REICK, W.; POHL, M .; PADILHA, A.F. O desenvolvimento dos aços inoxidáveis
ferríticos-austeníticos com microestrutura duplex. In: Congresso Anual da
Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, 47. 1992, Belo Horizonte. Anais.
Belo Horizonte: ABM, 1992. Vol 48, Nº409
SILVA, Fernanda Laureti Thomas da. SENAI-SP. Coleção Tecnologia SENAI
Soldagem. Cap. 1 – Pequeno histórico da soldagem. São Paulo ,1997 .553p.
VITIELLO, Rodrigo Pommerehn. Trincamento sob tensão induzido por
hidrogênio em aços superduplex submetidos à proteção catódica. Porto Alegre,
2009 Cap. Introdução. UFRGS.