A Incrível Tecnologia dos Antigos - David Hatcher Childress.pdf

315

Transcript of A Incrível Tecnologia dos Antigos - David Hatcher Childress.pdf

  • Eaqui,meucaroWatson,chegamosaumdessesmundosdaconjecturanoqualasmentesmaislgicas

    podemfalhar;cadaumpodeformularsuaprpriahiptesecombasenaevidnciapresentee,

    provavelmente,asuasertoacertadaquantoaminha.

    SherlockHolmes,AAVENTURADACASAVAZIA

    Desdeomomentoemquepegueiseulivroatoinstanteemqueodeixeinamesafuitomadoporriso

    convulsivo.Algumdia,pretendol-lo.

    GROUCHOMARX

    Sotodosarquitetosdodestino,Construindoasparedesdotempo:Algunscomimensosfeitose

    grandeza;Outroscomrimasmaispobres.

    Longfellow,THEBUILDERS

  • Prefcio

    Creia-me,foiumapocafeliz,antesdostemposdosarquitetos,antesdotempodosconstrutores.

    SNECA(5A.C.-65D.C.),EPSTOLA90

    Bem-vindo ao controverdo e fascinantemundo da tecnologia anga. Nestelivro, vamos explorar os diversos fragmentos de evidncias que nos levam extraordinria concluso de que o homem ango era pracamente tosofisticadoquantosomoshoje-haviaaquipelomenosalgum,vindodealgumlugar, usando alta tecnologia. Essa tecnologia inclua desde eletricidade atmquinaspesadaseaeronaves.

    Temascomoaeronucaanga,guerrasatmicasangas,eletricidadeangaeoutrosdogneropareceroestranhosparamuitagente,especialmenteparaleitores de grande erudio. Para muitos, esses temas parecem incrveisdemaisatparasediscur;noentanto,comoveremos,hmuitasevidnciasapontandoparaumpassadotecnologicamenteavanado.Nasculturasdetodooplanetaparecehaver lendassobrevosnopassadoesobreumacivilizaoureaqueteriaexisdoantesdanossa.Separarfatodecoapartedicil.Umacronologiacoerentedopassadoangotambmserial.Esperamosquenovastcnicas,comoomtodocloro23,indiquemcomprecisooperodoemque determinado bloco de pedra foi extrado de uma pedreira e erguido.Comoosmaisangosartefatoshumanossomonumentosempedra,elesnospermitirodatarcomprecisoasmagistraismentesconstrutorasdemeglitoseaauroradesuascivilizaesdesaparecidas.

    Como reprter, interesso-me pelo estranho e pelo incomum. Tambm meinteresso pelos fatos.Neste livro, tentei incluir as histrias, os artefatos e oslugares que pareciammais importantes e que, em suamaior parte, podiamser conrmados. Admito que hmuita especulao neste livro, e convido osleitoresaespecular vontade.Como todociensta,os leitoresltraroasinformaes aqui apresentadas, acataro aquelas que lhes pareceremrazoveisearquiv-lasoemseusarquivosdecomputadorparaquepossamser posteriormente acessadas e modicadas conforme sua necessidade.Outrasinformaesserodescartadaseignoradas.

    Por todoo livro,diversos textosangos somencionados.Agraamudaemalguns casos, como Rg Veda e Rig Veda. Usamos a graa mais comum esimples semprequepossvel,masmanvemosa graaoriginaldoautornas

  • muitas fontescitadasno livro.Tentamos incluirnabibliograaamaioriadostextos bsicos mencionados no texto, mas em alguns casos isso no foipossvel. Livros mencionados por outros autores dentro do texto soreferenciadosnoslivrosqueoscitaram.

    Agradeo, em especial, a Ramachandra Dikshitar, estudioso de snscrito eprofessor de Oxford que escreveu War in Ancient India. Em um captuloespecial da edio de Oxford de seu livro, ele se entusiasma com acontribuio de seu pas para a aviao, armando que a inventou! Diz oorgulhosohistoriador,em1944:

    Nenhuma questo pode ser mais interessante nas atuais circunstnciasmundiaisdoqueacontribuiodandiaparaacinciadaaeronuca.AvastaliteraturapicadosPuranasilustramuitobem,edeformamaravilhosa,comoos angos indianos conquistaram os ares. Qualicar apressadamente ocontedo dessa literatura como imaginrio e descart-la sumariamente temsido a prca de estudiosos ocidentais e orientais at pouco tempo. Essamesmaidiafoi,defato,ridicularizada,easpessoaschegaramaarmarqueera sicamente impossvel para o homem usar mquinas voadoras. Hoje,porm,combales,avieseoutrasmquinasvoadoras,muitosmudaramdeopinio sobre o assunto. Infelizmente, o doutor Dikshitar foi ridicularizadoalgumasvezesporseuscolegasdeOxford,masostextosfalamporele.Oqueumestudiosodementalidadeciencadeveria fazer? Ignorarasevidncias?Comefeito,amaioriafezisso.

    Ao abordar a questo da tecnologia anga e avanada, decidi comear poruma tecnologia simples mas necessria, como irrigao, gua e esgotos,passando depois para a combinao bsica da tecnologia avanada:metalurgiaeeletricidade.Fazendocomqueoleitoradmitaapossibilidadedeosangos teremdomquinasmetlicascomplexas -eeletricidade -,passopara as fantscas possibilidades do vo em tempos remotos, da guerraatmicaedaidiadeumsistemamundialdepoder.

    Ei! Trata-se de um passeio alucinante pela histria anga, mas a histria minhaemantenhooquedisse.svezes,averdademaisestranhadoqueafico.

  • 1.OEnigmadaTecnologiaAntiga

    Quandoadquirimosconhecimento,ascoisasnosetornammaiscompreensveis,esimmaismisteriosas.

    WILLDURANT

    Pessoalmente,achoqueem1903nsatravessamososrestosdeummundopulverizado-oresquciodeum

    antigoconflitointerplanetrio,perdidoemseusmeneiospeloespao.

    CHARLESFORT

    OEgitoherdousuacinciadeumaculturaanterior?

    Emminhasbuscasporcidadesperdidasemistriosdopassado,muitasvezesencontrei pistas que apontavam para a tecnologia dos angos. Essas pistaspodemsertraduzidasnaformacomosorepresentadosangosartefatosempinturas ou entalhes na pedra (como os aparelhos eltricos do Templo deHtor, no Egito) ou pequenos modelos de artefatos (como os avies emminiatura, de ouromacio, doMuseu doOuro emBogot) nas histrias dostextosantigos(comonoRamayanaouatnaBblia).

    Neste livro, gostaria de recapitular algumas das evidncias da tecnologiaanga e de culturas avanadas do passado.O que espantoso no confrontoentreomundomodernoeomundoango,quenoprimeiroocidadomdiotem acesso a tecnologias avanadas, como eletricidade, um veculo pessoal,telefone, faxecomputador.Nomundoango,a tecnologiaavanadaera,namaior parte, negada s massas. Na verdade, muitas vezes era usada emtemplosecerimniasparadominaraspessoas,encantando-asouassustando-as;issoerapartedaadoraoedomistrio.

    O renomado escritor e apresentador do documentrio Mystery of theSphinx,JohnAnthonyWest,diz:

    A cincia, a medicina, a matemca e a astronomia dos egpcios eramexemplos de uma ordem de renamento e soscao exponencialmentesuperiores, o que os estudiosos modernos iro admir. Toda a civilizaoegpcia estava baseada em uma compreenso precisa e completa das leisuniversais. E essa profunda compreenso se manifestou em um sistemaconsistente,coerenteeinterrelacionadoquefundiacincia,arteereligioem

  • umamesmaunidadeorgnica.Emoutraspalavras,eraexatamenteoopostodaquiloqueencontramoshojenomundo.

    Almdisso, cada aspecto do conhecimento egpcio parece ter sido completodesdeo incio.As cincias, as tcnicasarscasearquitetnicaseo sistemahieroglco no mostram pracamente nenhum sinal de um perodo dedesenvolvimento;comefeito,muitasdasrealizaesdasprimeirasdinasasnunca foram superadas, nem mesmo igualadas posteriormente. Esse fatoespantoso prontamente admido por egiptlogos ortodoxos, mas amagnitudedomistrioqueissorepresentahabilmentedisfarada,enquantosuasdiversasimplicaesnosomencionadas.

    Comoumacivilizaopassaaexisrjemplenitude?Observeumautomvelde 1905 e compare-o com um moderno. No h como deixar de notar oprocesso de desenvolvimento,mas no Egito noh paralelos. Tudo est ldesde o incio. A resposta para esse mistrio bvia, naturalmente, mascomo repulsiva para os moldes prevalentes do pensamento moderno,raramente levada em conta. A civilizao egpcia no foi umdesenvolvimento,masumlegado.

    EmMysteryof theSphinx -especialdaNBCapresentadoemnovembrode1993comgrandeaudincia-,Westeseuspesquisadorestentaramprovarquea esnge foi seriamente danicada pela gua, e que nha mais de 10 milanos!

    Porquevocnoescrevelivrosqueaspessoaspossamler?

    NORAJOYCE(PARASEUMARIDO,JAMES)

    ADestruiodoConhecimento

    Com o avano de nossa tecnologia, conseguimos vislumbrar o futuro e oespao sideral com um olhar diferente do que nham os cienstas epensadoresdoinciodosculoXX.Domesmomodo,hojepodemosanalisaropassado commaiorpercepoe conhecimento tecnolgico,pois assimcomopudemosimaginarumfuturodiferentedaquelequenossosavsconseguiramidealizar, ns tambm podemos olhar o passado de forma disnta daquelaimaginadapeloscientistaseespecialistasdeumsculoatrs.

    Assim como nosso escopo do universo foi forado a recuar at os mais

  • distantespontosdoespao,temoshojecondioderecuaratospontosmaisremotosdahistria.Emuitospesquisadoresestofazendoexatamenteisso.

    AAtlnda,comsuaculturaavanada,mencionadaemtextosangos.Paracomear, citada nos Dilogos de Plato (extrados, segundo o texto, deangos registros egpcios), e quase todas as angas culturas do planeta tmmitoselendassobreummundoanterioresobreocataclismoqueodestruiu.Maias,astecasehopisacreditavamnadestruiodequatromundos(oumais)antesdonosso.PodeserqueadestruiodaAtlndanosejasequeromaisrecentecataclismoaafligiraTerra.

    Oslivrosmaisconhecidosdomundo,comoaBblia,oMahabharata,oCoroeatoTaoTeChingmencionamcataclismoseangascivilizaesdestrudas.Angas civilizaes e histrias a respeito delas preencheram milhares, atcentenasdemilharesdevolumesdelivrosqueeramguardadosembibliotecasespalhadas pelomundo na Angidade.Muitas das bibliotecas angas eramtovastasquecaram famosasentreoshistoriadores locais.ABibliotecadeAlexandriaumexemploconhecido.

    Infelizmente, fatoque, ao longodahistria, bibliotecase arquivos imensosforamdeliberadamentedestrudos.SegundoofamosoastrnomoCarlSagan,exisu um livro intulado A verdadeira histria da humanidade nos lmos100 mil anos, e encontrava-se no acervo de Alexandria. Infelizmente, estelivro,comomilharesdeoutros, foiqueimadoporcristos fancosnosculoIII. Os exemplares que se salvaram foram queimados alguns sculos depoispelosmuulmanosparaaqueceraguadobanho.

    Todosos textoschinesesangos foramdestrudosem212a.C.porordemdoimperador Chin Shih Huang Ti, construtor da famosa Muralha da China.Enormes lotes de textos angos - pracamente tudo que dizia respeito histria, losoae cincia - foramapreendidosequeimados.Bibliotecasinteiras foramdestrudas, inclusiveabiblioteca real, ealgumasdasobrasdeConfcio e de Mncio tambm desapareceram nessa devastao doconhecimento. Felizmente, alguns livros sobreviveram porque algumaspessoas os ocultaram em cavernas subterrneas, e muitas obras foramescondidasemtemplostaostas,ondeathojesoreligiosamentemandasepreservadas.

    Os conquistadores espanhis destruram todos os cdices maias queencontraram. Dos muitos milhares de livros encontrados, tem-seconhecimento de apenas trs ou quatro ainda existentes. Tal como as seitas

  • crists fancas do sculo III e o imperador Chin ShihHuang Ti no sculo IIIa.C., os conquistadores espanhis quiseram apagar todo e qualquerconhecimentodopassadoeosregistrosqueopreservavam.

    AEuropaeoMediterrneomergulharamnainfameIdadedasTrevas,quandoa igreja crist sofreu seu primeiro Cisma aps uma srie de conclios, acomearpelodeNicia,em325.Olmopatriarcadaigrejacristprimiva,Nestrio,foidepostopeloConcliodefesoem431,sendobanidoparaaLbiaeprovocandoodeslocamentoda igrejanestorianaparaoOriente.Oconitodiziarespeitoangadoutrinacristdareencarnao,eidiadequeCristoteria naturezadupla: Jesus seria umMestre, enquantoCristo seria o arcanjoMelquisedeque.

    No mpeto desse conito, todos os livros do imprio bizanno foramdestrudos, excetoanova versodaBblia, autorizadapela IgrejaCatlica.ABiblioteca de Alexandria foi destruda nessa poca, quando a grandematemca e lsofa Hypaa foi arrastada de sua carruagem e dilaceradaporumamuldo,quedepoissedirigiubibliotecaeincendiou-a.Assimteveincio a supresso da cincia e do conhecimento, parcularmente de nossopassado mais remoto. O conhecimento tem sido suprimido ao longo doslmosdoismilanos.svezes,diz-sequeahistriaescritapelosvencedoresdas guerras, e no pelos perdedores; e tendo em vista a quandade depropagandapolticareconhecidamenteblicaqueaindatidacomohistriapopular no sculo XX, deveramos realmente examinar boa parte da histriaangasobesseprisma. Sabendodessasupresso,espantosoqueospoucostextosangosquesobreviveramabordem,comefeito,civilizaesavanadase os cataclismos que as destruram. Do mesmomodo, falam de sbios queviviamemharmoniacomaTerraecomofuncionamentonaturaldetodasascoisas. Em algummomento do passado remoto, porm, o homem perdeu aharmoniacomanatureza,eumacatstrofeatingiutodooplaneta.

    Vemos aqui um notvel paralelo entre o ango mito da Atlnda e asituao em que o homem moderno se encontra hoje. Ser que o homemmodernoirsobreviversuaprpriatecnologiaetribalismo?OuserqueirsedestruirnosmecanismosnaturaisdesuasprticasnocivaseemdesarmoniacomaTerra?

    Tivemuitomaispensamentoselevados,visescriativaseexpansivasenquantorelaxavaem

  • confortveiscasasdebanhoembemequipadosbanheirosamericanosdoquejtiveemqualquer

    catedral.

    EDMUNDWILSON

    Higieneantiga:banheirosdosdeuses

    Dizem que amarca de qualquer civilizao avanada a qualidade de seusencanamentos e sistemas sanitrios. Banheiros e latrinas so conveninciasimportantes. Encanamentos e sistemas sanitrios so fruto da cincia dairrigao,algodesenvolvidoh25milanos,pelomenos.

    Hmais de 3mil anos, os nabateus, um povo rabe,mannha seis cidadesorescentes na desolada regio de Negev, em Israel, incluindo a famosaPetra. Ulizando um engenhoso sistema de terraos e muros, essesengenheirosagricultoresconseguiamculvarosolocommdiapluviomtricaanual de 100milmetros. Quantomais examinamos os complexos sistemasdosnabateus,maisdevemosnos impressionar comaprecisoeoescopodeseu trabalho. Eles previam e resolviam cada problema de modo que poucopoderiaseraprimoradohoje.(ScientificAmerican,abrilde1956).

    H cerca de 3 mil anos, os angos persas descobriram um mtodo paraescavar aquedutos subterrneos que levavam gua da base das montanhaspara suas plancies ridas. Ainda existentes e funcionais, os sistemas deirrigaoproporcionam75%daguausadahojeno Ir. (SciencAmerican,abrilde1968).

    Durante sculos, as condies sanitrias da Europa foram deplorveis. Otratamentodescuidadodosdejetoshumanossustentouashorrveispestesquequasedizimaramoconnenteemdiversasocasies.Noentanto,hmaisde5mil anos, noVale do rio Tigre, pertodeBagd, a cidadede TelAsmarnhacasas e templos com soscados disposivos sanitrios. Um dos templosencontradosemescavaesnhaseislatrinasecincobanheiros,comamaiorparte da canalizao ligada a drenos que descarregavam em um esgotocentral,comummetrodealturae50decomprimento[...]Aoidencaremodreno,ospesquisadoresencontraramuma linhade canosde cermica.Umadasextremidadesde cada seonha cercade20 cenmetrosdedimetro,enquanto a outra se estreitava para 18, para que os canos pudessem seencaixar, como se faz com canos de drenagem no sculo XX {SciencAmerican,julhode1935).Ohomemangofaziatneisatravsdemontanhas

  • paransde irrigao,esvezesconstrua represasgigantescasou realizavaoutros grandes feitos de engenharia hidrulica. A grande represa construdapelarainhadeSabemMarib,noImen,umbomexemplo. Imensasobrashidrulicasdohomemango,atentodesconhecidas,estovindotona.A.D.Fernanado,arquelogodoSriLanka,relataemumargonoJournaloftheSri Lanka Branch of the Royal Asiac Society (1982) as incrveis descobertasfeitas quando engenheiros do Sri Lanka propuseram-se a construir umarepresa em Maduru Oya, alagando um grande vale. Quando os tratorescomearam a trabalhar, encontraram jolos que j estavam no solo. Paraespanto de todos, os engenheiros pr-histricos nham feito os mesmosclculos e construram uma represa no mesmo lugar! Arquelogosnoruegueses que visitaram o local armaram que a grandiosidade dessasobrasmegalticaspr-histricasteriaimpressionadoumfara.ThorHeyerdahldizqueboapartedosistemahidrulicofoiconstrudacomblocosdepedrade15 toneladas e 10 metros de altura, dispostos na forma de tneis e murosquadrados. As represas nham canais de drenagem com mais de 10quilmetrosdecomprimentoparacontrolarouxodeguaatumconjuntodelagosarciais.Milhesdetoneladasdeguaforamcanalizadaspormeiodessaimensaesofisticadarepresa.

    H cem anos, os historiadores supunham que, como as tribos nmades nonham banheiros ou sistemas de esgotos formais, todos os outros povosdeviamviverdamesmamaneira.As tribosnmadescostumavamdesmontaras tendas e se mudar para outro local quando o lixo e o esgoto cavaminsuportveis.Noentanto,muitomaisdicil fazer issocomumacidade.Osprimeiros arquelogos ingleses imaginavam que o homem ango nodispunhadesoscadossistemasdeesgotoeguas,equeapenasdeixavamaguadaschuvaslevaroesgotoparaalgumriooucrregodasimediaes.

    Entretanto,muitosdosbanheirosdomundoangoerambastantesoscados,combelosvasossanitriosebanheiras,talcomohoje.ReginaldReynolds,emseu espirituoso livro sobre sistemas sanitrios angos, Cleanliness andgodliness,alegaqueosangossabiamqueeranecessriodispordosdejetos,mastinhamdoissistemasnitidamenteseparados:

    OsenhorErnestMackay,eminentearquelogo,deopinioqueessesdrenosno eram usados para a eliminao do esgoto, e como prova disso elemenciona o Charaka-Samhita, obra presumidamente datada do segundosculodaEraCrist,naqual sedizqueas latrinassedesnavamapenasaosdoentes e enfermos; para os demais, era preciso se afastar de casa a uma

  • distnciadeumaechadaparafazersuasnecessidades[...]svezesasguasescorriam pelas paredes das casas, fato que seria nocivo caso convessemdejetos. Mas ele esquece que a proposio contrria teria sido, em umacidade, ainda mais nociva do que uma fossa aberta; e como havia tantodescargascomodrenos fechadosnessascasas, seriamais razovel suporqueesses dois sistemas nham propsitos disntos, sendo um para levar a guadas chuvas e dos banhos, e o outro para eliminar dejetos. Isso, pelomenos,no quesonado com relao aos moradores da Montanha dos Mortos[Mohenjo-Daro, no Paquisto], que dispunham de banheiros bem equipados,conjugados ao sistema de drenagem que mencionei [...] como parte daVanguardaSanitriadaHumanidade.

    Sir G. Maspero, que foi diretor-geral do Departamento de Angidades doEgito, falava muito bem dos excelentes disposivos higinicos e sanitriosconhecidosno angoEgito, especialmentedo complexobanheirodescobertonacasadeumfuncionriodealtoescaloda18dinasa.Ecomentatambmque, no meio das ruas pavimentadas, eles faziam um canal de pedra paracoletadeguas.EnessemesmobanheirodeTelel-Amarnafoidescobertoumvaso sanitrio muito bem preservado e ocultado por um biombo, um vasodotadodetampadecalcriodeformaselegantes.

    Herdotoconsideravaosegpciosopovomaissaudveldetodos,disnguindo-os dos demais pela singularidade de suas instuies e de seus modos.Reynolds nos diz que os egpcios - como os pitagricos, que os imitavam -tambm evitavam comer feijo, produto que consideravam impuro, pormovos que no sei explicar muito bem; embora alguns digam que, nesseaspecto, Pitgoras foi mal compreendido por Aristteles. As pessoas jevitavam feijohcincomil anos. Quantoaosvasos sanitrios,Reynoldsdizqueosegpciospreferiamosgranulados:

    [Eles]geralmenteusavamterranolugardegua,masaindanoseisesomosmais espertos do que os faras; pois a higiene sanitria no deve serconfundidacomqualquerconceitopopularousistemacorrente,masdeveseranalisada com relao melhor e mais eciente forma de eliminao dosdejetos, reduo das doenas e causas de infeco, ferlidade do solo emuitasoutrasquestes,comooclimaeosmeiosdisposiodohomem.Massabemos, graas a essas observaes gerais, que os sacerdotes-mdicos queorientavamasadepblicadoEgitoconsideravamalimpezaalgoprximodadivindade,epreocupavam-seemmantersaudveispelomenososbairrosdeclasse alta de suas cidades. Os egpcios conheciam inclusive a arte de

  • confeccionar drenos em cobremartelado, e um desses foi encontrado, com411metros de comprimento, no Templo de Sahara, embora servisse apenaspara a coleta de gua pluvial. E sabemos que o fornecimento de gua eraconsideradoumproblemarelevante,chamandoaatenodeumfuncionriograduado do Estado, conforme se l em inscrio que trata dos deveres dovizir da 18 dinasa. Nessa inscrio, diz-se do vizir: Ser ele quemdespacharaequipeocialparacuidardofornecimentodeguaparatodaaTerra; e Ser ele quem inspecionar o fornecimento de gua no primeirodiadecadaperododedezdias.

    Em seu bolem Science Froners (no 123, maio-junho de 1999), WilliamCorliss conta que os angos egpcios no apenas dispunham de avanadostoaletes e banheiros, como tambm usavam cosmcos em abundncia. Asmulheresdasclassesaltas,bemcomomuitoshomens,preferiammaquiagemverde, branca e preta. Esses ps-cosmcos, datados de 2.000 a.C., foramexcepcionalmentebempreservadosemseusfrascosoriginaisdealabastro,demadeiraoudecermica. Umaequipedequmicos franceses lideradaporP.Walter no se surpreendeu quando a anlise desses ps detectou galena ecerussitamodas(doisminriosdechumbo).Contudo,elesquasederrubaramseustubosdeensaioquandoencontraramcompostosqumicosextremamenteraros na natureza, especialmente laurionita (PbOHCI) e fosgenita(Pb2CI2CO3).Na verdade, esses compostos so to rarosnanaturezaqueospsegpciosdevemserarciais.P.Walteret.al.escreveram:Juntos,essesresultados indicamquea laurionitaea fosgenitadevemter sido sintezadasnoantigoEgitopormeiodequmicamida.Osegpciosfabricavamcompostosarciais base de chumbo, adicionando-os a produtos cosmcos. Asreaes qumicas envolvidas so simples, mas o processo como um todo,incluindodiversasoperaesrepevas,devetersidobastantecomplicadodeseexecutar.

    Admiu-se anteriormente que, 500 anos antes, em 2.500 a.C., os qumicosegpcios usavam tecnologia base de fogo para fabricar pigmento azul. Aqumicamidarepresentououtropassotecnolgicoparaafrente(Nature,no397,1999).

    Corliss comenta que sem se deixarem inmidar pelos sucessos dos angosqumicosegpcios,osqumicosdaNissan sintezaramexcrementosarciaisde ave para uso em testes de pintura automova. Como se sabe, o produtonaturalapresentainconsistnciasdeloteparalote.

    Banheiros de qualidade precisam de bons sabonetes, e a prpria palavra

  • sabonete-soap,emingls-vemdaangapalavraegpciaswab.Em1931,odoutor Rendei Harris, egiptlogo ingls, armou que as palavras swab eswabber-grumete,pessoaqueusaesfrego-derivamdalnguaegpciaeso muito angas. Diz ele que wdb, para os angos egpcios, signicavapuro,edessapalavraderivaonomedoswahabisquesoosatuaispuritanosdo Isl. Alm disso, ele arma que a letra S expressa causa, de modo queankh, palavra que signica vida, transforma-se, com a adio de S, em S-ankh, dar a vida. A parr da ele conclui que, sewdb puro, S-wdb seriatornar puro, ou seja, limpar ou esfregar (swab). E como o doutor Harrisacreditavaqueosegpcioseramumpovodebonsnavegadores,elearmavaqueapalavraswabchegoulnguainglesagraassviagensdosmarinheiros,cuja gria pode ser, emparte,mais angadoque as lnguashoje faladasnaEuropa.Paracomprovarousonucodapalavra,eleinvocaShakespeare,queescreveu:

    Themaster,theswabber,theboatswainandI...{1}

    Ahabilidadenucadosegpciosera considervel,eno sediscutequeelesnham grandes frotas de navios. Aparentemente, esfregar (swabhing) oconvs vem do egpcio ango, e a palavra inglesa soap deriva de swab -aquiloquetornalimpo.

    Higiene adequada, gua limpa, sabonetes e sistemas de esgotos sonecessrios para o progresso de qualquer civilizao tecnolgica.Quando setratadatecnologiadosdeuses,alimpezaseaproximadadivindade.

    Muitasdasinvenesdehojesoinvenesdeontem

    Os angos gregos construam caldeiras a vapor que funcionavam, mas elesasusavamapenasembrinquedos,enocomofontesprcasdeenergia.Umdessesbrinquedoseraumaesferaque girava graas aodedois jatosdevapor,inventadanoEgitoptolomaicoem200a.C.,aproximadamente.

    Almdisso,nosegundosculoantesdenossaera,ostemplosegpciosnhammquinas acionadas por moedas para liberar gua benta. A quandade deguaque saada torneiraera reguladapelopesodamoeda jogadaemumaranhura. 0 TemplodeZeus, emAtenas,nhaumamquina similar, tambmcontroladaautomaticamente.Jogava-seemumfrascoseladoumamoeda,queacionavaumabia,liberandoumaquandadeespeccadelquido.Ofamosoinventor grecoegpcio Heron de Alexandria criou esse conhecido disposivo

  • em120a.C.Comesseexemplo,caevidentequeossacerdoteseostemplosestavamenvolvidoscomatecnologiadesdeocomeo.

    Muitasdasinvenescomunsdomundomoderno-motoresavapor,relgios,mquinas automcas, bombas hidrulicas - eram conhecidas no mundoango. Ferramentas e instrumentos soscados, como a mquina deAnkythera (que ser comentadamais tarde), eram comuns naAngidade,masosarquelogossempresesurpreendemaodescobri-los!

    AginecologiaeraumacinciadesconhecidaatasegundametadedosculoXIX.Nesseperodo,segundoaediodaSciencAmerican,de20deoutubrode 1900, escavaes em Pompia revelaram que a ginecologia era apenasumareinvenonomundodacirurgia. Instrumentos soterradosnoTemplodas Virgens Vestais desde a erupo do Vesvio, no ano 79 de nossa era,demonstramqueaginecologiaeraumacinciaqueorescia,perfeita,muitoantes daquela data [...] todos os exemplares indicamque esses instrumentoseram, nos seus mnimos detalhes, duplicatas exatas daqueles usados pelosmaismodernoscienstasdehoje[...].Oacabamentoeratobomquantoodequalquer objeto produzido no sculo XX. Os instrumentos eram feitosmanualmente, os parafusos eramnos e passveis demanipulao delicada,talcomoosmodernos.

    NaufrgioslocalizadosnoMediterrneodoidiadasmquinasqueosantigosgregos,osangosromanoseoutrasculturasmarmasdaregiopossuam.Arevista Chemical Engineering, em argo de 27 de julho de 1959, relatavasobre uma vlvula de 34 quilos que foi resgatada de um dos veleiros doimperadorCalgula.Avlvulaerafeitadebronzesemzinco,ricoemchumbo,anticorrosivoeprovadeatrito.

    Dizoargo:AvlvuladeCalgulafoiencontradanofundodolagoRemi,emRoma.Embora tenhadezenove sculosde idade, aindaapresenta superciesaltamente polidas e se mantm bem fechada. Apesar da moda e dastendncias sexuais modernas simplesmente imitarem a Angidade, oscienstas costumam se surpreender com o elevado nvel de conhecimentotcnicoecientficodohomemantigo.

    Familiarizar-secomacinciaangaumbompontodepardaparaoleigo,edoislivrosencontradoscomfacilidadesobreoassuntosoTechnologyintheancient world, de Henry Hodges, e Engineering in the ancient world, de J.Landels. Nesses livros, v-se que a cincia clssica pode sermuito similar nossa.

  • Sens,sereshumanos,quisermosnossentirhumildes,noserprecisocontemplaroinfinitoestreladosobrens.Sersuficienteobservarasculturasqueexistiramnomundomilharesdeanosantesdens,queforamgrandiososantesdensequepereceramantesde

    ns.

    C.W.Ceram,DEUSES,TMULOSESBIOS

    AsespantosasinvenesdaChina

    Dizem que muitas invenes angas teriam se originado na China, emboraseja possvel que amaioria tenha vindo de culturas aindamais angas. Oschineses nhammquinas com engrenagens desde seus primrdios - algunsdizem que datariam dos lmos sculos antes de Cristo, se no de antes.Embora os historiadores modernos preram situar a origem da China nadinasa Chou, em 1.122 a.C., os prprios chineses principiam a histria nossemimticosCincoMonarcas.

    Os textos chinesesmais angosdizemqueaprimeiradasdinasas foi adosCincoMonarcas, na qual houve - o que confuso - nove governantes cujosreinoscombinadosduraramde2.852a2.206a.C.Confcioatribuiuaumrei,Yao,cujoreinocomeouporvoltade2.357a.C.,bondade,sabedoriaesensodedever.FoisucedidoporShon,queconstruiuumaamplarededeestradas,passagensepontespeloimensoterritrio,emuitosestudiososatribuemaeleaconstruodaRotadaSeda.

    Todosostextoschinesesangos,especialmenteosdeLaoTseeConfcio,bemcomoo I Ching, falamdosangosedaglriade sua civilizao.Presume-seque se referissemaopovoque vivianapocados CincoMonarcas, ou atantes. O lendrio povo chi-kung teria, pelo que contam, carruagensvoadorasnesseperodo.

    Como dito anteriormente, pouco antes de sua morte, em 212 a.C., oimperador Chin Shih Huang Ti ordenou que toda a literatura pernente China anga fosse destruda. Enorme quandade de textos angos -pracamente tudo o que dizia respeito histria, astronomia, losoa ecincia-foiapreendidaequeimada.Bibliotecasinteiras,inclusiveabibliotecareal,foramdestrudas. AlgumasdasobrasdeConfcioeMncioestavamnomeiodessadestruiodoconhecimento.

  • Felizmente, alguns livros foram salvos por pessoas que os esconderam, emuitas obras foram guardadas em templos taostas, onde at hoje soreligiosamentemandasepreservadas.Sobnenhumpretextosomostradas,sendo mandas ocultas tal como h milhares de anos. A perseguio e ofechamento de templos religiosos pelos comunistas indicam que os lamasaindatmmotivosparamanterescondidosseuslivrosantigos.

    Semdvida,boapartedahistria relavaaosprimeirosdiasdaChinae suatecnologia foi perdida. Mas o que fez o imperador Chin desejar destruirqualquer registro relavo ao passado pouco antes de morrer? Seria ele ummegalomanacoquequeriaqueahistriaprincipiassenele,outeriasofridoainunciadasmesmasforasmalignasqueinspiraramGengisKhaneHitleratambmqueimarlivros?

    Ouvimosdizerquenopensadodistanteosreistinhamttulos,masnonomespstumos.

    Emtemposrecentes,osreisnoapenastinhamttuloscomotambm,apsamorte,recebiamnomescom

    baseemsuaconduta.

    Issosignificaqueosfilhosjulgaramseuspais,ossditosseusoberano.Issonopodesertolerado.

    Ttulospstumosficamdoravanteabolidos.SomosoPrimeiroImperador,enossossucessoresdeveroserconhecidoscomooSegundoImperador,oTerceiro

    Imperador,eassimpordiante,porincontveisgeraes.

    CHINSHIHHUANGTI,212A.C.

    Malgrado alguns governantes despcos, a inveno e a inovaoprogrediramnaChinaangaenasiaCentral.Comefeito,foramoschinesesque inventaramopomvel;o inventor foium indivduochamadoBiSheng,que comeou a usar essa tecnologia em 1.045, quatrocentos anos antes deGutenbergterimpressoaBblia.Atribuem-seaindaaoschinesesainvenodopapeldeescritaedeembrulho,dosguardanaposdepapel,dascartasdejogoedopapelmoeda!Opapelhiginicotambmfoiumprodutodesuaindstriade papel, h mais de dois mil anos. Provavelmente, todas essas invenestinhamexistidonoseupassado.

  • Os chineses conheciammuito bemos terremotos e asmudanas geolgicas;projetaram casas resistentes a terremotos h sete mil anos. O primeirosismgrafo conhecido para deteco e registro de terremotos distantes foiinventado por Zhang Heng em 132 d.C. Esse engenhoso aparelho nha 2,40metrosdealturaeoitodragesdebronzeque seguravamesferasdebronzeentresuasmandbulas.Quandoumterremotodistante inclinavaoobjeto,umpndulointernoabriaabocadodragoqueestavavoltadoparaadireodotremoreaesferacaanabocadeumsapodebronzesituadosobodrago.Atribui-seoprimeirorelgiomecnicoadoisinventoreschinesesporvoltade725d.C.,eaplvoraeraconhecidanaChinapelomenosdesdeosculoIX,seno antes. Usada apenas em fogos de arcio e diverso, serviu decombusvel para os primeiros canhes - construdos pelos holandeses ealemes-depoisdetersidolevadaparaaEuropanosculoXIII.

    Os chineses sempre veram ampla viso em seus projetos. A Muralha daChina no foi seu nico empreendimento colossal, mas o Grande Canal daChina, que liga o rio Amarelo ao Yang Tz, tem comprimento vinte vezesmaior que o Canal do Panam - mas os chineses o construram semequipamentomodernohmaisde1.300anos!Houtrosprojetosgrandiososainda desconhecidos ou aguardando descoberta, como a maior pirmide domundo,pertodeXian.Ataversochinesadamquinadeescrever,chamadademquinaHoang,tem5.700caracteresemumtecladocom60cenmetrosdelargurae42dealtura!

    Em The genius of China: 3.000 years of science, discovery and invenon, oautor Robert Temple (que usou como fonte as obras de JosephNeedhamnaUniversidadedeCambridge)armaqueoschinesesconheciameusavamgsvenenoso e gs lacrimogneo no sculo IV a.C., 2.300 anos antes de oOcidenteconhec-los!Oschineses fabricaramferro fundidonosculo IVa.C.(1.700 anos antes do Ocidente) e faziam ao a parr de ferro fundido nosculo II a.C. (dois mil anos antes do Ocidente). A primeira ponte pnsil foiconstrudanaChinanosculo1(pelomenos1.800anosantesdoOcidente),eoschinesesinventaramosfsforosem577,milanosantesdoOcidente.

    NaintroduodolivrodeNeedhamsobreoavanadoestgiodacivilizaonaChina, o autor diz: Primeiro, por que eles esveram to frente de outrascivilizaes?Segundo,porqueelesnoestohojesculosfrentedorestodomundo?TalvezaChinatenhaherdadoseusconhecimentosdeumacivilizaomais anga. Suas descobertas, como as nossas, so apenas o reencontro deumatecnologiaantiganamontanha-russadahistria.

  • EmseulivroWearenotthefirst,AndrewTomasrelata:

    Aciberncaumacinciaanga.NaChina,era conhecida comoaartedekhwai-Ahuh, pela qual se dava vida a uma esttua para que servisse a seucriador. A descrio de um homem mecnico est conda na histria doimperador Ta-chouan. A imperatriz considerou o rob to irresisvel que ociumento governante do Imprio Celeste deu ordens ao construtor paraquebrlo,apesardaadmiraoqueoprpriogovernantenhapelorobqueandava.

    Uma das primeirasmquinas de calcular foi, naturalmente, o baco chins,commais de 2.600 anos. S recentemente que as calculadoras modernasconseguiramfazerclculosmaisrapidamentedoqueosimples,maseciente,baco.

    Issopareceriafantstico.Poderamospensarqueosengenheirosmodernosteriamexploradoessasforas

    atoensimograu,masaverdadeque,excetuando-seoarete,ouaturbina,essesantigos

    podemnosensinaralgumascoisas.

    JLIOVERNE-EMRESPOSTADECLARAODEQUEAEXPLORAODASFORASNATURAIS

    TERIASEESGOTADO

    Osmaravilhososrelgioschineses

    Os maravilhosos relgios da China anga so um bom exemplo dacomplexidade a que as mquinas angas podem chegar. Embora o relgiomecnico exista h milhares de anos, o problema da preciso ao longo deperodos como semanas ou meses dicil de se resolver. Os chinesessolucionaram-no com um disposivo chamado escape, que permiu aregulagem adequada da velocidade de um relgio, imprimindo-lhe marchacomfontedeenergiarelavamentepequena.Oprimeirorelgiocomescapedequesetemnociafoiconstrudoporvoltade724d.C.porLyangLingdzan,emborapareaqueatecnologia j fosseconhecidaantes.Esseobjeto incluaumaesferacelestequegirava juntocomoscus,ummodelodesolede luaque circulavam ao redor da esfera, tal como os orbes de verdade parecemfazer,evaletesquegolpeavamsinosetamboresparaassinalarapassagemdotempo.

  • OsinodorelgiodeLyangmarcavaahorachinesa,oushi,quetemodobroda durao da hora ocidental. O tambormarcava um perodomenor, o ko,que corresponde a um centsimo do dia solar, ou seja, 14 minutos e 24segundos em nossa escala de tempo. Como os povos ocidentais, antes oschineses dividiam o dia e a noite em intervalos, que aumentavam oudiminuamcomasestaes. Mais tarde,porvoltadoano1.100,oschinesesadotaramumsistemadeperodos iguais,permanentes,quepermaneciamosmesmos independentemente das variaes do ocaso e da aurora. Essamudana facilitou a produo de relgios. No relgio de Lyang, A gua,uindo [para dentro de conchas], acionava automacamente uma roda, quefazia uma revoluo completa em um dia e uma noite. O mecanismo dorelgioincluarodaseeixos,ganchos,pinosevarasentrelaadas,sistemasdeenxugamentoetravasrecprocas.

    As palavras pinos e varas entrelaadas descrevem o escape, que eranecessrioparafazerarodagirarlentamente.Presume-sequeoescapefosseum sistema simples de travas que impedia a roda de gua de girar at aconchacarcheia,permindo-lhe,depois,mover-seapenasosucienteparaqueacolherseguinteseposicionasse.OrelgiodeLyangeramaisprecisodoque qualquer coisa j vista, embora, sem dvida, fosse absurdamenteimprecisopelospadresatuais.ApsamortedeLyang,acorrosodaspartesdebronze e ferroraramo relgio de circulao, e ele foi para ummuseu.Mecnicosconstruramdepoisrelgiosmaisgrandiosos.Em976,JangSz-hsunconstruiuumrelgioqueocupavaumatorre-semelhanteaumpagode-commaisde10metrosdealtura. Tinhadezenove valetes, queno s acionavamsinos e tambores, como saam de pequenas portas com cartazes nas mos,indicandoahora.Outraspartesmostravamomovimentodocu,dosol,daluae dos planetas. Para impedir que seu relgio parasse no inverno, quando agua congelava, Jang o refez usando mercrio, e no gua, como uidooperacional.

    Segundo L. Sprague de Camp, em seu livro The ancient engineers, o maiordesses relgios de gua imperiais foi o construdo por Su Sung, em1.090.OmemorialpreparadoporSuSungparao imperadorShenDzungdescreveseurelgiocomdiagramas,demodoque,sealgumquisesse,poderiareconstru-lohojecomrazovelexatido.

    Nessapoca,adinasaSunggovernavaamaiorpartedaChina,emboraumatribonmade, os kitan, vesse conquistado algumasdas provncias donorte.Su Sung nha uma carreira respeitvel na burocracia imperial. Sua lista de

  • tulosincluaodeOcialdoSegundoEscaloTitular,PresidentedoMinistriodePessoal,TutorImperialdoPrncipeCoroado,GrandeProtetordoExrcitoeMarqusKai-gwodeWu-gung.

    QuandoSufoienviadoemmissocortedoskitan,parafelicitarokhanpelapassagemdo solsciode inverno, eledescobriuque chegouumdia antesdoprevisto. Os astrnomos de Sung erraram omomento exato do solscio porquinzeminutos.Sucontornouasituaoparaseusoberano,eparasimesmo,fazendo um discurso sobre a diculdade de se calcular tais eventos comexado.MasquandoSuvoltouparaacapitaldosSung,Kaifeng,pediuqueoimperador autorizasse a construo de um relgio preciso o suciente paraque esses contratempos fossem evitados. Ao receber a aprovao, Su, comoqualquerengenheirocompetente,construiuumpardemodelosemmadeira,um pequeno e outro em tamanho natural, para fazer os ajustes no projetoantesdamontagemfinal.

    A mquina pronta ocupou uma torre de 12 metros de altura, pelo menos,incluindoacobertura.Agua,uindoporumasriede frascos,enchiaas36conchasdeumarodadegua,umadecadavez.Umaengrenagemdeescapepermiaquearodagirasserazodeumintervalodeconchadecadavez.No total, davaumavolta completaa cadanovehoras, enquantoa gua caadasconchassobreumabaciasituadasobaroda.

    Arodaacionavaumeixodemadeiraapoiadoemrolamentosdeferro.Oeixo,pormeio de uma coroa,movia um longo eixo vercal, que acionava todo orestantedomecanismoaoqualestavaligadoporengrenagens.Omecanismoincluaumaesferaarmilar(umconjuntodeanisgraduadoseentrecruzados,correspondendo ao horizonte, eclpca e ao meridiano) na cobertura.Depois, havia uma esfera celeste, com prolas no ligar das estrelas, e cincograndesrodashorizontaissustentandovaletes.

    Comoum todo,o relgiode Sudeve ter sidoumespetculo impressionante,com o barulho connuo das guas, o rudo do escape, o guincho dos eixossobreosrolamentoseosfreqentessurtosdetambores,sinosegongos.Umafalha desse relgio era sua localizao, que no permia acionamento porcursodeguanatural.Porisso,eraprecisodar-lhecordadevezemquando.Issoerafeitocomrodasdeguamovidasmanualmente,quelevavamaguadabaciaeenchiamasconchasdarodaprincipal.Estas,porsuavez,enchiamoreservatriosituadosobreessaroda.

    Em 1.126, aproximadamente, um povo trtaro, os jurchens, cujos reis

  • governavam como nomedinsco deGin, conquistarama terra dos kitan etambmalgumasprovnciasdosSung.ApscapturaremKaifeng,levaramparasua capital, Beijing, o relgio de Su e alguns mecnicos para mant-lo. Osrelojoeiros cavos zeramumanova torre e conseguiram acionar o relgio,apsajustaremasengrenagensastronmicasnovalatitude.

    Apsalgunsanos,porm,aspartesmveisdesgastaram-se,orelgioparoueumraiodestruiuapartesuperiordatorre.OsimperadoresGinabandonaramo relgio quando os mongis invadiram a regio, em 1.260, e eledesapareceu. Mais tarde, os imperadores Sung desejaram outro relgioimperial.MasSuSungjhaviamorrido,enofoipossvelencontrarningumquedominassesuficientementeoassuntoparaconstruirtalmecanismo.

    Relgiossemelhantesconnuaramaser fabricadossobadinasamongolouYuan. O lmo imperador Yuan teve como passatempo a engenhariamecnica, e parcipou da construo de drages que mexiam a cauda eoutrosautmatos.MasquandoosMingdestronaramosYuanem1368,todosos relgios, os drages mecnicos e outras mquinas feitas para osimperadoresmongisforamsucatadoscomoextravagnciasinteis.

    Considera-se que o relgio moderno - do qual derivam instrumentos comorelgiosdepedestaloudebolso-teriasurgidoem1.364,quandoGiovannidiDondi, de uma famlia de relojoeiros italianos, publicou a descrio de umrelgio acionado por pesos e regulado por escape, que, exceto pormelhoramentosnosdetalhes,basicamenteomesmoathoje.

    Dondificoufamoso,eastrnomosestrangeirosiamvisit-loparaconhecerseurelgiomaravilhoso.Maistarde,GalileusubstuiuarodadebalanodeDondiemformadecoroaporumpndulo,masemrelgiosdepulsoedebolsoeempequenosrelgiosdemesaaindausamosainvenodeDondi.

    Porvoltade1.502,PeterHenlein,deNuremberg,inventouorelgioacionadoamola.Foichamadoeminglsdewatch-vigiar-porqueoriginalmenteerausadoporvigias.OovodeNurembergdeHenleinerapoucomaiorqueumdespertadormoderno,nhaapenasumponteiroependiadopescooporumacorrente.

    Os primeiros relgios de bolso davam muito trabalho a seus proprietrios;como dizia Maximilano I da Bavria, se quiser ter problemas, compre umrelgio. Relgiosdepulsoedebolso,ou relgiosemgeral, provavelmentetmcausadoproblemashumanidadehmilharesdeanos.

    Ocuriosocrniodecristal

  • Partedoenigmadatecnologiaangaestemobjetosouaparelhossingularese claramentearciais.Noentanto, omodo como tais artefatospoderiamtersidofeitosqueintrigaoscienstas.Umdessesobjetoscuriososofamosocrniode cristalMitchell-Hedges, encontradonas runasdaanga cidadedeLubaantun,naatualBelize. Lubaantun,nodialetomaia local, signica lugardaspedrascadas,masoverdadeironomedacidadeaindadesconhecido.Aprimeira nocia sobre Lubaantun foi dada ao governo colonial britnico nonaldosculoXIXpelospovoadoresdoassentamentoToledo,pertodePuntaGorda, e em 1903 o governador da colnia nomeou Thomas Gann parainvesg-la. Gann explorou e escavou as principais estruturas ao redor dapraacentraleconcluiuqueapopulaodolugardevetersidonumerosa.Seurelatriofoipublicadoem1904,naInglaterra.

    Em1915,R.E.Merwin,daUniversidadedeHarvard,estudouosoelocalizoumuitas outras estruturas, idencou uma quadra de jogo de bola e esboouumaplantabaixa.A escavaodaquadra revelou trsmarcadoresdepedraescavada,cadaummostrandodoishomensjogandobola.Curiosamente,essassoasnicaspedrasescavadasencontradasemLubaantun.

    Foisem1924queF.A.MikeMitchell-HedgeschegouemLubaantunparaajudarThomasGannnaescavaodacidade.Em1927,aocavarpertodeumaltar desmoronado e de uma parede adjacente, a lha adova deMitchell-Hedges,Anna,descobriuocrniodecristalemtamanhonaturalnodiadeseu17aniversrio.Trsmesesdepois,auns7,5metrosdoaltar, foiencontradoummaxilar que se ajustava perfeitamente ao crnio. Foi assim que um dosobjetosmaisestranhosdomundoantigopassouaserconhecidodopblico.

    Aidadedocrniodesconhecida.Ocristalderochanopdeserdatadopormeios convencionais. Os laboratrios Hewle-Packard, que estudaram ocrnio, esmaramque sua confeco teria exigido, nomnimo, 300 anos detrabalho de diversos artesos extremamente hbeis. Na escala de dureza, ocristalderochaficapoucoabaixododiamante.

    O mistrio em torno do crnio aumentou ao se descobrir que o osso damandbulafoiextradodomesmoblocodecristal,equequandoasduaspeasse encaixavam, o crnio se mexia sobre a base da mandbula, dando aimpresso de que falava quando se abria e fechava sobre a boca. Dessamaneira, o crnio pode ter sido manipulado pelos sacerdotes como umorculodotemplo.

    Propriedadesaindamais incrveis soatribudasaocrnio.Dizemqueo lobo

  • frontalcaturvo,chegando,svezes,acarleitoso.Ocasionalmente,ocrnioemiria uma aura luminosa, forte e com leve trao de cor de palha, comoumhaloaoredordalua.

    Segundo FrankDowland, cristalgrafodaHewle-Packard, s vezes formam-segurasdentrodocrnio,como,porexemplo,imagensdediscosvoadorese de algo que parece ser o observatrio Caracol do so maia-tolteca deChichnItz.Noslmosanos,ocrniocoufamosoporquetemsidoexibidoemfesvaismscosnosEstadosUnidosenoCanad.OcrnioesthojenasmosdeAnnaSammyMitchell-Hedges,emKitchener,Ontrio(Canad),ouemsuacasanosuldaInglaterra.

    F. A.Mitchell-Hedges foi uma pessoa fascinante e, de certomodo, sua vidaserviu de modelo para personagens po Indiana Jones. Nascido em 1882,MikeMitchell-Hedgesestavapredesnadoaterumavidadeaventuras.ElerelatamuitasdelasemseulivroDangermyally,publicadoem1954.Mitchell-Hedges foi para a Amrica do Norte em 1899, conheceu o bilionrio J. P.Morgan, ganhou fortuna em um jogo de cartas e rumou para oMxico. FoicapturadoefeitoprisioneiroporPanchoVila,comquemdepoiscavalgoupelonorte do pas. Mais tarde foi Amrica Central. Na companhia de suanamorada, a rica senhora Richmond Brown (que na poca era casada),atravessou o Caribe, explorou as ilhas Bay, perto de Honduras, as ilhas SanBlas,aolargodoPanam,earegioprximaJamaica.

    EleachavaqueosartefatosqueencontrounasilhasBayapontavamparaumacivilizao avanada que hoje estaria sob as guas do oceano, e sups quefosse a Atlnda. Mitchell-Hedges nha inclinao pelas cincias mscas epor sociedades secretas, e defendeu a idia da existncia de civilizaesperdidas e de Atlnda. Chegou nalmente a Lubaantun, onde o cristal foidescobertoem1927.

    Curiosamente, ele dedica apenas trs pargrafos de seu livro ao famosocrnio de cristal, e esses poucos pargrafos foram rerados da edioamericanadeseulivro,publicadoposteriormente.

    O crniododesno feitodepuro cristal de rochae, segundoos cienstas,deveterlevadomaisde150anosparaseresculpido,geraoapsgeraodeartesostrabalhandodiariamente,avidatoda,esfregandopacientementecomareiaumimensoblocodecristalderocha,atemergirdeleocrnioperfeito.Ele tem pelomenos 3.600 anos de idade e, segundo a lenda, foi usado pelosumo sacerdote maia em rituais esotricos. Dizem que quando ele jurava

  • algum de morte com o auxlio do crnio, a morte era inevitvel. J foidescritocomoamaterializaodetodoomal.Noquerotentarexplicaressefenmeno.

    Hoje, o crnio connua a maravilhar platias do mundo todo, efreqentementeaparecenateleviso.Nstambmusamoscristaisdequartzonasmaisavanadasformasdetecnologia,comoemrelgioscommostradoraLED e computadores. Aparentemente, o crnio de cristal, como outrosobjetos,um instrumentoangodealta tecnologia.Oenigmada tecnologiaangaqueacreditamosqueassociedadesdopassadoeramprimivas,massabemosquemotoresavapor,relgioscomengrenagensecrniosdecristalexistiram.Queoutrossegredosdealtatecnologiaopassadonosreserva?

    DispositivodetectordeterremotosdaChina,aproximadamente200d.C.

    Amquinadevendasporinserodemoedas,usadah1.900anospelosegpcios.

  • Pergaminhoencontradoem1900emumabibliotecasecretadeDunhuang,noDesertodeGobi,porsirAurelStein,quetrabalhavaparaoMuseuBritnico.Alinguagemdesconhecida.Amaioriadoslivros

    antigosfoidestrudanaChinaporordemoficial.

  • Dispositivolana-chamaschins,feitoaproximadamenteem1040.Usavapetrleorefinado,queerabombeadodeumtanqueretangular.

    Baixo-relevomaiadeumcrniodecristal.

  • MikeMitchell-Hedges,asenhoraRichmondBrownThomasGannemLubaantunem1927.

    OenigmticocrniodecristaldeMitchell-Hedges.

    UmarelquiadaAtlntida?

  • 2.OsMestresConstrutoresdosMeglitos

    Osfatosnodeixamdeexistirsporquesoignorados.

    ALDOUSHUXLEY

    Averdadeumas,masoerroseprolifera.Ohomemolocalizaeoretalhaempedacinhos,

    esperandotransform-losemgrosdeverdade.

    RenDauman,THEWAYOFTHETRUTH

    Megalitomania

    Lendas sobreesplendorosascivilizaesangase suadestruiocataclsmicafazempartedequasetodasasculturasdomundo.Octicomodernopergunta:Bem, se houve civilizaes altamente avanadas no passado, onde esto asprovas,comomquinasecoisasdognero?Enodeveramosterencontradoasrunasdesuascidades?Arespostaquetaisprovasexistem,ecentenasdecidadesemrunasjforamencontradasacimaeabaixodagua.

    A idia de que o homem era primivo no passado e de que o presenterepresenta o apogeu da civilizao em nosso planeta razoavelmente bem-aceitanoOcidente,pormoutrasculturasvemahistriacomoumprocessocclico, e nossa sociedade atual como fruto do declnio de uma anga eraurea.Opassado legoucidadesmegalcas, construdasparadurarmilharesdeanos.Quoprimitivosdevemosimaginarteremsidoessespovos?

    No mundo todo existe uma espcie de construo megalca chamadaatlante por pesquisadores que acreditam em civilizaes avanadas nopassado. Geralmente,umaconstruoqueempregagigantescosblocosdepedra,comogranitocristalino.Imensosblocossoencaixadossemargamassaemeslopoligonal,queuneosblocospesadosemziguezague.Essasparedespoligonais interligadas resistem a terremotos porque se movimentam juntocom a onda de choque do sismo. Elas se agitam e se movem livrementedurante alguns instantes, mas depois voltam ao lugar. Essas paredesinterligadas em ziguezague no desmoronam com a onda de choque de umterremoto,talcomoasconstruesdetijolos.

    Construes nesse eslo atlante podem ser encontradas nomundo todo, e

  • seus exemplos clssicos localizam-se em Micenas, no Peloponeso, e nostemplos de Malta, junto s gigantescas paredes megalcas de Tiahuanaco,Ollantaytambo, monte Albn e Stonehenge, bem como nas estruturas pr-egpciasdoOsirion,emAbidos,enoTemplodoValedaEsfinge.

    Normalmente, a arquitetura atlante circular, usando as tcnicas maisprecisas de corte de pedra para encaixar blocos. A arquitetura atlantetambmcostumaempregarpedrasdetoque-formasidncassocortadasem pedra nos dois lados da junta e o espao preenchido com um grampometlico. Essas pedras de toque geralmente tm formade ampulheta ou deduplo T. Os grampos empregados podiam ser de cobre, bronze, prata,electrum(misturadeprataeouro)oudealgumoutrometal.Emquasetodosos casos em que se encontram pedras de toque, o grampo de metal jdesapareceu-muitosmilharesdeanosatrs!

    Muitas runas conhecidas, e outras nem tanto, abrigam os restos de cidadesaindamais angas. Sos arqueolgicos como Baalbek, no Lbano, Cuzco, noPeru, a Acrpole de Atenas, Lixus, no Marrocos, Cdiz, na Espanha e at omontedoTemplodeJerusalmsoconstrudossobreosrestosgigantescosdeangas runas. Algumas cidades modernas - e Cuzco um bom exemplo -contm trs ou mais nveis de ocupao, incluindo os ocupantes modernos.Alguns arquelogos acham que essas construes anteriores procederam damticacivilizaoatlante.

    Mas onde cava Atlnda? A Atlnda est ao nosso redor, assegurou oestudioso ingls John Michell em seu livro The view over Atlans. Michellmostroutambm,emMegalithomania,querunasangasfantscassoumfenmenomundial.Muitosautores tentarammostrar comoadistribuiodemeglitosemescalaglobalapontaparaumacivilizaoavanadaemtemposantediluvianos, incluindo obras acadmicas comoMegaliths &masterminds,dePeterLancasterBrown.

    Atesedessesautoresadequeomundoangoeranotavelmenteadiantadopara quem saiu da dita Idade da Pedra, e que uma civilizao avanadachamadaAtlndaprecedeuaauroradahistria.Acivilizaopr-histricano s teria escala mundial como construiu monumentos e ediciosimpressionantes.

    A idia de que apenas recentemente o homem inventou coisas comoeletricidade, geradores, motores a vapor e a combusto, ou mesmo o vomotorizado, no necessariamente verdica em um mundo que percorre a

  • montanha-russadahistria.

    Com efeito, quando observamos a velocidade com que a sociedade atualabsorve novas invenes, podemos imaginar a rapidez com que umacivilizaoaltamenteciencater-se-iadesenvolvidonaremotaAngidade.AssimcomoaindahojehtribosprimivasnaNovaGuinenaAmricadoSulvivendo na Idade da Pedra, a Atlnda pode ter exisdo em um perodo noqualoutrasreasdomundoviviamemestgiosvariadosdedesenvolvimento.

    O mundo ango da Atlnda pode ter sido bem parecido com o de hoje -justapostoentrediversas faces governamentaismilitares enquanto surgemconitos em diversas colnias, causados por um sistema econmicoestabelecido pelos interesses comerciais de grandes grupos. Segundo amitologia,Atlndafoidestrudapelasguerrasdasquaisparcipounomundoango.Hoje,oplanetaestnovamentebeiradeumarmagedonemvirtudede diferenas polcas, religiosas e tnicas. O homemmoderno tem algo aganharestudandoopassado?OsestudiososdaAtlntidaacreditamquesim.

    AcivilizaoOsiriana

    A civilizao osiriana, segundo a tradio esotrica, foi uma sociedadeavanada, contemporneada atlante.Nomundode15mil anos atrs, haviaemnossoplanetadiversascivilizaesaltamentedesenvolvidasesoscadas,cada uma, dizem, com elevado grau de desenvolvimento tecnolgico. EntreessascivilizaesfabulosasestavamaAtlndaeoutrabastantedesenvolvidaqueflorescianandia,usualmentechamadaImprioRama.

    Teoriza-se um passado bem diferente daquele que aprendemos na escola.Tratasedeumpassadocomcidadesmagncas,estradaserotasdecomrcioangas, portos avos,marinheiros emercadores aventureiros. Boa parte domundoangoeracivilizada,ereascomondia,China,Peru,MxicoeOsriseramprsperoscentros,comvriascidades importantes.Muitasdelas foramirremediavelmenteperdidas,masoutrasforamouserodescobertas!

    Dizem que na poca da Atlnda e de Rama, o Mediterrneo era um valegrande e frl, e no omar que hoje conhecemos. ONilo nascia da frica,comohoje,eerachamadoderioEsges.Contudo,emvezdesairpeloDelta,ao norte do Egito, e desaguar noMediterrneo, oNilo prosseguia pelo vale,virandoparaooesteeuindoatuma sriede lagos ao sul deCreta.O riopassava entreMalta e Siclia, ao sul da Sardenha, e depois desembocava noAtlnco por Gibraltar (os Pilares de Hrcules). Esse amplo vale frl,juntamente com o Saara (que ento era uma grande plancie frl), era

  • conhecidonaAntigidadecomocivilizaoosiriana.

    A civilizao osiriana tambm pode ser chamada de Egito Pr-dinsco, oango Egito que construiu a esnge e os meglitos pr-egpcios, como oOsirion de Abidos. Nesse raiar da histria anga, o imprio osiriano foiinvadido pelos atlantes, e guerras devastadoras irromperam pelo mundopoucoantesdofinaldoperododeexpansoimperialeblicodaAtlntida.

    Nos dilogos de Plato, Slon relata que aAtlnda, quando estava prximade seu m cataclsmico, invadiu a Grcia anga, que no era sequerconhecida dos gregos angos. Essa Grcia anga desconhecida, comoveremos,estavaintimamenteligadacivilizaoosiriana.

    AhistriadoprprioOsris,segundoohistoriadorgregoPlutarco,revelacertatecnologia.Conformeamitologiaegpcia,OsriseralhodoCuedaTerra,foioprimeiro reidoEgitoeo instrumentode sua civilizao.Dizemqueeleteria viajado pelomundo, ensinando a arte da civilizao aps o dilvio. Eleafastou os moradores do Egito de seus costumes brbaros, ensinou aagricultura, formulou leis e mostrou-lhes a adorao dos deuses. Feito isso,saiuatransmitirseusconhecimentosparaorestodomundo.

    Emsuaausncia,sis,suamulher,governou,masoirmoecunhadodeOsris,Tfon, tambm conhecido como Set ou Sat, estava sempre disposto aprejudicar seu trabalho (ou aomenos sua tentava) de civilizar omundo, edecidiuqueiriamatarOsris,tomandosisparasi.Elereuniu72conspiradorespara realizar seu plano e fez um belo sarcfago com as medidas exatas deOsris. Organizou um banquete e declarou que daria essa pea a quemcoubesse deitado dentro dela. Quando Osris entrou, os conspiradorescorreram at o sarcfago, pregaram a tampa e depois despejaram chumbo,jogando-onoriopeloqualfoilevadoparaomar.QuandofsissoubedamortedeOsris,ps-seimediatamenteprocuradeseuamado.

    OsarcfagodeOsrisencalhouemBiblos,hojenoLbano,nomuitolongedasmacias lajes de Baalbek. Ao redor do sarcfago, com Osris ainda dentrodele,cresceuumarvore,queoreideBiblosmandoucortarparausarcomopilar emseupalcio. sis acabou localizandoOsris e levou-ode voltaparaoEgito. Tfon (Set/Sat), porm, quebrou o sarcfago, esquartejou Osris emcatorzepedaoseespalhou-ospelopas.

    Adedicadasisprocurouospedaosdeseumaridoe,todavezqueencontravaumdeles,enterrava-o-razopelaqualhtemplosdedicadosaOsrisportodoo Egito, e aparentemente em outros pontos do Mediterrneo oriental. Em

  • outraverso,natentavadeenganarTfon,elaapenasngeterenterradoospedaos, juntando-osparatrazerOsrisdevoltavida. sisencontratodasaspartes,excetoofalo,eOsrisacabavoltandodomundoinferior;eleincenvaseu lho Hrus (o popular deus com cabea de falco) a vingar sua morte.Cenas dos templos egpcios costumam apresentar Hrus traspassando umagrande serpente (Tfon ou Set) com uma lana, em cena idnca a de SoJorgeeoDrago,emborarepresentadamilharesdeanosantes.

    Nonal feliz, sis eOsris voltama se reunir e tmoutrolho,Harpcrates.Maselenasceprematuramenteecoxo.

    AlendadeOsrisreneoutrostemasimportantes,inclusivearessurreioeaderrota do mal pelo bem, sendo talvez chave para a anga civilizaoosiriana.SeriamoscatorzepedaosdeOsrisumaalusoaoscatorzelugaressagradosconstrudospelososirianosportodooMediterrneo?Jmencioneiateoria de que oMediterrneo teria sido um vale frl, commuitas cidades,fazendasetemplos.Talvezalgunsdesseslugaresaindaestejamintactossobagua,eoutrossejamatconhecidos,emborasuaimportnciaaindanotenhasido idencada. Acredito que as primeiras construes megalcas deBaalbek, Jerusalm, Giz e Osirion, em Abidos, possam ser includas comolugaresconhecidosdesseconjunto.

    Uma chave para a sociedade megalca de Osris pode ser encontrada nascuriosasrunassoterradasdeOsirion(asrunasmegalcasepr-dinscasdeAbidos,riosuldoEgito).OarquelogoinglsNavillecomentou,emumargonoLondonIllustratedNews,em1914,que:

    Aqui e ali, nos enormes blocos de granito, havia uma espessamaaneta [...]usadaparamover aspedras.Osblocos sobemgrandes - comprimentosde4,5 metros no so raros; e a estrutura como um todo tem o carter daconstruo primiva que, na Grcia, chamada de ciclpica. Um exemploegpciodissoestemGiz,ochamadoTemplodaEsfinge.

    Naville relaciona diretamente o Osirion com as gigantescas e pr-histricasconstruesdaGrcia,etambmcomoTemplodaEsnge.OutroslugaresaoredordoangoimprioosirianoestonailhadeMalta,noLbano,emIsrael,nas ilhas Baleares e em outras reas do Mediterrneo. (Com efeito,pracamente todas as ilhas do Mediterrneo, qualquer que seja o seutamanho, tm seusmeglitos pr-histricos.) Alm disso, asmaanetas, quepodiam ou no servir para movimentar as pedras, so do mesmo poencontrado nas pedras gigantescas que foram empregadas para construir

  • murosmaciosnasvizinhanasdeCuzco,noPeru.

    AfaltadeinscriesindicaqueOsirion,comooTemplodoValedaEsnge,foiconstrudoantesqueseadotassemhierglifosnoEgito!Sabemosdissoporqueos egpcios sempre gravavam hierglifos e decoraes em toda obraarquitetnica. As nicas excees so edicios, como a Grande Pirmide, oOsirion e o Templo do Vale da Esnge, que muitos arquelogos hoje estoconsiderandomaisangosdoqueoutrasestruturas.Evidentemente,oOsirionumarelquiadaprpriacivilizaodeOsris.

    Oprementeeopassadodevemestarpresentesnofuturo,eofuturoestcontidonopassado.

    T.S.ELIOT

    BaalbekeOsris

    Uma das mais espantosas runas angas do mundo a base megalca deBaalbek,as runaspr-romanas sobreasquais foierguidoumtemplodaeraromana.

    O so arqueolgico de Baalbek ca a 71 quilmetros a leste de Beirute,aproximadamente,ecompostopordiversas runasecatacumbas.Com750metrosdeextensodecada lado,umadasmaioresestruturasdepedradomundo. Uma parte consiste de gigantescos blocos de pedra de uma eraperdida, formandoumaplataformacomumtemplo romanoassentadosobreela. O templo romano dedicado a Jpiter e Vnus foi construdo sobre ostemplos que eram dedicados s divindades angas correspondentes - Baal esuacompanheira,adeusaAstarte.

    Os templos de Baal e Astarte podem ter sido erigidos como parte de umtemplo solar pr-histrico, e sobre as runas da estrutura mais anga, compropsitodesconhecido.SegundoumargodeJimTheisennaINFOJournal,osgregoschamaramoTemplodeHelioplis,quesignicaTemplodoSolouCidade do Sol. Apesar disso, o propsito original da gigantesca plataformapodetersidocompletamentediferente.

    Baalbekumbomexemplodaquiloqueacontececommuralhasgrandiosasebem-feitas - so usadas repedas vezes por construtores que erguem umanovacidadeoutemplosobreoutrosmaisangos,usandoaspedrasqueestoconvenientementedisposiono local.Geralmente, aspedrasoriginais soto grandes que no podem ser movidas e postas em outro lugar.

  • exatamente o que se v emmuitos locais, tanto no VelhoMundo como nasAmricas.Exemplosdealvenariaoucantariamuitoantigos(comidadeentre3e6milanos)misturadoscomtrabalhosbemmaisrecentes(com500a2.500anos) podem ser vistos em monte Albn, no Mxico, e em lugares andinoscomoChavn,CuzcoeOllantaytambo.

    Em Baalbek, a arquitetura romana (quase toda destruda por um terremotoem 1759) no apresenta nenhum problema arqueolgico, ao contrrio dosmacios blocos de pedra talhada sob ela. Uma parte da parede da reacercada, chamada trilithon, composta por trs blocos de pedra talhada,simplesmente os maiores blocos de pedra usados em construes nesteplaneta, pelo que se sabe (runas submarinas podem revelar construesmaiores).umaproezadeengenharianuncaigualadanahistria.

    Opesoeatotamanhodessaspedrasdomargemacontrovrsias.Segundoo autor Ren Noorbergen, em seu fascinante livro Secrets of the lost races,cadapedratem24,6metrosdecomprimentoe4,5metrosdeespessura,eopeso esmado de cada uma varia de 1.200 a 1.500 toneladas. Embora otamanho calculado por Noorbergen possa estar incorreto, o peso informadodeve estar prximodo real.Mesmoas esmavas conservadoras dizemquecadapedrapesa750toneladas.

    uma proeza extraordinria da engenharia civil, pois os blocos foramerguidosaumaalturasuperiora6metrosparapoderemseapoiaremblocosmenores. As colossais pedras foram perfeitamente encaixadas, e nem umalminadecanivetepodeserenadaentreelas.Atosblocosdonvelinferioraos trilihons{2} so incrivelmente pesados. Com 3,9 metros de comprimento,devempesarcercade50toneladascadaum,edequalquermodotrata-sedeum grupo de pedras imensas sob qualquer critrio de medida, exceto secomparadas aos trilithons. Masmesmo os trilihons no so asmaiores daspedras!

    Amaiordetodasaspedrastalhadas,com3,9metrospor4,2metrosdeseoe quase 21 metros de comprimento, pesando no mnimo 1.000 toneladas(tanto Noorbergen quanto Chals Berlitz atribuem a essa pedra o peso de2.000 toneladas,) ca em pedreira prxima, situada a 800 metros dali. Miltoneladas so um milho de quilos! A pedra chamada Hadjar el Gouble,Pedra do Sul, em rabe. Noorbergen est correto ao dizer que no hguindaste ou grua nomundo que possa erguer qualquer uma dessas pedras,independentementedo seupeso real.Asmaiores gruas so as estacionrias,montadas ao lado de represas para levantar enormes blocos de concreto.

  • Normalmente, podem erguer blocos com vrias centenas de toneladas.Masmil,ou,qui,2miltoneladasestomuitoalmdesuacapacidade.Omodocomo esses blocos foram movidos e erguidos at sua posio foge compreensodosengenheiros.

    Muitos peregrinos iam daMesopotmia e do Vaie do Nilo at o Templo deBaal-Astarte. O local mencionado na Bblia, no Livro dos Reis. H sob aacrpole uma vasta rede de passagens subterrneas. Sua funo desconhecida, mas provavelmente eram usadas para abrigar peregrinos,talvezemumperodoposterior.

    QuemconstruiuamaciaplataformadeBaalbek?Comoelafoifeita?Segundoangostextosrabes,oprimeirotemplodeBaal-Astarte,incluindoosmaciosblocosdepedra, foi construdoporuma tribode gigantespoucodepoisdoDilvio,porordemdolendrioreiNimrod.

    Maselepodesermaisango,poisaHistriamostraquealgunsgovernantesgostavam de se apropriar demonumentos erguidos por outros. Omco reiNimrod,gurahistrica toangaqueseperdeuparans,pode terqueridoapropriar-sedaspedrasdeBaalbekporvoltade6.000a.C.,masaconstruopodetersidoerguidaem12.000a.C.,antesdoDilvio.

    Os tericos da astronuca anga tm sugerido que a estrutura de Baalbekteria sido construda por extraterrestres. Charles Berlitz comenta que umcienstasovico,odoutorAgrest,sugerequeaspedrasfaziampartedeumaplataforma de decolagem e pouso para espaonaves extraterrestres. Oescritor e estudioso da Sumria Zecharia Sitchin acredita, do mesmomodo,queBaalbekumaplataformadelanamentodefoguetes.

    Como Buda procura do caminho do meio, eu procuro um campointermedirionesse intrigantemistriodopassado.Emborasejapossvelqueastronautas angos possam ter visitado a Terra no passado, parece poucoprovvelquetenhamchegadoaquiemfoguetes.Elesteriamdominadoaarteda angravitao, e suas espaonaves seriam modelos eltricos de estadoslido, no mnimo. Tais naves poderiam pousar e decolar em um buclicogramado,enoprecisariamdeumagigantescaplataforma.

    Oque,ento,eraBaalbek,equemoconstruiu?AteoriadequeBaalbekseriaremanescentedoImprioOsiriano,juntamentecomalgunsdosoutroslugaresmegalcos do Mediterrneo, encaixa-se bem lenda rabe anteriormentemencionada: os macios blocos de pedra teriam sido construdos um poucodepoisdoDilvio,porordemdoreiNimrod.

  • Mas, mesmo que Baalbek seja vesgio da civilizao osiriana, como essesblocos imensos foram transportados e erguidos? Uma pista est no imensobloco que ainda repousa na pedreira, situada a 800 metros dali.Aparentemente, esta pedra deveria ter sido colocada na plataforma com asoutraspedras,masporalgummovoelanuncafoiusada.SegundooargodaINFO, asmaiores pedras usadas naGrande Pirmide do Egito pesamapenas181.600 quilos (h diversos blocos de granito desse porte no interior dapirmide). Os autores dizem que antes da NASA levar o gigantesco fogueteSaturnoVatsuaplataformade lanamentosobreumenormeveculosobretrilhos, nenhum ser humano nha transportado um peso semelhante ao daspedrasemBaalbek.

    Em seu livro Baalbek, o arquelogo Friedrich Ragee tenta explicar como oso foi construdo e como as pedras forammovidas at seu lugar. ExplicarBaalbeknofcil,admiteRagee,maselefazomelhorquepode.Rageecomea armando que h duas pedreiras: uma situada a 2 quilmetros aonortedeBaalbekeoutra,maisprxima,ondeaindarepousaomaiorblocodepedra do mundo. Posteriormente, ele faz este curioso comentrio sobre aspedreiras:

    Depoisqueoblocofoiseparadonafacevercal,efeitaumaranhuraaolongodabaseexterna, apea foiderrubada comoumarvore sobreumacamadade terra por meio de uma cunha manipulada por trs. Aparentemente, osromanos tambm empregaram algum po de mquina de corte. Podemosdeduzir isso pelo padro de golpes circulares concntricos que alguns blocosapresentam. So maiores do que qualquer homem poderia fazermanualmente, e podemos presumir que a ferramenta de corte foi xada aumaalavancaajustvel,quepodiaangiroblococomgrandefora.Raiosdeoscilaodeat4metrosforamobservados.

    Ragee prossegue, teorizando sobre a possibilidade de semover uma pedrade800toneladassobreroletes:

    [Se] presumirmos que o bloco esvesse apoiado sobre roletes cilndricos demadeirabemcortados,comdimetrode30cenmetroseaumadistnciade0,5metro,cadaroletesuportaria20 toneladas.Seasuperciedecontatodorolete vesse 10 cenmetros de largura, a presso seria de 5 quilos porcenmetro quadrado, que exigiria uma pavimentao de pedra slida narampa. Teoricamente, a fora necessria paramover horizontalmente essebloco seria de 80 toneladas. Outra possibilidade que o bloco esvesseenvolvidoemuminvlucrocilndricodebraadeirasdemadeiraedeferro.

  • O autor descarta esta lma hiptese, considerada improvvel einconveniente. Resta ainda a questo de como o bloco teria sidodesembrulhado e posto no lugar, o que nos remete questo ainda maisintrigante,relativaaomododeselevantargrandespesos.

    Noentanto,Rageearmaquenohevidnciasdealgumaestradaanga,que teria necessariamente de receber pavimentao. Segundo o argo daINFO, no se observam evidncias de uma estrada entre a pedreira e otemplo.Mesmoquetenhaexisdotalestrada,ostroncosusadoscomoroletesteriam sido esmagados e transformados em serragem. Mas bvio quealgum,naquelapoca,sabiacomotransportarpedrasde500toneladas.

    Nenhum empreiteiro de hoje se disporia a tentar mover ou erguer essaspedras. algo que est simplesmente alm da tecnologia moderna. AchointeressantequenoexistaestradavisvelentreapedreiraeomacioTemplodoSol.Issoindicaumadasseguintespossibilidades,ouambas:aconstruodaplataforma inferior deu-se em uma angidade to remota que a estradadesapareceuh tempos;nunca foinecessriaumaestradaparao transportedos blocos. Como mostra o argo da INFO, a estrada teria sido de poucautilidade.

    Rageenocapazderesolveroproblemadoiamentodeumblocodessasdimenses, armando ser impossvel erguer completamente do solo objetostoimensoscomousodealavancas.Eledizquesabemosqueapedratevedeserlevantadaparaqueosroletesdemadeirapudessemserretiradoseoblocoabaixado at se encaixar. Para que o ajuste fosse perfeito, provavelmente apedradevetersidoerguidaebaixadavriasvezes.

    Ele sugere que uma gigantesca estrutura teria sido construda para iar apedra,equepelomenos160pedrasLewis-pedrasemformadecunhacomarosdemetal - teriamsido inseridasnapartesuperiordobloco.Depois, ter-se-iaempregadoumsistemaderoldanasepresilhas,bemcomomilharesdeoperrios,paraerguerebaixaralgunscentmetrososgigantescosblocos.

    Rageeno apresenta explicaes quanto aoporqudos romanos, ouquemquerquefosse,teremsedadoaesseimensotrabalhonatentavaderealizarumaproezadeengenhariavirtualmenteimpossvel,amdeassentarasbasesde um templo para Jpiter. Se eles vessem cortado os blocos em cempedaos,porexemplo,seutamanhoaindaseriaanormalmentegrande,maiorqueodeumhomem,maspelomenosteriasidomuitomaisfcilajustaressespedaos em um muro. Ficamos com a perturbadora idia de que o movo

  • parateremusadoessaspedrasimensasqueelaspodiamserusadas-ecomrelativafacilidade,emborahojenosaibamoscomo.

    RagettefazuminteressantecomentriofinalsobreBaalbek:

    O verdadeiro mistrio de Baalbek est na completa ausncia de registrosescritossobresuaconstruo.Queimperadornogostariadeusufruirafamadesuacriao?Quearquitetonoteriapensadoemregistrarorgulhosamenteseu nome em um dos incontveis blocos de pedra? Mas ningum reclamaessestemplos.comoseoJpiterheliopolitanorecebessetodoocrdito.

    RunasosirianasnoEgito

    AindarestamoutrosvesgiosdeOsrisnoMediterrneooriental.Ossilharesda base do Muro das Lamentaes de Jerusalm tambm so blocosgigantescos, semelhantes aos de Baalbek. Acredita-se que as runasmegalcas encontradas sob as guas em Alexandria, no Egito, seriamanteriores ao Egito dinsco dos faras. da lenda de Osris e das muitastumbas de Osris que ramos o nome dessa civilizao datada da era daAtlntida.

    As runasmegalcas submersas deAlexandria so outra pista para a angaOsris.Naverdade,Alexandrianoumacidadeegpcia,masgrega.Comofcil deduzir, Alexandria recebeu o nome de Alexandre, o Grande, reimacednico que conquistou as cidades-Estado da Grcia no sculo III a.C. edepoissaiuemconquistadorestodomundo,comeandopelaPrsia.APrsiaera tradicional inimigo do Egito, que caiu - de bom grado - nas mos deAlexandre.EstefoiaMns,pertodaatualcidadedoCairo,edepoisdesceuoNiloatapequenacidadeegpciadeRhakos.Ali,ordenouaseusarquitetosqueconstrussemumagrandecidadeporturia,queviriaaserAlexandria.

    Alexandredirigiu-se ao TemplodeAmonnoosis de Siwa, onde foi saudadocomo a reencarnao de um deus, ou seja, uma gura expressiva da angaOsrisoudaAtlnda.Quedeusera,nosabemos.Paruparaaconquistadorestante da Prsia e depois da ndia. Oito anos depois de sair da futuraAlexandria, ele retornou cidade - em um caixo. Nunca chegou a v-la,embora se diga que seus ossos ainda estejam l enterrados (mas at agoraningumencontrouseutmulo).

    DetodososmistriosdeAlexandria,porm,nenhummaisintrigantedoqueo das runas megalcas que cam a oeste do farol de Faros, perto dopromontriodeRasel-Tin.DescobertonaviradadosculoXIXparaoXXpeloarquelogo francs M. Jondet, e apresentado em seu trabalho Les ports

  • submergesde1ancienneIsledePharos,oportopr-histricoumagrandealadepedrasmaciasquehojeesto completamente submersas. Pertodelecava o lendrio Templo de Poseidon, edicao j desaparecida, masregistrada pela literatura. A Sociedade Teosca, ao saber da existncia doporto submersoede seusmeglitos, associou-o rapidamente Atlnda.M.Jondetpresumequesuaorigempossaserminica,apartedeumportoparanavioscretenses.E.M.Forster,emseuexcelenteguiadeAlexandria,defendeateoriadequeoportopodeterorigemegpciaanga,construdoporRamssIIem1.300a.C.aproximadamente.Amaiorpartedasrunasestoentre1,2a7,5metros de profundidade, e se estendem pormais de 60metros de lesteparaoeste,curvando-selevementeparaosul.

    Provavelmente, a verdadeira origem do macio porto submerso - que emalguma poca certamente esteve acima da gua, pelo menos em parte -encontra-se entre a teoria deM. Jondet, com os construtoresminicos, e asuposiodaSociedadeTeosfica,queovatlante.

    Emtese,comalentainundaodoMediterrneo,omarteriaseestabilizadoapsalgumascentenasdeanos,edepoisososirianosremanescentes,usandotecnologia e cincia semelhantes s atlantes, construram as estruturas eportosque lhes foi possvel.Mais tarde, emoutrodeslocamento tectnico, area do porto (usada provavelmente por egpcios pr-dinscos) afundou,tornando-seintil.

    interessante observar, com relao a essa teoria, que havia o Templo dePoseidon na extremidade de Ras el-Tin. A Atlnda era conhecida pelosangoscomoPoseidonis,ePoseidonisouPoseidoneraumreilendriodaAtlnda. Domesmomodo,supe-sequePoseidoniseOsriseramamesmapessoa. O principal templo de Rhakos - a cidade egpcia que Alexandreencontrounoantigoporto-naturalmente,eradedicadoaOsris.

    Oqueestamosaprendendocomasmentesmegalcasquesuasedicaesso encontradas no mundo todo, e muitas delas esto sob a gua e so dedifcillocalizao!

    Oopostodeumadeclaraocorretaumadeclaraofalsa.Masoopostodaverdadeprofunda

    podeseroutraverdadeprofunda.

    NIELSBOHR

    OSTEMPLOSSOTERRADOSDECARNAC

  • Situadana costa sul daBretanha, Frana, a cidadedeCarnac reneamaiorconcentraodemeglitosdomundo.Esmavasconservadorasarmamqueosmeglitosforamerguidosporvoltade5.000a.C.,h7milanos.Podemsermaisvelhos.

    OGrandeMenirQuebradodeErGrah,naBretanha,consideradoomaiordomundoecaemumpromontriopertodomar.Oproblemadesemoverumapedra desse porte foi comentado emumargo publicado no Journal for theHistory of Astronomy (no 2, p. 147-160,1971) intulado A importnciaastronmica dos grandes menires de Carnac. Os astrnomos, senhor esenhoraThom,armamqueomeglitoeraumapedradeobservao lunar.Escrevem:

    Er Grah, ou Pedra das Fadas, s vezes chamada Le GrandMenir Bris, esthojequebradaemquatropedaosque,medidos,mostramqueocomprimentototal do menir deve ter sido de 20 metros, no mnimo. Pelo contedovolumtrico, seu peso deve ter sido superior a 340 toneladas. Hulle acreditaque ela veio da Cte Sauvage, na costa oeste da pennsula Quiberon. Suaopinio,dequeteriasido levadopormar,nolevaemcontaofatodequeonveldomarpertodessacostateriasidobemmaisbaixonapocamegalca;tampouco considera o fato de que seria necessrio uma balsa de madeiraslida,com30x15x1,2metros-comomenirsubmerso.Nocaclarocomoumabalsadessaspoderiasercontroladaoumesmosepoderiatersemovidonasguasturbulentasprximaspennsula.Presumindoqueapedraveioporterra, uma pista preparada (com troncos?) deve ter sido construda comgrandes roletes e uma presso de umas 50 toneladas aplicadas (como?) nahorizontal, a menos que os roletes fossem girados por alavancas. Deve terlevadodcadasdetrabalhoe,noentanto,lestela,lembranasilenciosadapercia, da energia e da determinao dos engenheiros que a ergueram hmais de trs mil anos. Vemos, na Bretanha, que as pedras mais altascostumamservisadas lunares inversas,masnoparecenecessriousarumapedradesseporteparaessem.Se,noentanto,fosseelauminstrumentodepreviso, omovo para sua posio e altura ca claro, especialmente se sedesnava a previses universais, sendo usada em vrias direes. H oitovaloresprincipaisaseconsiderar,correspondendoaoortoeaoocasodaLuaempontosestacionrios, quandoadeclinaoeramaisoumenosmoderada[...] Foidemonstradoqueexistepelomenosum lugaremcadaumadasoitolinhascomoespaonecessrioparamovimentaolateral.

    Agora,devemostentarimaginarcomosedescobriuumaposioparaErGrah

  • que saszesse os requisitos. Observaes cada vezmais cuidadosas da Luadevem ter sido feitas ao longo de centenas de anos. Elas teriam reveladoanomaliasinexplicveisporcausadasvariaesdeparalaxeeretrao,eporissodevetersidoconsideradonecessrioobservaraLuanosprincipaispontosestacionrios, tanto em seu orto como em seu ocaso. Em cada pontoestacionrio,haviacercade10ou12lunaesemqueadeclinaomximaemnima mensal poderia ser usada. Em cada mxima ou mnima, haveriaobservadoresemtodososlugarespossveis,tentandoveraLualevantar-seouse pr por trs de elevadas varas de aferio. noite, essas varas teriamrecebido tochas na ponta, pois quaisquer outros sinais no seriam visveisenquantonoformassemsilhuetacontraodiscolunar.Enquantoisso,devetersido usado um observatrio j existente na regio, para que os astrnomospudessemserinformadosdopodemximaqueestavasendoobservado;elesprecisariam conhecer o estado da perturbao. Depois, seguir-se-iam noveanosdeespera,atoprximomomentoestacionrio,quandoosoutrosquatrolocais de observao seriam procurados. A magnitude da tarefa seriaaumentadapeladecisodeusaramesmavisadalunarparaambososposdeparada.Podemoscompreenderporqueissoeraconsideradonecessrio,senoslembrarmosdasdcadasde trabalhoenvolvidasnocorte,namodelagem,notransporte e no iamento de uma visada lunar adequada. Fica evidente que,enquantoalgunslocais,comooQuiberon,usavamoaltodavisadadeErGrah,outros, como Kerran, usava a parte inferior. Provavelmente, isso depunhacontraousodeummontecomummenirmenornoalto.Muitojfoiescrito,ebem,sobreotrabalhodespendidoparasecolocarErGrahnolugar,masumaavaliaocompletadadiculdadeparaseencontrarolugarcertomostraqueessatarefafoitorduaquantoaprimeira.

    Agora sabemos que umapedra com18metros de altura permite uma visoperfeita.Nosabemossetodasasvisadasinversasforamconcludas.

    Maso fatode aindano termosdescobertoqualquer vesgiodeum setor alestenoprovaqueoslocaisalestenoforamusados,poisaspedraspodemter sido removidas. Talvez a extrapolao tenha sido feita por um mtodomais simples, como a triangulao, ou em um local central, como PetMenec.

    FrancisHitching, em Earthmagic, tambm concorda que esse era umpontomegalcocentralparaaobservaodonasceredoocasodaLua.provvelque a maior parte desse gigantesco observatrio astronmico esteja sob agua. Muitos dos meglitos ao longo da costa da Bretanha parecem estar

  • submersos.Muitoslocaisfamososconduzem,defato,gua,epossvelveralgunsmeglitos um pouco acima da supercie quando amar est baixa.Boapartedos longosalinhamentosdepedras vercaisdeCarnaceao redordo golfo de Morbihan parece ter sido construda quando a geograa daBretanhaerabemdiferente.

    PertodacidadedeCarnachofamosoalinhamentocomcentenasdepedrasvercais. Aparentemente, ele tambm faz parte de algum imensoobservatrio astronmico. Em outro argo dos Thom para o Journal for theHistory of Astronomy (no 3, p. 11-26,1972), intulado Os alinhamentos deCarnac, eles concluem que Carnac tambm um observatrio lunar degrandes propores. A respeito dos alinhamentos deMenec, em Carnac, osThomafirmamque:

    Uma caractersca notvel a grande preciso das medidas com que asleiras foram dispostas. No podemos enfazar em demasia que a precisoera bem maior do que a que teriam obdo caso vessem usado cordas. Anica alternavadisponvel para os construtores seria usaremduas varas demedio (de carvalho ou de osso de baleia). Estas deveriam ter cerca de2.0732496 metros de comprimento, com ajustes nas extremidades parareduziroerrogeradoporalinhamento.Cadavarateriaumapoiorgido,masmal podemos imaginar como os engenheiros lidavam com os inevitveisdegrausquandoosolonoestavanivelado.

    Pode-seobservarqueovalordajardamegalcaencontradanaBretanhavale0,829056metros,mais oumenos 0,9milmetro, e aquela encontrada acimavale0,8293608metro,maisoumenos0,3milmetro.Essaprecisospodeserangida hoje em dia por agrimensores experientes, usando bonsequipamentosmodernos.Ento,comoohomemmegalticonoapenasobteveessaprecisoemumlocal,maslevouaunidadedemedidaparaoutroslocais,separadosporgrandesdistncias?Comoessaunidadefoilevada,porexemplo,para o norte, at as ilhas Orkney? Com certeza, no foi fazendo cpias decpiasdecpias.Deve terexisdoalgumaparelhoparapadronizarasvaras,que,comquasetodacerteza,forampreparadasemumcentrodecontrole,oupelomenossobsuperviso.

    Os Thom vem Carnac como parte de um ango e imenso sistema que foiusadoemboapartedaEuropa.Emseuartigo,concluem:

    A organizao e a administrao necessrias para construir os alinhamentosbretes e para erguer Er Grah obviamente espalhavam-se por uma grande

  • rea, mas a evidncia proporcionada pelas medidas mostra que uma reamuitomaisamplaestavaemcontatocomocontrolecentral.Ageometriadosdois crom lechs ovais de Le Menec idnca encontrada em sosbritnicos.Ospicesdetringuloscomarestas integraisformandooscentrosde arcos com raios integrais so caracterscas comuns, e nos dois lados doCanal [daMancha]ospermetrossomlplosdavara.AvasdodossosdaBretanhapodesugerirqueocentroprincipalestavaali,masnopodemosperderdevistaofatodequeatagoranenhumdossosbretesexaminadostemumageometriacomparveldeAveburynacomplexidadedodesenhoouna diculdade do layout. J mostramos anteriormente que as leirasdivergentes de pedras em Caithness poderiam ter sido usadas comoequipamento auxiliar para observaes lunares, e em nosso argo anteriorvimos que os sos de Pet Menec e St. Pierre devem ter sido usados damesmaforma.

    No nal do argo, os Thom confessam: No sabemos como os principaisalinhamentosdeCarnacforamusados.

    Carnac se equipara ao importante templo egpcio de Karnak. Este umedicio imponente, com longas leiras de colunas megalcas que antessustentavamumtetograndioso.

    Serquehoutrosmenires,atmaiores,sobasguasprximasaCarnac?Umexemplo de estrutura megalca submersa conhecida o Beco Coberto deKernic,noDistritodePlousescat,Finistre,hojecobertopelamaralta.

    OsespantososmeglitosdosAndes

    NaporoplanadeumacolinaqueavistaoValedeCuzco,noPeru,humafortalezacolossalchamadaSacsayhuaman,umdosmais imponentesediciosj construdos. Sacsayhuaman formada por trs ou quatro paredes emterrao que sobem pela colina, e as runas incluem portais, escadarias erampas.

    Gigantescos blocos de pedra, alguns pesando mais de 200 toneladas, estoperfeitamente encaixados. Os enormes blocos esto cortados, facetados eencaixados to bem que at hoje no possvel enar uma lmina decanivete,oumesmoumafolhadepapelentreeles.Nofoiusadocimento,enohdoisblocos iguais.Contudo,elesseencaixamperfeitamente,ealgunsengenheiros armaram que nenhum construtor moderno, com a ajuda deinstrumentos e ferramentas do mais puro ao, seria capaz de produzirresultados mais precisos. Cada pedra teve de ser planejada com muita

  • antecedncia;umapedrade21toneladas,paranofalardeumapesandode80 a 200 toneladas, no pode apenas ser posta descuidadamente no lugar,esperando-se angir aquele grau de preciso! As pedras esto encaixadas eajustadas em suas posies, com entalhes do po rabo-de-andorinha,tornando-as prova de terremotos. Com efeito, aps muitos terremotosdevastadores nos Andes ao longo dos lmos sculos, os blocos ainda estoencaixadosperfeitamente,enquantoacatedralespanhola,emCuzco,precisouserreconstrudaduasvezes.

    Omaisincrvelqueosblocosnosofeitoscompedraslocais,mas,segundoalgunsrelatos,provmdepedreirasdoEquador,amaisde2.400quilmetrosdali!Outrosestudiososlocalizarampedreirasbemmaisprximas,acercade8quilmetros,apenas.Emborasesuponhaqueafantscafortalezatenhasidofeitahapenasalgunssculospelosincas,nohregistrosdesuaconstruo,e tampoucoelaguranas lendasnavas.Como seexplicaqueos incas,quenonham conhecimento dematemca superior, no possuam linguagemescrita,nodispunhamdeferramentasdeferroenemusavamrodas,podemreceber o crdito pela construo desse complexo ciclpico de muralhas eedicaes? Francamente, preciso fazer fora para encontrar umaexplicao,quetampoucoseriasimples.

    Quando os espanhis chegaram a Cuzco e viram essas estruturas, pensaramser obras do prprio demnio, em virtude de sua grandeza. De fato, emnenhum outro lugar se v blocos to grandes encaixados com tamanhaperfeio. Viajei pelo mundo todo procura de mistrios angos e cidadesperdidas,masnuncavinadaparecido.

    Os construtores das muralhas no eram apenas bons pedreiros - eramincomparveis! Trabalhos de cantaria similares podem ser vistos em todo oVale de Cuzco. Geralmente, so feitos com blocos de pedra bem talhados eretangulares, pesando at 1 tonelada. Um grupo de pessoas fortes podeerguerumblocoecoloc-lonolugar;semdvida,foiassimquealgumasdasmenores estruturas foram feitas. Mas em Sacsayhuaman, Cuzco e outrascidades incas angas, podemos ver blocos imensos com 30 ngulos oumaisemcadaum.

    Na poca da conquista espanhola, Cuzco estava em seu apogeu, compopulaoesmadaem100mil incas.A fortalezade Sacsayhuamanpoderiaabrigar todos os habitantes dentro de seusmuros em caso de guerra ou decatstrofe natural. Alguns historiadores armaram que a fortaleza foiconstruda alguns anos antesda invasoespanhola, e creditaramaestrutura

  • aos incas. Mas os incas no conseguem se lembrar exatamente como ouquando ela foi feita! S resta um relato ango do transporte das pedras,encontradonaobradeGarcilasodelaVega,Theinccus.Emseuscomentrios,Garcilaso fala de uma pedra monstruosa levada a Sacsayhuaman desdeOllantaytambo,aumadistnciadecercade72quilmetros.

    Osndiosdizemque,porcausadograndetrabalhoqueteveparaserlevada,apedra cou cansada e chorou lgrimas de sangue porque no conseguiu umlugar na edicao. A realidade histrica transmida pelos amantas(lsofos emdicos) dos incas, que costumavam falar sobre isso.Dizemquemaisde20mil ndios levaramapedraato local,arrastando-acomgrossascordas.Arotaqueseguiramparalevarapedraeramuitodicil.Haviamuitascolinasparasubiredescer.Cercademetadedos ndiospuxavaapedracomascordascolocadasnafrente.Aoutrametadeseguravaapedraportrs,commedodequeelapudessesesoltarecairemumaravinadaqualnopoderiaserremovida.

    Emumadessascolinas,porfaltadecautelaeesforomalcoordenado,opesodapedrafoiexcessivoparaaquelesqueasustentavamportrs.Apedraroloucolina abaixo,matando 3 ou 4mil ndios que a sustentavam. Apesar desseinfortnio,elesconseguiramtornaraergu-la.Ela foipostanaplancieondehojerepousa.

    EmboraGarcilasodelaVegadescrevaotransportedapedra,muitosduvidamda veracidade dessa histria. Essa pedra no pertence fortaleza deSacsayhuaman e, segundo alguns pesquisadores, menor do que aquelas lusadas,emboraapedranuncatenhasido idencadaposivamente.Mesmoque a histria seja real, talvez os incas tenhamprocurado reproduzir aquelaque, segundo eles, teria sido a tcnica de construo usada pelos angosconstrutores. Apesar de no se poder negar a maestria dos arces incas,para algum acreditar nessa histria precisa, antes, quesonar como elesteriamtransportadoecolocadoosblocosde100toneladastobem,tendoemcontaotrabalhoquetiveramcomapenasumapedra.

    Ofatodeosincasteremdescobertoessasrunasmegalcaseconstrudoalgosobre elas, armando que eram obra deles, no l uma teoria muitoalarmante. Com efeito, bem provvel que seja verdade. Os angosgovernantes egpcios, com freqncia, reclamavam para si obeliscos,pirmides e outras estruturas j existentes, chegando por vezes a apagar ocartuchodoverdadeiroconstrutor,substuindo-opeloseu.AGrandePirmideparece ter sido vma de tal ardil. O fara Kufu, ou Quops, como era

  • conhecido na Grcia, mandou gravar seu cartucho na base da GrandePirmide.Esseonico textoquesepodeencontrarnela,mas,aoque tudoindica,apirmidenofoiconstrudaporQuops.Talveznemsejaumtmulo,masissoumaoutrahistria.

    Se os incas chegaram e descobriram muralhas e alicerces de cidades jexistentes,porquenose instalarampor l,purae simplesmente?Athoje,bastam algumas pequenas reformas e um teto em algumas das estruturaspara torn-las habitveis. De fato, quase tudo indica que os incassimplesmente encontraram as estruturas e acrescentaram-lhes algunsdetalhes. Hmuitas lendas andinas que relatam que Sacsayhuaman,MachuPicchu,Tiahuanacoeoutrasrunasmegalcasteriamsidoconstrudasporumpovogigante.AlainGheerbrantcomentaemsuasnotasaolivrodeGarcilaso:

    ForamusadostrsposdepedraparaconstruirafortalezadeSacsayhuaman.Doisdeles, inclusiveosqueforamusadosparafazerosgigantescosblocosdamuralhaexterna,foramencontradospracamentenolocal.Soterceiropode pedra (andesito negro), para as edicaes internas, foi levado depedreiras relavamente distantes; as pedreiras de andesito negro maisprximas cavam em Huaccoto e Rumicolca, a 14 e a 40 quilmetros deCuzco, respecvamente. Com relao aos gigantescos blocos da muralhaexterna,nadaprovaquenotenhamsidodesbastadosaparrdeumamassadepedrasexistentenolocal;issosolucionariaomistrio.

    Gheerbrant acredita que os incas nunca chegaram a movimentar as pedrasat Sacsayhuaman, mas, mesmo que as tenham cortado e preparado-as nolocal, um ajuste to preciso exigiria aquilo que os engenheiros modernoschamam de esforo sobre-humano. Alm disso, a gigantesca cidade deTiahuanaco, na Bolvia, tambm foi erguida com blocos de pedra de 100toneladas. As pedreiras cavam longe dali, e o lugar denivamente pr-incaico.Proponentesdateoriadequeosincasencontraramessascidadesnasmontanhas e nelas se xaram, diriam que os construtores de Tiahuanaco,Sacsayhuamanedeoutrasestruturasmegalcasda regiodeCuzcoeramomesmopovo.

    CitandonovamenteGarcilasodelaVega,queescreveusobreessasestruturaslogoapsaconquista:

    [...] como podemos explicar o fato de os ndios peruanos serem capazes decortar, escavar, erguer, portar, iar e aplicar blocos de pedra to imensos,fazendo-o, como disse antes, sem o auxlio de uma s mquina ou

  • instrumento?Umenigmacomoessenopodeserresolvidofacilmentesemaajuda damagia, especialmente se nos lembrarmos da grande familiaridadedessespovoscomosdemnios.

    OsespanhisdesmantelaramSacsayhuamanomximoquepuderam.QuandoCuzco foi conquistada, Sacsayhuaman nha trs torres redondas no alto dafortaleza, por trs de trs muralhas megalcas concntricas. Elas foramdesmontadas pedra por pedra, que foram usadas para construir novasestruturasparaosespanhis.

    Uma teoria interessante sobre as construes com pedras gigantescas eperfeitamente encaixadas que foram produzidas pormeio de uma tcnicahoje perdida de amolecimento e moldagem da pedra. Hiram Bingham,descobridor de Machu Picchu, escreveu em seu livro Across South Americasobreumaplantadequeouvirafalar,cujossumosamoleciamapedraapontodeelapoderserencaixadaemcantariasmuitoapertadas.

    EmseulivroExploraonFawce,ocoronelFawcecomentouqueouvirafalardecomoaspedraseramencaixadasusando-seum lquidoqueasamoleciamat adquirirem a consistncia do barro. Brian Fawce, que editou o livro dopai, conta essa histria em suas notas de rodap: um amigo que trabalhavaem uma mineradora a 4.600 metros em Cerro de Pasco, regio central doPeru, descobriu um jarro em um tmulo incaico ou pr-incaico. Ele abriu orecipiente pensando que fosse chicha, uma bebida alcolica, rompendo oangolacredeceraaindaintacto.Depois,poracidente,ojarrofoiderrubadosobreumapedra.Fawcettprossegue,mencionandooamigo:

    Dezminutosdepois,curvei-mesobreapedraecasualmenteexamineiapoadelquidoderramado.Noeramaislquido;apedrasobreaqualojarrocaraestavamaciacomocimentofresco!Ecomoseapedravessederredo,comoceraaquecida.

    Aoqueparece,FawceacreditavaqueaplantapoderiaserencontradanorioPirene,emChuncho,Peru,edissequenhafolhasvermelhas,escuras,emaisoumenos30cenmetrosdealtura.Conta-se,ainda,ahistriadeumbilogoque observava um pssaro raro na Amaznia. Ele viu quando a ave fez umninho em uma rocha esfregando-a com um graveto. A seiva do gravetodissolveu a rocha, criando uma cavidade na qual a ave pde acomodar seuninho.

    Todaessaespeculaopodeserpostade ladoporcontadedescobertasmaisrecentes apresentadas na Scie