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A família e o tratamento da obesidade infantil 1 A importância da Família no tratamento da Obesidade Infantil Elenice Moteleski Klemba Universidade Tuiuti do Paraná Orientadora: Denise Cerqueira Leite Heller

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A família e o tratamento da obesidade infantil 1

A importância da Família no tratamento da

Obesidade Infantil

Elenice Moteleski Klemba

Universidade Tuiuti do Paraná

Orientadora: Denise Cerqueira Leite Heller

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Resumo

O presente estudo teve como objetivo estudar o comportamento alimentar de pais e

filhos e a atividade física por estes praticada a fim de estabelecer a relação entre hábitos

alimentares inadequados, inatividade e obesidade infantil. Participaram deste estudo 50 pais,

residentes nas cidades de Araucária e Contenda, estado do Paraná, que possuem filhos obesos

ou com sobrepeso com idade entre 9 a 11 anos. O instrumento utilizado foi um questionário

elaborado pela experimentadora sobre hábitos alimentares e atividade física dos pais e dos

filhos. Este instrumento contém 11 perguntas fechadas e dez abertas referentes a hábitos

alimentares dos pais e dos filhos e prática de atividade física dos pais e dos filhos. O

procedimento teve duas etapas, a saber: inicialmente os pais foram contatados em casa, pela

experimentadora, a fim de verificar se desejavam participar do estudo. Os pais que aceitaram

participar receberam, posteriormente, da experimentadora, um questionário que deveria ser

respondido apenas por eles. Um mês depois, os questionários preenchidos foram recolhidos.

Os resultados obtidos foram analisados pelo programa SPSS e pela tabela de IMC (índice de

massa corporal) ou índice de Quetelet. 72% dos pais encontra-se com IMC superior a 25

indicando obesidade e 28% apresenta-se com peso normal. Desta população, 78% percebe

estar acima do peso; 22% relata apresentar peso normal (embora 18% destes apresente

quadro de obesidade 2) .Todos estes pais possuem filhos com sobrepeso .A maioria dos pais

com sobrepeso(70%) relata possuir hábitos alimentares inadequados os quais, segundo eles,

são seguidos pelos filhos. Os pais que apresentam hábito alimentar saudável (28%)

apresentam peso normal, porém relatam que seus filhos comem guloseimas (doces, biscoitos

e salgadinhos), não ingerem frutas e verduras e se alimentam em frente à televisão.Com

relação à prática de atividade física, podemos observar que 72 %dos pais relata não praticar

atividade física sendo que os que praticam algum tipo de exercício apresentam peso normal

(28%). O principal motivo, alegado pelos pais, para não praticar atividade física é a falta de

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tempo e dinheiro. Embora 82% da amostra de pais relate achar importante que o filho

pratique atividade física 54% destas crianças não pratica nenhum exercício. O motivo para

isto, segundo os pais, é a falta de tempo, de dinheiro e de interesse da própria criança. É

importante ressaltar que nas cidades pesquisadas a prefeitura oferece programas gratuitos de

exercícios para crianças e adultos o que sugere que a falta de dinheiro seja apenas uma

desculpa para não praticar exercício físico. A falta de interesse da criança pelo exercício

parece ter sido adquirida por modelação visto que, a maioria dos pais é inativa. O presente

estudo, embora necessite ser replicado com uma população maior, mostra que o estilo de vida

dos pais tem influência no estilo de vida dos filhos e pode ser um gatilho para a obesidade.

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Sumário

1. Problema de Pesquisa----------------------------------------------------------------- 5

2. Justificativa Social e Cientifica------------------------------------------------------- 5

3. Revisão de Literatura------------------------------------------------------------------ 6

4. Objetivo

4.1 Geral--------------------------------------------------------------------------------- 13

4.2 Especifico--------------------------------------------------------------------------- 13

5. Método----------------------------------------------------------------------------------- 14

5.1 Participantes------------------------------------------------------------------------ 14

5.2 Instrumento e Coleta de Dados------------------------------------------------- 14

5.3 Procedimentos--------------------------------------------------------------------- 14

5.4 Análise de dados------------------------------------------------------------------- 15

5.5 Riscos e benefícios---------------------------------------------------------------- 15

6. Resultados e Discussão----------------------------------------------------------------15

7. Conclusão ------------------------------------------------------------------------------ 51

8. Referências Bibliográficas ----------------------------------------------------------- 53

9. Anexos ---------------------------------------------------------------------------------- 58

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1. Problema de Pesquisa

Estabelecer a relação entre alimentação de pais e filhos e a relação da prática de

atividades físicas de pais e filhos sendo estes crianças com excesso de peso ou obesos,

residentes nas cidades de Araucária e Contenda.

2. Justificativa Social e Científica

A cada ano que passa, cada vez mais e mais vemos o assunto obesidade circular nos

meios de comunicação, mas não é somente nos meios de comunicação em que o assunto está

presente, frequentemente ouvimos nossos amigos e familiares queixarem-se desta

problemática, aí surgem milhões de “receitas milagrosas” para combater a obesidade. Tudo

na tentativa de solucionar este problema que causa muito sofrimento ao obeso. Além do

preconceito vivenciado pelo fato de ser “gordo” ele sofre pela baixa auto-estima pela sua

imagem corporal e também por problemas de saúde causados pela obesidade. Se em adultos

esta questão já é preocupante, em crianças e adolescentes torna-se mais difícil, pois uma

gama de opções contrárias às orientações de especialistas para perda de peso geralmente

apresentam-se mais atrativas. Tudo isso faz com que o papel dos pais seja de fundamental

importância para auxiliar no tratamento da obesidade infantil. Sendo assim, é necessário que

sejam feitos estudos voltados para verificar os padrões comportamentais destas famílias que

sofrem com esta problemática.

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3. Revisão de Literatura

Durante séculos e séculos a escassez de alimentos associada à luta pela sobrevivência

fez com que o ganho de peso e depósito exagerado de gordura fosse visto como sinais de

saúde e prosperidade. Hoje a questão da obesidade tem se tornado um gigantesco problema

na sociedade. As pessoas estão comendo cada vez mais e movimentando-se cada vez menos,

o que gera sobrepeso em pessoas que tem predisposição genética para este problemática

(Bonatto, Repetto & Rizzolli, 2003).

Enes e Slater (2010), Fisberg e Oliveira (2003), comentam que a obesidade tem sido

considerada como uma verdadeira epidemia mundial, devido ao seu progressivo aumento nas

últimas décadas.

Enes e Slater (2010) relatam ainda que estudos que investiguem as taxas de

prevalência no Brasil são escassos. Damiani (2000) revela que no Brasil a prevalência é de

1/3 da população taxa esta que não para de crescer. Nos EUA, desde 1960, a prevalência de

obesidade tem aumentado progressivamente, sendo que no ano de 2000 acreditava-se que

40% dos adultos americanos estariam obesos.

Pinto (2004) define a obesidade como o armazenamento excessivo de tecido adiposo

em relação ao total da massa corporal, sendo importante levar em consideração a relação

entre peso e altura, o Índice de Massa Corporal (IMC) é frequentemente utilizado para definir

esta relação, calculado pela seguinte formula: peso dividido pela altura ao quadrado,

classificando o indivíduo como normal ou obesos com seus diferentes graus de

acometimento: normal - ate 25; obeso moderado- de 25 a 29; obeso severo- de 30 a 40 ;

obeso mórbido- acima de 40.

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Garrido (2002 como citado em Ceccomello e Santo 2008, 1-2) acrescenta ainda que o

IMC (índice de massa corpórea) é uma das formas para mensurar a obesidade, desenvolvido

pelo matemático Belga Lambert Quetelet em meados do século XIX, tornou-se padrão para

avaliar tanto individualmente como a nível populacional. Lanbert classificou a obesidade em

quatro níveis- graus I,II e III (grave ou mórbida) e super-obesidade.

Barbosa (2004) observa que muitos benefícios foram trazidos pela globalização,

porém ela também trouxe muitos malefícios, como as comidas baratas, famosos fast-foods, de

pouca qualidade nutricional e repleta de gorduras, juntando com horas em frente à TV e

apelos bem elaborados, com toda certeza gera uma sedução para que crianças e adolescentes

adquiram estes hábitos como estilo de vida.

De acordo com Lusting (1999 como citado em Damiani, 2000) o problema de

obesidade, não se pode atribuir somente aos fatores nutricional e psicológico, mas também a

muitos fatores dentro do equilíbrio energético do organismo, pois a vontade de comer e

exercitar tem bases bioquímicas e hormonais. Enes e Slater (2010) complementam relatando

que os determinantes do excesso de peso é um complexo de fatores biológicos,

comportamentais e ambientais que estão relacionados e se potencializam.

O ambiente tem papel privilegiado sobre a obesidade, é o que relata Filho (2004),

embora a genética tenha grande influência, o peso corporal é regulado por vários mecanismos

que procuram manter um equilíbrio entre a energia ingerida e a energia gasta, e há precisão

desses mecanismos em condições normais. Qualquer fator que possa interferir nesses

mecanismos, levando a um aumento da ingestão energética ou à diminuição de seu gasto,

pode levar à obesidade a longo prazo.

Doenças como diabetes, hipertensão arterial e as dislipidemias, que constituem um

conjunto de fatores de risco cardiovascular, relacionados especialmente à deposição de

gordura visceral e resistência à insulina, denominado de síndrome metabólica são doenças

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que geralmente estão relacionadas com a obesidade, provocadas ou agravadas por ela

(Cecconello & Santos, 2008).

Como podemos verificar, a obesidade é uma problemática que envolve muitos fatores,

que dificultam sua solução. Considerando que em adultos esta situação já é muito

complicada, em crianças e adolescentes torna-se um problema ainda maior.

Damiani (2000) afirma que se logo nos primeiros seis meses de vida uma criança for

considerada obesa ela tem probabilidade 2,3 vezes maior de se tornar um adulto obeso, o

ideal é que o pediatra desta criança oriente seus cuidadores para modificarem os hábitos

alimentares, uma vez que esta não vai ser uma situação tão fácil, pois a família muitas vezes

acha bonita a criança considerada obesa.

Costa, Gomes e Teixeira (2000) relatam ainda que nas ultimas décadas a área de

desenvolvimento humano tem dedicado uma atenção diferenciada nos estudos de estilos

parentais, pois as mudanças nas relações entre pais e filhos, devido às transformações das

famílias, têm levado a um crescente questionamento sobre o papel dos pais na educação de

seus filhos.

Heller (2004) aponta que é papel dos pais proporcionar hábitos saudáveis para que

seus filhos possam adquirir o que a autora chama de “pensar magro”, pois geralmente a

obesidade infantil ocorre nas famílias em que seus membros são obesos, têm o hábito de

“pensar gordo”. “Pensar magro” seria encarar o alimento saudável como saboroso, comer

para saciar a fome, praticar exercício, vendo prazer pela sensação de bem - estar que ele

proporciona.

Além disso a sociedade Brasileira de pediatria em seu manual de prevenção da

obesidade ressalta que na tentativa de aproximar-se de seus filhos, por motivos variados

como falta de tempo pelo trabalho, viagens, divorcio, os pais estão tendo cada vez mais

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dificuldades de colocar limites mas crianças sendo mais permissivos com relação a

alimentação de seus filhos.

Segundo Ferreira e Meier (2004) emagrecer não é somente controle alimentar ou o

simplesmente “fechar a boca” como indiscriminadamente ouvimos, é também controle de

impulsos, sentimentos e emoções, por fatores como estes as pessoas tem dificuldades de

emagrecer e manter-se magras, pois para emagrecer é necessário buscar equilíbrio e

maturidade emocional, envolve o físico e o psicológico, ou seja, além de manter uma dieta

adequada e praticar exercícios físicos, é preciso também “reeducar nossos afetos”.

Uma das principais formas de prevenção de doenças como a obesidade infantil é a

conscientização sobre a importância de atividade física regular. Esta conscientização deve ser

vista como prioridade em termos de saúde pública. Para o tratamento da obesidade infantil

devem ser incluídas mudanças na postura familiar e na do indivíduo, nos hábitos alimentares

e no estilo de vida. Pois desde pequenos somos educados dentro dessa cultura de excesso de

alimentos e pouca atividades físicas, até mesmo porque enormes restrições a atividades

físicas espontâneas são nos impostas pela vida em grandes centros urbanos, pois brincadeiras

de rua, quintais, são cada vez mais raros (Barbosa, 2004).

O reconhecimento e diagnóstico do excesso de peso devem ser ensinados a Médicos e

profissionais de saúde que trabalham em atendimento primário. É fundamental o paciente

receber informações sobre como tratar a obesidade e conhecer as doenças crônicas associadas

a ela (Mancini, 2001).

Ferreira e Wanderley (2010) comentam a importância de políticas públicas

promovedoras de ações no âmbito coletivo enfocando a saúde, o bem-estar e a qualidade de

vida das populações, formando parceria entre o governo e a comunidade, permitirá assim a

participação desta no processo de promoção da saúde. Estas ações seriam bastante

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promissoras na prevenção e tratamento da obesidade, por meio da responsabilização e do

autocuidado.

À promoção da saúde devem combinar ações dirigidas aos indivíduos e à coletividade

e ao ambiente, (comunidade, escola, ambiente de trabalho, meios de comunicação, comercio

etc.) entendendo os diversos hábitos da vida cotidiana (Brasil, 2006).

Dificilmente a criança, o adolescente ou até mesmo o adulto vai conseguir resolver a

sua obesidade sem um aspecto importante, que é o estímulo do ambiente, não somente o

ambiente familiar, pois ele é fruto dos mesmos estímulos que influenciam as pessoas de

forma individual, mas também do ambiente de forma ampla, da sociedade (Filho, 2004).

Até os dias de hoje as crianças “gordinhas” são vistas como as bonitas e saudáveis, o

difícil é mostrar para estes familiares os problemas que podem acarretar a obesidade na

infância. Quando entram na escola pode ser uma situação constrangedora para a criança o seu

alto peso, devido ao julgamento e piadinhas de seus colegas.

Na adolescência podemos verificar mudanças fisiológicas, psicológicas e sociais na

vida do indivíduo, isso tudo contribui para que este grupo “possam ser considerado um grupo

de risco nutricional”, para atender a demanda do crescimento acabam por realizar uma dieta

inadequada (Enes & slater, 2010). Christini, Dziekaniak, Feijó, Fialho, Friedrich e Sukster,

(1997) comentam que nesta fase os hábitos alimentares e estilo de vida são estabelecidos, por

isso é muito importante; que hábitos saudáveis sejam consolidados para serem mantidos na

vida adulta.

Bonatto et al.(2003) acrescentam que adultos mal informados e já habituados a se

alimentar erroneamente, tendem a não ensinar hábitos adequados de alimentação para seus

filhos. Porém, se as crianças que forem educadas com bons hábitos alimentares podem

influenciar os adultos, mais do que se fosse a situação ao contrário; o adulto começa na

infância a se tornar um cidadão útil e saudável.

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Para Silva, Slater e Toral, (2007) os adolescentes se alimentam inadequadamente

quando fazem o consumo excessivo de açúcares e gorduras, fazendo com que isso contribua

diretamente para o ganho de peso nesta faixa etária. O ideal seria eles associarem em essa

alimentação ao uso suficiente de frutas e hortaliças.

Brasil (2006) comenta em um de seus cadernos de atenção básica promovidos pelo

ministério da saúde que as ações de promoção devem assumir como princípio que uma

alimentação saudável é aquela que:

• Respeita a cultura alimentar de cada indivíduo;

• Adequada em quantidade e qualidade, fornecendo nutrientes necessários de forma

equilibrada para todas as fases da vida;

• Segura, sanitária e geneticamente;

• Disponível, garantia de acesso;

• “Atrativa do ponto de vista sensorial”.

O excesso de peso corporal também se deve pelo de uso de atividades de baixa

intensidade como usar computador, assistir TV, jogar videogame entre outros, fazendo com

que diminua o interesse por práticas de atividades físicas, que exercem grande importância

para a redução das taxas de gordura (Enes & Slater, 2010).

Heller (1990) salienta que a prática de exercícios físicos para o tratamento da

obesidade é de suma importância, porém para as pessoas obesas, que geralmente são inativas,

a quantidade de exercícios, que deve ser razoável para que haja a perda de peso, é

considerada uma tarefa de grande dificuldade. A autora ainda relata que cada indivíduo

desenvolve estratégias para conhecimento próprio, para ter autocontrole, dessa forma pode

verificar as variáveis que controlam o seu peso, bem como as formas para lidar com a perda

deste peso.

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A bibliografia apresentada até agora ressalta que é importante para as pessoas

trabalhar suas dificuldades com profissionais como psicólogos e médicos, nutricionistas e

outros ligados a área de redução de peso.

Mancini (2001) estratégias para promover ações que aumentem a duração e

acompanhamento do tratamento devem ser identificadas, para isso é necessária a divulgação

de informações legítimas, conhecimento sobre produtos sem eficiência e sem fundamentação,

pois geralmente as pessoas buscam perder peso por razões como melhora da auto-estima ou

da estética e não por questões ligadas diretamente à saúde. Bonatto et al.(2003) comentam

que infelizmente as estratégias para solucionar este problema são bastante limitadas,

chegando até a resultados frustrantes em tratamentos de longo prazo, muitas vezes a

obesidade não é encarada pelos médicos como um problema sério, levando a uma relação

médico/paciente desgastada.

Wilson (as cited In Herd et al. 1983, 657-670) comentam que o sucesso de um

tratamento para obesidade também é influenciado pelo lado social dos indivíduos obesos, é

importante o suporte familiar, dos amigos e das pessoas que cercam estes indivíduos. Além

destes fatores importantes para o emagrecimento Ferreira e Meier (2004) comentam que

deve-se buscar absorver conhecimento, aprender sobre conceitos básicos de nutrição, sobre

alimentos que, além de nutrir, preservam a saúde e contribuem para a cura de doenças, os

chamados alimentos funcionais, e consultar um profissional competente para orientação.

Estes autores ressaltam ainda que principalmente se os pais perceberem comportamentos

inadequados em sua criança, como descontrole alimentar, isolamento, entre outros, não

devem hesitar em procurar profissionais como psicólogos para auxiliá-los.

Martins (2005 citado em Schnider e Wit 2011) relata que nos hábitos alimentares as

necessidades psicológicas exercem mais influencia do que a lógica, por isso o principal é

entender os problemas ou insatisfações dos clientes, conhecendo os obstáculos que ele

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enfrenta quando procura alcançar seus objetivos, pois somente fornecer materiais educativos

não levam a uma mudança de comportamento.

Gardner et al. ( 1987 como citado em Heller et al. 2004, p.25-30) relata, uma vez que

existe um forte apelo a favor da magreza, a imagem corporal tem recebido um cuidado

relevante da pesquisa científica. Indivíduos obesos distorcem de forma mais acentuada a

percepção do tamanho do seu corpo, em função disso são mais insatisfeitos e preocupados

com sua aparência, por isso, comparando com indivíduos de peso normal, tendem a evitar

com mais frequência interações sociais.

Almeida e Duchesne (2002) relatam que uma das abordagens mais utilizadas pelos

psicólogos para tratamento de obesidade e transtornos alimentares é a terapia

comportamental, que aborda fatores cognitivos comportamentais e emocionais, através de

uma intervenção semiestruturada, sempre com o objetivo de promover a melhor qualidade de

vida, onde o papel dos pais é facilitar o processo de escolhas sobre os cuidados com a saúde

de seus membros.

4. Objetivo

4.1 Geral

Estabelecer a relação entre alimentação de pais e filhos e a relação da prática de atividades

físicas de pais e filhos sendo estes crianças com excesso de peso ou obesos, residentes nas

cidades de Araucária e Contenda.

4.2 Específico

- Verificar se os pais praticam exercícios físicos e incentivam que seus filhos o façam.

- Verificar os padrões alimentares das famílias.

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- Verificar se os pais de crianças obesas dão importância para que seus filhos obtenham um

peso saudável.

5. Método

5.1 Participantes

Participaram desta pesquisa 50 (cinquenta) pais de crianças obesas, do sexo feminino

e masculino, cujos filhos estejam com IMC superior a 30, e/ou com excesso de peso com

IMC superior a 25, na faixa etária de 09 a 11 anos de idade, de ambos os sexos, 25 destes

pais, residentes na cidade de Araucária e 25 residentes na cidade de Contenda, ambas

metropolitanas de Curitiba Estado do Paraná.

5.2 Instrumentos de Coletas de Dados

O processo de coleta de dados foi realizado por meio de questionários aplicados aos

pais de crianças obesas, ou com excesso de peso, sendo este, composto de dez perguntas

abertas e onze perguntas fechadas. Este questionário foi entregue nas residências destas

famílias pela pesquisadora (questionário em anexo).

5.3 Procedimentos

Para a realização desta pesquisa inicialmente foi apresentado um projeto de pesquisa

ao comitê de ética da Faculdade Evangélica do Paraná, à qual a Universidade Tuiuti do

Paraná está vinculada. Após aprovação do mesmo, durante os meses de Dezembro de 2011 a

Fevereiro de 2012, foram realizados inicialmente contatos com pais de crianças obesas ou

que estivessem em excesso de peso, residentes nas cidades de Contenda e Araucária, ambas

metropolitanas de Curitiba PR, amostra de conveniência, com o propósito de pedir permissão

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para a realização de pesquisa sobre obesidade infantil com os pais destas crianças.

Posteriormente, para aqueles pais que aceitaram a participação na pesquisa, foi entregue o

questionário juntamente com um termo de consentimento, esclarecendo os objetivos da

pesquisa. Além disso, foi oferecido atendimento psicoterapêutico para as famílias que

desejam, elas foram encaminhadas para clínica escola da Universidade Tuiuti do Paraná.

5.4 Análise de Dados

Os dados do questionário foram analisados quantitativamente com o pacote estatístico

para Ciências Sociais (o Software SPSS 11.5).

5.5 Riscos e Benefícios

Os benefícios oferecidos consistem na oferta de palestra informativa sobre o tema

obesidade infantil e encaminhamento para tratamento psicoterapêutico das crianças obesas e

de seus pais, na clínica escola de psicologia da Universidade Tuiuti do Paraná, caso haja

necessidade.

6. Resultados e Discussão

Foram aplicados 50 questionários em pais de crianças obesas ou com excesso de peso,

destes 34% eram do sexo masculino e 66% do sexo feminino (tabela I e figura 1), com idades

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variando de 24 a 55 anos, sendo a média de idade dos pais de 37 anos (tabela II e III).

Salienta-se que os resultados aqui apresentados e discutidos não podem ser generalizados

para a população geral das cidades de Araucária e Contenda. Esta é uma amostra não-

probabilística de conveniência, não pretendendo ser representativa da população destas

cidades.

Tabela I – Sexo dos Pais

Sexo Pais Frequência Percentual Percentual Válido Percentual Acumulado

Masculino 17 34,0% 34,0% 34,0%

Feminino 33 66,0% 66,0% 100,0%

Total 50 100,0% 100,0%

Figura 1

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Tabela II – Idade dos Pais

Idade Frequência Percentual Percentual Válido Percentual Acumulado

24 1 2,0% 2,0% 2,0%

26 1 2,0% 2,0% 4,0%

27 1 2,0% 2,0% 6,0%

28 1 2,0% 2,0% 8,0%

31 2 4,0% 4,0% 12,0%

32 6 12,0% 12,0% 24,0%

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33 1 2,0% 2,0% 26,0%

34 2 4,0% 4,0% 30,0%

35 5 10,0% 10,0% 40,0%

36 2 4,0% 4,0% 44,0%

37 3 6,0% 6,0% 50,0%

38 4 8,0% 8,0% 58,0%

39 4 8,0% 8,0% 66,0%

40 1 2,0% 2,0% 68,0%

41 5 10,0% 10,0% 78,0%

42 1 2,0% 2,0% 80,0%

43 3 6,0% 6,0% 86,0%

44 1 2,0% 2,0% 88,0%

45 1 2,0% 2,0% 90,0%

47 1 2,0% 2,0% 92,0%

48 1 2,0% 2,0% 94,0%

50 1 2,0% 2,0% 96,0%

51 1 2,0% 2,0% 98,0%

55 1 2,0% 2,0% 100,0%

Total 50 100,0% 100,0%

Tabela III – Média de Idade dos Pais

Média Qtd. entrevistados Desvio Padrão

37,64 50 6,378

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A família e o tratamento da obesidade infantil 19

Com relação às crianças observadas pelo referido questionário: 40% do sexo

masculino e 60% do sexo feminino (Tabela IV, figura 2). Com idades de 9 a 11 anos, sendo

48% de 9 anos, 32% de 10 anos e 20% de 11 anos (tabela V, figura 3).

Tabela IV - Sexo do Filho

Sexo do Filho Frequência Percentual Percentual Válido Perc. Acumulado

MASCULINO 20 40,0% 40,0% 40,0%

FEMINIO 30 60,0% 60,0% 100,0%

TOTAL 50 100,0% 100,0%

Figura 2 – Sexo do

filho(a)

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A família e o tratamento da obesidade infantil 21

Tabela V – Idade do Filho

Idade Filho Frequência Percentual Percentual Válido Percentual Acumulado

9 anos 24 48,0% 48,0% 48,0%

10 anos 16 32,0% 32,0% 80,0%

11 anos 10 20,0% 20,0% 100,0%

Total 50 100,0% 100,%0

Figura 3 – Idade dos Filhos

Tendo por base o cálculo de IMC dos pais (tabela VI) e dos filhos (figura 4) podemos

perceber pela tabela VII e figura 5 que entre todos os pais das crianças com sobrepeso, 36

pais encontram-se com IMC superior a 25, sendo classificados com peso fora da

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A família e o tratamento da obesidade infantil 22

normalidade. Embora a literatura aponte diversos fatores para o desenvolvimento da

obesidade infantil, como genéticos, fisiológicos e metabólicos, ainda que a tabela VII

apresente 14 pais com o peso considerado normal com filhos com excesso de peso ou com

obesidade nível 1, como veremos nas próximas tabelas a dinâmica familiar com relação a

obesidade não atua de forma adequada para ajudar os filhos a perderem peso. Colombo et al

(2010) afirmam que o ambiente tem papel fundamental para potencializar estes fatores

citados anteriormente. O número de pais participantes da pesquisa, que tem sobrepeso,

reforça isso, Heller (2004) observa ainda que a obesidade infantil tende a ocorrer em famílias

que os pais são obesos.

Tabela VI – Classificação de Peso dos Pais

Classificação Pai/Mãe

Normal Sobrepeso

Obesidade

1

Obesidade

2

Obesidade

3 Total

Freq. 3 11 1 1 1 17 MASC.

% 17,6% 64,7% 5,9% 5,9% 5,9% 100,0%

Freq. 11 8 7 3 4 33

Sexo

Pai

s

FEM.

% 33,3% 24,2% 21,2% 9,1% 12,1% 100,0%

Freq. 14 19 8 4 5 50 Total

% 28,0% 38,0% 16,0% 8,0% 10,0% 100,0%

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A família e o tratamento da obesidade infantil 23

Figura 4 – Classificação IMC do filho(a)

Tabela VII – Classificação dos Pais relacionado com a Classificação Filho(a)

Classificação Filho(a)

Sobrepeso Obesidade 1 Obesidade 2 Total

Normal 10 4 0 14

Sobrepeso 16 3 0 19

Obesidade 1 7 0 1 8

Obesidade 2 2 1 1 4

Classificação

Pai/Mãe

Obesidade 3 4 1 0 5

Total 39 9 2 50

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A família e o tratamento da obesidade infantil 25

Figura 5 – Classificação dos Pais relacionado com a Classificação do Filho(a)

Toda a amostra coletada (figura 6) relata achar importante o filho apresentar um peso

ideal, justificando a resposta (tabela VIII) referindo-se à importância da saúde e auto-estima.

Este entendimento relatado pelos pais mostra a triste realidade que crianças com o peso em

excesso têm vivenciado, pois estudos apontam que crianças obesas têm maior probabilidade

de desenvolver diversos tipos de doenças como hipertensão, problemas cardíacos, diabetes

entre outros, além destes fatores biológicos encontram-se a citada baixa auto-estima,

aumentando os índices de depressão e ansiedade na infância ou na vida adulta.

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A família e o tratamento da obesidade infantil 26

Figura 6 – Importância do peso ideal do

filho(a)

Tabela VIII – Importância do Peso Ideal Filho(a)

Respostas Importância do Peso Ideal Filho(a)

Freq. Percentual

Percentual dos

Casos

Para ter uma boa saúde 47 71,2% 95,9%

Para melhorar a auto-estima 14 21,2% 28,6%

Para não ser motivo de apelidos e piadas 2 3,0% 4,1%

Para melhorar a qualidade de vida 3 4,5% 6,1%

Total 66 100,0% 134,7%

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A família e o tratamento da obesidade infantil 27

Na Figura 7, 100% da amostra considera que o filho(a) está com excesso de peso,

sendo que em sua maioria apresenta o quadro desde que nasceu (tabela IX, figura 8). Balaban

e Silva (2001) nas primeiras etapas de vida a prevenção e o diagnóstico precoce e efetivo

tratamento são fundamentais para a melhoria do prognóstico. O Ministério da Saúde (2006 a)

observa em seu caderno de atenção básica sobre obesidade que quando o bebê está

“gordinho”, é visto pela sociedade como saudável e bem cuidado, infelizmente na fase

escolar o excesso de peso pode trazer sérios malefícios para estes indivíduos, que podem

começar a ser motivo de piadas para os colegas, vindo a se intensificar na adolescência, uma

vez que o excesso de peso pode levar a criança a ter dificuldades em praticar exercícios

físicos.

Figura 7- Você Acha que seu filho(a) está obeso (a) ou com excesso de peso?

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A família e o tratamento da obesidade infantil 28

Tabela IX – Desde quando ele apresenta sobrepreso?

Quando apresenta sobre peso Frequência PercentualPercentual

Válido

Percentual

Acumulado

Desde que nasceu 10 20,0% 20,4% 20,4%

Desde 1 ano de idade 5 10,0% 10,2% 30,6%

Desde 2 anos de idade 8 16,0% 16,3% 46,9%

Desde 3 anos de idade 8 16,0% 16,3% 63,3%

Desde 4 anos de idade 1 2,0% 2,0% 65,3%

Desde 5 anos de idade 6 12,0% 12,2% 77,6%

Desde 6 anos de idade 4 8,0% 8,2% 85,7%

Desde 7 anos de idade 2 4,0% 4,1% 89,8%

Desde 8 anos de idade 3 6,0% 6,1% 95,9%

Há 6 meses atrás 2 4,0% 4,1% 100,0%

Válido

Total 49 98,0% 100,0%

Não Respondeu 1 2,0%

Total 50 100,0%

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A família e o tratamento da obesidade infantil 29

Figura 8- Desde quando ele apresenta sobrepeso

Com relação ao próprio peso 39 dos entrevistados relatam estar acima do peso, sendo

que duas pessoas relatam não estar e apresentam quadro de obesidade 2 e duas pessoas o

quadro de sobrepeso (tabela X, figura 9).

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A família e o tratamento da obesidade infantil 30

Tabela X – Relação entre Classificação IMC e reconhecimento de Peso Ideal por parte

dos Pais

Classificação Pai/Mãe Consideram seu

peso acima do Ideal Normal SobrepesoObesidade

1

Obesidade

2

Obesidade

3

Total

Freq. 7 17 8 2 5 39 Sim

% 17,9% 43,6% 20,5% 5,1% 12,8% 100,0%

Freq. 7 2 0 2 0 11

Não

% 63,6% 18,2% ,0% 18,2% ,0% 100,0%

Freq. 14 19 8 4 5 50 Total

% 28,0% 38,0% 16,0% 8,0% 10,0% 100,0%

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A família e o tratamento da obesidade infantil 31

Figura 9 – Relação Classificação e Peso Ideal dos

Pais

Na tabela XI, figura 10, vemos que 57,14% dos pais relatam que não proporcionam

uma dieta adequada para sua família, podemos ver as justificativas desta questão na tabela

XII,

Tabela XI - Você acha que proporciona uma dieta equilibrada para sua família?

Frequência Percentual Percentual Válido Percentual Acumulado

Sim 21 42,0% 42,9% 42,9%

Não 28 56,0% 57,1% 100,0%

Válido

Total 49 98,0% 100,0%

Sem Resposta 1 2,0%

Total 50 100,0%

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A família e o tratamento da obesidade infantil 32

Figura 10 – Proporciona dieta equilibrada para família

Tabela XII - Dieta equilibrada da Família

Respostas Dieta Equilibrada da Família

Freq. Percentual

Percentual

dos Casos

Falta de tempo no preparo das refeições 10 20,4% 21,7%

Excesso de guloseimas 3 6,1% 6,5%

Faço alimentos mais saudáveis, com menos gordura e sal 18 36,7% 39,1%

Excesso de Carboidratos 3 6,1% 6,5%

Falta de Condições Financeiras 1 2,0% 2,2%

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A família e o tratamento da obesidade infantil 33

Falta de organização nos horários das refeições 3 6,1% 6,5%

Falta de regras na alimentação 11 22,4% 23,9%

Total 49 100,0% 106,5%

Com relação ao que é geralmente preparado nas refeições podemos observar que a

maioria dos pais relatam preparar arroz e feijão, carnes e saladas em suas refeições, (tabela

XIV e XV) mesmo aparentando em sua maioria ser refeições saudáveis, as tabelas anteriores

apontam que 57,14% da amostra acha que não proporciona uma dieta adequada para sua

família, justificando isso pela falta de tempo no preparo das refeições. Aliando esta falta de

tempo a uma sociedade consumista, temos uma grande procura de alimentos que são mais

práticos, e constantemente de pouco valor nutricional, mas de grande valor calórico, o que faz

com que as crianças se adaptem muito fácil a este paladar, tornando a mudança para uma

dieta de baixa caloria e alto valor nutricional muito mais difícil. Podemos observar melhor

nos dados seguintes quando foi questionado se o filho come o mesmo que os pais, 40% dizem

que não, conforme podemos observar na tabela XVI e figura 11, já na tabela XIII figura 12

verificamos que mesmo entre os 14 pais que estão com o peso normal 21,43% dizem que não,

na tabela XVII verificamos que não comer verduras/ saladas e comer diversos tipos de

“guloseimas” são apontados como as práticas realizadas pelos filhos diferente das práticas

realizadas pelos pais.

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A família e o tratamento da obesidade infantil 34

Tabela XIII- amostra de pais com peso normal: Seu filho come o mesmo que você?

Seu filho(a) come o mesmo que você?

Frequência Percentual

Sim 11 78,6

Não 3 21,4

Total 14 100,0

(Pais com peso normal)

Figura 11- Amostra de pais com peso normal: Seu filho (a) come o mesmo que você

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A família e o tratamento da obesidade infantil 35

Tabela XIV – Questionamento a respeito das refeições

Com relação às refeições

Responderam Não Responderam Total

Freq. Percentual Freq. Percentual N Percentual

Refeições 46 92,0% 4 8,0% 50 100,0%

Tabela XV - Refeições

Respostas Refeições

Freq. Percentual

Percentual

dos Casos

Feijão e Arroz 46 24,9% 100,0%

Sobremesas 2 1,1% 4,3%

Frituras 5 2,7% 10,9%

Legumes 19 10,3% 41,3%

Carnes 44 23,8% 95,7%

Saladas 42 22,7% 91,3%

Massas 20 10,8% 43,5%

Refrigerante 3 1,6% 6,5%

Suco 4 2,2% 8,7%

Total 185 100,0% 402,2%

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A família e o tratamento da obesidade infantil 36

Tabela XVI – Seu filho(a) come o mesmo que você?

Frequência Percentual Percentual Válido Percentual Acumulado

Sim 29 58,0% 59,2% 59,2%

Não 20 40,0% 40,8% 100,0%

Válidos

Total 49 98,0% 100,0%

Sem Resposta 1 2,0%

Total 50 100,0%

Figura 12 – Filho(a) come o mesmo que os pais

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A família e o tratamento da obesidade infantil 37

Tabela XVII – Relação entre o que o filho come de igual e diferente

Seu filho(a) come o mesmo

que você? O que come de diferente

Sim Não Total

Guloseimas (besteiras, refrigerante,

salgadinhos, chocolate, bolachas e

doces em geral)

Freq. 2 8 10

Não Come Saladas/Verduras Freq. 0 10 10

Não Come Frutas Freq. 0 2 2

Come em Excesso Freq. 0 1 1

Come muito lanche (pão, massas, fast

food...)

Freq. 1 1 2

Total Freq. 2 17 19

Verificando também a respeito da prática de exercícios físicos pelos pais podemos

observar que 78,4% dos pais (tabela XVIII) relatam não praticar exercícios físicos, entre os

pais que relatam praticar algum tipo de exercício físico a maioria encontra-se com o peso

normal, como podemos ver pela tabela XIX. Ainda observando a amostra de pais com o peso

normal, seus filhos não praticam esportes, as justificativas podem ser observadas pela tabela

XXIII que revela que não só a falta de condições financeiras são um empecilho para os filhos

praticarem esportes, como também questões como a preguiça do filho e falta de tempo para

leva-lo para praticar esportes. Não basta incentivar o filho a prática esportiva, pois mesmo

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A família e o tratamento da obesidade infantil 38

que 82% relatem incentivar que seus filhos pratiquem exercícios físicos (tabela XX, figura

13), 54% destas crianças não praticam nenhum exercício (tabela XXI e XXII). Este alto

resultado mostra novamente o quanto a figura paterna e materna são importantes para o

desenvolvimento de hábitos saudáveis.

Tabela XVIII - Atividade esportiva dos Pais

Respostas Atividade Esportiva dos Pais

Frequencia Percentual

Percentual

dos Casos

Não 40 78,4% 80,0%

Sim - Academia e/ou

Musculação

3 5,9% 6,0%

Você pratica atividade

esportiva?

Sim - Caminhada e/ou

Corrida

8 15,7% 16,0%

Total 51 100,0% 102,0%

Tabela XIX- Amostra de pais com peso normal- Atividade esportiva dos pais

Prática de Esporte de Pais Normais

Respostas

Freq. Percentual

Não Pratica 5 35,7%

Sim - Academia e/ou

Musculação

2 14,3%

Sim - Caminhada e/ou

Corrida

7 50,0%

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A família e o tratamento da obesidade infantil 39

Prática de Esporte de Pais Normais

Respostas

Freq. Percentual

Não Pratica 5 35,7%

Sim - Academia e/ou

Musculação

2 14,3%

Sim - Caminhada e/ou

Corrida

7 50,0%

Total 14 100,0%

Tabela XX - Você incentiva seu (sua) filho (a) a praticar esportes?

Frequência Percentual Percentual Válido Percentual Acumulado

Sim 41 82,0% 82,0% 82,0%

Não 9 18,0% 18,0% 100,0%

Total 50 100,0% 100,0%

Figura 13 – Incentivo ao esporte

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A família e o tratamento da obesidade infantil 40

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A família e o tratamento da obesidade infantil 41

Tabela XXI - Incentivo X Pratica Esporte

Incentivo X Pratica Esporte

Pelo menos 1 Nenhum Total

Freq. Percentual Freq. Percentual Freq. Percentual

Pratica

exercício

23 46,0% 27 54,0% 50 100,0%

Tabela XXII – Incentivo X Esporte Praticado

Esportes que o filho pratica Você incentiva

seu(sua) filho(a) a

praticar esportes?

Futebol

e/ou

Futsal

Caminhada

e/ou Corrida Vôlei

Artes

Marciais

Ginástica

Rítmica Outros Total

Sim Freq. 13 4 5 2 1 3 21

Não Freq. 1 1 0 0 0 0 2

Total Freq. 14 5 5 2 1 3 23

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A família e o tratamento da obesidade infantil 42

Tabela XXIII- Amostra de pais com peso normal: Porque filho não pratica esporte

Porque filho não pratica esporte

Respostas

Nº Percentual

Percentual por

Casos

Porque ele não Gosta 1 7,1% 14,3%

Porque ele tem preguiça 4 28,6% 57,1%

Porque eu não tenho condições financeiras 4 28,6% 57,1%

Porque eu não tenho tempo de leva-lo para

praticar esportes

5 35,7% 71,4%

Total 14 100,0% 200,0%

Pais com peso normal

Dos 46% de crianças que praticam esportes, a maioria realiza futebol duas vezes por

semana, (tabelas XXIV e XXV) sendo que a frequência recomendada por profissionais para a

perda de peso seria de pelo menos três vezes por semana. Em Carvalho, Santos e Junior

(2007) verifica-se que o incentivo a prática de atividade física deve ultrapassar as aulas de

educação física das escolas e se estender para padrões comportamentais realizados por todos

os membros das famílias. Com este incentivo às crianças em sobrepeso podem adquirir gosto

e assiduidade pelo esporte.

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A família e o tratamento da obesidade infantil 43

Tabela XXIV – Prática de Esportes

Esportes que o filho pratica

Responderam Não responderam Total Questão ref. esportes

que o filho pratica Freq. Percentual Freq. Percentual Freq. Percentual

23 46,0% 27 54,0% 50 100,0%

Tabela XXV - Frequência X Esporte Praticado

Esportes que o filho pratica Qual é a frequência

com que seu filho(a)

pratica esportes?

Futebol

e/ou

Futsal

Caminhada

e/ou Corrida Vôlei

Artes

Marciais

Ginástica

Rítmica Outros Total

Nunca Frequenta Freq. 1 0 0 0 0 0 1

Uma vez por

semana

Freq. 2 0 0 0 1 2 5

Duas vezes por

semana

Freq. 8 2 3 2 0 0 11

Três vezes por

semana

Freq. 0 0 1 0 0 0 1

Quatro vezes por

semana

Freq. 1 2 1 0 0 1 2

Cinco vezes por

semana

Freq. 2 0 0 0 0 0 2

Raramente

Frequenta

Freq. 0 1 0 0 0 0 1

Total Freq. 14 5 5 2 1 3 23

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A família e o tratamento da obesidade infantil 44

Com relação ao tipo de brincadeiras que as crianças realizam (Tabela XXVI), embora

a bicicleta e o jogo de futebol tenham sido as mais citadas, uma porcentagem bastante

reveladora apontam assistir TV, vídeo game e computador como sendo atividades muito

praticadas pelas crianças, mostrando que o avanço da tecnologia, e a facilidade de acesso a

elas tem sido de grande contribuição para o aumento da obesidade infantil, pois como relata

Brasil (2006) na política nacional de promoção da saúde, brincar com vídeo game e

computador tem sido mais interessante de que brincadeiras que exijam esforços físicos

como o antigo hábito de “pular corda” ou “ jogo de esconde”. Souza (2004) os grandes

avanços tecnológicos contribuem para o esquecimento e “inviabilidade” da inclusão de

atividades físicas na rotina das crianças, embora a prevalência de atividade física na família

influencie a frequência de atividades física dos filhos, os pais trabalham o dia todo deixando

seus filhos a mercê de “babás eletrônicas”. Brincadeiras comuns de tempos atrás como pular

corda, pega-pega, pipa, estão sendo trocadas por pequenos passeios no parque ou a

shoppings, que acabam nos famosos fast food na praça de alimentação. Atividades comuns

devem ser incentivadas pelos pais, de forma gradativa, para que a criança sinta-se mais

adaptada a atividades físicas, como brincadeiras de pular corda, correr, bicicleta entre outras.

Tabela XXVI – Brincadeiras

Respostas Brincadeiras Freq. Percentual

Percentual dos Casos

Futebol 19 20,9% 42,2% Carrinho 2 2,2% 4,4% Boneca/Casinha 10 11,0% 22,2% Assistir TV 7 7,7% 15,6% Jogar Video Game 11 12,1% 24,4% Computador 9 9,9% 20,0% Bicicleta 17 18,7% 37,8%

Jogos 16 17,6% 35,6% Total 91 100,0% 202,2%

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A família e o tratamento da obesidade infantil 45

Mesmo sendo fundamental o tratamento da obesidade infantil por profissionais da

saúde, apenas 48% da amostra relata ter tido algum tipo de tratamento, em sua maioria

nutricionista e endocrinologista, sendo que apenas 10 crianças ainda continuam com o

tratamento. Dentre os pais com o peso normal a metade nunca frequentou nenhum

profissional para auxílio para a redução de peso, desta amostra que frequentaram apenas 3

crianças ainda continuam com o tratamento (tabelas XXVII, XXVIII,XXIX e XXX) , (figura

14).

Para Cerqueira, Oliveira A. C. e Oliveira A. M (2003) a falta de tratamento adequado

pode estar associado à falta de conhecimento dos pais, da gravidade da patologia, associações

a crença cultural de que a criança gordinha está saudável, bem alimentada e feliz, descuidos

por parte da família, falta de estímulos por parte dos médicos pediatras para o cuidado com

manutenção do peso das crianças, bem como falta de estrutura dos serviços de saúde para

atendimento as crianças com sobre peso, negação da doença por parte dos pais, medo , falta

de tempo disponível para assistência aos filhos devido a inclusão do pai e mãe no mercado de

trabalho.

Como afirma Carvalho et al.

“A prevenção, o tratamento e o controle da obesidade têm sido os maiores desafios de pesquisadores e profissionais da área da saúde, uma vez que o acúmulo de gordura corporal está associado a diversas doenças. Devido à relação direta da dieta e da prática de atividade física com a prevenção, o tratamento e o controle da obesidade e doenças associadas, profissionais de Nutrição e de Educação Física deveriam estar necessariamente envolvidos em grupos multidisciplinares para a prescrição e o acompanhamento nas fases preventiva e terapêutica.(2007 p.3)

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A família e o tratamento da obesidade infantil 46

Tabela XXVII- Amostra de pais com peso normal: profissionais

Amostra de pais com peso normal

Filhos que já frequentaram algum profissional para auxilio na redução de peso

Frequentaram Nunca Frequentaram Total

N Percentual N Percentual N Percentual

7 50,0% 7 50,0% 14 100,0%

Tabela XXVIII- Amostra de pais com peso normal: Tempo de tratamento

Tempo de tratamento e profissionais

Profissionais

Nutricionista Endocrinologista Total

De 1 a 3 meses 2 1 2

De 3 a 6 meses 2 1 2

Durante quanto tempo

seu/sua filho(a) esteve

em tratamento com os

profissionais citados?

Ainda

frequenta

1 2 3

Total 5 4 7

Amostra de pais com peso normal

Na tabela XXXI, pode-se verificar que os fatores financeiro e método utilizado foram

os grandes motivos para o término do tratamento, infelizmente como relata Bonatto et

al.(2003) há uma grande limitação para a solução deste problema, resultados frustrantes e

falta de condições financeiras podem levar a uma relação médico-paciente bastante

desgastada. A falta de condições financeiras para a realização do tratamento é outro fator

preocupante, geralmente realizar tratamento para perda de peso, exige alguns gastos

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A família e o tratamento da obesidade infantil 47

financeiros, com profissionais da saúde, quando não consegue atendimento na rede pública,

para a realização de esportes e para a compra de ingredientes para o preparo de alimentos

saudáveis, em sua maioria, mais caros que alimentos sem esta condição especial.

Tabela XXIX – Frequentou X Profissionais

Profissional Seu/Sua filho (a) já

frequentou algum profissional

para auxiliá-lo na redução de

peso? Nutricionista Endocrinologista Psicólogo Total

Sim Freq. 17 11 1 24

Total Freq. 17 11 1 24

Tabela XXX – Durante quanto tempo seu/sua filho(a) esteve em tratamento com os

profissionais citados?

Frequência Percentual Percentual Válido Percentual Acumulado

De 1 a 3 meses 9 18,0% 37,5% 37,5%

De 3 a 6 meses 3 6,0% 12,5% 50,0%

1 ano 2 4,0% 8,3% 58,3%

Ainda frequenta 10 20,0% 41,7% 100,0%

Total 24 48,0% 100,0%

Não Frequenta 26 52,0%

Total 50 100,0%

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A família e o tratamento da obesidade infantil 48

Figura 14 – Tempo de Tratamento

Tabela XXXI - Motivo da Não Continuidade do Tratamento

Respostas Motivo da NÃO continuidade do Tratamento

Freq. Percentual

Percentual

dos Casos

Meu filho(a) não gostou do

profissional

1 8,3% 8,3%

O Método utilizado pelo

profissional não deu certo

3 25,0% 25,0%

Não tinha condições financeiras

para continuidade do tratamento

4 33,3% 33,3%

Motivo da

NÃO

continuidade

do Tratamento

Outro Motivo 4 33,3% 33,3%

Total 12 100,0% 100,0%

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A família e o tratamento da obesidade infantil 49

As maiores dificuldades, relatadas pelos pais, para ajudar os filhos a perder peso como

podemos observar na tabela XXXII, XXXIII e XXXIV, é referente à dificuldade de controlar

as ditas “guloseimas” e a falta de tempo para este controle, Chen et al (2011) explicam que o

cuidado parental é de muita importância para a redução de peso neste grupo, pois é necessário

um grande empenho da família para mudar hábitos, sejam eles com relação a alimentação ou

à prática de atividades físicas, sejam em resistir a pedidos insistentes de “guloseimas” , e

organizar horários para a educação e cuidado dos filhos. Tal medida é fundamental para

ajudá-lo na luta contra a balança.

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A família e o tratamento da obesidade infantil 50

Tabela XXXII - Maiores Dificuldades para o filho(a) perder peso

Respostas Maiores dificuldades para o filho (a) perder peso

Freq. Perc.

Percentual dos

Casos

Meu filho come "muitas besteiras" 11 19,6% 30,6%

Meu filho come muito 8 14,3% 22,2%

Falta de comprometimento 5 8,9% 13,9%

Não pratica exercício físico 8 14,3% 22,2%

Não tenho tempo para controlá-lo 10 17,9% 27,8%

Dificuldade em manter uma dieta equilibrada 8 14,3% 22,2%

Dificuldade de controlar a ansiedade de meu filho 4 7,1% 11,1%

Falta de condições financeiras para tratamento da

obesidade

2 3,6% 5,6%

Total 56 100,0% 155,6%

Tabela XXXIII - Maiores Dificuldades para o filho(a) perder peso

Responderam Não Responderam Total

N Percentual N Percentual N Percentual

Maiores

Dificuldades

7 50,0% 7 50,0% 14 100,0%

Amostra de pais com peso normal

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A família e o tratamento da obesidade infantil 51

Tabela XXXIV - Maiores Dificuldades para o filho(a) perder peso

Respontas

Nº Percentual

Percentual

por Caso

Meu filho come

"muitas besteiras"

1 11,1% 14,3%

Falta de

comprometimento

2 22,2% 28,6%

Não tenho tempo para

controlá-lo

2 22,2% 28,6%

Dificuldade em manter

uma dieta equilibrada

2 22,2% 28,6%

Maiores

Dificuldades

Dificuldade de

Controlar a ansiedade

de meu filho

2 22,2% 28,6%

Total 9 100,0% 128,6%

Amostra de pais com peso normal

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A família e o tratamento da obesidade infantil 52

7. Conclusão

O estudo mostrou que os padrões comportamentais dos pais de crianças obesas ou

com excesso de peso, apontam para diversos hábitos que dificultam a perda de peso das

mesmas, como a não prática de exercícios físicos pelos membros da família, e a não

realização de dietas equilibradas.

Dificilmente uma criança vai adquirir um hábito como o de praticar exercícios físicos,

se este hábito não estiver amparado no seio familiar. Não basta somente os pais incentivar

verbalmente os filhos a praticar esportes, tem que haver uma ação mais concreta neste

aspecto: a efetiva prática de esportes realizadas por eles mesmos. Até porque, uma

porcentagem relativamente grande dos pais participantes da pesquisa apresenta sobrepeso,

indicando que mais do que nunca essa ação seria benéfica para toda a família. Nas cidades

em que foram realizadas a pesquisa as prefeituras têm projetos relacionados à prática de

esportes. Na cidade de Contenda há a prática de Karatê e Ginástica rítmica para as crianças,

ambos sem custo para os pais. Já em Araucária, com recursos financeiros mais amplos, os

esportes gratuitos são variados, estendendo-se também para o público adulto, com diferentes

horários, atendendo à necessidade de diversos indivíduos. Ou seja, com um pouco mais de

interesse, a prática de exercício físico pode vir a tornar-se um hábito familiar.

Com relação aos padrões alimentares das famílias, mesmo sendo apontado o arroz,

feijão, carne e salada como os grandes frequentadores dos cardápios dos participantes da

pesquisa, os grandes vilões, as famosas “guloseimas” e as comidas rápidas “fast food” é que

têm destaque especial na alimentação, a maior justificativa é a falta de tempo, seja para o

controle da alimentação dos filhos ou a falta de tempo no preparo das refeições. Na verdade a

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A família e o tratamento da obesidade infantil 53

sociedade está cada vez preparando famílias que tenham este perfil, fazer o mais rápido, o

mais prático e infelizmente o menos saudável.

Mesmo que os pais relatem dar importância ao peso ideal dos filhos, suas ações não

são efetivas para este desfecho, embora os resultados apresentados tenham sido obtidos de

uma amostra relativamente pequena, podemos verificar que os pais têm grandes dificuldades

sobre esta problemática, até têm consciência que mudanças de hábitos são necessárias,

porém a falta de motivação, de comprometimento e até de informações vindas de

profissionais relacionados com a perda de peso, fazem com que os filhos e eles mesmos não

obtenham o tão desejado peso ideal. Deve-se ainda ressaltar, que é recomendada uma

pesquisa com uma amostra maior, e posteriormente uma intervenção no sentido de orientar e

prevenir as famílias sobre obesidade infantil.

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A família e o tratamento da obesidade infantil 54

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A família e o tratamento da obesidade infantil 59

TERMO DECONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título do Projeto: A importância da família no tratamento da obesidade infantil.

Psicóloga Pesquisadora Responsável: Elenice Moteleski Klemba

Psicóloga Supervisora: Denise Cerqueira Leite Heller

Este projeto tem o objetivo de verificar como os pais podem ajudar seus filhos a terem um

estilo de vida saudável.

Para tanto será necessário realizar um processo de coleta de dados por meio de questionários

aplicados aos pais, sendo este, composto de oito perguntas abertas e nove perguntas fechadas.

Durante a execução do projeto poderá ocorrer o risco de dano psicológico aos participantes.

Já os benefícios oferecidos consistem na oferta de palestra informativa sobre o tema

obesidade infantil e encaminhamento para tratamento psicoterapêutico das crianças obesas e

de seus pais, na clínica escola de psicologia da Universidade Tuiuti do Paraná caso haja

necessidade.

Após ler e receber explicações sobre a pesquisa, e ter meus direitos de:

1. Receber resposta a qualquer pergunta e esclarecimento sobre os procedimentos,

riscos, benefícios e outros relacionados à pesquisa;

2. Retirar o consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo;

3. Não ser identificado e ser mantido o caráter confidencial das informações

relacionadas à privacidade.

4. Procurar esclarecimentos com o Comitê de Ética ao qual a Universidade Tuiuti do

Paraná está vinculada.

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A família e o tratamento da obesidade infantil 60

Declaro estar ciente do exposto e desejar participar do projeto.

___________________, _____de_______ de 2011.

Nome do Participante:____________________________________

Assinatura:_________________________________________________________

(Coloque seu telefone caso queira encaminhamento para atendimento na clinica-escola da

UTP: _______________________________________________ ).

Eu, Elenice Moteleski Klemba, portadora do CRP: 08/14491, CPF: 053.299.729-81 e do RG:

91678608; declaro que forneci todas as informações referentes ao projeto ao participante.

___________________________________ Data:___/____/____.

Telefone : (41) 8437-1277

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A família e o tratamento da obesidade infantil 61

Senhores pais. Levando em consideração o grande aumento da obesidade infantil nos

últimos anos, este questionário terá o propósito de verificar o estilo de vida das famílias.

Leia as perguntas a seguir com atenção respondendo a elas da forma com que você

realmente age nas situações descritas. Obrigada por sua colaboração

IDENTIFICAÇÃO

Seu Nome: Idade: Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

Idade Filho: Sexo do Filho: ( ) Masculino ( ) Feminino

Peso do Filho: Altura do Filho:

Seu peso: Sua Altura:

1- Você acha importante seu filho estar com peso ideal?

( ) Sim ( ) Não

2- Porque você acha isso?

________________________________________________________________________

__________________________________________________________

3- Você acha que seu/sua filho (a) está obeso(a) ou que está com excesso de peso?

( ) Sim ( ) Não

4- Desde quando ele apresenta sobrepeso?

_________________________________________________________________

5- Você considera que seu peso está acima do ideal?

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A família e o tratamento da obesidade infantil 62

( ) Sim ( ) Não

6- Você acha que proporciona uma dieta equilibrada para sua família?

( ) Sim ( ) Não

7- Porque você acha isso?

________________________________________________________________________

__________________________________________________________

8- O que geralmente é preparado para sua família nas refeições?

________________________________________________________________________

__________________________________________________________

9- Seu filho (a) come o mesmo que você?

( ) Sim ( ) Não

10- Se a resposta foi não, o que ele come de diferente?

________________________________________________________________________

__________________________________________________________

11- Você realiza atividades esportivas? Quais?

_________________________________________________________________

12- Você incentiva seu filho (a) a praticar esportes?

( ) Sim ( ) Não

13- Marque a(s) alternativa (s) que revela porque seu filho não pratica esporte:

( ) Porque ele não gosta.

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A família e o tratamento da obesidade infantil 63

( ) Porque ele tem preguiça.

( ) Porque ele te algum problema de saúde que o impede.

( ) Porque eu não deixo.

( ) Porque não tenho condições financeiras.

( ) Porque não tenho tempo de levá-lo para praticar esportes.

( ) Porque eu não gosto que ele pratique esportes

( ) Outros motivos _______________________________________________

14- Quais esportes que seu filho (a) pratica?

________________________________________________________________________

__________________________________________________________

15- Qual é a frequência com que seu filho (a) pratica esportes?

( ) Nunca frequenta.

( ) Raramente frequenta.

( ) Uma vez por semana.

( ) Duas vezes por semana.

( ) Três vezes por semana.

( ) Quatro vezes por semana.

( ) Cinco vezes por semana.

( ) Seis vezes por semana.

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A família e o tratamento da obesidade infantil 64

( ) Sete vezes por semana.

16- Seu filho (a) costuma brincar de que?

________________________________________________________________________

__________________________________________________________

17- Seu filho (a) já frequentou algum profissional para auxiliá-lo na redução de peso?

( ) Sim ( ) Não

18- Se você respondeu SIM, cite quais profissionais ele frequentou.

________________________________________________________________________

__________________________________________________________

19- Durante quanto tempo seu filho(a) esteve em tratamento com o (s) profissionais

citados?

________________________________________________________________

20- Se o seu filho não deu continuidade ao tratamento marque o(s) motivo (s):

( ) Não gostei do profissional.

( ) Meu filho não gostou do profissional.

( ) Não gostei do método de trabalho utilizado pelo profissional.

( ) O método de trabalho utilizado pelo profissional não deu certo.

( ) Não tinha condições financeiras para a continuidade do tratamento.

( ) Outro motivo: __________________________________________

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A família e o tratamento da obesidade infantil 65

21- Comente quais são as maiores dificuldades para ajudar o seu filho a perder

peso:___________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

_____________________________________________________