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A gravidez na adolescência é considerada uma gravidez de risco pois o corpo da menina ainda não está completamente formado para a maternidade e o seu sistema emocional fica muito abalado. Como evitar a gravidez na adolescência Para evitar a gravidez na adolescência é necessário esclarecer todas as dúvidas dos adolescentes em relação a sexualidade pois quem deseja ter uma vida sexualmente ativa deve saber tudo sobre como se engravida e como utilizar corretamente os métodos contraceptivos para evitar uma gravidez antes do tempo ideal. Por isso informamos que só se engravida se o sêmen chegar ao útero da mulher, durante o seu período fértil, que ocorre geralmente 14 dias antes da menstruação descer. A forma mais segura de evitar a gravidez é utilizando algum método contraceptivo como os que citamos a seguir: Camisinha: Usar sempre uma nova para cada ejaculação; Espermicida: Deve ser pulverizado na vagina antes do contato íntimo e deve ser sempre utilizado em conjunto com a camisinha; Pílula anticoncepcional: Só deve ser utilizada sob orientação do ginecologista, pois quando é tomada de forma errada não evita a gravidez; Diafragma: Também só deve ser utilizada sob orientação médica. O coito interrompido e a tabelinha não são métodos seguros e quando são utilizados como forma de prevenção da gravidez podem falhar. A pílula do dia seguinte evita a gravidez, entretanto só deve ser utilizada em situações de emergência, como por exemplo se o preservativo romper, pois desregula completamente os hormônios femininos e pode não ser eficaz se for tomada após 72 horas da relação. A camisinha é um dos melhores métodos contraceptivos pois ela é oferecida gratuitamente nos postos de saúde e é a

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A gravidez na adolescência é considerada uma gravidez de risco pois o corpo da menina ainda não está completamente formado para a maternidade e o seu sistema emocional fica muito abalado.

Como evitar a gravidez na adolescência

Para evitar a gravidez na adolescência é necessário esclarecer todas as dúvidas dos adolescentes em relação a sexualidade pois quem deseja ter uma vida sexualmente ativa deve saber tudo sobre como se engravida e como utilizar corretamente os métodos contraceptivos para evitar uma gravidez antes do tempo ideal. Por isso informamos que só se engravida se o sêmen chegar ao útero da mulher, durante o seu período fértil, que ocorre geralmente 14 dias antes da menstruação descer.

A forma mais segura de evitar a gravidez é utilizando algum método contraceptivo como os que citamos a seguir:

Camisinha: Usar sempre uma nova para cada ejaculação;

Espermicida: Deve ser pulverizado na vagina antes do contato íntimo e deve ser sempre utilizado em conjunto com a camisinha;

Pílula anticoncepcional: Só deve ser utilizada sob orientação do ginecologista, pois quando é tomada de forma errada não evita a gravidez;

Diafragma: Também só deve ser utilizada sob orientação médica.

O coito interrompido e a tabelinha não são métodos seguros e quando são utilizados como forma de prevenção da gravidez podem falhar.

A pílula do dia seguinte evita a gravidez, entretanto só deve ser utilizada em situações de emergência, como por exemplo se o preservativo romper, pois desregula completamente os hormônios femininos e pode não ser eficaz se for tomada após 72 horas da relação.

A camisinha é um dos melhores métodos contraceptivos pois ela é oferecida gratuitamente nos postos de saúde e é a única que protege contra doenças sexualmente transmissíveis como hepatite, AIDS, sífilis e outras.

Riscos da gravidez na adolescências

Os riscos de uma gravidez na adolescência incluem:

Pré-eclâmpsia e eclâmpsia;

Parto prematuro;

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Bebê com baixo peso ou subnutrido;

Complicações no parto, que pode levar à uma cesária;

Infecção urinária e/ou vaginal;

Aumento do risco de depressão pós parto;

Aumento do risco de rejeição ao bebê.

Além da idade, o peso da adolescente também pode significar um risco, já que uma adolescente que pesa menos de 45 quilos sem estar grávida apresenta maiores chances de gerar um bebê pequeno para a idade gestacional. A obesidade também representa um risco pois aumenta o risco de diabetes e de hipertensão arterial durante a gravidez. Se a altura da adolescente for inferior a 1,60 cm isso aponta a uma maior probabilidade de ter um quadril pequeno, o que aumenta as chances de trabalho de parto prematuro e de dar à luz a um bebê muito pequeno por atraso de crescimento intrauterino.

Consequências da gravidez na adolescência

Como o corpo da menina ainda não está completamente formado para a maternidade ainda na adolescência, as consequências de uma gravidez na adolescência podem ser:

Anemia;

Baixo peso do bebê ao nascer;

Pressão alta durante a gravidez;

Sistema emocional descontrolado;

Dificuldade no trabalho de parto normal sendo necessário realizar uma cesária.

Além das consequências para a saúde, a gravidez na adolescência gera muito conflito interior, pela insegurança financeira e as dificuldades em educar a criança, por isso os adolescentes necessitam de cuidado, atenção e apoio dos pais. E se realmente não for possível ficar com o bebê, pode-se deixá-lo para adoção, pois esta opção é sempre mais sensata que um aborto, pois ele é ilegal e põe em risco a vida da mulher.

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É na adolescência que se experimenta os doces e amargos sabores da vida e são esses gostos que formam uma futura personalidade e postura perante uma sociedade. É na adolescência que se constrói histórias, descobre risadas e sensações novas. E quando essa etapa da vida é atropelada por uma gravidez não planejada?

O peso de um filho para uma gestante no período da adolescência influencia diretamente em toda a estrutura financeira, social e psicológica na vida dos pais. O preço da inconsequência adicionado à facilidade de encontrar produtos e medicamentos abortivos faz com que os leitos das maternidades fiquem lotados de jovens que assumiram correr o risco do aborto.

Grande parte das mulheres internadas com urgência nas maternidades de Manaus é vítima de aborto malsucedido. Quem garante isso é a ginecologista e obstetra Doroteia Aguiar, que atende em maternidades das redes municipal e estadual.

“Quanto mais jovens as meninas iniciam suas relações sexuais maior é a frequência delas nas maternidades. Isso inclui, principalmente, as jovens que cometem abortos clandestinos durante os primeiros meses da gestação”, explica.

Quem conseguiu ficar vivo para contar a história foi o jovem Matheus, que hoje tem 12 anos e é filho da policial militar Beatriz Rocha, 30, que ficou grávida aos 16. “Eu menstruei até o sexto mês e não sabia que estava grávida. Era junho, eu estava me preparando para conhecer Parintins quando passei mal e fui ao médico. Ele fez uma ultrassonografia e deu o resultado de 28 semanas. Era um menino”, lembra.

Inexperiente e sozinha, Beatriz também teve complicações durante todo o período, a partir da 20ª semana, ela teve pré-eclampsia, que consiste em hipertensão durante a gestação. “Não podia passar fortes emoções, nem boas nem ruins, isso fez com que eu me afastasse de grande parte do meu ciclo de amizades, além de ser discriminada quando chegava nos postos de saúde. Geralmente, ouvia coisas tipo que eu era enxerida ou acesa”, conta.

O aborto chegou até a passar pela cabeça dela, mas a vontade de criar um filho se mostrou maior. “O fato de eu ter ficado sozinha me fez ter mais força para conseguir superar mesmo sem consciência de tudo que me esperava. Precisava ficar em casa porque minha mãe não queria que me vissem grávida, virei mãe antes mesmo de virar mulher”, explica.

Para o ginecologista e mastologista Gerson Mourão, o que muitas mulheres e meninas ainda não se deram conta são nos reais riscos emocionais e físicos que uma gravidez precoce pode causar.

“A adolescência é cenário da vida escolar, a descoberta de inúmeras novidades, incluindo a vida sexual. Hoje a mulher já pode fazer sexo com quem ela quiser, sem precisar dar grandes satisfações, mas precisa ter a cultura de ir ao posto de saúde, se prevenir e cuidar de si mesma”, argumenta.

A gravidez precoce levou Beatriz a abrir mão das atividades que gostava e perdesse as festas e baladas que queria ir. “Tive que mudar minhas amizades, porque não cabia mais a mim as baladas. Existem mães que conseguem manter isso e continuar estudando, mas

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na época eu estava no segundo ano do ensino médio, precisava arrumar um emprego e o Matheus passou a ser responsabilidade minha”, explica.

Para o médico Gerson Mourão o ideal ainda é a prevenção. “Muitas jovens até têm acesso a informação, mas por irresponsabilidade e até submissão ao homem acabam deixando coisas como essas acontecerem. As jovens mal menstruam e já vão engravidando, sem ter ao menos orientações básicas em como funcionam os métodos anticoncepcionais”, explica.

Hoje em dia, Beatriz é casada e tem mais duas filhas gêmeas que completaram 6 anos. Ela, o marido Matheus e as gêmeas vivem em harmonia em clima de família.