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Lê atentamente o primeiro parágrafo.1.1- Situa a acção no tempo.Um dia à meia-noite.

1.2- Descreve a estrela e indica onde se encontrava àquela hora.Era a estrela mais gira ao céu, muito viva , bonita e passava por cima da torre.

1.3- Indica um recurso estilístico presente nesse parágrafo.É a adjectivação "mais gira, muito viva".(Pergunta de retórica "Como é que a não tinham roubado?''').

1.4- Que pensava Pedro fazer com a estrela?Pedro pensou em guardá-la no seu quarto, talvez a trouxesse ao peito, ou talvez a desse à mãe para enfeitar o cabelo.

1.5- Indica os graus dos adjectivos presentes na frase; "Era a estrela mais gira do céu, muito viva...".“A mais gira” - grau superlativo relativo de superioridade; “muito viva” - grau superlativo absoluto sintético.

2- Lê com atenção o segundo parágrafo.2.1- Caracteriza o Pedro.O Pedro tinha sete anos, era ágil, tinha algum medo, estava descalço, suava, tinha as calças a cair, não tinha bolsos e tinha sono.

2. l. l - Quais os processos utilizados na sua caracterização.Caracterização directa e heterocaracterização.

2.2- Qual o recurso estilístico presente na expressão "...porque o medo vinha a correr também atrás dele ". Personificação.2.3- De que modo Pedro transportou a estrela? Entalou-a no cordel das calças.2.4- Indica dois recursos estilísticos presentes na descrição da estrela,Comparação - 'lembrava um pirilampo..."; adjectivação - "formidável, maior",

3. Lê desde o terceiro parágrafo até "...só tinha luz quando ele tinha sono ".3.1-0 que pensou a mãe quando o Pedro gritou?Pensou que fossem restos de sonho.

3.2-0 que estava dentro da caixa pela manhã?Uma estrela que parecia de lata.

3.3- Como passou o Pedro o dia?Passou o dia muito quieto, muito triste e mal comia.

3.4- O que o pai pensou do comportamento de Pedro?Pensou que ele tinha tramado alguma ou estava para tramar.

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3.5- O que aconteceu à noite?A estrela voltou a brilhar.3.6- Que conclusão tirou o Pedro?O Pedro concluiu que a estrela só brilhava à noite.

4. Lê desde "Aconteceu então..." até "...não fosse o diabo tecê-las.".

4.1-0 que causou o burburinho?Foi um velho que começou a berrar coisas que não se percebiam por terem roubado a estrela.

4.2- QuaÍ a relação de Pedro com o velho?Pedro conhecia bem o velho que gostava dele e o chamava da varanda, dava-lhe berlindes, aguçava-lhe o bico do pião e contava-lhe histórias.

4.3- Por que motivo foi o velho que descobriu o roubo? O velho já não podia trabalhar e não tinha sono, por isso durante a noite olhava as estrelas.

4.4- Como reagiu o sr. António Governo?Não se importou com o roubo da estrela, porque não se queria meter em chatices.

4.5- Por que motivo o Cigarra não concordava com o Sr. António Governo?Não concordava, porque ele considerava que as estrelas enfeitam e tinham roubado a mais bonita.

4.6- Por que razões o pai se colocou do lado do Cigarra e do velho?Não gostava do Governo e devia favores ao velho.

4.7- O que fazia Pedro quando se falava em casa do roubo da estrela?Fazia que não ouvia, muito encavacado, comendo depressa para se raspar logo para a cama.

5, Lê desde "Ora certa noite..." até "...amanhã falamos."5.1- Identifica um recurso estilístico presente no primeiro parágrafo desta parte.É a comparação "como se lhe estivesse a pedir a alma ".

5.2- Quem e como descobriu que tinha sido Pedro a roubar a estrela?Foi a mãe, quando viu luz por debaixo da porta e entrou no quarto, vendo-o com a estrela na mão.6- Lê desde "Mas no outro dia..." até ao final,6. l - Por que motivo a freguesia achava que a estrela não era aquela?A estrela não brilhava durante o dia.

6.2- Por que motivo o pai disse que deveria ser o Pedro a colocar a estrela no sítio?Tinha sido o Pedro que a tinha tirado.

6.3- O que aconteceu a Pedro depois de ter colocado a estrela no seu sítio?

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Caiu e morreu.

6.4- O que pretenderá transmitir o autor deste conto?O autor pretende transmitir que quando concretizamos o sonho, não nos sentimos satisfeitos, mas se deixamos de sonhar a nossa vida deixa de ter sentido.

A Estrela, um conto de Vergílio Ferreira “Um dia, à meia-noite, ele viu-a.” AS PERSONAGENS / O NARRADOR As personagens do conto são Pedro (protagonista);a

mãe e o pai; o velho, o Cigarra, o sr. Governo (personagens secundárias)e os habitantes da aldeia (o Rui, o Roda Vinte e Seis, o Pingo de Cera, a Raque-Traque, a Pitapota e o Pananão (figurantes).

O protagonista O Pedro é o protagonista, porque é a partir do roubo da estrela, de que ele é o

autor, que se desenvolve toda a história. O Pedro é parecido com tantas outras crianças da sua idade porque gostava de subir às oliveiras para ver os passarinhos nos ninhos e gostava de aventuras. Além disso era teimoso, como a maioria das crianças. Queria a estrela, nem sabia para quê, e não descansou enquanto não a teve.

O Pedro é especial porque é determinado e corajoso. Quis a estrela e foi buscá-la, o que

implicou muito esforço e aventurar-se por caminhos difíceis. Mas, sobretudo, implicou muita coragem. Teve de vencer o medo da noite, omedo do escuro assustador da torre, o medo da altura e do perigo de cair. Parece que nada o fazia desistir do seu sonho, daquilo que desejava obter.

PERSONAGENS SECUNDÁRIAS A mãe do Pedro surpreende-o com a estrela na mão,

quando repara que há uma luz estranha no quarto. De surpreendida passou a furiosa, quis bater-lhe, mas queimou-se na estrela. Ficou nervosa porque se preocupava com as opiniões dos habitantes da aldeia. O pai quando viu que o filho tinha sido o autor do roubo, não lhe bateu, mas obrigou-o a corrigir o mal feito, porque estava preocupado com a opinião dos aldeãos.

Personagens secundárias O velho, como passava parte da noite acordado, deu pela falta da estrela no céu e comunicou-o ao Cigarra que, por sua vez, o fez saber a toda a aldeia. O senhor Governo primeiro achou que uma estrela a mais ou a menos não tinha qualquer importância, mas depois quis mostrar-se prestável e mandou buscar umas escadas muito altas para se chegar melhor ao cimo da torre. Quis até que fosse o seu filho a colocar a estrela no céu, mas este, mal lhe pegou, queimou-se.

O narrador O narrador é não participante porque não está presente na narrativa, como se

comprova pelo uso de verbos e pronomes na 3ª pessoa. “Nessa noite não aguentou. Meteu-se na cama …, a mãe levou a luz, mas ele não dormiu.” O narrador é subjetivo porque, embora não faça parte da história, dá as suas opiniões, os seus pontos de vista. “O medo vinha também a correr atrás dele. Mas como vinha descalço, ele corria mais.”

O narrador O narrador é omnisciente porque sabe tudo, incluindo os pensamentos das personagens. “... tão contente ficou de a porta estar aberta, que só depois se lembrou de a ter ouvido ranger. E entãoassustou-se.”

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A ação A ação decorre à meia-noite porque é só à meia-noite que a estrela passa sobre a torre e só à noite as estrelas são visíveis.Problema inicial Pedro desejava ter a estrela, pelo que planeou empalmá-la.

O tempo São marcas de tempo as seguintes expressões: “Um dia, à meia-noite”; “a essa hora”; “nessa noite”; “No dia seguinte”; “Mas no dia seguinte”; “Aconteceu então que no dia seguinte”; “Ora certa noite”; “um ano inteiro”; “hoje”; “Já passaram muitos anos”.

O espaço Os diferentes lugares onde decorre a ação são o quarto do Pedro, as ruas da aldeia, a

torre da igreja e o adro. O espaço físico mais importante é a torre porque é a partir dela que Pedro chega à estrela, é a partir dela que a colocará de volta e também será ao escorregar dela que morrerá e o seu sonho terminará.

Episódios principais Pedro saiu de casa e dirigiu-se à igreja; Subiu até ao campanário e

agarrou a estrela; Já em casa, antes de se deitar, guardou-a numa caixa; Ao acordar, pensou que lhe tinham trocado a estrela e, por isso, ficou transtornado; Os pais recearam que Pedro estivesse metido em sarilhos; O velho descobriu o roubo e a aldeia ficou em alvoroço;

Episódios principais (continuação) Os habitantes da aldeia tomaram partido a favor de Cigarra contra o sr. Governo; Os pais de Pedro descobriram a verdade; O pai de Pedro denunciou o filho e impôs que este fosse repor a estrela no seu lugar; Pedro caiu do alto da torre e morreu; Toda a gente da aldeia chorou a sua morte e durante muito tempo lamentou o sucedido.

A história Foi difícil ao Pedro concretizar o seu sonho porque não só o caminho era arriscado e difícil, como também encontrou a oposição de toda a gente. Pedro é uma criança que acredita no sonho, na capacidade da imaginação, ao contrário dos adultos que vivem presos à realidade. Daí Pedro não se queimar com aestrela.

Simbolismo da estrela A posse da estrela significa:crescimento, busca da própria

identidade;nascimento para uma outra vida;desejo de conhecimento do mundo;ânsia de liberdade;vitória sobre o medo;coragem.

INTERPRETAÇÕES POSSÍVEIS PARA ESTE CONTO O Pedro morreu porque o seu sonho

era demasiado ambicioso. O Pedro cometeu uma falta grave e por isso foi castigado. A maioria dos adultos perdeu a capacidade de sonhar e a sua incompreensão matou o Pedro. O Pedro não estava interessado em viver num mundo onde não havia lugar para o sonho. O Pedro não morreu. Morreu a criança cheia de sonhos e fantasias; circunstâncias da vida obrigaram o Pedro- criança a tornar-se adulto, sem tempo ou vontade de sonhar.

Léxico próprio de um meio rural Registo popular “empalmar”; “tramar”, “gramar”; “escachar” “sacana”; retoiço; malhoada; “punha-lhe o comer”; “fizera uma das dele”; “tivera mesmo uma ponta de cagaço”; “malhar com o coirão na cadeia”; “se o pai ou a mãe descobrissem estava cosido” “não fosse o diabo tecê-las”; “apanhá-lo com a boca na botija”; “que lhe cultivava umas sortes”.

1. “ A ESTRELA” AS CATEGORIAS DA NARRATIVAProf. Sílvia Rebocho 2. PEDROCaracterização física: tem sete anos; quando foi roubar a estrela estava descalço e

usava calças sem bolsos, presas com um cordel. 3. PEDROCaracterização psicológica: imaginativo; sonhador; aventureiro; curioso; medroso;

corajoso; ágil; destemido; persistente; traquina; determinado; gosta de brincar e ouvir histórias. 4. PEDROCaracterização social: pertence a uma família humilde e vive num meio rural.

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6. PROCESSOS DE CARACTERIZAÇÃO Caracterização indirecta – é o resultado de deduções feitas a partir de atitudes, comportamentos, reacções, actos de fala da personagem ao longo da acção.

7. PEDRO Caracterização directa, por autocaracterização– não existe, pois o Pedro nunca apresenta as suas próprias características. Caracterização directa, por heterocaracterização – quando o narrador diz que o Pedro tem sete anos, que ia descalço e usava calças sem bolsos, presas com um cordel.

8. PEDRO Caracterização indirecta – a partir do seu comportamento e das falas de outras personagens, nós, os leitores, deduzimos muitas características psicológicas do Pedro. Por exemplo, deduzimos que era sonhador, imaginativo e determinado, quando decidiu ir roubar a estrela do céu.

9. ACÇÃO (quanto à delimitação)No conto estudado, a acção é fechada, porque sabemos o final da história, embora a morte do Pedro possa ter vários sentidos. Ex.: “Toda a gente chorou a sua morte. E o Cigarra, que andou de luto um ano inteiro, fez mesmo uns versos sobre ele para os cantar depois à viola.”

10. ORGANIZAÇÃO DAS SEQUÊNCIAS NARRATIVASO conto tem encadeamento, uma vez que as acções surgem ordenadas por ordem cronológica. Isto quer dizer que uma acção dá origem a outra e assim sucessivamente.

11. NARRADOR(quanto à presença)O narrador é não participante, pois limita-se a contar a história, sem intervir nela enquanto personagem. Como tal, utiliza a 3.ª pessoa ao longo da narrativa. Ex.: “Pedro ia ouvindo tudo sem ter opiniões, que também lhe não pediam.”

12. NARRADOR (quanto ao ponto de vista) O narrador, por vezes, é subjectivo, já que à medida que vai narrando a história vai demonstrando a sua opinião sobre determinados aspectos. Ex.: “Suara que se fartara, apanhara frio, tivera mesmo a sua ponta de cagaço para aquela porcaria. Que era mesmo uma porcaria.”

13. NARRADOR (quanto à ciência)O narrador é OMNISCIENTE, porque sabe tudo sobre a história e sobre as personagens. Ex.: “Pedro ficou muito corado, com o sinal à vista que fizera uma das dele, e pôs-se a comer à pressa para parecer que não.”

O simbolismo da estrela 1. Procura respostas possíveis para o simbolismo da estrela, resolvendo osexercícios.1.1.   Pedro consegue despregar uma estrela do céu. Porquê? a)   porque acredita que tudo é possível, basta sonhar.b)   Porque a estrela estava muito pertinho da torre da igreja.c)   Porque qualquer pessoa podia fazê-lo, sobretudo ele que era ágil. 1.2.   A estrela só brilha à noite. Porquê? a)   porque as estrelas só brilham à noite.b)   Porque à noite os sonhos que a estrela simboliza parecem mais reais.c)   Porque de dia a luz do sol não deixa ver a luz da estrela. 1.3.   A estrela só queimava as mãos das outras pessoas. Porquê? a)  

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porque as outras pessoas não acreditavam que lhe podiam tocar.b)   Porque aquela era a estrela de Pedro e todos temos a nossa estrela.c)   Porque a estrela brilhava com mais intensidade, quando era tocada pelas outraspessoas.