A Esperança Da Eternidade - Livro Razão Da Esperança

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  A espera nça da eternidade Tudo o qu e foi es tu da do at é aqui nos tr ou xe para es te ponto fi nal e essencial da nossa esperança. A certeza de um “destino eterno” é o que dá valia a tudo o qu e foi estudado até este momento. Todas as do utrinas consideradas acima são importantes e verdadeiras, porque levam à considera ção do destino eterno. !e a nossa exist"ncia se resumisse apenas a esta vida, ser#amos, nas palavras do ap$stolo %aulo, “os mais infelizes de todos os &omens” '()o *+.*-. Toda a nossa teoloia, esperança e fé seriam f/teis e sem nen&um sentido, se a /nica coisa que nos restasse fosse esta vida. !eria sem sentido falar em revelação, em so0erania de 1eus, em expiação de )risto, em salvação, ire2a, ou escatoloia, se a vida atual fosse a /nica forma de exist"ncia a que estamos confinados. 3 destino eterno se refere ao estado de exist"ncia que os seres &umanos ex pe riment ar ão de po is da ressurreão dos mortos e do 2u#zo final. %or  isso, de certa maneira, somente a# começará a eternidade para os &omens, e s$ então todos terão plena consci"ncia disso. !erá uma forma de exist"ncia 0a st ante di fe rente da atual. 4 poss#vel qu e o pr$prio concei to de te mpo não exista mais, não pelo menos, como o con&ecemos &o2e. Todos os &omens existi rão et er nament e, po rém, o de st ino dos pe rdidos e o de st ino do s salvos serão muito diferentes. 0 destino dos perdidos 3 la o de fo o é o destin o final do s pe rdidos 'Ap 56.* +- . 4sse lu a r  aparece somente no cap#tulo * do Apocalipse. 4 interessante que, s$ no final da 7#0lia, a exist"ncia desse luar ten&a sido explicada. 3 lao de foo deve ser identificado com o luar de punição definitivo de todos os #mpios. 4 dito que a pr$pria morte e o inferno são, depois do 8u#zo, lançados para dentro do lao de foo. 9á uma diferença entre o inferno e o lao de foo. 3 inferno existe &o2e, mas deve ser considerado como um luar transit$rio. 632 Razão da esperança  As almas dos #mpios são atormentadas no inferno, porém, estão lá sem corpo. :o dia da ressurreição, mesmo os #mpios terão que ressuscitar para o 8u#zo e, então, serão lançados para dentro do lao de foo. %ortanto, num sentido, o lao de foo é ainda pior que o inferno atual. %odemos considerá lo como o inferno definitivo. Tentativas de minimizar o j ul gament o de Deus ;ma questão que normalmente sure com respeito à punição dos #mpios é a duração dela. A repun<ncia de muitos pela idéia de uma eternidade de pun içã o levou naturalment e ao pen samen to de que o estado de pu niç ão não pode ser eterno. 4ssa idéia não é nova. A doutrina cat$lica do purat$ rio é uma tentativ a de minimizar os ef ei to s do 2u l amento di vi no. 3 purat$rio seria um luar intermediário entre o céu e o inferno para onde a maioria das pessoas iria depois da morte. Assim, apenas um n/mero pequeno

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Sobre a Esperança na Bíblia.

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 A esperança da eternidade

Tudo o que foi estudado até aqui nos trouxe para este ponto final eessencial da nossa esperança. A certeza de um “destino eterno” é o que dá

valia a tudo o que foi estudado até este momento. Todas as doutrinasconsideradas acima são importantes e verdadeiras, porque levam à consideração do destino eterno. !e a nossa exist"ncia se resumisse apenas a esta vida,ser#amos, nas palavras do ap$stolo %aulo, “os mais infelizes de todos os&omens” '()o *+.*-. Toda a nossa teoloia, esperança e fé seriam f/teis esem nen&um sentido, se a /nica coisa que nos restasse fosse esta vida. !eriasem sentido falar em revelação, em so0erania de 1eus, em expiação de)risto, em salvação, ire2a, ou escatoloia, se a vida atual fosse a /nica formade exist"ncia a que estamos confinados.3 destino eterno se refere ao estado de exist"ncia que os seres &umanos

experimentarão depois da ressurreição dos mortos e do 2u#zo final. %or isso, de certa maneira, somente a# começará a eternidade para os &omens, es$ então todos terão plena consci"ncia disso. !erá uma forma de exist"ncia0astante diferente da atual. 4 poss#vel que o pr$prio conceito de temponão exista mais, não pelo menos, como o con&ecemos &o2e. Todos os &omensexistirão eternamente, porém, o destino dos perdidos e o destino dossalvos serão muito diferentes.

0 destino dos perdidos

3 lao de foo é o destino final dos perdidos 'Ap 56.*+-. 4sse luar aparece somente no cap#tulo * do Apocalipse. 4 interessante que, s$ nofinal da 7#0lia, a exist"ncia desse luar ten&a sido explicada. 3 lao de foodeve ser identificado com o luar de punição definitivo de todos os #mpios.4 dito que a pr$pria morte e o inferno são, depois do 8u#zo, lançados paradentro do lao de foo. 9á uma diferença entre o inferno e o lao de foo.3 inferno existe &o2e, mas deve ser considerado como um luar transit$rio.632 Razão da esperança

 As almas dos #mpios são atormentadas no inferno, porém, estão lá sem

corpo. :o dia da ressurreição, mesmo os #mpios terão que ressuscitar parao 8u#zo e, então, serão lançados para dentro do lao de foo. %ortanto, numsentido, o lao de foo é ainda pior que o inferno atual. %odemos considerálo como o inferno definitivo.Tentativas de minimizar o j ul gament o de Deus

;ma questão que normalmente sure com respeito à punição dos #mpiosé a duração dela. A repun<ncia de muitos pela idéia de uma eternidade depunição levou naturalmente ao pensamento de que o estado de puniçãonão pode ser eterno. 4ssa idéia não é nova. A doutrina cat$lica do purat$rio 2á é uma tentativa de minimizar os efeitos do 2ulamento divino. 3

purat$rio seria um luar intermediário entre o céu e o inferno para onde amaioria das pessoas iria depois da morte. Assim, apenas um n/mero pequeno

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iria para o inferno. )onforme a doutrina cat$lica, todos os que estãono purat$rio t"m c&ances de “purar” os seus pecados e paar pelos seuscrimes, podendo, depois de alum tempo, ir para o céu. A partir dessaperspectiva, provavelmente um n/mero 0em pequeno, ao final, seriaeternamente perdido.

;m outro modo de minimizar o 2ulamento de 1eus é o universalismosoteriol$ico. 4ssa é a idéia de que, no fim das contas, todos serão salvos.3s universalistas acreditam que a exist"ncia de um inferno seria aloincompat#vel com o amor e a 0ondade de 1eus. !endo assim, 1eus em seuimenso poder, ac&ará aluma maneira de salvar todas as pessoas. :a &ist$ria da ire2a, &ouve até defensores de que o pr$prio dia0o e seus an2osserão, de alum modo, salvos no fim.* Aluns universalistas até concordamque pode &aver alum tempo de punição para os #mpios, mas que, no fim,todos serão salvos. = evidente que, para manter essa posição, a 7#0lia teráque ser deixada de lado> por essa razão, essas idéias eralmente fluem dos

movimentos de teoloia li0eral, que desconsideram a inspiração e a inerr<nciada 4scritura. !omente se o pecado do &omem não for tão terr#velcomo a 7#0lia o descreve, e somente se o sacrif#cio de 8esus for alo semvalor, é que o universalismo soteriol$ico poderia ser viável.4xiste tam0ém a crença na extinção da alma. )omo o pr$prio nomesuere, os perdidos seriam aniquilados, ou se2a, reduzidos a um estado denãoexist"ncia. 4ssa posição é diferente do universalismo porque não defendea salvação dos #mpios, mas diz que o inferno não é eterno. 1epois damorte e do 2ulamento, os #mpios serão lançados no inferno, onde serão A esperança da eternidade 633

queimados, ou se2a, destru#dos. 3s defensores dessa idéia questionam comoo foo poderia queimar alo eternamente, pois, em alum momento, ele seextinuiria. %ortanto, a partir de alum momento, as almas deixariam deexistir. Admitese a possi0ilidade de que &a2a variação de um perdido parao outro, em termos de sofrimento que antecipa a extinção, mas no fim,todos os #mpios simplesmente deixarão de existir. ;m arumento queeralmente é usado para defender essa posição é que não poderia &aver felicidade verdadeira no céu se os &a0itantes do para#so sou0essem que existeum inferno c&eio de pessoas sofrendo eternamente. 3s mais famososdefensores do aniquilamento são os Testemun&as de 8eová, mas muitos te$

loos tradicionais simpatizam com essa idéia.

0 castigo eterno

)omo 2á dissemos em outros cap#tulos, devemos deixar o futuro nasmãos de 1eus. :ão ca0e a n$s determinar como deverá ser o futuro. !e1eus quiser aniquilar os #mpios, ele o fará, e não ca0erá a nen&um de n$squalquer questionamento. %orém, da perspectiva da interpretação 0#0lica

tradicional, parece muito dif#cil sustentar a doutrina do aniquilamento. %or mais que este se2a um tema dif#cil, e que talvez, todos n$s até dese2ássemos

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que &ouvesse um aniquilamento, o fato é que, a menos que este2amosinterpretando erroneamente os textos 0#0licos, os #mpios realmente passarão aeternidade sendo punidos no inferno.9á um n/mero muito rande de passaens 0#0licas que falam so0re oinferno. 9á pelo menos cinq?enta textos da 4scritura que falam diretamente do

inferno ou da punição que os #mpios rece0erão. :esse momento,a nossa intenção é nos concentrarmos nas passaens que falam so0re aduração dessa punição. 4m @ateus *., 8esus fala so0re um “foo eterno”.4le dizB “%ortanto, se a tua mão ou o teu pé te faz tropeçar, cortao elançao fora de ti> mel&or é entrares na vida manco ou alei2ado do que,tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no foo eterno”. A imaem deum foo queimando eternamente leva necessariamente à idéia de que oluar de punição dos #mpios é eterno. :ão &averia razão para o foo ser eterno se, em alum momento, os #mpios simplesmente deixassem de existir.:o cap#tulo 5+ de @ateus, 8esus volta a falar so0re este assunto. 4le fala

so0re a ocasião do 2ulamento final, quando separará as ovel&as dos ca0ritosB“4ntão, o Cei dirá tam0ém aos que estiverem à sua esquerdaB Apartaivos demim, malditos, para o foo eterno, preparado para o dia0o e seusan2os” 'v.D*-. Eoo à frente, ele explica o que sinifica esse estadoB “4 irão63 4 Razão da esperança

estes para o castio eterno, porém os 2ustos, para a vida eterna” 'v.DF-. 8esusc&ama o castio dos #mpios de “eterno”, e o compara com a recompensados salvos que é a vida “eterna”. !e o castio dos #mpios não for eterno,então, a vida dos salvos tam0ém pode não ser eterna. :o 4vanel&o de@arcos, temos alumas expressGes ainda mais fortes de 8esus so0re o estado

de eterna punição dos #mpios. 4le dizB “4, se tua mão te faz tropeçar,cortaa> pois é mel&or entrares maneta na vida do que, tendo as duas mãos,ires para o inferno, para o foo inextinu#vel Honde não l&es morre o verme,nem o foo se apaaI” '@c .DJ,DD-. %or tr"s vezes 8esus fala dessefoo inextinu#vel e desse verme que corr$i e nunca morre. 4le está retratandoo sofrimento interior, pelo verme, e exterior pelo foo. Am0os ossofrimentos, seundo 8esus, são eternos. 4 poss#vel que as expressGesusadas pela 7#0lia, como foo, verme, trevas, etc., não devam ser entendidasliteralmente. %ode ser uma maneira de expressar em l#nua compreens#velcoisas incompreens#veis para o &omem. %orém, o elemento de duração

está 0em claro nas passaensB é eterno.;ma das passaens 0#0licas mais claras so0re a punição eterna é 5Tessaloniscenses *.B “4stes sofrerão penalidade de eterna destruição,0anidos da face do !en&or e da l$ria do seu poder”. %aulo está,evidentemente falando so0re os #mpios, e so0re o que eles enfrentarão naseundavinda de 8esus. A penalidade deles será “eterna destruição”, sendo 0anidosda face do !en&or. A pr$pria expressão “0anidos” suere continuar existindo,mas “lone de”. 4les existirão eternamente 0anidos da face do !en&or em destruição eterna. 3 Apocalipse descreve um outro aspecto desse

sofrimento eternoB “Tam0ém esse 0e0erá do vin&o da c$lera de 1eus,preparado, sem mistura, do cálice da sua ira, e será atormentado com foo e

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enxofre, diante dos santos an2os e na presença do )ordeiro. A fumaça do seutormento so0e pelos séculos dos séculos, e não t"m descanso alum, nemde dia nem de noite, os adoradores da 0esta e da sua imaem e quem quer que rece0a a marca do seu nome. 'Ap *D.*6,**-. %arece &aver umacontradição nessa passaem em relação à anterior, mas elas estão apenas

enfatizando faeetas diferentes do sofrimento dos #mpios. 4les estarão aomesmotempo “0anidos da face do !en&or” e “atormentados na presença do !en&or”.3 0animento se refere à impossi0ilidade de acessar o favor divino.%or outro lado, terão que encarar a face de ira do )ordeiro, porque sãomerecedores da condenação. %ara entendermos esse contraste entre oa0andono e a presença de 1eus, devemos nos lem0rar do que aconteceu com8esus na cruz. 3 pr$prio 8esus confessa que sofreu um a0andono de 1eus'@t 5K.DF-. 4ntão, num sentido, 1eus a0andonou o seu Lil&o na cruz, pois A esperança da eternidade 635 

virou o seu rosto de 8esus> isso sinifica que não mais o sustentou com asua raça. %orém, noutro sentido, o ol&ar de 1eus permaneceu so0re 8esus,mas era o ol&ar de ira. 1o mesmo modo, os perdidos não estarão na presençade 1eus, entendendose essa presença como favor, mas estarão napresença de 1eus, entendendose essa presença como ira. )om relação àduração da penalidade que virá aos que se su0metem à marca da 0esta, apassaem diz que a fumaça do seu tormento so0e pelos séculos dos séculos,e não t"m descanso alum nem de dia nem de noite. Cespeitando osim0olismo da passaem, a duração eterna da punição está muito evidente.Mualquer outra interpretação teria que forçar o seu sentido natural. %ortanto,

diante dessas passaens 0#0licas, fica muito dif#cil sustentar idéias como“universalismo” ou “aniquilamento”

0 inferno e o cristão

Mual deve ser a postura do cristão ao considerar a doutrina do infernoN%rimeiramente, ele não precisa temer o inferno. 3 inferno foi feito para odia0o e seus an2os '@t 5+.D*-, e os &omens maus irão para lá como

conseq?"ncia de seus pecados e por sua recusa em aceitar a salvação que1eusprovidenciou.1evemos considerar que o con&ecimento da exist"ncia do inferno deveconduzir o crente verdadeiro ao tra0al&o. )omo diz 9oeOema, “para nossoempreendimento missionário, a doutrina do inferno deveria nos impulsionar aum zelo e ur"ncia maiores”.5 4, de fato, se perce0emos que todos osque morrerem sem )risto, quer este2am do nosso lado, quer este2am nooutro lado do mundo, passarão a eternidade nesse luar &orrendo de punição, nosso coração deveria se comover a tentar resatar aluns do foo '8d

55,5J-. 1evemos nos lem0rar, tam0ém, que 1eus pode exiir de n$s osanue al&eio. %aulo entendia que 1eus poderia co0rar dele, caso se

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recusasse a prear o evanel&o, por isso, depois de passar tr"s anos preandoaos 4fésios, pPde dizerB “%ortanto, eu vos protesto, no dia de &o2e, queestou limpo do sanue de todos> porque 2amais deixei de vos anunciar todoo des#nio de 1eus” 'At 56.5F,5K-. 4le entendia as coisas da seuinte maneiraB“!e anuncio o evanel&o, não ten&o de que me loriar, pois so0re

mim pesa essa o0riação> porque ai de mim se não prear o evanel&oQ”'ver ()o .*F-. (sso nos faz lem0rar da &ist$ria do Antio Testamentoso0re o atalaia descrito em 4zequiel JJ. 3 atalaia era uma espécie de viiaque se colocava na torre para o0servar a aproximação de inimios. !e oatalaia visse inimios se aproximando e desse o aviso, caso as pessoas nãose importassem, e aca0assem morrendo, o atalaia estava livre, pois &aviacumprido o seu papel. %orém, se visse o inimio se aproximando e nãodesse o aviso, ele teria que paar pelo sanue dos que morressem '4z JJ.* -. A doutrina do inferno fala ao cristão de suas responsa0ilidades.Linalmente, diante do ensino 0#0lico de que tanto os &omens como os

demPnios serão punidos no inferno, não pode prevalecer o conceito popular deque o dia0o é o c&efe do inferno. 3 dia0o nem sequer está no infernoaora. !eu luar é a terra '4f F.*5> Ap *5.,*5-. !atanás será lançado nolao de foo, para ser eternamente punido 2untamente com todos os seusan2os, ap$s a vinda de 8esus. 4le não irá para lá para overnar, mas parasofrer, e de todos, certamente será o que mais sofrerá. %or outro lado, ocrente verdadeiro 2amais irá para esse luar. !e o !en&or 8esus sofreu apenalidade do crente, e se o crente confia de todo coração nessa o0ra de8esus, e tem experimentado a transformação do 4sp#rito, pode tranq?ilizar a sua alma.

0 destino dos salvos

1epois do rande dia do 2u#zo, de acordo com a %alavra de 1eus, ossalvos &a0itarão a nova terra que será con2untamente recriada com os novoscéus. :o estado atual, as almas das pessoas que morreram em )ristoestão na presença de 1eus, desfrutando o para#so no céu, porém, essasalmas estão lá sem seus corpos. %or isso, o para#so &o2e é c&amado de luar de descanso. As almas dos salvos devem descansar até o /ltimo dia, quandoressuscitarão 'Ap F.**> *D.*J-. 1epois da ressurreição, quando as almas dossalvos se unirem a seus novos corpos, os redimidos serão levados a umnovo estado de exist"ncia mais pleno '()o *+.J+D-. A 7#0lia diz que &averá uma rande renovação que acontecerá no futuro. 8esusfalou que na sua vinda aconteceria a “reeneração” '@t *.5-.(sso certamente se refere ao momento em que 1eus renovar os céus e aterra. %edro disse que 8esus ficaria nos céus “até aos tempos da restauraçãode todas as coisas, de que 1eus falou por 0oca dos seus santos profetasdesde a antiuidade” 'At J.5*-. Assim, as profecias do Antio Testamentose cumprirão quando 1eus renovar a terra. 4 %edro diz novamente que, na

vinda do 1ia de 1eus, os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementosa0rasados se derreterão '5%e J.*5-. 4 ele complementaB “:$s, porém, seundo

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a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais &a0ita 2ustiça” 'v. *J-. Tanto a terra como os céus serão renovados. 4m (sa#as F+ o A esperança da eternidade 63 7  

!en&or 2á &avia prometidoB “%ois eis que eu crio novos céus e nova terra> enão &averá lem0rança das coisas passadas, 2amais &averá mem$ria delas”

'v. *K-. 4 8oão viu numa visão o cumprimento dessa promessaB “Ri novocéu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar 2ánão existe” 'Ap 5*.*-. Ap$s todos os cataclismas finais, quando 1eus exercer asua 2ustiça so0re o mundo deca#do, e 2ular todas as pessoas, ele renovarátoda a sua criação, incluindo a terra e o céu. 4ssa é a rande expectativa dopovo de 1eus.

 A renovação da terra

1eus sempre se importou com a terra. 3 relato da criação dizB “:o princ#pio,criou 1eus os céus e a terra. A terra, porém...” 'Sn *.*,5-. 1a# para afrente, a terra ocupa o centro das atençGes. 1esde o in#cio, a preocupaçãoprincipal do 4sp#rito !anto foi revelar como a terra suriu, e poucos detal&esforam dados a respeito do céu. :o plano de 1eus, a terra foi o luar idealizadopara a &a0itação dos &omens. 1esde o começo, 1eus plane2ou que aterra fosse o luar onde o ser &umano se realizariaB “Tam0ém disse 1eusBLaçamos o &omem à nossa imaem, conforme a nossa semel&ança> ten&aele dom#nio so0re os peixes do mar, so0re as aves dos céus, so0re os animaisdomésticos, so0re toda a terra e so0re todos os répteis que raste2am pelaterra” 'Sn *.5F-. Loi somente quando o &omem transrediu a ordem de1eus, que 1eus amaldiçoou a terraB “4 a Adão disseB Risto que atendeste avoz de tua mul&er e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses,maldita é a terra por tua causa> em fadias o0terás dela o sustento durante osdias de tua vida” 'Sn J.*K-. %orém, sempre esteve no plano de 1eus restaurar a terra. %or essa razão, 8esus foi enviado a este mundo. 4le veio aqui pararetirar a maldição. :ão é sem motivo que 8oão 7atista ten&a c&amado 8esusde “o )ordeiro de 1eus que tira o pecado do mundo” '8o *.5-. 4videntementeque 8esus não tira os pecados de todas as pessoas do mundo, pois a7#0lia não ensina o universalismo, porém 8esus tira o pecado do mundo 'reoBcosmos! porque veio aqui para eliminar os efeitos do pecado so0re estemundo, 4le assumiu a antia maldição, pois fezse maldito ao ser penduradonum madeiro 'S* J.*J-. 3 sacrif#cio de 8esus não apenas salva os pecadores,mas é a fonte da restauração da pr$pria terra amaldiçoada pelo pecado. %or isso, %aulo fala da expectativa da criaçãoBA ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus.

Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa

FJ Cazão da esperançadaquele que a sujeitou, na esperança de que a prpria criação será

redimida

do cativeiro da corrupção, para a li!erdade da glria dos filhos de Deus.Porque sa!emos que toda a criação, a um s tempo, geme e suporta

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ang"stias at# agora. $ não somente ela, mas tam!#m ns, que temos as

prim%cias

do $sp%rito, igualmente gememos em nosso %ntimo, aguardando a adoção

de filhos, a redenção do nosso corpo& '(m ).*+-/.

%or causa da redenção de )risto, &á uma redenção tam0ém para a cria

ção. Muando os fil&os de 1eus rece0erem seus corpos novos, a terra tam0émserá renovada. :essa terra, a maldição será totalmente retirada, pois8oão dizB “:unca mais &averá qualquer maldição. :ela, estará o trono de1eus e do )ordeiro. 3s seus servos o servirão” 'Ap 55.J-.Muando 8oão diz que na nova terra o mar 2á não existe 'Ap 5*.*-, nãosa0emos se isso é literal ou sim0$lico, mas possivelmente se2a sim0$lico. 3mar pode representar os dist/r0ios que assolam o mundo. A nãoexist"nciado mar implicaria num estado de total tranq?ilidade. A nova terra serácaracterizada pela paz e pela prosperidade. :ela, certamente se cumprirãotodas as promessas do Antio Testamento que ainda não se cumpriram,

so0re a prosperidade do povo de 1eus. !e não &ouvesse a nova terra,possivelmente essas profecias ficassem sem cumprimento. 4las não poderiamser cumpridas, se o futuro reservasse para n$s apenas um estado incorp$reode exist"ncia, em alum luar celestial. %orém, como o futuro é concreto eterreno, as expectativas do Antio Testamento se cumprirão. 4ntretanto,não devemos considerar literalmente os elementos preditos, que às vezesfalam de montes produzindo mosto e leite '8* J.*-, 0em como de pessoasmorrendo 2ovens aos *66 anos de idade '(s F+.56-. 4videntemente que sãos#m0olos de prosperidade e de paz que estarão presentes na nova terra, nãoapenas por mil anos, mas para sempre. Muando o !en&or renovar a terra,

então, os 2ustos &a0itarão nela, para se cumprir o que 8esus disseB“7emaventurados os mansos, porque &erdarão a terra” '@t +.+-. 4specialmenteaquestão do tra0al&o deverá ter import<ncia na nova terra. Muando 1euscriou o &omem, ele o colocou numa esfera de tr"s relacionamentosB &avia aresponsa0ilidade espiritual, a responsa0ilidade social e a responsa0ilidadecultural. 1esde o in#eio, o plano de 1eus para o ser &umano inclu#a o tra0al&o,a fam#lia, o lazer e, acima de tudo, o culto. Talvez não &a2a razão paraexcluirmos nen&um desses elementos da nova terra. :o plano espiritual,1eus esta0eleceu o sá0ado para o culto, e deixou a sua imaem impressa no

ser &umano para que &ouvesse um relacionamento verdadeiro e #ntimoentre o criador e a criatura. :o plano social, 1eus fez a mul&er para o&omem constituir fam#lia, e assim &ouvesse um relacionamento de a2uda e A esperança da eternidade 63"

complementação. :o plano cultural, 1eus colocou o cosmos inteiro àdisposição do ser &umano, a fim de que explorasse responsavelmente todas assuas riquezas. :o am0iente desses relacionamentos, o ser &umanoexperimentaria a sua completa realização. %ortanto, se o tra0al&o desde oin#cioesteve no plano de 1eus, não &á razão para pensar que não este2a no futuro.

)ertamente não seremos desocupados flutuando de nuvem em nuvem, %orém,

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certamente não será um tra0al&o que traa canseiras e frustraçGes, poisisso acontece por causa do pecado 'Sn J.*K*-, e lá, não &averá pecado.

A renovação dos c#us

!eundo a 7#0lia, não apenas a terra passará por um processo de renovação,pois o pr$prio céu será renovado. 4 dif#cil não peruntar so0re o“porqu"” da renovação do céu. A 7#0lia terá que dar a resposta. A 7#0lia dizque o sacrif#cio de 8esus fez reconciliação de coisas na terra e no c#u ')l *.56>"nfase acrescentada-. 1e aluma maneira, aparentemente o pecado deixouseus efeitos até mesmo no céu. %recisamos lem0rar que a re0elião de !atanásaconteceu no céu, e ele convenceu muitos dos an2os de 1eus a seuiloem sua luta contra 1eus. Até a ascensão de )risto, !atanás continuou tendo

alum acesso à presença de 1eus '8$ *.F> Ap *5.K-. 4 poss#vel que arenovação dos céus ten&a alo a ver com o dese2o de 1eus de não deixar nen&um reistro do pecado. 1eus quer a sua criação inteiramente renovada, eisso inclui tanto o céu quanto a terra,@as certamente, a principal razão para a renovação do pr$prio céu tema ver com a disposição de 1eus de estar perto do ser &umano. Muando8oão viu os novos céus e a nova terra, viu descendo do céu a cidade santa,a nova 8erusalém, que descia do céu, da parte de 1eus, ataviada comonoiva adornada para o seu esposo 'Ap 5*.5-, !e2a qual for o sinificadodessa cena, ela falanos do relacionamento pessoal que 1eus dese2a manter 

com o seu povo, pois uma voz vinda do trono exclamouB “4is o ta0ernáculo de1eus com os &omens. 1eus &a0itará com eles. 4les serão povosde 1eus, e 1eus mesmo estará com eles” 'Ap 5*.J-. :os novos céus enova terra, não &averá separação entre o céu, a &a0itação de 1eus 'lCs.J6, (s FF.*-, e a terra, a &a0itação dos seres &umanos. :a nova terra, não&averá a necessidade de santuários, conforme 8oão dizB “:ela, não visantuário, porque o seu santuário é o !en&or, o 1eus Todopoderoso, e o)ordeiro. A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para l&e daremclaridade, pois a l$ria de 1eus a iluminou, e o )ordeiro é a sua l<mpada”'Ap 5*.55,5J-, A presença plena de 1eus na terra mostra que os céus t"m

6 4$ Razão da esperançavindo à terra. Terra e céus passaram a estar interliados. :en&uma imaempoderia ser mais forte, nesse sentido, do que a que descreve o pr$priotrono de 1eus na terraB “:ela, estará o trono de 1eus e do )ordeiro. 3sseus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está onome dele. 4ntão, 2á não &averá noite, nem precisam eles de luz de candeia,nem da luz do sol, porque o !en&or 1eus 0ril&ará so0re eles, e reinarãopelos séculos dos séculos” 'Ap 55.J+-. 3 Antio Testamento é muito enfáticoem descrever que o trono de 1eus está no céu. 4m (sa#as FF.*, opr$prio 1eus dizB “3 céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus

pés”. :a recriação, a terra deixará de ser apenas o “estrado” para ser a !alado Trono. %or essa razão, esses dois luares estarão definitivamente unidos,

7/18/2019 A Esperança Da Eternidade - Livro Razão Da Esperança

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não &averá mais separação entre a &a0itação dos &omens e a &a0itação de 1eus. %ortanto, os &a0itantes da nova terra serão tam0ém &a0itantesdos novos céus. A terra e o céu serão uma s$ coisa, o lar de 1eus e dos&omens. 4ssas imaens, como diz %o&l, “sinificam a comun&ão perfeitaentre 1eus e o ser &umano, ou que o ser &umano, sem qualquer pertur0a

ção, está em casa 2unto com 1eus”.J;ma questão que precisa ser considerada é se os novos céus e a novaterra serão totalmente diferentes dos atuais ou se &averá aluma continuidade.%rovavelmente &averá tanto continuidade como novidade, )omo 2ádissemos num estudo anterior so0re o corpo da ressurreição que será tantoum corpo novo como uma continuação do atual, tam0ém o novo universoserá uma continuação do atual, mas ao mesmo tempo será novo. !erá umluar de prazeres indescrit#veis, onde os santos viverão uma vida c&eia desinificado e realização. 4les poderão usar suas vidas eternas, livres dequalquer imperfeição, servindose de suas imensas capacidades, para lorificar 

eternamente ao %ai, ao Lil&o e ao 4sp#rito !anto. 4 participarão dos eternosprop$sitos de 1eus para o mundo vindouro.Muanto à questão das lem0ranças, &á um sentido em que não mais noslem0raremos das coisas ruins. (sa#as disse que nos “novos céus e nova terra”não &averia lem0rança das coisas passadas e nem mem$ria delas 'ver (sF+.*K-. 4videntemente que, se aluma coisa pode nos fazer infelizes, essacoisa não existirá no para#so restaurado. :o entanto, não devemos pensar que esqueceremos de tudo. !erá que poder#amos esquecer da pr$priaredençãoN )omo esquecer que )risto morreu pelos nossos pecadosN 1eusnunca apaará de nossa mem$ria o fracasso da declaração de independ"ncia

do &omem, para que o &omem sempre se alere em depender de 1eus.Tam0ém é certo que recon&eceremos uns aos outros, pois o pr$prio 8esusdisse que A0raão, (saque e 8ac$ poderiam ser recon&ecidos no reino de A esperança da eternidade FD*1eus 'ver Ec *J.5-. @as nada poderá nos fazer sofrer, porque lá não &ámais qualquer tipo de sofrimento 'ver Ap 5*.D-.)a0e ainda uma palavra so0re a recompensa dos 2ustos. !eundo a 7#0lia, os 2ustos desfrutarão da vida eterna. %orém, a eternidade não é acaracter#stica /nica dessa vida, pois, no sentido temporal, mesmo os #mpiosviverão eternamente no inferno. 4 a qualidade dessa vida eterna que se

destaca.3s santos desfrutarão da presença eterna e 0enéfica de 1eus, experimentandoa vida na sua plenitude, “sem nen&uma das imperfeiçGes e dos dist/r0ios dapresente vida”.D ;ma das principais 0emaventuranças dos &a0itantes dofuturo universo é que verão a 1eus. 8esus disseB “7emaventurados os limposde coração, porque verão a 1eus” '@t +.-. 4 8oão dizB “Amados, aora, somosfil&os de 1eus, e ainda não se manifestou o que &averemos de ser. !a0emosque, quando ele se manifestar, seremos semel&antes aele, porque &averemos de v"lo como ele é” 'l2o J.5-. %oderemos ver aplena presença de 1eus na face de )risto. 4sta, sem d/vida, será nossa

maior recompensa.:o futuro, quando adentrarmos a nova terra e o novo céu, desfrutaremos de

7/18/2019 A Esperança Da Eternidade - Livro Razão Da Esperança

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todas as 0"nçãos de 1eus na sua plenitude. :ão &averá qualquer separação entre a terra e o céu e, conseq?entemente, nen&uma separaçãoentre o ser &umano e 1eus. Todos os crentes ressuscitados ou transformadosadentrarão as portas da eternidade, e viverão sempre a lorificar a 1euse ao )ordeiro. 4ssa é a nossa rande e 0endita esperança% Muando estivermos

lá, poderemos louvar a 1eus infinitamente pela revelação, pela criação,pela redenção, e até pela queda, que nos fez con&ecer mais da sua raça.%orém, ao mesmo tempo em que ol&amos para o futuro e nos enc&emosde esperança, precisamos viver plenamente o presente. %ara dar a ratção da

esperança não 0asta apenas ter con&ecimento intelectual das coisas que aquiforam estudadas, é preciso praticar, pois toda a nossa vida precisa ser transformada pela esperança. )omo disse )alvinoB “A esperança não é maisdoque o alimento e a força da fé”.