A ELABORAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO INFANTIL

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A ELABORAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO INFANTIL Introdução Este relato é relevante porque nas últimas décadas, o número de instituições de educação infantil tem aumentado consideravelmente e as propostas de pedagógicas em muitas instituições de educação infantil por vezes, não condizem com a realidade. Segundo Souza e Carvalho (2004 p.126-127) “várias são as razões para essa expansão, tais como avanços políticos e legais, à obrigação dos Municípios em oferecer atendimento à criança pequena, o aumento da participação da mulher no mercado de trabalho, bem como o aumento de famílias monoparentais”. No entanto, vivemos em momento que cada vez mais tem sido reconhecida a importância da aprendizagem inicial, tanto como direito, quanto por acreditar que as experiências vivenciadas na primeira infância acarretam na melhoria do desempenho escolar nos anos subsequentes (DAHLBERG, MOSS, E PENSE 2003). Ferreira et al (1998) ressalva que: [...] esse panorama alerta para a urgência de medidas tanto quantitativas quanto qualitativas, na promoção da qualidade na educação infantil no Brasil. Isso significa que ao lado da necessidade de ampliar o atendimento às crianças de zero a cinco anos para suprimir a crescente demanda, urge também cuidar da qualidade do atendimento já existente (p. 58). Várias questões vêm sendo discutida acerca do assunto, dentre as quais uma delas é a proposta pedagógica ou curricular da educação infantil e “qualidade em educação infantil” Para Rocha (1999, p. 13), “o estabelecimento de

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A ELABORAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Introdução

Este relato é relevante porque nas últimas décadas, o número de

instituições de educação infantil tem aumentado consideravelmente e as propostas

de pedagógicas em muitas instituições de educação infantil por vezes, não condizem

com a realidade. Segundo Souza e Carvalho (2004 p.126-127) “várias são as razões

para essa expansão, tais como avanços políticos e legais, à obrigação dos

Municípios em oferecer atendimento à criança pequena, o aumento da participação

da mulher no mercado de trabalho, bem como o aumento de famílias

monoparentais”.

No entanto, vivemos em momento que cada vez mais tem sido

reconhecida a importância da aprendizagem inicial, tanto como direito, quanto por

acreditar que as experiências vivenciadas na primeira infância acarretam na

melhoria do desempenho escolar nos anos subsequentes (DAHLBERG, MOSS, E

PENSE 2003). Ferreira et al (1998) ressalva que:

[...] esse panorama alerta para a urgência de medidas tanto quantitativas quanto qualitativas, na promoção da qualidade na educação infantil no Brasil. Isso significa que ao lado da necessidade de ampliar o atendimento às crianças de zero a cinco anos para suprimir a crescente demanda, urge também cuidar da qualidade do atendimento já existente (p. 58).

Várias questões vêm sendo discutida acerca do assunto, dentre as quais

uma delas é a proposta pedagógica ou curricular da educação infantil e “qualidade

em educação infantil” Para Rocha (1999, p. 13), “o estabelecimento de políticas para

a infância tem exigido a sistematização das experiências positivas do ponto de vista

da qualidade da educação da criança pequena e ampliação de pesquisas que

favoreçam a consolidação de uma pedagogia da infância, e ainda mais

particularmente, da educação infantil”. A preocupação com a qualidade da educação

infantil esta ligada ao movimento em busca das garantias do direito da criança, bem

como propostas que atendam as necessidades específicas da criança e garantam a

qualidade em sua aplicabilidade. Para isso, temos que envolver os profissionais que

trabalham diretamente com a criança porque eles é que farão a diferença no dia a

dia com a criança.

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A qualidade nas propostas de Educação Infantil.

Aspectos, relacionados com o conceito de qualidade em educação infantil

tem sido largamente discutidos e relacionados a modelos pedagógicos vigentes no

atual sistema educacional, como defende Oliveira (2002, p.81):

Ter a creche incluída no sistema de ensino significa elaborar um a

proposta pedagógica a ser planejada, desenvolvida e avaliada por toda a

comunidade escolar. Essa gestão democrática da creche deve ser voltada para o

aperfeiçoamento pedagógico de seu cotidiano. O padrão de qualidade a ser

obedecido pela creche passa a incluir critérios pedagógicos de desenvolvimento de

competências pelas crianças, além de outros requisitos que uma instituição para

crianças deve apresentar: ambiente limpo, saudável, organizado, com cuidados

físicos também atentamente observados.

Ao ressaltar sobre a importância da proposta pedagógica, Oliveira et al

(2002, p. 64) escreve:

[...] construir uma proposta pedagógica para a creche implica em optar por uma organização que garanta o atendimento de certos objetivos julgados mais valiosos do que outros. Ela é elaborada a partir de uma reflexão sobre a realidade cotidiana da criança, o meio social onde seus pais, e ela mesma vivem. Não pode ignorar os desejos, necessidades e conflitos destas populações. Na formulação de seus objetivos, ela tem que discutir seu papel político em relação à população atendida, dado que, através de sua ação a creche pode ser mais conservadora ou transformadora de papéis, atitudes, conhecimentos, representações.

A educação infantil não pode ser pensada desintegrada do contexto

histórico e sociocultural em que cada instituição esta inserida, sendo definida a partir

da negociação entre todos os atores que, de alguma forma, estão envolvidos no que

Bondioli (2004) chama de rede educativa da infância.

Portanto, para garantir a efetivação de atendimento educacional de

qualidade nesta faixa etária é imprescindível uma Proposta Pedagógica construída

com a participação dos professores, um Projeto Político Pedagógico por espaço de

educação infantil e a formação continuada dos profissionais, pois é

reconhecidamente um dos fatores relevantes para a aprendizagem e o

desenvolvimento infantil.

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Para elaborar uma Proposta Pedagógica é essencial compreender que

concepção se tem de infância, de Centros de Educação Infantil e de aprendizagem.

Nesse sentido, a concepção de infância vem se construindo

historicamente não se apresentando de forma homogênea, mas de acordo com a

organização de cada sociedade e as estruturas sociais e econômicas em vigor. As

ideias a respeito do desenvolvimento infantil, da educação e do cuidado de crianças

foram modificando-se ao longo da história.

Por isso, compreender a infância e reconhecer a criança enquanto sujeito

histórico social significa desvendar o seu universo infantil, considerando que ela

adquire o conhecimento através do encontro com o outro: o adulto, as crianças, os

livros, a observação do mundo e a fantasia.

Aprender, a partir do que já sabe da participação, do diálogo, da

criatividade, dos recursos disponíveis na construção das relações. Enfim, a criança

aprende por meio das diferentes linguagens: brincando, falando, descobrindo,

construindo, explorando o mundo, expressando-se através do corpo, do olhar, do

desenho.

Ao fornecer informações e explicações acerca das características e

atividades da criança nos vários períodos do seu desenvolvimento, autores como

Vygotsky e Wallon, ressaltam que ela aprende a partir das múltiplas interações que

estabelece com o meio histórico-cultural, constrói conhecimentos que fazem parte

do seu dia-a-dia e aqueles que ela reelabora nos Centros de Educação Infantil.

A contribuição da teoria de Vygotsky nos faz compreender o papel da

linguagem, da brincadeira e das interações no desenvolvimento infantil, apontando,

que a construção do conhecimento acontece no desenvolvimento das funções

psicológicas superiores, com a apropriação de signos e instrumentos dentro de um

contexto de interação.

A linguagem exerce função primordial, pois é a comunicação social

enquanto instrumento do pensamento, que permite a criança representar

abstratamente o real e atuar sobre ele. A relação entre pensamento e linguagem é

atribuída à necessidade de intercâmbio entre os sujeitos, sendo dois processos

independentes que após a aquisição da fala se articulam formando o pensamento

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verbal, ou a linguagem racional. A partir desse momento o ser humano passa a ter

um modo de funcionamento psicológico mediado pelo sistema simbólico que age

como organizador da própria atividade humana espaço para a construção do sujeito

histórico.

A linguagem constitui-se em um processo histórico-cultural, para além da

comunicação. Permite ao sujeito modificar-se a partir das interações sociais, as

quais possibilitam a aquisição e elaboração das funções psicológicas superiores,

para poder transformar o social no qual está inserido. O signo é o instrumento

mediador que tem como função a organização do pensamento, decorrente da

possibilidade de generalizar e abstrair as experiências dos sujeitos. (PROPOSTA

CURRICULAR DE SANTA CATARINA, 1997, p. 17).

Para Vygotsky (1992), o desenvolvimento do pensamento pode ser

demonstrado através do processo de aquisição dos conceitos científicos, que são

diferentes dos conceitos espontâneos.

Os conceitos científicos não ocorrem de forma espontânea, mas da

organização de estratégias especificas que envolvem uma multiplicidade de

linguagens. Já, os conhecimentos cotidianos advêm da prática social. São

construídos pela observação, experiências e vivências. É participando de situações

do dia-a-dia que a criança aprende com os adultos ou com outras crianças.

Além da função da linguagem apontada por Vygotsky e Wallon como

instrumento do pensamento, onde é dada ênfase à linguagem verbal, não se podem

desconsiderar as demais linguagens da criança como forma de comunicação e

expressão. É na interação social que as crianças são inseridas na linguagem.

Cada uma das linguagens que permeia o trabalho da educação infantil

tem seu conjunto de regras e princípios de funcionamento próprio. Elas são

diferentes umas das outras, requerendo investimentos diferenciados para serem

apropriadas por crianças e professores.

Na especificidade da Educação Infantil, quem media o processo de

aquisição e construção do conhecimento é o professor. Um profissional habilitado e

comprometido que proporciona situações de aprendizagem e desafios, auxiliando as

crianças a ampliar as linguagens que usa para representar e exprimir sua forma de

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compreender o mundo. É importante que, o professor de Educação Infantil tenha

uma atuação promotora da aprendizagem e do desenvolvimento das crianças, no

sentido de lhes garantir o direito à infância e um dos caminhos pelo qual a criança

compreende o mundo é pela brincadeira. As maiores aquisições de uma criança são

conseguidas na brincadeira, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico

de ação.

Para Kishimoto (2000), o brinquedo enquanto objeto é suporte da

brincadeira, pois estimula e flui o imaginário infantil. A brincadeira é ação que a

criança desempenha ao mergulhar na ação lúdica, sendo que, o faz de conta deixa

mais evidente a presença da situação imaginária permitindo a expressão de regras

implícitas que se materializam nos temas das brincadeiras.

A brincadeira tem significados diversos no seu desenvolvimento. Para

elas, brincar é ação e vida, pensamentos e descobertas, palavras e gestos, alegrias,

emoções, tensão e liberdade. O prazer motivado pela curiosidade e pelo desafio

está sempre presente, é razão em si do ato de brincar.

A instituição de Educação Infantil deve ser acessível a todas às crianças

que a frequentam com elementos da cultura que enriqueçam seu desenvolvimento e

sua inserção social, buscando formas de intervenção, compreensão, ação e uma

política educacional que considera homens e mulheres, adultos e crianças, sujeitos

de cultura.

O currículo na Educação Infantil poderá ajudar a organizar e direcionar a

tomada de decisões e procedimentos, apresentando situações para que as crianças

possam desenvolver suas capacidades, vinculadas à aprendizagem de saberes

culturais que lhes permitem conhecer o mundo que as envolvem.

Neste sentido, para que o currículo seja coerente para as crianças,

precisa estar conectado às suas experiências atuais considerando suas aspirações

e interesses. O currículo coerente reconhece a ambiguidade e respeita a

diversidade, que é a forma como o organizam e proporcionam sentidos as coisas a

partir das suas próprias experiências.

Os contextos educativos retratam os assuntos da vida cotidiana das

crianças e suas especificidades, caracterizando elementos importantes da lógica

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infantil. Possibilitam a compreensão de questões que envolvem a vivência da

infância no contexto atual.

Para organizar o currículo na Educação Infantil precisamos considerar os

sujeitos envolvidos no processo e os momentos que oportunizam o trabalho com as

crianças. Para esclarecer, o que se organiza com as crianças entre o horário de

chegada e o de ir embora, não se define por si mesmo. As formas de organização

dos tempos, dos espaços, dos materiais, dos equipamentos, dos procedimentos

durante situações específicas, enfim, a programação do dia-a-dia é definida a partir

das decisões dos adultos, as quais devem ser encaminhadas considerando os

anseios, manifestações e necessidades das crianças, sendo que elas têm direitos a

escolhas e de serem respeitadas em suas preferências individuais, garantindo que

todas sejam ouvidas com atenção suas explicações, respeitando a estética nas

produções, a expressão de seus sentimentos e pensamentos. Segundo Brazelton, T.

Berry (2002, p. 88)

Um currículo de crescimento e desenvolvimento humano deveria ter o

mesmo nível de importância que história, línguas, ciências ou matemática e incluir

leituras, experiências, experiência prática e discussões adequada a idade da

criança e às questões relevantes para aquela idade. Fatores físicos, psicológicos e

sociais e capacidades e dificuldades emergentes previsíveis deveriam ser

consideradas. O objetivo é a educação no desenvolvimento humano.

Assim, um currículo para a Educação Infantil precisa reconhecer que a

criança desde que nasce é capaz de agir, interagir, de produzir cultura e de ser

sujeito de direitos e deveres.

Para melhor compreender esta questão, bem como seus interesses e

necessidades, permite enfocar diversas linguagens do conhecimento em uma

abordagem globalizada, privilegia o olhar da criança, sua expressão e

questionamentos, baseando-se em situações e assuntos significativos para a

criança, que é possível visualizar no quadro a seguir:

Conforme Junqueira Filho, a proposta de linguagens geradoras, o modelo

de planejamento que coordena o processo de seleção e articulação de conteúdos e

a prática pedagógica cotidiana do professor se organiza a partir de dois momentos:

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o primeiro é o que o professor conhece sobre o desenvolvimento da criança “[...] as

suas concepções de criança, de infância, da função social da Educação Infantil, de

sua concepção de professora de crianças de 0 a 6 anos” e o segundo é o que as

crianças apresentam através das interações entre seus pares. Pontuados em

diálogos e problematizações entre as professoras e as crianças, organizados

através de projetos de trabalhos. (JUNQUEIRA FILHO, 2005, p. 22)

A função do trabalho pedagógico desenvolvido através do projeto é

favorecer a criação de estratégias para resolver um problema proposto, levantar

algumas hipóteses referentes a um determinado tema, pesquisar sobre um assunto

eleito pelo grupo, enfim, levar o grupo a buscar o que lhe é significativo.

O projeto auxilia as crianças a serem conscientes de seu processo de

aprendizagem e exige do professor uma postura flexível, de pesquisador onde os

desafios e conflitos o estimulem e não o paralisem.

Os projetos surgem na relação adulto/criança, criança/criança,

criança/meio na medida em que o professor é capaz de atribuir significado à

curiosidade despertada por assuntos ou atividades, às perguntas feitas, ao que é

necessário ao seu desenvolvimento. No momento em que o professor consegue

entender e aprofundar seus conhecimentos nesta proposta de trabalho terá

condições de aventurar-se em infinitas descobertas e perceber o quanto isto é

enriquecedor.

Trabalhar com projetos implica ensinar de forma diferente, levando em

consideração como as crianças aprendem e pensam, partindo do que já sabem

sobre o tema e pesquisando suas concepções espontâneas, ou seja, suas ideias a

respeito dos acontecimentos e fenômenos em geral.

Segundo Hernandez (1997), a função básica do projeto é favorecer a

criação de estratégias de organização dos conhecimentos em relação ao tratamento

da informação e a relação entre os diferentes conteúdos em torno dos problemas ou

hipóteses que facilitem as crianças, no que diz respeito à construção de seus

conhecimentos. Poderá organizar-se seguindo um eixo, a definição de um conceito,

um problema geral ou particular, um conjunto de perguntas inter-relacionadas, uma

temática a ser tratada por ela mesma. Hernández diz que todas as coisas podem ser

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ensinadas por meio de projetos, basta que se tenha uma dúvida inicial ou uma

curiosidade das crianças e que se comece a pesquisar e buscar evidências sobre o

assunto. “É preciso ter em mente que as crianças, mesmo antes de entrarem na

escola, através do convívio com pessoas mais velhas e também com os

acontecimentos do mundo que as rodeia, construindo teorias que vão elaborar e

reelaborar, conforme as necessidades sobre os objetos da cultura”. (CAVALCANTI,

1996, p. 46)

Quando trabalhamos numa perspectiva de projetos, as crianças são

capazes de realizar transferências e generalizações a outras situações, a partir dos

conhecimentos que construíram e das estratégias utilizadas nessa construção.

Reaparece, neste ponto, o entendimento de globalização, não como forma alienada

de se organizar as atividades, mas como processo mais amplo no qual a criança se

envolve ativamente, atualizando e reciclando conhecimentos construídos,

conhecimentos que são de natureza diversa e que se constroem mediante múltiplas

conexões entre o que já sabe e o que estão lhe ensinando.

Considerações Finais

É fundamental ressaltarmos a importância da Educação Infantil porque é

nesta etapa que as crianças desenvolvem-se no meio onde estão inseridas nos

diferentes aspectos: cognitivo, social, psicológico e emocional de forma quantitativa

e qualitativa. Os vários aspectos e dimensões do desenvolvimento não são áreas

separadas e para isto é fundamental considerarmos a infância como um todo,

ampliando suas experiências e conhecimentos estimulando seu interesse pelo

processo de transformação pelo convívio em sociedade. Essa nova dimensão da

Educação Infantil é indiscutível, por isso é necessário uma Proposta Pedagógica

específica construída de forma participativa, em cada Centro de Educação Infantil e

profissional habilitados, devido à responsabilidade a social e educativa que se

espera deles.

Neste contexto, a Educação Infantil tem como finalidade um trabalho

educativo de qualidade à criança, se aproximando de conceitos científicos como

meio de exercício da cidadania, estimulando e motivando a necessidade de ampliar

seus conhecimentos e experiências para alcançar progressivos graus de autonomia

frente às condições de seu meio.

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