ARTIGO_MOTA, BOSI, COHN. Florestan Fernandes, História e Histórias
A Economia da Saúde como Instrumento de Gestão (Hospitalar) Dr. Marcos Bosi Ferraz Professor...
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A Economia da Saúde como Instrumento
de Gestão (Hospitalar)
Dr. Marcos Bosi Ferraz
Professor Adjunto, Departamento de Medicina
e Coordenador do Centro Paulista de Economia da Saúde
CPES – UNIFESP
Conselheiro do Fleury Medicina Diagnóstica
UNIFESPUNIFESP
- AGENDA -
1. Tendências do sistema saúde (mundo e Brasil)
2. Desafios para o Brasil
3. “Bola de cristal” – Saúde no Brasil em 2025
4. A natureza das ciências da saúde
5. Economia da Saúde e Gestão = Modo de pensar
6. Fronteira científico- metodológica em ES
7. “Dilema inercial” e a busca da perfeição
8. Fundamento do processo – ES e gestão
Como evoluir?
1. Tendências do SS no mundo e no Brasil
1. Maior uso do sistema saúde
- Transição demográfica
- Transição epidemiológica (novas e velhas dçs)
- Educação da população (+ info e + comunicação)
- Novas tecnologias (novos conhecimentos)
2. Aumento das expectativas dos usuários
- Maior demanda e exercício do direito (saúde)
3. Incapacidade da riqueza crescer na mesma proporção que as necessidades e o querer
Gan
ho
de
Saú
de
Inve
stim
ento
s /
Cu
sto
s
Relação entre Ganho de Saúde e Custo
Gan
ho
de
Saú
de
Inve
stim
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s /
Cu
sto
s
Grande Ganho de SaúdePequeno investimento / custo
Inúmeras oportunidades em nosso SS
Intervenção
Relação entre Ganho de Saúde e Custo
Gan
ho
de
Saú
de
Cu
sto
s
Relação entre Ganho de Saúde e Custo
Intervenção
2. Desafio para o Brasil:
caracterizando o cenário
(% PIB) Gasto Saúde/ hab $Gasto Saúde / hab US$ PPP Público Privado
Brasil (7.8) 596 255 341 EUA (13.9) 4.873 2.187 2.686 Canada (9.4) 2.743 1.922 821
Dados 2001 – WHO Statistical Information System (WHOSIS)
Realidade Econômica e nosso SS
DESAFIOS:
Tentações de 2006 $ de 1980
Problemas de 1950 ou 1970
P IB - c r e s c i m e n to m é d i o a c a d a 1 0 a n o s
0 , 0 0
2 , 0 0
4 , 0 0
6 , 0 0
8 , 0 0
1 0 , 0 0
1 9 4 8 / 1 9 5 4 1 9 5 5 / 1 9 6 4 1 9 6 5 / 1 9 7 4 1 9 7 5 / 1 9 8 4 1 9 8 5 / 1 9 9 4 1 9 9 5 / 2 0 0 4
P IB m é d i a a c a d a 1 0 a n o s
2,42 % aa
IPEADATA – http//www.ipeadata.gov.br
CRESCIMENTO MUNDIAL E DO BRASIL - 1994 - 2005
FONTE E (P) PROJEÇÃO: FMI
3,00%
4,30%
5,09%
4,00%
2,50%
4,60%
2,80%
4,20%
3,60%
3,80% 3,70%
4,30%
0,54%
3,50%
1,93%
1,31%0,79%
0,13%
2,66%
4,22%
5,85%
4,00%
4,90%
4,36%
3,27%
0,0%
1,0%
2,0%
3,0%
4,0%
5,0%
6,0%19
94
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
(p)
2006
(p)
-1,00%
0,00%
1,00%
2,00%
3,00%
4,00%
5,00%
6,00%
7,00%
Crescimento mundial
PIB Brasil
Country Total Per Capita Total Expenditure Expenditure (US$) as a proportion of GDP (%)
1960 1990 1998 1960 1990 1998 ________________________________________________Australia 517 1647 2040 4.9 8.2 8.3Canada 600 2115 2250 5.4 9.2 9.3France 396 1920 2120 4.2 8.9 9.6Germany 495 1999 2400 4.8 8.7 10.6Italy 270 1648 1660 3.8 8.1 7.6Sweden 490 1861 1820 4.7 8.8 8.6Switzerland 479 2196 2740 3.1 8.3 10.2United K 407 1191 1450 3.9 6.0 6.9Japan 143 1350 1780 3.0 6.1 7.4U. States 820 3491 4270 5.2 12.6 14.0
Iglehart J, NEJM, 2000
Healthcare Healthcare ExpendituresExpenditures
Indicadores de SaúdeE s p e r a n ç a d e V i d a a o N a s c e r
B r a s i l 2 0 0 3 , O u t r o s p a í s e s 1 9 6 5
6 9 ,37 1 ,4 7 1 ,3 7 0 ,5 7 0 ,3
7 3 ,9
7 0 ,7 7 0 ,3
Bra
sil
Can
adá
Fran
ça
Ale
man
ha
Japã
o
Sué
cia
Rei
noU
nido
EU
A
G
E s p e r a n ç a d e v i d a a o s 6 0 a n o s d e i d a d eB r a s i l 2 0 0 3 , O u t r o s p a í s e s 1 9 7 0
1 9 , 8 2 1 , 4 2 0 , 8 1 8 , 9 1 9 , 3 2 0 , 9 1 9 , 8 2 0 , 7
1 6 , 2 1 7 , 0 1 6 , 2 1 5 , 2 1 5 , 9 1 7 , 8 1 5 , 2 1 6 , 1
Bra
sil
Can
adá
Fran
ça
Ale
man
ha
Japã
o
Sué
cia
Rei
noU
nido
EU
A
S e x o fe m i n i m o
S e x o m a s c u l i n o
M o r t a l i d a d e I n f a n t i lB r a s i l 2 0 0 2 , O u t r o s p a í s e s 1 9 6 5
2 5 ,6 2 3 ,6 2 2 2 4 ,11 8 ,5
1 3 ,31 9 ,7
2 4 ,7
Bra
sil
Can
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Fran
ça
Ale
man
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Japã
o
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cia
Rei
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nido
EU
A
M o r t a l i d a d e M a t e r n a - B r a s i l 2 0 0 2 , O u t r o s p a í s e s 1 9 7 0
7 3 ,1
2 0 ,0 2 8 ,2
5 1 ,8 5 2 ,1
1 0 ,02 4 ,0 2 1 ,5
Bra
sil
Can
adá
Fran
ça
Ale
man
ha Ja
pão
Sué
cia
Rei
noU
nido
EU
A
Diretor e Conselheiro do FLEURY Medicina diagnóstica
3. “Bola de cristal”:
Sistema Saúde no Brasil em 2025
Projeção para 2025 do Investimento em Saúde
(como % PIB) necessário para manter o
nível atual de serviço
Estudo CPES - 2006
In f la ç ã o G e r a l 5 % In f la ç ã o S S 1 0 %
0 , 0 %2 , 0 %4 , 0 %6 , 0 %8 , 0 %
1 0 , 0 %1 2 , 0 %1 4 , 0 %1 6 , 0 %
0 , 0 %2 , 0 %4 , 0 %6 , 0 %8 , 0 %1 0 , 0 %1 2 , 0 %1 4 , 0 %1 6 , 0 %
2 %
3 %
4 %
5 %
Estudo CPES 2006 – ainda não publicado
Percentual da despesa média mensal familiar
(Assistência à Saúde como % da Despesa Total)
Classes 1987 1996 2003*
Total 5.31 6.50 6,49 Até 2 SM 6.30 9.59 5,30 Mais de 2 a 3 SM 5.45 7.29 6,00 Mais de 3 a 5 SM 5.21 6.65 6,13 Mais de 5 a 6 SM 4.61 6.54 6,51 Mais de 6 a 8 SM 5.07 6.57 6,55 Mais de 8 a 10 SM 5.67 7.04 6,93
* Valores ajustados de R$ para No. Salários Mínimos
p / A S 5 ,3 5 % - in f la ç ã o G e r a l = 5 % e in f la ç ã o p /A S = 1 0 %
0 %3 %6 %9 %
1 2 %1 5 %1 8 %
R e n d a - 1 % R e n d a - 0 , 5 % R e n d a 0 % R e n d a 0 , 5 % R e n d a 1 %
Estudo CPES 2006 – ainda não publicado
©2000 The New Yorker Collection from cartoonbank.com. All rights reserved.
“The poor are getting poorer, but with the rich getting richer it all averages out in the long run.”
4. Determinantes de saúde e a pizza do investimento
The role of medical care in contributing
to health improvements within societies
John P BunkerInternational Journal of Epidemiology 2001;30:1260-1263, 2001
Intervenções Preventivas e Terapêuticas
Expectativa de vida P / T explica Outros fatores
1900-1950 30 anos 5 anos 25 anos
1951-2000 7,5 anos 3,5 anos 4 anos
Condições expectativa de vida
Pneumonia / Influenza 3 mesesHA moderada e grave / AVC 3 mesesDçs do coração 3 a 6 mesesDiabetes / Dç renal crônica 4 mesesOutras dçs muito pouco
Abandono ao fumo 1 a 8 mesesPeso adequado 6 mesesAtividade física regular 1 ano
Iatrogenia 4 a 8 meses
Rudolf Virchow (1821-1902)Pai da patologia celular e medicina social
“The improvement of medicine may eventually prolong human life, but the improvement of social conditions can
achieve this result more rapidly and more successfully”
In v e s t im e n t o s c o m o % d o P IB
S a ú d e H a b i ta ç ã oE d u c a ç ã o T r a n s p o r teS a n e a m e n to B á s i c o A li m e n ta ç ã o O u t r a s á r e a s
Saúde
“A famosa Pizza”
5. A natureza das ciências da saúde
A natureza das ciências da saúde
Ciências Ciências CiênciasHumanas Biológicas Exatas
Sem certo Com certo ou errado e errado
Sem certeza Sem incertezaJULGAMENTO
IncertezaEVENTOS
BIOLÓGICOSCerteza
Admin
istr
ação
Econom
ia
Arquite
tura
Psico
logia
Med
icin
a
Fisio
tera
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Mat
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Engenhar
ia
A natureza das ciências da saúde
Ciências Ciências CiênciasHumanas Biológicas Exatas
Sem certeza Sem incertezaJULGAMENTO
IncertezaEVENTOS
BIOLÓGICOS
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Fisio
tera
pia
Mat
emát
icaa
Físic
a
Engenhar
ia
EvidênciaPreferênciasMétodos Métodos
6. Economia da Saúde: um modo de pensar
Economia da Saúde:
É o estudo de como indivíduos e sociedades
exercem a opção de escolha na alocação dos
escassos recursos destinados à área da saúde
entre as alternativas que competem pelo seu
uso, e como estes escassos recursos são
distribuídos entre os membros da sociedade
Economia da Saúde:
É o estudo de como indivíduos e sociedades
exercem a opção de escolha na alocação dos
escassos recursos destinados à área da saúde
entre as alternativas que competem pelo seu
uso, e como estes escassos recursos são
distribuídos entre os membros da sociedade
Eficiência
Eqüidade
Eficiência
Eqüidade
Economia da Saúde:
Um novo modo de pensar
Evid
ên
cia
s
Pre
ferê
nci
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6. Fronteira científico-metodológica e onde queremos chegar ?
A difícil tarefa do “Tomador de Decisão”
Intervenção A
$ 1 / QALY
45 QALYS
Intervenção B
$ 28.000 / QALY
0,3 QALYS
? ES
COLHA ?c
ust
o
QALY
Cuidado !!!!!!
A TENTAÇÃO É MISTURAR AS COISAS E NÃO CHEGAR A LUGAR ALGUM
Políticos / Legisladores / Tomadores de Grandes Decisõesprecisam definir claramente “políticas” e prioridades
Gestores precisam mais do “modo de pensar” e meios para agir
Acadêmicos e pesquisadores precisam criticar evidências disponíveis e gerar novas evidências / avançar métodos
7. “Dilema inercial” e a busca da perfeição
HOJE
Com o que já sabemos sobre a distribuição de nossas doenças (epidemiologia) e o conhecimento acumulado disponível (evidências), seria perfeitamente possível
propiciar um sistema saúde muito melhor !
Decisões responsáveis, orientadas e justificadas
ESCOLHAS:Custo-econômicas, Custo-efetivas, Custo-proibitivas
Só “modo de pensar” e bom senso !
ESCOLHAS: Orientadas e justificadas
Custo-econômicas
Custo-efetivas
Custo- proibitivas
+ Saúde
+ Custo
“Vencedoras”
“Críticas”
“Trade-offs”
Imensa maioria das decisões
Não estão na fronteira do conhecimento ou na faixa da incerteza!
- Inúmeras evidências acumuladas
- Preferências já claramente expressas
Exemplo: Rx Hipertensão Arterial
A difícil tarefa do Tomador de Decisão
Que sabidamente produzem saúde
8. Fundamento do processo – ES e GESTÃO
Como evoluir?
Assistência à saúde
baseada em evidências
Economia da Saúde
Administração de
serviços
Gestão em Saúde:Necessidades e Preferências
Diferentes participantes: no mínimo alinhados
Médicos
Hospitais
Políticos
Forn.Insumos
Gestores
Regula-dores
Paciente
Mídia
CEO
- Reconhecer que sistema saúde é muito complexo- Capacidade de administrar interesses dos diferentes
participantes (vários)- Alinhar incentivos dos diferentes participantes- Conhecer um pouco dos 3 mundos (AS, Adm, ES)- Contribuição da ES = Modo de pensar:
- Evidências
Escolhas (Trade-offs) - Recursos
- Preferências e Valores
Gestor do Sistema Saúde
Desafio para o Gestor do Sistema Saúde
Com o regulamento definido
e com os objetivos e compromissos claros
O que se espera:
Tomadas de decisão
Responsáveis e Justificadas
para o médio- e longo-prazo
onde chegar e com que recurso
Decisões deveriam ser baseadas em:
Recursos Valores
EvidênciaCusto - efetividade Preferências da
sociedade
Custo de oportunidade
Diagrama de Venn
Obrigado pela atenção!
E-mail [email protected]