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  • A DDIVA DO SOFRIMENTO

    A DDIVA DO SOFRIMENTO Por Peter Parris

    Quando Jesus interrogou dois discpulos desiludidos depois da sua morte, deu-lhes a entender que o sofrimento fazia parte integral da sua experincia. No era necessrio que o Cristo padecesse e entrasse na sua glria (Lc 24:26)? Eles no podiam compreender como tal morte ignominiosa pudesse ser compatvel com a glria de Cristo. Jesus ento mostrou-lhes atravs de todas as Escrituras como era necessrio que ele sofresse antes de entrar na sua glria. Getsmani, Gbata, e Glgota (J 18:1; 19:13,17) eram passos necessrios para chegar glria. Getsmani era o jardim em que Jesus agonizava em orao, e onde no fim encurvou-se vontade do seu Pai, apesar de quase morrer naquele local. Gbata era o pavimento onde ele foi injustamente julgado por Pilatos, e aoitado ao mesmo tempo que era rejeitado pela multido. Glgota era o lugar onde suportou a cruz, dando a sua vida e morrendo como espetculo diante do cu e da terra. Jesus chamou os discpulos desiludidos de nscios por serem tardos para crer no que os profetas disseram, e prosseguiu explicando-lhes a necessidade do seu sofrimento.

    O escritor aos Hebreus nos afirma que Jesus aprendeu a obedincia atravs do sofrimento; e tendo sido aperfeioado, tornou-se a fonte de eterna salvao a todos aqueles que so obedientes (Hb 5:8,9). Ele foi tentado nos seus sofrimentos e por causa destas experincias capaz de socorrer todos aqueles que so tentados (Hb 2:18). Um resultado prtico do sofrimento na vida de Jesus foi fazer dele um fiel sumo sacerdote que acabou por vencer toda tentao.

    Pedro falou mais sobre o sofrimento do que qualquer outro autor na Bblia e referiu-se tambm necessidade do sofrimento e aos resultados que o acompanham. Em alguma poca da nossa vida, o sofrimento ser necessrio para que o Senhor alcance os objetivos que deseja para ns. No h nada que ofenda mais ao velho homem do que sofrimento injusto. Traz tona qualquer resqucio de auto-preservao e egocentrismo que ainda permanece em ns. O sofrimento revela atitudes e reaes erradas. Se nos arrependermos da velha natureza e expressarmos a nova, cresceremos e seremos abenoadas. Se mantivermos a atitude correta durante o sofrimento, estaremos declarando nossa unio com Jesus e o esprito da glria de Deus repousar sobre ns (1 Pe 4:14).

    Evidentemente melhor sofrer por fazer o que certo do que sofrer por fazer o errado (1 Pe 4:15,16). vontade e o propsito de Deus incluem o sofrimento por causa dos resultados que este produz em ns. No vem apenas como resultado das nossas ms aes, mas como um meio de aperfeioar-nos, mesmo quando estamos fazendo o que certo. As experincias do cume da montanha so sempre bem-vindas, mas no cume da montanha s podemos semear nem colher. um lugar onde s se pode contemplar a vista que muito agradvel, refrescante e necessrio.

    Mas no vale que se produz o fruto. Freqentemente o cume da montanha est acima das nuvens, mas os vales debaixo das nuvens recebem a chuva que traz a vida. Os rios correm pelos vales e l vicejam os pastos verdejantes. Assim tambm as experincias nos vales so para ns perodos em que desenvolvemos nossa salvao. O crescimento da nossa f est ligado diretamente aos nossas momentos de sofrimento, apuro e perseverana. Nossa pacincia aperfeioada. Acumulamos experincia que medida da nossa maturidade. O sofrimento freqentemente o instrumento que nos lana totalmente na dependncia de Deus. Quando a situao exige algo alm dos nossos recursos naturais,

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  • A DDIVA DO SOFRIMENTO nossa nica sada a proviso sobrenatural do Senhor. Nossos impasses pessoais podem ser o meio que o Senhor usa para abrir um caminho diante de ns.

    J o exemplo mais destacado de pacincia e confiana adquiridas atravs da adversidade. Quando anunciaram-lhe a perda desastrosa da dos seus filhos e possesses, ele prostrou-se e adorou a Deus. O Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor (J 1:21), foi a sua resposta. Quando a si mesmo, ele disse que mesmo que Deus o matasse, ainda confiaria nele (J 13:15). Sem que J soubesse, Deus estava usando o seu testemunho contra Satans. Quando o sofrimento ocorre nas nossas vidas, podemos confiar que o Senhor o est usando para destruir o mal.

    somente quando apreciamos o fato que nossa amoroso Pai celestial est no controle do nosso sofrimento que podemos corresponder com confiana e at mesmo com regozijo. Tiago nos exorta a considerar as diversas provaes que encontramos como motivo de alegria por causa daquilo que produzem (Tg 1:2-4). Finalmente, se perseverarmos, receberemos a coroa da vida (Tg 1:12). Paulo nos encoraja ao comparar nossos sofrimentos atuais com a glria que ser revelada em ns, e conclui que o sofrimento no digno de ser comparado com a glria (Rm 8:17,18). Ele afirma que uma condio para reinar com Cristo sofrer com ele.

    A comunho dos sofrimentos de Cristo (Fp 3:10) significa que realmente compartilhamos das suas aflies, e de alguma forma misteriosa preenchemos o que resta das aflies de Cristo a favor do seu corpo, a igreja (Cl 1:24). Por causa dos resultados dos nossos relacionamentos podemos abraar nossas diversas, e at numerosas provaes com um profundo senso de gozo. Este gozo pode ser uma profunda conscincia de triunfo final mesmo quando o efeito imediato sobre ns de tristeza e pesar.

    Outro efeito desenvolvido atravs do sofrimento uma mudana de valores. Aquilo que temporal perde sua influncia dominante para o que eterno (2 Co 4:17,18). Atravs do sofrimento o anseio para estar ausente do corpo e presente com o Senhor se intensifica. Promove a obra da cruz em nossas vidas e aprofunda o desejo de ser crucificado para o mundo. Tornamo-nos desiludidos com as coisas deste mundo e aproximamo-nos mais da nossa esperana em Jesus. Encontramos uma consolao que satisfaz o profundo do nosso ser e que nos torna mais conscientes das coisas eternas do que das temporais. Atendemos mais prontamente s coisas espirituais do que s coisas carnais, e atravs de tudo isto descobrimos a expresso de Cristo sendo formada em nossa personalidade. No sofrimento, extramos da sua vida em ns a fm de dominar e substituir as velhas reaes naturais e descobrimos que o Cristo que estava em ns apenas potencialmente agora tornou-se o Cristo em ns em realidade.

    Sabemos que nunca seremos tentados alm daquilo que podemos suportar (1 Co 10:13). Nossa dificuldade surge quando somos empurrados para novas reas. Nessas ocasies pensamos que estamos sendo levados para alm daquilo que suportamos, mas na verdade apenas alm daquilo que j conhecemos, para uma nova rea de experincia. A suficiente graa de Deus sempre estava l para ser abundante para conosco. Por estas razoes podemos conhecer a realidade do regozijo na tribulao, e podemos considerar motivo de toda alegria quando tivermos de enfrentar diversas provaes.

    Se deixarmos de julgar e ajustar devidamente as nossas vidas, seremos castigados pelo Senhor, para no sermos julgados com o mundo (1 Co 11:31,32). Mesmo que venha na forma de fraqueza, doena ou morte, melhor receber disciplina nesta vida do que na vindoura. O salmista escreve que antes de ser afligido, ele se extraviava; e foi bom para ele

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  • A DDIVA DO SOFRIMENTO ter passado pela aflio, pois sabia que pela fidelidade do Senhor que ele foi afligido (Sl 119:67,71).

    Este tipo de sofrimento causado por ns mesmos, pois de alguma forma temos nos desviado de andar em unio com Cristo. Deus nos ama demais para deixar de nos castigar, pois ele no nos quer perder eternamente. Embora talvez possamos evitar um pouco de disciplina, no podemos passar totalmente sem castigo a no ser que j sejamos perfeitos e sempre faamos tudo com perfeio. Deus trata conosco como a filhos (Hb 12:7). Ele aoita a cada filho que recebe, mas com infinito amor e cuidado. Se Jesus aprendeu obedincia pelo que sofreu, voc acha que ns, que tantas vezes somos desobedientes, poderemos aprend-lo sem sofrimento?

    PERSEVERANA Por David Matthews

    Perseverana certamente no uma palavra alegre, nem tampouco uma palavra popular; contudo uma palavra essencial para o vocabulrio do cristo. Perseverana e sofrimento so quase inevitavelmente interligados. Na mente ocidental, o sofrimento automaticamente um mal e deve ser eliminado prontamente. Por isto achamos difcil aceitar a idia que um pouco de sofrimento, seja fsico ou emocional, pode at mesmo fazer bem para ns. Talvez um dos sinais do reino dos cus entre ns ser uma reduo drstica no nosso uso de comprimidos para mal-estares relativamente pequenos como dores de cabea ou resfriados.

    O sistema de Previdncia Social tem feito muito bem para a sociedade em geral, e eu, pelo menos, no fico sonhando sobre os bons tempos do passado. O maior perigo, entretanto, a tendncia de produzir uma sociedade dependente que sempre espera que o governo resolva as inconvenincias da vida.

    Somos to preocupados com nossa felicidade que qualquer coisa que chega a amea-la deve ser resistida a todo custo, mesmo que acabamos ganhando uma lcera como resultado. Ningum precisa de perseverana para a felicidade e, sendo assim, nunca aprendemos a perseverar. s vezes fico me perguntando quanto tempo perdemos suplicando para que Deus nos tire das circunstncias desagradveis que ele enviou para nos abenoar.

    H trs espcies de perseverana que precisamos examinar. Primeira: aceitao passiva, segunda: rendio, e terceira: confiana ativa. Das trs a segunda a mais perigosa. Produz hipocondracos cristos que se tornam depsitos de lixo para tudo que Satans quiser lanar neles. triste reconhecer que h algumas filosofias cristas que interpretam esse tipo de rendio como espiritualidade. Esta uma reverso dos antigos esticos