A Cidade Santa que Desce do Céu Apocalipse 21
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A Cidade Santa que Desce do Céu Apocalipse 21:1-27
“Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de
Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque
as primeiras coisas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e
verdadeiras. Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida. O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho. Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras
e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte. Então, veio um dos sete anjos que têm as sete taças cheias dos últimos sete flagelos e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a
esposa do Cordeiro; e me transportou, em espírito, até a uma grande e elevada montanha e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus,
a qual tem a glória de Deus. O seu fulgor era semelhante a uma pedra preciosíssima, como pedra de jaspe cristalina. Tinha grande e alta muralha, doze portas, e, junto às portas, doze anjos, e, sobre elas, nomes inscritos, que são os nomes das doze tribos
dos filhos de Israel. Três portas se achavam a leste, três, ao norte, três, ao sul, e três, a oeste. A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e estavam sobre estes os doze
nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. Aquele que falava comigo tinha por medida uma vara de ouro para medir a cidade, as suas portas e a sua muralha. A cidade é
quadrangular, de comprimento e largura iguais. E mediu a cidade com a vara até doze mil estádios. O seu comprimento, largura e altura são iguais. Mediu também a sua muralha, cento e quarenta e quatro côvados, medida de homem, isto é, de anjo. A
estrutura da muralha é de jaspe; também a cidade é de ouro puro, semelhante a vidro límpido. Os fundamentos da muralha da cidade estão adornados de toda espécie de
pedras preciosas. O primeiro fundamento é de jaspe; o segundo, de safira; o terceiro, de calcedônia; o quarto, de esmeralda; o quinto, de sardônio; o sexto, de sárdio; o sétimo,
de crisólito; o oitavo, de berilo; o nono, de topázio; o décimo, de crisópraso; o undécimo, de jacinto; e o duodécimo, de ametista. As doze portas são doze pérolas, e cada uma dessas portas, de uma só pérola. A praça da cidade é de ouro puro, como
vidro transparente. Nela, não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro. A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada. As
nações andarão mediante a sua luz, e os reis da terra lhe trazem a sua glória. As suas portas nunca jamais se fecharão de dia, porque, nela, não haverá noite. E lhe trarão a glória e a honra das nações. Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada,
nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro.”
Exegese
Versículo 1: Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
Esta Palavra significa que nosso Senhor Deus dará Seu Novo Céu e Nova Terra como presente para os santos que participarem da primeira ressurreição. A partir deste momento, os santos não viverão no primeiro céu e terra, mas no novo, segundo céu e terra. Esta bênção é um presente de Deus que Ele derramará sobre os seus santos. Deus dará esta bênção somente aos santos que participarem da primeira ressurreição.
Aqueles que irão participar desta bênção, em outras palavras, são os santos que receberam a remissão do pecado pela crença no evangelho da água e do Espírito dado por Cristo. Nosso Senhor é o Noivo dos santos. A partir de agora, tudo o que aguarda as noivas é serem revestidas com a proteção, as bênçãos e o poder do noivo como noivas do Cordeiro, e viverem em glória em Seu Reino glorioso.
Versículo 2: Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo.
Deus preparou a cidade santa para os santos. Esta cidade é a nova Jerusalém, o Santo Palácio de Deus. Este Palácio está preparado especialmente para os santos. E tudo isso foi planejado em Jesus Cristo para os santos, mesmo antes do nosso Senhor Deus criar o universo. Portanto, os santos não podem deixar de agradecer ao Senhor Deus pelo Seu presente gracioso e dar toda a glória a Ele com sua fé.
Versículo 3: Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.
A partir de agora, os santos viverão com o Senhor no Templo de Deus para sempre. Tudo isso é pela graça do Senhor Deus, um presente que os santos receberão por sua fé na Palavra da salvação da água e do Espírito. Todos aqueles que receberem a bênção de entrar no Templo do Senhor e viverem com Ele darão graça e glória ao Senhor Deus para sempre.
Versículo 4: E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.
Agora que Deus habita com os santos, não haverá mais lágrimas de tristeza, nem luto pela perda dos amados, nem choro de tristeza.
Toda a tristeza do primeiro céu e terra desaparecerá das vidas dos santos, e tudo o que aguardará os santos será viver suas vidas abençoadas e glorificadas com seu Senhor Deus em Seu Novo Céu e Nova Terra. Nosso Senhor Deus, tendo se tornado o próprio Deus dos santos,
fará todas as coisas novas, para que não haja mais choro de tristeza, nem pranto, nem morte, nem luto, nem doença, nem nada mais que os atormentava na primeira terra.
Versículo 5: E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.
O Senhor agora fará novas todas as coisas e criará um novo céu e uma nova terra. Fazendo Sua criação do primeiro céu e primeira terra desaparecerem, Ele fará uma nova terra e céu. O que este versículo nos fala é que Deus não reciclará o antigo, mas em vez disso criará um novo universo. Deus fará a o Novo Céu e a Nova Terra e viverá com os santos. Os santos que participarem da primeira ressurreição partilharão desta bênção também. Isso é algo que a humanidade não poderia sequer sonhar com suas mentes humanas, mas é o que Deus preparou para os Seus santos. Os santos e todas as coisas darão glória, honra, louvor e graças a Deus por suas grandes obras.
Versículo 6: Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida.
Nosso Senhor planejou e cumpriu todas estas coisas, do início ao fim. Todas as coisas que o Senhor fez, Ele fez para Si mesmo e para os Seus santos. Os santos agora são chamados “de Cristo” e se tornaram povo de Deus. Aqueles que se tornaram santos de Deus pela crença no evangelho da água e do Espírito agora perceberam que apesar de darem graças e louvar a Deus para sempre, ainda não poderão agradecê-Lo suficientemente pelo amor e pelas obras do Senhor Deus.
“Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida”. No Novo Céu e Nova Terra, nosso Senhor deu a fonte da água da vida para os santos. Este é o maior de todos os presentes que Deus derramou sobre os Seus santos. Agora os santos viverão para sempre no Novo Céu e Nova Terra e beberão da fonte da água e da vida, da qual eles nunca mais sentirão sede. Os santos se tornaram agora, em outras palavras, filhos de Deus que terão vida eterna, assim como o Senhor Deus, e viverão em Sua glória. Eu dou graças e glorifico ao nosso Senhor Deus mais uma vez por nos dar esta grande bênção. Aleluia!
Versículo 7: O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho.
“O vencedor” aqui se refere àqueles que defenderam a sua fé dada pelo Senhor. Esta fé permite que todos os santos superem o mundo e os inimigos de Deus. Nossa fé no Senhor Deus e no verdadeiro amor do evangelho da água e do Espírito dado por Ele é o que nos dá a vitória sobre todos os pecados do mundo, sobre o julgamento de Deus, sobre os nossos inimigos, sobre nossas próprias fraquezas e sobre a perseguição o Anticristo.
Eu dou graças e glórias ao nosso Senhor por nos dar a vitória sobre todas as coisas. Os santos que crêem no Senhor Deus vencem o Anticristo com sua fé. Para cada um dos santos, nosso Senhor Deus deu esta fé com a qual eles podem triunfar em sua luta contra todos os seus inimigos.
Deus agora permitiu aos santos, que venceram o mundo e o Anticristo com sua fé, herdar Seu Novo Céu e Nova Terra. Nosso Senhor Deus deu a fé da vitória para os Seus santos para que eles possam herdar os Seu Reino. Porque Deus nos deu a fé que triunfa sobre o Anticristo, Ele agora se tornou o nosso Deus e nós nos tornarmos Seus filhos. Eu agradeço e louvo ao nosso Senhor por nos dar esta fé da vitória sobre todos os nossos inimigos.
Versículo 8: Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.
Em Sua essência, nosso Senhor Deus é o Deus da verdade e Deus do amor. Quem, então, são estas pessoas que são fundamentalmente covardes diante de Deus? Estas são aqueles que nasceram no pecado original e que não se limpara de todos os seus próprios pecados com a Palavra do evangelho da água e do Espírito dado pelo Senhor. Porque em sua essência eles adoram o mal mais do que a Deus, eles se tornaram claramente servos de Satanás. É porque adoram ao mal diante do Senhor Deus, amam e seguem às trevas mais do que à luz, que eles não podem evitar serem covardes diante do Senhor Deus.
Deus em Sua essência é luz. Portanto, é fato que estas pessoas que por si só são trevas temam a Deus. Como as almas daqueles que pertencem a Satanás amam as trevas, eles são covardes diante de Deus que é a própria luz. É por isso que eles devem largar a sua maldade e fraqueza diante de Deus e receberem a remissão dos seus pecados.
Aqueles “incrédulos”, cujos corações basicamente não crêem no amor do nosso Senhor Deus e no Seu evangelho da água e do Espírito, são Seus inimigos e grandes pecadores diante de Deus. Suas almas pertencem ao abominável, e eles permanecem contra Deus, amam e cometem todo tipo de pecado, seguem falsos sinais, adoram todo tipo de ídolo e falam todo o tipo de mentira. Então, pelo justo julgamento de Deus eles serão lançados no lago de fogo e enxofre. Esta é a sua punição da segunda morte.
Deus não permitiu Seu Novo Céu e Nova Terra para aquelas pessoas que são covardes diante Dele, que não crêem em Sua Palavra do evangelho da água e do Espírito e que, tendo se tornado servas de Satanás, são abomináveis. Em vez disso, nosso Senhor permitiu a elas somente a punição eterna, lançando todas elas (incluindo assassinos, impuros, feiticeiros, idólatras e mentirosos) no lago de fogo e enxofre. O inferno, que Deus dará a eles, é sua segunda morte.
Versículo 9: Então, veio um dos sete anjos que têm as sete taças cheias dos últimos sete flagelos e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro;
Um dos anjos que trouxe uma das pragas das sete taças disse a João, “Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro”. Aqui, a “esposa do Cordeiro” se refere àqueles que se tornaram as noivas de Jesus Cristo pela crença com seus corações no evangelho da água e do Espírito dado por Ele.
Versículos 10 e 11: e me transportou, em espírito, até a uma grande e elevada montanha e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, a qual tem a glória de Deus. O seu fulgor era semelhante a uma pedra preciosíssima, como pedra de jaspe cristalina.
“A santa cidade, Jerusalém” se refere à Santa Cidade onde os santos viverão com seu Noivo. Esta Cidade que João viu era realmente bela e fantástica. Era majestosa em tamanho, adornada por pedras preciosas, limpa e reluzente. O anjo mostrou a João onde as noivas de Jesus Cristo viverão com o seu Noivo. Esta Cidade Santo de Jerusalém que desceu do Céu é o presente de Deus que Ele derramará sobre a esposa do Cordeiro.
A Cidade de Jerusalém brilha fulgurante, e sua luz é como uma pedra preciosa, como uma pedra de jaspe cristalina. Portanto, para todos aqueles que vivem nela, a glória de Deus estará
com eles para sempre. O Reino de Deus é o da luz e, assim, somente aqueles que estiverem limpos de toda a sua escuridão, fraquezas e pecados poderão entrar nesta Cidade. Portanto, devemos crer que para nós entrarmos nesta Cidade Santa, temos que aprender, conhecer e crer na verdadeira Palavra do evangelho da água e do Espírito que nosso Senhor nos deu.
Versículo 12: Tinha grande e alta muralha, doze portas, e, junto às portas, doze anjos, e, sobre elas, nomes inscritos, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel.
Os portões desta Cidade são guardados por doze anjos, e neles estão escritos os nomes das doze tribos dos filhos de Israel. A Cidade tem “uma grande e alta muralha”, o que nos fala que a forma de entrar nesta Santa Cidade é muito difícil. Ser salvo de todos os nossos pecados diante de Deus, em outras palavras, é impossível com esforços humanos ou coisas materiais do mundo da criação de Deus.
Para sermos libertos de todos os nossos pecados e entrarmos na Cidade Santa de Deus, é preciso que tenhamos a mesma fé dos doze discípulos de Jesus, a fé que crê na verdade do evangelho da água e do Espírito. Assim, ninguém que não tenha esta fé no evangelho da água e do Espírito pode entrar nesta Santa Cidade. É por isso que os doze anjos escolhidos pelo Senhor Deus guardam os seus portões.
A frase, “nomes inscritos” por outro lado, nos fala que os proprietários desta cidade já foram escolhidos. Seus donos não são outros senão o próprio Deus e Seu povo, pois a Cidade pertence ao povo de Deus que agora se tornaram seus filhos.
Versículo 13 Três portas se achavam a leste, três, ao norte, três, ao sul, e três, a oeste.
Três portas se achavam a leste da Cidade, no norte, sul e no oeste também havia três portões em cada. Isso nos mostra que somente aqueles que receberam a remissão dos pecados pela crença no evangelho da água e do Espírito com seus corações entrarão nesta Cidade.
Versículo 14: A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e estavam sobre estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.
Grandes rochas são usadas como fundamentos de construções ou edifícios. A palavra “rocha” é usada na Bíblia para se referir à fé em nosso Senhor Deus. Este versículo nos fala que para entrarmos na Cidade Santa do Senhor Deus, nós devemos ter a fé que Ele deu à humanidade, a fé que crê em Sua perfeita redenção de todos os nossos pecados. A fé dos santos é mais preciosa do que as pedras preciosas na Cidade Santa. O versículo nos fala aqui que o muro da cidade foi construído sobre doze fundamentos, e sobre eles foram escritos os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. Isso nos fala que a Cidade de Deus só é permitida para aqueles que têm a mesma fé que os doze apóstolos de Jesus Cristo tiveram.
Versículo 15: Aquele que falava comigo tinha por medida uma vara de ouro para medir a cidade, as suas portas e a sua muralha.
Esta Palavra significa que para entrar na cidade construída por Deus, a pessoa deve ter o tipo de fé que é aprovada por Ele, o tipo que trará a ela a remissão do pecado. Está dito aqui que o anjo que falava com João tinha uma vara de ouro para medir a cidade. Isso significa que nós devemos crer que o nosso Senhor nos deu todas estas bênçãos dentro do evangelho da água
e do Espírito. Assim como a “fé é a certeza de coisas que se esperam (Hebreus 11:1),” Deus de fato nos deu a Cidade Santa e o Novo Céu e Nova Terra, coisas que são ainda maiores do que nós esperamos.
Versículo 16: A cidade é quadrangular, de comprimento e largura iguais. E mediu a cidade com a vara até doze mil estádios. O seu comprimento, largura e altura são iguais.
A cidade é quadrangular, com comprimento, largura e altura iguais. Isso nos fala que nós todos devemos ter a fé do novo nascimento como povo de Deus pela crença no evangelho da água e do Espírito. De fato, nosso Senhor não permitirá que ninguém que não tenha essa fé no evangelho da água e do Espírito entre no Reino de Deus.
Existem muitas pessoas que têm uma vaga noção de que elas entrarão na Cidade Santa por serem Cristãs, mesmo se elas ainda tiverem pecados. Mas nosso Senhor nos deu a salvação do pecado e o Espírito Santo e somente tornou Seu povo aqueles que crêem na verdade de que Ele os perdoou de todos os seus pecados por meio do Seu batismo na terra e do sangue derramado na Cruz. Esta é a fé que o nosso Senhor requer de nós.
Versículo 17: Mediu também a sua muralha, cento e quarenta e quatro côvados, medida de homem, isto é, de anjo.
O significado bíblico do número quatro é sofrimento. A fé que o Senhor requer de nós não é algo que todos podem ter, mas esta fé somente pode ser exercida por aqueles que aceitam a Palavra de Deus, mesmo se eles não puderem compreender totalmente isso com seus próprios pensamentos. Como Cristão, é impossível entrar na Cidade Santa de Deus somente crendo na Cruz de Jesus, e que o Senhor é Deus e Salvador. Você sabe o que o Senhor quis dizer quando Ele disse em João 3:5, “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.”? Você sabe o significado do nosso Senhor vir a esta terra, ser batizado por João, carregar os pecados do mundo para a Cruz, e derramar o Seu sangue nela? Se você pode responder a esta pergunta, você entende sobre o que eu estou falando aqui.
Versículo 18: A estrutura da muralha é de jaspe; também a cidade é de ouro puro, semelhante a vidro límpido.
Este versículo nos fala que a fé que nos permite entrar na Cidade Santa de Deus é pura e não tem nada do mundo.
Versículos 19-20: Os fundamentos da muralha da cidade estão adornados de toda espécie de pedras preciosas. O primeiro fundamento é de jaspe; o segundo, de safira; o terceiro, de calcedônia; o quarto, de esmeralda; o quinto, de sardônio; o sexto, de sárdio; o sétimo, de crisólito; o oitavo, de berilo; o nono, de topázio; o décimo, de crisópraso; o undécimo, de jacinto; e o duodécimo, de ametista.
Os fundamentos da muralha da cidade são adornados com todo tipo de pedras preciosas. Esta Palavra nos fala que nós podemos ser alimentados com diferentes aspectos da fé da Palavra do nosso Senhor. E estas pedras preciosas nos mostram os tipos de bênçãos que nosso Senhor dará aos Seus santos.
Versículo 21: As doze portas são doze pérolas, e cada uma dessas portas, de uma só pérola. A praça da cidade é de ouro puro, como vidro transparente.
As pérolas simbolizam a “Verdade” na Bíblia (Mateus 13:46). Um verdadeiro perseguidor da verdade abandonaria alegremente todas as suas posses para receber a Verdade que dá a ele a vida eterna. Este versículo nos fala que os santos que entrarão na Cidade Santa precisam ter muita paciência enquanto estiverem nesta terra, permanecendo firmemente ancorados no centro da sua fé na verdade. Dessa forma, aqueles que crêem na Palavra da verdade falada pelo Senhor Deus precisam ter uma grande perseverança para defenderem a sua fé.
Versículos 22-23: Nela, não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro. A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada.
Esta passagem significa que todos os santos serão abraçados pelos braços de Jesus Cristo, o Rei dos reis. E a Cidade Santa de Jerusalém não precisará de luz do sol e da primeira lua, pois Jesus Cristo, a luz do mundo, a iluminará.
Versículo 24: As nações andarão mediante a sua luz, e os reis da terra lhe trazem a sua glória.
Esta passagem nos fala que as pessoas que viverem no Reino Milenar agora entrarão no Novo Céu e Nova Terra. “os reis da terra” se referem aqui aos santos que estarão vivendo no Reino Milenar. Estes reis da terra, o versículo continua narrando, “lhe trazem a sua glória.” Isso nos fala que os santos que já estarão vivendo em seus corpos glorificados mudarão agora do Reino Milenar para o Novo Céu e Nova Terra criados por Deus.
Assim, somente aqueles que nasceram de novo pela crença no evangelho da água e do Espírito enquanto estiveram nesta terra e, portanto, forem arrebatados para viverem no Reino de Cristo por mil anos, poderão entrar na Cidade Santa de Jerusalém.
Versículo 25: As suas portas nunca jamais se fecharão de dia, porque, nela, não haverá noite.
Porque o Novo Céu e a Nova Terra, onde a Cidade Santa se localiza, já estará cheia da luz santa, não haverá noite nela, nem pessoas más.
Versículo 26: E lhe trarão a glória e a honra das nações.
O versículo nos fala que por meio do maravilhoso poder do Senhor Deus, aqueles que viverem no Reino de Cristo por mil anos estarão qualificados para entrarem no Reino do Novo Céu e Nova Terra, o Reino onde a Cidade Santa se localiza.
Versículo 27: Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro.
Entre os Cristãos e não-Cristãos deste mundo, todos aqueles que não conhecem o evangelho da água e do Espírito são contaminados, abomináveis e mentirosos. Portanto, eles não podem entrar na Cidade Santa.
A Palavra de Deus aqui nos permite confirmar o quão grande é o poder do evangelho da água e do Espírito que o Senhor nos deu nesta terra. Apesar do evangelho da água e do Espírito ter sido pregado para muitas pessoas nesta terra, houve tempos em que este evangelho foi ignorado e desprezado até mesmo pelos que se chamavam Cristãos. Mas somente a fé no evangelho da água e do Espírito dado pelo Senhor é a chave para o Céu.
Muitas pessoas ainda permanecem ignorantes sobre esta verdade, mas você deve saber que qualquer um que descobre e crê que com o evangelho da água e do Espírito o Senhor deu a ele a chave do Céu e a remissão do pecado, terá o seu nome inscrito no Livro da Vida.
Se você aceitar e crer nesta verdade do evangelho da água e do Espírito, você será revestido com a bênção de entrar na Cidade Santa.
O CÉU
INTRODUÇÃO
Porquê, este Estudo sobre O CÉU?
A razão está na insistência das Escrituras no convite à Salvação, à insistência de Deus
junto da criatura e, ainda, ao santo propósito de levar crentes, e não crentes, a se
capacitarem desta grande verdade: “Porque não temos aqui cidade permanente, mas
buscamos a futura” (Hebreus 13:14).
Este Estudo é oferecido a todos, salvos e não salvos, levando-os a ter uma experiência
de vida abundante e eterna, a um melhor conhecimento do lugar de habitação celestial
e do ditoso estado dos remidos do Senhor.
O Senhor Jesus se refere ao Céu como sendo a “Casa de Meu Pai” (João 14:2). No
entanto, o Céu também é conhecido como “Jerusalém Celestial” (Hebreus 12:22),
“Cidade do Deus Vivo” (Salmo 87:2) ou “Cidade Santa” (Apocalipse 21:2).
Porque somente aqueles que estiverem qualificados têm o direito de entrar no Céu, uma
vez que se trata de um lugar preparado para um povo preparado, aqui deixamos nossa
oração a Deus, pedindo--Lhe que este modesto trabalho a todos ilumine de modo a que
possamos manter bem viva a “esperança que a todos está reservada nos céus”
(Colossenses 1:5).
Júlio Sérgio Felizardo
ONDE FICA O CÉU?
A localização exacta do lugar chamado “céu” não é definidamente esclarecida. As
Escrituras expressam que a sua localização, porém, fica em CIMA e não em baixo.
Pedro fala de três mundos (II Pedro 3:6-7, 13)
a) O mundo que então existia (o mundo antediluviano).
b) Os Céus e a Terra que agora existem (o mundo presente).
c) Os novos Céus e a nova Terra (o mundo por vir).
Os hebreus pensavam numa pluralidade de céus. A literatura judaica ulterior falava de
sete céus, sendo o mais alto deles o lugar em que está assentado o trono de Deus.
As Escrituras usam a palavra “céu”, apresentando-a em três sentidos
diferentes
a) O primeiro céu, ou o céu atmosférico, que é o ar que nos rodeia, o firmamento, onde
se vêem as nuvens e as aves (Génesis 1:6-8, 20; Mateus 6:26; 8:20; 24:30; Marcos 4:4;
14:62; Lucas 4:25; 9:54; Actos 10:14). Temos referência a Satanás como príncipe desta
região (Efésios 2:2).
b) O segundo céu, ou o céu astronómico, que é o espaço incomensurável no qual estão
estacionados o sol, a lua e as estrelas (Génesis 1:14-18; 15:5; Josué 10:13; Jó 38:31-33);
Mateus 24:29; Marcos 13:25; Hebreus 11:12; II Pedro 3:10; Apocalipse 6:13).
c) O terceiro céu, ou o céu real, que é o lugar para o qual Paulo foi levado, a presença
imediata de Deus (II Coríntios 12:2-4). É o Céu superior, fora da nossa vista, aquela
morada gloriosa onde Jesus se encontra e onde habita especialmente o onipotente Deus
(Mateus 5:34; 23:22; Apocalipse 4:1).
É chamado o terceiro céu (II Coríntios 12:2, 4); o céu dos céus (Deuteronómio 10:14; I
Reis 8:27); Neemias 9:6; Salmo 67:34); o estado e o lugar de bem-aventurança para o
qual vão os santos depois desta vida (II Reis 2:1, 11; II Coríntios 5:1-2; 12:2; Hebreus
10:34; 11:16; Apocalipse 21:3-4).
Vejamos o que diz o Velho Testamento
a) Deus, na criação, disse: “Ajuntem-se as águas debaixo dos céus...” (Génesis 1:9).
b) “... Elias subiu ao céu num redemoinho” (II Reis 2:11).
O Novo Testamento relata-nos que
a) Jesus, depois de abençoar os discípulos, foi elevado às alturas (Lucas 24:51).
b) O Filho do homem subiu para onde primeiro estava (João 6:62).
c) O Filho do homem subiu ao céu (João 3:13).
d) Os anjos disseram: “Esse Jesus, que dentre de vós foi recebido em cima no céu”
(Actos 1:11).
e) Os discípulos viram o Senhor ser elevado às alturas (Actos 1:9).
f) Paulo, em visão, diz ter sido arrebatado até ao terceiro céu (II Coríntios 12:2).
g) E, logo a seguir afirma, igualmente em visão, ter sido arrebatado ao paraíso (II
Coríntios 12:4).
h) É ainda o mesmo Paulo que diz que o Senhor desceu e subiu acima de todos os céus
(Efésios 4:10).
i) Mais tarde, o mesmo Paulo diz: “O Senhor descerá do céu” (I Tessalonicenses 4:16-
17).
j) Falando ao jovem Timóteo, é ainda o velho apóstolo Paulo que afirma: “Aquele que se
manifestou na carne... foi recebido acima na glória” (I Timóteo 3:16).
l) João, ao descrever a sua visão do Apocalipse, ao ver a Santa Cidade, menciona que
Deus descia do céu (Apocalipse 21:2).
A verdade é que, onde quer que esteja o céu, ele reserva maravilhosas bênçãos para
aqueles que foram lavados no precioso sangue de Jesus. É lá onde estão os nossos
entes queridos que são crentes e isso deve ser o bastante para satisfazer as nossas
expectativas, nossas esperanças e desejos (João 17:24).
QUAL A DIMENSÃO DO CÉU?
Segundo a descrição do apóstolo João, a Cidade Santa teria talvez a forma cúbica, uma
vez que o seu comprimento, largura e altura eram iguais (Apocalipse 21:16). Na
antiguidade, era frequente as cidades serem construídas com a forma de um quadrado.
Tanto na Babilónia como Ninive tinham essa forma.
Ora, a Cidade Celestial não era somente quadrada, mas cúbica, embora haja quem
pense ser em forma de pirâmide, uma vez serem todas as medidas iguais. Esta discrição
tem um significado. No mundo antigo o cubo era o símbolo da perfeição. Tanto Platão
como Aristóteles diziam que na Grécia se chamava “cúbicos” aos homens perfeitos.
O mesmo pensavam os judeus
a) O altar das oferendas queimadas, o altar do incenso e o peitoral dos sumo-sacerdotes
eram de forma cúbica (Êxodo 27:1; 28:16; 30:2).
b) A forma cúbica aparece várias vezes nas visões que o profeta Ezequiel teve da nova
Jerusalém e do novo Templo (Ezequiel 41:21; 43:16; 45:2; 48:20).
c) Porém, é importante lembrar que, no Templo de Salomão o Santíssimo formava um
cubo perfeito (I Reis 6:20).
Como expressão da grandeza da Cidade, o anjo mede-a com uma “vara de ouro” e
verifica que “o seu comprimento, largura e altura são iguais”, cada dimensão era de
12.000 estádios (21:16), ou seja, cerca de 2.400 quilómetros, com uma base de quase
cinco milhões de quilómetros quadrados. O profeta por certo não concebe uma cidade
material. Estas medidas representam uma dimensão imaginável. Cremos que João
querendo dizer que, na Cidade Celestial, há lugar para todos.
Podemos observar, ainda, que a Cidade era toda de ouro puro, semelhante ao vidro
puro (Apocalipse 21:18). Isto nos mostra toda a pureza, cujo Arquitecto é Deus (II
Coríntios 5:1).
OS DOZE FUNDAMENTOS
Ao estudarmos os “Fundamentos da Cidade Celestial” (Apocalipse 21:14), nos quais está
assente o grande Muro, verificamos que eles representam as grandes qualidades
espirituais desta bela cidade.
Vejamos
a) Só um grande Arquitecto poderia fazer esta obra e esse Arquitecto só poderia ser
Deus. Como os arquitectos e engenheiros deixam gravados os seus nomes nas obras de
arte, assim o Senhor deixou gravado o seu nome na Nova Jerusalém, que foi construída
pela sua onisciência (Hebreus 9:11; 11:10, 16).
b) Não só o nome do Senhor está gravado, mas igualmente ali se encontram inscritos
nos alicerces, em parte visível, os nomes dos doze apóstolos (Apocalipse 21:14).
c) Estas inscrições mostram-nos que Pedro não é a única pedra apostólica sobre cuja
pregação Cristo edificou a sua Igreja (Efésios 2:20). Jesus escolheu doze apóstolos para
que fossem os doze fundamentos da cidade celestial, de que Ele é a principal pedra de
esquina. O número doze, mostra o corpo na sua actividade em vez dos membros
individuais. É o sinal característico do povo de Deus (Mateus 10:2-4).
d) A inscrição do nome de cada apóstolo em cada alicerce, traz-nos à memória sua fé, e
relembra-nos sua contribuição à comunidade a que Paulo chama de “membros da
família de Deus” (Efésios 2:19).
e) O Senhor Jesus Cristo é o verdadeiro fundamento, o único sobre quem o crente pode
construir com absoluta confiança. Ninguém pode levantar um edifício para a eternidade
sobre um fundamento defeituoso (Isaías 28:16; Mateus 7:24-27; I Coríntios 3:11).
Verificamos que os fundamentos estão guarnecidos de pedras preciosas e que cada
uma delas reflecte um aspecto particular da glória divina. Combinadas, apresentam a
glória natural de Deus.
Possuem estas pedras algum simbolismo?
a) Oito delas são as mesmas que enfeitavam o peitoral do sumo-sacerdote (Êxodo
28:17-20; 28:13; 39:10).
b) Na antiguidade estas pedras eram de grande valor. Qualquer mercador empenhava
toda a sua vida para buscar uma pedra de grande preço, vendendo mesmo todas as
suas possessões, caso fosse necessário (Mateus 13:46).
Vejamos um pouco sobre estas pedras preciosas
a) Jaspe. Pedra usada também na edificação do muro (Apocalipse 21:18). É brilhante e
transparente (Apocalipse 4:3). É a última em ordem das doze jóias que brilhavam no
peitoral do sumo-sacerdote e a primeira das doze que formam os alicerces da Nova
Jerusalém (Êxodo 28:20; Apocalipse 21:19-20).
b) Safira. Tem a cor azul celeste e é transparente. Representa o pavimento sobre o qual
Deus está (Êxodo 24:10).
c) Calcedónia, ou Ágata. Uma das variedades da ágata, de uma cor branca leitosa,
levemente azulada, ou azul celeste.
d) Esmeralda. Tem a cor verde vivo, semelhante à cor do arco-íris, que João viu ao
redor do trono de Deus (Apocalipse 4:3).
e) Sardónica. É uma das variedades da ágata. Tem a cor escura alaranjada, por
vezes também azulada.
f) Sárdio. Da cor da carne, vermelho-fogo.
g) Crisólito. Tem a cor do ouro, transparente.
h) Berilo. Uma variedade de esmeralda. Há quem a identifique com o ónix. Tem a cor
azul, amarelo, rósea ou incolor, mas a cor mais vulgar é a verde-mar.
i) Topázio. É transparente e tem reflexos dourados ou verdes, amarelo-dourado.
j) Crisópraso. É igualmente uma variedade da ágata. Sua cor é verde-clara, com veios
amarelos, purpúrea.
l) Jacinto. Pedra brilhante de cor alaranjada, quase cor de fogo.
m) Ametista. É uma das variedades de quartzo, de cor violeta, muito brilhante, mas
inferior ao diamante somente em dureza. É conhecida como violeta.
AS COLUNAS DO TEMPLO
Encontramos no Templo de Salomão duas colunas, colocadas no pórtico. Eram
chamadas “Jaquim”, que significa “Ele estabelecerá”, e “Boás”, que significa “Nele há
força”. Estas duas colunas são usadas como emblema de força e durabilidade (I Reis
7:15-22).
Em Apocalipse 3:12 encontramos a referência que os que permanecem fiéis ao Senhor,
serão “Colunas no Templo de Deus”. Ser coluna no santuário de Deus é um lugar de
durabilidade e de força, de segurança eterna, porque o remido nunca dali sairá.
Pedro, Tiago e João eram colunas da Igreja de Jerusalém, nos tempos primitivos. Assim,
cada um de nós, deverá ser uma coluna bem firme na Igreja de Jesus aqui na terra a fim
de a mesma se manter segura na Rocha (Gálatas 2:9).
Lembremo-nos que as Colunas estão ligadas à Pedra Viva, eleita e preciosa, que é Jesus.
Os crentes são pedras vivas e, pelas vitórias e provações, se tornam colunas que
permanecem para todo o sempre (I Pedro 2:4-5).
O MURO
João apresenta a Cidade Celestial com um majestoso e belo Muro ao seu redor
(Apocalipse 21:12 Sua construção era de jaspe, pedra preciosa e de mui grande valor.
Tinha uma altura de 144 côvados, mais ou menos 60 metros (Apocalipse 21:17-18).
Por quê, um muro de tão grande proporções, uma vez que os inimigos já não
existem? Talvez possamos encontrar a resposta numa destas razões:
a) Para dar mais beleza à Cidade, tal como um muro dá mais realce ao palácio que está
dentro de si. Será como um ornamento eterno diante de Deus e dos seus escolhidos
(Apocalipse 21:19-20).
b) Para revelar o mistério oculto a todos os que confiaram no Evangelho de Jesus
(Romanos 16:25).
c) Para, perante a beleza até então oculta, os remidos poderem admirar e gloriar-se de
não terem corrido nem trabalhado em vão (Filipenses 2:16).
d) Para trazer à memória que, dentro daquele muro vive uma sociedade, sem classe ou
divisões (Colossenses 3:11).
e) Para simbolizar o duplo propósito de guardar fora os que não têm parte nas bênçãos
celestiais e garantir a segurança eterna de seus habitantes (Apocalipse 22:14-15).
f) Para que os lados do muro possam representar a justiça (Isaías 26:2), a honra (Mateus
15:8; Marcos 7:6-7), a fé (Salmo 33:12) e o amor (Romanos 13:10, que são o
sustentáculo de uma nação. Qualquer rotura num dos lados, por muito grande e bem
defendida que esteja um Estado, não poderá resistir por muito tempo (Isaías 60:11-12).
g) O Muro representa ainda a invencível defesa da fé, que assegura aos crentes a
defesa contra os ataques do mundo, da carne e do diabo, pois Deus é como um Muro
em torno do seu povo.
AS DOZE PORTAS
As doze portas são doze pérolas... (Apocalipse 21:12a) Cada porta é em si mesma uma preciosa pérola, lindíssima, de valor incalculável (Mateus 13:45-46). Estas doze pérolas representam unidade, pureza e grande valor.
Encontramos no amor de Deus o preço real destas pérolas, pois Ele “deu tudo quanto tinha” para o comprar (João 3:16; I Coríntios 6:20; I Pedro 1:18-19). Cada porta tinha o nome de uma das doze tribos de Israel (Apocalipse 21:12b).
Em cada porta, encontramos um anjo do Deus Todo-Poderoso, simbolizando a vigilância, a responsabilidade, pois na cidade de Deus só poderá entrar aquele que se apresentar verdadeiramente convertido (Apocalipse 21: 27).
As portas da nova cidade jamais se fecharão (Apocalipse 21:25). Não haverá necessidade de polícia para vigiar os habitantes da cidade e não mais haverá ladrões. Tudo o que se relaciona com o pecado desaparece. Todos os seus habitantes podem entrar e sair.
Verificamos que, de cada um dos lados do muro existem três portas, viradas, respectivamente, para o oriente, norte, sul e ocidente, existindo entre uma e outra das doze portas uma distância de mil estádios, mais ou menos 185 quilómetros (1 estádio é igual, mais ou menos, a 185 metros).
Esta disposição era a usada pelas tribos de Israel nos acampamentos, ao redor do Tabernáculo, durante as peregrinações (Ezequiel 42:16-20; Apocalipse 21:13).
Durante a sua vida terrena, o crente tem diante de si três portas importantes
a) A porta da oportunidade, que lhe dá a oportunidade gloriosa de levar o Evangelho a outras terras. Deus coloca frente a cada homem esta porta da oportunidade para anunciar o Evangelho (Apocalipse 3:8 ).
b) A porta do coração humano, é a que o homem pode abrir ou deixar fechada. É a porta de cada coração humano, sobre o qual, sem embargo, se escuta o bater da mão atravessada pelos cravos do suplício (Apocalipse 3:20).
c) A porta da revelação, é a porta que Deus oferece a cada homem, para lhe abrir o seu próprio conhecimento e o conhecimento da vida eterna (Apocalipse 4:1).
Tanto o Velho como o Novo Testamento nos falam das razões porque as “Portas do Céu” estão abertas:
a) Estão abertas para que Deus nos dê a visão da Sua Pessoa e de Sua verdade (Ezequiel 1:1).b) Estão abertas para que nelas possam entrar aqueles que observam a verdade (Isaías 26:2).c) Estão abertas para a revelação da glória de Deus. O Senhor Jesus prometeu a Natanael que veria as portas do céu abertas, e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho do homem. Algum dia os céus se hão de abrir para manifestarem a glória do Senhor (João 1:51).
d) Estão abertas para que o Espírito desça, como o fez no baptismo de Jesus. Quando a mente e o coração de um homem estão fixos no alto, o Espírito de Deus desce e vem ao encontro da mente que O busca (Marcos 1:10).
e) Estão abertas para que por elas possam entrar os bem-aventurados que lavaram as suas vestes no sangue do Cordeiro. Visto que “Cristo é a Porta”, o simbolismo é claro (João 10:9; Apocalipse 22:14).
f) Estão abertas, nas quatro faces do muro, para permitirem que de todos os lados da terra os remidos possam chegar e entrar (Mateus 8:11; Apocalipse 7:9-15).
g) Estão abertas, para que os remidos possam entrar e sair à vontade, pois já nada contaminará a cidade, uma vez que nenhum impuro ali entrará e será preservada pela santidade de Deus (Isaías 35:8; Apocalipse 21:27).
(continua...)
QUEM HABITARÁ NO CÉU?
Esta pergunta tem sido feita ao longo dos tempos por muitas pessoas chamadas cristãs.
Vejamos o que a Bíblia diz:
a) Só podem entrar nos céus e participar daquelas bem--aventuranças, aqueles cujos
nomes estão inscritos no Livro da Vida do Cordeiro (Lucas 10:20).
b) A Sagrada Escritura faz-nos uma declaração daqueles cujos nomes não serão achados
no Livro da Vida (Apocalipse 21:8 ), dos que não entrarão no céu (I Coríntios 6:9-10;
Gálatas 5:19-21; Efésios 5:5; Apocalipse 22:15).
c) Os vencedores herdarão todas estas tão gloriosas coisas que o Senhor tem preparado
para eles na Cidade Celestial (Apocalipse 20:6; 21:2, 7).
d) O galardão dos crentes vitoriosos será a felicidade infinita (I Coríntios 15:57-58).
e) No céu estará a Igreja composta por todos os santos (Apocalipse 7:9).
f) João diz que os fiéis de Deus virão de todas as raças, tribos, povos e línguas
(Apocalipse 5:9; 11:9; 13:7; 14:6; 17:15).
g) A promessa de Jesus é de que um dia seremos um só rebanho e um só Pastor (João
10:16).
QUANDO IREMOS PARA O CÉU?
As almas redimidas vão para a presença do Senhor imediatamente depois que
cessam sua vida na terra:
a) As Escrituras ensinam claramente a entrada imediata na glória (Lucas 16:22).
b) Foi a promessa de Jesus ao ladrão na cruz (Lucas 23:43).
c) Paulo afirma não haver estado intermediário nem sono da alma (II Coríntios 5:8 ).
d) Vamos para a presença de Cristo por ocasião da morte (João 14:3; Filipenses 1:23; I
João 3:2).
COMO SERÃO OS NOSSOS CORPOS NO CÉU?
Quantos crentes têm feito esta pergunta: teremos um corpo no céu? Se temos, como
será ele?
O apóstolo Paulo diz que “seremos transformados”, e que o nosso corpo será
semelhante ao corpo glorificado de Cristo (I Coríntios 15:49-51; Filipenses 3:20-21; I João
3:2).
Ora, o Senhor Jesus subiu ao Céu dotado de um corpo autêntico, pois a ressurreição
apenas diz respeito ao corpo, e nada mais, porque só este é que morre. A alma e o
espírito continuam vivos.
Sendo assim, vejamos como serão os nossos corpos:
a) O corpo de Jesus estava transformado em corpo espiritual, que surgira através dos
lençóis com que havia sido enrolado, conforme deduzimos da atitude tomada por Pedro
e João, à vista dos lençóis de linho (João 20:3-9).
b) Embora em seu corpo ressuscitado, o Senhor Jesus tinha bem visíveis os sinais dos
cravos e da lança, como o demonstra perante a incredulidade de Tomé (João 20:24-28).
c) Perante a perturbação dos discípulos ante a realidade da ressurreição, Jesus
apresenta-se no seu meio em forma corpórea, mesmo estando as portas cerradas
(Lucas 24:36, 38-39; João 20:19, 26). No entanto, os discípulos viram e reconheceram
Jesus, chegando mesmo a ter a felicidade de contemplar e apalpar o seu próprio corpo
(Lucas 24:36-43; I João 1:1).
d) Maria Madalena, junto ao sepulcro, mesmo através das lágrimas, reconhece Jesus,
não só através do seu corpo mas também da sua voz (João 20:11-16). O aviso a Maria
Madalena feito pelo Senhor Jesus quando ela corria para Ele de braços abertos “Não me
detenhas” parece mostrar a diferença existente entre o corpo da dedicada mulher e o
corpo do Senhor glorificado (João 20:17-18).
e) Quando Cleófas e o seu companheiro iam a caminho de Emaús e entabularam
conversa com o Senhor, não O reconheceram. Só depois de terem escutado a Sua
mensagem e de terem comido com Ele, é que seus olhos se abriram e O reconheceram
(Lucas 24:13-16, 28-31).
f) Igualmente o Senhor Jesus comeu com os discípulos junto ao mar de Tiberíades (João
21:9-13).
g) Embora no seu novo corpo, o Senhor Jesus respirava. A prova é que Ele soprou o
Espírito Santo sobre os seus discípulos (João 20:22).
Verificamos, portanto, que Jesus era possuidor de um corpo real, físico, vivo e que o Seu
Corpo não era uma “substância etérea”. Os seres espirituais são tão reais quanto nós, e
possuem corpos também, mas estes não são feitos do pó da terra, nem de qualquer
outro elemento que possamos chamar físico (Mateus 6:19-21).
Podemos regozijar-nos no facto que Ele tem prometido um corpo similar a todos quantos
a Ele pertencem (I João 3:2). Com os nossos corpos “transformados” teremos então
uma vida individual perfeita, porque:
a) O nosso novo corpo não será mais sujeito à doença, à fome, à dor, à fraqueza ou à
morte (I Coríntios 15:53; II Coríntios 5:1-4; Apocalipse 7:16).
b) Podemos pensar melhor, pois nossos pensamentos serão mais puros e claros. Nosso
conhecimento será mais largo e de melhor qualidade (I Coríntios 13:12).
c) Não haverá mais questões, contendas, tumultos ou guerras, pois seremos bons
(Mateus 8:11; I Coríntios 15:50-54).
d) Todos nos regozijaremos com o Senhor, pois nossa alegria será constante, uma vez
que nossa ocupação de louvor e serviço a Deus será comum (Mateus 25:21, 23;
Apocalipse 7:9-17; 22:3-4).
CONHECER-SE-ÃO OS CRENTES NO CÉU?
Esta pergunta tem sido feita por milhões de pessoas... O grande pregador baptista
Spurgeon disse a este respeito: “Alguns têm duvidado de que haverá conhecimento no
Céu; não há lugar para dúvidas, porque o Céu foi chamado “casa de meu Pai” e numa
família todos a conhecem”.
Conhecer-se-ão os crentes no Céu?
A personalidade se estende para além da sepultura? Aqueles a quem amámos, retêm
aquelas características pessoais definidas pelas quais os conhecemos, antes de terem
abandonado o seu corpo humano? À base da Palavra de Deus, só podemos responder
afirmativamente e com segurança: “SIM”.
A Bíblia dá-nos a resposta. O mundo está cheio de conjecturas, mas estas nada valem
em comparação com o registo sagrado, e este diz-nos que as nossas características
pessoais serão conservadas.
Vejamos o que dizem as Sagradas Escrituras:
a) No paraíso o rico reconheceu a Lázaro e a Abraão, e suas vozes foram escutadas por
todos eles (Lucas 16:19-31).
b) No Monte da Transfiguração, Moisés e Elias, embora já tivessem morrido à 1.500 e
869 anos, respectivamente, foram reconhecidos por Pedro, Tiago e João, que os
escutavam quando falavam com Jesus, o que prova que a sua capacidade de pensar
estava a ser exercida (Mateus 17:1-4; Marcos 9:2-5).
c) Abraão, Isaque e Jacó e todos os profetas, no dizer de Jesus, serão reconhecidos por
nós no reino de Deus (Lucas 13:28).
d) Paulo afirma que não só reconheceremos os que conhecemos aqui neste mundo, mas
todos os remidos se nos darão a conhecer (I Coríntios 13:12).
No Céu, a alma é o centro da vista, da audição, da fala, dos sentimentos, do raciocínio,
etc.. Olhos, ouvidos, língua, etc., são apenas instrumentos físicos do homem para
transmitir ou receber aquilo que a alma deseja. Lembremo-nos que Deus é Espírito! Não
obstante, os Seus olhos passam por toda a terra (II Crónicas 16:9), e a Sua voz foi
ouvida no Monte Sinai (Êxodo 20:1).
A VISÃO DE DEUS
Momento feliz será aquele em que nossas almas poderão contemplar o nosso bendito
Salvador e Senhor (Apocalipse 22:4). Trata-se de um raríssimo privilégio, mas o seu
completo sentido não será plenamente compreendido senão naquele dia, quando isso
se tornar realidade.
Vejamos porquê
a) Nesta altura será concedido aos crentes o que foi negado a Moisés: ver o rosto de
Deus (Êxodo 33:20, 23).
b) Será nesta altura cumprida a promessa de Jesus: “os puros de coração verão a Deus”
(Mateus 5:8 ).
Para os salvos, esta comunhão constante com o Senhor, será também uma
bênção:
a) Foi este o desejo de Jesus na sua oração intercessória, quando Ele pediu ao Pai que
seus servos estejam permanentemente com Ele e vejam a Sua glória (João 17:24).
b) No dizer do apóstolo João, nós O veremos assim como Ele é (I João 3:2).
c) Diz Paulo que, agora aquilo que vemos em enigma, será diferente lá no Céu, pois lá O
veremos face a face lá na Sua glória (I Coríntios 13:12). Há, todavia, uma condição para
que os crentes vejam o rosto do Senhor: “Seguir a paz com todos os homens e a
santificação” (Hebreus 12:14).
O TRONO DE DEUS
Quando João transpôs a porta que se abriu no Céu, caiu em estado de êxtase diante do
esplendor celestial. No Céu viu um “Trono”, e Deus estava sentado sobre esse Trono
(Apocalipse 4:2; 22:1). O Trono manifesta a soberania divina sobre o universo visível e
invisível.
No Velho Testamento encontramos referências ao Trono de Deus, referentes a
diversas fases da história:
a) Isaías deixa escrito a visão que teve: “Vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime
trono” (Isaías 6:1).
b) O Salmista, por seu lado, disse: “Deus se assenta sobre o trono da santidade” (Salmo
47:8 ).
É interessante notar que João procura descrever Deus, não como uma figura humana,
mas como a luz derivada das cores das pedras preciosas (Apocalipse 4:2-3), como já o
havia mencionado o Salmista (Salmo 104:2).
É muito possível que nesta combinação de pedras haja algum simbolismo.
Talvez o possamos descrever assim:
a) O jaspe, brilhante e transparente, represente a insuportável brancura da pureza de
Deus.
b) A sardónica, de cor escura alaranjada, represente o sangue derramado na cruz do
Calvário, por amor.
c) A esmeralda, de cor verde, represente a misericórdia de Deus. Ora, é do “Trono” que
se recebem os mandatos e ordens e perante o qual se prostram as criaturas. O “Trono”
é o ponto central de todo o universo. É o símbolo de autoridade. Por essa razão,
encontramos ao seu redor vinte e quatro anciãos, sentados nos seus tronos, oferecendo
a Deus a adoração perfeita (Apocalipse 4:4).
Representarão os vinte e quatro anciãos os doze patriarcas e os doze apóstolos
reunidos? É natural que assim seja, uma vez que, uns e outros, se encontram com os
seus nomes gravados nas portas e nos fundamentos do muro, por serem os
fundamentos da Igreja.
Mas, o mais provável, é representarem os vinte e quatro anciãos o povo fiel a Deus,
uma vez ser este o que terá acesso à presença de Deus Pai (Mateus 5:8 ): Aquilo que
tem sido a esperança dos crentes, a comunhão íntima com o Salvador, acontecerá
então: o Redentor e os remidos! Que cena gloriosa!
a) As vestes brancas são as vestes que se prometem aos fiéis (Apocalipse 3:4).
b) As coroas são as que hão-de receber os que foram fiéis (Apocalipse 2:10).
c) Os tronos são os que Jesus prometeu àqueles que, deixando tudo, O seguem (Mateus
19:27-29).
O ARCO-ÍRIS
O “Arco-Íris” é um dos fenómenos mais belos da natureza. Depois duma tempestade
costuma aparecer, colorido e brilhante, nas nuvens com ar carregado. Este fenómeno,
naturalmente, incendiava a imaginação dos antigos. Hoje sabemos que o arco-íris é o
produto duma refracção dos raios solares através da chuva miudinha.
O Arco-Íris tem sete cores, e nas doze pedras preciosas encontramos exactamente,
simples ou combinadas, as sete cores que, no seu conjunto, são a essência da própria
Luz. As sete cores são: vermelho, azul, amarelo (as chamadas cores primárias), laranja,
verde, anilado e violeta (cores derivadas).
O Arco-íris, portanto, é um fenómeno absolutamente natural. Mas a sua beleza e o facto
de o seu aparecimento estar ligado com a bonança, após furiosa tempestade, levou os
antigos a verem nele um significado religioso, que manifestava o apaziguamento de
Deus.
Assim como a tempestade patenteava o desencadeamento da ira divina, o arco-íris
significava o perdão e a paz celeste.
O “Arco-Íris” lembra aos crentes a promessa de Deus para todos os tempos e
a todas as gerações:
a) Nos dias do patriarca Noé, de acordo com a Bíblia, a Terra encontrava-se corrompida
e cheia de violência, porque o homem que Deus criara, seguia um caminho de
desobediência, e toda a imaginação do pensamento era continuamente má. Então Deus
resolveu destruir toda a carne (Génesis 6:7), porém Noé achou graça aos olhos de Deus
(Génesis 6:8 ).
b) Foi construída a Arca, entrando nela a família mais chegada de Noé e os animais, de
dois em dois, macho e fêmea, tudo conforme Deus ordenara, tendo Ele fechado a “arca”
por fora (Génesis 7:16). Depois, durante 40 dias, aconteceu o Dilúvio anunciado por
Deus a Noé (Génesis 6:17). As águas cresceram e prevaleceram sobre a face da Terra
durante 150 dias (Génesis 7:24).
c) Deus, porém, não se esquecera de Noé, e fez que as águas baixassem lentamente até
que, aos 27 dias do segundo mês, com a Terra já seca (Génesis 8:14), todos puderam
sair da “arca” (Génesis 8:15-19).
d) A bênção de Deus estava com Noé, tendo-lhe o Senhor dado instruções para a sua
vida. Foi então que surgiu e pacto eterno entre Deus e o homem: “Sim, estabeleço o
meu pacto convosco; não será mais destruída toda a carne pelas águas do dilúvio; e não
haverá mais dilúvio, para destruir a terra... o meu arco tenho posto nas nuvens, e ele
será por sinal...” (Génesis 9:8-17).
e) Ainda nos nossos dias o maravilhoso arco-íris, com as suas imutáveis sete cores, vem
colorir uma semicircunferência no espaço celeste nublado, após um período de chuva.
Ele nos traz descanso, pois nos recorda que não seremos destruídos por outro Dilúvio,
pois Deus o prometeu (Isaías 54:9-10; Ezequiel 1:28).
f) Por fim, o Arco Celeste que rodeia o trono de Deus, lembra a glória e a fidelidade de
Deus no cumprimento de suas promessas misericordiosas para com os homens, pois a
sua misericórdia é eterna (Salmo 100:5; Apocalipse 4:3).
O LIVRO DA VIDA
Embora “O Livro da Vida” seja mencionado tanto no Antigo como no Novo Testamento, a verdade é que em nenhum nos é explicado, em pormenor, o que é, além do facto que é um registo de nomes (Apocalipse 3:5).
Sabemos que, na antiguidade, os reis levavam um livro no qual anotavam os nomes de todos os cidadãos. Aqueles que cometiam crimes contra o Estado ou os que morriam eram riscados desse livro.
Em nossos dias, quase todas as nações possuem o registo de seus cidadãos, mas em dois livros:a) Num, está registada a data do nascimento, a naturalidade, a filiação e a data do falecimento.b) No outro, é escrito tudo aquilo que cada cidadão faz, que mereça ser anotado, e que é conhecido como Registo Criminal.
Pelo que nos é dado observar, na Cidade Celestial, haverá também dois tipos de livros, bem assim duas classes de pessoas no julgamento divino (Apocalipse 20:11-15):a) Primeiramente vemos “os livros”. Estes têm o registo de todos os pensamentos e meditações de todas as pessoas, daqueles que nunca ouviram de Cristo, ou que nunca tiveram a oportunidade de serem salvos pela fé. Por esta razão, serão julgados segundo as suas obras (Malaquias 3:16; I Coríntios 3:14-15; Apocalipse 20:12).
b) Entretanto, existe um outro livro, bem assim uma outra classe de pessoas. Esse “Livro” é chamado de “O Livro da Vida” (Apocalipse 20:12: 21:27), no qual estão inscritos os nomes dos que têm a vida eterna, donde jamais serão apagados (Filipenses 4:3; Apocalipse 13:8 )
Vejamos o que diz a Escritura sobre os que têm direito a que os seus nomes se encontrem escritos no “Livro da Vida”:a) Moisés estava disposto a ser riscado do Livro da Vida se seu sacrifício bastasse para livrar a seu povo das consequências do pecado que havia cometido (Êxodo 32:32).
b) Deus disse a Moisés que será riscado do Livro da Vida todo o que pecar (Êxodo 32:33).c) O que traz ao crente maior alegria é a certeza de que seu nome está registado no Céu como pertencendo ao povo de Deus (Lucas 10:20).
d) O apóstolo Paulo diz estarem inscritos no Livro da Vida os nomes dos seus colaboradores fiéis (Filipenses 4:3).
e) O Senhor elogia a fidelidade e promete, aos que vencerem, que os seus nomes não seriam de maneira nenhuma riscados do Livro da Vida (Apocalipse 3:5).
f) No julgamento, os que não forem achados inscritos no Livro da Vida, serão lançados no lago de fogo, que é o Inferno (Apocalipse 20:15).
g) Somente os que estão inscritos no Livro do Cordeiro entrarão com Jesus na bem-aventurança (Apocalipse 21:27).
Não nos devemos esquecer de que tudo isto se nos apresenta em linguagem altamente simbólica. “O Livro da Vida” é escrito pelos que são fiéis a Cristo. Ele é escrito em nossos corações, aqui neste mundo, a partir do dia de nossa volta para Deus e continuamos a escrevê-lo ao longo da carreira cristã.
A ÁRVORE DA VIDA
“A Árvore da Vida” cujas folhas servem para a saúde das nações, a que se refere João
em Apocalipse 22:2, é mencionada em circunstâncias análogas às existentes antes da
queda.
Nos dizeres de Génesis e do Apocalipse encontramos uma admirável harmonia.
Vejamos:
1. No Génesis: Devido à queda, a primeira coisa que o homem perdeu, foi o direito à
“Árvore da Vida”. Deus o expulsou para que não vivesse para sempre (Génesis 2:9, 17;
3:3, 6, 22-24).
No Apocalipse: A primeira coisa a ser restaurada ao pecador é a vida, vida eterna. É no
paraíso que está plantada a “Árvore da Vida” (Apocalipse 2:7; 22:2).
2. No Génesis: A Segunda coisa que o homem perdeu, derivada da primeira, foi o seu
corpo. Para evitar a morte, Deus tinha prometido no jardim a “Árvore da Vida”, cujas
folhas evitariam ao homem a decadência física e a morte. Com a desobediência, veio a
morte (Génesis 2:9; 3:19b).
No Apocalipse: A imunidade contra a morte, foi a segunda coisa a ser restaurada. No
Céu, a “Árvore da Vida” não é uma árvore proibida. Está no meio da Cidade, para que
todos se possam saciar. Lá não existe a árvore da Ciência do bem e do Mal (Apocalipse
2:11; 22:2).
3. No Génesis: Depois do pecado, o homem perdeu um mundo perfeito. Perdeu o
domínio sobre a Terra. Deus amaldiçoou a Terra por causa do homem, e ordenou que
ela produzisse naturalmente espinhos e cardos. O alimento seria arrancado da terra
laboriosamente, com o próprio suor do rosto (Génesis 3:17-19).
No Apocalipse: Certa vez o Senhor Jesus disse: “Uma coisa tenho para comer, que vós
não conheceis” (João 4:32). Esta comida está escondida porque é espiritual e só pode
ser vista e comida por aqueles que têm corpos espirituais (II Coríntios 4:18). No Céu não
haverá mais preocupações sobre a alimentação (Apocalipse 7:16; 22:2).
4. No Génesis: O homem perdeu a comunhão com Deus. No jardim do Éden, Deus
descia e vinha conversar com Adão (Génesis 3:8 ).
No Apocalipse: Mesmo depois que o meio de salvação foi providenciado, as relações
entre Deus e o homem não têm podido ser as mesmas, e só o serão quando a salvação
completa, ou perfeição, for alcançada (I Tessalonicenses 4:17). No Céu, o homem pode
voltar a desfrutar legitimamente da bênção que havia perdido (Apocalipse 22: 14).
Os Frutos
“A Árvore da Vida” produz, cada mês, um fruto (Apocalipse 22:2). Assim, como não há
sol nem lua, supostamente também não haverá mês. A expressão de João é inteligível.
Está usando um simbolismo para destacar que há abundante abastecimento.
Da descrição de Apocalipse 22:2, podemos tirar as seguintes conclusões sobre
os “frutos”:
a) Os “frutos” simbolizam o pão do céu, o alimento próprio dos seres bem-aventurados,
a vida eterna. O fruto da Árvore da Vida desabrocha em vida, para a eternidade da vida
(Apocalipse 22:2).
b) A fertilidade e a vitalidade das árvores, são uma bem-aventurança para os crentes,
que são comparados a árvores plantadas junto a ribeiros de águas (Salmo 1:3).
c) “O “fruto” do justo é Árvore da Vida, e “o que ganha almas sábio é”. Ganhar almas
significa plantar a Árvore da Vida noutros corações (Provérbios 11:30).
d) Simbolicamente, podemos representar os muitos “frutos da Árvore da Vida” pelos
frutos do Espírito (Gálatas 5:22-23).
e) Só os que perseverarem até ao fim e lavarem as suas vestiduras no sangue do
Cordeiro, têm direito a comer do fruto da Árvore da Vida (Apocalipse 22:2, 14).
As Folhas
As “Folhas da Árvore da Vida” emanam saúde, salvação e felicidade, lembrando-nos
que, mesmo no estado glorificado para todo o sempre, o bem-estar dos homens
depende da comunhão constante com Deus (Ezequiel 47:12).
“As folhas das árvores serão para a saúde das nações”. Não haverá enfermidades para
serem curadas. Mas, a linguagem do autor indica que, a presença da árvore é símbolo
de saúde perpétua e perfeita, de vida eterna (Apocalipse 22:1-5).
Por fim, encontramos uma solene advertência para todos nós: “Todo aquele
que tirar quaisquer palavras deste livro, Deus tirará a sua parte da Árvore da
Vida e da Cidade Santa” (Apocalipse 22:19):
a) No início do Apocalipse, João invoca bênçãos para quem lê, ouve e guarda o que está
escrito na profecia (Apocalipse 1:3).
b) No final do livro, declara-se maldição a quem acrescentar, retirar, ou desvirtuar o
sentido do que vai nesta mensagem (Apocalipse 22:19).
c) Lembremo-nos que Paulo chama anátema (maldito) a quem anunciar outro
evangelho, diferente do seu (Gálatas 1:8-9).
A certeza de estar falando a Palavra de Deus dá a João o direito de pronunciar tal
condenação, pois as palavras deste Livro não são produto do génio humano, mas
procedem de Deus, são a “revelação de Jesus Cristo” (Apocalipse 1:1).
O RIO DA ÁGUA DA VIDA
O apóstolo João refere-se a este Rio (Apocalipse 22:1), como sendo claro como o cristal,
descrevendo-o como sendo de uma grande beleza e pureza. Qual o simbolismo deste
“Rio da Água da Vida”?
Encontramo-lo, frequentemente, nas Escrituras:
a) No primeiro lar dos homens encontramos um rio, que saía do Éden, regando o jardim,
o qual se dividia em quatro rios (Génesis 2:10-14).
b) Encontramos também no Lar eterno um Rio, claro como o cristal, que procede do
trono de Deus e do Cordeiro. É a vida eterna que flúi de Deus e que se derrama pelo
paraíso de Deus (Apocalipse 22:1).
c) É significativo que este Rio nasce no trono de Deus, porque a vida nasce em Deus,
nessa divina e cristalina fonte. Deus é a nascente da vida, da vida eterna. Ele é a Fonte
de toda a vida e poder, manancial inesgotável, cujo caudal é suficiente para todas as
gentes, como podemos verificar no seu convite amoroso: “A quem tiver sede, de graça
lhe darei da fonte da água da vida” (Apocalipse 7:17; 21:6).
d) Este “Rio da Água da Vida” não sai da cidade, pois todos os remidos ali se encontram,
mas corre através dela, suprindo todas as necessidades. Ele simboliza, como já vimos, a
vida eterna, o gozo, a paz e todas as bênçãos espirituais que aos santos é dado possuir
e gozar (Salmo 1:1-3; 36:8 ).
e) Além deste Rio e suas correntes alegrarem a Cidade Celestial (Salmo 46:4), o Senhor
nos dá a certeza de que os que dele beberem nunca mais terão sede (Apocalipse 7:16).
O “Rio da Água da Vida” lembra ao crente o Espírito de Deus revelado em
cada remido:
a) Isaías transmitiu ao seu povo a promessa de Deus: “...nunca terão sede, porque o que
se compadece deles os guiará, e os levará mansamente aos mananciais de águas”
(Isaías 49:10).
b) Em Deus está o manancial da vida (Salmo 36:9).
c) A boca do justo é um manancial de vida (Prov. 10:11).
d) O entendimento, para aqueles que o possuem, é uma fonte de vida, pois rios correm
dos que guardam a lei do Senhor (Provérbios 16:22).
Mas, a plena identificação do “Rio da Água da Vida” está em nosso Senhor Jesus Cristo
(João 4:10).
Em Jesus está a satisfação de toda a sede que possa experimentar a alma
humana:
a) “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos”
(Mateus 5:6).
b) “Quem crer em mim nunca terá sede” João 6:35).
c) “Aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe
der fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna” (João 4:14).
d) “Se alguém tem sede, venha a mim, e beba” (João 7:37).
e) “Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre”
(João 7:38).
É significativo que o Rio flua do trono de Deus, fonte de toda a vida e poder, manancial
inesgotável, caudal suficiente para toda a necessidade e para todas as gentes.
Meditemos no maravilhoso convite do Senhor: “Quem tem sede, venha; e quem quiser,
tome de graça da água da vida”. É um convite universal, gratuito, para todas as
criaturas, sem nenhuma excepção (Apocalipse 22:17).
Os crentes no Senhor Jesus devem lembrar-se que, agora, é o tempo de proclamar a
todos os povos este convite. Devemos falar “em tempo e fora de tempo”, não perdendo
ocasião nenhuma (II Timóteo 4:2; Apocalipse 1:3; 22:10). As almas estão sedentas e
precisam dessedentar-se na “Fonte da Água da Vida” (Isaías 55:1).
O “Rio da Água da Vida” é claro como o cristal. Não há ali os elementos poluidores que
contaminam as nossas águas. Ali não haverá combate à poluição (Apocalipse 22:1).
AS COROAS
No mundo antigo, a Coroa tinha, pelo menos, quatro grandes significados
simbólicos:
a) A coroa de flores era levada em tempo de alegria, quer em bodas quer em festas. Era
sinal de alegria (Cantares 3:11).
b) A coroa de ouro e pérolas preciosas era um sinal de realeza. A possuíam os reis e,
também muitas vezes, as pessoas que exerciam autoridade (II Samuel 12:30; II Reis
11:12).
c) A coroa tecida de folhas de louro e flores entrelaçadas. Nos tempos passados, havia
competições desportivas semelhantes aos Jogos Olímpicos de hoje. Quando alguém
ganhava uma corrida, recebia esta coroa. Recebê-la, era uma grande honra, mas a
coroa era corruptível (I Coríntios 9:25-27).
Todas estas coroas, embora muito bonitas e de grande significado, logo murchavam e
morriam. Mesmo no caso de serem de metal, elas podem perder a beleza ao
envelhecer, porque todas são corruptíveis.
A coroa era sinal, também, de honra e dignidade, como podemos verificar:
- A mulher virtuosa é a coroa do marido (Provérbios 12:4).
- Os netos são a coroa dos velhos (Provérbios 17:6).
Mas Deus promete uma “Coroa” incorruptível, que não murchará e nunca será destruída
(I Coríntios 9:25). Esta “Coroa” será entregue perante o tribunal de Cristo por diversas
espécies de serviços prestados pelos crentes.
São quatro as “Coroas”, assim descriminadas:
1. A Coroa da Vida - Tiago 1:12; Apocalipse 2:10
a) Conhecida como a coroa do sofredor e do mártir. É dada a todos os que perderam a
sua vida por causa da sua fé. Os que suportarem a prova e ficarem firmes até ao fim,
receberão a Coroa do vencedor, que é dada aos que perseverarem na fidelidade
(Mateus 25:21).
b) Esta “Coroa” representa uma nova classe de vida, a vida verdadeira e abundante
encontrada em Jesus. Apenas os servos genuínos de Deus e Cristo, os que não recuaram
mesmo em face da morte, receberão esta Coroa (Apocalipse 2:10).
2. A Coroa de Glória - I Pedro 5:4
a) Esta “Coroa” é reservada para os fiéis servos do Senhor: pastores, doutrinadores ou
ensinadores, que apascentam, com amor, o rebanho de Deus (I Pedro 5:1-4).
b) A maior glória de um homem está naqueles que colocou, e ajudou, nos caminhos do
Senhor. Paulo dizia que o único prémio da vida que realmente o valorizava, era ver que
aqueles que se tinham convertido por seu intermédio viviam o Evangelho (I
Tessalonicenses 2:19-20).
c) João afirmava não ter maior gozo do que ouvir falar de que seus filhos na fé andavam
na verdade (III João 4).
d) Pedro, que havia saboreado e visto sobre o monte da Transfiguração a glória de Jesus
Cristo (Lucas 9:32), sabia também que havia uma glória que estava para vir, pois Jesus
havia prometido a seus discípulos uma participação dessa mesma glória (Mateus 19:28).
3. A Coroa da Justiça - II. Timóteo 4:8
a) Será dada àqueles que amam e aguardam a vinda de Cristo. Paulo diz ser esta Coroa
a recompensa dos que são fiéis, como ele, que conduziu a sua vida cristã como um
soldado leal, um atleta disciplinado e um vaso de honra (II Timóteo 4:7-8a).
b) Principalmente, a recepção desta “Coroa”, pertencerá a todos quantos neste mundo
vivem servindo o Senhor fielmente, na ardente expectativa de Sua vinda (II Timóteo
4:8b).
4. A Coroa da Alegria - Filipenses 4:1
A “Coroa da Alegria” é dada aos ganhadores de almas, àqueles que têm filhos na fé, aos
que são ganhadores de almas. O saber que há santos nos céus, por causa dos nossos
esforços, certamente é motivo de alegria e satisfação.
O trabalho de pescador de almas é um trabalho dificílimo, que exige vidas cristãs
consagradas, consistentes e testemunho cristão persistente. Paulo dizia que os
filipenses eram a coroa de todas as suas fadigas, esforços e empenhos. Ele era o atleta
de Jesus Cristo e eles a sua Coroa. Não há no mundo alegria semelhante à que há no
Céu, quando uma alma é levada ao Senhor Jesus (Lucas 15:10).
Agora, perguntamos:
Se ganharmos todas estas “Coroas”, que faremos com elas? Será que alguém ficará
orgulhoso por ter mais coroas que os demais? Certamente que não. A razão é simples:
a) Estas “Coroas” só serão possíveis de obter por causa da “Coroa de Espinhos” usada
por nosso amado Salvador (Mateus 27:29; João 19:2, 5).
b) Ninguém se vai orgulhar das “Coroas” que o Senhor lhe der. A Bíblia diz que os
remidos colocarão as suas “Coroas” aos pés de Jesus, demonstrando assim seu amor e
gratidão por tudo o que Ele tem feito por nós. Somente por Sua graça somos os que
somos (Apocalipse 4:10).
Gostaríamos de chamar a atenção de todos os crentes para o solene aviso que a Palavra
de Deus dá a cada um de nós: “Venho sem demora; guarda o que tens, para que
ninguém tome a tua coroa” (Apocalipse 3:11).
Isto não significa “Cuidado para que ninguém te furte a tua coroa”, mas antes: “Cuidado
para que ninguém obtenha a coroa que deveria ser dada a ti”. Em outras palavras:
“Prepara-te!”, foge das falsas doutrinas e segue o que o Senhor exige de ti (II Timóteo
1:12-14; Apocalipse 2:25).
A Coroa que nos espera é o galardão que receberemos por tudo o que fizemos através
do nosso corpo (II Coríntios 5:10).
A PEDRA BRANCA
A referência à “Pedra Branca” está baseada num costume antigo:
a) O Antigamente a votação era feita com pedras ou bolas. Pedras brancas equivaliam a “sim”, voto positivo. Pedras pretas representavam o “não”, voto negativo.
b) Nos julgamentos, quando o réu era absolvido recebia do juiz, como prova de absolvição, uma pedra branca, enquanto que o réu condenado recebia uma pedra preta.
c) Havia também outra espécie de pedra, a pedra da hospitalidade, na qual estavam inscritos dois nomes, o do hóspede e o do hospedeiro. Se dois amigos eram portadores dessa pedra, ambos tinham o privilégio de se hospedarem, um na casa do outro, a qualquer hora, como sendo a própria casa.
No sentido espiritual, também os que vencerem, os que passarem pela prova e não forem achados em falta (Daniel 5:27), têm a promessa de Deus de terem nos céus uma “Pedra Branca”, na qual está escrito um novo nome (Efésios 3:15).
Assim, a “Pedra Branca” simboliza a admissão em uma nova sociedade, a aceitação no seio da família de Deus (Efésios 2:19). No Céu, os remidos não continuarão a manter o seu nome carnal, mas, adoptados pela família de Deus, receberão um nome próprio a um membro dessa família (Apocalipse 2:17).
Lembremo-nos daqueles que, ainda em vida, viram os seus nomes mudados:a) Abrão (Pai na altura), teve o seu nome mudado em Abraão (Pai duma multidão) (Génesis 17:4-5).b) Jacó (Suplantador), em Israel (Aquele que luta com Deus) (Génesis 32:27-28).c) Simão (Ouvir), em Pedro (Pedra ou Rocha) (João 1:42).
A “Pedra Branca” é o símbolo da salvação, e esta inclui o Redentor e o redimido, Aquele que salvou e aquele que foi salvo. Nela estão inscritos dois nomes: o de Cristo e o do cristão:a) Quem possui um novo nome, já nasceu de novo, e somente quem nasceu de novo é que pode falar de coisas novas, testificar da salvação em Jesus (Gálatas 2:20).
(... continuação)
b) O crente, por causa de Jesus, recebe na terra um novo nome, embora por vezes os
incrédulos lhe dêem outros nomes por despeito e para humilhação. Mas, o nome de
“cristão”, não se comparará ao novo nome que teremos nos céus (Actos 11:26).
c) O nome de Jesus está implícito, “porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado
entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Actos 4:12; Apocalipse 3:12).
d) O nome do cristão está, no dizer de Cristo, registado. Ele foi salvo pelo Seu sangue,
nasceu de novo e por isso tem o privilégio de ter um novo nome, em seu novo estado
espiritual (Lucas 10:20).
Portanto, “Os que vencerem” terão consigo três nomes, que serão motivo de
alegria e glória eterna (Apocalipse 3:12):
a) “O nome de Deus”, sinal de sua legítima filiação.
b) “O nome da cidade de Deus”, a nova Jerusalém, prova da sua cidadania.
c) “O novo nome do Senhor Jesus”, sinal de íntima identificação, que será
reconhecido em toda a glória.
AS VESTES BRANCAS E AS PALMAS
A visão continua. João vê “uma grande multidão, a qual ninguém podia contar”, a qual recorda a descendência prometida a Abraão, incontável como as estrelas do céu e como os grãos da areia da praia (Génesis 15:5; 22:17), trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos, diante do trono, louvando a Deus, fazendo coro com os anjos no céu (Apocalipse 7:9-12). João não sabe quem são.
Ele até estranha, e pede uma explicação (Apocalipse 7:13). Pois a multidão vem da humanidade inteira “de todas as nações e tribos, e povos, e línguas” (Apocalipse 7:9). Trata-se dos que vieram “da grande tribulação e lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro” (Apocalipse 7:14).
A Bíblia fala-nos, em vários lugares, de “Vestes Brancas” e vestes sujas ou manchadas:a) Quando Moisés começou os preparativos para que o povo recebesse a Lei, o Senhor lhe transmite a ordem para que o povo se santificasse e lavasse os seus vestidos (Êxodo 19:10, 14).
b) O Salmista, em certa altura da sua vida, pediu a Deus que o limpasse de suas iniquidades, que o purificasse, que o lavasse até ficar mais alvo do que a neve (Salmo 51:1-7).
c) Isaías recebeu a promessa de que os seus pecados, “embora fossem como a escarlata, se tornariam como a neve; ainda que fossem vermelhos como o carmesim, se tornariam como a branca lã” (Isaías 1:18).
Porquê, e para quem, as “Vestes Brancas”?a) Porque as “Vestes Brancas” simbolizam a pureza, a justiça e a santidade. Representam a vitória dos que se não deixaram contaminar pelo pecado (Apocalipse 3:4-5; 7:9)
b) Só os que foram purificados pelo sangue de Jesus poderão usar as vestes brancas (I João 1:7; Apocalipse 7:14).d) A brancura das vestes será resplandecente como o Sol e como a luz (Mateus 13:43; 17:2; Lucas 24:4).
Assim, podemos pensar que:a) A tribulação referenciada no Apocalipse se refere aos sofrimentos pelos quais passam aqui na terra os filhos de Deus, quando buscam agradar ao Senhor (Apocalipse 7:13-17).
b) Segundo Paulo, todos os que desejam viver a vida que agrada ao Senhor, “padecerão perseguições” (II Timóteo 3:12).
c) As “Palmas” nas mãos dos remidos são o sinal da vitória dos crentes sobre o pecado, aqui na terra (Apocalipse 7:14-15).
Muitos serão os significados possíveis das “Vestes Brancas” e das “Palmas”, que podemos encontrar. Mas é bom pensarmos que todos eles são parte de uma promessa demasiado grande para a resumirmos a uma única forma de bem-aventurança. Importa,
sim, perguntarmos: que estamos fazendo para que os nossos conheçam Jesus Cristo, e O aceitem como Salvador e participem desse maravilhoso culto nos céus?
O QUE O CÉU NÃO TEM
A existência humana está sempre mudando. Muda a noite, o dia, a moda, as amizades, o ambiente que nos cerca. Muitas vezes passamos por mudanças no coração, na mente, nos planos.A Bíblia diz que “o amor jamais acaba” (I Coríntios 13:8, 13). Pois no céu viveremos em íntima comunhão com Aquele que é amor, que personifica o amor em toda a Sua pessoa. Só o amor reinará, e assim todos serão amados por todos.
João viu somente em visão ligeira a glória da nova terra. O Céu é um lugar onde muitas coisas deixarão de existir. No Céu encontramos em falta, pelo menos, oito coisas que são comuns em toda a cidade secular:
1. O Céu não tem templo (Apocalipse 21:22)Não há templo! A presença de Deus não requer nenhum prédio para adoração, nenhum lugar separado para culto. Esta é uma característica na cidade de Deus. Porquê?
Vejamos:a) Na Terra, um templo é um lugar separado dos outros lugares para que nele os homens possam encontrar-se com Deus (Actos 2:41-47; 5:42).
b) João orgulhou-se, juntamente com o povo, do magnífico templo de Jerusalém, o qual para eles significava a presença de Deus no meio deles. Embora os discípulos se orgulhassem dessa construção, Jesus respondeu: “Não ficará pedra sobre pedra” (Marcos 13:1-2).
c) A Igreja não é o edifício, a liturgia ou alguma forma de governo eclesiástico. A presença de Deus e de Jesus Cristo no meio dos crentes é que faz a Igreja (Mateus 18:20).
d) No Céu, a adoração não se limita ao tempo, estação ou lugar, uma vez que todos estarão motivados e preparados para o culto, pois existe uma perfeita comunhão do homem com Deus, e o Senhor mesmo está no meio de seus escolhidos, convivendo com eles (Apocalipse 21:3).
e) Isto significa o livre e perfeito acesso a Deus, sem intervenção de qualquer mediador, pois Deus se manifesta visivelmente (João 17:24-26).
2. O Céu não necessita de sol nem de lua, para que nele resplandeçam, porque a glória de Deus o tem alumiado e o Cordeiro é a sua lâmpada (Apocalipse 21:23)
Pelo que podemos observar, na nova Jerusalém brilha o esplendor da divindade:a) Desde o princípio a terra tem carecido de sol para governar o dia, e da lua para governar a noite. Os astros foram criados para dar luz à Terra (Génesis 1:3-5, 14-18).
b) Aqui na Terra os cansados aguardam o doce descanso da noite. Mas, no Céu, não haverá fadiga, não havendo por isso necessidade de descansar (Apocalipse 22:5).
c) A vida está associada à luz. Jesus era a Vida. Nele estava a Vida e a Vida era a luz dos homens (João 1:4; 8:12; 9:5).
d) Isto é o cumprimento da profecia: “A glória do Senhor será a luz da nova Jerusalém” (Isaías 60:19-20).
3. Suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite (Apocalipse 21:25).Nas antigas cidades orientais as grandes portas eram abertas pela manhã e fechadas durante a noite para proteger seus habitantes dos inimigos e dos ladrões.
Depois do por do sol, para entrar, era necessário a apresentação de um passe especial ao guarda da porta. A nova Jerusalém tem suas portas sempre abertas de par em par. Qual a razão? É simples: ali não há nenhum medo, ou temor, porque a presença do Senhor a todos protege (Salmo 91:7; 23:4). As portas abertas são também um sinal de segurança (Isaías 60:11, 20).
4. Não entrará nele coisa alguma que contamine, e que cometa abominação e mentira (Apocalipse 21:27).
As antigas cidades, em geral, careciam de salubridade pública. A higiene não preocupava demasiado. Daí as pestes terríveis que mataram muitos povos na antiguidade e da Idade Média. A nova Jerusalém, pelo contrário, será uma cidade de santidade perfeita. A impureza nunca entrará, a despeito das portas permanecerem abertas.
No Céu, os excluídos não serão os pecadores, pois Jesus veio ao mundo para os salvar. Os excluídos são aqueles que vendo, continuam em pecado; conhecendo o caminho de Cristo e conhecendo a sua oferta, decidem, sem arrependimento, seguir o seu próprio caminho.
A nova Jerusalém não tolera a imundície:a) Porque lá tudo é santidade. Apenas poderão entrar os que lavaram as suas vestiduras no sangue do Cordeiro (Apocalipse 22:14).
b) Os que o não fizeram, ou seja, os feiticeiros, os que se prostituem, os homicidas, os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira, ficarão de fora (Apocalipse 22:15).
c) Igualmente os injustos, adúlteros, efeminados, sodomitas, ladrões, avarentos, bêbados, maldizentes, ladrões, impuros, não poderão ter essa bem-aventurança (I Coríntios 6:9-10), pois o Senhor, pela sua pureza, não pode ver o mal (Habacuque 1:13).
d) Também os tímidos, os incrédulos, os abomináveis, os fornicários, os feiticeiros, os idólatras e todos os mentirosos não terão lugar no reino de Deus (Apocalipse 21:8 ).
Pelo que a Palavra de Deus nos diz, os que temem mais ao próximo do que a Deus, os que alegam impedimentos para crer no Evangelho, não entrarão na Cidade Santa.
5. E ali nunca mais haverá mais maldição contra alguém (Apocalipse 22:3).
Indiscutivelmente a Terra sofre hoje uma tríplice maldição:a) Quando Adão pecou, a terra foi amaldiçoada, e imediatamente passou a produzir “espinhos e cardos” (Génesis 3:17-18). O homem passou a comer o pão com o suor do seu rosto (Génesis 3:19), a mulher a dar à luz os seus filhos com dor (Génesis 3:16).
b) Mais tarde, quando foi perpetrado o primeiro hediondo crime, o de Caim, o solo sofreu outra maldição: não produzia mais em primeira força (Génesis 4:11-12).
c) Depois do dilúvio, Deus disse: “Não tornarei mais a amaldiçoar a Terra por amor do homem” (Génesis 8:21). O dilúvio foi a última maldição em virtude do pecado e corrupção do homem.
No Céu nada poderá impedir, manchar ou dificultar a vida cristã. Porquê?a) No Céu todos são amigos, todos cooperam uns com os outros, porque Deus mora nele e seus servos O servem. Portanto, nem a maldição nem os seus efeitos poderão entrar lá (Apocalipse 22:3).
b) Aquele que colocou o homem no primeiro paraíso, com a intenção de o cultivar e guardar, certamente não deixará o homem inactivo e ocioso no segundo. Os remidos alegremente servirão o Senhor, por amor, com alegria e liberdade, de dia e de noite (Apocalipse 7:15).
c) O carácter de Jesus se revelará na vida dos remidos e brilhará em suas faces. Como diz João: “Seremos semelhantes a Ele, porque o veremos tal como ele é” (I João 3:2).6. Ali não haverá mais noite (Apocalipse 22:5)
Nós não podemos ter uma ideia do que significava a noite na antiguidade, mas os nossos antepassados sabiam-no. Não havia iluminação nos lares, nas ruas, etc.. A coberto da escuridão praticava-se, e pratica-se, toda a qualidade de crimes.
Ora, perante a perpétua iluminação da presença de Deus, será desnecessária toda a lâmpada e todo o sol, porque:a) Sob esta luz divina os habitantes da nova Jerusalém estarão livres de todo o temor, entrarão e sairão com plena confiança (Apocalipse 21:24-26).
b) No Céu não haverá noite nem trevas! Nenhuma nuvem encobrirá ou ofuscará a sua luz. Suas portas nunca se fecharão de dia, porque ali não haverá noite (Apocalipse 7:16; 21:25).
c) A Cidade de Deus não precisa de luz criada porque Deus, a Luz criada, estará no seu meio (Isaías 60:19-20; Apocalipse 21:23).
d) O Céu é um lugar seguro. Lá não haverá instabilidade como aqui na terra. Não haverá medo, apreensões, porque ali, como já foi mencionado, tudo é santidade (Apocalipse 3:5, 21:27).
7. Não haverá mais morte (Apocalipse 21:4)A abolição da morte garante a todos os moradores da Cidade de Deus um eterno futuro de realizações ilimitadas. Acabar-se-ão os condicionamentos do tempo e do espaço.Sob a face da terra não existe lar em que não entre a morte, nem cidade ou vila sem cemitério. A morte sempre interrompe algo, põe fim a muitos projectos. No Céu jamais haverá funerais ou cemitérios, porque não haverá morte.
Qual a razão? O que diz a Bíblia?a) A morte é o salário do pecado (Génesis 2:17; Romanos 6:23). Ela será o último inimigo dos homens a ser destruído. Exterminada esta, todos os temporais foram acalmados, terminaram as lutas, os conflitos de idades, as rivalidades, as diferenças entre jovens e velhos (I Coríntios 15:26; Apocalipse 20:14).
b) Foi por causa do pecado que a vida do ser humano foi cortada na terra, pois caso contrário a perversidade aumentava (Génesis 6:1-6).
c) Os homens entram no mundo com choro, passam muito tempo pranteando, e saem
com gemidos. Mas, no Céu, as lágrimas serão enxutas e os corações serão consolados (Mateus 5:4; Apocalipse 21:4).
d) A dor, que entrou no ser humano com a queda no Éden, não se conhecerá na nova terra (Génesis 3:17).
e) Deus mostra um carinho, uma ternura, um conforto e consolo. Com o Seu amor paternal limpará toda a lágrima (Apocalipse 7:17).
f) Na presença de Deus estaremos livres daquelas coisas que tornam a vida dura: tristeza, lágrimas, dor e morte (Filipenses 1:21-23; Apocalipse 14:13).
8. O mar já não existe (Apocalipse 21:1)A Ilha de Patmos encontra-se situada no mar Egeu, entre a Grécia, a Turquia e a ilha de Creta. A maior parte do terreno é constituído de rochas, contra as quais o mar bate insistentemente. Podemos imaginar como palpitava o coração do velho apóstolo, preso e cercado pelo mar bravio, ao saber que não mais haveria mar (Apocalipse 1:9).
Talvez tivesse sido a inquietação e o barulho constante das ondas, que levaram o apóstolo a tomar o “Mar” como símbolo de perpétua inquietação e rebelião constante dos povos, línguas e nações, dos tumultos políticos, etc.. Ele é comparado aos ímpios. Estes, como o mar bravio, não se podem aquietar e suas mágoas lançam de si lama e lodo, pois não têm paz (Isaías 57:20).
Vejamos:a) Foi o “Mar” que originou a separação entre os povos da terra e que criou inúmeras dificuldades e mortes. No Céu o mar não existe mais. Por conseguinte, não haverá mais continentes separados, pois todas as nações viverão agora em paz e na luz de Deus (Génesis 1:6-10; Apocalipse 21:24). Só o Senhor pode trazer ao homem a paz que ele necessita, pois só a Ele tudo obedece (Mateus 8:27; Marcos 4:39, 41).