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O futuro presente em cada ação DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2018

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O futuropresente em

cada ação

DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS

2018

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS31 DE DEZEMBRO DE 2018COM RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE

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ÍNDICE

Relatório do auditor independente sobre a revisão das demonstrações financeiras individuais e consolidadas _______ 4

Demonstrações financeiras individuais e consolidadas

Balanço patrimonial __________________________________________________________________________________ 6Demonstrações dos resultados _________________________________________________________________________ 8Demonstrações dos resultados abrangentes______________________________________________________________ 9Demonstração das mutações do patrimônio líquido _______________________________________________________ 10Demonstração dos fluxos de caixa ______________________________________________________________________ 11Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais e consolidadas ____________________________________ 12

1. Contexto operacional ______________________________________________________________________________ 122. Base de preparação e apresentação das demonstrações financeiras _______________________________________ 12

a. Declaração de conformidade _____________________________________________________________________ 12b. Base de elaboração _____________________________________________________________________________ 12c. Moeda funcional e conversão das demonstrações financeiras __________________________________________ 12d. Caixa e equivalentes de caixa _____________________________________________________________________ 13e. Ativos e passivos financeiros______________________________________________________________________ 13f. Estoques ______________________________________________________________________________________ 14g. Imobilizado ____________________________________________________________________________________ 14h. Intangível _____________________________________________________________________________________ 14i. Ativos biológicos _______________________________________________________________________________ 15j. Perdas por redução ao valor recuperável de ativos não financeiros ______________________________________ 15k. Ativos mantidos para venda ______________________________________________________________________ 15l. Impostos ______________________________________________________________________________________ 15m. Dividendos e juros sobre capital próprio ____________________________________________________________ 16n. Reconhecimento de receita ______________________________________________________________________ 16o. Benefícios de aposentadoria ______________________________________________________________________ 16p. Pronunciamentos novos ou revisados aplicados pela primeira vez em 2018 ______________________________ 16q. Pronunciamentos, interpretações e orientações emitidos, mas que não estavam em vigor

em 31 de dezembro de 2018 _____________________________________________________________________ 173. Uso de estimativas ________________________________________________________________________________ 184. Consolidação ____________________________________________________________________________________ 195. Caixa e equivalentes de caixa _______________________________________________________________________ 196. Contas a receber _________________________________________________________________________________ 207. Estoques ________________________________________________________________________________________ 218. Impostos a recuperar ______________________________________________________________________________ 219. Saldos e transações com partes relacionadas __________________________________________________________ 2210. Investimentos ___________________________________________________________________________________ 2411. Imobilizado _____________________________________________________________________________________ 2512. Intangível _______________________________________________________________________________________ 2713. Ativos biológicos _________________________________________________________________________________ 2814. Fornecedores ____________________________________________________________________________________ 2915. Empréstimos e financiamentos _____________________________________________________________________ 3016. Impostos a recolher ______________________________________________________________________________ 3017. Imposto de renda e contribuição social ______________________________________________________________ 3118. Provisão ________________________________________________________________________________________ 3219. Patrimônio líquido ________________________________________________________________________________ 3420. Dividendos e juros sobre capital próprio _____________________________________________________________ 3521. Receita _________________________________________________________________________________________ 3522. Despesas por natureza ____________________________________________________________________________ 3623. Resultado financeiro _____________________________________________________________________________ 3624. Planos de previdência e outros benefícios ____________________________________________________________ 3725. Gestão de risco financeiro _________________________________________________________________________ 3726. Cobertura de seguros _____________________________________________________________________________ 40

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Demonstrações Financeiras 2018 4

Aos Administradores e Acionistas daCelulose Nipo-Brasileira S.A. - CENIBRABelo Oriente - MG

OPINIÃO

Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Celulose Nipo-Brasileira S.A. - CENIBRA (“Compa-nhia”), identificadas como Controladora e Consolidado, respectivamente, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2018 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais e consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Celulose Nipo-Brasileira S.A. - CENIBRA em 31 de dezembro de 2018, o desempenho individual e consolidado de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa individuais e consoli-dados para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

BASE PARA OPINIÃO

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas”. Somos independentes em relação à Companhia e suas controladas, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

OUTRAS INFORMAÇÕES QUE ACOMPANHAM AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS E O RELATÓRIO DO AUDITOR

A Administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração.

Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas não abrange o Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório. Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante.

Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a esse respeito.

RESPONSABILIDADES DA ADMINISTRAÇÃO E DA GOVERNANÇA PELAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS

A Administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras individuais e consoli-dadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Na elaboração das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a Administração é responsável pela avaliação da capa-cidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a Administração pretenda liquidar a Companhia e suas controladas ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.

RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS

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Demonstrações Financeiras 2018 5

Os responsáveis pela governança da Companhia e suas controladas são aqueles com responsabilidade pela supervisão do pro-cesso de elaboração das demonstrações financeiras.

RESPONSABILIDADES DO AUDITOR PELA AUDITORIA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras individuais e consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras.

Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:

• Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, indepen-dentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.

• Obtivemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia e suas controladas.

• Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela Administração.

• Concluímos sobre a adequação do uso, pela Administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dú-vida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia e suas controladas. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. To-davia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia e suas controladas a não mais se manterem em continuidade operacional.

• Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras individuais e consolidadas representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.

• Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras das entidades ou atividades de negócio do grupo para expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas. Somos responsáveis pela direção, supervisão e desempenho da auditoria do grupo e, consequentemente, pela opinião de auditoria.

Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.

Belo Horizonte (MG), 21 de março de 2019.

ERNST & YOUNG Auditores Independentes S.S.CRC-2SP015199/O-6

Rogério Xavier MagalhãesContador CRC-1MG080613/O-1

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Demonstrações Financeiras 2018 6

BALANÇO PATRIMONIAL - 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017(EM MILHARES DE REAIS)

CONTROLADORA CONSOLIDADO

Notas 31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017

Ativo

Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 5 515.465 70.229 692.019 106.548

Contas a receber 6 829.539 621.884 405.709 344.373

Estoques 7 295.162 234.257 445.281 384.274

Impostos a recuperar 8 67.994 118.075 68.525 118.987

Ativos mantidos para venda 444 740 686 1.067

Outros ativos circulantes 19.216 17.530 23.978 21.022

1.727.820 1.062.715 1.636.198 976.271

Não circulante

Impostos a recuperar 8 186.169 92.974 186.169 92.974

Investimentos 10 155.676 132.232 131.118 111.161

Imobilizado 11 2.082.886 1.794.668 2.093.665 1.802.503

Intangível 12 7.767 6.319 8.244 6.952

Ativos biológicos 13 1.529.963 1.391.794 1.529.963 1.391.794

Outros ativos não circulantes 68.877 62.962 68.877 62.962

4.031.338 3.480.949 4.018.036 3.468.346

Total do ativo 5.759.158 4.543.664 5.654.234 4.444.617

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Demonstrações Financeiras 2018 7

CONTROLADORA CONSOLIDADO

Notas 31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017

Passivo e Patrimônio Líquido

Circulante

Fornecedores 14 152.625 183.478 181.226 205.831

Empréstimos e financiamentos 15 - 285.247 - 285.247

Salários, provisões e encargos sociais 71.692 50.019 74.672 52.970

Impostos a recolher 16 289.731 108.825 291.276 110.622

Juros sobre capital próprio a pagar 20 136.496 126.246 136.496 126.246

Outros passivos circulantes 19.805 17.915 21.252 18.608

670.349 771.730 704.922 799.524

Não circulante

Imposto de renda e contribuição social diferidos 17 579.957 376.914 579.934 376.761

Provisão para contingências 18 26.846 93.652 26.846 93.652

Provisões e lucros a apropriar 10 139.474 126.688 - -

Outros passivos não circulantes 864 499 864 499

747.141 597.753 607.644 470.912

Patrimônio líquido 19

Capital social 185.448 185.448 185.448 185.448

Reservas de capital 44.078 44.097 44.078 44.097

Reserva de lucros 2.701.676 2.090.993 2.701.676 2.090.993

Ajustes de avaliação patrimonial 1.410.466 853.643 1.410.466 853.643

Total do patrimônio líquido 4.341.668 3.174.181 4.341.668 3.174.181

Total do passivo e patrimônio líquido 5.759.158 4.543.664 5.654.234 4.444.617

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras individuais e consolidadas.

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Demonstrações Financeiras 2018 8

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS - PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017(EM MILHARES DE REAIS)

CONTROLADORA CONSOLIDADO

Notas 31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017

Receita operacional líquida 21 2.922.043 2.192.749 3.035.582 2.193.882

Custo dos produtos vendidos 22 (1.446.534) (1.307.017) (1.467.760) (1.287.568)

Lucro bruto 1.475.509 885.732 1.567.822 906.314

Despesas com vendas 22 (202.380) (187.968) (272.239) (251.251)

Despesas gerais e administrativas 22 (128.785) (115.688) (135.001) (121.664)

Resultado de participações em controladas e coligadas

10 24.698 (31.165) 7.717 8.078

Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 22 150.460 (18.635) 152.669 (10.220)

Lucro operacional 1.319.502 532.276 1.320.968 531.257

Receitas financeiras 23 15.224 5.860 16.818 6.093

Despesas financeiras 23 (2.946) (4.656) (3.174) (4.841)

Ganho (perda) líquido(a) na conversão de itens monetários

23 (10.292) 4.793 (12.381) 7.736

Resultado financeiro 1.986 5.997 1.263 8.988

Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social

1.321.488 538.273 1.322.231 540.245

Imposto de renda e contribuição social 17

Corrente (414.824) (157.906) (415.696) (160.199)

Diferido (140.005) 59.384 (139.876) 59.705

(554.829) (98.522) (555.572) (100.494)

Lucro líquido do período 766.659 439.751 766.659 439.751

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras individuais e consolidadas.

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Demonstrações Financeiras 2018 9

Os itens na demonstração do resultado abrangente são apresentados líquidos de impostos.As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras individuais e consolidadas.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS ABRANGENTES - PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017(EM MILHARES DE REAIS)

CONTROLADORA E CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017

Lucro líquido do período 766.659 439.751

Outros componentes do resultado abrangente

Itens que não serão reclassificados para resultado

Conversões de moeda funcional 556.823 52.308

Ajuste Lei 8.200 - 9

Total do resultado abrangente do período 1.323.482 492.068

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10Demonstrações Financeiras 2018

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017(EM MILHARES DE REAIS)

RESERVAS DE CAPITAL RESERVAS DE LUCROS

Capitalsocial

Correção monetária

especialLei 8.200/91

Paraaumento

de capitalIncentivos

fiscais Legal Estatutária Especial

Ajustes de avaliação

patrimonialLucros

acumulados Total

Em 31 de dezembro de 2016 185.448 12.840 26.518 4.775 37.090 1.592.900 165.488 801.335 - 2.826.394

Lucro líquido do período - - - - - - - - 439.751 439.751

Ajustes de conversão - - - - - 9 - 52.308 - 52.317

Total do resultado abrangente do período - - - - - 9 - 52.308 439.751 492.068

Distribuição do resultado do período

Juros sobre capital próprio AGE de 31 de março de 2017 (R$0,20 por ação)

- - - - - - - - (36.946) (36.946)

Juros sobre capital próprio AGE de 30 de junho de 2017 (R$0,19 por ação)

- - - - - - - - (35.175) (35.175)

Juros sobre capital próprio AGE de 30 de setembro de 2017 (R$0,19 por ação)

- - - - - - - - (35.775) (35.775)

Juros sobre capital próprio AGE de 31 de dezembro de 2017 (R$0,20 por ação)

- - - - - - - - (36.385) (36.385)

Reserva de lucro a realizar - ativos biológicos - - - - - 53.047 (53.047) - - -

Transferência para reserva estatutária - (36) - - - 295.506 - - (295.470) -

Em 31 de dezembro de 2017 185.448 12.804 26.518 4.775 37.090 1.941.462 112.441 853.643 - 3.174.181

Lucro líquido do período - - - - - - - - 766.659 766.659

Ajustes de conversão - - - - - - - 556.823 - 556.823

Total do resultado abrangente do período - - - - - - - 556.823 766.659 1.323.482

Distribuição do resultado do período

Juros sobre capital próprio AGE de 31 de março de 2018 (R$0,20 por ação)

- - - - - - - - (38.205) (38.205)

Juros sobre capital próprio AGE de 30 de junho de 2018 (R$0,21 por ação)

- - - - - - - - (37.991) (37.991)

Juros sobre capital próprio AGE de 30 de setembro de 2018 (R$0,21 por ação)

- - - - - - - - (38.375) (38.375)

Juros sobre capital próprio AGE de 31 de dezembro de 2018 (R$0,21 por ação)

- - - - - - - - (41.424) (41.424)

Reserva de lucro a realizar - ativos biológicos - - - - - 4.742 (4.742) - - -

Transferência para reserva estatutária - (19) - - - 610.683 - - (610.664) -

Em 31 de dezembro de 2018 185.448 12.785 26.518 4.775 37.090 2.556.887 107.699 1.410.466 - 4.341.668

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras individuais e consolidadas.

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11Demonstrações Financeiras 2018

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017(EM MILHARES DE REAIS)

CONTROLADORA CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017

Fluxos de caixa das atividades operacionais

Lucro líquido do período 766.659 439.751 766.659 439.751

Ajustes para conciliar o lucro líquido do período com o caixa gerado pelas atividades operacionais:

Depreciação e amortização 134.367 108.176 136.291 110.848

Exaustão de ativos biológicos ao valor justo 252.397 237.080 252.397 237.080

Variação valor justo - ativos biológicos (14.015) 33.332 (14.015) 33.332

Resultado de participações em controladas e coligadas (24.698) 31.165 (7.717) (8.078)

Estoque exaustão ativo biológico 4.986 489 4.986 489

Efeito moeda funcional custo dos produtos vendidos 159.455 96.610 159.455 96.610

Ganho (perda) na venda de ativo imobilizado 1.373 1.052 1.373 1.021

Encargos financeiros sobre financiamentos, empréstimos e obrigações fiscais (*)

1.070 2.057 1.070 2.057

Provisões (66.681) (7.474) (66.681) (7.474)

Imposto de renda e contribuição social diferidos 140.005 (59.384) 139.876 (59.705)

Variação cambial 10.292 (4.793) 12.381 (7.736)

Redução (aumento) nos ativos operacionais:

Contas a receber (110.555) (165.344) 34.140 (94.681)

Estoques (47.786) 11.417 (47.888) (10.614)

Impostos a recuperar (46.014) (115.082) (45.633) (115.091)

Recebimento de instrumento derivativo - 5.842 - 5.842

Créditos diversos (45.717) (26.250) (74.247) (36.964)

Aumento (redução) nos passivos operacionais:

Fornecedores (32.096) 60.398 (25.642) 69.238

Impostos a recolher 240.801 99.911 240.689 100.697

Salários, provisões e encargos sociais 21.673 (2.796) 21.702 (2.436)

Outras obrigações e contas a pagar (2.660) 1.131 (1.905) (248)

Imposto de renda e contribuição social pagos (74.938) - (75.011) -

Juros pagos (4.278) (5.104) (4.278) (5.104)

Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 1.263.640 742.184 1.408.002 748.834

Fluxo de caixa das atividades de investimento

Aquisição de imobilizado, intangível e ativo biológico (397.394) (527.059) (401.056) (529.308)

Recebimento pela venda de ativo imobilizado 1.329 1.166 1.329 1.390

Dividendos recebidos 6.642 2.083 6.642 2.083

Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (389.423) (523.810) (393.085) (525.835)

Fluxo de caixa das atividades de financiamento

Captação de financiamentos - terceiros - 246.753 - 246.753

Pagamento de financiamentos - principal (316.548) (255.831) (316.548) (255.831)

Pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (126.246) (189.757) (126.246) (189.757)

Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamento (442.794) (198.835) (442.794) (198.835)

Aumento (redução) líquido do saldo de caixa e equivalentes de caixa 431.423 19.539 572.123 24.164

Ajuste de conversão de caixa e equivalentes de caixa 13.813 6.905 13.348 7.081

Caixa e equivalentes de caixa no início do período 70.229 43.785 106.548 75.303

Caixa e equivalentes de caixa no fim do período 515.465 70.229 692.019 106.548

(*) O efeito de juros capitalizados que não envolvem caixa encontra-se devidamente divulgado na nota explicativa 11 de Imobilizado.

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras individuais e consolidadas.

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Demonstrações Financeiras 2018 12

1 Contexto operacional

A Celulose Nipo-Brasileira S.A. - CENIBRA (“Companhia” ou “CENIBRA”) tem como atividade preponderante a fabrica-ção de celulose, por meio da utilização de madeira de eucalipto colhida de florestas próprias e madeiras adquiridas de terceiros. A CENIBRA está domiciliada no Brasil e sua sede está localizada em Belo Oriente, Minas Gerais.

Com o objetivo de apoiar a exportação de seus produtos, foram constituídas as controladas Cenibra Internacional - Serviços e Comércio (Sociedade Unipessoal) Lda. com sede na Ilha da Madeira, Cenibra Trading Ltd., sediada nas Ilhas Cayman, e Cenibra Inc., sediada nos Estados Unidos da América.

A Companhia, com o intuito de aperfeiçoar a logística da planta industrial, constituiu a Cenibra Logística Ltda. A Compa-nhia também participa com 49% do capital do Terminal Especializado de Barra do Riacho S.A. (“Portocel”).

Com exceção da empresa Portocel, que é contabilizada pelo método de equivalência patrimonial, todas as investidas são consolidadas e os critérios de consolidação estão descritos na Nota 4.

As demonstrações financeiras foram consideradas aprovadas em 21 de março de 2019 e autorizadas para divulgação pelos administradores da Companhia.

2 Base de preparação e apresentação das demonstrações financeiras

As principais políticas contábeis adotadas pela Companhia e suas controladas na preparação das demonstrações finan-ceiras são descritas como segue:

(a) Declaração de conformidade

As demonstrações financeiras individuais da CENIBRA, aqui apresentadas sob o título de Controladora, e as demons-trações financeiras consolidadas, aqui apresentadas sob o título de Consolidado, foram preparadas e estão apresen-tadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB.

Adicionalmente, a Companhia considerou as orientações emanadas da Orientação Técnica OCPC07 na preparação das suas demonstrações financeiras. Dessa forma, as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras estão sendo evidenciadas e correspondem às utilizadas pela Administração na sua gestão.

(b) Base de elaboração

As demonstrações financeiras do Grupo foram elaboradas com base no custo histórico como base de valor. O custo histórico geralmente é baseado no valor justo das contraprestações pagas ou recebidas em troca de ativos ou passivos na data da transação.

(c) Moeda funcional e conversão das demonstrações financeiras

i) Moeda funcional

As demonstrações financeiras foram preparadas em dólares norte-americanos (US$), que é a moeda funcional da Companhia, e foram convertidas para reais (R$), que é a moeda de apresentação.

ii) Moeda de apresentação

O resultado e os balanços patrimoniais da Companhia e das controladas no exterior foram convertidos da moeda funcional para a moeda de apresentação, reais, por meio dos seguintes procedimentos:

• Ativos e passivos para cada balanço patrimonial apresentado são convertidos utilizando-se a taxa de fechamento na data do respectivo balanço;

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2018(EM MILHARES DE REAIS, EXCETO QUANDO INDICADO DE OUTRA FORMA)

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Demonstrações Financeiras 2018 13

• Receitas e despesas para cada demonstração do resultado abrangente ou demonstração do resultado apresen-tada são convertidas pelas taxas de câmbio vigentes nas datas de ocorrência das transações e médias mensais nessas datas no caso de depreciação e exaustão.

As variações cambiais resultantes dos itens acima foram reconhecidas em conta específica no patrimônio líquido, chamada ajustes de avaliação patrimonial.

(d) Caixa e equivalentes de caixa

Estão representados por contas bancárias disponíveis e também compreendem numerário em espécie. As aplicações financeiras são investimentos de curto prazo, com alta liquidez, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor justo.

(e) Ativos e passivos financeiros

Ativos financeiros

O CPC 48 - Instrumentos Financeiros retém em grande parte os requerimentos existentes no CPC 38 para a classi-ficação e mensuração de passivos financeiros. No entanto, ele elimina as antigas categorias do CPC 38 para ativos financeiros: mantidos até o vencimento, empréstimos e recebíveis e disponíveis para venda.

Conforme o CPC 48, no reconhecimento inicial, um ativo financeiro é classificado como mensurado: a custo amor-tizado; ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes (VJORA); ou ao valor justo por meio do resultado (VJR). A classificação dos ativos financeiros segundo o CPC 48 é geralmente baseada no modelo de negócios no qual um ativo financeiro é gerenciado e em suas características de fluxos de caixa contratuais.

i) Empréstimos e recebíveis

São ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis e que não são cotados em um mercado ativo. Os empréstimos e recebíveis (inclusive valores a receber de clientes), após reconhecimento inicial, são mensurados pelo valor de custo amortizado utilizando o método de juros efetivos deduzidos de qualquer perda por redução do valor recuperável. A receita de juros é reconhecida pela aplicação da taxa de juros efetiva.

ii) Redução ao valor recuperável de ativos financeiros

As perdas por redução ao valor recuperável são reconhecidas se, e apenas se, houver evidência objetiva da redu-ção ao valor recuperável do ativo financeiro como resultado de um ou mais eventos que tenham ocorrido após seu reconhecimento inicial, com impacto nos fluxos de caixa futuros estimados desse ativo.

iii) Baixa de ativos financeiros

A Companhia baixa um ativo financeiro apenas quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa provenientes desse ativo expiram. Na baixa de um ativo financeiro em sua totalidade, a diferença entre o valor contábil do ativo baixado e a contrapartida recebida é reconhecida no resultado.

Passivos financeiros

Passivos financeiros são classificados, como reconhecimento inicial, como passivos financeiros a valor justo por meio do resultado, empréstimos e financiamentos, contas a pagar, ou como derivativos classificados como instrumento de hedge, conforme o caso.

São inicialmente reconhecidos a valor justo e, no caso de empréstimos e financiamentos e contas a pagar, são acres-cidos do custo da transação diretamente relacionado, se aplicável.

Os passivos financeiros incluem contas a pagar a fornecedores e outras contas a pagar, empréstimos e financiamen-tos e contratos de garantia financeira.

A mensuração subsequente dos passivos financeiros depende da sua classificação, que pode ser da seguinte forma:

i) Passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado

Passivos financeiros a valor justo por meio do resultado incluem passivos financeiros para negociação e passivos financeiros designados no reconhecimento inicial a valor justo por meio do resultado.

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Demonstrações Financeiras 2018 14

Passivos financeiros são classificados como mantidos para negociação quando forem adquiridos com o objetivo de recompra no curto prazo. Essa categoria inclui instrumentos financeiros derivativos contratados pelo Grupo que não satisfazem os critérios de contabilização de hedge definidos pelo CPC 48, incluindo os derivativos embutidos que não são intimamente relacionados ao contrato principal e que devem ser separados, e também são classificados como mantidos para negociação, a menos que sejam designados como instrumentos de hedge efetivos.

Ganhos e perdas de passivos para negociação são reconhecidos na demonstração do resultado.

ii) Empréstimos e financiamentos

Após reconhecimento inicial, empréstimos e financiamentos sujeitos a juros são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa de juros efetivos. Ganhos e perdas são reconhecidos na demonstração do resultado no momento da baixa dos passivos, bem como durante o processo de amortização pelo método da taxa de juros efetivos.

iii) Baixa de passivos financeiros

Ocorre somente quando as obrigações da Companhia são extintas, canceladas ou quando liquidadas. A diferen-ça entre o valor contábil do passivo baixado e a contrapartida paga e a pagar é reconhecida no resultado.

Apresentação líquida

Ativos e passivos financeiros são apresentados líquidos no balanço patrimonial se, e somente se, houver um direito legal corrente e executável de compensar os montantes reconhecidos e se houver a intenção de compensação, ou de realizar o ativo e de liquidar o passivo simultaneamente.

(f) Estoques

Os estoques são avaliados pelo custo médio de aquisição, líquido dos impostos compensáveis quando aplicáveis, e valor justo dos ativos biológicos, através da exaustão, na data do corte, sendo inferior aos valores de realização líquidos dos custos de venda.

Os estoques de produtos acabados e em elaboração são valorizados pelo custo das matérias-primas processadas, mão de obra direta e outros custos de produção e estão avaliados pelo custo médio.

Quando necessário, os estoques são deduzidos de provisão para perdas, constituída de desvalorização de estoques por obsolescência de produtos e perdas de inventário físico.

(g) Imobilizado

Está demonstrado ao valor de custo, deduzido de depreciação acumulada. A depreciação é calculada pelo método linear considerando as taxas descritas na Nota 11.

Um item do imobilizado é baixado após alienação ou quando não há benefícios econômicos futuros resultantes do uso contínuo do ativo. Quaisquer ganhos ou perdas na venda ou baixa de um item do imobilizado são determinados pela diferença entre os valores recebidos na venda e o valor contábil do ativo e são reconhecidos no resultado.

Os gastos com manutenção dos ativos da Companhia são alocados diretamente aos custos da referida atividade conforme são efetivamente realizados.

Os encargos financeiros de empréstimos e financiamentos são capitalizados no ativo imobilizado, quando incorridos sobre imobilizações em andamento, se aplicáveis.

(h) Intangível

Ativos intangíveis adquiridos separadamente são mensurados ao custo no momento de seu reconhecimento inicial. Após reconhecimento inicial são apresentados ao custo, deduzidas as amortizações acumuladas e perdas acumula-das de valor recuperável. A amortização é calculada pelo método linear a taxas que levam em consideração a vida útil-econômica estimada desses ativos.

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Demonstrações Financeiras 2018 15

Ativos intangíveis gerados internamente, excluídos custos de desenvolvimento, não são capitalizados.

Um ativo intangível é baixado quando não há benefícios econômicos futuros resultantes do uso ou da alienação. Os ganhos ou as perdas resultantes da baixa de um ativo intangível, mensurados como a diferença entre as receitas líquidas da alienação e o valor contábil do ativo, são reconhecidos no resultado.

(i) Ativos biológicos

Os ativos biológicos correspondem a florestas de eucalipto, as quais são destinadas à produção de celulose. O pro-cesso de colheita e replantio tem um ciclo aproximado de sete anos. Os ativos biológicos são mensurados ao valor justo.

A avaliação dos ativos biológicos baseada no método do fluxo de caixa futuro descontado é realizada anualmente pela Companhia, sendo o ganho ou perda na variação do valor justo reconhecidos no resultado do exercício em que ocorrem. O aumento ou diminuição no valor justo é determinado pela diferença entre os valores justos dos ativos biológicos no início do exercício e no final do exercício, menos os custos incorridos de plantio no desenvolvimento dos ativos biológicos e a exaustão do exercício.

A exaustão das florestas de eucalipto é imputada ao custeio da madeira e calculada aplicando-se a relação entre o volume de árvores colhidas e o volume potencial existente, sobre os custos de formação, manutenção e variação do valor justo do ativo biológico, acumulados até o início de cada colheita.

(j) Perdas por redução ao valor recuperável de ativos não financeiros

A Administração revisa anualmente o valor contábil líquido dos ativos com o objetivo de avaliar eventos ou mudan-ças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Sendo tais evidências identificadas e tendo o valor contábil líquido excedido o valor recuperável, é constituída provisão para desvalorização ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável. Durante o período não havia ativos registrados por valor maior que o recuperável.

(k) Ativos mantidos para venda

Os ativos são classificados como mantidos para venda caso o seu valor contábil seja recuperado principalmente por meio de uma transação de venda e não através do uso contínuo. Essa condição é atendida somente quando a venda é altamente provável e o ativo estiver disponível para venda imediata em sua condição atual.

(l) Impostos

Imposto de renda e contribuição social - correntes

Ativos e passivos tributários correntes do último período e de anos anteriores são mensurados ao valor recuperável esperado ou a pagar às autoridades fiscais. As alíquotas de imposto e as leis tributárias usadas para calcular o mon-tante são aquelas que estão em vigor na data do balanço.

Imposto de renda e contribuição social - diferidos

A Administração constantemente avalia a posição fiscal das situações nas quais a regulamentação fiscal requer inter-pretação e estabelece provisões quando apropriado.

Imposto diferido é gerado por diferenças temporárias na data do balanço entre as bases fiscais de ativos e passivos e seus valores contábeis. A Companhia calcula o imposto de renda e contribuição social diferidos com base na legis-lação vigente, para todas as diferenças tributárias temporárias.

(i) Sobre as exclusões temporárias, serão constituídos débitos tributários diferidos, as quais serão tributadas quando cessarem as condições que atualmente afastam a tributação.

Impostos diferidos ativos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias dedutíveis, créditos e perdas tributários não utilizados, na extensão em que seja provável que o lucro tributável esteja disponível para que as diferenças temporárias dedutíveis possam ser realizadas e créditos e perdas tributários não utilizados possam ser utilizados.

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Demonstrações Financeiras 2018 16

(ii) O valor contábil dos impostos diferidos ativos é revisado em cada data do balanço e baixado na extensão em que não é mais provável que lucros tributáveis estarão disponíveis para permitir que todo ou parte do ativo tributário diferido venha a ser utilizado.

Impostos diferidos ativos e passivos são apresentados líquidos se existe um direito legal ou contratual para com-pensar o ativo fiscal contra o passivo fiscal, e os impostos diferidos são relacionados à mesma entidade tributada e sujeitos à mesma autoridade tributária.

Imposto sobre vendas

Despesas e ativos são reconhecidos líquidos dos impostos sobre vendas, exceto:

(i) Quando os impostos sobre vendas incorridos na compra de bens ou serviços não forem recuperáveis junto às autoridades fiscais, hipótese em que o imposto sobre vendas é reconhecido como parte do custo de aquisição do ativo ou do item de despesa, conforme o caso;

(ii) Quando os valores a receber e a pagar forem apresentados junto com o valor dos impostos sobre vendas.

(m) Dividendos e juros sobre capital próprio

Os juros sobre o capital próprio, originalmente, são registrados nos livros contábeis e fiscais como receita financeira quan-do declarados por controladas, e despesa financeira por ocasião da apropriação dos valores a pagar aos acionistas.

Para fins de preparação dessas demonstrações financeiras, utiliza-se a essência da transação e, portanto, são con-siderados como dividendos recebidos e pagos e não transitam pelo resultado. Consequentemente, os lançamentos mencionados anteriormente são reclassificados, ou seja, os juros sobre o capital recebidos ou a receber são credita-dos na conta de investimentos, e os juros sobre capital próprio pagos ou a pagar são registrados a débito de lucros acumulados.

(n) Reconhecimento de receita

A receita de vendas é mensurada pelo valor justo da contrapartida recebida ou a receber, deduzida de quaisquer estimativas de devoluções, descontos comerciais e/ou bonificações concedidos ao comprador e outras deduções similares.

A receita de vendas de produtos é reconhecida quando todas as seguintes condições forem satisfeitas:

• A Companhia transferiu ao comprador o controle da propriedade dos produtos;

• A Companhia não mantém envolvimento continuado na gestão dos produtos vendidos em grau normalmente associado à propriedade nem controle efetivo sobre tais produtos;

• O valor da receita pode ser mensurado com confiabilidade;

• É provável que os benefícios econômicos associados à transação fluam para a Companhia; e

• Os custos incorridos ou a serem incorridos relacionados à transação podem ser mensurados com confiabilidade.

(o) Benefícios de aposentadoria

A Companhia mantém convênio de adesão com a Fundação Vale do Rio Doce de Seguridade Social (Valia), cuja finalidade é suplementar benefícios previdenciários aos empregados participantes do plano. A responsabilidade da Companhia restringe-se às contribuições mensais.

(p) Pronunciamentos novos ou revisados aplicados pela primeira vez em 2018

A natureza e o impacto de cada uma das novas normas e alterações, que são aplicáveis à Companhia, estão descritos a seguir:

CPC 47 - Receita de Contrato com Cliente

O CPC 47, equivalente à norma internacional IFRS 15, substitui o CPC 17 (R1) - Contratos de Construção (equiva-lente à norma internacional IAS 11), CPC 30 - Receitas (equivalente à norma internacional IAS 18) e interpretações relacionadas e se aplica, com exceções limitadas, a todas as receitas decorrentes de contrato com cliente. O CPC 47

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Demonstrações Financeiras 2018 17

estabelece um modelo de cinco etapas para contabilizar a receita proveniente de contrato com cliente e exige que a receita seja reconhecida em um valor que reflita a contraprestação que a entidade espera receber em troca da transferência de bens ou serviços para um cliente.

A Companhia adotou a nova norma na data efetiva requerida. Não foram identificados impactos relevantes de tal norma no contexto da Companhia.

CPC 48 - Instrumentos financeiros

O CPC 48, equivalente à norma internacional IFRS 9, substitui o CPC 38 (equivalente à norma internacional IAS 39) para períodos anuais com início a partir de 1º de janeiro de 2018, reunindo todos os três aspectos da contabilização de instrumentos financeiros: classificação e mensuração; redução ao valor recuperável; e contabilidade de hedge.

Com base na sua avaliação, a Companhia identificou que a principal diferença na mensuração de ativos e passivos fi-nanceiros decorrente da adoção do novo pronunciamento está relacionada com a alteração do conceito de redução no valor recuperável do Contas a receber, que, além do conceito de perda verificada, incorpora também o conceito de perda esperada. De acordo com o CPC 48, as perdas de crédito são reconhecidas mais cedo do que de acordo com o CPC 38.

A Companhia adotou a nova norma na data efetiva requerida. Não foram identificados impactos significativos ad-vindos da adoção de tal norma.

(q) Pronunciamentos, interpretações e orientações emitidos, mas que não estavam em vigor em 31 de de-zembro de 2018

As alterações das normas existentes a seguir foram publicadas e serão obrigatórias para períodos contábeis subse-quentes, ou seja, a partir de 1º de janeiro de 2019. Não houve adoção antecipada dessas normas e alterações de normas por parte da CENIBRA.

CPC 06 R2 - Operações de Arrendamento Mercantil

A nova norma substitui o CPC 06 R1 - “Operações de Arrendamento Mercantil” e correspondentes interpretações. As principais mudanças trazidas pela norma serão o reconhecimento dos arrendamentos mercantis no balanço pa-trimonial, pelos arrendatários, sendo os ativos objetos dos contratos de arrendamento reconhecidos pelo direito de uso e os passivos pelos pagamentos futuros, bem como o reconhecimento de depreciação e despesas financeiras ao invés das despesas operacionais com arrendamentos. Poderão não fazer parte do escopo dessa norma determinados contratos de curto prazo ou de baixo valor.

A Companhia irá adotar a norma na data de início da sua vigência, 1º de janeiro de 2019, usando a abordagem retrospectiva modificada, permitida pela norma, que resulta na aplicação prospectiva, não sendo requerida a atuali-zação das informações financeiras do período anterior.

Na adoção inicial, a Companhia aplicará:

(a) Uso de taxas de desconto em conformidade com as condições contratuais;

(b) Arrendamentos cujos prazos de vencimento sejam em até 12 meses da data de adoção inicial serão reconhecidos diretamente no resultado operacional;

(c) Ativos que sejam objetos de contratos de arrendamento que possuam baixo valor também serão reconhecidos diretamente no resultado operacional.

A Administração ainda está avaliando os impactos que a adoção de tal norma trará, mas não espera impactos sig-nificativos em seus resultados. A adoção provocará alterações na forma de apuração dos impostos diretos, em suas adições e exclusões, mas não afetará o montante a ser pago. Trará também alterações na apresentação da Demons-tração do Fluxo de Caixa e ainda no EBITDA.

ICPC 22 - Incerteza sobre o Tratamento do Imposto de Renda

O ICPC 22 descreve como determinar a posição fiscal e contábil quando houver incerteza sobre o tratamento do Imposto de Renda. A interpretação requer que a Sociedade e suas controladas:

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Demonstrações Financeiras 2018 18

• Determinem se posições fiscais incertas são avaliadas separadamente ou como um grupo; e

• Avaliem se é provável que a autoridade fiscal aceite a utilização de tratamento fiscal incerto, ou proposta de uti-lização, por uma sociedade nas suas declarações de imposto de renda:

• Em caso positivo, a Sociedade e suas controladas devem determinar sua posição fiscal e contábil em linha com o tratamento fiscal utilizado ou a ser utilizado nas suas declarações de Imposto de Renda.

• Em caso negativo, a Sociedade e suas controladas devem refletir o efeito da incerteza na determinação da sua posição fiscal e contábil.

A interpretação é aplicável para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2019. A Companhia pode aplicar a interpretação com base na aplicação retrospectiva integral ou na aplicação retrospectiva modificada sem reapresentação de informações comparativas retrospectiva ou prospectivamente.

A Companhia está avaliando os impactos que serão trazidos pela norma e irá adotá-la na data de início da sua vi-gência, 1º de janeiro de 2019.

3 Uso de estimativas

A preparação das demonstrações financeiras requer que a Administração efetue estimativas e adote premissas, no seu melhor julgamento, que afetem os montantes apresentados de ativos e passivos, assim como os valores das receitas, custos e despesas. Os valores reais podem diferir daqueles estimados.

As estimativas e premissas subjacentes são revisadas continuamente. Os efeitos decorrentes das revisões feitas às estima-tivas contábeis são reconhecidos no exercício em que as estimativas são revistas, se a revisão afetar apenas este exercício, ou também em exercícios posteriores se a revisão afetar tanto o exercício presente como exercícios futuros.

A seguir são apresentados os principais julgamentos e estimativas efetuadas pela Administração durante o processo de aplicação das políticas contábeis da Companhia e que afetam os valores reconhecidos nas demonstrações financeiras.

i) Redução ao valor recuperável dos ativos

A Companhia julgou não haver evidências, internas e externas, de impairment de seus ativos tangíveis e intangíveis.

ii) Vida útil dos ativos

Os bens do imobilizado são depreciados considerando-se a estimativa de vida útil-econômica dos respectivos com-ponentes.

iii) Imposto de renda e contribuição social diferidos

São reconhecidos até o limite dos lucros tributáveis futuros. A estimativa dos lucros tributáveis futuros leva em consideração premissas de mercado, tais como taxa de juros, câmbio, aumento ou redução de demanda, preço de commodities e outros.

iv) Provisões

O valor reconhecido como provisão é a melhor estimativa das considerações requeridas para liquidar a obrigação no final de cada exercício de relatório, considerando-se os riscos e as incertezas relativos à obrigação.

v) Ativos biológicos

A avaliação dos ativos biológicos por seu valor justo considera certas estimativas, tais como preço da madeira, taxa de desconto, plano de colheita das florestas e volume de produtividade, as quais estão sujeitas a incertezas, podendo gerar efeitos nos resultados futuros em decorrência de suas variações.

Seguem as principais premissas utilizadas pela Administração no cálculo do valor justo dos ativos biológicos, e corre-lação entre as mudanças nessas premissas e no valor justo dos ativos biológicos:

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Demonstrações Financeiras 2018 19

4 Consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas abrangem a Celulose Nipo-Brasileira S.A. - CENIBRA (Controladora) e suas controladas mencionadas na Nota 1.

O processo de consolidação das contas patrimoniais e de resultado corresponde à soma das contas de ativo, passivo, receitas e despesas, segundo a sua natureza, complementado pelas seguintes eliminações:

• Das participações no capital, reservas e resultados acumulados mantidos entre elas, cabendo ressaltar que não existem participações recíprocas;

• Dos saldos de contas correntes e outras integrantes do ativo e/ou passivo, mantidas entre as Companhias controladas, cujos balan-ços patrimoniais foram consolidados;

• Dos efeitos decorrentes das transações realizadas entre as Companhias controladas, incluindo os lucros não realizados.

Investimentos em controladas e em joint venture

São representados por investimentos em empresas controladas e controlada em conjunto, sendo avaliados pelo método de equivalência patrimonial no balanço individual, em decorrência da participação da Companhia nessas empresas. As demonstrações financeiras das controladas e controlada em conjunto são elaboradas para o mesmo exercício de divul-gação que o da Companhia.

Os ganhos e perdas não realizados, resultantes de transações entre a Companhia e as controladas, são eliminados para fins de equivalência patrimonial no balanço individual e para fins de consolidação, de acordo com a participação mantida na controlada.

Após a aplicação do método da equivalência patrimonial, a Companhia determina se é necessário reconhecer perda adi-cional do valor recuperável sobre o investimento da Companhia. A Companhia determina, em cada data de fechamento do balanço patrimonial, se há evidência objetiva de que o investimento sofreu perda por desvalorização. Se assim for, a Companhia calcula o montante da perda por desvalorização como a diferença entre o montante a receber das controla-das e o valor contábil e reconhece o montante na demonstração do resultado.

5 Caixa e equivalentes de caixa

CONTROLADORA CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017

Caixa 7 6 7 6

Depósitos em contas remuneradas 326.986 4.230 398.920 27.346

Certificado de Depósito Interbancário 72.195 65.993 72.195 79.196

Aplicações financeiras no exterior 116.277 - 220.897 -

515.465 70.229 692.019 106.548

Premissas utilizadas Impacto no valor justo dos ativos biológicos

Incremento Médio Anual (IMA) - m3/hectare Aumenta a premissa, aumenta o valor justo

Preço líquido médio de venda - reais/m3 Aumenta a premissa, aumenta o valor justo

Remuneração ativos próprios que contribuem - % Aumenta a premissa, diminui o valor justo

Taxa de desconto - % Aumenta a premissa, diminui o valor justo

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Demonstrações Financeiras 2018 20

CONTROLADORA CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017

Títulos vencidos 64 179 381 1.876

Títulos a vencer: 829.475 621.705 405.328 342.497

0 a 30 dias 117.313 46.196 263.547 175.164

31 a 60 dias 338.252 214.001 120.830 128.580

61 a 90 dias 253.078 238.129 20.787 38.753

91 a 120 dias 120.832 123.379 164 -

829.539 621.884 405.709 344.373

As aplicações financeiras em moeda nacional são de baixo risco, indexadas pela variação do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e com liquidez em curtíssimo prazo. A taxa média simples do período foi de 95,77% do CDI (31 de dezembro de 2017 - 83,00%).

6 Contas a receber

CONTROLADORA CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017

Do exterior

Partes relacionadas (Nota 9) 818.679 611.988 394.849 334.477

Do país 10.860 9.896 10.860 9.896

829.539 621.884 405.709 344.373

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 o prazo médio de recebimento de contas a receber corresponde aproximadamente a 50 dias para as vendas realizadas no mercado interno e aproximadamente 100 dias para as vendas realizadas no mer-cado externo.

A Companhia possui normas para o monitoramento de créditos e duplicatas vencidas e de risco de não recebimento dos valores decorrentes das operações de venda no mercado interno, sendo que, para essas transações, possui garantia contratual segurada. Para as vendas no mercado externo, a Companhia realiza suas transações com partes relacionadas. Dessa forma, a Administração entende não ser necessária a constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa sobre esse saldo.

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Demonstrações Financeiras 2018 21

7 Estoques

CONTROLADORA CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017

ICMS (a) 210.850 115.202 210.850 115.202

PIS/Cofins não cumulativo (b) 41.590 59.332 41.705 59.420

PIS/Cofins Reintegra (c) 739 25.448 739 25.448

Imposto de renda retido na fonte - - 361 769

IPI 984 984 984 984

IR e CSLL – a compensar - 10.083 55 10.138

254.163 211.049 254.694 211.961

Circulante 67.994 118.075 68.525 118.987

Não circulante 186.169 92.974 186.169 92.974

254.163 211.049 254.694 211.961

(a) Refere-se ao imposto a recuperar sobre a aquisição de materiais e serviços relacionados à atividade operacional da Companhia, bem como créditos de ativo imobilizado (CIAP) conforme Decreto nº 43.080, de 13 de dezembro de 2002; a expectativa de realização se dará por meio (i) de transferência de créditos a terceiros; (ii) transferências para outros estabelecimentos no estado de Minas Gerais em fase de expansão, conforme previsto no artigo 14, Anexo VIII, e utilização para pagamentos de créditos tributários de mesma natureza e os devidos na importação de ativos imobilizados conforme Incisos I e II, respectivamente, do artigo 3º, Anexo VIII.

(b) A partir de janeiro de 2005, em razão da opção pelo regime de tributação do lucro real, a Companhia tornou-se obrigada à sistemática da não cumulatividade (neutralidade tribu-tária) para os casos das contribuições para o PIS/Cofins. A não cumulatividade é obtida por meio da concessão de crédito fiscal sobre as compras (custos e despesas) definidas em lei, na mesma proporção da alíquota que são registradas as vendas (receitas), 1,65% para PIS e 7,6% para Cofins. Por ser uma Companhia basicamente exportadora, os créditos excedentes são compensados com os demais impostos devidos administrados pela Receita Federal do Brasil, como: imposto de renda e contribuições sociais retidos na fonte de terceiros, sobre salários e juros sobre capital próprio, imposto de renda da pessoa jurídica e contribuição social a recolher.

(c) Crédito referente ao benefício fiscal do Reintegra; os valores poderão ser compensados com demais tributos administrados pela Receita Federal.

CONTROLADORA CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017

Celulose 33.078 12.295 179.302 158.709

Matérias-primas 150.723 133.588 150.723 133.588

Materiais de manutenção, consumo e outros 112.816 89.720 116.711 93.323

Provisão para perdas (1.455) (1.346) (1.455) (1.346)

295.162 234.257 445.281 384.274

A despesa com a constituição da provisão para perdas com estoques é registrada na demonstração do resultado.

8 Impostos a recuperar

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Demonstrações Financeiras 2018 22

9 Saldos e transações com partes relacionadas

a) Controladora

Os saldos da Companhia com partes relacionadas têm a seguinte composição:

31/12/2018 31/12/2017

Natureza Ativo Passivo Ativo Passivo

Cenibra Inc. (i) Venda de celulose 122.309 - 63.604 -

Cenibra Internacional Lda (i) Venda de celulose 696.370 - 548.384 -

Cenibra Logística Ltda. (ii) Prestação de serviços 5.731 6.943 3.944 6.297

Portocel (iii) Prestação de serviços portuários - 1.467 - 943

824.410 8.410 615.932 7.240

Natureza:

(i) Os saldos recebíveis referem-se à venda de celulose e estão apresentados em contas a receber.

(ii) Os saldos recebíveis com a Cenibra Logística Ltda. referem-se a adiantamentos realizados para serviços de transporte e por isso são classificados como outros ativos circulantes. Os saldos passivos em aberto referem-se às faturas de serviços de transporte de pessoal, movimentação de madeira e celulose, negociadas a preços de mercado.

(iii) Os saldos com Portocel referem-se aos serviços de armazenamento portuário.

As transações com partes relacionadas resultaram nos seguintes montantes:

31/12/2018 31/12/2017

Receita bruta Despesa Receita bruta Despesa

Cenibra Inc. 334.281 - 219.509 -

Cenibra Trading Ltd. - - - -

Cenibra Internacional Lda. 2.516.311 - 1.909.078 -

Cenibra Logística Ltda. - 49.096 - 50.792

Portocel - 27.901 - 23.821

2.850.592 76.997 2.128.587 74.613

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Demonstrações Financeiras 2018 23

b) Consolidado

Os saldos consolidados com partes relacionadas referem-se a vendas de celulose:

31/12/2018 31/12/2017

Contas a receber (Nota 6)

Itochu International Inc. 23.079 19.735

Itochu Corporation 117.842 67.763

Itochu Fibre Limited 131.290 150.846

Itochu Hong Kong Ltd. 122.638 96.133

394.849 334.477

As transações de vendas e as despesas comerciais são efetuadas com partes relacionadas do acionista Japan Brazil Paper and Pulp Resources Development Co., Ltd. (JBP).

As transações com partes relacionadas foram efetuadas em condições, consideradas pela Administração, como com-patíveis com as de mercado.

Os valores consolidados das transações com partes relacionadas são como segue:

31/12/2018 31/12/2017

Receita bruta Despesa Receita bruta Despesa

Venda de celulose

Itochu International Inc. 353.478 - 263.201 -

Itochu Corporation 583.956 - 554.851 -

Itochu Hong Kong Ltd. 877.516 - 498.313 -

Itochu Fibre Limited 1.149.149 - 813.158 -

Despesas comerciais

Itochu International Inc. - (4) - 1.129

Itochu Corporation - 77 - 877

Itochu Hong Kong Ltd. - 196 - 254

Itochu Fibre Limited - 14.505 - 12.886

2.964.099 14.774 2.129.523 15.146

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Demonstrações Financeiras 2018 24

10 Investimentos

CONTROLADORA CONSOLIDADO

Percentual participação

31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017

Cenibra Inc. 100% 7.285 3.991 - -

Cenibra Trading Ltd. 100% 33 39 - -

Cenibra Internacional Lda. 100% 3.792 6.409 - -

Portocel (*) 49% 131.103 111.148 131.103 111.148

Cenibra Logística Ltda. 99,999% 13.448 10.632 - -

Outros 15 13 15 13

155.676 132.232 131.118 111.161

(*) A Companhia possui controle compartilhado do Terminal Especializado de Barra do Riacho S.A. - Portocel.

A movimentação das controladas e coligadas é assim demonstrada:

As movimentações das provisões para perda em investimentos e lucros a apropriar é assim demonstrada:

Ativo 31/12/2017Equivalência patrimonial Dividendos

Ajuste acumulado

de conversão 31/12/2018

Portocel 111.148 7.717 (6.642) 18.880 131.103

Cenibra Inc. 3.991 1.264 - 2.030 7.285

Cenibra Logística Ltda. 10.632 852 - 1.964 13.448

Cenibra Trading Ltd. 39 (13) - 7 33

Cenibra Internacional Lda. 6.409 (5.873) - 3.256 3.792

Outros 13 - - 2 15

132.232 3.947 (6.642) 26.139 155.676

Passivo 31/12/2017 ProvisõesLucros

a apropriarAjuste acumulado

de conversão 31/12/2018

Lucros a apropriar (126.688) - 20.751 (33.537) (139.474)

(126.688) - 20.751 (33.537) (139.474)

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Demonstrações Financeiras 2018 25

11 Imobilizado

Não foram identificados indicativos de impairment do ativo imobilizado e não foi necessária contabilização de provisão de perdas por desvalorização conforme CPC 01 (R1).

(a) A movimentação sumária do ativo imobilizado é demonstrada a seguir:

CONTROLADORA

TerrenosEdificações e benfeitorias

Máquinas, equipamentos

e instalaçõesObras em

andamento Outros Total

Em 1º de janeiro de 2017 236.057 222.405 3.604.069 149.545 48.492 4.260.568

Adições - - - 304.725 - 304.725

Alienações (1) (5.835) (6.600) - (155) (12.591)

Transferências (*) - 3.438 72.806 (115.020) 6.933 (31.843)

Ajuste cambial 3.542 3.176 54.990 11.250 1.031 73.989

Saldo 31 de dezembrode 2017

239.598 223.184 3.725.265 350.500 56.301 4.594.848

Adições - - - 125.769 - 125.769

Alienações (1.555) (9.682) (15.243) (4) (587) (27.071)

Transferências (*) - 3.655 398.097 (425.878) 7.569 (16.557)

Ajuste cambial 41.047 36.290 656.328 38.640 10.636 782.941

Saldo 31 de dezembrode 2018

279.090 253.447 4.764.447 89.027 73.919 5.459.930

Em 1º de janeiro de 2017 - (124.416) (2.529.531) - (37.273) (2.691.220)

Depreciação - (6.821) (93.581) - (4.606) (105.008)

Alienações - 4.710 5.512 - 151 10.373

Transferências (*) - - 29.223 - (387) 28.836

Ajuste cambial - (1.908) (40.511) - (742) (43.161)

Saldo 31 de dezembrode 2017

- (128.435) (2.628.888) - (42.857) (2.800.180)

Depreciação - (7.844) (116.403) - (7.409) (131.656)

Alienações - 9.651 14.144 - 574 24.369

Transferências (*) - - 12.343 - 625 12.968

Ajuste cambial - (20.298) (454.484) - (7.763) (482.545)

Saldo 31 de dezembrode 2018

- (146.926) (3.173.288) - (56.830) (3.377.044)

Taxas anuais de depreciação - 4% 4% a 10% - 10% a 20%

Valor residual líquido:

Em 31 de dezembrode 2018

279.090 106.521 1.591.159 89.027 17.089 2.082.886

Em 31 de dezembro de 2017 239.598 94.749 1.096.377 350.500 13.444 1.794.668

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Demonstrações Financeiras 2018 26

Em 31 de dezembro de 2018, ocorreu capitalização de juros de financiamentos ao ativo imobilizado, no valor de R$2.138 (31 de dezembro de 2017 - R$3.377) utilizando-se taxa média ponderada no período de 1,74% (31 de dezembro de 2017 - 1,50% a.a).

CONSOLIDADO

TerrenosEdificações e benfeitorias

Máquinas, equipamentos

e instalaçõesObras em

andamento Outros Total

Em 1º de janeiro de 2017 236.057 222.788 3.609.222 149.671 69.759 4.287.497

Adições - - 278 306.600 83 306.961

Alienações (1) (5.835) (6.880) (1) (202) (12.919)

Transferências (*) - 3.438 72.822 (115.930) (1.772) (41.442)

Ajuste cambial 3.542 3.205 55.381 11.501 458 74.087

Saldo 31 de dezembrode 2017

239.598 223.596 3.730.823 351.841 68.326 4.614.184

Adições - - - 129.431 - 129.431

Alienações (1.555) (9.682) (15.256) (4) (588) (27.085)

Transferências (*) - 3.655 399.696 (430.612) 8.312 (18.949)

Ajuste cambial 41.047 36.342 657.667 38.372 12.443 785.871

Saldo 31 de dezembrode 2018

279.090 253.911 4.772.930 89.028 88.493 5.483.452

Em 1º de janeiro de 2017 - (124.713) (2.532.201) - (49.410) (2.706.324)

Depreciação - (6.852) (93.895) - (6.767) (107.514)

Alienações - 4.710 5.617 - 181 10.508

Transferências (*) - - 29.223 - 5.773 34.996

Ajuste cambial - (1.938) (40.764) - (645) (43.347)

Saldo 31 de dezembrode 2017

- (128.793) (2.632.020) - (50.868) (2.811.681)

Depreciação - (7.873) (116.815) - (8.725) (133.413)

Alienações - 9.651 14.158 - 574 24.383

Transferências (*) - - 12.413 - 2.439 14.852

Ajuste cambial - (20.355) (455.009) - (8.564) (483.928)

Saldo 31 de dezembrode 2018

- (147.370) (3.177.273) - (65.144) (3.389.787)

Taxas anuais de depreciação - 4% 4% a 10% - 10% a 20%

Valor residual líquido:

Em 31 de dezembro de 2018

279.090 106.541 1.595.657 89.028 23.349 2.093.665

Em 31 de dezembro de 2017 239.598 94.803 1.098.803 351.841 17.458 1.802.503

(*) Contempla transferência realizada entre as rubricas de “Ativo imobilizado”, “Intangível” e “Bens mantidos para venda”.

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Demonstrações Financeiras 2018 27

(b) Vida útil

A Companhia efetua avaliação da vida útil de seu ativo imobilizado, por seus profissionais especializados nas suas respectivas áreas de atuação. Não houve alteração da vida útil do ativo imobilizado no período.

11.1. Bens dados em garantia

Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia tinha bens do imobilizado dados como garantia em operações de emprésti-mos e processos judiciais, no montante de R$43.957 (31 de dezembro de 2017, o montante de R$43.966).

12 Intangível

CONTROLADORA CONSOLIDADO

SoftwaresDireitos de uso Total Softwares

Direitos de uso Total

Em 1º de janeiro de 2017 66.001 2.420 68.421 67.169 2.424 69.593

Adições 2.524 - 2.524 2.537 - 2.537

Baixas (4.655) - (4.655) (4.655) - (4.655)

Ajuste cambial 985 36 1.021 1.076 36 1.112

Saldo 31 de dezembro de 2017 64.855 2.456 67.311 66.127 2.460 68.587

Adições 3.336 - 3.336 3.336 - 3.336

Baixas - - - - - -

Ajuste cambial 11.003 421 11.424 11.162 422 11.584

Saldo 31 de dezembro de 2018 79.194 2.877 82.071 80.625 2.882 83.507

Em 1º de janeiro de 2017 (59.158) (2.399) (61.557) (59.563) (2.399) (61.962)

Amortização no período (3.136) (32) (3.168) (3.302) (32) (3.334)

Baixas 4.608 47 4.655 4.608 47 4.655

Ajuste cambial (913) (9) (922) (985) (9) (994)

Saldo 31 de dezembro de 2017 (58.599) (2.393) (60.992) (59.242) (2.393) (61.635)

Amortização no período (2.668) (43) (2.711) (2.835) (43) (2.878)

Baixas - - - - - -

Ajuste cambial (10.434) (167) (10.601) (10.583) (167) (10.750)

Saldo 31 de dezembro de 2018 (71.702) (2.602) (74.304) (72.661) (2.602) (75.263)

Valor residual líquido:

Em 31 de dezembro de 2018 7.492 275 7.767 7.964 280 8.244

Em 31 de dezembro de 2017 6.256 63 6.319 6.885 67 6.952

Os itens do intangível são amortizados a uma taxa média anual de 20,14%.

Não foram identificados indicativos de impairment do ativo intangível e não foi necessária a contabilização de provisão de perdas por desvalorização conforme CPC 01 (R1).

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Demonstrações Financeiras 2018 28

13 Ativos biológicos

Os ativos biológicos da Companhia compreendem o cultivo e plantio de florestas de eucalipto para abastecimento de matéria-prima utilizada no processo de produção de celulose. Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia possuía 123.779,17 hectares de florestas plantadas (125.358,80 hectares em 31 de dezembro de 2017), desconsiderando as áreas de preservação permanente e reserva legal que devem ser mantidas para atendimento à legislação ambiental brasileira.

O saldo dos ativos biológicos da Companhia é composto pelo custo de formação das florestas e do diferencial do valor justo sobre o custo de formação, para que o saldo de ativos biológicos como um todo seja registrado a valor justo, da seguinte forma:

CONTROLADORA E CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017

Custo de formação dos ativos biológicos 1.371.046 1.230.678

Valor justo dos ativos biológicos 158.917 161.116

1.529.963 1.391.794

A Companhia não possuía ativos biológicos dados em garantia. A distribuição das florestas em diversas áreas distintas, as práticas florestais de manutenção, prevenção e combate de incêndios e outros riscos florestais, o histórico favorável e o alto custo da apólice fizeram com que a Companhia optasse tecnicamente pela não contratação do seguro de suas florestas. A Companhia entende que as políticas atuais de prevenção e combate a eventuais riscos florestais são adequa-das à sua saúde operacional.

a) Premissas para o reconhecimento do valor justo dos ativos biológicos

Com base no CPC 29 - Ativo Biológico e Produto Agrícola, a Companhia reconhece seus ativos biológicos a valor justo seguindo as seguintes premissas em sua apuração:

(i) Serão mantidas a custo histórico as florestas de eucalipto até o terceiro ano de plantio, em decorrência do enten-dimento da Administração de que, durante esse período, o custo histórico dos ativos biológicos se aproxima de seu valor justo.

(ii) As florestas, a partir do terceiro ano de plantio, são valorizadas por seu valor justo, o qual reflete o preço do ativo negociado entre partes independentes, menos os custos necessários para colocação do produto em condições de venda ou consumo.

(iii) A metodologia utilizada na mensuração do valor justo dos ativos biológicos corresponde à projeção dos fluxos de caixa futuros de acordo com o ciclo de produtividade projetado das florestas, levando-se em consideração as variações de preço e crescimento dos ativos biológicos.

(iv) A taxa de desconto utilizada nos fluxos de caixa corresponde ao Weighted-Average Cost of Capital (WACC) da Companhia, o qual é revisado periodicamente pela Administração.

(v) Os volumes de produtividade projetados das florestas são definidos com base em uma estratificação em razão de espécie, material genético, regime de manejo florestal, potencial produtivo, rotação e idade das florestas. O conjunto dessas características compõe um índice denominado Incremento Médio Anual (IMA), expresso em me-tros cúbicos por hectare/ano, utilizado como base na projeção de produtividade. O plano de corte de eucalipto mantido pela Companhia é em torno de sete anos.

(vi) Os preços dos ativos biológicos, denominados R$/metro cúbico, são obtidos por meio de contratos próprios de compra de madeira de terceiros (fomentados), ou seja, partes independentes entre si.

(vii) Os gastos com plantio referem-se aos custos de formação dos ativos biológicos.

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Demonstrações Financeiras 2018 29

(viii) A apuração da exaustão dos ativos biológicos é realizada com base no valor justo dos ativos biológicos colhidos no exercício.

(ix) A Companhia definiu por efetuar a reavaliação do valor justo de seus ativos biológicos baseada no método do fluxo de caixa futuro descontado anualmente, sob o entendimento de que algumas premissas usadas no cálculo, como o IMA e o preço, são obtidas pela Administração somente ao final do exercício.

b) Movimentações das variações do valor justo dos ativos biológicos

As movimentações do período e exercício são demonstradas abaixo:

14 Fornecedores

CONTROLADORA E CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017

Saldo inicial 1.391.794 1.494.728

Plantio 268.289 219.810

Exaustão da floresta (252.397) (237.080)

Variação moeda funcional/outros 108.262 (52.332)

Variação de valor justo por preço/expectativa de crescimento 14.015 (33.332)

1.529.963 1.391.794

CONTROLADORA CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017

Moeda nacional 152.297 158.022 153.218 159.561

Moeda estrangeira 328 25.456 28.008 46.270

152.625 183.478 181.226 205.831

A exaustão dos ativos biológicos do período é apropriada diretamente ao custo de estoque de madeira.

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Demonstrações Financeiras 2018 30

A movimentação dos empréstimos é como segue:

15 Empréstimos e financiamentos

CONTROLADORA E CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017

Pré-pagamento(2017 - US$39,094 mil)

- 129.321

Adiantamentos cambiais(2017 - US$37,136 mil)

- 122.846

Empréstimo bancário (NCE)(2017 - US$10,000 mil)

- 33.080

- 285.247

Passivo circulante - 285.247

CONTROLADORA E CONSOLIDADO

31/12/2017 AdiçõesPagamento

principal/jurosProvisão

juros

Variação monetária/

cambial 31/12/2018

Moeda estrangeira 285.247 - (320.826) 3.208 32.371 -

285.247 - (320.826) 3.208 32.371 -

16 Impostos a recolher

CONTROLADORA CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017

Imposto de renda e contribuição social 280.535 96.568 281.643 97.913

IRRF s/ salários e outros 7.321 6.459 7.371 6.499

INSS 851 1.284 871 1.301

Outros 1.024 4.514 1.391 4.909

289.731 108.825 291.276 110.622

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Demonstrações Financeiras 2018 31

17 Imposto de renda e contribuição social

(a) Imposto de renda e contribuição social diferidos

Referem-se aos efeitos fiscais diferidos decorrentes de prejuízos fiscais, de bases negativas de contribuição social e diferenças temporárias ativas e passivas, os quais não possuem prazo de prescrição para sua recuperação.

CONTROLADORA CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017

Ativo

Variação cambial - 17.793 - 17.793

Diferenças temporárias 50.843 80.187 50.843 80.187

Base negativa de contribuição social e imposto de renda - - 23 153

50.843 97.980 50.866 98.133

Passivo

Imposto de renda - atividade rural/silvicultura (i) (13.979) (9.209) (13.979) (9.209)

Contribuição social - atividade rural/silvicultura (i) (5.033) (3.315) (5.033) (3.315)

IR e CS diferidos sobre variação cambial (2) - (2) -

Contribuição social diferida/depreciação fiscal (ii) (36.520) (32.570) (36.520) (32.570)

Imposto de renda diferido/depreciação fiscal (ii) (101.446) (90.474) (101.446) (90.474)

Imposto de renda e contribuição social diferidosLei nº 8.200/91 (iii)

(6.586) (6.634) (6.586) (6.634)

Imposto de renda e contribuição social diferidosLei nº 11.638/07 (iv)

(467.234) (332.692) (467.234) (332.692)

(630.800) (474.894) (630.800) (474.894)

(579.957) (376.914) (579.934) (376.761)

(i) Referem-se à exclusão dos gastos com silvicultura e aquisição de máquinas e equipamentos destinados à utilização na atividade rural.

(ii) Referem-se ao cálculo do IR e CSLL diferidos sobre a depreciação fiscal - Impostos diferidos em razão das diferenças no cálculo da depreciação de bens do ativo imobilizado decorrentes do disposto no parágrafo 3º do artigo 183 da Lei nº 6.404 de 1976, com as alterações introduzidas pela Lei nº 11.638 de 2007, pela Lei nº 11.941 de 2009, pela Lei nº 12.973 de 2014, conforme parecer normativo nº 01 da RFB de 29 de julho de 2011 e pela IN da RFB nº 1.700 de 2017.

(iii) Referem-se à segregação dos impostos referentes à correção monetária de terrenos, linha férrea e outros referentes à Lei nº 8.200/91.

(iv) Referem-se ao cálculo do IR e CSLL diferido sobre a mensuração pelo valor justo dos ativos biológicos correspondentes a florestas de eucalipto, destinadas à produção de celulose e efeitos de conversão de moeda funcional dos estoques e imobilizado conforme Lei nº 11.638 de 2007

A realização dos créditos diferidos de imposto de renda e contribuição social está condicionada a eventos futuros que irão tornar dedutíveis as provisões que lhes deram origem, nos termos da legislação fiscal em vigor.

As estimativas da Administração indicam que os créditos relativos às provisões temporariamente não dedutíveis, referentes, principalmente, à provisão para riscos, serão realizados à medida que os processos correspondentes sejam concluídos.

(b) Despesa de imposto de renda e contribuição social

A conciliação entre a taxa efetiva e a taxa nominal do imposto de renda e da contribuição social está apresentada a seguir:

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Demonstrações Financeiras 2018 32

CONTROLADORA CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017

Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 1.321.488 538.273 1.322.231 540.245

Alíquotas nominais 34% 34% 34% 34%

Imposto de renda e contribuição social conforme alíquotas nominais

(449.306) (183.013) (449.559) (183.683)

Juros sobre capital próprio 53.038 49.056 53.038 49.056

Diferença sobre ganho e perda da moeda de reporte (85.879) (58.999) (85.879) (58.999)

Resultado de participações em controladas e coligadas 11.741 14.748 11.741 14.748

Imposto de renda e contribuição social sobre diferenças permanentes 6.260 14.410 6.082 14.010

PAT 7.369 3.052 7.369 3.052

Impostos pagos no exterior 655 171 655 171

Limite mensal do adicional IR 10% 24 24 48 48

Imposto diferido efeito conversão moeda funcional (71.501) 48.441 (71.501) 48.441

IRC Cenibra Internacional e Inc. - - (336) (926)

Ajuste de períodos anteriores (27.230) 13.588 (27.230) 13.588

Imposto de renda e contribuição social reconhecidos no resultado

(554.829) (98.522) (555.572) (100.494)

18 Provisão

A Companhia é parte em processos judiciais em razão do curso normal de suas operações. A Administração acom-panha o desenvolvimento desses processos e, com base na opinião de seus consultores jurídicos, para todos aqueles processos em que uma provável saída de caixa é esperada, é constituída provisão para perda.

CONTROLADORA E CONSOLIDADO

Provisões Depósitos judiciais Saldo líquido

31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017

Previdenciárias (27) (26) - - (27) (26)

Cíveis e trabalhistas (23.109) (21.128) 2.253 2.128 (20.856) (19.000)

Processos tributários (6.078) (74.741) 115 115 (5.963) (74.626)

(29.214) (95.895) 2.368 2.243 (26.846) (93.652)

As provisões de imposto de renda e de ICMS foram reclassificadas para processos tributários.

A movimentação é como segue:

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CONTROLADORA E CONSOLIDADO

Provisões Tributárias Cíveis Trabalhistas Previdenciárias Total

Em 31 de dezembro de 2017 74.741 3.001 18.127 26 95.895

Provisões revertidas (70.271) (1.857) (3.890) - (76.018)

Provisões realizadas 1.102 1.546 6.182 - 8.830

Correção monetária 506 - - 1 507

Em 31 de dezembro de 2018 6.078 2.690 20.419 27 29.214

CONTROLADORA E CONSOLIDADO

Depósitos judiciais Tributários Cíveis Trabalhistas Previdenciárias Total

Em 31 de dezembro de 2017 115 - 2.128 - 2.243

Reclassificação - 861 (156) - 705

Depósitos levantados - - (598) - (598)

Depósitos efetuados - - 18 - 18

Correção monetária - - - - -

Em 31 de dezembro de 2018 115 861 1.392 - 2.368

(a) Tributárias

Uma síntese dos principais processos tributários da Companhia está apresentada a seguir, segregada por natureza.

Imposto de renda

No terceiro trimestre de 2018, houve a reversão da provisão referente a ação judicial sobre a majoração de alíquota de 18% para 30% sobre o lucro da exploração proveniente da receita de exportação incentivada - BEFIEX ano-base 1990 no valor de R$51.097 (R$51.097 em 31 de dezembro de 2017), transitada em julgado favorável à CENIBRA.

ICMS

Processos judiciais - medida cautelar e ação anulatória referente ao crédito de ICMS sobre uso e consumo na pro-dução. Em 30 de junho de 2018, o valor provisionado foi baixado em virtude de um acordo assinado entre a Secre-taria da Fazenda e a CENIBRA, regularizando todos os processos administrativos existentes pelo programa Regu-larize, instituído pela Lei 22.549 de 30 de junho de 2017. Em 31 de dezembro de 2017, o valor era de R$15.597. Tal acordo envolveu o direito ao reconhecimento de créditos de ICMS de R$ 78 milhões à CENIBRA, sendo R$ 28 milhões em créditos, na conta gráfica (lançamento na escrita fiscal) da CENIBRA e outros R$ 50 milhões mediante expedição de precatório em favor da Companhia, cabendo a esta providenciar o prosseguimento da execução da sentença até a expedição do ofício requisitório ao Presidente do TJMG. A CENIBRA, fundamentada no acordo já homologado, reconheceu, em 30 de junho de 2018, tanto na escrita fiscal quanto em registro contábil, os créditos de R$ 28 milhões, em linha com o critério de liquidez. O reconhecimento contábil foi feito com deságio de 10% (percentual histórico de deságio em venda) do valor total, uma vez que a Administração tem a intenção de efetuar a venda, em mercado, de tais créditos.

(b) Trabalhistas

Consistem em reclamações de empregados próprios vinculadas às disputas judiciais.

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Demonstrações Financeiras 2018 34

(c) Cíveis

As principais ações estão relacionadas a processos judiciais indenizatórios movidos contra a Companhia por terceiros.

(d) Contingências possíveis

A Companhia possui outros processos para os quais a Administração, com base em análise individual e suportada por opinião de seus assessores jurídicos, considera como de perda possível, e para os quais não há provisão cons-tituída. Em 31 de dezembro de 2018, os saldos correspondem a R$7.851 para trabalhistas, R$15.586 para cíveis, R$29.005 para tributárias.

Em 31 de dezembro de 2017, os saldos correspondiam a R$16.805 para trabalhistas, R$14.249 para cíveis e R$52.105 para as tributárias. O saldo das tributárias, em 31 de dezembro de 2017, continha R$33.058 de causas ativas sem perspectivas de desembolso, sendo o total relativo a causas passivas de R$19.047. Não existem contin-gências previdenciárias classificadas como de perda possível.

19 Patrimônio líquido

(a) Capital social

O capital social subscrito e integralizado em 31 de dezembro de 2018 é composto por 185.448 mil ações, subdivi-didos em 170.847 mil ações ordinárias e 14.601 mil ações preferenciais classes A, B, C e D, sendo que cada ação tem valor nominal de R$1,00.

O capital do acionista não residente, registrado no Banco Central do Brasil, é de US$219,762 mil e ¥2.524.488 mil.

As ações ordinárias têm direito a voto. As ações preferenciais, com exceção da classe D, têm direito restrito de voto. As ações preferenciais não são resgatáveis, gozam de prioridade no reembolso do capital no caso de liquida-ção da Companhia e têm direito ao dividendo que for assegurado às ações ordinárias.

(b) Dividendos e juros sobre capital próprio

De acordo com o estatuto da Companhia, aos acionistas é assegurado um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido de cada exercício, calculado conforme a Lei das Sociedades por Ações. Os juros sobre o capital próprio, quando calculados e apropriados, são atribuídos ao dividendo mínimo obrigatório.

Em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de 2017, a Assembleia Geral Extraordinária apro-vou a distribuição de juros sobre o capital próprio no montante de R$36.946, R$35.175, R$35.775 e R$36.385, respectivamente, pagos em 10 de dezembro de 2018.

Em 31 de março, 30 junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de 2018, a Assembleia Geral Extraordinária apro-vou a distribuição de juros sobre o capital próprio no montante de R$38.205, R$ 37.991, R$38.375 e R$41.424, a serem pagos em 31 de dezembro de 2019.

(c) Reservas de lucros

A reserva legal é constituída mediante apropriação de 5% do lucro líquido do exercício. Em 31 de dezembro de 2018, a reserva está constituída até o limite legal de 20% do capital social. A reserva estatutária, que corresponde ao lucro remanescente, após a destinação para reserva legal, visa principalmente atender aos planos de investimen-tos previstos em orçamento de capital, processos de modernização e manutenção das linhas de produção.

(d) Reserva especial

A reserva especial refere-se a lucros a realizar decorrentes do ajuste ao valor justo do ativo biológico.

(e) Ajustes de avaliação patrimonial

Referem-se às variações cambiais resultantes da conversão do balanço patrimonial e do resultado do exercício de moeda funcional dólar para moeda de apresentação.

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Demonstrações Financeiras 2018 35

20 Dividendos e juros sobre capital próprio

CONTROLADORA E CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017

Saldo inicial 126.246 189.757

Provisão de juros sobre capital próprio 136.496 126.246

Pagamento de juros sobre capital próprio ao acionista (126.246) (189.757)

136.496 126.246

CONTROLADORA E CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017

Lucro líquido do período 766.659 439.751

Juros sobre capital próprio 155.995 144.281

Porcentagem sobre o lucro líquido do período 20% 33%

21 Receita

A conciliação entre a receita bruta e a receita líquida de vendas é como segue:

CONTROLADORA CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017

Vendas de celulose:

Receita bruta 2.943.642 2.211.481 3.057.699 2.212.871

Deduções:

Impostos sobre vendas (21.599) (18.732) (21.599) (18.732)

Devolução e abatimentos - - (518) (257)

Receita operacional líquida 2.922.043 2.192.749 3.035.582 2.193.882

Mercado externo 2.850.592 2.128.587 2.964.131 2.129.720

Mercado interno 71.451 64.162 71.451 64.162

Receita operacional líquida 2.922.043 2.192.749 3.035.582 2.193.882

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Demonstrações Financeiras 2018 36

22 Despesas por natureza

CONTROLADORA CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017

Depreciação, amortização e exaustão (386.764) (345.256) (388.688) (347.928)

Despesas com benefícios a empregados (180.095) (158.369) (180.095) (158.369)

Custos com materiais (557.703) (469.834) (577.006) (447.712)

Serviços contratados (581.267) (551.446) (651.125) (614.729)

Provisões e PLR (33.191) (31.031) (33.191) (31.031)

Variação do valor justo do ativo biológico 14.015 (33.332) 14.015 (33.332)

Ganhos com créditos de ICMS 78.476 - 78.476 -

Outras receitas/despesas 19.290 (40.040) 15.283 (37.602)

(1.627.239) (1.629.308) (1.722.331) (1.670.703)

Custo dos produtos vendidos (1.446.534) (1.307.017) (1.467.760) (1.287.568)

Despesas com vendas (202.380) (187.968) (272.239) (251.251)

Despesas gerais e administrativas (128.785) (115.688) (135.001) (121.664)

Outras receitas (despesas), líquidas 150.460 (18.635) 152.669 (10.220)

(1.627.239) (1.629.308) (1.722.331) (1.670.703)

23 Resultado financeiro

CONTROLADORA CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017

Receitas financeiras

Aplicações financeiras de curto prazo 13.780 3.257 13.780 3.257

Outras receitas financeiras 1.444 2.603 3.038 2.836

15.224 5.860 16.818 6.093

Despesas financeiras

Empréstimos e financiamentos (1.070) (2.057) (1.070) (2.057)

Outras despesas financeiras (1.876) (2.599) (2.104) (2.784)

(2.946) (4.656) (3.174) (4.841)

Variações cambiais, líquidas

Variações cambiais passivas 93.815 17.128 94.087 16.949

Variações cambiais ativas (104.107) (12.335) (106.468) (9.213)

(10.292) 4.793 (12.381) 7.736

1.986 5.997 1.263 8.988

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Demonstrações Financeiras 2018 37

24 Planos de previdência e outros benefícios

Previdência privada

Para formação das reservas técnicas correspondentes ao valor atual dos benefícios concedidos e a conceder, relativos a direitos adquiridos pelos participantes, são utilizados cálculos efetuados por atuário independente. Dessa forma, em 31 de dezembro de 2018, a Companhia contribuiu com o montante de R$5.275 (31 de dezembro de 2017 - R$5.240) para, em conjunto com a contribuição desses beneficiários, assegurarem a cobertura do plano de custeio. Todos os participantes ativos estão registrados no plano de contribuição definida.

A Companhia possui alguns participantes assistidos remanescentes de plano de benefício definido, que vem apre-sentando superávit desde o exercício de 2005. Devido à irrelevância dos valores envolvidos, a Companhia não espera impactos em suas demonstrações financeiras.

Seguro de vida

A Companhia oferece o benefício de seguro de vida para todos os seus empregados, em que o custo é compartilhado, sendo 60% custeados pela Companhia e o restante descontado na folha de pagamento. Apresenta também cobertura para morte natural, acidental e invalidez permanente. No período findo em 31 de dezembro de 2018, as despesas com seguro de vida foram de R$698 (31 de dezembro de 2017 - R$264).

Plano de saúde

A assistência médica é oferecida aos empregados de acordo com os critérios definidos pela política da Companhia. A Companhia disponibiliza benefícios de saúde na modalidade de autogestão, nas áreas médica, hospitalar, odontológi-ca, farmacêutica, ótica e laboratorial em vários municípios de abrangência. A Companhia assume como cobertura um rol de procedimentos que ultrapassam o exigido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), reembolsando ainda no mesmo percentual da rede conveniada serviços prestados por instituições ou profissionais não conveniados.

25 Gestão de risco financeiro

25.1 Fatores de risco financeiro

A Companhia participa de operações envolvendo instrumentos financeiros que se destinam a atender às neces-sidades próprias, no sentido de reduzir sua exposição a riscos de mercado, incluindo risco de moeda e de taxas de juros, risco de crédito e risco de liquidez. A administração desses riscos é efetuada por meio de políticas de controles, estabelecimento de estratégias de operações, determinação de limites e outras técnicas de acompa-nhamento das posições.

Os principais fatores de riscos inerentes às operações da Companhia são expostos a seguir:

(a) Risco de mercado

Exposição a riscos cambiais

A Companhia utiliza empréstimos e financiamentos de longo prazo para financiar suas operações, incluindo o fluxo de caixa e o financiamento de aquisições de ativos imobilizados. A maior parte dos empréstimos e financiamentos de longo prazo é vinculada ao dólar norte-americano. O risco cambial decorrente desses empréstimos e financiamentos é parcialmente reduzido pelas contas a receber e por caixa e equivalentes de caixa vinculados ao dólar norte-americano.

O sumário dos valores vinculados ao dólar norte-americano é como segue:

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Demonstrações Financeiras 2018 38

Exposição a riscos de taxas de juros

A Companhia está exposta a taxas de juros flutuantes, principalmente, relacionadas às variações da Libor relativa aos empréstimos e financiamentos denominados em dólares norte-americanos. A taxa de juros nas aplicações financeiras é na sua maioria vinculada à variação do CDI.

(b) Risco de crédito

Instrumentos financeiros que potencialmente sujeitam a Companhia a concentrações de risco de crédito consistem, primariamente, em contas bancárias, aplicações financeiras e contas a receber. A Companhia mantém contas correntes bancárias e aplicações financeiras com instituições financeiras de primeira linha. As contas a receber são substancialmente com partes relacionadas.

(c) Risco de liquidez

O departamento financeiro monitora as previsões contínuas de exigências de liquidez para assegurar que a Companhia tenha caixa suficiente para atender às necessidades operacionais.

25.2 Gestão de capital

Os objetivos da Companhia ao administrar seu capital são os de salvaguardar a capacidade de continuidade visando maximizar o retorno aos acionistas, mantendo uma estrutura de capital a custos apropriados para exe-cução de projetos estratégicos, para capital de giro e para administrar o fluxo de caixa das vendas (operações de pré-pagamento e adiantamentos cambiais).

25.3 Estimativa do valor justo

Os instrumentos financeiros registrados nas demonstrações financeiras da Companhia, geralmente, se aproxi-mam do valor de mercado, devido ao curto prazo de vencimento ou frequente giro desses instrumentos finan-ceiros. O valor de mercado das obrigações em moeda estrangeira é similar aos valores registrados.

A estimativa do valor de mercado é efetuada em um momento específico, baseada em informações de mercado relevantes e informações sobre os instrumentos financeiros. Estimativas são subjetivas em sua natureza e envol-vem incertezas e questões de julgamento, por essa razão não podem ser determinadas com precisão. Mudanças nessas posições podem afetar significativamente as estimativas.

Estimativa do valor justo dos ativos e passivos mensurados ao valor justo

Os ativos mensurados ao valor justo e reconhecidos no balanço patrimonial são classificados nos níveis da hie-rarquia de mensuração do valor justo.

A tabela abaixo classifica os instrumentos financeiros contabilizados ao valor justo de acordo com o método de avaliação. Os diferentes níveis foram definidos como segue:

CONTROLADORA CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017

Depósitos em contas remuneradas e CDB 326.366 3.954 398.115 40.170

Aplicações financeiras 116.244 - 220.864 -

Contas a receber 818.679 611.988 394.849 334.477

Fornecedores (328) (25.456) (28.008) (46.270)

Empréstimos e financiamentos - (285.247) - (285.247)

Total da exposição cambial líquida 1.260.961 305.239 985.820 43.130

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Demonstrações Financeiras 2018 39

• Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos (Nível 1);

• Informações, além dos preços cotados incluídas no Nível 1, que são observáveis pelo mercado para o ativo ou passivo, seja diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, derivados dos preços) (Nível 2);

• Informações para os ativos ou passivos que não são baseadas em dados observáveis pelo mercado (ou seja, premissas não observáveis) (Nível 3).

As avaliações dos valores justos dos ativos biológicos em 31 de dezembro de 2018 foram realizadas pela Admi-nistração. A tabela abaixo representa os ativos mensurados pelo valor justo em 31 de dezembro de 2018 e 31 de dezembro de 2017.

CONTROLADORA

31/12/2018 31/12/2017

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3

Ativos

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado

Aplicações financeiras (Nota 5) 188.472 - - 65.993 - -

Ativos biológicos (Nota 13) - - 1.529.963 - - 1.391.794

Total dos ativos 188.472 - 1.529.963 65.993 - 1.391.794

CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3

Ativos

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado

Aplicações financeiras (Nota 5) 293.092 - - 79.196 - -

Ativos biológicos (Nota 13) - - 1.529.963 - - 1.391.794

Total dos ativos 293.092 - 1.529.963 79.196 - 1.391.794

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Demonstrações Financeiras 2018 40

25.4 INSTRUMENTOS FINANCEIROS POR CATEGORIA

CONTROLADORA

31/12/2018 31/12/2017

Valorcontábil

Valorjusto

Valorcontábil

Valorjusto

Ativos financeiros

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado

Aplicações financeiras 188.980 188.980 65.993 65.993

Depósitos em contas remuneradas 326.986 326.986 4.230 4.230

Ativos financeiros ao custo amortizado

Contas a receber 829.539 829.539 621.884 621.884

Passivos financeiros ao custo amortizado

Fornecedores 152.625 152.625 183.478 183.478

Empréstimos e financiamentos - - 285.247 285.247

CONSOLIDADO

31/12/2018 31/12/2017

Valorcontábil

Valorjusto

Valorcontábil

Valorjusto

Ativos financeiros

Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado

Aplicações financeiras 293.651 293.651 79.196 79.196

Depósitos em contas remuneradas 398.920 398.920 27.436 27.436

Ativos financeiros ao custo amortizado

Contas a receber 405.709 405.709 344.373 344.373

Passivos financeiros ao custo amortizado

Fornecedores 181.226 181.226 205.831 205.831

Empréstimos e financiamentos - - 285.247 285.247

26 COBERTURA DE SEGUROS

Face à natureza de suas atividades, a Companhia adota a política de contratar cobertura de seguro, segundo as dife-renças clássicas dos riscos (industriais). Com base em análise sistemática de riscos, conjugadas com modernas técnicas securitárias, a Companhia contrata seguro, utilizando o conceito de Perda Máxima Provável, o qual corresponde ao va-lor máximo possível de destruição em um mesmo evento. A Companhia não contrata seguros florestais, pois mantém um rigoroso sistema de prevenção de combate a incêndios florestais.

Em 31 de dezembro de 2018, o parque industrial da Companhia apresentava-se segurado contra sinistros pelo limite máximo de indenização, por evento, de R$850.000 (31 de dezembro de 2017 - R$850.000).

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Diretoria

NAOHIRO DOIDiretor-Presidente e

Diretor Administrativo e Financeiro

JÚLIO CÉSAR TÔRRES RIBEIRODiretor Industrial e Técnico

FUMIHIKO YAMADADiretor Comercial

Responsável técnico

OLDAIR DE SOUZA MOURÃOContador

CRC-MG 053484/O-5

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E-Mail Corporativo Corporate E-Mail

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Avenida Afonso Pena, 1964 - 7º andarBairro Funcionários - CEP 30130-005Telefone: (5531) 3235.4041Fax: (5531) 3235.4002

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