A Arquitetura Grega

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Índice I. Introdução II. templos gregos a. contextualização: arquitetura Grega b. templos III. templos romanos a. contextualização: arquitetura Romana b. templos IV. conclusão V. considerações finais

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Índice

I. Introdução

II. templos gregos

a. contextualização: arquitetura Grega

b. templos

III. templos romanos

a. contextualização: arquitetura Romana

b. templos

IV. conclusão

V. considerações finais

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Introdução

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TEMPLOS GREGOS

CONTEXTUALIZAÇÃO: A ARQUITETURA GREGA

Pela pesquisa que efetuei pude constatar que a história da arquitetura Grega se divide

em cinco períodos , sendo que os mais importantes são três: Arcaico, Clássico e Helénico.

Ao longo da história da arquitetura das civilizações "as construções serviam, além de

sua função básica- a moradia- para base de estudos astronómicos, para representar um

Estado, exaltar governos e governantes, proteger populações contra invasores, criar grandes

edificações para homens notórios, exaltar deuses, entre outros."

A arquitetura Grega expressa os ideais de pensamento dos principais períodos

históricos, sendo a época de ouro o período clássico que irá ser explorado neste trabalho,

contudo irei fazer um breve enquadramento dos outros períodos históricos.

O período Arcaico corresponde a um momento histórico de expansão geográfica,

grande desenvolvimento económico e de contacto deste país com outras nações e povos. A

Grécia pretende destacar-se nesta época pela maturidade da sua civilização e pela sua

capacidade de organização social. Nesta época surge a visão antropométrica do homem e as

construções nesta altura refletem esta forma de pensamento passando a ver-se nelas a

representação humana e adoção de normas de construção fixas deixou-se de usar argamassa

que visam a harmonia e beleza, características atribuídas ao divino e à natureza.

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Esta procura pela harmonia, pelo equilíbrio, pela plenitude teve a sua expressão

máxima no período clássico. O Período Helénico corresponde porém a um momento de

declínio em que os valores anteriores começam a ser substituídos pelos valores individuais e

o idealismo dá lugar ao concreto. É uma fase marcada pela conhecida "crise da pólis" e a

transição para o domínio e apogeu de RomaPeríodo Clássico Este período corresponde

ao apogeu económico e cultural da Grécia, em parte devido às vitórias desta nação sobre o

império Persa, maior em número e força mas derrotados através das habilidades estratégicas

dos gregos sendo a batalha de Salamida um dos maiores momentos históricos desta época.

Para os gregos esta vitória representou o domínio da razão sobre a força a que conferiram um

estatuto de omnipotência. O louvor à racionalidade passa a ser expresso também através da

arquitetura. O período clássico divide-se em três ordens: dórica, jónica e coríntia. Em todas as

ordens as estruturas eram assentes num socalco, tinham suporte de colunas a que se seguia

um entablamento e cornija.

Na ordem dórica a coluna assenta diretamente no estilóbato, ou seja, não tem uma

base. O fuste, grosso e com caneluras, é constituída por cilindros. O capitel, estrutura por

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Ilustração 1 Estrutura básica da ordem Dórica

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cima da coluna é simples é constituído por ábaco e equino. Por cima do capitel encontra-se o

entablamento que nesta ordem é constituída pela arquitrave elevada e lisa e um friso decorado

com métopas e tríglifos. A cornija é constituída por mútulos ( bloco com seção quadrada).

A ordem dórica Traduz uma mensagem de solidez e omnipotência e masculinidade pelo seus

aspeto robusto e maciço.

Ilustração 2 Templo de Poseídon, séc. V a.C., Paestum, Itália. Calcário conquífero, revestido a estuque.

A ordem Jónica em oposição traduz graciosidade feminina. A coluna assenta numa base

decorada, com um toro e duas escócias separadas por dois astrágalos e um plinto. O fuste é

mais delgado e apresenta caneluras separadas por listeis. O capitel é ornamentado por duas

volutas. No entablamento as faixas e frisos frequentemente aparecem ornamentados com

baixo-relevo. A cornija apresenta denticulos.

Nalguns templos as colunas eram substituídas por estátuas de figuras femininas - cariátides -

ou masculinas - atlantes, facto designado por antropomorfismo.

Se as duas ordens anteriores manifestavam representações do feminino e masculino o estilo

Coríntico traduz luxo e ostentação. A diferença mais notória é no capitel ornamentado com

folhas de acanto, caulículos e hélices.

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Ilustração 3 Basílica de Pestos, Magna Grécia, c. VI a.C. (c. 550 a.C.) Calcário puro e poroso, revestido a estuque.

Ilustração 4 Templo de Segesta, séc. V a.C. (c. 430 a.C.). Magna Grécia.

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Ilustração 5 Templo do Pártenon, séc. V a.C. (c. 447-436 a.C.), Acrópole de Atenas..

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Ilustração 6 Estrutura da Ordem Jónica

TEMPLOS

Geralmente a estrutura básica dos templos era formada por um pórtico de acesso, por uma

camara principal com uma imagem de uma divindade e geralmente um aposento aos fundos,

que é uma réplica da pró-naos (opistodomos) que existia por uma questão estética uma vez

que normalmente não tinham acesso a ela. Por vezes a nave central é divida por duas filas de

colunas. O conjunto destas estruturas é envolvido pelo peristilo (colunata). Os telhados eram

de terracota ou porcelana.

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Ilustração 7 Estrutura típica de um templo grego

Os templos podem ser classificados segundo:

I. Número de colunas na fachada

II. Número de filas de colunas

III. Segundo a distribuição de colunas

Classificação segundo o número de colunas na fachada

Número de colunas na fachada

Tetrástilo 4

Pentastilo 5

Hexastilo 6

Octastilo ou octostilo 8

Decástilo 10

Dodecástilo 12

Classificação segundo o numero de filas de colunas

numero de filas de colunas

Monóptero 1

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Díptero 2

Pseudodíptero Similar ao anterior mas uma das filas não

envolve todo o templo

Ilustração 8 Classificação segundo o numero de filas de colunas

Classificação segundo a distribuição de colunas

distribuição de colunas

Períptero Completamente rodeado de colunas

Pseudopériptero Uma fila ou mais de colunas está embutida

nas paredes do naos.

Prostilo Só na fachada

Anfiprostilo Nas fachadas principal e posterior.

Ilustração 9 Classificação segundo a distribuição de colunas

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TEMPLOS ROMANOS

CONTEXTUALZIAÇÃO: A ARQUITETURA ROMANA

Cronologia da arte romana

Roma monárquica e Roma republicana

Roma monárquica do sec VIII ao VI a.C

Roma “assenta-se” sobre as sete colinas que estão à sua volta

As tribos de Lácio unificam-se e os antigos Deuses Romanos sincronizam-se com as

divindades Gregas (inicia-se a Helenização de Roma).

A arquitetura romana em que me vou centrar neste trabalho é a da Roma Imperial visto que

nesta época houve a grande explosão arquitetónica.

A arquitetura romana sofreu três grandes influências: Grega, Etrusca e oriental. Os Romanos

mantiveram as ordens Gregas, e através dos Etruscos os romanos introduziram o arco e

abóboda, estruturas que conferem grande estabilidade às construções.

Os Romanos foram ainda inspirados pela monumentalidade dos edifícios de alguns povos

orientais, não só pelo espaço que estes ocupam, mas também pelo seu significado – ideia da

imortalidade do império.

Uma das grandes inovações (descoberta e utilizada pelos romanos) foi o caementum1 que

conferia uma maior segurança e durabilidade das edificações ,e a utilização de uma técnica de

construção em que faziam uma estrutura/um enquadramento em que usavam enchimento com

diversos materiais (pedras, terra, madeira, etc) e depois faziam o revestimento decorativo

deixando a base estrutural dentro da construção. Exemplos das técnicas de enquadramento:

Opus vittatum , caementicium opus, opus incertum, opus reticulatum, opus

caementicium,opus testaceum, opus quadratum.

1 caementum - mistura de calcinada de calcário e de argila e àgua, que depois de seco ficava resistente como uma pedra.

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As bases fundamentais herdadas pela cultura e civilização Romana, são originárias:

Dos etruscos – herdaram a língua, métodos de adivinhação/ superstições, organização social,

legislação e princípios de urbanização.

Dos Gregos – herdaram praticamente tudo: desde a arte, a técnica e a estética.

A Roma republicana (de V a I a.C) expandiu-se por toda a península itálica e entrou em

conflito com os fenícios ao iniciar a sua expansão pelo mediterrâneo Ocidental (guerras

púnicas). Organizam-se em patrícios, plebeus e escravos. A organização dos romanos

implicava que os homens livres detivessem o poder, sendo representados por numa câmara: o

senado.

Tanto na Roma monárquica como na republicana, os romanos não conferiam muita

importância à arte; consideravam que era própria de povos fracos, mas ao dominarem os

povos, acabaram por integrá-los nas obras de construções, e alguns passaram a ser os

arquitetos, escultores e pintores do império romano.

É no final da República e no início do Império Romano (fim do séc. I a. C), o período em que

realmente aparece a arte Romana, daí o período mais criativo e importante corresponder ao

período da arte imperial Romana (até ao sec. V d.C).

Roma é a grande potência do Mundo, Júlio César, sem suprimir o senado concentra todos os

poderes civis e militares nas suas mãos e funda o império.

Inicio do Império:

Dinastia Júlio- Claudiana e Flaviana (I d.C).

Império Médio:

Dinastia Antonina (terceira dinastia imperial Romana) e imperadores militares.

TEMPLOS

O templo Romano aparece como tipologia arquitetónica no período republicano. Tem

características que misturam elementos estéticos dos templos gregos e dos templos etruscos.

Esta fusão foi criada pelo arquiteto grego Hermodoros que também tem como características

um podium ou pedestal com acesso a escadaria somente numa das frentes (como na

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arquitetura etrusca), tem duas partes claramente diferenciadas: a pró-naos e a naos (como na

arquitetura grega).

Na arquitetura Romana fazem uso de qualquer tipo de coluna grega, ás quais se acrescentam

as da ordem Toscana e da Compósita, logo na arquitetura Romana temos presentes cinco

ordens: Dórica, Jónica, Coríntia, Toscana e Compósita2 (estas duas últimas são criações

romanas).

Os templos podem ser perípteros sobre o podium e os normais com telhados a duas águas.

Existem dois tipos de templos: templos com uma só naos, dedicada a uma única divindade ou

com três naos dedicadas a cada uma das três divindades da tríade capitolina Júpiter, Juno e

Minerva.

Exemplos de templos romanos: Templo de Fortuna Viril, em Roma (adpata-se perfeitamente

ao modelo tipológico criado por Hemodoros:tem um podium, um só acesso por meio de

escadaria, uma só naos e o pórtico é cónico com telhado a duas àguas) ordem jónica; Templo

de Hérculs, em Cori, ordem dórica; Área Sacra do lago Argentaria, em Roma; Capitólio de

Thuburbu Maius, na Túnisia; Capitólio de Roma. FALTAM IMAGENS

Ilustração 10Capitólio de Thuburbu Maius

2 Ordens:Toscana tem como base a ordem dórica, mesmas proporções e simplificações, no entanto a coluna, o seu fuste e liso e o capitel e simples.Compósita: tem como base no seu desenvolvimento as ordens jónica e coríntia, neste estilo misturam-se e acrescentam- se os capitéis são um misto em que se utilizam as volutas, ordem jónica, nos capitéis e as folhas de acanto, da ordem coríntia.

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Templo de Vesta em Roma.

Roma Imperial aparece um novo tipo de construção, feito ao ar livre e com duas entradas:

uma principal em escadaria para os sacerdotes, outra em rampa para as vítimas que iriam ser

sacrificadas. No centro estava a mesa de altar.

Altar Hípetero (Ara pacis Augustae) FALTA IMAGEM

Panteão de Agripa: mandado construir pelo primeiro-ministro Agripa do imperador Octávio

Augusto e reconstruído mais tarde pelo imperador Adriano entre os anos 118 e 128 d.C.

Como os romanos eram particularmente supersticiosos, tinham por hábito antes de conquistar

qualquer cidade, pedir ao Deus ou Deusa protetor dessa cidade que se este lhes fosse

favorável eles ergueriam um templo em Homenagem a esse Deus.

Roma tinha templos dedicados a Deuses de todos os sítios, para solucionar o problema eles

decidiram construir um templo dedicado a todos os deuses – pantheon. Este templo foi

edificado numa estrutura circular, em que o diâmetro da base é igual à altura máxima do

edifício; que dá origem a uma estrutura envolvente de todo o edifício. É coberto por uma

cúpula com caixotões. O peso da cúpula inviabilizou a abertura de janelas, daí que a solução

teve de ser a abertura de um óculo no ponto “zenital”3. O templo está precedido por um

pórtico que “denuncia” claramente a manutenção das tipologias gregas, pois tem oito grandes

colunas na sua entrada com um friso com dedicatória a Marco Agripa.

Diferenças arquitetónicas

Grega Romana

Estática Dinâmica

Simples Ornamentada

Harmonia Desrespeito pelas leis da harmonia

Pouco utilitária Muito utilitária

3 Zenital, adaptado de Zenith

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Considerações finais:

Aspetos importantes relacionados com a arquitetura grega e romana não foram abordados

neste trabalho uma vez que já foram anteriormente abordados por outros colegas. Os aspetos

importantes são: a ilusão ótica utilizada nas colunas, a proporcionalidade das colunas, a

estrutura das colunas, a própria construção das colunas.

Este trabalho contribuiu para que compreendesse melhor alguns aspetos da arquitetura

ocidental uma vez que estas tem a arquitetura grega e romana como influencias. Ao estudar a

arquitetura do templo em específico, pude compreender alguns elementos básicos da

arquitetura e construções no geral, considerando assim que enriqueci os meus conhecimentos

nesta área.

webgrafia:

http://umolharsobreomundodasartes.blogspot.com/2009/03/arte-da-antiguidade-classica-arte-

grega_17.html

http://www.mediterranees.net

http://www.periodicos.udesc.br/index.php/linhas/article/viewFile/2287/1721

http://www.ac-paris.fr/portail/jcms/p1_532543/l-architecture-grecque

http://www.cosmovisions.com/archiGreceChrono.htm

http://www.clickestudante.com/arte-da-grecia-antiga.html

http://www.suapesquisa.com/grecia/

http://agrandeepoca.com/vida-a-arte/43-vida-a-arte-02/653-grecia-antiga-a-arte-e-a-cultura-

egeia.html

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http://www.territorios.org/teoria/H_C_romana.html

http://www.territorios.org/teoria/H_C_grega.html

http://www.cimentoeareia.com.br/ordensclassicas.htm

http://www.territorios.org/teoria/H_C_grega.html

http://www.territorios.org/teoria/H_C_romana.html

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