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    UNESP - Universidade Estadual Paulista

    Jlio de Mesquita Filho

    FEB - Faculdade de Engenharia de Bauru

    Manuteno e Lubrificao de Equipamentos

    Os Oito Pilares da TPM

    Lvia Freitas de Paula 711748

    Marcela Matsufugi Silva 711641

    Tatiana Justo da Silva Rocha 711225

    Prof. Dr. Joo Cndido Fernandes

    Agosto de 2010

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    1. Ttulo: Os Oito Pilares Da Tpm

    Na TPM, para a eliminao das 6 (seis) grandes perdas do equipamento,implementam-se as 8 (oito) atividades seguintes designadas como "8 pilares desustentao do desenvolvimento da TPM.

    A TPM se apresenta em trs fases: A primeira, iniciada no Japo, tinha seufoco na produo e era caracterizada pelo ideal de quebra zero, sustentada por cincopilares (eficincia, auto-reparo, planejamento, treinamento e ciclo de vida). A segunda,em 1989, foi um aprimoramento da anterior, conhecida como TPM 2 gerao traduzia aviso aplicada para toda a empresa sustentada em oito pilares e trazia o compromisso dechegar perda zero. E a terceira em 1997, conhecida como TPM 3 gerao propunhasatisfao global adicionada no rendimento reduo de custos, tambm desenvolvidaem oito pilares.

    Atualmente os oito pilares so:1Manuteno Autnoma;2Manuteno Planejada;

    3Melhorias Especficas;4Educao E Treinamento;5Manuteno Da Qualidade;6Controle Inicial;7Tpm Administrativo;8Segurana, Sade E Meio Ambiente.

    2. 1 pilar: MANUTENO AUTNOMA (Jishu Hozen):

    O objetivo deste pilar a melhoria da eficincia dos equipamentos,desenvolvendo a capacidade dos operadores para a execuo de pequenos reparos einspees, mantendo o processo de acordo com padres estabelecidos, antecipando-seaos problemas potenciais.

    Operadores com habilidade para manuteno autnoma devem ter: Capacidade para descobrir anormalidades. Capacidade de tratamento e recuperao. Capacidade quantitativa para definir as condies do

    equipamento. Capacidade de cumprir as normas para manuteno da situao

    (limpeza, lubrificao e inspeo).

    As etapas de implementao da M A:Etapa 0: Preparao:A etapa 0, consiste na preparao para o incio das atividades da MA. Uma boa

    providncia a implementao da tcnica japonesa dos 5S.O mtodo contm 5 sensos serem seguidos:

    Senso de Utilizao (Seiri ). Senso de Limpeza (Seiso ). Senso de Ordenao (Seiton ). Senso de Sade (Seiketsu ). Senso de Autodisciplina ( Shitsuke).

    Para implementar esta tcnica deve haver um treinamento em que seropassados conceitos bsicos de limpeza, organizao das reas de trabalho, demarcaese sinalizaes de equipamentos.

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    Etapa 1: Limpeza e inspeo.Na etapa 1, deve-se prevenir a deteriorao forada pela poeira e por resduos,

    vindos da parte externa da mquina ou proveniente do prprio processo de fabricao.Defeitos latentes, como a falta de lubrificao ou um parafuso solto em pontos de difcilacesso, devem tambm ser identificados e eliminados, pois so ocultos e de difcil

    identificao.Etapa 2: Medidas contra fontes de sujeira e locais difceis.Na etapa 2, dever ser eliminada a deteriorao forada e a utilizao do

    controle visual na deteco de defeitos. As pessoas envolvidas devero promovermelhorias raciocinando, desenvolvendo habilidades para realiz-las, implantando-as esentir satisfao por ter-las implantado a partir de suas idias. Deve-se conhecer ofuncionamento do equipamento e manter o trabalho desenvolvido na etapa anterior.

    Verifica-se os fundamentos bsicos de limpeza, cronometrando o seu tempo deexecuo, determinando os pontos causadores de sujeira, melhorando acesso as reasdifceis, estabelecendo padro provisrio para os formulrios de verificao de limpezae definindo os itens a serem inspecionados.

    necessrio diagnosticar a causa da sujeira encontrada, encontrar mais de umasoluo para combater os problemas, conseguir a participao de todos, determinarintervalo entre limpezas e realizar limpeza e lubrificao segundo os padresestabelecidos para a mquina.

    Etapa 3: Elaborao dos padres provisrios de limpeza/ inspeo/lubrificao.

    Na etapa 3 devero ser observados trs requisitos bsicos: limpeza, lubrificaoe inspeo (ajustes). As atitudes a serem tomadas nesta etapa sero: estudo da teoria dalubrificao, estruturar a equipe de lubrificao, incorporao da lubrificao ao padrode limpeza provisrio, criar controle visual de lubrificao e inspeo de fcilrealizao, estabelecimento de padro de limpeza, lubrificao e inspeo, criar folha derotina que possibilite procedimentos segundo o padro e procurar reduzir o tempo detrabalho (medindo o tempo de observao das condies bsicas de trabalho).

    Nas etapas de 0 a 3, procura-se reduzir o tempo entre quebras atravs de:satisfao das condies bsicas do equipamento, cumprimento das condies de uso,restaurao das deterioraes, melhorias de pontos deficientes e elevao dashabilidades dos operadores.

    Etapa 4: Inspeo geral.Aqui o equipamento ser restaurado atravs de inspees gerais do exterior e

    do aperfeioamento da confiabilidade; KAIZEN (prtica de melhorias contnuas,obtidas por pequenas mudanas nos processos existentes, atravs da criatividade das

    pessoas que trabalham com o equipamento) das reas difceis para inspees eprovidenciar correes; fazer com que as inspees sejam rotineiras e eficientes.Para avanar nesta etapa 4, devem adquirir conhecimentos e capacitao

    atravs dos manuais de verificaes, diagnosticar e reparar pequenos defeitos atravs dainspeo geral e preparar padro experimental para inspeo autnoma. Para tantonecessita-se da compreenso das estruturas e das funes dos produtos e das regras degarantia de qualidade, definir ferramentas (gabaritos, medidores, etc.) para garantir aqualidade imposta ao produto, preparao de material didtico para qualificao eminspeo geral, implementao de qualificao de lideres, acompanhamento de cursosde qualificao, preparao dos manuais de verificao.

    Etapa 5: Inspeo autnoma.

    Na inspeo autnoma o operador capacitado para detectar os problemasantes que ocorram atravs da implementao da inspeo com manual de padres de

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    inspeo. Devem ser bem definidas as atribuies de inspees da manuteno e daoperao. As inspees devem ser realizadas diariamente e dez pontos importantesdevem ser observados:

    Deve ser realizada dentro de perodos pr-determinados (porexemplo em etapas de 5 minutos) e os itens a serem verificados devem ser

    controlados em relao a carga e a necessidade, com a diviso de um processo,se necessrio. Deve-se adotar medidas que permitam inspees visuais e fceis. As ferramentas e mtodos de inspeo devem ser usados de forma

    criativa. A localizao e os itens inspecionados devem ser claramente

    indicados. A inspeo deve ser feita de forma confivel, sem a ajuda de

    formulrio de verificao. As pessoas devem ser treinadas especificamente para inspees.

    Os operrios da produo devem receber treinamento para quepossam executar a inspeo autnoma. Os operrios devem aprender o porqu da necessidade da

    inspeo, o que acontece se ela no for feita e o que acontece quando surgemcondies anormais.

    A preveno da deteriorao deve receber nfase maior do que ainspeo. Durante a inspeo, retire a sujeira e a poeira e aperte imediatamente oque estiver solto.

    A importncia da deteco precoce de problemas deve sempre serressaltada.

    Etapa 6: Padronizao.

    Essa etapa visa a organizao, a ordem e a efetivao do controle demanuteno atravs de padronizao. As principais atividades desta etapa so: a revisodos itens a serem controlados no local de trabalho e a reviso do controle feitovisualmente. importante nesta etapa a realizao e a ordem em termos gerais, tanto noaspecto fsico como no administrativo.

    Etapa 7: Efetivao do controle autnomo.At aqui nesta ltima etapa, foram atribudas as qualificaes necessrias ao

    operador. Desta maneira o operador dever ter a capacidade de trabalhar com esprito deautonomia. O principal item desta etapa a utilizao das habilidades adquiridas nasetapas anteriores, para analisar os dados sobre quebra ou falha, tcnicas de melhorias eaumento de eficincia do equipamento e capacitao tcnica para pequenos ajustes.

    Funes da Manuteno na Manuteno Autnoma:Reparo das deterioraes:Quando se iniciam as atividades de TPM em um equipamento, os operadores

    encontraro diversos defeitos que devero ser identificados por etiquetas, uma forma deidentificar o defeito no prprio local. Estas etiquetas so geralmente divididas em duasclasses e identificadas por cores diferentes:

    Etiquetas vermelhas: defeitos encontrados pelo operador e que eleno tem condies para solucionar.

    Etiquetas azuis: defeitos encontrados pelo operador e por elesolucionados.

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    Na primeira etiquetagem realizada no equipamento, o nmero de etiquetasvermelhas muito superior ao nmero de azuis. Percebe-se ento que o operadornecessita ser treinado para reverso do quadro.

    Trs so as providncias bsicas a serem tomadas pela manuteno, visandoapoiar o reparo das deterioraes:

    Ao rpida na resoluo das etiquetas vermelhas:A meta a ser atingida de pelo menos 90% das etiquetas vermelhas resolvidaspelo departamento de manuteno. Neste plano deve estar claro: Qual o problema,quem ser responsvel pela soluo, como ser resolvido e quando ser resolvido. Oenvolvimento da produo aqui fundamental, pois o reparo exigir a parada damquina.

    Lies ponto a ponto: uma forma de transmitir conhecimento atravs de pequenas informaes, de

    tal forma que qualquer pessoa possa entend-la e aplic-la lendo-a.Basicamente para se executar uma lio ponto a ponto, deve-se observar a

    ausncia de medo, pois o operador ser capaz de execut-la, utilizar-se de desenhos,

    figuras ou fotos, deve ser manuscrita, resumida, ser de pequenas partes da mquina(lies grandes traro problemas na execuo), descrever o procedimento correto e asidias implantadas.

    Treinar operadores em pontos bsicos de manuteno:A maioria dos defeitos encontrados nas mquinas conseqncia do acmulo

    de pequenas causas, entre elas a falta de conhecimento dos operadores. Sendo assim,deve-se proporcionar treinamento prtico/terico de elementos bsicos aos operadores,seguindo os seguintes itens:

    - O que o elemento?(nome).- Para que serve?- Como funciona?- Onde usado?- O que pode provocar problemas neste elemento?- Como evitar os problemas?O objetivo treinar operadores para pequenas atividades, para que os tcnicos

    de manuteno faam as atividades mais nobres.Eliminao das causas de deteriorao forada:Essa melhoria se divide em duas fases:Aplicao de melhorias individuais nas fontes importantes:Chamam-se de melhorias individuais, todas mudanas idealizadas pelos

    operrios implantadas no equipamento, que resultem na eliminao ou reduo de

    alguma(s) das 6 grandes perdas.Orientar as medidas contra as fontes atravs da MA:Isto pode ser feito atravs de:

    Auxlio do levantamento das reais causas das fontes de sujeira. Analisando e indicando os elementos e materiais corretos serem

    utilizados. Auxiliando a operao no estudo de custos/benefcios das

    melhorias. Auxiliando na implantao de dispositivos que facilitem

    limpeza/lubrificao/ inspeo. Sempre que for necessrio, a manuteno dever orientar os

    operadores.

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    Uma forma eficiente de se aplicar melhorias a utilizao do TPM STORY ,um formulrio afixado no quadro de atividades com funo de incentivar e motivar o

    programa.

    Pontos chaves para o sucesso da M A:

    Treinamento introdutrio: treinamento de todos os envolvidos antes de iniciar.O trabalho propriamente dito: atividades desenvolvidas no devem ser vistas

    como espordicas.Atividades de crculos: o encarregado participar de um circulo liderado pelo

    supervisor, o supervisor participar do circulo liderado pelo chefe de seo, o chefeparticipar do circulo de gerentes e os gerentes da comisso de desenvolvimento doTPM da empresa.

    Princpio da prtica: no se deve ater a formas e argumentos e deve-se ter comoprincipal objetivo o fato de fazer com as prprias mos.

    Efeitos reais: temas e metas concretas desenvolvendo melhorias que

    provoquem efeitos reais.A prpria pessoa define o que deve ser cumprido: fazer com que as pessoasdesenvolvam o controle autnomo das atividades.

    Execuo rigorosa: realizar atividades incompletas no trar os resultadosesperados.

    Segurana em primeiro lugar.

    3. 2 pilar: MANUTENO PLANEJADA:

    Filosofia da Manuteno Planejada:Conscientizao das perdas decorrentes das falhas de equipamentos e as

    mudanas de mentalidade das divises de produo e manuteno, minimizando asfalhas e defeitos com o mnimo custo.

    Funes da Produo e Manuteno:

    Produo:- Observao das condies bsicas do equipamento (limpeza e lubrificao).- Manuteno das condies operacionais.- Restaurao das deterioraes atravs da inspeo e descobertas precoces.- Aprimoramento dos conhecimentos de operao dos equipamentos.Manuteno:- Fornecimento de apoio tcnico as atividades de MA desenvolvidas pela

    produo.- No omitir e garantir a restaurao de deterioraes atravs de procedimentos

    de inspeo, verificao e desmontagem.- Descobrimento de falhas de projeto e esclarecimento das condies

    operacionais.- Aprimoramento dos conhecimentos de manuteno.

    Etapas da Manuteno Planejada:Etapa 1 - Avaliao do equipamento e levantamento da situao atual:

    Nesta etapa deve-se avaliar o equipamento atravs de um inventrio e registraros resultados desta avaliao em um cadastro.

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    O valor efetivo do equipamento caracterizado pelo estado de conservao damquina e pela sua eficincia.

    Como ltima providncia nesta etapa, deve-se estabelecer as metas pretendidaspela manuteno e verificar o seu cumprimento.

    Etapa 2 - Reparo das deterioraes e melhorias dos pontos deficientes: Reparo das deterioraes; Cumprimento das condies bsicas; Eliminar ambientes que provocam deteriorao forada.

    Etapa 3: Estruturao do controle de informaes e de dados:O cadastro informatizado e iniciado com as informaes obtidas atravs das

    impresses de avaliao, a partir do inventrio. Toda atividade de inspeo,lubrificao, manuteno, etc., deve ser registrada. A partir destas informaes seroestabelecidas as paradas para manuteno planejada.

    Ordens de servios:

    Documentos atravs dos quais so requisitados os trabalhos de manuteno econstam informaes necessrias realizao eficaz do servio.

    Etapa 4: Estruturao da Manuteno Preventiva:Generalidades da Manuteno Preventiva:Tal tipo de manuteno conhecido como "parada para manuteno" ou

    "overhaul". sabido, que um componente defeituoso, d origem ao fenmeno deavalanche, ou seja, no momento que um deles apresenta uma irregularidade oudefeito, as conseqncias so levadas a outros componentes que tambm passam aapresentar defeitos, que por sua vez passam a outros e o equipamento sofre um processorpido de degradao. Por este motivo procura se antecipar as avarias dos componentes,recebendo o nome de manuteno preventiva.

    Deve-se criar uma comisso para realizar a implantao do sistema, e destegrupo devem fazer parte: planejadores de produo, engenheiros industriais eengenheiros de fbrica.

    De um ponto de vista restrito, a manuteno preventiva vista como umainspeo sistemtica e programada, que compreende: limpeza, lubrificao e serviosnecessrios para manter equipamentos e prdios em condio de funcionamento.

    O Programa de Manuteno Preventiva: Formulrios de procedimento Listas de verificao: Mecnica Lubrificao Instrumentao Eltrica Tubulaes Lubrificao Ordens de servios Registro de equipamentos Implantao do programa

    O Comit de Conservao do Equipamento Industrial elaborou um roteiro para

    a realizao eficiente da conservao do equipamento, quando da passagem de

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    manuteno corretiva para preventiva. Os passos visam integrar e facilitar aconservao do equipamento.

    1 Passo - Intensificao da limpeza2 Passo - Superviso contnua sem plano de fbrica3 Passo - Introduo dos servios de lubrificao

    4 Passo - Conservao planejada das ferramentas5 Passo - Organizao de uma seo de consertos6 Passo - Incluso dos trabalhos de manuteno nos trabalhos de conserto7 Passo - Manuteno preventiva das mquinas8 Passo - Refinamento da superviso e anlise critica dos reparos

    Etapa 5: Estruturao da Manuteno Preditiva:Generalidades da Manuteno Preditiva:A manuteno pode ser subdividida em trs nveis distintos. O nvel I e o

    consiste em manter o equipamento funcionando. O nvel II a clssica manutenopreventiva. O nvel III consiste na manuteno preditiva.

    Fig. 1 - Parmetros utilizados na manuteno Preditiva.

    Etapa 6: Avaliao da Manuteno Planejada:Deve-se avaliar todas as etapas anteriores.

    Avaliao do aumento da confiabilidade Avaliao da mantenabilidade Avaliao da reduo de custos de manuteno.

    Custos da Manuteno:Para manter o controle sobre as despesas com manuteno e obteno de

    informaes eficazes, pode-se classificar os custos referentes a manuteno diria(limpeza e ajustes, etc..), inspeo de equipamentos (irregularidades ou adequaes doequipamento), reparos e correes, manuteno preventiva e manuteno corretiva.

    Para se obter reduo dos custos da manuteno observa-se os seguintespontos:

    Estabelecer novo ciclo de inspees/verificaes, reduzindo asatividades da manuteno.

    Gastos com lubrificantes.

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    Eliminao de tempo ocioso e perdas por transporte causadas porcontroles inadequados de reparos e de peas.

    Aprimoramento da restaurao de irregularidades. Reviso dos sobressalentes, reduo e adequao das peas em

    estoque. Algumas peas podem ser desnecessrias ou substitudas por mais

    baratas. Reciclagem de equipamentos e peas no utilizados, intercmbio

    interno de informaes. Reduzir desperdcio de energia. Eliminao de perdas em equipamentos.

    4. 3 pilar: MELHORIAS ESPECFICAS:

    Melhoria individual (Kobetsu-Kaizen), atividade que serve para erradicar de

    forma concreta as oito grandes perdas que reduzem a eficincia global do equipamento(ou OEE = Overall Equipment Effectiveness), melhorando-se, assim, o OEE.

    Para aumentar a eficincia, deve-se identificar e eliminar as 8 grandes perdas:1. Perdas por falhas em equipamentos: as falhas podem ocorrer por: (a)

    paralisaes no funcionamento: ocorrem inesperadamente, como um curto-circuito, ou(b) deteriorao das funes: ocorrem lentamente, como o desgaste de um pisto.

    2. Perdas por set-up e ajustes: ocorrem durante a paralisao necessria auma operao de set-up, onde os equipamentos so preparados para operaessubsequentes.

    3. Perdas por troca de ferramentas de corte: ocorrem quando da paralisao

    da linha para troca de brocas, fresas, facas, por quebra ou perda de corte.4. Perdas por acionamento: tempo gasto para que o equipamento atinja

    condies ideais de funcionamento (velocidade, temperatura, etc.).5. Perdas por pequenas paradas e pequenos perodos de ociosidade:

    inatividade do equipamento durante pouco tempo decorrente de problemas temporrios(parada da linha por falta de material, por problemas de qualidade, etc.).

    6. Perdas por velocidade: deve-se diferena entre as velocidades nominal ereal de trabalho. Ex.: um trem projetado para trafegar a 80 km/h, que trafega a 50 km/h.

    7. Perdas por defeitos e retrabalhos: ocorrem quando so constatados

    defeitos que requerem correo (produtos defeituosos que podem ser retrabalhados).8. Perdas por desligamento: paralisao da linha causada por inatividade do

    equipamento para execuo de manuteno/inspeo peridicas ou programadas.

    A partir do OEE, possvel verificar se a utilizao do equipamento est sendoplena e onde poderiam ser realizadas melhorias.

    O OEE representado por 3 termos que relacionam as 8 grandes perdas:

    % Disponibilidade = Tempo de operao / Tempo programado para operar.% Desempenho = Produo real / Produo ideal.% Qualidade = (Produtos bonsProdutos defeituosos) / Produtos bons.

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    Alm das perdas que afetam diretamente o OEE, temos ainda as perdas queconstituem obstculos eficincia de mo de obra (Ex.: perdas por deficincia logsticae perdas por medies) e as perdas que afetam o rendimento dos materiais e energia(Ex.: perdas por desperdcio de energia e as perdas por moldes, ferramentas e gabaritos).

    O Kaizen se desenvolve em 10 etapas:Etapa 01: Selecionar equipamento / linha / processo, como modelo;Etapa 02: Organizar as equipes de projeto;Etapa 03: Detectar as perdas atuais;Etapa 04: Definir as metas e o tema Kaizen;

    Etapa 05: Desdobrar o plano Kaizen;Etapa 06: Desdobrar, avaliar e analisar as medidas defensivas;Etapa 07: Implementar o Kaizen;Etapa 08: Confirmar os efeitos;Etapa 09: Evitar recorrncias;Etapa 10: Replicar na horizontal (Replicar = Discutir com argumentao).

    Para a implantao das melhorias individuais (Kaizen), utilizam-se 3importantes ferramentas: o mtodo dos sete passos, a anlise PM e a anlise de porqus.

    1. Mtodo dos sete passos:1. Definir misso/objetivos;2. Anlise da situao atual;3. Anlise das causas dos problemas;4. Anlise das solues dos problemas;5. Resultados obtidos com a melhor soluo;6. Padronizao;7. Planos futuros.

    2. Anlise PM: um eficiente meio de conduo de medidas contraquebra/falhas. Para que as perdas crnicas atinjam nvel zero, necessrio que seanalise fisicamente o mecanismo do fenmeno, extraindo todas as informaesrelacionadas com o equipamento, o pessoal, o material e os mtodos empregados. Esteraciocnio de anlise dos fatores a anlise PM. A expresso PM significa anlise fsica(Physical) do mecanismo (Mechanism). A anlise PM desenvolvida em oito etapas:

    1. Esclarecer o fenmeno;2. Analisar fisicamente o fenmeno;

    3. Identificar as condies em que ocorre o fenmeno;4. Listar cada fator de causa;

    OEE = % Disponibilidade x % Desempenho x % Qualidade

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    5. Avaliar o perfil ideal;6. Analisar o mtodo de pesquisa;7. Identificar os pontos de inconvenincias;8. Levantar sugestes de melhoria.

    A anlise PM eficaz quando se pretende reduzir o ndice de defeitos de 0,5%para 0%. Em casos de ndice bastante elevado, entre 5% e 10%, mais produtivo aplicaro mtodo de melhoria tradicional, a anlise dos porqus.

    3. Anlise dos porqus: tem como objetivo encontrar as causas primrias dedefeitos e falhas, atravs da resposta a cada porqu como pergunta para a prxima etapa,at se atingirem 5 etapas de porqus. Ao final da 5 etapa encontra-se a causa mais

    provvel do defeito ou falha.

    5. 4 pilar: EDUCACO E TREINAMENTO:

    Pilar cujo objetivo desenvolver novas habilidades e conhecimentos para opessoal da manuteno e da produo.

    De acordo com a filosofia TPM, habilidade o poder de agir de forma corretae automtica (sem pensar), com base em conhecimentos adquiridos sobre todos osfenmenos e utiliz-los durante um grande perodo.

    fundamental a capacitao do operador, atravs de cursos e palestras, paraque ele possa conduzir a manuteno sem receio de cometer erros. Como a TPM

    assentada no homem e dele depende para a obteno de resultados efetivos, otreinamento um investimento em que no se deve economizar, pois o retorno garantido.

    As habilidades so classificadas em 5 fases:

    1. No sabe: falta de conhecimento. No h compreenso de princpios eregras do trabalho e do equipamento.

    2. Conhece a teoria: falta de treinamento. Conhece os princpios e regras dotrabalho e equipamento, mas no consegue pratic-los.

    3. Consegue at certo ponto: age na prtica, mas o desempenho dispersivo eno possui reprodutividade. A causa a falta de treinamento.

    4. Consegue com segurana: aprendeu fazendo, o grupo j aprendeuperfeitamente.

    5. Consegue ensinar os outros: domnio perfeito. A habilidade est totalmentedominada, consegue explicar os porqus.

    Habilidades solicitadas aos operadores:- Identificar e aprimorar fontes de fuguai (pequenos defeitos);- Entender as funes e mecanismos do equipamento e encontrar causas do

    problema;- Entender a relao entre equipamento e qualidade do produto;

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    - Conseguir consert-lo;- Desenvolver Kaizen individual de temas do trabalho.

    Habilidades solicitadas ao pessoal de manuteno:- Instruir a correta operao e manuteno diria do equipamento;- Saber se o funcionamento do equipamento est normal ou no;- Analisar causas de anormalidade e implantar mtodos de restaurao corretos;- Aumentar confiabilidade do equipamento e das peas;- Atingir objetivos econmicos dessas atividades.

    Quanto mais sofisticado o equipamento e maior seu grau de automao,atividades como segurana e racionalizao na utilizao de energia tornam-se maisoportunas. So necessrios educao e treinamento para abordagem destes temas.

    As atividades de educao e treinamento so parte de seis etapas:

    1. Definir polticas bsicas de educao e treinamento;2. Treinamento para adquirir habilidades de operao e manuteno;3. Aprimoramento das habilidades de operao e manuteno;4. Estabelecimento e incio do desenvolvimento e treinamento de habilidades;5. Consolidao do ambiente de desenvolvimento voluntrio;6. Avaliao das atividades e estudo de abordagem futura.

    No se deve esquecer que a motivao um fator importante no treinamento e

    na promoo dos indivduos.

    6. 5 pilar: MANUTENO DA QUALIDADE:

    A Manuteno da Qualidade (Hinshitsu Hozen) compreende atividades que sedestinam a definir condies do equipamento que excluam defeitos de qualidade, com

    base no conceito de manuteno do equipamento em perfeitas condies para que possaser mantida a perfeita qualidade dos produtos processados. As condies so verificadase medidas regularmente, para que se constate se os valores medidos se encontram dentrodos valores padro para prevenir defeitos. A alterao de valores medidos observada

    para prever as possibilidades de ocorrncia de defeitos e para que se possam tomarmedidas de combate antecipadamente.

    A manuteno da qualidade do produto e a garantia da sua homogeneidade tmse tornado importantes tarefas das atividades de produo. O trabalho no equipamento um dos pontos centrais da produo, pois as condies das mquinas afetamsignificativamente a garantia da qualidade. Desta forma, a idia bsica assegurar acontinuidade e o aprimoramento de um alto nvel de qualidade atravs da manutenoefetiva dos equipamentos.

    Mo-de-obra, mquinas, material e mtodos so os chamados quatro Ms queincidem diretamente sobre a qualidade, sendo o objetivo bsico a sua transformao em

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    condies ideais, aprimorando-se a qualidade at que se estabilize um nvel alto. Apartir da, o gerenciamento da Manuteno da Qualidade consiste no acompanhamentodo trabalho e inspeo dos padres que mantm as condies ideais definidas.

    Condies preliminares para a Manuteno da Qualidade.1. Eliminao da deteriorao forada;2. Conhecimento do equipamento por todos os funcionrios;3. Zero falhas no equipamento;4. Projeto de Manuteno de novos produtos e equipamentos.

    Dez etapas para a Manuteno da Qualidade:1. Confirmao do estado atual: obter pontos de referncia e metas para a

    manuteno da qualidade. Quatro pontos principais devem ser confirmados nesta etapa:a) Padres de qualidade e valores caractersticos;

    b) Fluxograma do processo da unidade para a construo da qualidade;c) Pesquisa e estratificao das condies de defeitos de qualidade e

    fenmenos;d) Estabelecer metas e preparar o programa de implementao das atividades;2. Pesquisa dos processos que geram defeitos e obstruem a qualidade;3. Pesquisa e anlise das condies da fbrica: quais materiais,

    equipamentos, energia, mtodos ou verificaes eliminam defeitos, examinando-sedesenhos, padres, linhas e produtos, usando-se as condies de 4 Ms. Essas condiesso julgadas e os pontos defeituosos so extrados, caso as condies no atendam os

    padres; 4. Estudar medidas de combate de Fuguais: os pontos de fuguai dascondies da etapa 3 so relacionados para cada processo da unidade para um estudodas medidas de combate. Se as medidas antifuguai puderem ser tomadas imediatamente,as pessoas encarregadas delas so selecionadas para implantar o Kaizen;

    5. Analisar as condies para produtos no defeituosos que no estoconfirmadas: se as medidas adotadas na etapa 4 no podem ocorrer, analisa-se a listade defeitos atravs de outras tcnicas tais como a Anlise PM;

    6. Melhorar Kaizen de defeitos: implanta-se o Kaizen atravs das medidasde combate ao fuguai na etapa 5. Os resultados devem ser avaliados um determinadotempo, verificando se as caractersticas de qualidade definidas foram satisfeitas;

    7. Definir as condies da fbrica: as condies e padres que impedem osdefeitos da fbrica obtidos na etapa 3 so novamente examinados;

    8. Aprimorar mtodo de verificao: as condies da fbrica definidas naetapa 7 devem ser tomadas e inspecionadas;

    9. Decidir o valor do padro de verificao;10. Revisar o padro: determinar se as condies de cada um dos padres que

    evitam defeitos esto sendo mantidas.

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    7. 6 pilar: CONTROLE INICIAL:

    Trata-se de consolidar toda a sistemtica para levantamento dasinconvenincias,imperfeies e incorporao de melhorias, mesmo em mquinas novase atravs dos conhecimentos adquiridos, tornar-se apto a elaborar novos projetos onde

    vigorem os conceitos PM (Preveno da Manuteno), o que resultar em mquinascom quebra / falhas Zero.

    Custo do Ciclo de Vida (CCVLife Cycle Cost)O TPM objetiva alcanar o mximo rendimento operacional global das

    mquinas, o que significa minimizar o CCV.O CCV o custo total gerado no processo de projeto, desenvolvimento,

    produo, operao, manuteno e apoio.

    Os seguintes procedimentos so recomendados para incio das atividades decontrole inicial de produtos e equipamentos:

    1. Pesquisa e analise da situao atual2. Estabelecer o sistema de controle inicial3. Depurao e treinamento do novo sistema4. Utilizao completa e fixao do sistema

    8. 7 pilar: TPM ADMINISTRATIVO:

    O TPM no escritrio:Alm do aprimoramento do trabalho administrativo, eliminando-se desperdcio

    e perdas geradas pelo trabalho de escritrio, necessrio que todas as atividadesorganizacionais sejam eficientes. Os resultados concretos devem ser alcanados comocontribuio para o gerenciamento da empresa.

    As atividades TPM no escritrio. Atingir resultados concretos Lidar com o escritrio como uma fbrica Aplicar tcnicas TPM para equipamentos no escritrio Definir o setor e estabelecer metas Implantar com base em 3 pilares: Kobetsu Kaizen no setor e entre os setores Atividades Jishu Hozen para escritrio Educao e Treinamento

    Etapas da Manuteno Autnoma no Escritrio:Etapa 1Limpeza inicial.Etapa 2Identificao de problemas.a) Anlise de funo:

    b) Anlise horas-homem:c) Anlise de fluxo:Etapa 3Medidas de Kaizen:Etapa 4Padronizao:Etapa 5Atividades de trabalho e gerenciamento autnomo:

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    Atividades de melhoria individual:So dois mtodos para aplicao do Kobetsu Kaizen. O primeiro consiste em

    abordar as vrias perdas atravs do exame do estado atual e elimin-las. O outro mtodoconsiste em estabelecer um esboo do escritrio ideal e tentar alcana-lo atravs de um

    projeto.

    9. 8 pilar: SEGURANCA, SADE E MEIO AMBIENTE:

    O principal objetivo desse pilar acidente zero, alm de proporcionar umsistema que garanta a preservao da sade e bem estar dos funcionrios e do meioambiente. O cuidado da sade individual de cada pessoa deve ser exigido e possibilitado

    pela empresa. Este cuidado far com que as faltas por motivo de doena diminuamconsideravelmente.

    O treinamento e esclarecimento do cuidado com a sade composto de dezregras bsicas:

    1. Fazer um check-up (exame mdico) geral a cada ano.

    2. No fumar.3. Tomar bebida alcolica com moderao.4. Controlar as calorias consumidas.5. Controlar o nvel de colesterol.6. Entender os valores nutricionais dos alimentos.7. Gozar frias e Ter atividades de lazer.8. Saber controlar as presses dirias.9. Praticar esporte.10. Ter noo da sua limitao fsica.