7° Seminário Nacional d e Diretrizes p ara a Ed ucação...

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“Educação em Enfermagem:Buscando a coerência entre intenções e gestos”

18 a 21 de setenbro de 2003Brasília-DF

Trabalhos Cientificos

7° Seminário Nacional de Diretrizes para a Educação em

Enfermagem

ÍNDICE A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO DESENVOLVIMENTO DE UM PROFISSIONAL REFLEXIVO: UMA PROPOSTA NA DISCIPLINA DE ADMINISTRAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM....................................................................................1 A BIOÉTICA COMO “SEIVA” NO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA – RELATO DE EXPERIÊNCIA...............................................2 A BUSCA PELA QUALIDADE NO ATENDIMENTO DAS UNIDADES DO SMS DE MONTES CLAROS..............................................................................................................3 A CAMINHO DA INTERDISCIPLINARIDADE NO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU.....................................................................4 A DIMENSÃO EDUCATIVA DA AÇÃO ENFERMAGEM: REFLEXÕES EM TORNO DE PRÁTICAS ASSISTENCIAIS NO ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO....................................5 A DISCIPLINA DE BIOÉTICA NO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CBBS DA UNIMONTES........................................................................................................6 A EDUCAÇÃO DE ENFERMAGEM: ESTRATÉGIA QUE IMPULSIONARAM O PROCESSO DE MUDANÇA.................................................................................................7 A EDUCAÇÃO PERMANENTE NO PROCESSO DE TRABALHO DE ENFERMAGEM NUM HOSPITAL DE ENSINO..............................................................................................8 A EXPERIÊNCIA DA UESC NO PROGRAMA DE INTERIORIZAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE..................................................................................................................................9 A EXPERIÊNCIA DO PROFAE EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO PRIVADA, NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO.....................................................................................10 A FORMAÇÃO PROFISSIONAL NA ÁREA DE ENFERMAGEM E A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO....................................................................................................................11 A INFLUÊNCIA DA ESPECIALIZAÇÃO EM FORMAÇÃO PEDAGÓGICA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NA ÁREA DE SAÚDE: ENFERMAGEM NA PRÁTICA DOS DOCENTES DA FIEC..................................................................................................................... .........12 A INSERÇÃO DO ALUNO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM NO INTERNATO RURAL................................................................................................................................13 A PRODUÇÃO CIENTIFICA DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA UFMG: UM ESTUDO PRELIMINAR......................................................................................................................14 A SITUAÇÕES DILEMÁTICAS OCORRIDAS NA DISCIPLINA DE ADMINISTRAÇÃO DE ENFERMAGEM HOSPITALAR: PONTO DE PARTIDA PARA O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES PESQUISADORES...............................................15

ACOMPANHAMENTO ACADÊMICO: A EXPERIÊNCIA NO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ...................................................................16 ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM AO LONGO DA GRADUAÇÃO: A EXPERIÊNCIA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO..............................................................17 ANALISE DA PRODUÇÃO CIENTIFICA DOS ALUNOS DE GRADUAÇÃO DE UM GRUPO DE PESQUISA EM UM EVENTO NACIONAL.....................................................18 APRENDER / ENSINANDO: AÇÕES EDUCATIVAS EM SAÚDE NA ESCOLA DO ENSINO FUNDAMENTAL..................................................................................................19 APRENDER-FAZENDO E CONVIVENDO NO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM..20 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE ESTUDANTES PARA O CUIDAR DE PACIENTES NO PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO: MAPAS CONCEITUAIS DA AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM............................................................................................................21 AS ESTRATÉGIAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA FORMAÇÃO DA ENFERMEIRA: A IDEOLOGIA QUE PERMEIA O ENSINO DE ENFERMAGEM DE SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA.............................................................................22 AS PRÁTICAS DOCENTES NA ÁREA DA SAÚDE: A ESPECIALIZAÇÃO DA ENFERMAGEM..................................................................................................................23 AVALIAÇÃO CONTINUADA ATRAVÉS DE PORTFÓLIO: O ALUNO CONSTRUINDO SUA APRENDIZAGEM.......................................................................................................24 AVALIAÇÃO DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM – OLHAR DO ALUNO.............25 AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE MUDANÇA DO CURRÍCULO INTEGRADO DO CURSO DE ENFERMAGEM DA UEL................................................................................26 AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM: DESAFIOS E PERSPECTIVAS.................................................................................................................27 AVALIAÇÃO DOS CURSOS PROFAE: UMA NOVA ESTRATÉGIA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO UTILIZADA PELA AGÊNCIA REGIONAL DE MINAS GERAIS...............................................................................................................................28 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL: EXPERIÊNCIA COM CURSO DE ENFERMAGEM.........29 AVALIAÇÃO NACIONAL DE CURSO: CONHECENDO A POSIÇÃO DO ALUNO............30 AVALIANDO O PROJETO PEDAGÓGICO: INTENÇÕES E GESTOS NUM CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM....................................................................................31 CAMINHOS DA FORMAÇÃO DE ENFERMAGEM – CONTINUIDADE OU RUPTURA?..32

CAMINHOS PARA A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL CRÍTICO CRIATIVO.................33 COMPETÊNCIA DOS FACILITADORES DA APRENDIZAGEM NO CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM DO SENAC...............................................................................................34 COMPETÊNCIA NA PRÁTICA EDUCATIVA PARA CONSTITUIÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO EM SAÚDE: UM DESAFIO AOS EDUCADORES..........................................35 COMPETÊNCIAS ADMINISTRATIVAS NA FORMAÇÃO DO TÉCNICO DE ENFERAMGEM..................................................................................................................36 CONCRETIZAÇÃO DE UM PROJETO POLITICO-PEDAGOGICO PARA AO CURSO DE ENFERMAGEM DO CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL - IMES.........................................................................................................................37 CONHECENDO O PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DE NATAL – PROFAE.................................................38 CONSTRUINDO ESTRATÉGIAS EM BUSCA DE INTERDISCIPLINIDADE.....................39 CURSO ESPECIALIZAÇÃO EM TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA.................................40 DESAFIOS NA IMPLANTAÇÃO DE UM PROJETO INTEGRANDO A ENFERMAGEM, A FISIOTERAPIA E A ODONTOLOGIA NAS AÇÕES DESENVOLVIDAS PELA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA...........................................................................................................41 DIMENSÕES E CONSTÂNCIAS DA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO NO BRASIL: PRIMÓRDIOS E ATUALIDADE..........................................................................................42 DISCURSO E ENSINO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO ENFERMEIRO................43 DO ALUNO CRÍTICO AO ENFERMEIRO GENERALISTA: DEFINIÇÕES DAS COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS..................................................................................44 DO OIAPOQUE AO CHUÍ: O CURSO DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DESBRAVANDO FRONTEIRAS.....................................................................................................................45 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: UM DESAFIO A SER VENCIDO. RELATO DA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA EM LONDRINA-PARANÁ...................................................46 EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM: PARADIGMAS CONTEMPORÂNEOS........................47 EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM: QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL..............................48 EDUCAÇÃO SUPERIOR EM ENFERMAGEM: FORMAR PARA QUE COMPETÊNCIA..49 EM BUSCA DO SER PROFESSOR-ALUNO FRENTE À IMPLANTAÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES EM ENFERMAGEM........................................................50

ENSINANDO E APRENDENDO A ENSINAR O GRADUANDO DE ENFERMAGEM A CONHECER E AVALIAR O CORPO HUMANO.................................................................51 ENSINANDO E APRENDENDO EM GRUPO....................................................................52 ENSINO DA ENFERMAGEM GERNONTOGERIATRICA NO BRASIL DE 1991 A 2000 À LUZ DA COMPLEXIDADE DE EDGAR MORIN.................................................................53 ESTÁGIO CURRICULAR DE ENFERMAGEM: SUA IMPLEMENTAÇÃO NA FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNISA..........................................................................................54 ESTUDAR E TRABALHAR: DESAFIOS ENFRENTADOS POR TÉCNICOS DE ENFERMAGEM NA GRADUAÇÃO....................................................................................55 ESTUDO DE DEMANDA PARA A CRIAÇÃO DE FACULDADE DE ENFERMAGEM DE BELO JARDIM – PE...........................................................................................................56 EXPERIÊNCIA NA FORMAÇÃO DE PESSOAL DE ENFERMAGEM: UM DESAFIO EM CONSTRUÇÃO..................................................................................................................57 FORMAÇÃO DE ENFERMEIROS NA UNISC....................................................................58 FORMAÇÃO DE NÍVEL TÉCNICO – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL FADEC/ PROFAE..59 FORMAÇÃO DE PESSOAL DE NÍVEL MÉDIO EM SAÚDE: EXPERIÊNCIA DE APROVEITAMENTO DE ESTUDOS..................................................................................60 FORMAÇÃO PEDAGÓGICA/PROFAE: O OLHAR DOS ENVOLVIDOS – ALUNOS, TUTORES E OPERADORAS.............................................................................................61 FÓRUM DE AVALIAÇÃO DE CURRÍCULO INTEGRADO DA UEL – PROCESSO DINÂMICO DE AVALIAÇÃO E CONSTRUÇÃO.................................................................62 GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE COLETIVA: UMA ANALISE CRITICA..............................................................................................................................63 HISTORIA DA ESCOLA DE ENFERMAGEM HERMANTINA BERALDO..........................64 HOME CARE: EXPERIÊNCIA DOCENTE EM ESTAGIO CURRICULAR II.......................65 IMPACTO DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FORMAÇÃO PEDAGÓGICA NA REDE BÁSICA DE SAÚDE – ESTRATÉGIA DE CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE EMPREGADA PELOS ALUNOS DO NAD – MARINGÁ – PARANÁ..............66 IMPLEMENTAÇÃO DE UM CURRÍCULO RADICAL: SENTIMENTOS DE PRAZER E SOFRIMENTO....................................................................................................................67

INTRODUÇÃO À PESQUISA EM ENFERMAGEM PARA O TÉCNICO DE ENFERMAGEM – RELATO DE EXPERIÊNCIA.................................................................68 INTRODUÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA COMO TEMA TRANSVERSAL PAR AOS CURSOS DE AUXILIAR E TÉC. ENFERMAGEM..............................................................69 LICENCIATURA EM ENFERMAGEM - UMA PROPOSTA FRENTE ÀS DIRETRIZES CURRICULARES................................................................................................................70 MÓDULO DE AÇÃO INTEGRALIZADORA: UMA EXPECTATIVA DISCENTE.................71 MUDANÇAS DE CURRÍCULOS DE ENFERMAGEM NO BRASIL: NECESSIDADES VERIFICADAS....................................................................................................................72 MUDANÇAS NA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DA UNICAMP: POLÍTICAS & PRÁTICAS..........................................................................................................................73 NÚCLEO DE APOIO DOCENTE – PROFAE – LONDRINA/PR – RELATANDO A EXPE- RIÊNCIA D 1 TURMA........................................................................................................74 O ALCANCE DAS COMPETÊNCIAS GERENCIAIS NA FORMAÇÃO DO(A) ENFERMEIRO(A) EM NÍVEL DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM..............................75 O CURSO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL TÉCNICO EM ENFERMAGEM DA EE/UFMG – CEPTENF EM PARCERIA COM O PROFAE/MS: ELOS CONSTRUÍDOS.................................................................................................................76 O ENSINO DA ATENÇÃO BÁSICA NO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA (ESFS)...................................................................77 O ENSINO DE INVESTIGAÇÃO E O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: DESAFIO DE UM CURSO DE GRADUAÇÃO DE BELÉM, PARÁ.....................................78 O ENVELHECIMENTO HUMANO E A EDUCAÇÃO NO MARANHÃO..............................79 O HOMEM COMO UM SER MORAL..................................................................................80 O LÚDICO NO PROCESSO DE SER E VIVER: ENSINANDO E APRENDENDO............81 O PREPARO PROFISSIONAL DO ALUNO DE ENFERMAGEM PARA O CUIDADO DO DOENTE GRAVE: ENFOCANDO O CONTEXTO DA EXISTÊNCIA HUMANA.................82 O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A EDUCAÇÃO........................................................................................................................83 O PROCESSO DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS CURSOS PROFAE: DESAFIOS DA AGÊNCIA REGIONAL...............................................................................84

O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DA FAMERP: MISSÃO, VISÃO, PERFIL E ESTRUTURA CURRICULAR.....................................................................................................................85 O SIGNIFICADO DO AUTOCUIDADO PARA OS ACADÊMICOS DE UM CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM....................................................................................86 OS AVANÇOS E DESAFIOS DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL TÉCNICO NA ÁREA DA ENFERMAGEM BASEADA NO CURRÍCULO VOLTADO PARA AS COMPETÊNCIAS................................................................................................................87 PERCEPÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM UMA UNIDADE DE PRÉ-NATAL...........................88 PERFIL DO ALUNO INGRESSANTE DO CURSO DE ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE PARTICULAR..........................................................................................89 PERFIL DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM DA UNIVIX – FACULDADE BRASILEIRA EM VITÓRIA – ES........................................................................................90 PESQUISA-AÇÃO COMO PROPOSTA INOVADORA PARA A CAPACITAÇÃO PEDAGÓGICA NA ÁREA DE SAÚDE:ENFERMAGEM-....................................................91 PLANEJANDO E AVALIANDO A FORMAÇÃO DE COMPETÊNCIAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA....................................................................................................................92 PRECEPTORIA COMO AÇÃO EDUCATIVA: UMA LEITURA HERMENÊUTICA FENOMENOLÓGICA..........................................................................................................93 PROJETO PEDAGÓGICO – RECONSTRUINDO A PROPOSTA METODOLÓGICA.......94 PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM – UNIVALI – ITAJAÍ – CAMPUS I.........................................................................................................95 PROJETO PEDAGÓGICO: AÇÕES, MOVIMENTOS E PERCEPÇÕES DE FORMANDOS.....................................................................................................................96 PROJETO PEDAGÓGICO: O DESAFIO DA CONSTRUÇÃO COLETIVA.........................97 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: CONFRONTANDO A REALIDADE......................98 PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO EM CONSTRUÇÃO: DESAFIOS DE UM TRABALHO COLETIVO......................................................................................................99 PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO POR COMPETÊNCIAS DO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL ESPÍRITO SANTO..............................100

PROJETOS INOVADORES NO CAMPO DA ATENÇÃO À SAÚDE: DESENHANDO ESTRATÉGIAS PARA A FORMAÇÃO DE ENFERMEIROS............................................101 PROPOSTA DE CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM PAUTADA EM PRINCÍPIOS DA ANDRAGOGIA......................................................................................102 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO PROFAE NA PERSPECTIVA DO ENFERMEIRO INSTRUTOR.....................................................................................................................103 REAPRENDENDO INFECÇÃO HOSPITALAR (I.H.) NO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM: O OLHAR DOS ALUNOS......................................................................104 RECONSTRUINDO O MODELO DE ENSINO DE SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM.................................................................................................................105 REFLETINDO SOBRE A FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO UTILIZANDO O REFERENCIAL DE HEIDEGGER...................................................... ...............................106 REFLEXÕES E AVANÇOS NA IMPLANTAÇÃO DA GRADE CURRICULAR DO CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM DA UNIPAC – CAMPUS DE BOM DESPACHO......................................................................................................................107 REFLEXÕES SOBRE NOSSO FAZER POLÍTICO-PEDAGÓGICO: LIMITES E DESAFIOS........................................................................................................................108 REFLEXÕES SOBRE O EXAME FÍSICO NA DISCIPLINA DE SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA...............................................................................................................109 REFLEXÕES SOBRE UMA PRÁTICA DE ENSINO APRENDIZAGEM SEGUNDO UMA ABORDAGEM EMANCIPATÓRIA....................................................................................110 REGULAÇÃO DO TRABALHO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE/ENFERMAGEM...................................................................................................111 RELATO DE EXPERIÊNCIA: A(RE) ESTRUTURAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM NA UNESP – BOTUCATU.......................................................................................................................112 RELATO DE EXPERIÊNCIA: O SIGNIFICADO DA ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM OBSTÉTRICA NA PERSPECTIVA DAS ALUNAS CONCLUINTES DO CURSO.............................................................................................................................113 REPENSANDO A REALIDADE PEDAGÓGICA NA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA UFMG................................................................................................................................114 REVISANDO O PROJETO PEDAGÓGICO PROFAE......................................................115

ROMPENDO FRONTEIRAS E ENFRENTANDO DESAFIOS POR COMPETÊNCIA EM ENFERMAGEM.................................................................................................................116 SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA POSSÍVEL COERÊNCIA ENTRE INTENÇÕES E GESTOS NO ESTAGIO SUPERVISIONADO DA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM EM BELÉM/PARÁ...................................................................................................................117 SAÚDE E SOCIEDADE: ALCANCES E DESAFIOS NA IMPLANTAÇÃO DE UM EIXO INTEGRADOR PARA OS CURSOS DA ÁREA DA SAÚDE NA UNIGRANRIO...............118 SER E SABER DOCENTE: COMPETÊNCIA PARA ENSINAR........................................119 SIG: ENCURTANDO DISTÂNCIAS NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM ENFERMAGEM.................................................................................................................120 TÉCNICO DE ENFERMAGEM ESPECIALISTA EM ONCOLOGIA: O PERFIL DO INGRESSANTE.................................................................................................................121 TRABALHOS DE CONCLUSÃO DO CURSO DE ENFERMAGEM: A DIVERSIDADE DE ESCOLHA.........................................................................................................................122 TRAJETÓRIA DO PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DA NOVA PROPOSTA PEDAGÓGICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DA FAMERP...........................................................................................................................123 UMA ESTRATÉGIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM NO CURSO DE GRADUAÇÃO DA ESCOLA DE ENFERMAGEM ANNA NERY/UFRJ: A HISTORIA DO SENIORATO – 1982-1989..................................................................................................................................124 UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO COM AS COMPETÊNCIAS DO SENAC-RIO............125 VIDA ASSOCIATIVA: BUSCANDO O ELO ENTRE A INTENÇÃO DA SEMENTE NO PERFIL PROFISSIONAL DIVULGADO NOS PLANOS DE CURSO DE GRADUAÇÃO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE ENFERMAGE M NO ESTADO DE SÃO PAULO........126

ÍNDICE

A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO DESENVOLVIMENTO DE UM PROFISSIONAL REFLEXIVO: UMA PROPOSTA NA DISCIPLINA DE ADMINISTRAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM....................................................................................1 A BUSCA PELA QUALIDADE NO ATENDIMENTO NAS UNIDADES DE SAÚDE DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE MONTES CLAROS........................................2 A CAMINHO DA INTERDISCIPLINARIDADE NO CURSO DEENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU...................................................................3 A DIMENSÃO EDUCATIVA DA AÇÃO DE ENFERMAGEM: REFLEXÕES EM TORNO DE PRÁTICAS ASSISTENCIAIS NO ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO............................4 A DISCIPLINA DE BIOÉTICA NO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS/MG – UNIMONTES......5 A EDUCAÇÃO DE ENFERMAGEM: ESTRATÉGIAS QUE IMPULSIONARAM O PROCESSO DE MUDANÇA...............................................................................................6 A EDUCAÇÃO PERMANENTE NO PROCESSO DE TRABALHO DE ENFERMAGEM NUM HOSPITAL DE ENSINO.............................................................................................7 A EXPERIÊNCIA DA UESC NO PROGRAMA DE INTERIORIZAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE..........................................................................................................................8 A EXPERIÊNCIA DO PROFAE EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO PRIVADA, NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO......................................................................................9 FORMAÇÃO PROFISSIONAL NA ÁREA DE ENFERMAGEM E A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO...................................................................................................................10 A INFLUÊNCIA DA ESPECIALIZAÇÃO EM FORMAÇÃO PEDAGÓGICA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NA ÁREA DE SAÚDE: ENFERMAGEM NA PRÁTICA DOS DOCENTES DA FIEC........................................................................................................11 A INSERÇÃO DO ALUNO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM NO INTERNATO RURAL...............................................................................................................................12 A PRODUÇÃO CIENTÍFICA DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA UFMG: UM ESTUDO PRELIMINAR.....................................................................................................................13 ACOMPANHAMENTO ACADÊMICO: A EXPERIÊNCIA NO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. ................................................................14 ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM AO LONGO DA GRADUAÇÃO : A EXPERIÊNCIA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO....................................15

ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DOS ALUNOS DE GRADUAÇÃO DE UM GRUPO DE PESQUISA EM EVENTO NACIONAL...........................................................16

APRENDER / ENSINANDO: AÇÕES EDUCATIVAS EM SAÚDE NA ESCOLA DO ENSINO FUNDAMENTAL. ...............................................................................................17 APRENDER-FAZENDO E CONVIVENDO NO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM.................................................................................................................18 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE ESTUDANTES PARA O CUIDAR DE PACIENTES NO PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO: MAPAS CONCEITUAIS DA AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM......................................................................................19 AS ESTRATÉGIAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA FORMAÇÃO DA ENFERMEIRA: A IDEOLOGIA QUE PERMEIA O ENSINO DE ENFERMAGEM DE SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA............................................................................20 AS PRÁTICAS DOCENTES NA ÁREA DA SAÚDE: A ESPECIFICIDADE DA ENFERMAGEM.................................................................................................................21 AS SITUAÇÕES DILEMÁTICAS OCORRIDAS NA DISCIPLINA DE ADMINISTRAÇÃO DE ENFERMAGEM HOSPITALAR: PONTO DE PARTIDA PARA O DESENVOLVIMENTO PROFISSSIONAL DE PROFESSORES PESQUISADORES.......22 AVALIAÇÃO CONTINUADA ATRAVÉS DE PORTFÓLIO: O ALUNO CONSTRUINDO SUA APRENDIZAGEM......................................................................................................23 AVALIAÇÃO DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM : OLHAR DO ALUNO ............24 AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE MUDANÇA DO CURRÍCULO INTEGRADO DO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA..............25 AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM: DESAFIOS E PERSPECTIVAS................................................................................................................26 AVALIAÇÃO DOS CURSOS PROFAE: UMA NOVA ESTRATÉGIA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO UTILIZADA PELA AGÊNCIA REGIONAL DE MINAS GERAIS............................................................................................................................. 27 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL: EXPERIÊNCIA COM CURSO DE ENFERMAGEM........28 AVALIAÇÃO NACIONAL DE CURSO: CONHECENDO A POSIÇÃO DO ALUNO...........29 AVALIANDO O PROJETO PEDAGÓGICO: INTENÇÕES E GESTOS NUM CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM...................................................................................30

CAMINHOS DA FORMAÇÃO DE ENFERMAGEM – CONTINUIDADE OU RUPTURA? ...........................................................................................................................................31 CAMINHOS PARA A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL CRÍTICO CRIATIVO................32 COMPETÊNCIAS ADMINISTRATIVAS NA FORMAÇÃO DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM ................................................................................................................33 COMPETÊNCIAS DOS FACILITADORES DA APRENDIZAGEM NO CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM DO SENAC. .....................................................................................34 COMPETÊNCIAS NA PRÁTICA EDUCATIVA PARA CONSTITUIÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO EM SAÚDE: UM DESAFIO AOS EDUCADORES........................................35 PARA O CURSO DE ENFERMAGEM DO CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL - IMES.......................................................................................36 CONHECENDO O PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DE NATAL – PROFAE ...............................................37 CONSTRUINDO ESTRATÉGIAS EM BUSCA DA INTERDISCIPLINARIDADE...............38

CURSO ESPECIALIZAÇÃO EM TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA................................39

DESAFIOS NA IMPLANTAÇÃO DE UM PROJETO INTEGRANDO A ENFERMAGEM, A FISIOTERAPIA E A ODONTOLOGIA NAS AÇÕES DESENVOLVIDAS PELA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA. ........................................................................................................40 DIMENSÕES E CONSTÂNCIAS DA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO NO BRASIL: PRIMÓRDIOS E ATUALIDADE ........................................................................................41 DISCURSO E ENSINO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO ENFERMEIRO...............42

DO ALUNO CRÍTICO AO ENFERMEIRO GENERALISTA: DEFINIÇÃO DAS COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS ................................................................................43 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: UM DESAFIO A SER VENCIDO. RELATO DA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA EM LONDRINA – PARANÁ...............................................44 EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM: QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL ............................45

EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM: PARADIGMAS CONTEMPORÂNEOS......................46

EDUCAÇÃO SUPERIOR EM ENFERMAGEM: FORMAR PARAQUE COMPETÊNCIAS?........................................................................................................... 47

EM BUSCA DO SER PROFESSOR-ALUNO FRENTE À MPLANTAÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES EM NFERMAGEM..........................................................48 ENSINANDO E APRENDENDO A ENSINAR O GRADUANDO DE ENERMAGEM A CONHECER E A AVALIAR O CORPO HUMANO.............................................................49

ENSINANDO E APRENDENDO EM GRUPO...................................................................50

ESTÁGIO CURRICULAR DE ENFERMAGEM: SUA 0 IMPLENTAÇÃO NA FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNISA. .......................................................................................51 ESTUDAR E TRABALHAR: DESAFIOS ENFRENTADOS POR TÉCNICOS DE ENFERMAGEM NA GRADUAÇÃOv ................................................................................52 ESTUDO DE DEMANDA PARA A CRIAÇÃO DA FACULDADE DE ENFERMAGEM DO BELO JARDIM-PE ............................................................................................................53 EXPERIENCIA DA FORMAÇÃO DE PESSOAL DE ENFERMAGEN: UM DESAFIO EM CONSTRUÇÃO ................................................................................................................54 FORMAÇÃO DE ENFERMEIROS NA UNISC ..................................................................55

FORMAÇÃO DE PESSOAL DE NÍVEL MÉDIO EM SAÚDE: EXPERIÊNCIA DE APROVEITAMENTO DE ESTUDOS ................................................................................56 FORMAÇÃO DO ENSINO TÉCNICO – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DO AUXILIAR DE ENFERMAGEM FADEC/PROFAE.............................................................................................................. 57 FORMAÇÃO PEDAGÓGICA/PROFAE: O OLHAR DOS ENVOLVIDOS – ALUNOS, TUTORES E OPERADORAS........................................................................................... 58 GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE COLETIVA: UMA ANÁLISE CRÍTICA............................................................................................................................ 59 IMPACTO DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FORMAÇÃO PEDAGÓGICA NA REDE BÁSICA DE SAÚDE – ESTRATÉGIA DE CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE EMPREGADA PELOS ALUNOS DO NAD-MARINGÁ – PARANÁ............... 60 IMPLEMENTAÇÃO DE UM CURRÍCULO RADICAL: SENTIMENTOS DE PRAZER E SOFRIMENTO......................................................................................................................61

INTRODUÇÃO À PESQUISA EM ENFERMAGEM PARA O TÉCNICO DE ENFERMAGEM – RELATO DE EXPERIÊNCIA – ..............................................................................62

INTRODUÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA COMO TEMA TRANSVERSAL PARA OS CUSOS DE AUXILIAR E TÉCNICO DE ENFERMAGEM..................................................63 LICENCIATURA EM ENFERMAGEM – UMA PROPOSTA FRENTE ÀS DIRETRIZES CURRICULARES.............................................................................................................. 64 MÓDULO DE AÇÃO INTEGRALIZADORA: UMA EXPECTATIVA DISCENTE ........65

MUDANÇAS DE CURRÍCULOS DE ENFERMAGEM NO BRASIL: NECESSIDADES VERIFICADAS ..................................................................................................................66 MUDANÇAS NA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DA UNICAMP: POLÍTICAS & PRÁTICAS........................................................................................................................ 67 NÚCLEO DE APOIO DOCENTE – PROFAE – LONDRINA/PR – RELATANDO A EXPERIÊNCIA DA 1ª TURMA.......................................................................................... 68 O ALCANCE DAS COMPETÊNCIAS GERENCIAIS NA FORMAÇÃO DO (A) ENFERMEIRO (A) EM NÍVEL DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM - A EXPERIÊNCIA DA FACULDADE DE ENFERMAGEM E NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO G ROSSO (FEN/UFMT). ....................................................................................... 69 O CURSO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL TÉCNICO EM ENFERMAGEM DA EE/UFMG – CEPTENF EM PARCERIA COM O PROFAE/MS: ELOS CONSTRUÍDOS................................................................................................................ 70 O ENSINO DA ATENÇÃO BÁSICA NO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA (UEFS) ................................................... ..............71 O ENSINO DA ENFERMAGEM GERONTOGERIÁTRICA NO BRASIL DE 1991 A 2000 À LUZ DA COMPLEXIDADE DE EDGAR MORIN................................................................72 O ENSINO DE INVESTIGAÇÃO E O TRABALO DE CONCLUSÃO DE CURSO: DESAFIOS DE UM CURSO DE GRADUAÇÃO DE BELÉM, PARÁ ................................73 O ENVELHECIMENTO HUMANO E A EDUCAÇÃO NO MARANHÃO.............................74

O HOMEM COMO UM SER MORAL.................................................................................75

O LÚDICO NO PROCESSO DE SER E VIVER: ENSINANDO E APRENDENDO...........76

O PREPARO PROFISSIONAL DO ALUNO DE ENFERMAGEM PARA O CUIDADO DO DOENTE GRAVE: ENFOCANDO O CONTEXTO DA EXISTÊNCIA HUMANA................77 O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A EDUCAÇÃO ......................................................................................................................78

O PROCESSO DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS CURSOS PROFAE: DESAFIOS DA AGÊNCIA REGION AL..............................................................................79 O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DA FAMERP: MISSÃO, VISÃO, PERFIL E ESTRUTURA CURRICULAR................................................................................................................... 80 O SIGNIFICADO DO AUTOCUIDADO PARA OS ACADÊMICOS DE UM CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM. .................................................................................81 OS AVANÇOS E DESAFIOS DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL TÉCNICO NA ÁREA DA ENFERMAGEM BASEADA NO CURRÍCULO VOLTADO PARA AS COMPETÊNCIAS .............................................................................................................82 PERCEPÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM UMA UNIDADE DE PRÉ- NATAL ........................83

PERFIL DO ALUNO INGRESSANTE DO CURSO DE ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE PARTICULAR. ..................................................................................... 84 PERFIL DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM DA UNIVIX – FACULDADE BRASILEIRA EM VITÓRIA – ES...................................................................................... 85 PESQUISA –AÇÃO COMO PROPOSTA INOVADORA NA FORMAÇÃO PEDAGÓGICA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NA ÁREA DE SAÚDE: ENFERMAGEM.....................86 PLANEJANDO E AVALIANDO A FORMAÇÃO DE COMPETÊNCIAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA...................................................................................................................87 PRECEPTORIA COMO AÇÃO EDUCATIVA: UMA LEITURA HERMENÊUTICA FENOMENOLÓGICA ........................................................................................................88 PROJETO PEDAGÓGICO – RECONSTRUINDO A PROPOSTA METODOLÓGICA......89

PROJETO PEDAGÓGICO: AÇÕES, MOVIMENTOS E PERCEPÇÕES DE FORMANDOS. ..................................................................................................................90 PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM – UNIVALI – ITAJAÍ – CAMPUS I. .........................................................91 PROJETO PEDAGÓGICO: O DESAFIO DA CONSTRUÇÃO COLETIVA.........................................................................................................................92 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: CONFRONTANDO A REALIDADE.... ..........................................................................................................................................93

PROJETO POLITICO-PEDAGÓGICO POR COMPETÊNCIAS DO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL ESPIRITO SANTO...............................94

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO EM CONSTRUÇÃO: DESAFIOS DE UM TRABALHO COLETIVO. ...................................................................................................95 PROJETOS INOVADORES NO CAMPO DA ATENÇÃO À SAÚDE: DESENHANDO ESTRATÉGIAS PARA A FORMAÇÃO DE ENFERMEIROS. ...........................................96 PROPOSTA DE CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM PAUTADA EM PRINCÍPIOS DA ANDRAGOGIA . ....................................................................................97 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO PROFAE NA PERSPECTIVA DO ENFERMEIRO INSTRUTOR....................................................................................................................98 REFLETINDO SOBRE A FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO UTILIZANDO O REFERENCIAL DE HEIDEGGER....................................................................................99 REFLEXÕES E AVANÇOS NA IMPLANTAÇÃO DA GRADE CURRICULAR DO CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM DA UNIPAC- CAMPUS DE BOM DESPACHO.................................................................................................................... 100 REFLEXÕES SOBRE NOSSO FAZER POLÍTICO-PEDAGÓGICO: LIMITES E DESAFIOS.......................................................................................................................101 REFLEXÕES SOBRE O EXAME FÍSICO NA DISCIPLINA DE SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA. ............................................................................................................102 REFLEXÕES SOBRE UMA PRÁTICA DE ENSINO APRENDIZAGEM SEGUNDO UMA ABORDAGEM EMANCIPATÓRIA ................................................................................. .103 REFLEXÕES SOBRE UMA PRÁTICA DE ENSINO APRENDIZAGEM SEGUNDO UMA ABORDAGEM EMANCIPATÓRIA...................................................................................104 REGULAÇÃO DO TRABALHO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE/ENFERMAGEM. ................................................................................................105 RELATO DE EXPERIÊNCIA: O SIGNIFICADO DA ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM OBSTÉTRICA NA PERSPECTIVA DAS ALUNAS CONCLUINTES DO CURSO ...........................................................................................................................106 RELATO DE EXPERIÊNCIA: A (RE) ESTRUTURAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM NA UNESP-1BOTUCATU ..................................................................................................................107 REPENSANDO A REALIDADE PEDAGÓGICA NA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. ..........................................................108

REVISITANDO O PROJETO PEDAGÓGICO PROFAE..................................................109

SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA POSSÍVEL COERÊNCIA ENTRE INTENÇÕES E GESTOS NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM EM BELÉM/PARÁ..................................................................................................................110 SAÚDE E SOCIEDADE: ALCANCES E DESAFIOS NA IMPLANTAÇÃO DE UM EIXO INTEGRADOR PARA OS CURSOS DA ÁREA DA SAÚDE NA UNIGRANRIO..............111 SER E SABER DOCENTE: COMPETÊNCIA PARA ENSINAR .....................................112

SIG: ENCURTANDO DISTÂNCIAS NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM ENFERMAGEM.............................................................................................................. 113 TÉCNICO DE ENFERMAGEM ESPECIALISTA EM ONCOLOGIA: O PERFIL DO INGRESSANTE...............................................................................................................114 TÍTULO: DO OIAPOQUE AO CHUÍ: O CURSO DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DESBRAVANDO FRONTEIRAS. ...................................................................................115 TRABALHOS DE CONCLUSÃO DO CURSO DE ENFERMAGEM: A DIVERSIDADE DE ESCOLHA. ......................................................................................................................116 TRAJETÓRIA DO PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DA NOVA PROPOSTA PEDAGÓGICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DA FAMERP..........................................................................................................................117 UMA ESTRATÉGIA DE ENSINO - APRENDIZAGEM NO CURSO DE GRADUAÇÃO DA ESCOLA DE ENFERMAGEM ANNA NERY/UFRJ: A HISTÓRIA DO SENIORATO - 1982-1989.1 .............................................................................................................................118 UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO COM AS COMPETÊNCIAS DO SENAC-Rio............119

VIDA ASSOCIATIVA: BUSCANDO O ELO ENTRE A INTENÇÃO DA SEMENTE NO PERFIL PROFISSIONAL DIVULGADO NOS PLANOS DE CURSO DE GRADUAÇÃO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NO ESTADO DE SÃO PAULO.............................................................................................................................120

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO DESENVOLVIMENTO DE UM PROFISSIONAL REFLEXIVO: UMA PROPOSTA NA DISCIPLINA DE ADMINISTRAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE

ENFERMAGEM.

Fátima Maria de Freitas Albertino 1 Nadia Aparecida de Souza2

O presente trabalho teve como preocupação superar as práticas avaliativas que pouco contribuem para a formação do profissional de enfermagem comprometido com a reflexão e desvelamento de seu cotidiano e com a conseqüente superação das dificuldades e dos problemas com os quais se depara. Assim, houve necessidade de melhor compreender como uma nova prática avaliativa pode alterar uma concepção anterior e interferir na formação do futuro profissional. A opção mais interessante para consecução do estudo se afigurou a realização de um estudo de caráter qualitativo. Os atores que integraram o grupo pesquisado perfizeram 21 alunos do total de 37 que integraram o 4º ano, do Curso de Enfermagem, e que participaram, no decorrer do ano de 2000, da disciplina Administração da Assistência de Enfermagem, no Centro de Estudos Superiores de Londrina. A coleta de dados “utilizou” de diferentes instrumentos de análise: representação simbólica, questionários, portfólio, fichas de análise de desempenho e, ainda, durante a supervisão de estágio observação direta do cotidiano e grupos de discussão para análise dos aspectos a serem aperfeiçoados no desempenho profissional. A realidade dos dados nos mostrou que a avaliação como processo gerou um maior comprometimento do profissional, inserido na área da saúde, com a reflexão sobre a prática e o aperfeiçoamento do processo de trabalho, pelo compromisso permanente com a superação das questões emersos do cotidiano. Pelos resultados obtidos é possível afirmar que, de um modo geral, a ansiedade é um sentimento presente, independente da forma de avaliação praticada, mas o medo progressivamente desaparece quando sua efetivação prioriza o processo e não apenas o produto, que a avaliação como processo é fator importante na relação entre o ensino e a aprendizagem e que a relação horizontal entre professor e aluno contribuiu para formação de um profissional instrumentalizado criticamente para a tomada de decisões.

1 Enfermeira, Professora Mestre do Centro Universitário Filadélfia, e-mail: [email protected]; 2 Professora Doutor do Centro de Educação e Artes da Universidade Estadual de Londrina, orientadora do trabalho.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

A BIOÉTICA COMO “SEIVA” NO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA – RELATO DE

EXPERIÊNCIA

MARTINS, Júlia Trevisan DELLAROZA, Mara Solange Gomes

SIQUEIRA, José Eduardo YAMADA, Kiyomi Nakanishi

O trabalho relata a inserção da bioética como “seiva” no Currículo Integrado de Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina. Este currículo tem como eixo norteador do projeto político pedagógico – Defesa da Vida: a Saúde como um Direito. As antigas disciplinas do curso foram integradas em 10 módulos interdisciplinares: A Universidade e o Curso de Enfermagem; Processo saúde doença; Processo saúde – doença a partir do núcleo familiar; Avaliação do estado de saúde do indivíduo em assistência primária; Introdução á saúde do adulto; Saúde do adulto 1; Organização dos serviços de saúde/enfermagem; Da concepção á adolescência ; Saúde do adulto 2; Internato de Enfermagem. Participaram da construção do currículo, docentes do ciclo básico, profissionalizante e enfermeiros dos serviços que constituem campos de estágio do curso. A bioética centrada em cidadania e direitos humanos, nos aspectos clínicos e sociais leva á discussão dos dilemas éticos, desenvolvendo no aluno a capacidade de construir seus conhecimentos por meio de situações observadas na realidade, ao longo dos quatro anos de duração do curso, em um processo de ação/reflexão/ação contínuos. A avaliação de três anos de implementação do currículo mostra que o objetivo de formação de profissionais enfermeiros que desempenhem uma prática comprometida com as necessidades de saúde da população, com autonomia, iniciativa, raciocínio investigativo, criatividade, capacidade de comunicação, resolução de problemas e de trabalho interdisciplinar/multiprofissional, valorizando acima de tudo o ser humano na sua dimensão ética, de cidadania e de solidariedade, está sendo atingido.

Contato: [email protected]

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

A BUSCA PELA QUALIDADE NO ATENDIMENTO NAS UNIDADES DE SAÚDE DA SECRETARIA MUNICIPAL DE

SAÚDE DE MONTES CLAROS

PASSOS, Givanildo 1 DIAS, Maria Cecília 2

PINTO, Nilo Sergio Ferreira 3 DIAS, Orlene Veloso 4

O presente trabalho descreve acerca da Educação Continuada desenvolvida por um grupo multiprofissional nas Unidades de Saúde do município de Monte Claros/MG, no 1º semestre de 2003, onde foram beneficiados 585 funcionários. O objetivo foi melhorar o atendimento aos usuários dos serviços prestados pela Secretaria Municipal de Saúde, tanto no nível de habilidades quanto de competências de acordo com cada área de atuação do funcionário, buscando alcançar um desfrute mais pleno e o bem-estar do trabalhador e do usuário. Foram oferecidos cursos e oficinas com os seguintes temas: Qualidade no Atendimento ao Usuário e Relações Interpessoais; Tratamento de Feridas; Noções de Biossegurança e Limpeza de Unidades de Saúde. No final de curso foi aplicada uma avaliação onde obtivemos um grau de satisfação positivo dos participantes, fato este que proporcionou mais incentivo ao Grupo para continuar trabalhando com a Educação Continuada no serviço.

1 Técnico em Saúde Ambiental e Sanitarista pela UNIMONTES; Chefe da Seção de Educação em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros/MG. 2 Acadêmica do 7º período de Enfermagem da UNIMONTES, Estagiária da Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros/MG. 3 Odontólogo Especialista em Saúde Pública; Chefe de Divisão das UBS/SMS de Montes Claros/MG. 4 Enfermeira; Especialista em Metodologia do Ensino Superior e Bioética pela UNIMONTES e Formação Pedagógica pela FIOCRUZ; Profa. do Departamento de Assistência em Enfermagem – UNIMONTES; Chefe de Seção de Normas e Procedimentos da Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros/MG. R. Santa Terezinha, 303 - Todos os Santos - Montes Claros/MG - Cep.: 39400-116 - (38) 3222-8609/9986-3723 [email protected]

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

A CAMINHO DA INTERDISCIPLINARIDADE NO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU

BERTONCINI, Judite Hennemann 1

DUARTE DA SILVA, Cláudia Regina Lima 2

A implantação do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Regional de Blumenau com currículo integrado demandou a construção de um projeto educacional e apropriação de princípios e fundamentos teóricos necessários para implementar a proposta educativa pretendida. Esta proposta inovadora visa a formação de trabalhadores/profissionais de enfermagem capazes de perceber e considerar a vida em sua perspectiva auto-eco-organizativa na perspectiva dos humanos e da planetaridade. Para fundamentar com suporte teórico e metodológico os professores do curso de enfermagem e viabilizar a organização de currículo integrado de natureza interdisciplinar, realizou-se uma oficina de quarenta horas com os docentes das áreas de conhecimento como português, antropologia, fisiologia, biologia, enfermagem, entre outras, envolvidos nos 1º e 2º semestres. Discutiu-se teorias de educação, aprendizagem, princípios e fundamentos para organização educacional interdisciplinar. Com base na avaliação das ações educativas desenvolvidas no primeiro semestre e as teorias abordadas, construiu-se os princípios essenciais, fundamentos cognitivos e relacionais para o curso de Enfermagem de acordo com o perfil profissional desejado. A construção da proposta pedagógico-didática incluiu o planejamento das atividades educativas para o primeiro e segundo semestres pelo coletivo dos docentes. Com essa oficina, desencadeou-se um processo de superação da tradicional organização disciplinar de natureza fragmentada e construção de uma proposta pedagógico-didática interdisciplinar.

1 MSc em Saúde Pública, professora do curso de Enfermagem da Universidade Regional de Blumenau e enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde da Blumenau. 2 MSc em Educação, professora e coordenadora do curso de Enfermagem da Universidade Regional de Blumenau.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

A DIMENSÃO EDUCATIVA DA AÇÃO DE ENFERMAGEM: REFLEXÕES EM TORNO DE PRÁTICAS ASSISTENCIAIS NO

ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO.

Flávia Regina Ramos 1

Kenya Schmidt Reibnitz2 Marta Lenise do Prado33

Este estudo é uma reflexão filosófica e ressalta a importância dos espaços de liberdade na relação pedagógica como ferramenta para a formação do profissional crítico-criativo. Segundo Merhy (2002), o processo de trabalho em saúde precisa mudar, precisa ressaltar a subjetividade através do acolhimento e do vínculo com o usuário. Este processo de mudança se concretiza com o espaço interseçor presente no trabalho vivo em ato. Neste processo de trabalho, o consumo pelo usuário dá-se imediatamente na produção da ação; ele não está sendo ofertado como uma coisa externa. Teoricamente, o trabalho não se esgota no produto. Desta forma, nosso trabalho em saúde e educação se dá no espaço de autonomia do trabalhador e independente da sua função, sempre existirá a possibilidade de criar, de ir além. No processo pedagógico também temos a construção de um espaço interseçor, compreendido como o espaço das relações; um espaço de encontro e negociação entre professor e aluno, em ato, que se realiza num dado momento, não se repete, pois cada indivíduo é um e cada momento é único; valoriza e destaca a subjetividade nas relações, tão necessária, também, no processo de trabalho em saúde. Segundo Lipmann (2001) o estímulo ao pensar possibilita esta construção do sujeito, pois integra as dimensões do conhecimento e da aprendizagem. Compreendemos o “ofício” do professor no processo de trabalho educar como possibilidade de liberdade, com criação de projetos a partir das finalidades estabelecidas no contexto de sua realidade. É de fundamental importância a valorização do espaço interseçor, como um privilegiado espaço de liberdade e autonomia, onde a relação pedagógica favorece o ensino prático-reflexivo, resgatando o potencial criativo, o potencial dos indivíduos, a autogovernabilidade. Precisamos entender que o processo de trabalho educar constitui-se, portanto, num trabalho vivo em ato, que se concretiza no momento da relação pedagógica e é o locus privilegiado para a construção de sujeitos crítico-criativos.

1 Enfermeira. Doutora em Filosofia da Enfermagem. Docente do Departamento de Enfermagem, Presidente do Colegiado do Curso de Graduação em Enfermagem e Professora do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UFSC. 2 Enfermeira. Mestre em Assistência de Enfermagem. Docente do Departamento de Enfermagem da UFSC e Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UFSC. Coordenadora do Curso Técnico de Enfermagem UFSC. 3 Enfermeira. Doutora em Filosofia da Enfermagem. Docente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem e do Departamento de Enfermagem da UFSC.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

A DISCIPLINA DE BIOÉTICA NO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS DA UNIVERSIDADE

ESTADUAL DE MONTES CLAROS/MG - UNIMONTES

CANELA, João dos Reis 1

DRUMOND, Jose Geraldo de Freitas 2 DIAS, Orlene Veloso 3

COSTA, Simone de melo 4

A disciplina Bioética ministrada no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - C.C.B.S. - na UNIMONTES, nos cursos de Biologia, Educação física, Enfermagem, Medicina e Odontologia, tem propiciado um espaço crítico, para a formação de profissionais éticos. A pesquisa foi realizada no C.C.B.S. da UNIMONTES, pelos docentes da disciplina Bioética, sendo o universo pesquisado composto de 68 discentes matriculados na referida disciplina, dos cursos de Educação Física, Medicina e Odontologia, no primeiro semestre de 2001. Os objetivos da pesquisa foram criar um instrumento norteador para o ensino da Bioética na UNIMONTES, nos cursos do C.C.B.S. e propiciar momentos de reflexão em torno dos dilemas éticos e morais dos assuntos persistentes e dos resultantes da evolução da tecnociência. O estudo se deu através da aplicação de questionário, contendo 26 questões fechadas com assuntos que compõem o conteúdo programático da disciplina Bioética. O questionário foi aplicado em sala de aula para todos os pesquisados no primeiro dia de aula. Os dados foram submetidos à análise estatística usando como variável: sexo e curso matriculado. A análise e interpretação dos dados permitiu aos autores uma reflexão sobre o ensino de Bioética na UNIMONTES, proporcionando o redirecionamento do conteúdo programático da disciplina, buscando criar disposições para a formação de profissionais capazes de atender da melhor forma possível, as necessidades ligadas às questões da saúde, no contexto onde estão inseridos.

1 Médico - Especialista em Bioética, Professor do Departamento de Medicina da UNIMONTES. 2 Médico, Professor do Departamento de Medicina da UNIMONTES. 3 Enfermeira; Especialista em Metodologia do Ensino Superior e Bioética pela UNIMONTES e Formação Pedagógica pela FIOCRUZ; Profa. do Departamento de Assistência em Enfermagem – UNIMONTES . R. Santa Terezinha, 303 - Todos os Santos - Montes Claros/MG - Cep.: 39400-116 - (38) 3222-8609/9986-3723 [email protected] 4 Odontologa – Especialista em Metodologia do Ensino Superior e Bioética.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

A EDUCAÇÃO DE ENFERMAGEM: ESTRATÉGIAS QUE IMPULSIONARAM O PROCESSO DE MUDANÇA

SILVA, Kênia Lara 1

SENA, Roseni Rosângela de COELHO, Suelene

GONÇALVES, Alda Martins

O estudo analisa as transformações do processo de ensino-aprendizagem nos cursos de Graduação em enfermagem, no Brasil, que desenvolvem o Projeto UNI: Faculdade de Medicina de Marília, Universidade Estadual de Londrina, Universidade Federal da Bahia e Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Procurou-se identificar os elementos que caracterizam o processo de mudança, analisando as estratégias utilizadas pelos cursos e que possam ser demonstradas como possibilidades para concretizar a construção de novos modelos de educação em enfermagem. Trata-se de estudo descritivo-exploratório com abordagem qualitativa, que ancora-se no materialismo histórico-dialético como referencial teórico-metodológico. Os dados foram obtidos de análise documental e através de grupo focal com docentes, discentes, enfermeiros de serviço e pessoas da comunidade, envolvidos no processo de ensino da enfermagem. A compreensão dos dados permitiu evidenciar um movimento de construção de novos modelos de educação em enfermagem com a concepção e concretização de um Projeto Político-Pedagógico baseado em metodologias ativas de ensino, diversificação dos cenários de ensino-aprendizagem permitindo a difícil aproximação teoria / prática e reorganização das estruturas acadêmicas. Identificou-se a configuração de mecanismos de capacitação docente e a tentativa de adequação dos modelos avaliativos formativos como elementos de mudança, buscando uma formação mais ativa, reflexiva e crítica. Conclui-se que o processo, dinâmico e complexo, é influenciado pelas condições e contextos de cada instituição, mas de modo geral apresentam experiências de uma nova subjetivação dos docentes e estudantes tendo como conseqüência mais valiosa a construção de sujeitos capazes de transformar-se e de transformar o ambiente acadêmico, no sentido de validar e implementar o modelo de formação baseado em referencias críticos e reflexivos.

1 Endereço para correspondência: Rua Corumbá, 214, Carlos Prates. BH/MG. CEP: 30710-280. E-mail: [email protected] ou [email protected]

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

A EDUCAÇÃO PERMANENTE NO PROCESSO DE TRABALHO DE ENFERMAGEM NUM HOSPITAL DE ENSINO

FIGUEIREDO, Mariangela Aparecida Gonçalves 1

SENA, Roseni Rosângela de 2 REIS, Maria Aparecida Pereira dos 3

INTRODUÇÃO: As atuais exigências do Sistema Único de Saúde (SUS) e do mercado de trabalho, impõe mudanças no perfil do profissional de saúde relacionadas às competências. A educação permanente é considerada por vários autores, HADDAD (1994); DAVINI (1995); ISAACS (2002), como uma estratégia de intervenção pedagogica-institucional, utilizando o próprio espaço do trabalho para desenvolver a capacitação dos profissionais. Como referencial teórico, utilizou-se as abordagens crítico-reflexiva/construtivista da educação e o processo de trabalho de enfermagem. OBJETIVOS: O presente estudo, de abordagem qualitativa sobre a educação permanente, tem como objetivos descrever as ações educativas desenvolvidas pelos profissionais de enfermagem, analisa-las e apreender a concepção dos mesmos sobre o tema. METODOLOGIA: Para a coleta de dados, foram realizadas oficinas com a participação dos profissionais de enfermagem, enfermeiros, auxiliares e técnicos, de um Hospital de ensino As falas dos profissionais foram gravadas, transcritas e analisadas segundo análise do discurso, fundamenta em BORDIEU (1998). RESULTADOS: Como resultados, verificou-se que os profissionais apresentam dificuldades no desenvolvimento das ações educativas, refletindo uma formação tecnicista, tendo como conseqüências, a formação do profissional com pouca capacidade de análise crítica no processo de trabalho. Identificou-se que o Serviço de educação continuada está se organizando para a implementação de ações educativas. Este pode ser apontado como um fator positivo na análise do processo de trabalho. CONCLUSÃO: Conclui-se que há necessidade de capacitação dos profissionais de enfermagem dentro de uma abordagem crítico-reflexiva/construtivista da educação; que a educação permanente seja uma ação contínua, institucionalizada, centrada no processo de trabalho, possibilitando a participação ativa dos sujeitos envolvidos; e que é nas relações do trabalho em enfermagem que mudanças significativas ocorrem a partir de processos educativos, orientados para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde.

1 Enfermeira do Hospital Universitário-UFJF/MG, mestranda do Curso de Mestrado da Escola de Enfermagem da UFMG. 2 Enfermeira Prof ª Doutora da Escola de Enfermagem da UFMG, Coordenadora do NUPEPE/CNPq 3 Enfermeira do Hospital Universitário-UFJF, Especialista em Administração Hospitalar e Filososfia Moderna e Contemporânea [email protected]

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

A EXPERIÊNCIA DA UESC NO PROGRAMA DE INTERIORIZAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE

ARAÚJO, Maria da Conceição Filgueiras de1.

Este estudo é resultado da experiência da Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus-BA, na elaboração do Projeto e execução do I Curso de Especialização do Programa de Saúde da Família PSF. Trata-se da proposta do Programa de Interiorização do Trabalho em Saúde-PITS- um Projeto do Ministério da Saúde, em Convênio com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq, e outras entidades na perspectiva da reorganização da atenção básica em diversos municípios que apresentassem elevados índices de morbi-mortalidade e existência do Programa de Agentes Comunitários em Saúde-PACS. O objetivo geral do Curso foi de formar profissionais de saúde, médicos e enfermeiros para desempenharem suas atividades profissionais em unidades básicas de saúde sob a estratégia do PSF, através de ações de abordagem coletiva e clínica individual. Essa proposta utilizou uma estratégia metodológica baseada em práticas pedagógicas participativas que possibilitassem o desenvolvimento de um processo de aprendizagem autodirigido, objetivando aos profissionais relacionarem os conteúdos de forma processual e integrado ao ensino-serviço contemplando períodos de concentração (sala de aula) e dispersão (locais de trabalho nos municípios). A clientela de 20 profissionais selecionados previamente pelo Ministério da Saúde e Pólo de Capacitação/BA desencadeou o início do Curso em junho/2001 e encerramento em agosto de 2002. O Curso pôde possibilitar o repensar da prática profissional “curativista”, sensibilizar a comunidade para a mudança desse paradigma de saúde, propiciar o estabelecimento do vínculo entre a clientela da área adscrita e os profissionais, além de favorecer o desenvolvimento de novas práticas de saúde e gestão. Os resultados do I Curso geraram diversas propostas de intervenção local com a apresentação de trabalhos científicos que possuíam como objeto o “fazer cotidiano” desses profissionais nas suas áreas. Em decorrência dos bons resultados houve a ampliação do Programa para quinze municípios baianos, e em diversos municípios do país com a manutenção do convênio entre Ministério da Saúde/CNPq e universidades públicas com a criação do II Curso.

1 Professora Assistente da Universidade Estadual de Santa Cruz- UESC, Ilhéus-BA. Mestre em Educação/UFBA. Diretora do Departamento de Ciências da Saúde e Coordenadora do Curso de Especialização em Saúde da Família. Convênio MS/ CNPq.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

A EXPERIÊNCIA DO PROFAE EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO PRIVADA, NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

SACRAMENTO, Maria Tita Portal 1

ARAÚJO,Maria José Bezerra2

A capacitação do trabalhador da área de enfermagem, sem qualificação profissional é a maior contribuição para melhoria da qualidade da assistência ambulatorial e hospitalar, além de oferecer aos usuários do SUS uma assistência humanizada e de melhor qualidade., é um dos objetivos do Projeto de Profissionalização dos trabalhadores da Área de Enfermagem- PROFAE/ Ministério da Saúde. O Centro de Formação Profissional Bezerra de Araújo , uma instituição privada situada na Cidade do Rio de Janeiro, aceitou esse desafio,realizou um convênio com o Ministério da Saúde para ser uma das operadoras do PROFAE, em suas unidades. Para o desenvolvimento do projeto foi elaborado um projeto pedagógico direcionado para habilidades e competências, considerando acima de tudo o perfil do aluno ao ingressar no curso e o perfil profissional de conclusão. Enfrentado inúmeras dificuldades e algumas facilidades no transcorrer do processo ensino- aprendizagem.,lidando com questões sociais, econômicas e culturais do alunado,por serem estes oriundos de comunidades carentes, mesmo assim já, concluíram.alunos da qualificação para auxiliar de enfermagem, e,.alunos da qualificação para técnico de enfermagem. Na organização curricular, a metodologia adotada para o processo de elaboração do currículo do Curso é o sistema modular, que oferece ao aluno diferentes opções para a construção do seu currículo escolar, adaptação as suas habilidades e interesses.De acordo com o Decreto n° 2.208/97, art.8°-$ 3°, o aluno poderá concluir todos os módulos no máximo de 5 (cinco) anos a partir do termino do 1° módulo. No estágio supervisionado os alunos foram submetidos a avaliação do seu aproveitamento, considerando a metodologia da problematização, conforme as normas da organização curricular.

1 Doutoranda da EEAN/UFRJ. Coordenadora pedagógica do PROFAE. Unidade de Campo Grande do Centro de Formação Profissional Bezerra de Araújo. RJ. 2 Diretora do Centro de Formação Profissional Bezerra de Araújo. RJ.Coordenadora Geral do PROFAE do Centro de Formação Profissional Bezerra de Araújo

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

A FORMAÇÃO PROFISSIONAL NA ÁREA DE ENFERMAGEM E A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO

FIGUEIREDO, Mariângela A.G 1

SENA, Roseni Rosângela 2 RESGALLA, Rosana Maria 3

O presente trabalho sobre a formação profissional na área de enfermagem foi abordado a partir da Reforma Sanitária e da implantação do Sistema Único de Saúde, onde as autoras optaram por relacionar o tema à experiência acumulada no período que atuaram como instrutoras do PROFAE- Programa de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem, em Juiz de Fora/MG e Barbacena/MG. OBJETIVO: Discutir o contexto em que se encontra o enfermeiro no processo de trabalho, como parte do trabalho em saúde e sua atuação na formação dos recursos humanos na área de enfermagem. METODOLOGIA: Como relato de experiência, buscou-se fundamentação teórica no Projeto do PROFAE, na abordagem crítico-reflexiva/construtivista da educação e nas observações e avaliações realizadas pelas autoras, no período de 2001 a 2002. RESULTADOS: Representou um grande desafio para as instrutoras, manifestado na contradição entre a formação sustentada no modelo tecnicista e tradicional de educação, com pouca reflexão do processo de trabalho de enfermagem, e a abordagem pedagógica proposta pelo PROFAE. As dificuldades e limitações das instrutoras para o desenvolvimento das ações educativas propostas motivaram a criação de um grupo de discussão constituído por enfermeiras instrutoras e uma orientadora pedagógica. CONCLUSÃO: O conhecimento adquirido e a experiência acumulada contribuiu para o aprimoramento profissional. Um novo profissional na área de enfermagem vem sendo delineado visando a construção de competências para sua apropriação do conhecimento e transformação da práxis. Compreendendo a finalidade do PROFAE, conclui-se que é necessário repensar a formação do enfermeiro-docente de educação profissional na área de enfermagem.

1 Enfermeira do Hospital Universitário-UFJF/MG, mestranda do Curso de Mestrado da Escola de Enfermagem da UFMG. 2 Enfermeira Prof ª Doutora da Escola de Enfermagem da UFMG, Coordenadora do NUPEPE/CNPq. 3 Enfermeira do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, mestranda do Curso de Mestrado da Escola de Enfermagem da UFMG.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

A INFLUÊNCIA DA ESPECIALIZAÇÃO EM FORMAÇÃO PEDAGÓGICA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NA ÁREA DE SAÚDE: ENFERMAGEM NA PRÁTICA DOS DOCENTES DA

FIEC

Telma Gil Gasiola1, Renata Rotella Magalhães2

A tradição tecnicista dos processos formadores na Área de Saúde, marcada por um certo programatismo nos mostra a necessidade de uma nova educação, de um novo desenho de escola e de um outro perfil de professor prontos a responder uma demanda complexa e diversa. Considerando o processo extremamente dinâmico vivido na educação do país e a importância do aperfeiçoamento do enfermeiro-educador a Especialização em Formação Pedagógica torna-se indispensável. A proposta deste trabalho foi identificar a influência dos saberes na construção de nossas práticas educacionais. Participam 38 enfermeiros docentes cursistas da especialização. Os dados foram coletados através de uma entrevista de natureza exploratória e descritiva. Os resultados obtidos foram analisados quantitativa e qualitativamente à luz de um referencial bibliográfico. Observa-se que a Especialização provocou reflexões acerca da educação como prática social inserido em um contexto político. Sua prática pedagógica foi repensada, oportunizando a aquisição de outras inovadoras, transformado sua ação docente. Mostrou-se ainda que novas práticas pedagógicas propiciaram um ambiente fértil para o diálogo, onde a solidariedade esta em função do crescimento coletivo, a flexibilidade em função da aprendizagem e a utilização da informação na construção de competências pessoais para o docente e aluno. A revisão de concepções de aprendizagem e percepções de espaços de ensino também foram citados. Percebe-se que uma nova visão da responsabilidade social em relação à educação é apropriada. Considerando os resultados concluiu-se que o curso incentiva o desenvolvimento de um novo paradigma docente, mais solidário, crítico, criativo, participativo e flexível. As mudanças foram sendo percebidas no decorrer do curso, a medida que reflexões de temas pertinentes à educação eram instigadas. O interesse demonstrado pelo curso deve ser destacado, sendo possivelmente responsável pelo sucesso do mesmo. As relações políticas-pedagógicas tratadas contribuiu significativamente para as mudanças dos processos educativos, tornando-os mais fraternos e compartilhados.

1 Enfermeira Especialista em Unidade de Terapia Intensiva e Formação Pedagógica em Educação Profissional na Área de Saúde, Coordenadora Geral do PROFAE da Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura – FIEC. 2 Enfermeira Especialista em Administração Hospitalar e Formação Pedagógica em Educação Profissional na Área de Saúde, Coordenadora do Curso de Enfermagem da Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura – FIEC.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

A INSERÇÃO DO ALUNO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM NO INTERNATO RURAL

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Assunção, Raquel Silva1

O Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Minas Gerais, campus Fundação Educacional de Divinópolis, teve início em 05 de abril de 1999, formando sua primeira turma em 19 de dezembro de 2002. Divinópolis situa-se na região Centro-Oeste (CO) – MG, sendo Pólo Regional na área da Saúde. O Projeto Pedagógico do Curso objetiva “formar um profissional inovador, com conhecimentos gerais e específicos, habilitado a se auto promover cientificamente com independência e de forma contínua ...”. Portanto, o internato rural, considerado “modalidade de estágio que se caracteriza pela transferência do estudante do ‘campus’ universitário para uma comunidade rural, onde permanecerá por tempo determinado” (RUIZ et al, 1985)2, se configura em espaço importante na formação profissional, permitindo separação gradual do aluno da Instituição de Ensino, paralelamente, colocando-o frente à realidade da atuação do Enfermeiro e organização do sistema de saúde, fazendo com que estabeleça senso crítico em relação à teoria e prática.OBJETIVOS:- Proporcionar contato do aluno com outra realidade na área da saúde da vivenciada em município de porte médio com elevado nível de organização; - Promover articulação entre o Curso, municípios e Enfermeiros da região, auxiliando-os na organização do serviço de enfermagem e aproximando-os da academia.METODOLOGIA - Elaboração do Projeto;- Levantamento dos municípios, conforme critérios do Projeto;-Estabelecimento de convênio entre Instituição de Ensino - municípios;- Reunião com Secretários Municipais de Saúde e Enfermeiros;- Definição dos docentes supervisores e discentes;- Supervisão periódica dos alunos;- Apresentação de relatório de estágio, escrito e em seminários;- Avaliação do internato rural por docentes, discentes e municípios.RESULTADOS: O Curso implantou o estágio curricular na modalidade de internato rural em 07(sete) municípios. Os alunos desenvolveram atividades na rede básica e hospitalar de saúde, nas quais auxiliaram na organização do serviço de enfermagem, implantação de ações direcionadas à mulher, criança, adolescente, portadores de doenças crônico-degenerativas, e realizaram trabalhos científicos apresentados em Congressos. CONCLUSÃO: A experiência foi relatada pelos alunos como enriquecedora para o aprendizado e para o amadurecimento profissional e pessoal; como inovadora na visão da prática docente, e promoveu a aproximação entre Instituição de Ensino, Serviço e profissionais da Enfermagem.

1 Coordenadora e docente do Curso de Graduação em Enfermagem da UEMG/FUNEDI/INESP. Mestra pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais. 2 Ruiz, T., Valenza, P. D., Euclydes, M. P.; Oliveira, M. C. F. de; Garcia, M. L. F.. O internato rural do curso de graduaçäo em nutriçäo da Universidade Federal de Viçosa (Brasil). Rev. saúde pública;19(6):566-9, dez. 1985.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

A PRODUÇÃO CIENTÍFICA DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA UFMG: UM ESTUDO PRELIMINAR 1

PENNA, Cláudia M. de M. 2

VIANNA, Paula Cambraia M. 3 ALVES, Marília 3

CHIANCA Tânia Couto Machado 4

A atual política de atenção à saúde tem exigido reestruturações importantes nos currículos de graduação da área. A política de incentivo às mudanças curriculares com o objetivo precípuo de implementar estratégias de mudança do modelo tradicional de organização do cuidado em saúde de acordo com as diretrizes do SUS, considera as realidades regionais e locais e fortalecendo a articulação entre a teoria e a prática. As novas diretrizes curriculares devem contemplar a construção de conhecimentos para a sustentação de novas práticas pedagógicas e de novos modelos de atenção/gestão à saúde, com diversificação dos cenários de prática. Em atendimento às diretrizes curriculares nacionais, iniciou-se na Escola de Enfermagem da UFMG um processo de discussão, construção e análise de um diagnóstico sobre as áreas de conhecimento dos docentes. Tornava premente verificar se as diretrizes do curso encontravam-se direcionadas para o modelo proposto pela política de saúde vigente ou se ainda concentravam sua atenção na rede hospitalar. Para tanto foi realizado um levantamento da produção científica dos docentes nos últimos cinco anos a partir de uma análise documental dos relatórios anuais dos três departamentos que constituem a EEUFMG. A produção científica dos docentes tem adotado linhas de pesquisas que contemplam tanto a atenção básica como a atenção hospitalar com a utilização de tecnologias de ponta. Isso nos leva a apontar para a diversificação das áreas de conhecimento existentes na Escola. Percebe-se que os docentes têm centrado suas publicações na área de atuação de seu departamento e que essas são condizentes com sua prática profissional. Uma das grandes dificuldades apontadas nos dados analisados é a falta de integração entre o ciclo básico e o ciclo profissional, o que tem inviabilizado dispor de conhecimentos anteriormente ministrados para a construção de uma prática interdisciplinar.

1 Este trabalho foi desenvolvido com a colaboração dos membros da Comissão de Mudança Curricular da EEUFMG, a Professora Eliana Villa e as discentes Hozana Reis Passos e Bernadete Esperança Monteiro 2 Enfermeira, Professora Doutora do EMI da EEUFMG 3 Enfermeira, Professoras Doutoras do ENA da EEUFMG 4 Enfermeira, Professora Doutora do ENB da EEUFMG

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1. Docente do Curso de Graduação em Enfermagem da FAMERP (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto).

2. Profª. Drª. da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP – Ribeirão Preto.

TRABALHOS CIENTÍFICOS

AS SITUAÇÕES DILEMÁTICAS OCORRIDAS NA DISCIPLINA DE ADMINISTRAÇÃO DE ENFERMAGEM HOSPITALAR:

PONTO DE PARTIDA PARA O DESENVOLVIMENTO PROFISSSIONAL DE PROFESSORES PESQUISADORES

FARIA, Josimerci Ittavo Lamana 1

CASAGRANDE, Lisete Diniz Ribas 2 Este trabalho, parte de uma tese de doutoramento, apresenta as situações dilemáticas ocorridas na prática docente de supervisão do estágio da disciplina de Administração de Enfermagem Hospitalar. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cuja trajetória metodológica utilizada foi a pesquisa-ação. A identificação das situações dilemáticas foi realizada por intermédio da reflexão sobre a reflexão-na-ação feita por uma professora após a supervisão diária dos alunos, junto a uma unidade de internação hospitalar. Para a operacionalização foi utilizado um roteiro. Os dados obtidos no primeiro semestre de 2001, foram submetidos à análise de conteúdo, a qual possibilitou a emersão das situações dilemáticas que se constituíram no ponto de partida para a reflexão grupal das docentes da disciplina, nos chamados “ Círculos de Reflexão”. Entre as situações dilemáticas surgidas foram selecionadas oito, que dizem respeito: à utilização do espaço físico; à passagem de visita realizada pela professora-tutora com os seus alunos; ao relacionamento interpessoal da professora e aluno com a equipe de enfermagem da unidade de estágio; à estratégia utilizada para alocar os alunos nas diversas unidades de estágio; à uma aula que não estava prevista no cronograma da disciplina; à participação dos discentes em uma discussão sobre recursos materiais; ao desenvolvimento de um trabalho em grupo; ao processo de avaliação dos alunos.

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1 – Doutora em Enfermagem, Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem da UFPR Coordenadora do Curso de graduação em Enfermagem da UFPR, Coordenadora do Grupo de Estudos Multiprofissionais em Saúde do Adulto (GEMSA), relatora. 2 – Doutora em Enfermagem, Chefe do Departamento de Enfermagem da UFPR, membro do GEMSA . 3 – Acadêmicas do Curso de Graduação em Enfermagem da UFPR, bolsistas de Extensão do GEMSA.

TRABALHOS CIENTÍFICOS

ACOMPANHAMENTO ACADÊMICO: A EXPERIÊNCIA NO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO

PARANÁ.

Maria de Fátima Mantovani

Maria Ribeiro Lacerda Andréia Zimmerman

Débora Fegadoli

A necessidade de acompanhar as atividades extra-curriculares dos acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal do Paraná, surgiu com a publicação da Lei das Diretrizes para a graduação em Enfermagem, que delineia a necessidade dos alunos cumprirem carga horária em atividades complementares. Esta exigência nos permitiu a elaboração de um programa informatizado com o objetivo de acompanhar o caminhar do acadêmico durante a sua graduação. A ficha de acompanhamento é composta de 09 itens contendo: dados pessoais, acadêmicos, cadastramento das bolsas, de projetos de extensão, de pesquisa, de eventos de extensão, de estágios, de cursos de extensão e outras informações. Para testarmos o programa solicitamos o preenchimento dos formulários aos 312 alunos matriculados no curso, dos quais retornaram 30,8% . Verificamos que foram realizadas 236 atividades complementares pelos alunos, sendo 4,5 % em bolsa permanência; 8,8 % em bolsa extensão; 3,3 % em bolsa monitoria; 2,0 % em bolsa pesquisa; 18,5 % em estágios; 15,5 % apresentaram resumos em eventos de extensão; 31,2 % participaram de eventos de extensão; 16,4 % de cursos de extensão. A análise dos formulários nos remeteu ao aperfeiçoamento do programa que será implantado na próxima matrícula dos alunos no segundo semestre de 2003. Esse programa possibilita visualizar a trajetória do aluno e orientá-lo na escolha mais próxima do perfil de profissional esperado para o curso. Palavras-chave: Enfermagem, acompanhamento acadêmico.

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1.Enfermeira Doutora em Saúde Pública-área Administração Hospitalar. .Professora Adjunta da UNIFESP. Responsável pela Disciplina Administração Aplicada à Enfermagem I. 2.Enfermeira.Doutora em Distúrbios da Comunicação Humana.Professora Adjunta da UNIFESP.Responsável pela Disciplina Administração Aplicada à Enfermagem II. 3.Enfermeira. Mestre em Ciências e Doenças Infecciosas e Parasitárias. Técnica-Administrativa da UNIFESP. Responsável pela Disciplina Administração Aplicada à Enfermagem IV. 4.Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Profa. Adjunta da UNIFESP. Coordenadora da Área de Administração em Enfermagem.

TRABALHOS CIENTÍFICOS

ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM AO LONGO DA GRADUAÇÃO : A EXPERIÊNCIA NA UNIVERSIDADE FEDERAL

DE SÃO PAULO

Isabel Cristina Kowal Olm Cunha1

Maria Isabel Sampaio Carmagnani2

Magaly Cecília Franchini Reichert3

Maria D ´Innocenzo4

A inserção de conteúdos de administração em enfermagem de maneira crescente e ao longo da graduação tem sido discutido no sentido de adequar programas às diretrizes curriculares e formar enfermeiros para gerenciar a assistência. No Departamento de Enfermagem da UNIFESP iniciamos este modelo em 1996, após mudança curricular, com inserções de conteúdos crescentes de 30, 60,120 e 240 horas respectivamente da primeira à quarta séries, e conteúdos que iniciam-se com introdução geral à administração até o gerenciamento de recursos para a prestação da assistência de enfermagem. Nas duas últimas séries é incluída a prática clínica supervisionada em instituições de saúde. Este trabalho objetiva relatar a experiência vivenciada por docentes do Departamento de Enfermagem da UNIFESP com a implantação das disciplinas de Administração Aplicada à Enfermagem I a IV no Curso de Graduação. Foram analisadas atas das reuniões, programas das disciplinas e as avaliações feitas durante e após o processo, durante os anos de 1996 a 2002. O desenvolvimento de conteúdos ao longo do curso trouxe a necessidade de readequação de todos os docentes, tanto para a integração e desenvolvimento dos programas das disciplinas quanto na disponibilidade para um contato intenso e constante com os alunos em todas as séries, promovendo uma aproximação com a área. Os conteúdos programáticos bem como as cargas horárias das disciplinas sofreram alterações após avaliações anuais. Os alunos avaliam como positivas estas disciplinas para sua formação, destacando a importância da prática na terceira série como facilitador para a da quarta série. Os docentes relatam que a distribuição dos conteúdos ao longo do curso facilitou a aprendizagem, possibilitou a inclusão de novos conteúdos, despertou o interesse dos alunos e contribuiu para que estes pudessem sistematizar seu conhecimento nesta área num processo crescente, sensibilizando-os para o papel de gerentes da assistência de enfermagem. Apesar de ainda estar em processo de transformação, a proposta na UNIFESP de ministrar Administração ao longo do curso, de forma crescente em conteúdo e complexidade mostrou-se adequada para a formação do enfermeiro, devendo ser mantida e aprimorada. Agradecimentos à Enfermeira Luiza Hiromi Tanaka que participou deste trabalho não constando como autora em razão da limitação imposta pelo evento.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DOS ALUNOS DE GRADUAÇÃO DE UM GRUPO DE PESQUISA EM EVENTO

NACIONAL 1

CHAVES, Emilia Soares 2

GARCIA, Sônia Maria da Silva 3 GUEDES, Maria Vilani Cavalcante 4

ARAUJO, Thelma Leite de 5

A formação do aluno em cursos de graduação deve incluir as disciplinas de formação específica e outras de caráter geral, não se esquecendo de desenvolver a curiosidade científica, possibilitando oportunidades para a formação de novos pesquisadores. Para atender a esta proposta, uma das estratégias é a inclusão de alunos em grupos de pesquisa que, sob a orientação de um pesquisador, realizam atividades de Iniciação Científica, geralmente culminando em trabalhos apresentados em eventos. Objetivou-se avaliar a participação de alunos de graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, vinculados ao grupo de pesquisa Saúde Cardiovascular, em trabalhos publicados sob a forma de resumo em um evento nacional da área. Foi desenvolvido dentro do Projeto Integrado “Cuidado em Saúde cardiovascular” do Departamento de Enfermagem da UFC. A fonte para a coleta dos dados foram os Anais do 54º Congresso Brasileiro de Enfermagem, que aconteceu em novembro de 2002. Constatou-se que do total de 1586 trabalhos, 62 foram apresentados por alunos da UFC. Destes trabalhos, 48 foram desenvolvidos dentro dos projetos de pesquisa; seis, dentro do Projeto Integrado Cuidado em Saúde Cardiovascular. É importante frizar que todos os alunos de graduação integrantes do Projeto participaram do evento apresentando trabalhos. Estes tratavam com populações que variavam entre crianças e adolescentes até idosos; as abordagens foram as mais variadas: jogos educativos, palestras, réplicas de órgãos, etc. Conclui-se, portanto, que a inserção dos alunos de graduação em projetos de pesquisa está contribuindo de forma efetiva para a produção do conhecimento, já que a participação foi dos alunos em um evento foi absoluta. Porém, faz-se necessário que os trabalhos além de serem apresentados em eventos, sejam publicados também em periódicos para maior divulgação do conhecimento obtido e, até mesmo, para a estimulação da participação de outros alunos.

1 Trabalho desenvolvido dentro do Projeto Integrado Cuidado em Saúde Cardiovascular-financiado pelo CNPq. 2 Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós -Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Bolsista CAPES. Membro Integrante do Projeto Cuidado em Enfermagem Cardiovascular. 3 Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós -Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Membro Integrante do Projeto Cuidado em Enfermagem Cardiovascular. 4 Professora livre doscente da Universidade Estadual do Ceará. Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará. 5 Doutora em Enfermagem. Professora Adjunto II do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Coordenadora do Projeto Integrado.

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1 Docentes de Enfermagem do Centro Universitário Vila Velha – Espírito Santo 1 Relato de experiência.

TRABALHOS CIENTÍFICOS

APRENDER / ENSINANDO: AÇÕES EDUCATIVAS EM SAÚDE NA ESCOLA DO ENSINO FUNDAMENTAL.

Angela Maria de Castro Simões 1 Marizete Altoé Puppin 1

Trabalho de natureza qualitativa, que justifica-se pela difusão de conhecimentos e informações do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Vila Velha, preparando os alunos para o exercício da cidadania e de ser útil socialmente, abrindo caminhos para o mercado de trabalho, desde o primeiro período do curso. Foi realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental do município de Vila Velha, no período de abril a junho de 2003. Plano de trabalho: conhecer a realidade dos alunos e professores, identificando os problemas de saúde, suas necessidades e os recursos existentes. Foram identificados cinco (05) temas, que foram desenvolvidos com as crianças das primeiras séries até a quarta série do Ensino Fundamental: verminose (palestras), higiene corporal (dramatização), alimentação saudável (demonstração), higiene bucal (simulação), condições do meio ambiente (painel). Através deste trabalho houve promoção de ações educativas despertando tanto nos alunos e nos professores do Ensino Fundamental e nos alunos e professores do Curso de Enfermagem da UVV uma integração através de diferentes experiências e ações na busca da melhoria da qualidade de vida individual e coletiva.

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* Enfermeira, coordenadora e professora do Curso Técnico em Enfermagem do HURNP da Universidade Estadual de Londrina. Especialista em Formação Pedagógica em Educação Profissional na Área de Saúde: Enfermagem, Especialista em Administração Hospitalar e Especialista em Metodologia do Ensino e Pesquisa Aplicada a Enfermagem. ** Enfermeira, professora do Curso Técnico em Enfermagem do HURNP da Universidade Estadual de Londrina, concluinte do Curso de Especialização em Formação Pedagógica em Educação Profissional na Área de Saúde: Enfermagem e Especialista em Administração Hospitalar. *** Enfermeira do HURNP da Universidade Estadual de Londrina. Especialista em Formação Pedagógica em Educação Profissional na Área de Saúde: Enfermagem e Especialista em Administração Hospitalar .

TRABALHOS CIENTÍFICOS

APRENDER-FAZENDO E CONVIVENDO NO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Rosa Leonice Sgobero Depieri * Linda Tsuiko Tatakihara **

Norma Ayako Matsumoto Nonaca ***

Com o objetivo de propiciar aos alunos do Curso Técnico em Enfermagem de um

hospital-escola público o processo de reflexão a partir da realidade profissional, integrando teoria e prática ao tema Infecção Hospitalar (I.H.), utilizou-se estratégia de ensino-aprendizagem diferenciada ao possibilitar o trabalho em grupo, a observação da realidade, o aprofundamento do conteúdo e a postura crítica transformadora dos alunos-profissionais de enfermagem. Para tanto, os alunos do curso vivenciaram, no primeiro encontro as atividades: exposição dialogada enfocando a retrospectiva histórica da I.H. e as precauções universais preconizadas pelo Ministério da Saúde, apresentada em vídeo; elaboração de roteiro para observação do ambiente em diferentes unidades do hospital, visita aos setores pré-determinados e apresentação de relatórios com os pontos positivos e negativos detectados por dupla de alunos. No segundo encontro todos os alunos participaram da etapa de teorização com leitura e discussão de artigos de jornais sobre o tema acrescidos de debate após exposição de filme sobre procedimentos invasivos e uso de equipamentos de proteção individual. Participaram ainda de discussão no grande grupo sobre os pontos observados nas visitas, com mediação dos professores que ressaltaram os aspectos essenciais sobre Biossegurança. Ao término do processo os alunos responderam questões pré-elaboradas para avaliação da estratégia pedagógica utilizada. Observou-se que essa metodologia proporcionou aos alunos uma aprendizagem dinâmica e participativa ao desenvolver um olhar mais atento e crítico da realidade, promovendo a integração entre alunos e equipe de saúde, resgatando valores individuais e melhoria da auto-estima no aprender fazendo e convivendo.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE ESTUDANTES PARA O CUIDAR DE PACIENTES NO PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO

IMEDIATO: MAPAS CONCEITUAIS DA AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM1.

PASTANA FERREIRA, Ilma.2

PORTO, Isaura Setenta.3

Trata de estudo sobre a aprendizagem significativa de alunos de graduação acerca do cuidado de paciente, durante a avaliação de enfermagem no período pós-operatório imediato. Seus objetivos foram: a) analisar a aprendizagem significativa de alunos sobre a avaliação de enfermagem do paciente, no período pós-operatório imediato, através de seus mapas conceituais; e b) verificar os escores de mapas conceituais de alunos sobre a avaliação de enfermagem do paciente, no período pós-operatório imediato, elaborados antes e depois da oferta de conteúdos de ensino teórico e prático. Com uma abordagem quanti-qualitativa fundamentada em conceitos da Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel, adotou os mapas conceituais propostos por Novak para a coleta de dados realizada antes e depois da oferta de conteúdos teóricos e prática curricular da disciplina enfermagem em centro cirúrgico e centro de material e esterilização. A população foi composta de alunas da 3ª série / 5º semestre do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Pará sendo a amostra constituída por 16 estudantes do horário vespertino (turma B) - 37% da população do 5º semestre. os dados foram tratados através de estatística não – paramétrica (Teste t). Os resultados da pesquisa demonstram que a organização do conteúdo instrucional da disciplina, com a finalidade de proporcionar a interação do conhecimento prévio dos estudantes com o novo conteúdo a ser aprendido, facilita a aquisição de conhecimentos de natureza científica. Os estudantes tiveram seus níveis de domínio conceitual aumentados, principalmente daqueles conceitos e relações que se apresentaram ausentes ou errôneos, depois dos conteúdos teóricos e prática curricular serem ofertados. Palavras-chave: Enfermagem, Graduação, Aprendizagem, Centro Cirúrgico, Mapas

Conceituais.

2 Enfermeira do Centro Cirúrgico do Hospital Universitário João de Barros Barreto / UFPA. Professora Auxiliar III da Universidade do Estado do Pará. Mestre em Enfermagem. 3 Orientadora do estudo. Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da EEAN/UFRJ – Núcleo de Pesquisa em Enfermagem Hospitalar. Doutora em Enfermagem.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

AS ESTRATÉGIAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA FORMAÇÃO DA ENFERMEIRA:

A IDEOLOGIA QUE PERMEIA O ENSINO DE ENFERMAGEM DE SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA1

SANTOS, Margarida Maria Donato dos 2

SANTOS, Neiva Maria Picinini 3

O objeto desse estudo são as estratégias de ensino-aprendizagem como formas simbólicas no ensino de saúde pública do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Severino Sombra. Os objetivos são: descrever as estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas pelos docentes no ensino de saúde pública e analisar a inter-relação simbólica das estratégias de ensino-aprendizagem com a formação da enfermeira. É uma pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso. o referencial teórico do estudo está vinculado ao conceito de ideologia de John Thompson e de seus modos de operacionalização. Os sujeitos do estudo foram oito (8) professores do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Severino Sombra que participam do ensino teórico e prático das disciplinas Epidemiologia, Enfermagem em Saúde Pública, Administração dos Serviços de Enfermagem em Unidade de Saúde e Estágio Supervisionado em Saúde Coletiva. Na coleta de dados foi utilizado a entrevista semi-estruturada e a observação participante. Os aspectos analisados estão vinculados ao processo de ensino-aprendizagem no ensino de saúde pública; estratégias de ensino aprendizagem no ensino de saúde pública e as estratégias de ensino-aprendizagem e a formação da enfermeira. Conclui-se que aspectos ideológicos permeiam o ensino de enfermagem durante a formação da enfermeira, os professores tem conhecimento parcial sobre ensino-aprendizagem, utilizam várias estratégias de ensino durante as disciplinas de Saúde Pública e entendem a importância da aplicação de estratégias durante a formação da enfermeira, pois favorecem o conhecimento dos conteúdos ministrados.

1 Dissertação de Mestrado – EEAN/UFRJ - 2003 2 Mestre em Enfermagem. Profª do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Severino Sombra – Vassouras/RJ. Membro do Núcleo de Pesquisa em Educação, Gerência e Exercício Profissional da Enfermagem (NUPEGEPEn) do Departamento de Metodologia da Enfermagem EEAN/UFRJ. 3 Doutora em Enfermagem. Orientadora da Dissertação de Mestrado. Profª Adjunta do Departamento de Metodologia da Enfermagem. Membro do NUPEGEPEn – EEAN/UFRJ.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

AS PRÁTICAS DOCENTES NA ÁREA DA SAÚDE: A ESPECIFICIDADE DA ENFERMAGEM

Rosa Maria Rodrigues 1

Maria Helena Salgado Bagnato 2

Estudo elaborado para refletir e sistematizar conhecimentos sobre a prática docente na enfermagem, dada a alusão de que tal prática é desenvolvida sem preocupação pedagógica que possibilite ao professor/educador realizar seu trabalho à luz de referenciais e posturas atentas as relações professor/aluno na assimilação, sistematização e socialização de conhecimentos. Buscou-se em autores que abordaram a temática e em propostas tidas como inovadoras neste campo educacional identificando o estado da discussão. Sistematizações como de Bagnato (1997); Nietsche (1998), explicitam que historicamente houve hegemonia de elementos da Escola Tradicional e Tecnicista no ensino da enfermagem, indicando que as práticas docentes foram permeadas por princípios e valores desses constructos teóricos. Inferem que a prática pedagógica tem sido marcada pela transmissão de conhecimentos, valorização dos elementos técnicos, linearidade nas relações professor-aluno-conhecimento. Percebe-se, a partir das décadas de 80 e 90, que esta maneira de ser, compreender e fazer educação em enfermagem não abarca a complexidade e realidade da formação docente. Coexistem outras propostas que tendem a romper com tal formação. Exemplos são projetos ligados a Rede Unida que pretendem articular as propostas inovadoras no campo da formação na área da saúde. Avança-se nas discussões dos processos de formação, mas as competências pedagógicas do professor ainda carecem de uma discussão aprofundada, pois mesmo sendo uma preocupação que remonta à década de 60, aparecendo nos documentos da ABEn da década de 90, almejando uma inserção da licenciatura como parte integrante dos currículos, verifica-se na aprovação das Diretrizes Curriculares modificações propondo ofertar conteúdos pertinentes à capacitação pedagógica do enfermeiro na área ensino de enfermagem, podendo não configurar como campo mais aprofundado de discussões e formação. Na LDB a capacitação para a educação superior aconteceria, preferencialmente, no nível de mestrado e doutorado, mas tais espaços têm apresentado limitações nesta tarefa. Assim, estas questões merecem uma agenda de debates. As funções educativas fazem parte do trabalho do enfermeiro, não sendo inatas, necessitando de espaços na formação. Propostas pedagógicas inovadoras colaboram com mudanças concretas, mas há um complexo de elementos contextuais e conjunturais a serem considerados, sob pena de colocar na capacitação docente toda responsabilidade pelos processos de formação.

1 Enfermeira, Doutoranda em Educação pela Faculdade de Educação da UNICAMP, Docente do Colegiado

do Curso de Enfermagem da UNIOESTE, Campus de Cascavel. R. Cristóvão Colombo, 519, Aptº 503, Bl 02, Pioneiros Catarinense, CEP: 85 805-510 E-mail: [email protected], telefone: 45-326 9357

2 Enfermeira, Doutora em Educação pela Faculdade de Educação da UNICAMP, Docente da Faculdade de Educação da UNICAMP. Coordenadora do PRAESA (Laboratório de Estudos e Pesquisas em Práticas de Educação e Saúde).

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1 –Enfermeira. Mestre em Saúde Materno-Infantil. Docente e Vice-Diretora da Faculdade de Enfermagem da UNISA-Facenf - UNISA.

2- Enfermeira. Doutora em Saúde Pública e Diretora da Facenf-UNISA.Endereço:Av.Vereador José Diniz 1312, Alto da Boa Vista, Cep 04604-001 . Email [email protected]. 3- Enfermeira. Mestre em Saúde Pública. Docente da Facenf-UNISA.

TRABALHOS CIENTÍFICOS

AVALIAÇÃO CONTINUADA ATRAVÉS DE PORTFÓLIO: O ALUNO CONSTRUINDO SUA APRENDIZAGEM

Sônia Regina Leite de Almeida Prado ¹

Isabel Cristina Kowal Olm Cunha ² Rosa Kazue Koda D'Amaral ³

A concepção pedagógica adotada pela Faculdade de Enfermagem da UNISA está ancorada nas diretrizes curriculares para o ensino da Enfermagem e visa a formação de enfermeiros generalistas, críticos, reflexivos e com competências sociais, éticas, políticas e técnicas. Entretanto sabe-se que para alcançar os princípios de um ensino moderno como os contidos nas diretrizes curriculares são necessárias estratégias didáticas que propiciem a construção do conhecimento através do raciocínio crítico. Com o propósito de consolidar tais princípios, a Faculdade de Enfermagem da UNISA vêm revendo seu sistema de avaliação. Nesse sentido, a disciplina de Administração em Saúde Coletiva vêm adotando há três anos o portfólio como instrumento didático facilitador do processo ensino-aprendizagem. Nessa estratégia cada aluno deve elaborar e registrar todo seu processo de aprendizagem durante a disciplina. Os registros devem conter informações com conteúdos objetivos e ensaios auto-reflexivos com conteúdos subjetivos. O objetivo desse trabalho é relatar a experiência com alunos na utilização dessa forma de avaliação. A proposta foi desenvolvida com 32 alunos da 5ª série de 2002 e os dados para esse estudo foram obtidos através da análise dos portfólios segundo critérios de elaboração estabelecidos em conjunto com os mesmos. Os resultados apontam que os registros que envolviam relatos objetivos foram realizados satisfatoriamente pelos 32 alunos enquanto que os relatos que envolviam conteúdos subjetivos, como ensaios auto- reflexivos e de projeção, foram realizados por apenas 20 alunos. Embora o estudo seja limitado ele aponta a dificuldade dos discentes em refletir criticamente bem como na auto- percepção. A tarefa de formar profissionais responsáveis pela complexa área do cuidado da saúde humana nos remete a muitos desafios dentre os quais destaca-se a superação da simples repetição em direção ao desenvolvimento da sensibilidade e criatividade.

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1. Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Docente da Escola de Enfermagem de Natal-UFRN

Avenida Nilo Peçanha, 619, Petrópolis, Natal. [email protected]

2. Enfermeira, Especialista, Docente da Escola de Enfermagem de Natal -UFRN

TRABALHOS CIENTÍFICOS

AVALIAÇÃO DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM : OLHAR DO ALUNO

ALENCAR, Rita de Cássia Girão de 1

GOMES, Cleide Oliveira 2

MACÊDO, Maria Lúcia Azevedo Fereira de 2

COSTA, Maria Cláudia Medeiros Dantas de Rubim 2

Este trabalho traz à reflexão e ao debate a organização escolar em suas dimensões político-administrativa e didático- pedagógica, na visão dos alunos do Curso Técnico em Enfermagem de uma escola pública do município de Natal . Possibilitou uma análise crítica do projeto político pedagógico da escola e do curso de formação profissional, centrada nas dimensões ética, social, política e técnica, em oposição à concepção economicista da educação centrada no conhecimento instrumental. Apresentam-se dados resultantes de 28 (vinte e oito) depoimentos obtidos em julho de 2003, junto aos concluintes do curso, a respeito do papel da Escola no contexto sócio, econômico e cultural, sua organização didático-pedagógica, a concepção pedagógica que norteia o processo ensino-aprendizagem, a qualificação docente, a infra-estrutura, a concepção do aluno sobre a sua formação e a aplicabilidade os conhecimentos e experiências adquiridas, em sua vida profissional e pessoal. Os resultados evidenciaram que as opiniões dos investigados sobre o curso e a Escola remetem a uma avaliação positiva, sem deixar de apontar dificuldades e aspectos que poderão melhorar. A respeito da organização didático-pedagógica, os conceitos variaram entre ótimo e bom. Quanto ao corpo docente o conceito ótimo predominou em todos os aspectos alcançando um percentual de 96,0%. A infra-estrutura foi o aspecto mais criticado. Quanto à avaliação do corpo discente (auto-avaliação), sua participação nas dinâmicas em sala de aula e na construção de seu próprio conhecimento, obteve os índices mais elevados do conceito ótimo, (93,0%). Sobre a busca pela profissionalização, a maioria afirmou ser pela conceituação e respeito da escola e pela qualidade dos professores. Quanto a influência do curso em sua vida, relatam “neste curso aprendemos a lidar com as dificuldades e a agir nas mais diversas situações do cotidiano”. Enfatizaram ainda a boa aproximação entre alunos e a escola “por ser uma escola que tem responsabilidade na formação de seus profissionais, Preocupa-se com a qualidade e não com a quantidade do ensino”. Este estudo significou que conforme TORRES (2000), esta escola está construindo a possibilidade de realizar uma “prática pedagógica significativa e politicamente emancipadora” para professores e alunos.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

“AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE MUDANÇA DO CURRÍCULO INTEGRADO DO CURSO DE ENFERMAGEM DA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA”

Ana Maria Rigo Silva* Edite Mitie Kikuchi*

Edilaine Giovanini Rossetto* Mara Solange Gomes Dellaroza*

Universidade Estadual de Londrina

O currículo integrado do Curso de Enfermagem da UEL iniciou em 2000,e a avaliação do processo tem sido um exercício intencional e norteador para a construção dessa mudança. Objetivos: O propósito deste trabalho foi analisar as avaliações realizadas pelos professores e alunos ao final de cada módulo,para a sistematização dos resultados. Material e Método: Utilizou-se como fonte de dados, os relatórios produzidos nessas avaliações.As informações foram organizadas em sete categorias:relação entre conteúdos e objetivos,metodologia,infra-estrutura,relações entre os atores, organização e programação das atividades,avaliação do processo ensino aprendizagem e resultados alcançados. Resultados: Os principais resultados foram: o recorte de conteúdos é um ponto crítico para os professores e a definição das competências e desempenhos ao longo do curso é um desafio; o investimento realizado até o momento é significativo,embora algumas lacunas de recursos físicos persistam; a capacitação permanente dos professores para trabalharem de forma integrada é a maior necessidade de investimento;apesar dos esforços e experiências positivas relacionadas a avaliação do processo ensino aprendizagem, muitas questões precisam ser adequadas à concepção pedagógica proposta; a integração,em todos os níveis, tem progredido como um processo coletivo, laborioso e contínuo, mas compensador; as atividades em pequenos grupos foi a questão mais unânime e freqüentemente apontada pelos alunos como positiva; os pontos mais fortes do currículo são o desenvolvimento do saber-ser, saber-conviver, capacidade crítico-reflexiva e de comunicação dos alunos. Conclusão: Conclui-se que as avaliações de processo da mudança têm embasado a construção e reconstrução curricular permanente.

• Enfermeiras, mestres e docentes do Curso de Enfermagem da UEL/Londrina. • Contato: [email protected]; [email protected]; [email protected].

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

MONTEIRO, Estela Maria Leite Meirelles 1 GARCIA, Sônia Maria da Silva 2

A partir das exigências legais, estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB) nº9394/96, emerge a necessidade de uma formação cidadã (BRASIL,1996). Segundo Gadotti (2000) a construção do Projeto Político Pedagógico (PPP) deve mobilizar mecanismos e instrumentos que viabilizem substituir os procedimentos que levam à formação para a submissão pelos que conduzem à formação para a cidadania (auto-afirmação pessoal e espírito solidário) e confrontar todas as formas de discriminação e seletividade, especialmente nos procedimentos avaliativos, buscando com eles o diagnóstico das dificuldades a serem superadas no processo de ensino-aprendizagem. Pesquisa extraída da literatura pedagógica, através de documentações indiretas, desenvolvidas no segundo semestre de 2002, visando subsidiar as atividades docentes numa perspectiva emancipatória. A partir do conteúdo analisado evidenciamos que a avaliação permeia o ato de planejar e executar contribuindo em todo o percurso da ação planificada, fazendo-se presente desde a identidade político social até as estratégias de ação (LUCKESI, 2001). Vale ressaltar que avaliar a aprendizagem do aluno é também avaliar a intervenção docente, visto que, o ensino deve ser planejado e replanejado em função das aprendizagens conquistadas ou não. Sendo assim, enfocamos a importância da utilização da avaliação a partir de uma abordagem, diagnóstica e formativa no planejamento do ensino, por apresentarem parâmetros que viabilizam a condução e recondução do conhecimento, com vistas, ao crescimento do aluno e do professor, enquanto sujeitos ativos no processo de ensino-aprendizagem.

DESCRITORES: avaliação; processo ensino-aprendizagem; desafios; perspectivas.

1Enfermeira do Hospital Universitário Oswaldo Cruz-PE, Docente da Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças -Universidade de Pernambuco. Mestre em Enfermagem em Saúde Pública pela Universidade Federeal da Paraíba. Membro do Projeto de Pesquisa Saúde do Adulto/CNPq. 2 Enfermeira. Docente da Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças – Universidade de Pernambuco. Mestranda do Program a de Pós -Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Membro do Projeto de Pesquisa Ações Integradas em Saúde Cardiovasscular/CNPq.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

AVALIAÇÃO DOS CURSOS PROFAE: UMA NOVA ESTRATÉGIA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

UTILIZADA PELA AGÊNCIA REGIONAL DE MINAS GERAIS

Matilde Meire Miranda Cadete1

Alba Otoni2 Fernanda Lúcia de Brito3

Ana Paula Ferreira Pedroso4

A Agência Regional de Minas Gerais, no exercício de seu trabalho de monitoramento e avaliação dos cursos PROFAE, sempre se pautou no aprimoramento das atividades desenvolvidas. Assim, nesse atual processo de trabalho para o período 2003/2004, ela busca operacionalizar as ações supervisoras, considerando as características diferenciadas de Operadoras, cursos e turmas, de modo a contemplar com mais acuidade as várias nuances do processo. Para o alcance deste objetivo, a AR/MG elaborou marcos de ação supervisora que são aplicados nos diferentes momentos de execução dos cursos: Primeira Visita, Observação de Aula, Avaliação do Curso, Avaliação de Estágio e Avaliação Final. Neste trabalho, objetivamos apresentar os resultados obtidos na supervisão das turmas de Qualificação Profissional e Complementação da Qualificação Profissional, no mês de maio, relativos ao marco de Avaliação de Curso, predominante neste período. Ele congrega quatro instrumentos: Avaliação do Curso pelo Coordenador Local e pelo Professor, Avaliação da Turma pelo Professor e Entrevista Grupal com alunos. O estudo fundamentou-se na metodologia descritivo-exploratória, com coleta de dados in locu, através da aplicação de questionários, sendo os resultados obtidos a partir de análise estatística simples. Esses demonstraram, na ótica de 95 docentes, que os alunos, de modo geral, conseguem mobilizar o conhecimento teórico para a prática diária e, conseqüentemente, melhorar a qualidade da assistência à população. No que diz respeito ao curso em si, 219 docentes e 161 coordenadores locais afirmaram conhecer as competências preconizadas pelo PROFAE, utilizar a metodologia problematizadora para o alcance de um egresso crítico e agente de mudanças, e propiciar ao coordenador local maior aproximação do docente, do coordenador pedagógico e acompanhamento das turmas. Assim, o marco de Avaliação do Curso sob a ótica de diversos sujeitos tem possibilitado uma visão mais abrangente do processo ensino-aprendizagem, como auxílio das respostas aos itens fechados e abertos, desvelando limitações, possibilidades e também especificidades inerentes ao desenvolvimento das turmas permitirão ajustes nos cursos em andamento e aperfeiçoamento de estratégias.

1 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Membro da Equipe Técnica da Agência Regional do PROFAE/MG – Herkenhoff & Prates. 2 Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Membro da Equipe Técnica da Agência Regional do PROFAE/MG – Herkenhoff & Prates. 3 Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Membro da Equipe Técnica da Agência Regional do PROFAE/MG – Herkenhoff & Prates. 4 Pedagoga. Membro da Equipe Técnica da Agência Regional do PROFAE/MG – Herkenhoff & Prates.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL: EXPERIÊNCIA COM CURSO DE ENFERMAGEM

Dra. Maria Helena Pessini de Oliveira Dra. Mara Rúbia Ignácio de Freitas Dra. Maria das Dores do Vale Oba

Profa. Silvia Sidnéia da Silva

Trata-se de um relato de experiência da participação do Curso de Enfermagem no processo sistemático de avaliação institucional de uma Universidade particular, visando à melhoria da qualidade do ensino e a reconstrução do modelo pedagógico. Essa experiência foi utilizada no curso de enfermagem. Utilizou-se da metodologia de pesquisa censitária. Fizeram parte desse estudo 172 estudantes de enfermagem e 27 docentes das disciplinas básicas e específicas do curso que responderam voluntariamente um questionário contendo 82 questões para os estudantes e 51 questões para os professores. A essência do processo avaliatório centralizou as questões polêmicas que os estudantes e professores apontaram como “insatisfeitos e muito insatisfeitos”, relacionados à dimensão do ensino e ao corpo discente. Os estudantes se preocupam com a ausência de uma política de incentivo, à qualidade do relacionamento interpessoal da classe, a falta de harmonia entre os colegas, falta de respeito e postura, destacando a importância do rigor no processo seletivo, e os professores com a qualidade do desempenho dos estudantes frente à dificuldade de aprendizado, em decorrência da deficiência da alfabetização primária e secundária. A avaliação institucional do curso de enfermagem possibilitou identificar e analisar os problemas dos diferentes situações de ensino, informações importantes na formulação de estratégias para alcançar os objetivos propostos no projeto pedagógico. Através do diagnóstico da situação atual do curso pode-se identificar pontos de reflexão que foram discutidos com os dirigentes administrativos, professores e estudantes.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

AVALIAÇÃO NACIONAL DE CURSO: CONHECENDO A POSIÇÃO DO ALUNO

Rosalba Pessoa de Souza Timóteo 1 Akemi Iwata Monteiro 2

Ruth Claudinam Freitas Lima 3

A aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação n0 9394/96-MEC trouxe para o âmbito educacional demandas de mudanças aos cursos de graduação na perspectiva da construção dos seus Projetos Políticos Pedagógicos. Concomitante a isso, trouxe também a estratégia de avaliações dos cursos, visando a consolidação dos centros de excelência e assegurando-lhes recursos infraestruturais a partir do resultado obtido pela avaliação. A despeito de como fôra implantado essa estratégia gerou insatisfações, tanto no corpo docente quanto no corpo discente, os quais mobilizaram as categorias na realização de debates, protestos e até boicotes. O Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN-, visando preparar politicamente o aluno frente ao processo avaliativo 2002, promoveu eventos que contaram com a presença de entidades estudantil e da enfermagem, com a clareza de que a última decisão caberia ao aluno. Passado o provão restava conhecer a posição tomada pelo aluno, o qual foi realizado através da aplicação de 72 questionários contendo questões fechadas que abordaram sobre motivação, posição e aproveitamento frente ao exame. Obteve-se que 30% compareceu a prova pela obrigatoriedade e 29% para obter direito ao diploma. Quanto ao posicionamento, 37% considerou o processo favorável contra 39% que o classificou como desfavorável, antes da realização da prova. Essa posição foi modificada após o provão onde os 30% manteve o posicionamento inicial e 48% considerou como instrumento que não mede conhecimento. Em relação ao aproveitamento 39% respondeu com facilidade a maioria das questões e 85% obteve níveis de acerto que variaram entre 21 a 30, das 40 questões de prova. Esse resultado foi corroborado pelo conceito “B” obtido pela UFRN, embora o maior sucesso tenha sido o político, considerando que a participação e o posicionamento do aluno no Exame Nacional de Curso, deveu-se a decisão política dos discentes. .

1 Enfermeira doutora em educação,professora do Departamento de Enfermagem da UFRN, Email- rpstimóteo@ htomail.com 2 Enfermeira doutora em Enfermagem, professora do Departamento de Enfermagem da UFRN, [email protected] 3 Estudante de graduação de enfermagem da UFRN

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1 Professoras Doutoras da Faculdade de Enfermagem do Centro de Ciências da Vida da Pontifícia Universidade Católica de Campinas 2 Professora Mestre da Faculdade de Enfermagem do Centro de Ciências da Vida da Pontifícia Universidade Católica de Campinas

TRABALHOS CIENTÍFICOS

AVALIANDO O PROJETO PEDAGÓGICO: INTENÇÕES E GESTOS NUM CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

CAVALHERI, Silvana Chorrat 1 SAMPAIO, Sueli Fátima 1

MARTINS, Maria Teresa C.T.L. 2

O Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem do Centro de Ciências da Vida da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, com seu projeto pedagógico construído a partir de 1980 e implantado no ano de 1986, até o momento já foi submetido a três reformulações, conforme diretrizes do Ministério da Educação e Cultura e da Associação Brasileira de Enfermagem, tendo a última ocorrida no ano de 2001. A institucionalização de processo avaliativo contínuo e permanente sempre ocorreu por meio de seminários de avaliação do referido projeto, apontando para a necessidade de ajustes com vistas à melhoria da qualidade de ensino. O desenvolvimento de Seminário junto ao grupo de alunos no final do ano de 2002 e reuniões pedagógicas junto ao grupo de professores neste primeiro semestre de 2003, permitiu identificar intenções e gestos interdependentes na busca de formar profissionais, porém nem sempre coerentes do ponto de vista pedagógico, político e ético, considerando porém as imperfeições ou inconsistências do cotidiano como oportunidades para um laboratório vivo e concreto para a busca de saltar qualitativamente rumo à qualidade de ensino. Desta forma, identificamos ainda dificuldades junto ao desenvolvimento de conteúdos por meio de estratégias de ensino e avaliação que garantam o processo ensino-aprendizagem da forma como é concebido em sua essência, ou seja, com vistas a formar profissionais competentes técnica e politicamente. Na identificação de aspectos intervenientes na dimensão do alunado, do corpo docente e da instituição, estamos no processo da construção de propostas de intervenção que venham subsidiar os sujeitos envolvidos na busca de caminhos efetivos na transformação de uma dada realidade educacional vivenciada, reforçando concepções já assumidas pelo projeto pedagógico vigente. Na intenção de manter o processo avaliativo como caminho imprescindível para o ir e vir do ensino-aprendizagem, sugerimos a manutenção do gesto de avaliar contínua e permanentemente, visando imprimir qualidade à proposta de formar profissionais.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

CAMINHOS DA FORMAÇÃO DE ENFERMAGEM – CONTINUIDADE OU RUPTURA?

FAUSTINO, Regina Lucia Herculano 1

MORAES, Maria Julia Barbosa de 2 OLIVEIRA, Maria Amélia de Campos 3

EGRY, Emiko Yoshikawa 4

A formação de enfermagem, no nível de graduação, tem sido um tema bastante discutido atualmente, em função das mudanças exigidas por força da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, que prevê uma reestruturação dos cursos de graduação, com a aprovação das diretrizes curriculares específicas para cada curso. (BRASIL, 1996) Com o olhar atento às concepções que fundamentam a formação de um profissional adequado à realidade atual, defende-se a adoção de um modelo direcionado à compreensão do processo saúde-doença, com base nas concepções do Sistema Único de Saúde – SUS, que possibilite a transformação da prática pedagógica e social. Nessa perspectiva, para atingir a consolidação do SUS, a mudança das práticas de saúde emerge como uma exigência inquestionável, sendo acompanhada pela transformação na formação dos recursos humanos em saúde. Objetivo: Suscitar reflexões quanto às dimensões que conformam a formação da enfermeira, a fim de descobrir e propor elementos inovadores e dinâmicos que venham contribuir para a definição de um paradigma filosófico-pedagógico, que fundamente a formação de Enfermagem no atual contexto de saúde brasileiro. Metodologia: Trata-se de uma reflexão teórica sobre a formação da enfermeira, à luz de educadores, filósofos e estudiosos contemporâneos. Foram utilizados os referenciais de Edgar Morin, Moacir Gadotti, Guy Le Boterf e Philippe Perrenoud, bem como os quatro pilares da educação contemporânea, apresentados no Relatório Delors. Adotou-se ainda nesse estudo, a Abordagem das Competências, no entendimento de que competência é a capacidade de mobilizar conhecimentos e habilidades frente a situações complexas da vida real. (Perrenoud, 1999; Le Boterf, 2003) Conclusão: Acredita-se que a utilização desses referenciais teórico-pedagógicos como categorias de análise da graduação de enfermagem, contribuirão para a conformação de um referencial pedagógico necessário à formação de um profissional crítico-reflexivo, transformador da realidade social e agente de mudanças. As competências que se pretende que os enfermeiros detenham, envolvem as mais variadas dimensões - técnicas, éticas, políticas, sociais - de forma a configurarem um corpo totalizante de saberes teórico-práticos, que venham ampliar a leitura da realidade social.

1 Doutoranda do Programa de Pós -Graduação em Enfermagem da Escola de Enfermagem da USP (EEUSP). 2 Mestranda do Programa de Pós -Graduação em Enfermagem da EEUSP 3 Professora doutora do Departa mento de Enfermagem em Saúde Coletiva da EEUSP. 4 Professora titular do Departamento de Enferm agem em Saúde Coletiva da EEUSP.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

CAMINHOS PARA A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL

CRÍTICO CRIATIVO

REIBNITZ, Kenya Schmidt 1

PRADO, Marta Lenise do 2 3

Este estudo é uma reflexão filosófica e ressalta a importância dos espaços de liberdade na relação pedagógica como ferramenta para a formação do profissional crítico-criativo. Segundo Merhy (2002), o processo de trabalho em saúde precisa mudar, precisa ressaltar a subjetividade através do acolhimento e do vínculo com o usuário. Este processo de mudança se concretiza com o espaço interseçor presente no trabalho vivo em ato. Neste processo de trabalho, o consumo pelo usuário dá-se imediatamente na produção da ação; ele não está sendo ofertado como uma coisa externa. Teoricamente, o trabalho não se esgota no produto. Desta forma, nosso trabalho em saúde e educação se dá no espaço de autonomia do trabalhador e independente da sua função, sempre existirá a possibilidade de criar, de ir além. No processo pedagógico também temos a construção de um espaço interseçor, compreendido como o espaço das relações; um espaço de encontro e negociação entre professor e aluno, em ato, que se realiza num dado momento, não se repete, pois cada indivíduo é um e cada momento é único; valoriza e destaca a subjetividade nas relações, tão necessária, também, no processo de trabalho em saúde. Segundo Lipmann (2001) o estímulo ao pensar possibilita esta construção do sujeito, pois integra as dimensões do conhecimento e da aprendizagem. Compreendemos o “ofício” do professor no processo de trabalho educar como possibilidade de liberdade, com criação de projetos a partir das finalidades estabelecidas no contexto de sua realidade. É de fundamental importância a valorização do espaço interseçor, como um privilegiado espaço de liberdade e autonomia, onde a relação pedagógica favorece o ensino prático-reflexivo, resgatando o potencial criativo, o potencial dos indivíduos, a autogovernabilidade. Precisamos entender que o processo de trabalho educar constitui-se, portanto, num trabalho vivo em ato, que se concretiza no momento da relação pedagógica e é o locus privilegiado para a construção de sujeitos crítico-criativos.

1 Enfermeira. Mestre em Assistência de Enfermagem. Docente do Departamento de Enfermagem da UFSC e Doutoranda do Programa de Pós -graduação em Enfermagem da UFSC. Coordenadora do Curso Técnico de Enfermagem UFSC. 2 Enfermeira. Doutora em Filosofia da Enfermagem. Docente do Programa de Pós -graduação em Enfermagem e do Departamento de Enfermagem da UFSC.

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1 Joséte Luzia Leite – Professora Titular da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, Membro do NUPEGEPEn/ Departamento de Metodologia de Enfermagem/EEAN/UFRJ, Rua Dr. Satamini, 200, Bloc o 03/aptº 206, Tijuca-

CEP-20260-203-RJ.Telefone: (21) 2234-01-03 – E-mail: [email protected]

2 Kátia de Moraes Jorge – Mestranda da Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ do NUPEGEPEn, Rua Barão de Mesquita, 1002, aptº 601, Grajaú – CEP-20540-004- RJ. Telefone: (21) 2278-23-36/ (21) 9957 -0322 – E-mail: [email protected]

TRABALHOS CIENTÍFICOS

COMPETÊNCIAS DOS FACILITADORES DA APRENDIZAGEM NO CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM DO SENAC.

Leite, Joséte Luzia 1

Jorge, Kátia de Moraes 2

Este trabalho tem o objetivo de apresentar o percurso da avaliação de desempenho institucional da operadora/executora sobre a oferta dos cursos de qualificação profissional para auxiliar de enfermagem / QP. Ressaltamos no referencial aspectos teóricos que nos apoiaram. A verdadeira concepção social de avaliação coordena os valores da sociedade democrática em consonância da avaliação de desempenho de suas estruturas para que os cursos possam cumprir sua função produção do conhecimento e na solução de problemas da sociedade.Metodologia descritiva, desenvolvida sob análise quanti-qualitativa dos dados. Adotamos esta analise considerando a coordenação dos dados quantitativos combinados à avaliação qualitativa. Assim sendo, avaliamos nos egressos os seguintes indicadores: Desempenho de formandos em avaliação cognitiva; Percepção dos egressos sobre o preparo profissional na instituição formadora em que recebeu o curso. Para avaliarmos os cursos utilizamos como dados: os indicadores de qualidade dos processos avaliativos institucionais; os egressos dos cursos de QP; os professores/ enfermeiros que participarão da capacitação e o impacto nas microrregiões de residência dos egressos.Os resultados mostram a importância de uma avaliação não serve apenas para a observação, levantamento de problemas, mas essencialmente para uma auto-avaliação de quem vive e participa da instituição, sendo educativa a medida em que proporciona chances para a ação e a transformação, pois prestamos uma importante colaboração ao ressaltar os aspectos de um curso a serem revistos e as ações a serem desenvolvidas nos cursos. A verdadeira concepção social de avaliação coordena os valores da sociedade democrática em consonância da avaliação de desempenho de suas estruturas para que os cursos possam cumprir sua função produção do conhecimento e na solução de problemas da sociedade.Em conformidade, a avaliação proporciona a analise critica da realidade comprometida com a conquista da qualidade do ensino técnico. Palavras-chave: Avaliação Institucional; Auxiliar de Enfermagem, Ensino Técnico de Enfermagem.

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1 Extraído da dissertação de mestrado: Caracterização da disciplina Noções de Administração de Enfermagem dos Cursos Técnico de Enfermagem apresentado a EEUSP – 2002.

2 Enfa. Mestre em Enfermagem. Dir. de Escola de Enfermagem da Fund. Antonio Prudente 3 Enfa. Profa. Dra. Livre docente da Escola de Enfermagem da USP

TRABALHOS CIENTÍFICOS

COMPETÊNCIAS ADMINISTRATIVAS NA FORMAÇÃO DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM1

KOBAYASHI, Rika M. 2

LEITE, Maria Madalena Januário 3

O Técnico de Enfermagem (TE) tem como uma das competências participar dos processos de gestão junto ao enfermeiro, o que tem gerado dificuldades em relação à abrangência e profundidade da abordagem de conteúdos relacionados a essa nova exigência. Este trabalho exploratório documental objetivou identificar as competências descritas nos Planos de Ensino da disciplina Noções de Administração em Enfermagem dos cursos TE da cidade de São Paulo. Do universo de 400 escolas cadastradas às entidades de classe representativas em Enfermagem, as que atenderam aos critérios de situar-se na cidade de São Paulo e ter formado uma turma de TE, foram 38 escolas e destas, 26 enviaram seus Planos de Ensino, compondo assim, a população deste estudo. A coleta de dados foi feita através de questionário e para a apresentação de resultados foram adotados os referenciais de análise de competências Aprender a Conhecer2 , Saber Ser3 e Saber Fazer3. Os resultados foram que as competências gerais e específicas do TE são relacionadas a saber fazer (59% e 54%), expressando ações que se concretizam por execução de atividades de cunho técnico, fundamentado cientificamente, por exercício com a orientação, supervisão do enfermeiro e por ações que se concretizam pelo administrar, gerenciar, elaborar, implantar e avaliar sem referenciar a participação ou supervisão do enfermeiro. A competência aprender a conhecer (34% e 45%) referiu-se a aquisição de informações e construção do conhecimento e a do saber ser (7% e 1%) abordando o significado de administração e questões administrativas, desenvolvendo-se habilidades e aptidões para participar da administração de uma unidade de Enfermagem. Nota-se entre as competências a prevalência do saber fazer na educação profissional, com tendência a fundamentar e instrumentalizar este fazer com conhecimentos científicos. Considerando que a elaboração dos planos de ensino é competência do enfermeiro educador, importante ressaltar pelos resultados obtidos que é emergencial que nós passemos a trabalhar o SABER SER do TE que assiste a saúde humana, mas também tem como necessidades do mercado competitivo, desenvolver-se como profissional capacitado a transformar a natureza do trabalho operacional para um trabalho realizado conhecendo-o enquanto processo integral.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

COMPETÊNCIAS NA PRÁTICA EDUCATIVA PARA CONSTITUIÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO EM SAÚDE: UM

DESAFIO AOS EDUCADORES*

SILVA, Cesar Cavalcanti da 1

EGRY, Emiko Yoshikawa 2

Tomando como objeto de estudo a Prática Educativa [ensino e avaliação] operada no espaço de interseção entre a academia, os serviços de saúde e a comunidade, no Estágio Rural Integrado da Universidade Federal da Paraíba – ERI/UFPB, discutiu-se acerca da centralidade dos Conhecimentos nos processos de ensino e de avaliação dos docentes vinculados ao ERI, no exercício de suas atividades em campo de estágio, propondo-se a utilização de uma prática educativa transformadora, ancorada na abordagem por Competências. Propôs-se também a utilização permanente da Metodologia da Intervenção Práxica da Enfermagem em Saúde Coletiva – METISC, como referencial pedagógico das práticas educativas, com amparo na abordagem pedagógica das Competências, e ambos como orientadores dos processos de constituição da força de trabalho em saúde e, em particular, da enfermagem, visando à produção de sujeitos críticos, reflexivos e questionadores, que atendam aos requerimentos do Sistema Único de Saúde - SUS, nesta área. Palavras-chave: Pesquisa em educação de enfermagem; Prática de ensino; Análise do discurso; Professores; Pessoal de saúde.

* Tese apresentada ao Programa Interunidades de Doutoramento em Enfermagem dos Campi de São Paulo e Ribeirão Preto da USP, para obtenção do título de Doutor em Enfermagem. 1 Enfermeiro. Professor Doutor do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica e Administração do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba - DEMCA/CCS/UFPB. Av. Umbuzeiro, 209 – Manaíra, João Pessoa/PB. [email protected] 2 Enfermeira. Professora Titular do Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Orientadora. [email protected]

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* Enfermeira, mestre em enfermagem pediátrica, coordenadora do curso de graduação em enfermagem do Centro Universitário Municipal de São Caetano do Sul - IMES ** Enfermeira, mestre em enfermagem pediátrica, docente do curso de graduação em enfermagem do Centro Universitário Municipal de São Caetano do Sul - IMES

TRABALHOS CIENTÍFICOS

CONCRETIZAÇÃO DE UM PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO PARA O CURSO DE ENFERMAGEM DO CENTRO

UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL - IMES

CASTRO, Allison Scholler de *

ZANELATTO, Ana Paula **

O princípio das novas Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Graduação em Enfermagem, Medicina e Nutrição sob o parecer de número CNE/CES 1.133/2001 busca “assegurar a flexibilidade, a diversidade e a qualidade de formação oferecida aos estudantes”. Neste sentido o Curso de Enfermagem do Centro Universitário Municipal de São Caetano do Sul está direcionado para a concepção do CUIDAR. Entendemos por cuidar uma ação inerente a todo ser humano, mas que ao ser exercido pela pessoa que detém o título de enfermeiro deva possuir as características propostas por Mayeroff, 1971, sendo estas conhecimento, alternância de ritmos, honestidade, coragem, esperança, humildade e paciência. Para tanto, o processo de ensino-aprendizagem adotado é estimulador da construção de conhecimentos oferecendo competência e habilidade para o enfermeiro graduado conseguir interação com o contexto e estabelecer diagnósticos onde haja autonomia para a sua atuação. A competência adotada neste projeto pedagógico é a partir da perspectiva de Philippe Perrnoud, 2000. A proposta pedagógica é que o graduando seja construtor de seu conhecimento pois é instigado constantemente a refletir, conhecer e indagar o contexto no qual se encontra e a abordagem na relação educando-educador-sociedade é direcionada pelos seguintes eixos: conteúdos vivenciais (sociais, culturais, familiares; investigação e método; interdisciplinariedade e teoria e prática. O currículo do curso foi estruturado em unidades educacionais que contemplam saberes e que integram o ciclo básico e clínico e que já inserem conteúdos específicos da enfermagem desde o início da graduação. O graduando é inserido em atividades práticas no início do segundo ano, sendo estimulado a buscar na teoria respostas ao contexto vivenciado nestas atividades. A avaliação das unidades teórico/práticas ocorrem mediante o desenvolvimento das competências e habilidades negociadas entre docentes e discentes no início destas. Frente a isto, este curso tem como finalidade qualificar pessoas dentro da lei profissional do enfermeiro, capacitando-as para atuarem na promoção de saúde, prevenção da doença e de situações de risco, tratamento da doença, reabilitação da saúde ou promoção de qualidade de vida.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

CONHECENDO O PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DE NATAL

– PROFAE

SILVA, Edilene Rodrigues da 1

SILVA, Francisca Idanésia 2 TIMOTEO, Rosalba Pessoa de Souza 3

AQUINO, Gilvania Magda Luz 2

Trata-se de um estudo exploratório-descritivo cujo objetivo é conhecer o perfil dos alunos do Curso de Qualificação Profissional do Auxiliar para Técnico em Enfermagem, desenvolvido pela Escola de Enfermagem de Natal – UFRN no ano de 2002 em parceria com o Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem – PROFAE, bem como fornecer subsídios para analisar o processo de formação do técnico em enfermagem ora em construção. Realizado no período de fevereiro a abril de 2003. A população estudada é composta de 271 alunos. Os dados foram coletados através do formulário preenchido no ato da matrícula, constando informações pessoais (idade, sexo, residência, renda familiar, educação geral) e profissionais (condição de emprego, tempo de serviço na função de auxiliar de enfermagem). A análise dos dados evidencia que 48% dos alunos possuem idades entre 32 e 41 anos, sendo a maioria do sexo feminino e residente em Natal. A renda familiar varia entre um e dois salários mínimos, todos são Auxiliares de Enfermagem sendo que apenas 2% trabalham em outra função e 3% não responderam. Em relação à condição de emprego apenas um estava desempregado, 74% possui um vínculo empregatício e 18% possui dois empregos. Quanto ao tempo de serviço, 42% desenvolve suas atividades nesta função entre quatro a onze anos e 20% trabalham na função de três a um ano. Os resultados demonstram que os alunos são em sua maioria trabalhadoras, com baixa condição social e econômica, tendo por isso que assumir duplas ou triplas jornadas de trabalho, somadas a sua condição de mulher e muitas vezes dona de casa, o que lhes incube de maiores responsabilidades e trabalhos. Possuem ampla experiência profissional no campo da prática e idades que lhes asseguram a escolha pela realização do curso. Neste sentido, observa-se a importância e relevância social do Curso para a profissão, principalmente, em relação à dívida social que existe com a força de trabalho não qualificada, a qual historicamente sustenta a prática em saúde no Brasil, bem como assegura uma maior qualificação dos trabalhadores em saúde como forma de elevar os padrões de qualidade dos serviços oferecidos à população.

1 Enfermeira, Mestranda do Programa de Pós -Graduação em Enfermagem da UFRN, Docente da Escola de Enfermagem de Natal - UFRN. Av. Nilo Peçanha, 619, Petrópolis, Natal. [email protected] 2 Enfermeira, Docente da Escola de Enfermagem de Natal / UFRN 3 Enfermeira. Doutora em Educação, Professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

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1 Enfermeira. Docente do curso de enfermagem da UNIFOR. Coordenadora do Núcleo de Atenção Médica Integrada − NAMI. Doutoranda em enfermagem – UFC. 2 Enfermeira. Docente do curso de enfermagem da UNIFOR. Coordenadora do curso de enfermagem. Mestra em enfermagem – UFC.

TRABALHOS CIENTÍFICOS

CONSTRUINDO ESTRATÉGIAS EM BUSCA DA INTERDISCIPLINARIDADE

Francisca Sônia de Andrade Braga Farias 1 Rita de Cássia Moura Diniz 2

Narra-se a experiência coletiva das autoras coordenando e provendo estratégias interdisciplinares a partir de atividades práticas desenvolvidas por docentes e discentes de diferentes profissões no Núcleo de Atenção Médica Integrada − NAMI/UNIFOR e na Comunidade do Dendê em Fortaleza – CE. O interesse pela temática aconteceu no transcurso de nosso mestrado e doutorado. O objetivo do trabalho é prestar assistência às famílias da Comunidade do Dendê de forma integrada através de uma equipe multiprofissional. A operacionalização das atividades iniciou-se com a territorialização da comunidade, estabelecendo-se cinco microáreas. A integração entre os docentes dos cursos de enfermagem, odontologia, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e psicologia deu-se a partir de fevereiro de 2002 com o workshop A construção do conhecimento em saúde coletiva. Sucederam-se três encontros com periodicidade semestral intitulados Promoção da saúde e interdisciplinaridade - novos rumos, amplas visões, O refletir de uma prática na busca da interdisciplinaridade e Estratégias para uma prática interdisciplinar. O acompanhamento do processo realiza-se mensalmente com toda a equipe e quinzenalmente com as equipes responsáveis por cada microárea. Além dos trabalhos desenvolvidos com as famílias, creches e escolas, são feitas atividades educativas através da rádio comunitária a partir de temas sugeridos pela própria comunidade. Os resultados evidenciam a integração intercursos, a inclusão de novos parceiros, como os cursos de comunicação, administração, educação física e farmácia, a assistência integral às famílias e comunidade, quando os profissionais juntos buscam soluções para os problemas identificados, o momento em que os direitos e deveres de um cidadão são exercidos e a redução da demanda espontânea no NAMI. A partir deste trabalho podemos sentir a necessidade da gerência do processo interdisciplinar, a importância do engajamento, a reciprocidade, a atitude de abertura em relação ao saber do outro, o que nos leva a um crescimento pessoal e profissional. Que a postura unitária leva o ser humano a uma melhor qualidade de vida, a ver-se como um ser completo, corpo, mente e espírito, em constante relação com o meio. Por fim, o discente passa a absorver uma formação holística, além de instrumentalizá-lo a prestar assistência multiprofissional e interdisciplinar em grupos comunitários.

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1- Especialista em Recursos Humanos; Especialista em Educação Profissional para a Área da Saúde: Enfermagem. 2- Especialista em Saúde Pública; Especialista em Recursos Humanos; Especialista em Educação Profissional para a Área da Saúde: Enfermagem. 3- Especialista em Saúde Pública; Especialista em Recursos Humanos; Especialista em Educação Profissional para a Área da Saúde: Enfermagem. 4- Especialista em Recursos Humanos; Especialista em Educação Profissional para a Área da Saúde: Enfermagem.

TRABALHOS CIENTÍFICOS

CURSO ESPECIALIZAÇÃO EM TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA

ARAÚJO, Aura Helena Gomes Dantas de 1 ALMINTAS, Maria Neusa da Nóbrega 2

FERREIRA, Vera Lúcia da Silva 3 REBOUÇAS, Maria das Graças Leite 4

O aparente aumento dos casos de doenças renais, deu-se a partir da garantia, pela lei nº 8080/90 de acesso da população aos serviços de saúde especializados em diálise, e a Portaria Nº 82/2000 que estabelece o Regulamento Técnico para o funcionamento dos serviços de diálise e as normas para cadastramento destes junto ao SUS. O Estado do Rio Grande do Norte conta com 06 unidades de hemodiálise com aproximadamente 700 pacientes em tratamento. Existe uma deficiência de mão de obra qualificada para a assistência, como também é sabido, de hospitais públicos, que possuem equipamentos de terapia renal, porém não estão em funcionamento pela falta de pessoal técnico com formação específica na área. Relatar experiência da escola é o objetivo deste trabalho. O Centro de Formação de Pessoal para os Serviços de Saúde “Dr. Manoel da Costa Souza” – CEFOPE/RN preocupado com este quadro e atendendo as reivindicações de alguns hospitais públicos, elaborou uma proposta de Especialização Pós-Técnico, objetivando contribuir com a reversão deste quadro formando profissionais da área de saúde de nível técnico, integrantes da equipe de enfermagem para desenvolver atividades em Terapia Renal Substitutiva, sobre a supervisão do Enfermeiro. O curso terá 240 horas de carga horária, divididos em:140 horas teórico/prático e 100 horas de estágio supervisionado, com metodologia problematizadora, a partir dos conhecimentos prévios adquiridos e dos relatos de experiências vividas. O conteúdo está organizado de forma a atender as competências e habilidades da área.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

DESAFIOS NA IMPLANTAÇÃO DE UM PROJETO INTEGRANDO A ENFERMAGEM, A FISIOTERAPIA E A ODONTOLOGIA NAS

AÇÕES DESENVOLVIDAS PELA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

ALMEIDA, Ana Clementina Vieira de 1 OLIVEIRA, Leila Maria Chevitarese de 2

OLIVEIRA, Ana Rosa Vieira 3 RAMIN, Hulda Cordeiro Herdy 4

INSTITUIÇÃO: UNIGRANRIO - UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROF. JOSÉ DE SOUZA HERDY-DUQUE DE CAXIAS, RIO DE JANEIRO, BRASIL6 As Universidades atentas para as mudanças operadas nos serviços de saúde trazidas pelo Programa de Saúde da Família vem introduzindo em seus currículos cursos voltados para o preparo de docentes e discentes dentro de uma nova concepção do processo de trabalho em saúde. Este é o caso da UNIGRANRIO que há dois anos vem viabilizando através do Projeto Integrado Trevo das Missões um estágio curricular integrando ensino, serviço e comunidade, procurando desenvolver nos alunos de enfermagem, fisioterapia e odontologia, competências e habilidades dentro de um novo processo de trabalho. Este relato que traz para debates os desafios dos docentes da UNIGRANRIO na implantação do referido projeto tem por objetivo ampliar as reflexões sobre a importância de ampliar os profissionais que atuam junto às famílias especificamente os de fisioterapia e os de odontologia aumentando a resolutividade na atenção básica. Evidencia os limites deste trabalho interdisciplinar como: a pouca participação da população no planejamento, controle e avaliação das ações; a prática da intersetorialidade ainda muito incipiente; os conflitos provocados pela pouca aceitação da comunidade deste modelo que visa em primeira instância a promoção a saúde e a prevenção das doenças. .Vislumbra possibilidades ligadas a um trabalho menos fragmentado entre os diversos profissionais de saúde o que contribui para a solução dos problemas individuais e familiares. Finaliza com reflexões sobre a necessidade dos centros formadores discutirem a operacionalização do trabalho em equipe a partir dos primeiros períodos da graduação, sem o que se dificulta a constituição da prática social pretendida pela estratégia Saúde da Família.

1 Enfermeira, Professor adjunto II de Saúde Coletiva III, da Escola de Enfermagem da UNIGRANRIO, Doutora em Enfermagem pela EEAN/UFRJ. 2 Odontóloga, Professor adjunto II, da Escola de Odontologia da UNIGRANRIO, Doutora em Odonto Pediatria pala Faculdade de odontologia pela UFRJ. 3 Fisioterapeuta, Professor adjunto da Escola de Fisioterapia da UNIGRANRIO, Doutoranda em Saúde Coletiva no IMS/UERJ. 4 Enfermeira, Odontóloga, Mestre em Educação, Diretora da Escola de Enfermagem da UNIGRANRIO. Telefax: 21 2672 7760

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

DIMENSÕES E CONSTÂNCIAS DA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO NO BRASIL:

PRIMÓRDIOS E ATUALIDADE

Nascimento, Estelina Souto do 1 Santos, Geralda Fortina dos 2

Caldeira, Valda da Penha 3 Teixeixa, Virgínia Mascarenhas Nascimento 4

Este estudo tem como objetivo mostrar que os princípios referentes à formação da enfermeira preconizados no Brasil a partir da década de 1920 possuem elementos que se aproximam dos que estão contidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem. Tomou-se como referência matérias sobre educação e formação da enfermeira publicadas pela Revista Brasileira de Enfermagem, nas décadas de 1930 e 1940 e, na atualidade, o documento que institui as referidas Diretrizes. Pela análise realizada foram identificadas singularidades e especificidades, bem como, aproximações e semelhanças no processo de formação da enfermeira nos períodos estudados. Longe de denotar estagnação, pode-se dizer que essas avizinhações são permanências que trazem pistas da formação do enfermeiro, a partir de comparações nos dois períodos. Pode-se dizer que a formação do enfermeiro é um processo longo e dinâmico, envolvendo múltiplas dimensões e constâncias traduzidas no Ideal, na Ciência e na Arte de ser enfermeira que remetem sempre ao ponto de partida.

1 Enfermeira, Doutora em Educação pela USP. Professora da Escola de Enfermagem da PUC-MG, pesquisadora do Núcleo de Pesquisa e Estudos sobre Quotidiano em Saúde - NUPEQS 2 Enfermeira, Doutoranda em Educação pela UFMG. Professora da Escola de Enfermagem da UFMG, pesquisadora do Núcleo de Pesquisa e Estudos sobre Quotidiano em Saúde - NUPEQS 3 Enfermeira, Mestre em Enfermagem pela UNIRIO. Coordenadora Pedagógica do PROFAE da Escola de Enfermagem da UFMG. Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa e Estudos sobre Quotidiano em Saúde - NUPEQS 4 Enfermeira, Mestre em Enfermagem pela UFMG. Professora da Escola de Enfermagem da Facisa- Formiga/MG. Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa e Estudos sobre Quotidiano em Saúde – NUPEQS.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

DISCURSO E ENSINO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO ENFERMEIRO

Silva, Maria Stela Anunciação da RAMIN, Hulda Cordeiro Herdy 1

Desde os seus primórdios, a enfermagem sempre teve as suas ações voltadas para

o cuidado ao ser humano. Contudo, o cuidado como essência do seu saber e fazer, nunca foi tão enfatizado quanto nas últimas décadas. No ensino de enfermagem, além do cuidado, dois outros discursos surgem: holismo e humanização; no entanto, apenas como discursos em aulas teóricas, posto não se concretizarem na prática. A forma como se percebe o discurso, o ensino teórico e a prática cotidiana do enfermeiro em variados locais de trabalho, deixam claro, a falta de sintonia entre os dois contextos. No ensino de enfermagem, pela forma como tem sido desenvolvido, holismo e humanização, parecem palavras soltas que se perdem no ar, sobretudo, quando esse profissional se encontra no mundo do trabalho, vivenciando as intempéries do Sistema, nas instituições de saúde. Nesse sentido, são conduzidas as reflexões neste trabalho, as quais são oriundas de questionamentos, observações sistemáticas e trocas que redundaram na percepção sobre a importância de discutir as relações de ensino, discurso e ação na enfermagem, bem como, analisar os contextos onde essas relações se dão, de modo a contribuir para o progresso das mudanças na profissão, que viabilize um ensino reflexivo, com intervenções conscientes, eficientes e eficazes do enfermeiro no mundo da prática.

1 Enfermeira e Psicóloga; Doutora em Ciências Sociais/ Antropologia; Mestre em Enfermagem / Cirurgia; Professora aposentada da EEAAC / UFF, e atualmente coordenadora do Curso de Graduação em enfermagem da Universidade Iguaçu e Professora Assistente do Departamento de Enfermagem da Universidade Gama Filho.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

DO ALUNO CRÍTICO AO ENFERMEIRO GENERALISTA: DEFINIÇÃO DAS COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS

SILVA, Kênia Lara 1 SENA, Roseni Rosângela de

No contexto atual, exige-se que os profissionais tenham uma formação polivalente e orientada para a visão globalizadora da realidade e uma atitude contínua de aprender a aprender. Com esta premissa, traçou-se o presente estudo que descreve as mudanças que são manifestadas e / ou percebidas nos alunos durante a formação e que contribuem para a definição de um perfil profissional que integra competências técnicas e políticas, em instituições que se declaram inovadoras na proposta de ensino de formação do enfermeiro. Trata-se de um recorte da pesquisa “Os Projetos UNI como cenário de novas experiências na transformação da educação de enfermagem”, estudo descritivo-exploratório com abordagem qualitativa, que ancora-se no materialismo histórico-dialético como referencial teórico-metodológico. Os dados foram obtidos de análise documental e através da realização de grupos focais com docentes, discentes, enfermeiros de serviço e pessoas da comunidade. Os resultados demonstram a posição do aluno como sujeito ativo no processo ensino-aprendizagem que tem espaço para se colocar e propor mudanças, a partir de um movimento de transformação das estruturas acadêmicas, aproximação ensino-pesquisa, integração ciclo básico-ciclo profissional e articulação teoria e prática, visando uma formação crítico-reflexiva. Identificou-se uma correlação entre o movimento de busca de maior participação política, ativa e crítica dos estudantes como fator que determina e orienta um perfil do enfermeiro generalista e de maior inserção social. Evidenciou-se que o perfil profissional explicitado no Projeto Político-Pedagógico das instituições foi desenhado a partir da análise do mercado de trabalho e das demandas e necessidades de saúde da população, contrapondo-se, entretanto, com a organização curricular por conteúdos e por objetivos desenvolvida nas instituições. Conclui-se que, apesar dos esforços, a orientação da formação e a definição do perfil profissional nos cenários do estudo está voltado ás exigências do mercado de trabalho sendo incipiente a formação baseada em competências que superam as exigências transitórias e momentâneas de um mercado para afirmar a construção de um conjunto de habilidades e atitudes que permitirá ao profissional atuar nas diversas e imprevisíveis situações do cotidiano do trabalho.

1 End para correspondência: Rua Corumbá, 214, Carlos Prates. BH/MG. CEP: 30710-280 e-mail: [email protected] ou [email protected]

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1. Enfermeira. Mestre em Saúde Pública pela UFPA. Professora Assistente da UNIFAP. Tutora do Curso de Formação Pedagógica do NAD-AP. 2. Enfermeira. Especialista em Saúde do Trabalhador. Tutora do Curso de Formação Pedagógica do NAD-AP. 3. Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela UFC. Professora assistente da UNIFAP. Tutora do Curso de Formação Pedagógica do NAD-AP. e-mail: [email protected]

TRABALHOS CIENTÍFICOS

DO OIAPOQUE AO CHUÍ: O CURSO DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DESBRAVANDO FRONTEIRAS.

SOUZA, Raimunda Bandeira de ¹ NASCIMENTO, Rosana Oliveira do ²

SILVA, Silvana Rodrigues da ³

Esta pesquisa tem como objetivo geral conhecer a realidade vivenciada pelos alunos do Curso de Especialização em Formação Pedagógica na área de Saúde: enfermagem do Estado do Amapá e identificar suas principais dificuldades na participação de um curso na modalidade de educação à distância. Trata-se de um estudo exploratório descritivo com uma abordagem qualitativa na qual participaram 30 enfermeiros. A coleta de dados foi realizada pelas próprias pesquisadoras, no período de três meses, através de uma entrevista semi-estruturada. Foram identificadas três categorias, a saber: 1) como é difícil mudar a prática pedagógica, 2) dificuldades de acesso a comunicação e 3) relacionamento interpessoal tutor-aluno. Conclui-se que ao longo do processo a metodologia utilizada pela educação a distância consiste num mecanismo eficiente de intervenção, além de possuir um aspecto inovador, na qual proporciona a oportunidade do aluno refletir no processo de ensino aprendizagem, porém apresenta-se como um aspecto desafiador para os profissionais da área de saúde que precisa ser aprimorado e incentivado na sua abordagem.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: UM DESAFIO A SER VENCIDO. RELATO DA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA EM LONDRINA –

PARANÁ

GARANHANI, Mara Lúcia 1 GUARIENTE, Maria Helena Dantas de Menezes 2

NUNES, Elisabete de Fátima Pólo 3 LOPES, Maria Lúcia da Silva 4

O Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem (PROFAE), foi criado com a meta de qualificar 225 mil profissionais da saúde. Para tanto, foi estruturado em dois componentes, um que objetiva reduzir o déficit de auxiliares de enfermagem e, o outro, pautado em um curso de especialização a distância direcionado aos enfermeiros envolvidos no processo. Londrina, no Paraná, vem participando de ambas as frentes. Este estudo tem por objetivo relatar a experiência vivenciada no Núcleo de Apoio Docente (NAD) que, atualmente, participa da qualificação de 314 enfermeiros de vários municípios do Estado, orientados por 14 tutores. Como este é um projeto inovador, com enfoque na construção coletiva, estabeleceu-se que os pós-graduandos seriam divididos em grupos de, no máximo, 4 integrantes. A idéia era proporcionar que, estes profissionais, além de desenvolverem os trabalhos e incorporarem novas metodologias baseadas em uma ideologia crítica, voltada para as questões sociais, pudessem vivenciar a experiência do trabalho em equipe. Como forma de averiguar as dificuldades e facilidades proporcionadas por este método, na primeira prova presencial foi aplicado um instrumento onde o aluno poderia descrever sobre esta experiência. Os resultados demonstraram que o método possui mais pontos positivos que negativos. Os relatos apontaram que o objetivo de entrosamento, discussão e crescimento do grupo foi atingido e, dentre os entraves descritos, encontrou-se a dificuldade de conciliar horários e opiniões.

1 Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem – EERP-USP/SP, Professora da Universidade Estadual de Londrina. Tutora do Núcleo de Apoio Docente/ Londrina PR. 2 Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem – EERP-USP/SP, Professora da Universidade Estadual de Londrina Coordenadora e Tutora do Núcleo de Apoio Docente/ Londrina PR. 3 Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem – Unicamp/SP, Professora da Universidade Estadual de Londrina Coordenadora e Tutora do Núcleo de Apoio Docente/ Londrina PR. 4 Enfermeira Mestre em Enfermagem, Professora do Centro Universitário Filadélfia - UNIFIL e Tutora do Núcleo de Apoio Docente/ Londrina PR.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM: QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

FEITOSA, Elisa da Silva 1 SOUSA, Maria do Socorro Batista de2

TORRES, Vera Lucia Scaramuzzini3 A base das profissões modernas está no controle legítimo sobre determinada esfera do conhecimento que garantirá à profissão um monopólio e uma espécie de "mandato" sobre seu domínio de trabalho. Nesse cenário, o profissional de enfermagem deverá possuir competência técnico-científica e política que lhe confira capacidade profissional para inserção no mercado de trabalho. O enfermeiro poderá desenvolver atividades como profissional liberal (clínicos de enfermagem), docente (cursos de Graduação em Enfermagem e Escolas de Técnico e Auxiliar de Enfermagem), pesquisador (em órgãos e Institutos de Pesquisa na área de saúde e nas Universidades), assistencial (Hospitais, UTIs, Maternidades e Unidades de Redes Básicas de Saúde) e administrativa (Gerência de Instituições e Unidades de Saúde). O enfermeiro norteia a sua atuação, enquanto profissional da área da saúde, considerando a integralidade do ser humano/família/comunidade, referenciado por um padrão de bem-estar articulado no contexto do processo saúde-doença, nos modelos de sistema de saúde e nos modelos de cuidados de enfermagem, através da competência técnica, do comprometido, da criatividade e da sensibilidade com as especificidades regionais, estaduais, nacionais e universais das questões de saúde e do processo de trabalho e suas transformações, nos âmbitos social, cultural, educativo, político, econômico, ético e científico. As competências e habilidades do enfermeiro devem estar de acordo com a Lei Federal Nº 7.498/86 de 25.07.86, o Decreto Federal Nº 94.406/87 de 08.06.87 e a Decisão COREn/RS Nº 0005/91 de 14.01.91. Desse modo, é premente possibilitar a construção do conhecimento de enfermagem a partir de um contexto histórico, social, político e econômico, sob visão crítica, visando a instrumentalização para assistência, gerência, educação e pesquisa em enfermagem com vistas a melhoria da qualidade de vida que lhes dê subsídios para: planejar, executar e avaliar ações de Enfermagem (propedêuticas, terapêuticas, administrativas e educativas) com domínio dos métodos clínico e epidemiológico; atuar no gerenciamento de saúde; atuar na supervisão e educação da equipe de enfermagem, visando sua capacitação e qualificação técnica, assim como a segurança pessoal dos profissionais; atuar na investigação científica e criação de novos conhecimentos; atuar como educador, em particular no nível médio, a nível de formação de auxiliares e técnicos de enfermagem.

1 Professor adjunto IV da UFPA, livre docente em enfermagem psiquiátrica e saúde mental, doutor em filosofia da enfermagem. 2 Livre docente em enfermagem, doutora em enfermagem. Av. Gentil Bittencourt, 1390. Ap. 133 -A Bairro: Nazaré – Belém. CEP: 66.040-000. E-mail: [email protected]. 3 Professora adjunto I da UEPA, doutora em ciências: desenvolvimento sócio ambiental.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM: PARADIGMAS CONTEMPORÂNEOS

FEITOSA, Elisa da Silva 1 SOUSA, Maria do Socorro Batista de 2

TORRES, Vera Lucia Scaramuzzini 3

A educação em saúde nos possibilitou inferir que esta constitui um grande meio de promover a saúde e prevenir a doença, através da utilização de recursos de comunicação. Através de planejamento, criatividade, conhecimento e adequada comunicação é possível desenvolver uma aproximação e interação profissional-cliente, seja a família ou o indivíduo. Em nossas experiências, a educação em saúde durante o processo de formação, amplia as perspectivas e contribui para a qualidade do trabalho profissional na área da saúde. Devemos assim ter em mente que uma das funções administrativas mais importantes do profissional Enfermeiro é educar no sentido de atender o indivíduo/grupos/comunidade dentro de seu contexto social/econômico/psicológico, e esse exercício deve começar logo no início da graduação e se fortalecer durante todo percurso de formação para que quando, finalmente, sejamos profissionais de saúde ativos no mercado de trabalho possamos transformar algumas tristes realidades. Nesse cenário, este estudo busca refletir sobre a situação da enfermagem, tentando mostrar as semelhanças e diferenças da situação desta em diversos pontos do mundo. Trata-se de uma reflexão da situação atual, com base nos paradigmas contemporâneos, contextualizada na história da organização da profissão e com um olhar que ultrapasse as fronteiras das diversas nações. Ao mesmo tempo, trata-se de um debate que considera as diferenças do contexto econômico, político e social das diversas formações sociais onde a prática da enfermagem se desenvolve. Considerando assim a contemporaneidade e os paradigmas que se impõem em um contexto globalizado, os programas de ensino devem ser sempre elaborados de acordo com os fins e objetivos da Educação Nacional, com as diretrizes da Educação Profissional e em consonância com o perfil profissional traçado, face às tendências do mercado, adaptados à realidade dos alunos, com definição e estabelecimento das competências e habilidades básicas por matéria e por período letivo. E ainda considerando a legislação específica da Enfermagem.

1 Professor adjunto IV da UFPA, livre docente em enfermagem psiquiátrica e saúde mental, doutor em filosofia da enfermagem. 2 Livre docente em enfermagem, doutora em enfermagem. Av. Gentil Bittencourt, 1390. Ap. 133 -A Bairro: Nazaré – Belém. CEP: 66.040-000. E-mail: [email protected]. 3 Professora adjunto I da UEPA, doutora em ciências: desenvolvimento sócio ambiental.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

EDUCAÇÃO SUPERIOR EM ENFERMAGEM: FORMAR PARA QUE COMPETÊNCIAS?

RODRIGUES, Rosa Maria 1 BAGNATO, Maria Helena Salgado 2

O texto é resultado de bibliografias que discutem a origem e a inserção da noção de competência que tende a ser elemento orientador nas diretrizes curriculares de formação, desde as séries iniciais até o nível superior. Objetivou subsidiar uma discussão dos encaminhamentos curriculares a partir dessa noção na área da saúde, mais especificamente na formação de Enfermagem de nível superior. A noção de competência é oriunda, num primeiro momento, de correntes da psicologia, sendo absorvida posteriormente pelo mundo empresarial que vê na mesma a possibilidade de formar o novo trabalhador necessário para o mundo do trabalho em sucessivas mudanças. Para tanto, espera-se que tal trabalhador seja flexível, competente e adaptável às novas demandas que lhe são postas a todo momento. Alguns destes autores denunciam uma certa falácia neste discurso, diante da falta de empregos, de precarização, de subtrabalho, de subcontratação, assim como para aqueles que continuam inclusos nos processos produtivos formais tem restado a aceleração dos ritmos de trabalho das mais diferentes maneiras. Assim, tal noção tem direcionado para o trabalhador a responsabilidade, seja pelo seu processo de formação, seja pelo seu fracasso quando procura e não encontra emprego ou quando não consegue se sobressair e galgar postos mais elevados, individualizando a culpa pelos seus “fracassos”. Registramos ainda que há, na especificidade da área da saúde, a afirmação de que mesmo que a noção de competência possa ser apropriada na maioria das vezes, no sentido estrito do desenvolvimento de capacidades para execução de tarefas, é preciso ousar ressignificar o conceito. Questionamos a possibilidade de tal ressignificação e também se os mesmos suportes teóricos do campo econômico podem ser utilizados no momento de pensar a formação humana e, em especial a formação em Enfermagem. Apontamos ainda para as implicações desse aporte teórico no nível superior, em que mais que preparar para o trabalho, deve-se formar para a produção de conhecimentos, o que se não se viabiliza quando se utiliza a noção de competência apenas para execução de tarefas, na sua concepção instrumental.

1 Enfermeira, Mestre em Enfermagem pela EERP/USP, Doutoranda em Educação pela Faculdade de

Educação da UNICAMP, Docente do Colegiado do Curso de Enfermagem da UNIOESTE, Campus de Cascavel. Rua Cristóvão Colombo, 519, Aptº 503, Bl 02, Pioneiros Catarinense, CEP: 85 805-510 E-mail: [email protected], telefone: 45-326 9357

2 Enfermeira, Doutora em Educação pela Faculdade de Educação da UNICAMP, Docente da Faculdade de Educação da UNICAMP. Coordenadora do PRAESA (Laboratório de Estudos e Pesquisas em Práticas de Educação e Saúde).

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1 Parte integrante da Dissertação de Mestrado apresentada a Escola de Enfermagem da UFMG pela autora: Processo Ensino Aprendizagem na Perspectiva do Ser Professor e do Ser Aluno. 2 Enfermeira, Professora do Departamento de Enfermagem da Unimontes, Mestre em Enfermagem pela EEUFMG. [email protected]

TRABALHOS CIENTÍFICOS

EM BUSCA DO SER PROFESSOR-ALUNO FRENTE À IMPLANTAÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES EM

ENFERMAGEM 1

LEITE, Maisa Tavares de Souza2

Este estudo qualitativo visa compreender o significado do ser professor e do ser aluno após a implantação do Curso de Graduação em Enfermagem na Unimontes, no qual o currículo atende as Diretrizes Curriculares em Enfermagem. À abordagem teórico-metodológica tem como referência filosófica à fenomenologia. Os dados coletados foram de 17 sujeitos sendo 7 professores e 10 alunos através de entrevista a partir do questionamento: “O que é isto, ser-professor/ser-aluno?. Quem aprende? Quem ensina? Assim o “parece ser” do modo como imaginamos o ser revela-se diferente. O professor não ensina, ele ajuda o aluno a aprender, assim como o aluno também ajuda o professor a aprender e ensinar. Eles se imbricam na relação de um com o outro. A análise compreensiva pautou-se no referencial teórico de autores fenomenólogos e da área da Educação. Dessa forma desvela intencionalmente os habitantes do mundo acadêmico e da afetividade do ser-com-os-outros no processo ensino-aprendizagem. Esse estudo possibilita acelerar o processo de mudança na política curricular corroborando na reflexão sobre a prática pedagógica enquanto dinamizadora da construção curricular e como parte integrante do processo de formação do professor e do aluno.

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1 Enfermeira, mestre em enfermagem pediátrica, coordenadora do curso de graduação em enfermagem do Centro Universitário Municipal de São Caetano do Sul - IMES 2 Enfermeira, mestre em enfermagem pediátrica, docente do curso de graduação em enfermagem do Centro Universitário Municipal de São Caetano do Sul - IMES

TRABALHOS CIENTÍFICOS

ENSINANDO E APRENDENDO A ENSINAR O GRADUANDO DE ENFERMAGEM A CONHECER E A AVALIAR O CORPO

HUMANO

CASTRO, Allison Scholler de 1 ZANELATTO, Ana Paula 2

Percebendo a desarticulação/fragmentação das disciplinas que envolvem o ciclo básico e clínico nos cursos de formação do enfermeiro e frente a possibilidade de estruturar um curso de graduação em enfermagem norteado pelas novas diretrizes curriculares e tendo em vista os ideais filosóficos dos docentes do curso de enfermagem do Centro Universitário Municipal de São Caetano do Sul – IMES, é que foi desenvolvido dentro do projeto pedagógico uma unidade educacional interdisciplinar intitulada “Conhecendo e Avaliando o Corpo Humano I” que agrega os saberes disciplinares de anatomia, fisiologia, biofísica, histologia e citologia e que tem como eixo norteador o saber de semiotécnica em enfermagem. Este trabalho tem portanto como objetivos descrever como ocorre a integração destes saberes disciplinares desta unidade e caracterizar o papel do docente de semiotécnica em enfermagem como indivíduo norteador desta integração. Esta unidade tem uma carga horária total de dez horas/aulas/semanais, distribuídas em quatro horas/aulas para biofísica e fisiologia e duas horas/aulas para os saberes de citologia e histologia; anatomia e semiotécnica em enfermagem. O plano de ensino desta unidade é único e os conteúdos são programados de forma seqüencial de acordo com o funcionamento do corpo humano. Ao se abordar, por exemplo, o conteúdo do sistema renal, o saber de citologia e histologia precede ao de anatomia que por sua vez, precede ao de fisiologia e biofísica e o qual é amarrado aos casos clínicos desenvolvidos no saber de semiotécnica que integra todos os demais conteúdos. Cabe ressaltar que todo este desenvolvimento ocorre concomitantemente e que é a docente enfermeira que adequa o conteúdo às competências clínicas a serem contempladas no curso de graduação em enfermagem. Esta unidade embora tenha objetivos e ementa muito bem definidos, está em constante processo de desconstrução e reconstrução no sentido de facilitar o desenvolvimento dos conteúdos, de contemplar as lacunas que possam surgir entre um saber e outro e de promover uma melhor compreensão do por que da necessidade desta integração, que se faz tão clara para os docentes de enfermagem porém, difícil de ser visualizada pelos discentes que se preocupam demasiadamente com a sobrecarga dos conteúdos para as avaliações.

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1Enfermeira. Professora Adjunta da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás -UFG. 2Ex- Graduandas da Faculdade de Enfermagem da UFG

TRABALHOS CIENTÍFICOS

ENSINANDO E APRENDENDO EM GRUPO

BEZERRA, Ana Lúcia Queiroz 1 BARBOSA, Maria Alves 1

CARRIJO, Clarissa Irineu de Sousa 2 PONTES, Daniela Oliveira 2

Trata-se de pesquisa de campo realizada com o objetivo de captar percepções dos profissionais de enfermagem e de higienização sobre um programa de Educação Continuada desenvolvido em um Hospital Universitário. A população constituiu-se de docentes e discentes e o local foi uma unidade do Hospital que recebe pacientes das diversas especialidades. No Programa foram incluídas estratégias educativas centradas no desenvolvimento dos profissionais de enfermagem, partindo da necessidade dos mesmos e do serviço. As abordagens foram direcionadas para os aspectos técnicos e especialmente comportamentais, articulados às experiências do cotidiano da prática assistencial. Os dados foram coletados através de entrevistas individuais, gravadas após consentimento dos sujeitos. A seguir foram transcritos, categorizados e analisados. Os resultados evidenciaram que o desenvolvimento e a aplicação de metodologias educacionais voltadas para a educação continuada do pessoal dos serviços, permitem a sua qualificação; está coerente com os postulados do SUS, que através da academia visa efetivar o compromisso com o interesse social por melhores serviços à população, o que em última instância, se reflete no desenvolvimento dos graduandos. Conclui-se que esse processo de trabalho foi considerado tanto pelos envolvidos na docência quanto por aqueles que atuam na assistência como uma necessidade permanente, considerando a melhoria da qualidade assistencial.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

ENSINO DA ENFERMAGEM GERONTOGERIÁTRICA NO BRASIL DE 1991 A 2000 À LUZ DA COMPLEXIDADE DE

EDGAR MORIN 1

SANTOS, Silvana Sidney Costa 2

Os objetivos deste estudo foram identificar as características do ensino da enfermagem gerontogeriátrica, nas publicações da enfermagem brasileira; refletir sobre o ensino da enfermagem gerontogeriátrica nos cursos de graduação, partindo das características identificadas, à luz da Complexidade de Edgar Morin. É uma pesquisa qualitativa cuja fonte de dados foram nove livros-resumo de congressos brasileiros de enfermagem (281 resumos sendo, 260 sobre gerontogeriatria e 21, acerca do ensino da enfermagem gerontogeriátrica) e sete periódicos da enfermagem nacional: Revista Texto e Contexto em Enfermagem, Revista da Escola de Enfermagem da USP, Revista Gaúcha de Enfermagem, Revista Enfermagem da UERJ, Revista da RENE, REBEN, Revista Latino-Americana de Enfermagem (186 números de revistas, nos quais 88 artigos foram sobre gerontogeriatria e nove, referiram o ensino da enfermagem gerontogeriátrica), considerando-se o período de 1991 a 2000. O corpus deste estudo foi composto por 16 artigos científicos, sobre o ensino da enfermagem gerontogeriátrica, nos quais utilizou-se o software para análise qualitativa NUD*IST4. Os resultados obtidos permitiram perceber a existência deste ensino, no período pesquisado, tendo como modos de condução: a matéria obrigatória, a inserção de conteúdos específicos em matérias diversas, a participação em trabalhos de extensão e a realização de estágios extracurriculares. Os conteúdos foram apresentados através dos temas: idoso; envelhecimento; velhice; gerontologia e geriatria; enfermagem gerontogeriátrica voltada a aspectos conceituais, processo de trabalho, processo de enfermagem, cuidados aos idosos – asilados, dependentes e submetidos a cirurgia, cuidado familiar, cuidado ao cuidador familiar e atendimento domiciliário. Refletir sobre o ensino da enfermagem gerontogeriátrica, ou de qualquer outra matéria, na enfermagem, por meio dos princípios da Complexidade de Edgar Morin é perceber o ensino educativo enquanto instância que procure transmitir uma cultura que permita ao futuro trabalhador: compreender a condição humana; pensar de forma contextualizada, aberta, globalizada, ética, dialógica, recursiva, hologramática; e direcioná-lo: a adquirir competências, liberdade e solidariedade; a desenvolver habilidades cognitivas, a aprender a pesquisar, a desenvolver aulas práticas e/ou estágios e outras atividades voltadas ao cuidado ao idoso e a realizar a religação dos saberes com outras disciplinas, tendo como alvo principal deste ensino educativo os cuidados: humano, profissional e ecológico.

1 Tese defendida em 21/02/2003, pelo Doutorado em Enfermagem da UFSC. Área de concentração: Filosofia, Saúde e Sociedade. Linha de pesquisa: Enfermagem, Saúde e Educação. Orientadora: Dra. Lúcia H. T. Gonçalves. 2 Enfermeira. Professora da Faculdade de Enfermagem N.Sa. das Graças (FENSG). Universidade de Pernambuco (UPE). Doutora em Enfermagem (UFSC). Mestre em Enfermagem (UFPB). Especialista em Gerontologia Social (SBGG).

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

ESTÁGIO CURRICULAR DE ENFERMAGEM: SUA IMPLEMENTAÇÃO NA FACULDADE DE ENFERMAGEM DA

UNISA.

GOMES, Maria Magda Ferreira 1 CUNHA, Isabel Cristina Kowal Olm 2

PRADO, Sonia Regina Leite de Almeida 3

O Estágio Curricular na Faculdade de Enfermagem da UNISA foi estruturado a partir das diretrizes curriculares e da proposta pedagógica do curso. A estratégica pedagógica utilizada buscou articular o saber, o saber fazer e o saber conviver, visando desenvolver a autonomia, a autoconfiança e a busca do aprendizado pelo aluno. Sua implantação ocorreu em fevereiro de 2003, inicialmente com atualização de conteúdos e realização de visitas técnicas em instituições de saúde e posteriormente com estágio em unidades de saúde. Adotou-se como estratégia de ensino o planejamento estratégico da unidade, o desenvolvimento de um projeto de intervenção definido em conjunto com a enfermeira do serviço e o diário de estágio com descrição e reflexão das atividades realizadas. A supervisão foi realizada indiretamente pelo docente e diretamente pelo enfermeiro da área. Este trabalho tem o objetivo de descrever e analisar a implementação da proposta de estágio curricular nessa Faculdade. Trata-se de estudo descritivo, com base nos dados das atas das reuniões de avaliações entre docentes e discentes. A análise dos dados aponta a fase de revisão teórica como desmotivadora. A fase das visitas técnicas permitiu o desenvolvimento de um olhar crítico na análise dos serviços, possibilitou o conhecimento dos diversos campos de atividade do enfermeiro e desenvolveu a busca pelo conhecimento e o crescimento do grupo. Na fase do estágio a disciplina trouxe facilidades e dificuldades. Dentre as facilidades destaca-se a possibilidade de assumir o papel do enfermeiro, desenvolver a autonomia, a autoconfiança e a segurança e descobrir a necessidade de buscar conhecimentos. As dificuldades relatadas foram: entrosamento com a equipe da unidade; entendimento da proposta por alguns enfermeiros; medo de ficar sozinha sem respaldo constante do professor, gerenciar conflitos; exercer autoridade no papel do enfermeiro e propor mudanças sem gerar conflitos dentre outras. Embora a disciplina ainda esteja em fase de implantação a análise dessa experiência já permite algumas mudanças para o aprimoramento da mesma.

1 Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Docente da Disciplina Estágio Curricular da Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro (UNISA). 2 Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Diretora da Faculdade de Enfermagem da UNISA. Endereço: Av.Vereador José Diniz 1312, Alto da boa Vista, Cep 04604-001, São Paulo, SP. Email : [email protected] 3 Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem na Escola de Enfermagem da USP, Docente da Disciplina Estágio Curricular e Vice-Diretora da Faculdade de Enfermagem da UNISA.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

ESTUDAR E TRABALHAR: DESAFIOS ENFRENTADOS POR TÉCNICOS DE ENFERMAGEM NA GRADUAÇÃO

ROHR, Roseane Vargas 1 BICUDO, Sheilla Diniz Silveira 2

SANTOS, Átila José dos 3 JACINTO, Janine Pereira 4

A expansão do ensino superior privado trouxe para os técnicos de enfermagem a possibilidade de concretizar o sonho da graduação, considerando as dificuldades de ingresso no ensino superior público, em função da alta competitividade no vestibular e oferta em período integral do curso. Dividir o tempo entre a faculdade e o trabalho tornou-se um desafio para os acadêmicos de enfermagem que já atuam na área, considerando os desafios impostos ao ensino superior, através das novas diretrizes curriculares bem como a precariedade nas condições de trabalho e vida, principalmente o nível médio da enfermagem. Objetivo: apresentar a situação ocupacional dos técnicos de enfermagem que cursam a graduação na UNIVIX, ressaltando as dificuldades enfrentadas no ensino e trabalho bem como os conflitos do seu cotidiano junto à equipe de enfermagem. Metodologia: Foram analisados os dados de 270 estudantes de enfermagem (trabalhadores e não trabalhadores), obtidos a partir de um questionário preenchido no ato da matrícula ao ingressarem na instituição. Também foi aplicado um questionário entre os estudantes que trabalham, abordando questões que interferem na sua qualidade de vida como tempo dedicado ao sono e relações sociais e além disso, as discussões em sala de aula durante a disciplina “enfermagem e sociedade” ministrada no primeiro período do curso subsidiaram o trabalho. Resultados e conclusão: do total de estudantes analisados, 64% são técnicos de enfermagem e atuam na área de saúde tanto na iniciativa pública como privada. Mais de 50% dos estudantes possuem uma jornada de trabalho de 40 horas semanais ou mais, sendo alguns com mais de um vínculo empregatício. Dentre as dificuldades e os conflitos apontadas por técnicos de enfermagem destacamos o relacionamento entre a equipe, tanto por parte dos enfermeiros, que segundo os acadêmicos nem sempre reconhecem a importância do crescimento profissional de sua equipe sentindo-se ameaçados, como também do nível médio. Ressaltamos que o desafio de tornar realidade o sonho da graduação tem levado muitos acadêmicos de enfermagem a um desgaste físico e mental, considerando a limitação do tempo disponível para os estudos. A situação apresentada é um grande desafio para o corpo docente da UNIVIX.

1 Enfermeira do Trabalho – EEAN/UFRJ; Referência Técnica em Saúde do Trabalhador da Secretaria Municipal de Saúde de Vitória – ES; Mestre em Saúde Coletiva – UFES; Coordenadora do curso de enfermagem da UNIVIX; 2 Enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde de Vitória; Mestre em Psicologia Social – UFES; Doutora em Enfermagem – EEAN/UFRJ; Professora da UNIVIX; 3 Filósofo e Mestre em Educação; Assessor Pedagógico da UNIVIX; 4 Estatístico da UNIVIX; Assessoria Pedagógica.

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1Mestre em Enfermagem, Assessora Pedagógica da Autarquia Educacional do Belo Jardim e professora do Centro Federal de Educação Tecnológica de PE-UNED-Pesqueira. 2Mestre em Bioquímica, Assessora Pedagógica da Autarquia Educacional do Belo Jardim e professora do Centro Federal de Educação Tecnológica de PE-UNED-Pesqueira.

TRABALHOS CIENTÍFICOS

ESTUDO DE DEMANDA PARA A CRIAÇÃO DA FACULDADE DE ENFERMAGEM DO BELO JARDIM-PE

ARAUJO, Evanisia Assis Goes de 1 BARBOSA, Valquiria F. Bezerra. 2

A Autarquia Educacional do Belo Jardim(AEB) é uma instituição municipal de ensino, mantenedora da Faculdade de Formação de Professores do Belo Jardim há 28 anos, situada na região do Agreste Pernambucano. Comprometida com o crescimento educacional da região, principalmente na área da saúde, e motivada pelas demandas educacionais da atualidade, pelo potencial de expansão institucional e ainda, observando a existência de apenas um curso de saúde no local, odontologia, redirecionou sua política educacional priorizando a diversificação de sua atuação na educação. Para tanto, realizou um estudo prospectivo da localidade que teve como objetivo indicar a demanda e a infra-estrutura regional para a criação da faculdade de enfermagem. Desenvolveu-se um estudo descritivo com abordagem quanti-qualitativa onde foram selecionados 65 municípios das regiões mata sul, agreste e agreste meridional, integrantes da área polarizada pela AEB. Utilizou-se como instrumento para a coleta de dados, entrevista semi-estruturada que contemplou as características demográfica e educacional, assim como, o perfil dos serviços de saúde participantes do estudo. O período da coleta foi, dezembro de 2001 a fevereiro de 2002. Os resultados demonstram um contingente de 45 mil estudantes cursando o nível médio e uma demanda significativa por cursos profissionalizantes em enfermagem, sendo considerada uma clientela potencial para o curso de graduação em enfermagem. A região possui serviços de saúde de baixa, média e alta complexidade, além dos PSF e PACS, que poderão sediar os estágios curriculares do curso proposto. O estudo também demonstrou um déficit de 832 enfermeiros nas instituições de saúde pesquisadas, e ainda, uma desproporção entre as categorias profissionais de enfermagem. Observou-se ainda a inexistência de enfermeiras em três das instituições em estudo, caracterizando uma infração à Lei 7498/86 que regulamenta o exercício profissional de enfermagem. Esses resultados configuram um quadro deveras preocupante e merecedor de uma reflexão sobre a qualidade da assistência de enfermagem prestada à clientela dos serviços de saúde estudados. Com base neste estudo, foi criada em agosto /2002 pelo decreto municipal nº 29 a Faculdade de Enfermagem do Belo Jardim, reiterando o compromisso da AEB com o desenvolvimento pernambucano. Os trabalhos para implantação do curso encontram-se em fase de conclusão. Palavras chaves: Faculdade de Enfermagem do Belo Jardim, Autarquia Educacional do Belo Jardim.

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1 Trabalho extraído da Dissertação de Mestrado apresentada à Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG.

2 Enfermeira; Mestre em Enfermagem; Professora do Curso de Graduação em Enfermagem da Unimontes.

Endereço para correspondência: Rua Jasmim, 127 – Bairro Sagrada Família 39401-028 – Montes Claros/MG

3 Enfermeira; Doutora em Enfermagem; Professora Adjunta da Escola de Enfermagem da UFMG.

Endereço para correspondência: Rua Curitiba, 2.232 – Apto. 301 – Lourdes 30170-122 – Belo Horizonte/MG

TRABALHOS CIENTÍFICOS

EXPERIENCIA DA FORMAÇÃO DE PESSOAL DE ENFERMAGEN: UM DESAFIO EM CONSTRUÇÃO 1

VIEIRA, Maria Aparecida 2 SENA, Roseni Rosângela 3

O objetivo deste estudo foi relatar a experiência da Escola Técnica de Saúde da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), enquanto formadora de recursos humanos da área da enfermagem. Escola que tem procurado construir e consolidar-se como espaço de relações vivas e vividas, no qual o aprender torna-se o elemento mágico da transformação, da desalienação e do ser feliz. Caracteriza-se como estudo qualitativo e descritivo, cujo percurso metodológico fundamenta-se no materialismo histórico e dialético. Os sujeitos do estudo foram 12 Auxiliares de Enfermagem, egressos de cursos oferecidos pela Escola Técnica de Saúde no período de 1992-1999. O instrumento de coleta de dados foi a entrevista coletiva, através da técnica grupo focal e o tratamento dos dados foi feito a partir da aplicação da técnica de análise do discurso. Através da análise foi possível apreender que o curso realizado pelos egressos procurou assegurar e oportunizar uma formação técnica capaz de ajudá-los a se tornarem sujeitos pensantes, capazes de construir com competência seu cotidiano de trabalho, baseado em princípios, valores e atitudes; de acordo com normas do exercício profissional e princípios éticos que regem a conduta de solidariedade e respeito à vida e para a vida coletiva. PALAVRAS-CHAVE: Auxiliar de Enfermagem/educação; Educação em Enfermagem; Prática Profissional.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

FORMAÇÃO DE ENFERMEIROS NA UNISC

CUNHA, Ana Zoé Schilling da 1

RAMOS, Flávia Regina Souza 2

A educação e a saúde, como áreas sociais, consideram o contexto de mudanças o norteador das suas ações e, para tanto, se valem de processos avaliativos para a adequação de seus serviços às necessidades da sociedade. Na área da educação, principalmente, este processo está vinculado a existência de um projeto político-pedagógico que abriga as transformações da realidade social em seus objetivos. No Ensino Superior a avaliação é utilizada como importante instrumento para o alcance dos objetivos da Instituição como órgão formador, por isso, a UNISC, os profissionais enfermeiros e a população regional entendem que o Curso de Enfermagem é uma necessidade social relevante e têm o objetivo de ver formados profissionais qualificados, que prestem serviços especializados nesta área. Este trabalho faz parte de tese de doutoramento, por hora desenvolvido na UFSC e tem, portanto, como objeto de estudo, a avaliação do Curso de Enfermagem na UNISC e o constrói através de uma aproximação com o modelo da Avaliação Emancipatória preconizado por SAUL (2000) contemplando os momentos da pesquisa participativa. Assim, fizeram parte deste, através de entrevistas, os sujeitos formadores (incluindo professores e supervisores de estágio), os egressos das cinco turmas formadas, os secretários de saúde, diretores de recursos humanos de hospitais e de empresas empregadoras destes egressos. Encontramos, como resultado parcial, que o Curso de Enfermagem da UNISC está formando profissionais que atendem às necessidades de saúde da região, estando voltados para as questões preventivas e comunitárias, e ainda, que o profissional formado é ético, faz assistência integral e humanizada, é crítico e intervém com ações que visam melhorar a assistência de saúde na região. Foram apontadas, principalmente pelos alunos e egressos, deficiências quanto ao número reduzido da carga horária para o cumprimento dos estágios e práticas, já para os empregadores, principalmente os da área hospitalar, existem deficiências na questão do gerenciamento de equipe e que, as dificuldades iniciais com técnicas ou procedimentos são rapidamente supridas. Para os formadores, a deficiência se concentra na formação do enfermeiro com competência para realizar a educação para a saúde e pesquisas na área.

1 Enfermeira, doutoranda da UFSC, docente da Universidade de Santa Cruz do Sul, bolsista do CNPq. 2 Enfermeira, doutora em Filosofia de Enfermagem, docente da UFSC, orientadora do trabalho.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

FORMAÇÃO DO ENSINO TÉCNICO – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO DE QUALIFICAÇÃO

PROFISSIONAL DO AUXILIAR DE ENFERMAGEM FADEC/ PROFAE

TONOLLI, Eliane Aparecida Sanches 1 SANTOS, Marieta Fernandes 2

GÓES, Herbert Leopoldo de Freitas 3 ANDRADE, Oseias Guimarães de 4

Este trabalho tem o objetivo de apresentar o percurso da avaliação de desempenho institucional da operadora/executora sobre a oferta dos cursos de qualificação profissional para auxiliar de enfermagem / QP. Ressaltamos no referencial aspectos teóricos que nos apoiaram. A verdadeira concepção social de avaliação coordena os valores da sociedade democrática em consonância da avaliação de desempenho de suas estruturas para que os cursos possam cumprir sua função produção do conhecimento e na solução de problemas da sociedade.Metodologia descritiva, desenvolvida sob análise quanti-qualitativa dos dados. Adotamos esta analise considerando a coordenação dos dados quantitativos combinados à avaliação qualitativa. Assim sendo, avaliamos nos egressos os seguintes indicadores: Desempenho de formandos em avaliação cognitiva; Percepção dos egressos sobre o preparo profissional na instituição formadora em que recebeu o curso. Para avaliarmos os cursos utilizamos como dados: os indicadores de qualidade dos processos avaliativos institucionais; os egressos dos cursos de QP; os professores/ enfermeiros que participarão da capacitação e o impacto nas microrregiões de residência dos egressos.Os resultados mostram a importância de uma avaliação não serve apenas para a observação, levantamento de problemas, mas essencialmente para uma auto-avaliação de quem vive e participa da instituição, sendo educativa a medida em que proporciona chances para a ação e a transformação, pois prestamos uma importante colaboração ao ressaltar os aspectos de um curso a serem revistos e as ações a serem desenvolvidas nos cursos. A verdadeira concepção social de avaliação coordena os valores da sociedade democrática em consonância da avaliação de desempenho de suas estruturas para que os cursos possam cumprir sua função produção do conhecimento e na solução de problemas da sociedade.Em conformidade, a avaliação proporciona a analise critica da realidade comprometida com a conquista da qualidade do ensino técnico. Palavras-chave: Avaliação Institucional; Auxiliar de Enfermagem, Ensino Técnico de Enfermagem.

1 Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Prof. Adjunto do Depto de Enfermagem UEM-PR. Coordenadora do Projeto de Qualificação Profissional do Auxiliar de Enfermagem FADEC/PROFAE. 2 Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Prof. Adjunto do Depto de Enfermagem UEM-PR. Coordenadora do Prto de Complementação da Qualificação Profissional do Técnico de Enf. FADEC/PROFAE. 3 Enfermeiro, Mestre em Enfermagem, Prof. Assistente do Depto de Enf. UEM-PR. Coord. Pedagógico do Pto de Qualificação do Auxiliar de Enfermagem FADEC/PROFAE. 4 Enfermeiro, Doutor em Enfermagem, Prof. Adjunto do Depto de Enf. UEM-PR. Coord. Pedagógico do Pto de Qualificação do Auxiliar de Enfermagem FADEC/PROFAE.

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1- Especialista em Saúde Pública; Especialista em Recursos Humanos; Especialista em Educação;

Profissional para a Área da Saúde: Enfermagem.

2- Especialista em Saúde Pública; Especialista em Recursos Humanos; Especialista em Educação

Profissional para a Área da Saúde: Enfermagem.

3- Especialista em Recursos Humanos; Especialista em Educação Profissional para a Área da Saúde:

Enfermagem.

4- Concluinte do Curso de Especialização em Educação Profissional para a Área da Saúde: Enfermagem.

TRABALHOS CIENTÍFICOS

FORMAÇÃO DE PESSOAL DE NÍVEL MÉDIO EM SAÚDE: EXPERIÊNCIA DE APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

ALMINTAS, Maria Neusa da Nóbrega 1 FERREIRA, Vera Lúcia da Silva 2

ARAÚJO, Aura Helena Dantas de 3 MEDEIROS, Maria da Conceição de Souza Lira 4

O aumento da incidência de doenças transmitidas pelo sangue, em especial a AIDS, motivou a expansão e melhoria da rede de serviços hemoterápicos (HEMORREDE). No entanto, a ocorrência de trabalhadores de nível médio com qualificação específica para atuação nesta área e a não existência de uma política de formação de recursos humanos, determinou a contratação de auxiliares de enfermagem e de laboratório nestes serviços. Relatar a experiência do Centro de Formação de pessoal para os Serviços de Saúde “Dr. Manoel da Costa Souza” – CEFOPE/RN, na oferta de cursos de atualização para auxiliares de enfermagem que atuam na Hemorrede do Estado é o objetivo deste trabalho. O projeto de trabalho foi desenvolvido a partir do estudo de necessidades realizado por técnicos do CEFOPE e do Hemocentro/RN, que indicou como prioridade um curso de Assistência Transfussional. Os docentes foram selecionados na HEMORREDE e os campos de estágio escolhidos nas unidades de Natal e de municípios do interior. O plano de curso foi elaborado a partir do currículo do curso Técnico em Hemoterapia do CEFOPE, como forma de possibilitar o aproveitamento de estudos para os alunos que pretendam ingressar no curso técnico. Com este curso básico, o CEFOPE inicia um programa onde pretende implantar aproveitamento de estudos, e fará uma análise para expandir a experiência para outros cursos que a escola oferece. Esta forma de trabalho é muito importante porque facilita a participação de profissionais oriundos das mais diversas unidades do Estado, estimulando-os a realizar o curso de formação de Técnico em Hemoterapia, com isso melhorando a assistência aos pacientes Hematológicos.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

FORMAÇÃO PEDAGÓGICA/PROFAE: O OLHAR DOS ENVOLVIDOS – ALUNOS, TUTORES E OPERADORAS

HADDAD, Maria do Carmo Lourenço 1 GARANHANI, Mara Lúcia 2

GUARIENTE, Maria Helena Dantas de Menezes 3 NUNES, Elisabete de Fátima Pólo 4

O Curso Formação Pedagógica em Educação Profissional na Área de Saúde: Enfermagem, ofertado pelo PROFAE na modalidade de Ensino à Distância, com momentos presenciais para conferências, seminários, avaliações escritas e práticas, tem a meta de possibilitar aos alunos a construção de competências pedagógicas e técnicas que permitam análises e ações superadoras das práticas assistenciais em saúde e das práticas educacionais. O objetivo deste trabalho é descrever o olhar dos alunos, tutores e operadoras envolvidas neste processo de qualificação de profissionais de saúde. Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória pela abordagem quanti-qualitativa. Foi aplicado questionário aos alunos do curso ao final dos Núcleos Contextual, Estrutural e Integrador. Os dados foram tabulados e apresentados nas categorias dificuldades, facilidades e sugestões. Os tutores, em reunião pedagógica, fizeram a avaliação do processo. Também se levantou junto às operadoras a visão dessas sobre o impacto do curso nas escolas formadoras. Entre as dificuldades apontadas para os alunos temos o pouco tempo para os estudos, a falta de contato com colegas do curso, pequena habilidade para acessar o site do curso entre outras. Quanto às facilidades relataram a possibilidade do estudo nas horas vagas, a biblioteca virtual, o material didático de alta qualidade, possibilidade do envio das atividades por e-mail, a comunicação escrita com o aluno, o fácil acesso ao tutor, entre outras. Os tutores reforçaram em grande parte a opinião dos alunos e sinalizaram também as dificuldades de ordem pedagógica e pessoal no início do processo frente à modalidade de ensino à distância. Já as Operadoras relatam que o curso foi determinante na operacionalização do curso técnico e auxiliar de enfermagem ao contribuir com a sua organização pela capacitação dos docentes. Ainda destacaram que a escola, a partir deste curso, vem implantando estratégias pedagógicas inovadoras com repercussões no aprimoramento do processo ensino-aprendizagem, permitindo aproveitar o conhecimento tácito dos trabalhadores de saúde. Concluiu-se que o curso possibilitou ao enfermeiro resgatar a formação de auxiliares e técnicos de enfermagem por meio de inovações educacionais, com repercussões positivas na qualidade da assistência prestada na área de saúde.

1 Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem – EERP-USP/SP, Professora da Universidade Estadual de Londrina Coordenadora e Tutora do Núcleo de Apoio Docente/ Londrina PR. 2 Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem – EERP-USP/SP, Professora da Universidade Estadual de Londrina Tutora do Núcleo de Apoio ao Docente/ Londrina PR. 3 Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem – EERP-USP/SP, Professora da Universidade Estadual de Londrina Coordenadora e Tutora do Núcleo de Apoio Docente/ Londrina PR. 4 Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem – Unicamp/SP, Professora da Universidade Estadual de Londrina Coordenadora e Tutora do Núcleo de Apoio Docente/ Londrina PR.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

FORUM DE AVALIAÇÃO DO CURRÍCULO INTEGRADO DA UEL.

PROCESSO DINÂMICO DE AVALIAÇÃO E CONSTRUÇÃO

KIKUCHI, Edite Mitie

SILVA, Ana Maria Rigo Da SATO, Hissae

DELLAROZA, Mara Solange Gomes Universidade Estadual de Londrina

O atual currículo Integrado da Universidade Estadual de Londrina, aprovado no ano de 2000 e em implantação, constitui uma mudança da concepção e da prática do processo de ensinar. Tal mudança baseia-se no desenvolvimento de competências através do aprendizado ativo e interdisciplinar. Na construção de uma nova práxis a avaliação processual é instrumento essencial. Este trabalho relata a realização de um Fórum de Avaliação do Curso, concretizado como um espaço democrático de reflexão sobre fortalezas e debilidades, e, delineamento de estratégias para alcance dos objetivos. Relata as etapas de preparação e realização do fórum que garantiram uma ampla e efetiva participação de alunos e professores. A avaliação contínua processual é peça essencial de sustentabilidade do currículo integrado da UEL. [email protected]

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE COLETIVA: UMA ANÁLISE CRÍTICA

GARCIA, Sonia Maria da Silva 1 MARTINHO, Neudson Johnson 2

COSTA, Maria Sueuda 3 GURGEL, Almerinda Holanda 4

A avaliação do processo de ensino-aprendizagem é um fenômeno que permeia o imaginário e o cotidiano dos fatores sociais envolvidos no universo da educação. Esse estudo objetiva realizar uma análise crítica da disciplina Gerenciamento dos Serviços de Saúde Coletiva sob a ótica da pedagogia construtivista-emancipatória. Trata-se de um estudo descritivo, tendo como unidade de análise a disciplina do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará : Gerenciamento dos Serviços de Saúde. Desenvolveu-se nos meses de março, abril e maio de 2003. A técnica para a coletas de dados foi a observação participante durante as aulas teóricas. A analise dos dados foi efetuada através da analogia da realidade vivenciada e com suporte da literatura. Através dessa pesquisa foram constatadas os seguintes aspectos: controle excessivo de freqüência , o conhecimento teórico não é aplicado na prática, área física da sala de aula é inadequado para quantidade de alunos o que torna as aulas cansativas, os alunos não participam do planejamento da disciplina. Partindo-se do pressuposto de que analisar uma disciplina subentende-se avaliar docentes e discentes entre vários aspectos, consideramos necessário uma ralação dialética docente-discente no processo ensino-aprendizagem visando despertar em todos uma consciência de co-responsabilidade pelo sucesso ou insusso da disciplina DESCRITORES: Processo ensino-aprendizagem, pedagogia construtivista, pedagogia emancipatória, análise crítica 1- Enfermeira. Docente da Faculdade de Enfermagem de Nossa Senhora das Graças - Universidade de

Pernambuco. Mestranda do Programa de Pós -Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Membro do Projeto de Pesquisa Ações Integradas em Saúde Cardiovascular- CNPq.

2- Enfermeiro. Docente do Curso de Graduação em Enfermagem da URCA-CE. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Bolsista da FUNCAP.

3- Enfermeira. Auditora da Secretaria de Saúde de Fortaleza. Mestranda do Programa de Pós -Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará.

4- Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do Departamento de Enfermagem da FFOE/UFC.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

HISTÓRIA DA ESCOLA DE ENFERMAGEM:

HERMANTINA BERALDO.

Araújo, Maria Aparecida de1

Trata-se de um estudo, cujo objetivo é descrever a criação da Escola de Enfermagem Hermantina Beraldo- EEHB e as estratégias de luta da sua primeira diretora, Celina Viegas, para consolidar a Escola, num momento conturbado da história política e social do país. O recorte temporal abrange desde a criação da Escola, ocorrida em 1946, até o ano de 1968, período correspondente à gestão de Celina Viegas, primeira diretora da EEHB. As fontes primárias incluem documentos escritos e entrevistas, as secundárias se referem às bibliografias sobre a História da Enfermagem e ao contexto histórico-social e político brasileiro da época. A descrição feita a partir dos documentos escritos, fotográficos e das entrevistas evidenciou aspectos da criação, da implantação e da consolidação da EEHB, que se fez acompanhar por um conjunto de estratégias que visavam controlar as atitudes das alunas no tocante à disciplina, postura e hierarquia. Além disso, os rituais já institucionalizados na enfermagem brasileira transmitiam uma imagem homogênea do grupo, dando visibilidade à profissão. Outro aspecto em destaque foi a saga e a coragem da diretora, Celina Viegas, que implantou em sua gestão o modelo anglo-americano de enfermagem em Juiz de Fora.

1 Enfermeira/ Professora da UFRJ [email protected]

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1 Mestre em Planejamento e Gestão Organizacional, Docente do DEMC –FENSG-UPE

Rua João Coimbra 335/503 Madalena Recife/PE

CEP 50610-310 081-33283720

e-mail dilmamz @ aol.com

2 Mestre em Nutrição em Saúde Pública, Docente do DSPCC –FENSG-UPE.

TRABALHOS CIENTÍFICOS

HOME CARE: EXPERIÊNCIA DOCENTE EM ESTÁGIO

CURRICULAR II

MENEZES, Dilma Neto 1 SILVA, Nara Lacerda 2

CESAR, Kátia Vergueiro 3

Assistência Domiciliária é considerada uma alternativa complementar para ações na área da saúde, pois através dela consegue-se oferecer um serviço assistencial de qualidade e resolutividade, com custos finais reduzidos. O sistema “HOME CARE”, é muito difundido nos Estados Unidos, França, Canadá e Inglaterra. No Brasil, esta modalidade de assistência vem se disseminando através de aproximadamente 50 empresas prestadoras de serviços de saúde em domicilio, o que redefine a atuação dos serviços e da equipe multidisciplinar. A profissão de enfermagem segundo Smeltzer (1998), é afetada em três pontos básicos para ajustar-se à assistência domiciliar: COMUNICAÇÃO, EDUCAÇÃO e DELEGAÇÃO de PODER, devendo o profissional exercitar-se no campo de trabalho na comunidade e nos lares. Objetivo: Este estudo tem o objetivo de compartilhar experiências docentes neste campo de atuação de assistência de enfermagem. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo apresentado como um relato de experiência. Resultado: Os estágios em “Home Care” tiveram inicio no primeiro semestre de 2000, na disciplina Estágio Curricular II que é desenvolvida no nono período do curso de Graduação de Enfermagem. As atividades foram desenvolvidas no “Hospital Residência”, empresa privada, com sede no Recife - Pernambuco. Os acadêmicos de enfermagem desenvolvem ações técnicas e administrativas 50610-310para clientes em internamento domiciliar sob supervisão de enfermeiros assistenciais. Conclusão: Essa iniciativa tem tido resultados positivos para a vivência docente, favorecendo a produção científica, expansão de estágios extracurriculares e preparo dos discentes para o mercado de trabalho na área do cuidado domiciliar.

Palavras chaves: Assistência domiciliar, Estágio curricular.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

IMPACTO DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FORMAÇÃO PEDAGÓGICA NA REDE BÁSICA DE SAÚDE – ESTRATÉGIA DE CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE EMPREGADA PELOS

ALUNOS DO NAD-MARINGÁ - PARANÁ *

TONOLLI, Eliane Aparecida Sanches 1

SILVA, Doris Marli Petry e Paulo da 2 SANTOS, Marieta Fernandes 3

GÓES, Herbert Leopoldo de Freitas 4

Este trabalho tem por objetivo refletir sobre o impacto do curso de Especialização em Formação Pedagógica na Área de Saúde: enfermagem, nos serviços da rede básica de saúde da IV Macroregião de Saúde, 10ª e 20ª Regionais de Saúde do Estado do Paraná. O projeto de especialização em formação pedagógica na área de saúde: enfermagem tem mostrado que a educação perpassa os parâmetros do serviço na política de mudança e da reorganização assistencial e técnica dos serviços de saúde. Os alunos vinculados a rede básica, durante o final do curso propõem uma programação de educação permanente voltada ao seu ambiente de trabalho, planejando após diagnostico institucional, as atividades de aulas e treinamento para os profissionais da rede. Os temas abordados estão diretamente direcionados com cotidiano da assistência. As metodologias desenvolvidas apresentaram riqueza de estratégias pedagógicas, com métodos de problematização das práticas com participação dos profissionais visando a construção de novas atitudes assistenciais nas unidades básicas. Entendemos que ao participarem dessa construção, os profissionais se sentem valorizados e comprometidos com as mudanças necessárias aos usuários do SUS. O projeto do curso de especialização do PROFAE demonstra o êxito como estratégia de aperfeiçoamento dos recursos humanos como fecundo fator de remodelação dos serviços comprometidos com os princípios da Reforma Sanitária. Palavras chave – Educação permanente; NAD-PROFAE, Organização do serviço. Contato – e-mail – [email protected]

1 Enfermeira, doutora em enfermagem, tutora do NAD- Maringá, Docente Adjunto do DEN/UEM. 2 Enfermeira, mestre em enfermagem, tutora do NAD- Maringá, Docente Assistente do DEN/UEM 3 Enfermeira, doutora em enfermagem, tutora e coordenadora do NAD- Maringá, Docente Adjunto do DEN/UEM 4 Enfermeiro, mestre em enfermagem, tutor e coordenador do NAD- Maringá, Docente Assistente do DEN/UEM

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

IMPLEMENTAÇÃO DE UM CURRÍCULO RADICAL: SENTIMENTOS DE PRAZER E SOFRIMENTO

MARTINS, Júlia Trevisan 1

ROBAZZI, Maria Lúcia do Carmo C. 2

A presente pesquisa teve como objetivo verificar se as enfermeiras docentes vivenciam sentimentos de prazer e de sofrimento gerados no trabalho, frente à implementação de uma mudança curricular radical. Focaliza a compreensão sobre a concepção que a enfermeira tem do exercício de sua função como docente no cotidiano de sua prática profissional. Trata-se de um estudo quantitativo, usando como método descrição exploratória, o instrumento utilizado para a coleta de dados foi uma escala do tipo Likert composta de 39 questões distribuídas em três fatores: valorização, desgaste e reconhecimento que são indicadores de prazer e sofrimento. Fizeram parte desta pesquisa 30 enfermeiras docentes do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina. Os resultados demonstraram que a maioria das enfermeiras docentes tem mais prazer do que sofrimento pois freqüentemente, sente-se valorizadas, às vezes, sentem-se reconhecida e às vezes, não se sentem desgastadas em suas atividades na implementação da mudança curricular radical . Esses dados nos revelam o quanto é importante as relações dos docentes com suas tarefas e com suas colegas, por ser neste espaço que se estabelecem os fatores que interagem diretamente nos sentimentos de prazer e sofrimento.

Palavras Chave: Prazer, sofrimento, enfermeira, docente, trabalho

1 Docente mestre do Curso de Graduação em Enfermagem da UEL. 2 Docente doutora da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

INTRODUÇÃO À PESQUISA EM ENFERMAGEM PARA O TÉCNICO DE ENFERMAGEM – RELATO DE EXPERIÊNCIA –

*

PINILLOS, Maria Marta Guerra

A concepção da área de conhecimento Introdução à Pesquisa em Enfermagem para o Técnico de Enfermagem foi fundamentada na pedagogia das competências, onde se preconiza a valorização do aluno como sujeito da aprendizagem e a construção significativa do conhecimento. Utilizando metodologias ativas, alternando atividades reflexivas, teóricas e práticas, oportunizamos uma seqüência de experiências de forma que ao final o aluno se torne competente para: a) realizar pesquisa bibliográfica e elaborar textos, ampliando os conhecimentos científicos: - utilizar melhores formas de aprender através de técnicas de estudo; - utilizar com eficiência as diversas fontes de informações científicas; - produzir textos científicos com técnica de redação, citando e referenciando fontes seguindo normas da ABNT. b) desenvolver em equipe, pesquisas científicas pautadas em princípios éticos: - identificar gêneros, métodos e fases da pesquisa; - reconhecer etapas de elaboração do projeto de pesquisa; - identificar diretrizes éticas internacionais e nacionais para a realização de pesquisas. As etapas foram definidas como: Construindo o Conhecimento – estudando sistematicamente; realizando pesquisa bibliográfica; Registrando o Conhecimento – redação científica; e Pesquisando – metodologia da pesquisa; ética na pesquisa e projeto de pesquisa. Acreditamos que os técnicos de enfermagem, pela especificidade de suas atividades, necessitam de manter-se em constante atualização dos conhecimentos técnicos científicos, desenvolver suas competências para a busca deste conhecimento é essencial durante a sua formação. A motivação dos nossos alunos em realizar pesquisas bibliográficas, aprimorar sua capacidade de redigir e de elaborar e desenvolver em conjunto um pequeno projeto de pesquisa nos deu a certeza que despertar os alunos de nível técnico para o conhecimento científico e possível e deve ser valorizado pelos formadores de recursos humanos. Área Temática: Formação nos níveis técnico, graduação e pós-graduação: Processo de implantação das diretrizes curriculares, projeto político pedagógico/perfil, competências, estágios supervisionados. SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA/ESCOLA DE FORMAÇÃO TÉCNICA EM SAÚDE PROF. JORGE NOVIS Maria Marta Guerra Pinillos [email protected]

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1 Enfermeira, especialista em Pediatria e Puericultura. Coordenadora do Curso de Auxiliar de Enfermagem da Escola Ana Néri. 2 Aluna do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Maranhão. 3 Professora Mestre do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.

TRABALHOS CIENTÍFICOS

INTRODUÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA COMO TEMA TRANSVERSAL PARA OS CUSOS DE AUXILIAR E TÉCNICO

DE ENFERMAGEM

Andréa de Fátima Reis Araújo 1 Maria Emília Macedo Lopes 2

Waldenei Costa Araújo Wadie 3

Norteada pelo projeto político-pedagógico do curso de graduação em enfermagem do Centro Universitário Municipal de São Caetano do Sul, foi desenvolvido uma unidade educacional que contempla os saberes de semiologia e semiotécnica em enfermagem intitulada como “Intrumentalização Técnica e Metodológica para o Cuidado”. Esta unidade tem como objetivo instrumentalizar o graduando para a aplicação do processo de enfermagem durante a sua interação com a pessoa sob seus cuidados, estimulando a busca de competência para a tomada de decisões relativas ao fazer do enfermeiro. É importante enfatizar que o aprendizado da semiologia e semiotécnica é permeado pelo Processo de Enfermagem segundo ANA (American Nursing Association), e construído pelo aluno a partir da sua vivência prática em unidades básicas de saúde. Para que isto possa acontecer é oferecido ao discente um conteúdo mínimo do processo de enfermagem, bem como algumas teorias de enfermagem possíveis de serem contextualizadas antes deles serem inseridos nas atividades práticas. Ao se defrontar com a realidade de atuação do enfermeiro, o graduando inicia o processo de investigação por meio da elaboração de um instrumento de coleta de dados norteado por uma teoria de enfermagem pré-estabelecida. Concomitantemente o aluno é impulsionado a articular os dados levantados mediante a um julgamento clínico e crítico nomeando os diagnósticos de enfermagem segundo NANDA (North American Nurse Diagnosis Association). A partir deste momento o aluno sente-se capaz de elaborar o planejamento da assistência, que em muitos situações envolvem as técnicas de enfermagem, as quais são desenvolvidas pelos docentes e discentes tanto no laboratório de enfermagem como durante as atividades práticas dependendo da situação e do grau de complexidade das mesmas. Acreditamos e visualizamos que esta metodologia de ensino de semiologia e semiotécnica propicia ao aluno um despertar consciente, crítico e reflexivo do saber fazer na enfermagem.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

LICENCIATURA EM ENFERMAGEM – UMA PROPOSTA FRENTE ÀS DIRETRIZES CURRICULARES

MOTTA, Maria de Graça Corso da 1 ALMEIDA, Miriam de Abreu 2

O Curso de Licenciatura em Enfermagem foi criado pelo Parecer nº 837/68 da Câmara de Ensino Superior, concedendo o título de licenciado ao enfermeiro, para atender a exigência social de formação profissional de nível médio (auxiliares e técnicos de enfermagem). Cabe destacar que o licenciado em enfermagem deve possuir o diploma de enfermeiro como pré-requisito da docência nesta área, configurando uma excepcionalidade dentre as licenciaturas. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores (CNE/CP2 de 19/02/2002) estabelece uma carga horária com integralização mínima de 2800 horas, articulando teoria e prática, e prevendo as seguintes dimensões: conteúdos curriculares científico-cultural (1800 horas), prática com o componente curricular vivenciado ao longo do curso (400 horas), estágio curricular supervisionado a partir da segunda metade do curso (400 horas), e outras atividades científico-culturais (200 horas). O objetivo deste estudo é relatar a elaboração da proposta curricular para o Curso de Licenciatura em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) buscando atender as exigências das Diretrizes Curriculares Nacionais. A UFRGS tem uma trajetória na discussão sobre as licenciaturas iniciada com o Fórum das Licenciaturas em 1966. A partir de 2000 institucionalizou-se a Coordenadoria das Licenciaturas da UFRGS (COORLICEN) objetivando construir diretrizes gerais para os 18 cursos de licenciatura. A COORLICEN, ao repensar as estruturas curriculares das licenciaturas, formulou uma proposta buscando articular as características e necessidades de cada curso com as Diretrizes Curriculares Nacionais. O curso de Licenciatura em Enfermagem atualmente é desenvolvido em 3 semestres, integralizando 585 horas. O ingresso do aluno ocorre através de Ingresso Extravestibular de Diplomado. A Comissão de Graduação da Escola de Enfermagem buscou elaborar uma proposta atendendo as determinações legais do exercício profissional, das Diretrizes Curriculares Nacionais e das orientações da COORLICEN. Nesta proposta, o Curso de Licenciatura é desenvolvido em 4 semestres, sendo que o Curso de Graduação em Enfermagem equivale às 1800 horas de conteúdos científico-cultural. As 1020 horas restantes são distribuídas da seguinte forma: 405 horas destinadas para as disciplinas de práticas pedagógicas, 405 horas para as disciplinas de estágio curricular, e 210 horas para atividades complementares, integralizando 2820 horas.

1 Enfermeira, Professor Adjunto da Escola de Enfermagem/UFRGS, Doutora em Filosofia da Enfermagem/UFSC, Coordenadora da COORLICEN/UFRGS de maio/2001 a maio/2003. 2 Enfermeira, Professor Adjunto da Escola de Enfermagem/UFRGS, Doutora em Educação/PUCRS, Coordenadora da Comissão de Graduação da Escola de Enfermagem/UFRGS.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

MÓDULO DE AÇÃO INTEGRALIZADORA: UMA EXPECTATIVA DISCENTE

PERES, Aida Maris 1 VILLAR, Rose Marie Siqueira 2

MAIA, Carolina Bocchi 3

O Projeto Político-Pedagógico do Curso de Enfermagem da Faculdade Evangélica do Paraná apresenta como proposta ao longo do curso, quatro módulos de ação integralizadora: realidade social, educação em saúde, educação continuada e pesquisa. O módulo de ação integralizadora do segundo ano do curso enfoca a educação em saúde e busca, além da reflexão e discussão sobre as necessidades de educação nos níveis de promoção, prevenção e recuperação da saúde, que os discentes planejem, executem e avaliem programas de educação em saúde. O presente estudo objetiva reconhecer as expectativas da atuação discente em educação em saúde quanto aos temas de interesse, possíveis facilidades e dificuldades no desenvolvimento dessa ação integralizadora. O trabalho justifica-se pela necessidade sentida de perceber o entendimento dos alunos acerca do papel de intervenção crítica, reflexiva e criativa do enfermeiro na transformação social do contexto em que está inserido. Para a coleta de dados, ocorrida no primeiro semestre de 2003 após uma aproximação com a proposta do módulo, os alunos responderam individualmente um questionário com questões semi-estruturadas sobre suas expectativas. Os dados obtidos foram agrupados por semelhança e utilizada a análise de conteúdo para a sua discussão. As principais dificuldades esperadas pelos alunos são a timidez, a comunicação oral e a falta de conhecimento. O esforço para a busca de conhecimentos, vontade de ajudar, promover a saúde e afinidades com o conteúdo foram apontados como facilitadores. Os resultados apontam a necessidade da aquisição de competências que envolvam o saber, saber fazer e saber ser para o planejamento, execução e avaliação dos diversos temas de educação em saúde. PALAVRAS-CHAVE: Educação em enfermagem; educação em saúde; projeto político-pedagógico.

1 Enfermeira, Mestre em Administração, Professora do Curso de Enfermagem na Faculdade Evangélica do Paraná. 2 Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Prof. Adjunta, Coordenadora do Curso de Enfermagem na Faculdade Evangélica do Paraná. End: Rua Padre Anchieta, 2770. Cep: 80730-000 E.mail: [email protected] Fone: (41)-2405500. 3 Enfermeira, Mestranda em Enfermagem UFPR, professora da Faculdade Evangélica do Paraná.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

MUDANÇAS DE CURRÍCULOS DE ENFERMAGEM NO BRASIL: NECESSIDADES VERIFICADAS 1

*

SANTOS, Silvana Sidney Costa 2

Trata-se de reflexão teórica científica que objetivou realizar uma retrospectiva dos currículos existentes para o curso de graduação em enfermagem, visando verificação das necessidades presentes nas elaborações de tais curriculares ao longo do tempo. O Decreto n.º 791/1890, criou a Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, substituiu as irmãs de caridade no Hospital Nacional de Alienados e formou profissionais numa escola controlada por médicos; O Decreto n.º 15.799/22, estabeleceu a Escola de Enfermeiras do Departamento Nacional de Saúde Pública, primeira escola nightingaliana, formou enfermeiras de saúde pública que pudessem atender às necessidades sanitárias e econômicas do país; O Decreto n.º 775/49, uniformizou o ensino de enfermagem no Brasil, estabeleceu os cursos de enfermagem e de auxiliar em enfermagem, voltado ao ensino preconizado nos pressupostos de Taylor; O Parecer n.º 271/62 criou as especializações no curso de enfermagem e diminuiu as atividades práticas, direcionando as enfermeiras a administração dos serviços hospitalares; A Resolução n.º 4/72 lançou um currículo dividido em três partes: pré-profissional, profissional e habilitações, estimulando a licenciatura em enfermagem (Portaria 13/69), obrigando a prática desportiva e a disciplina de Estudos dos Problemas Brasileiros (EPB), para tentar acalmar as perspectivas políticas dos estudantes; A Portaria n.º 1.721/94 aprovou, com modificações, um currículo que foi emanado de forma participativa, dos enfermeiros do país, tendo a ABEn como mentora, porém teve sua força diminuída pela LDB n.º 9.394/96, quando atribuiu ao MEC a competência de fixar os currículos dos seus cursos através das Comissões de Especialistas do Ensino de Graduação. Surgem os SENADENs, objetivando discutir às questões de formação dos profissionais de enfermagem e, a partir deles elaborou-se uma proposta de formação de enfermeiros pautada em competências e habilidades, conteúdos essenciais e indicadores de avaliação, tornando-se, com modificações na Resolução CNE/CES nº 3, de 7 de novembro de 2001, que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem. Conclui-se que os currículos de enfermagem voltaram-se à formação de enfermeiros preparados a atender necessidades corporativistas, econômicas, políticas e que as Diretrizes apontam para uma preocupação mais integrada da formação do enfermeiro, com perfil generalista, humano, crítico e reflexivo.

1 Material retirado, com modificações, da tese da mesma autora, intitulada: “O ensino da enfermagem gerontogeriátrica no Brasil de 1991 a 2000 à luz da Complexidade de Edgar Morin”, defendida em 21/02/2003, pela UFSC. 2 Enfermeira. Professora da Faculdade de Enfermagem N.Sa das Graças (FESNG). Universidade de Pernambuco (UPE). Doutora em Enfermagem (UFSC). Mestre em Enfermagem (UFPB). Especialista em Gerontologia Social (SBGG). E-mail: [email protected]

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

MUDANÇAS NA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DA UNICAMP:

POLÍTICAS & PRÁTICAS

SILVA, Eliete Maria 1

KIRSCHBAUM, Débora Isane Ratner 1 NOZAWA Márcia Regina 1

SILVA, Mauro Antônio Pires Dias da 1

O ensino superior em Enfermagem da Unicamp é analisado a partir da implantação da mudança curricular de 1997, bem como a sua adequação ao estabelecido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996. No plano teórico, as mudanças realizadas subverteram a ordem instituída até então. Operar a reforma curricular numa conjuntura de crise financeira e de gestão da universidade pública, reflexo da aplicação do ideário neoliberal nas políticas públicas de educação que tem provocado a valorização crescente da produção científica e das atividades de extensão no cotidiano docente desarticuladas das iniciativas que visam à qualidade do ensino de graduação, tem sido uma tarefa árdua. As dificuldades encontradas exigiram reflexões e posicionamentos. Propusemos sete teses fundamentais para subsidiar a análise de problemas e orientar as medidas de intervenção necessárias, quais sejam: (1) simplicidade & complexidade; (2) fragmentação versus multicipliccidade; (3) homogeneidade versus diversidade; (4) público versus privado; (5) políticas & práticas; (6) competência técnica (tecnicismo) & reflexão crítica; (7) quantidade & qualidade. Nesta reflexão teórico filosófica enfocamos uma delas, as Políticas e as Práticas no ensino de enfermagem. Analisamos os limites e as possibilidades das políticas relacionadas às práticas dos sujeitos concretos na conformação da realidade historicamente vivida no Departamento de Enfermagem da Faculdade Ciências Médicas da Unicamp. Com a capacitação da maioria absoluta do corpo docente, com a ampliação do número de vagas dos graduandos além das crescentes exigências acadêmicas, processos de afastamentos e aposentadorias, ocorreu a incorporação de enfermeiros nas atividades didáticas sem inserção formal na careira docente remetem a um conjunto de desafios e oportunidades contraditoriamente semelhantes ao final da década de 1970, quando se iniciou a graduação em enfermagem nesta Universidade.

1 Docentes do Departamento de Enfermagem, Faculdade de Ciências Médicas, Unicamp. Cidade Universitária “Zeferino Vaz” Caixa Postal 6111. CEP 13081-970 – Barão Geraldo, Campinas, SP. E-mails: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected].

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

NÚCLEO DE APOIO DOCENTE – PROFAE – LONDRINA/PR – RELATANDO A EXPERIÊNCIA DA 1ª TURMA

HADDAD, Maria do Carmo Lourenço 1 GARANHANI, Mara Lúcia 2

GUARIENTE, Maria Helena Dantas de Menezes Guariente 3 NUNES, Elisabete de Fátima Pólo 4

O enfermeiro professor é o agente responsável pela qualificação profissional de auxiliares e técnicos de enfermagem e para essa atuação necessita de formação pedagógica, legalmente exigida, em nível de especialização. O PROFAE – Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem, através do Componente II, oferta curso de Formação Pedagógica em Educação Profissional em Educação na Área de Saúde: Enfermagem na modalidade de educação à distância, para todo o Brasil. O curso é desenvolvido por meio de parceria entre o Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz e Instituições Públicas de Ensino Superior por meio dos Núcleos de Apoio ao Docente – NAD, constituído por tutores que são professores de cursos de Graduação em Enfermagem. Este trabalho relata o processo de desenvolvimento da primeira turma no NAD – Londrina/ PR que ocorreu de agosto de 2001 a julho de 2002. A trajetória do curso foi marcada pelos seguintes aspectos: capacitação de treze tutores, inscrição de 129 alunos, desistência de 21, abandono de 16, reprovação de 02 e 90 formandos. Para organização administrativa pedagógica, o NAD realizou 24 reuniões com os tutores, 1 reunião com a coordenação nacional do curso, 1 reunião pedagógica com especialista da área de filosofia e 56 plantões para atendimento dos alunos. Foram realizadas atividades presenciais com alunos e tutores, tais como: abertura do curso, apresentação da dinâmica dos trabalhos e sistema de avaliação, prova presencial 1 e 2, palestras, apresentação dos seminários, avaliação das aulas ministradas pelos alunos, sessão de encerramento das atividades com entrega do TCC e avaliação do curso, além de cerimônia de Formatura com apresentação de vídeo. Toda essa vivência possibilitou aprendizagens e conquistas por todos os sujeitos envolvidos no processo, propiciando aos alunos o desvelamento da realidade das escolas formadoras, gerando reflexões e proposições pedagógicas inovadoras com contribuições efetivas na formação de docentes formadores de cidadãos e profissionais qualificados para os serviços de saúde.

1 Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem – EERP-USP/SP, Professora da Universidade Estadual de Londrina. Coordenadora e Tutora do Núcleo de Apoio Docente/ Londrina PR. 2 Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem – EERP-USP/SP, Professora da Universidade Estadual de Londrina e Tutora do Núcleo de Apoio Docente/ Londrina PR. 3 Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem – EERP-USP/SP, Professora da Universidade Estadual de Londrina Coordenadora e Tutora do Núcleo de Apoio Docente/ Londrina PR. 4 Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem – Unicamp/SP, Professora da Universidade Estadual de Londrina Coordenadora e Tutora do Núcleo de Apoio Docente/ Londrina PR.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

O ALCANCE DAS COMPETÊNCIAS GERENCIAIS NA FORMAÇÃO DO (A) ENFERMEIRO (A) EM NÍVEL DE

GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM - A experiência da Faculdade de Enfermagem e Nutrição da Universidade Federal de Mato

Grosso (FEN/UFMT).

Profª. Beatriz Terezinha Trigueiro Figueiredo1 Profª. Mara Regina Ribeiro Souza Paião 2

O projeto pedagógico do Curso de Graduação em Enfermagem da FEN/UFMT, em conformidade com as diretrizes curriculares nacionais, pretende viabilizar por meio de sua organização curricular, o desenvolvimento de potencialidades e competências técnicas e científicas, para que o enfermeiro possa identificar, analisar e intervir nos problemas de saúde, respeitando as necessidades e as realidades dos grupos sociais e dos indivíduos, sem negar a atenção à doença, mas valorizando fortemente, a promoção da saúde.

Este trabalho tem por objetivo apresentar a organização didática e curricular, e a experiência do grupo de professores da área de gerenciamento da FEN-UFMT, para o alcance das competências gerenciais na formação do enfermeiro. Para tanto, este relato de experiência tomou como base a proposta pedagógica e as competências e habilidades definidas na estrutura curricular do Curso de Graduação da FEN/ UFMT, os eixos orientadores, as bases conceituais, os temas transversais, o perfil profissional do enfermeiro a ser formado, bem como o documento emanado do III Encontro Nacional dos Docentes de Administração em Enfermagem, ocorrido no 54º Congresso Brasileiro de Enfermagem, em Fortaleza•, em novembro de 2002.

Desse modo, foi estruturada uma proposta, na qual o aluno recebe o embasamento teórico suficiente para dar conta de analisar as situações de prática com as quais se deparar, e propor intervenções efetivas e eficazes na busca de melhoria das condições de saúde da população por ele assistida, bem como das condições de trabalho para a equipe de enfermagem sob sua liderança. O aluno é levado a descrever e caracterizar o espaço no qual estreita e aprofunda o contato com a prática gerencial, interagindo com os membros da equipe de saúde e de enfermagem, propiciando a visualização e reconhecimento de suas responsabilidades profissionais e humanas.

Este relato de experiência descreve ainda a operacionalização das estratégias para o desenvolvimento das competências específicas em cada momento do processo ensino-aprendizagem, relatando a integração das disciplinas de gerenciamento com as demais disciplinas do curso onde são realizadas práticas e trabalhos de forma interdisciplinar. Espera-se que este trabalho possa auxiliar no aprofundamento das questões voltadas para o alcance das competências gerencias na formação do enfermeiro.

1 Professora da área de Gerenciamento em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem e Nutrição, Universidade Federal de Mato Grosso, Mestre em Políticas Sociais pela UNB - Universidade de Brasília. 2 Professora da área de Gerenciamento em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem e Nutrição, Universidade Federal de Mato Grosso, Mestre em Enfermagem pela USP - SP - Universidade de São Paulo. • RELATÓRIO DO III ENCONTRO NACIONAL DOS DOCENTES DE ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM. Fortaleza - CE, novembro, 2002.

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1 Mestre em Saúde Pública; Professor Adjunto Aposentado da EEUFMG; Coordenadora Pedagógica Geral do CEPTENF da EEUFMG.

2 Mestre em Enfermagem; Professor Assistente da EEUFMG; Coordenadora Administrativa Geral do CEPTENF da EEUFMG.

TRABALHOS CIENTÍFICOS

O CURSO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL TÉCNICO EM ENFERMAGEM DA EE/UFMG – CEPTENF EM PARCERIA COM O PROFAE/MS: ELOS

CONSTRUÍDOS

SILVA, Luzia da 1 PIMENTEL, Marta 2

Apresenta a inserção da EE/UFMG no movimento de qualificação do pessoal de enfermagem inserido na produção de serviços de saúde, sem formação especifica. Descreve sua participação na produção e revisão dos Guias Curriculares, a criação do Curso de Especialização em Enfermagem de Saúde Pública - CEESP, visando a preparação de enfermeiros para atuar no processo de qualificação do pessoal auxiliar. Relata a criação do Curso de Qualificação Profissional Auxiliar de enfermagem – CQPAE/EEUFMG, suas parcerias e produtos.Descreve também a reformulação do Projeto Político Pedagógico decorrente das novas diretrizes educacionais para o ensino profissional de nível técnico, visando a transformação do curso para: O Curso de Educação Profissional de Nível Técnico em Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais - CEPTENF/EE/UFMG, enfatizando a finalidade,modalidade, parcerias, diplomas legais, objetivos, perfil profissional de conclusão, a organização curricular, o processo avaliativo e a capacitação docente, envolvendo os objetivos, a metodologia, carga horária e avaliação. O trabalho tem por objetivo: refletir sobre o projeto político pedagógico pautado no processo de ensino aprendizagem por competências; analisar o currículo integrado e a estratégia de integração teoria /prática e ensino serviço enquanto facilitadores para a construção das competências; refletir sobre a parceria dos serviços de saúde na formação de pessoal de nível técnico em enfermagem, em larga escala. Utiliza metodologia descritiva e analítica tendo por referencia implantação do projeto político pedagógico e o currículo integrado e a utilização do material didático e a implementação do curso. Enfatiza nos resultados e conclusões o projeto político pedagógico do CEPTENF/EE/UFMG como facilitador da formação de pessoal em larga escala, salienta as estratégias adotadas no processo de ensino aprendizagem como instrumentos facilitadores para a construção das competências profissionais pelos educandos. Identifica as fortalezas e fragilidades da avaliação do processo de ensino aprendizagem, do desempenho docente, da participação dos serviços de saúde e do processo de supervisão adotado.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

O ENSINO DA ATENÇÃO BÁSICA NO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE

SANTANA (UEFS)

JULIANO, Iraildes Andrade 1

Criado há 27 anos, o Curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) possui uma carga horária total de 3.510 horas, sendo 1.110 Horas destinadas às atividades básicas em saúde. Atualmente o curso conta com 334 alunos matriculados e um quadro composto por 90 docentes. Seu projeto pedagógico, centrado nas novas diretrizes curriculares, compreende a Enfermagem como uma prática social, inserida no processo coletivo do trabalho institucional da saúde, no processo de cuidar e educar para a promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde da população. Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência do Curso de Enfermagem da UEFS no Ensino da Atenção Básica. Para obtenção dos dados foi aplicado um questionário, no segundo semestre de 2002, junto às coordenadoras das disciplinas (07) que desenvolvem ações desta natureza. O Currículo de Enfermagem está fundamentado na interdisciplinaridade e na articulação ensino-serviço, tendo como referência a realidade epidemiológica e demográfica da região e como eixo nuclear o compromisso ético e político do profissional Enfermeiro com a comunidade na qual está inserido. A metodologia do ensino fundamenta-se na Pedagogia da Problematização. O aluno é inserido em atividades práticas a partir do 3º semestre do curso (Fundamentos de Enfermagem I), onde vivencia o primeiro contato com o indivíduo/família/comunidade no contexto do Sistema Único de Saúde. Durante o curso são oportunizadas situações de aprendizagem que visam desenvolver no aluno/sujeito uma consciência crítica acerca do Sistema Local de Saúde, instrumentalizando-o através de metodologias ativas, para as diversas situações de enfrentamento nos aspectos relacionados ao processo saúde–doença no nível de atenção básica em saúde. São abordados os resultados, limites e possibilidades dessas ações no ensino de graduação. Os cenários de práticas de atenção básica do curso de Enfermagem da UEFS se constituem tomando por eixo a Unidade Básica de Saúde, uma vez que esta possibilita ao aluno vivenciar experiências de intervenção nos Programas de Agentes Comunitários de Saúde e de Saúde da Família contribuindo, desta forma, para o desenvolvimento de competências técnico-científicas, ético-políticas e sócio educativas.

Palavras-chave: Ensino de Enfermagem, Projeto Pedagógico, Atenção Básica.

1 Enfermeira, Mestre em Saúde Coletiva. Especialista em Direito Sanitário. Coordenadora do Curso de Graduação em Enfermagem da UEFS. End. BR 116-Norte, Km 03 – Av. Universitária, S/Nº Feira de Santana-BA. Fones: (75) 221-3697 Fax: (75) 224-8088, (75) 9978-2381. E-mail: [email protected]

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

O ENSINO DE INVESTIGAÇÃO E O TRABALO DE CONCLUSÃO DE CURSO:

DESAFIOS DE UM CURSO DE GRADUAÇÃO DE BELÉM, PARÁ

Prof ª Dr ª Elizabeth Teixeira1

O trabalho destaca a experiência de construção de diretrizes para o ensino de investigação no Curso de Enfermagem da UEPA, Belém, Pará, a tridimensionalidade metodológica, desenvolvida no primeiro ano do curso, disciplina Metodologia Científica, e no quarto ano, disciplina Metodologia da Pesquisa, bem como os fundamentos norteadores do processo de orientação de trabalhos de conclusão de curso (TCC). OBJETIVOS: socializar o processo de construção de diretrizes para elaboração de TCC; divulgar o caminho metodológico do ensino de investigação no curso; indicar os pressupostos da orientação de TCC no curso. RFLEXÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA DE ENSINO: A Metodologia Acadêmica trata de destacar: a) os três atos acadêmicos: o ato de estudar; o de ler e o de escrever textos; b) noções gerais sobre como fazer trabalhos acadêmicos (Fichamento, Resumo, Resenhas, Artigos, Papers etc); c) as três preocupações que devemos ter ao produzir trabalhos acadêmicos, à saber: como citar os autores; como organizar a bibliografia de acordo com a ABNT/2002; como apresentar tais trabalhos (versão escrita). A Metodologia da Ciência discute o conceito de ciência, paradigma e revolução científica, a trajetória da ciência até a atualidade e a presente crise de paradigmas. A Metodologia da Pesquisa apresenta: a) os tipos de pesquisa; b) os métodos de investigação quanti e qualitativos; c) os tipos de estudos e suas características; d) as técnicas de amostragem, coleta e análise de dados; d) a estruturação de projetos e relatórios de pesquisa. CONSIDERAÇÕES FINAIS: o desafio é de ambos, orientadores e orientandos, que precisarão se aventurar na construção do conhecimento através da pesquisa, aprender e ensinar, trocar e manter relações dialogais, falar e ouvir, ler e escrever, juntos e separados, para que então, em uma caminhada de caminhos e descaminhos, acertos e erros, tristezas e alegrias, possam atingir os objetivos traçados e as metas estabelecidas, metas teóricas, metodológicas e de normalização; objetivos educativos e científicos,e, enfim, chegar a um ponto que,antes de ser terminal ou final, seja, com certeza, de chegada e nova partida ao mesmo tempo.

1 Professora Adjunto IV da UEPA e Titular da UNAMA, de Metodologia Científica e da Pesquisa. Mestre em Educação (UERJ). Doutora em Ciências Sócio- Ambientais (UFPA). Pós-doutorado em Sociologia (Universidade de Coimbra).

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* Professora da Universidade Federal do Maranhão e doutoranda em Ciências Pedagógicas do Instituto Central de Ciências Pedagógicas.

TRABALHOS CIENTÍFICOS

O ENVELHECIMENTO HUMANO E A EDUCAÇÃO NO MARANHÃO

SARDINHA, Ana Hélia de Lima *

A educação, a comunidade e a família são pontos fundamentais da Educação incondicional ao acréscimo da ação do processo de qualidade de vida do idoso. No decorrer de todo processo de capacitação, várias disciplinas são ministradas visando garanti a melhoria da qualidade de vida dos seus clientes. Ressalta-se o módulo – Saúde do Idoso como objetivo de elaborar ações de promoção, proteção e recuperação da saúde do idoso na perspectiva da atenção básica de saúde com vistas a propor uma abordagem mais criteriosa quanto aos aspectos sociais, biológicos e psicológicos do envelhecimento. Sendo este um dos grupos mais carentes de atenção e estudos, justifica-se a necessidade de um processo de reordenamento das entidades de atendimento, no sentido de renovar e atualizar metodologias e técnicas de trabalho, face à demanda por serviços especializados e, de qualidade. Outrossim, cogita-se a possibilidade de incorporar a disciplina Saúde do Idoso na grade de disciplinas do programa Saúde da Família, em especial no Maranhão, visto que o segmento populacional representado pelo idoso, vem crescendo significativamente e por isso, carece de cuidados compatíveis com a realidade social que se apresenta. Palavras – Chave: Saúde, Idoso, Disciplina.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

O HOMEM COMO UM SER MORAL

GARCIA, Sonia Maria da Silva 1

ARAGÃO, Antônia Eliana de Araújo 2 LEITÃO, Glória da Conceição Mesquita 3

O homem é um ser genuinamente moral. Pesquisa extraída da literatura de filosofia, através da técnica de documentação indireta, com a finalidade de discutir ética e valores morais, identificar as diferenças entre norma moral e jurídica, contextualizar a Ética na história. A pesquisa foi desenvolvida em cumprimento as atividades teóricas e práticas da disciplina Marcos Conceituais para a Pratica de Enfermagem, do Programa de Pós-graduação em Enfermagem, em nível de Mestrado, da Universidade Federal do Ceará. Ministrada na primeiro semestre de 2003. Esse estudo nos possibilitou resgatar as várias concepções de moral ao longo da história correlacionando-as com a visão do homem nas respectivas épocas. DESCRITORES: homem, moral, ética.

1 Enfermeira. Docente da Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças/ Universidade de Pernambuco.Mestranda do Programa de Pós -graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Membro do Projeto de Pesquisa Ações Integradas em Saúde Cardiovascular-CNPq. 2 Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós -graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Integrante do Projeto Saúde Ocular e Saúde do Binômio Mãe e Filho. Bolsista da FUNCAP. 3 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem da FFOE/UFC.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

O LÚDICO NO PROCESSO DE SER E VIVER: ENSINANDO E APRENDENDO.

ZAMPIERI, Maria de Fátima 1 BENEDETTI, Tânia Beltoldo 2

BONETTI, Albertina 2 MARTINS, Haimée Emerich Lentz 4

Trata-se de um relato sobre a apresentação do trabalho desenvolvido na disciplina de doutorado, Educação em Saúde, buscando compreender a introdução do lúdico no processo de viver e ser em saúde. Inicialmente foi feita uma ampla revisão bibliográfica, abordando o lúdico na educação e saúde, enfocando em especial as várias experiências desenvolvidas em nível individual e coletivo nas comunidades, hospitais, ensino, extensão e pesquisa. O trabalho foi apresentado em uma sala alternativa, com almofadas e organizada com motivos lúdicos (fantoches, roupas de palhaço, brinquedos). Constituiu-se de duas etapas. A primeira, em que se buscou sensibilizar o grupo de doutorandos para o tema em questão, utilizando a técnica lúdica denominada “contador da história participativa”, na qual a história era interrompida, propositadamente, para que as experiências utilizando o lúdico na enfermagem fossem explicitadas. A segunda parte, constituiu-se de uma vivência corporal, utilizando a expressão e o movimento, buscando facilitar a interação, o entrosamento, a expressividade, a descontração, a harmonia grupal, o relaxamento, bem como proporcionar lazer e prazer àqueles que cuidam, para que desta forma possam cuidar melhor. Posteriormente, foi proposto que, através de dramatização, fossem representadas cenas na escola, na família, nos hospitais e na comunidade com temas referentes à saúde, ao final, todos tentam explicitar a mensagem transmitida. No grupo, concluiu-se que a educação em saúde, com ênfase no lúdico, possibilita aos participantes: a expressão de dúvidas, inseguranças, medos e preocupações; a construção de novos conhecimentos; favorece o bem-estar individual e grupal; auxilia na promoção da saúde e prevenção de doenças; proporciona ao cliente e equipe de enfermagem visualizar outras concepções de ver a vida e a própria doença, de modo mais descontraído; promove a liberdade de expressão, a socialização de experiências e conhecimentos, a espontaneidade, a integração e a participação. A atividade lúdica na assistência de enfermagem é um elemento auxiliar na terapêutica convencional, propiciando vivenciar, com menor sofrimento, as questões conflituosas relacionadas à enfermidade, tratamento e hospitalização, sendo uma estratégia importante, sobretudo, no cuidado ao ser humano individualmente ou em grupo.

1 Enfermeira, Professora da Universidade Federal de Santa Catarina, Doutoranda em Enfermagem da UFSC. E-mail: [email protected] 2 Professora de Educação Física da Universidade Federal de Santa Catarina, Doutoranda em Enfermagem da UFSC;

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

O PREPARO PROFISSIONAL DO ALUNO DE ENFERMAGEM PARA O CUIDADO DO DOENTE GRAVE: ENFOCANDO O

CONTEXTO DA EXISTÊNCIA HUMANA

CORRÊA, Adriana Katia 1

Na década de 80, no contexto de reestruturação do sistema de saúde, a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo (EERP-USP), construiu um processo de reforma curricular com enfoque na formação generalista do enfermeiro. O conhecimento relativo às áreas mais especializadas do campo hospitalar, incluindo o atendimento de doentes mais graves, deixaram de fazer parte da formação, com a perspectiva de que seria oferecido em cursos de especialização, o que foi coerente, considerando o eixo dessa proposta. Todavia, a maioria dos estágios, no âmbito hospitalar, continua ocorrendo no nível terciário do sistema de saúde, onde, muitas vezes, há pessoas em estado grave que demandam cuidados mais complexos. Assim, considerando a complexidade desse nível de atenção, o discurso comum que valoriza o cuidar para além da técnica, normas e rotinas, bem como as diretrizes curriculares atuais para a formação em saúde, com ênfase na integralidade da pessoa, a proposta deste estudo é compreender as vivências dos alunos de enfermagem no cuidado de doentes graves, refletindo acerca de seu “preparo humano” para esse cuidar, à luz da fenomenologia existencial de Martin Heidegger. Foram entrevistados 11 discentes de graduação, após o término de seu último estágio hospitalar, no 2º semestre de 2000. Da análise-interpretação das entrevistas emerge que o paciente é objetivado em um único sentido – o modo de ser técnico-científico (lógica da modernidade) - predominante na formação e na organização do atendimento hospitalar. O discente sente-se “humanamente despreparado”, vivenciando um enfoque cientificista que fragmenta o homem em dimensões biológica, psicológica e social, vistas ainda de modo estanque, com evidente dicotomia ensino técnico-ensino humano. Dar conta de lidar com o doente grave se faz, quase sempre, pela ocupação com as tarefas que o cercam, desvinculando-as do cuidado do homem doente em sua integralidade, o que pode ser extrapolado para outros níveis de atenção à saúde. Urge repensar acerca do processo de formação para além da lógica disciplinar, do aprendizado cartesiano dos conteúdos, na busca da construção de um processo ensino-aprendizagem que contemple as dimensões afetiva, cognitiva e de ação, tendo em vista a integralidade e a complexidade da pessoa humana.

1 Professor Doutor do Departamento de Enfermagem Geral e Especializada da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – universidade de São Paulo. [email protected]

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A EDUCAÇÃO

OLIVEIRA, Noélia Silva 1

TAVARES, José Lucimar 2

Na década de 80, no contexto de reestruturação do sistema de saúde, a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo (EERP-USP), construiu um processo de reforma curricular com enfoque na formação generalista do enfermeiro. O conhecimento relativo às áreas mais especializadas do campo hospitalar, incluindo o atendimento de doentes mais graves, deixaram de fazer parte da formação, com a perspectiva de que seria oferecido em cursos de especialização, o que foi coerente, considerando o eixo dessa proposta. Todavia, a maioria dos estágios, no âmbito hospitalar, continua ocorrendo no nível terciário do sistema de saúde, onde, muitas vezes, há pessoas em estado grave que demandam cuidados mais complexos. Assim, considerando a complexidade desse nível de atenção, o discurso comum que valoriza o cuidar para além da técnica, normas e rotinas, bem como as diretrizes curriculares atuais para a formação em saúde, com ênfase na integralidade da pessoa, a proposta deste estudo é compreender as vivências dos alunos de enfermagem no cuidado de doentes graves, refletindo acerca de seu “preparo humano” para esse cuidar, à luz da fenomenologia existencial de Martin Heidegger. Foram entrevistados 11 discentes de graduação, após o término de seu último estágio hospitalar, no 2º semestre de 2000. Da análise-interpretação das entrevistas emerge que o paciente é objetivado em um único sentido – o modo de ser técnico-científico (lógica da modernidade) - predominante na formação e na organização do atendimento hospitalar. O discente sente-se “humanamente despreparado”, vivenciando um enfoque cientificista que fragmenta o homem em dimensões biológica, psicológica e social, vistas ainda de modo estanque, com evidente dicotomia ensino técnico-ensino humano. Dar conta de lidar com o doente grave se faz, quase sempre, pela ocupação com as tarefas que o cercam, desvinculando-as do cuidado do homem doente em sua integralidade, o que pode ser extrapolado para outros níveis de atenção à saúde. Urge repensar acerca do processo de formação para além da lógica disciplinar, do aprendizado cartesiano dos conteúdos, na busca da construção de um processo ensino-aprendizagem que contemple as dimensões afetiva, cognitiva e de ação, tendo em vista a integralidade e a complexidade da pessoa humana.

1 Enfermeira. Mestre em enfermagem. Professor assistente do Departamento das Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Santa Cruz. End. Rua Nova de Mutuns -745. Bairro santa Inês, Itabuna-Ba. Fone (73) 613-7671. e-mail [email protected] 2 Enfermeiro, Doutor em enfermagem, Docente da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

O PROCESSO DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS CURSOS PROFAE: DESAFIOS DA AGÊNCIA REGIONAL 1

MADEIRA, Lélia Maria 2

AMARAL, Ana Lúcia 3

GONÇALVES, Dalva Cifuentes 4

RAMOS, Nelcy das Neves 5

O Projeto de Profissionalização de Trabalhadores da Área de Enfermagem (PROFAE), implementado pelo Ministério da Saúde, conta com uma estrutura organizacional, onde se insere a Agência Regional, responsável pelo processo de supervisão, monitoramento e avaliação de todas as etapas dos cursos Qualificação Profissional (QP), Complementação da Qualificação Profissional (CQP) e Complementação do Ensino Fundamental (CEF) oferecidos pelo Componente I do Projeto. Buscando cumprir seu papel, em consonância com os princípios e diretrizes pedagógicos e gerenciais estabelecidos, o Instituto de Desenvolvimento e Tecnologia de Minas Gerais – Herkenhoff & Prates, atuando como Agência Regional em Minas Gerais e Espírito Santo desde 2001, incorpora, em 2003, as Agências dos Estados do Rio de Janeiro e do Distrito Federal. Com tais responsabilidades, aperfeiçoa o plano de trabalho apresentado por ocasião da licitação, transformando-o em um plano integrador a ser implementado pelas quatro Agências, com os objetivos de: revitalizar, de forma sistematizada, as intenções do plano de trabalho apresentado pela Instituição para o PROFAE 2003-2004 e operacionalizar as ações de supervisão, monitoramento e avaliação do PROFAE, considerando as características diferenciadas de operadoras, cursos e turmas, de modo a contemplar com mais acuidade as várias nuances do processo. Para o atendimento a estes objetivos, as equipes técnicas tomam como referência a proposta pedagógica de escolha do PROFAE, bem como consideram o processo de supervisão como o eixo que conduz ao monitoramento e avaliação dos projetos, de modo a contribuir para seu contínuo aperfeiçoamento. Sendo assim, incorpora as dimensões educacional e gerencial que direcionam os marcos de supervisão a serem aplicados de acordo com a etapa de execução de cada turma e os respectivos instrumentos de coleta de dados a serem utilizados. Com esta metodologia de trabalho, as Agências Regionais têm coletado dados, quantitativos e qualitativos, capazes de refletir, com o maior grau de fidedignidade possível, os aspectos facilitadores e dificultadores das dimensões pedagógicas e gerenciais dos cursos oferecidos pelas diferentes instituições de ensino (operadoras). Estes dados subsidiam tanto as operadoras quanto a Agência Regional e a Gerência Geral do Projeto (GGP/MS) na tomada de decisões necessárias à correção de rumos na oferta dos cursos.

1 Texto extraído do Plano de Trabalho da Agência Regional de MG – Herkenhoff & Prates e do Plano Corporativo das

Agências Regionais de MG, RJ, DF e ES, elaborados pelas Equipes Técnicas, para o período de 2003-2004. 2 Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Coordenadora Geral da Agência Regional de Minas Gerais. 3 Pedagoga, Doutora em Educação, Membro da Equipe de Suporte Técnico das Agências Regionais de MG, RJ, DF e ES.

4 Pedagoga, Mestre em Educação, Coordenadora Pedagógica da Equipe Técnica da Agência Regional de MG. 5 Pedagoga, Mestre em Educação, Doutoranda em Filosofia, Tecnologia e Sociedade, Membro da Equipe de Suporte

Técnico das Agências Regionais de MG, RJ, DF e ES. CONTATO: (31) 3292 2855 – e-mail: [email protected]

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DA FAMERP: MISSÃO,

VISÃO, PERFIL E ESTRUTURA CURRICULAR

FARIA, Josimerci Ittavo Lamana 1 VIEIRA, Maria Rita Rodrigues 1

RIBEIRO, Rita de Cássia Helú Mendonça 1 BRANDÃO, Vânia Zaqueu 1

Com o objetivo de elaborar a 2ª reestruturação curricular do Curso de Graduação

em Enfermagem da FAMERP, considerando as novas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), foi realizada a sensibilização dos docentes e discentes e, posteriormente, foram formados 3 grupos para elaboração do perfil dos egressos, a visão, missão e estrutura curricular e as competências do enfermeiro. Este trabalho é um relato de experiência acerca da missão, visão, perfil e estrutura curricular do Curso de Graduação em Enfermagem da FAMERP, que foram elaborados por docentes, discentes e comunidade, desenvolvido em 14 reuniões semanais, que tiveram início em agosto de 2001 e o término em outubro de 2001, na FAMERP. Os resultados destas reuniões foram apresentados a todos os docentes do curso, para apreciação e possíveis sugestões, elaborando-se o relatório final, o qual consta na nova proposta pedagógica em vigor desde janeiro de 2003 no referido Curso de Graduação. A visão do Curso de Graduação em Enfermagem compreende: a visão filosófica-política-pedagógica, a visão diante da ética e a visão diante da educação. A missão do Curso de Graduação em Enfermagem é relacionada ao ensino, à pesquisa e a extensão de serviços à comunidade. O perfil delineia os traços profissiográficos eleitos, almejando: o exercício profissional competente, o respeito aos aspectos éticos e legais, a crítica e a reflexão sobre a realidade, a comunicação eficaz, a negociação como um meio para a participação efetiva, o desenvolvimento consciente da profissão, a criatividade e o empreendedorismo, a experiência metodológica, a consciência da expressão corporal e da corporalidade, a utilização da informática e de idioma estrangeiro. O modelo de estruturação curricular é constituído de 3 ciclos: o fundamental, o composicional e o profissional.

1 Docentes do Curso de Graduação em Enfermagem da FAMERP (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto)

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

O SIGNIFICADO DO AUTOCUIDADO PARA OS ACADÊMICOS DE UM CURSO DE GRADUAÇÃO EM

ENFERMAGEM.1

RICALCATI, Cássia da Silva 2

COBERLLINI, Valéria Lamb 3

O estudo fundamenta-se na Teoria do Autocuidado de Dorothea E. Orem. Desde o início do Curso de Graduação em Enfermagem é enfatizado o cuidado humano como essência da Enfermagem. No terceiro nível, com a disciplina Fundamentos de Enfermagem no Cuidado Humano II, o cuidado é vivenciado pela primeira vez em campo de estágio e, com a aprendizagem da Teoria do autocuidado, os alunos percebem que tanto o cuidado como o autocuidado devem ser promovidos não somente junto aos pacientes, mas a eles, futuros profissionais da enfermagem. Assim, esta pesquisa teve como objetivos conhecer o significado do autocuidado para os acadêmicos de Enfermagem da PUCRS; verificar a realização deste entre os mesmos e analisar se os conhecimentos adquiridos influenciaram em sua realização. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, tendo como participantes doze acadêmicos de enfermagem dos níveis III, V, VII e IX do Curso de Graduação em Enfermagem da PUCRS, sendo três representantes de cada nível, escolhidos aleatoriamente. A coleta de informações realizou-se por meio de um questionário estruturado, contendo três perguntas abertas. Para análise dos dados, utilizou-se a análise temática de Minayo (1996). Da análise das informações emergiram três categorias: Significado do autocuidado para os acadêmicos de enfermagem; Os conhecimentos adquiridos pelos alunos na graduação como processo de aprendizagem no Autocuidado; A realização do autocuidado pelos acadêmicos de enfermagem. Através da análise dos dados foi possível identificar que o significado do autocuidado para eles se diferencia conforme o nível quese encontram. Para os alunos dos níveis III e V, o autocuidado é voltado para as necessidades humanas básicas, como a higiene pessoal, alimentação, ingesta hídrica, amor próprio e bem- estar. Para os dos níveis VII e IX, o autocuidado está direcionada à prática profissional, como a lavagem de mãos, EPIs, mecânica corporal, entre outros. Outro ponto referendado pelos entrevistados é que este conteúdo tem sido valorizado e oportunizado aos acadêmicos de enfermagem ao longo do curso, pois entendem que para cuidar com empenho e competência não devem ignorar a sua saúde e o seu autocuidado. 2

1 Pesquisa realizada na disciplina Fundamentos de Enfermagem no Cuidado Humano II, no III semestre do Curso de Graduação em Enfermagem da PUCRS. 2 Acadêmica do V nível do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição PUCRS. Endereço: Av. General Barreto Viana, n.º 564. Bairro Chácara das Pedras. Porto Alegre. CEP.:91330630. Endereço Eletrônico:[email protected] 3 Enfermeira, Professora Assistente e Coordenadora do Curso de Graduação de Enfermagem da PUCRS. Doutoranda em Educação/ PUCRS. Orientadora da pesquisa. Obs.: Este estudo teve como co-autores os acadêmicos do Curso de Graduação em Enfermagem da PUCRS: Raquel Fernandes Leoti, Vivian Maria Baroni, Everton Bacin Santi., Adriana L. Gutterres Cabral, Carolina Phaelante Alexandre.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

OS AVANÇOS E DESAFIOS DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL TÉCNICO NA ÁREA DA ENFERMAGEM BASEADA

NO CURRÍCULO VOLTADO PARA AS COMPETÊNCIAS

Profª. Beatriz Terezinha Trigueiro Figueiredo 1 Profª. Belnidice Terezinha Figueiredo Fernandes 2

Nos tempos atuais revive-se no âmbito da educação profissional, a velha reflexão

sobre a relação do trabalho com a educação. Entre as questões polêmicas dessa relação pode-se apontar a questão do currículo voltado para as competências, onde esboça-se e propõe-se a experimentação de eficazes alternativas para a formação estratégica e responsável, com a construção de uma ação educativa emancipável e validação de competências com diretriz curricular apropriada a formação do trabalhador, supostamente requerida no atual cenário de transformações sociais, econômicas e tecnológicas.

Há movimento em todas as áreas do conhecimento e de prática no sentido de transferir o enfoque central da educação profissional dos conteúdos de ensino para o das competências a serem construídas pelo sujeito que aprende, deslocando o foco do trabalho educacional do ensinar para o apreender, do que vai ser ensinado para o que é preciso aprender, da transmissão de saberes para a construção, apropriação e mobilização de saberes, situações e significados do mundo contemporâneo e futuro.

As escolas que atuam no âmbito da educação profissional estão hoje vivendo um momento de transformação, todos os atores sociais estão empenhados na busca da implantação de novos paradigmas e na superação de outros. Investigar, planejar, executar, experimentar, financiar e avaliar proposta de trabalho são premissas básicas do processo de evolução da autonomia no espaço escolar.

Este trabalho tem por objetivo relatar a experiência na implantação de uma matriz curricular para o curso de Técnico de Enfermagem voltada para a competência de uma escola de educação profissional da área da enfermagem.

Espera-se que este estudo possa de alguma maneira auxiliar nas reflexões e debates sobre esta questão tão presente no cotidiano daqueles que se dedicam às questões educacionais, em especial a educação profissional em enfermagem. dos referidos planos; -a necessidade de que um aspecto desta relevância deva ser explicitado nas intenções do Órgão formador.

1 Professora da área de Gerenciamento em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem e Nutrição, Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, Mestre em Políticas Sociais pela UNB - Universidade de Brasília. 2 Professora da Educação Profissional do Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFE-MT, Mestre em Educação pela UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso.

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1. Mestre em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia – EEUFBA. Profª Assistente do Deptº de Enfermagem da Universidade Federal de Alagoas – UFAL. Endereço: Rua Palmeira dos Indios, nº 95, Cruz das Almas, Maceió-Al CEP:57038025 . E-mail – [email protected]

TRABALHOS CIENTÍFICOS

PERCEPÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM UMA UNIDADE DE PRÉ-NATAL

SILVA, Jovânia Marqeus de Oliveira e 1

Este trabalho é relativo a prática de ensino em pré-natal, realizado no Hospital Universitário da Universidade Federal de Alagoas – UFAL, em Maceió-Al, no período de 09 de maio a 17 de outubro de 2002. Tendo por objetivo compreender a percepção do aluno quanto a assistência pré-natal. Trata-se de um estudo qualitativo, com técnica de oficina e observação participativa. O referencial teórico apóia-se na qualidade da assistência pré-natal – Manual Técnico Ministério da Saúde ( Brasil, 2000).Participaram deste estudo 30 alunos do Curso de Graduação em Enfermagem da UFAL. Os resultados mostram a interação do aluno frente a gestante e a necessidade que descobriram em possibilitar o conhecimento às gestantes, relacionado às modificações corporais com as quais convivevem no período gestacional. PALAVRAS CHAVE: Assistência pré-natal, Graduação em Enfermagem, Período gestacional.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

PERFIL DO ALUNO INGRESSANTE DO CURSO DE ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE PARTICULAR.

Dra. Maria Helena Pessini de Oliveira

Dra. Mara Rúbia Ignácio de Freitas Profa. Silvia Sidnéia da Silva

Andréa Weishaupt Proni Strazeio

A política de incentivo a formação e capacitação de profissionais competentes estimulou a abertura de vários cursos superiores e dentre eles a enfermagem destaca dentro do mercado educativo. Essa pesquisa tem como objetivo conhecer o perfil do aluno ingressante. Utilizou-se a metodologia científica censitária. Foi aplicado um questionário em 182 alunos matriculados no curso de enfermagem. Os dados revelam que a maioria dos estudantes são mulheres (73%), casadas com idade superior a 22 anos (47%). 58% dos estudantes trabalham e desses 40% em dois empregos com até 44 horas semanais de atividades. Escolheram enfermagem por vocação, estudaram em escolas públicas e seus pais concluíram o 1º grau fundamental. A maioria dos estudantes dispõe de 2 a 3 horas de estudos por dia e como lazer assistem TV e/ou freqüentam bares. Chama a tenção o consumo de medicamentos. Seu sonho é obter um diploma e conseguir uma posição melhor na vida.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

PERFIL DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM DA UNIVIX – FACULDADE BRASILEIRA EM VITÓRIA – ES

ROHR, Roseane Vargas 1

BICUDO, Sheilla Diniz Silveira 2 SANTOS, Átila José dos 3

JACINTO, Janine Pereira 4

A UNIVIX – Faculdade Brasileira está localizada em Vitória – ES, sendo uma das três instituições privadas da capital que oferecem a graduação em enfermagem. Iniciou o curso em março de 2002 com 155 ingressantes e em 2003, buscando investir em um diferencial de qualidade, reduziu a oferta de vagas. Objetivo: apresentar o perfil sócio-econômico e educacional dos ingressantes no curso de enfermagem da UNIVIX em 2002 e 2003. Metodologia: as informações foram obtidas a partir de um questionário aplicado no ato da matrícula, levantando questões sócio-econômicas e educacionais dos alunos. Foram preenchidos 115 questionários em 2002 e 115 em 2003 e os dados foram analisados em tabelas de freqüência e gráficos, utilizando-se o programa “SPSS”. Resultados e conclusão: 60% são jovens até 25 anos, e houve redução do número de estudantes acima de 40 anos de 7,2% em 2002 para 3.3% em 2003. O sexo predominante ainda é o feminino, embora 20% sejam do masculino. O número de residentes em Vitória variou de 32,7% em 2002 para 44,8% em 2003, sendo a localização um fator significativo na escolha do aluno. Os estudantes residem com os pais em imóvel próprio sendo que a renda familiar gira em torno de 3 a 10 salários mínimos. Quanto a escolaridade dos genitores, aproximadamente 27% dos pais possuem o ensino fundamental incompleto e percebemos um mudança significativa no perfil escolar da mãe com curso superior completo, que em 2002 era de 10,7% passando em 2003 para 20,7%. Em 2002, 33,3% dos alunos dedicavam-se integralmente aos estudos aumentando em 2003 para 42,5%. Além disso, 28,6% dos ingressantes em 2002 tinham seus gastos financiados pela família ao passo que em 2003, este percentual aumentou para 43,4%. A grande maioria dos estudantes utilizam o transporte coletivo como meio de locomoção e a qualidade de ensino e localização foram os principais motivos de escolha pela UNIVIX. Houve alteração no perfil dos estudantes de enfermagem da UNIVIX em 2003, atribuída à redução na oferta de vagas e também em função do posicionamento da instituição no mercado capixaba em termos de busca da qualidade no ensino superior.

1 Enfermeira do Trabalho – EEAN/UFRJ; Referência Técnica em Saúde do Trabalhador da Secretaria Municipal de Saúde de Vitória – ES; Mestre em Saúde Coletiva – UFES; Coordenadora do curso de enfermagem da UNIVIX; 2 Enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde de Vitória; Mestre em Psicologia Social – UFES; Doutora em Enfermagem – EEAN/UFRJ; Professora da UNIVIX; 3 Filósofo e Mestre em Educação; Assessor Pedagógico da UNIVIX; 4 Estatístico da UNIVIX; Assessoria Pedagógica.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

PESQUISA –AÇÃO COMO PROPOSTA INOVADORA NA FORMAÇÃO PEDAGÓGICA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

NA ÁREA DE SAÚDE: ENFERMAGEM1

Kell, Maria do Carmo Gomes 2 Silva, Joana D’Arc Freitas da 3

Freire, Jovani Paim 4 Uma gestão institucional qualificada é fundamental para a aplicação de novas metodologias pedagógicas que contribuem para aprimorar a prática educativa. Este estudo pretendeu fazer uma reflexão teórica sobre a atuação do enfermeiro do Curso de Especialização de Formação Pedagógica em Educação Profissional na área de Saúde: Enfermagem/PROFAE, no período de 2002 a 2003, analisando-a frente ao contexto no qual está inserido, sobretudo no que se refere a gestão qualificada. Na participação dos autores como alunos do e como docentes no componente I do PROFAE, no Distrito Federal foi possível verificar que no desenvolvimento dos Projetos Pedagógicos das Escolas dos Cursos PROFAE, a participação e comunicação dos sujeitos envolvidos, gestores, professores e alunos e comunidade, caracterizavam-se por relações hierarquizadas e pouco resolutivas, prevalecendo uma prática pedagógica centrada na transmissão de conteúdos e no tecnicismo, dissociada do contexto sócio-político-cultural, com dificuldades na prática de desenvolver os pressupostos do Projeto PROFAE. Consideramos que na implantação de um projeto curricular que se proponha inovador e crítico, se faz necessário um processo contínuo de investigação das práticas, sendo que a pesquisa-ação pode auxiliar o acompanhamento e avaliação do Projeto Pedagógico, gerar olhares e análise das questões educativas, além de favorecer a definição de estratégias de gerenciamento comprometidas com a qualidade do ensino, sistema sujeitos (gestores, professores, alunos e técnicos) coletivamente responsáveis pela produção e transformação das formas de vida e da ordem social.

1 Resultado do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Especialização de Formação Pedagógica, Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Publica, NAD UnB/PROFAE. Brasília, 2003 2 Enfermeira Especialista. Consultora Técnica Ministério da Saúde. 3 Enfermeira Especialista. SES/DF 4 Enfermeiro Especialista. Hospital Universitário de Brasília

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1 Enfa. Mestre em Enfermagem. Diretora da Esc. de Enfermagem da Fundação Antonio Prudente 2 Enfermeira, mestranda em enfermagem pela EEUSP, enfermeira de ensino da EE Fund. Antonio Prudente 3 Enfermeira, mestranda em enfermagem pela EEUSP, enfermeira de ensino da EE Fund. Antonio Prudente 4 Enfa. Profa. Dra. Livre docente da Escola de Enfermagem da USP

TRABALHOS CIENTÍFICOS

PLANEJANDO E AVALIANDO A FORMAÇÃO DE

COMPETÊNCIAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

KOBAYASHI, Rika M. 1

OKANE, Eliana Suemi Handa 2

CRESPO, Adriana de Souza 3 LEITE, Maria Madalena J. 4

Resgatando a história da escola, há 13 anos formamos profissionais de enfermagem com especificidade em Enfermagem Oncológica. Para elaboração do seu perfil e competências profissionais, realizou-se pesquisas identificando atribuições do Técnico de Enfermagem (TE) avaliando o curso através dos egressos, das mudanças na dimensão ético-político e técnico-científico do TE, posteriomente ao estudo da competência gestão e identificando as competências de gestão trabalhadas pelas escolas da cidade de São Paulo.1 Estas mostraram que o TE desenvolve competências do APRENDER A CONHECER2, pouco do SABER SER3 e o SABER FAZER3. A construção do perfil e desenvolvimento de competências inicia-se pela seleção, com avaliação de competência cognitiva e do saber ser através de prova e entrevista. O projeto pedagógico está organizado com flexibilidade às expectativas e condução dos alunos a desenvolverem competências contextualizadas no mundo do trabalho como TE. As estratégias de ensino incluem exposições dialogadas, demonstração, aulas práticas através de ambientes e técnicas que reproduzam situações reais de trabalho, sua problematização e até auto aprendizado4. A flexibilização e autonomia do itinerário de formação profissional é possibilitada pelo aproveitamento de estudos e transferências, atentando-se para dificuldades na formação de perfil e competências se a trajetória acadêmica for fragmentada. O estágio supervisionado possibilita a vivência de situações concretas de trabalho, desenvolvendo postura profissional, orientado e supervisionado pelo docente e faz-se relatório de estágio com descrição de atividades, avaliação e orientações realizadas diariamente. A avaliação é por competência, processual, contínua, formativa permitindo diagnóstico para a recuperação da aprendizagem e o replanejamento das ações docente-discente. Utiliza dois instrumentos que avaliam competência cognitiva e do saber fazer e outra a do saber ser, seguida de auto avaliação. Como indicativos de resultados desta formação temos que 81% dos formados trabalhando na área de enfermagem e 45% destes, no hospital da Mantenedora, a satisfação dos egressos é de 83,4% no qual 66,7% consideraram o ensino em oncologia suficiente para o exercício profissional.

Referência Bibliográfica

1. Kobayashi,RM. Caracterização da disciplina Noções de Administração de Enfermagem dos Cursos Técnico de Enfermagem. Dissertação de Mestrado apresentada a EEUSP. 2002.

2. Antunes C. Como desenvolver competências em sala de aula. Petrópolis:Vozes; 2001 3. Manfredi SM. Reestruturação produtiva, trabalho e qualificação no Brasil. [Online]

disponível em: www.cedes.unicamp.br/pesquisa/artigos/MANFREDI/manfredi5.htlm 4. Okane, ESH; Kobayashi, RM & Takahashi, RT O auto aprendizado no ensino de profissionais

de nível médio de enfermagem. Apresentado na Sessão Pôster do 5º SENADEn –SP – 2000.

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1 Enfermeiro, Doutor em Enfermagem pela UNIFESP, Gerente Administrativo da Faculdade Santa Marcelina – Campus Itaquera. 2 Pedagoga, Doutora em Educação, Orientadora da Pesquisa e Professora Titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

TRABALHOS CIENTÍFICOS

PRECEPTORIA COMO AÇÃO EDUCATIVA: UMA LEITURA HERMENÊUTICA FENOMENOLÓGICA

SILVA, Gilberto Tadeu Reis da 1

ESPÓSITO, Vitória Helena Cunha 2

Este estudo teve como objetivos compreender e interpretar os sentidos do fazer preceptoria tal como esta se mostra para os alunos do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Santa Marcelina. Ao buscar a trilha para descrever a preceptoria nos vimos enredados dentro do círculo existencial hermenêutico. Nesta busca utilizamo-nos da pesquisa de natureza qualitativa, hermenêutica-fenomenológica. A partir da pergunta norteadora: “O que é preceptoria para você?” analisadas as descrições emergiram as seguintes confluências temáticas: aproximação, coexistência, formação e orientação que ao serem interpretadas se configuraram na categoria denominada por nós coexistência. As descrições dos relatos à pergunta levaram-nos a refletir sobre o “ser” da preceptoria, seus sentidos e significados para os estudantes. A preceptoria evidenciou-se então como ação educativa que remete a uma situacionalidade que se desdobra na tridimensionalidade pessoal, cidadã e profissional. A linha temporal para permeou nossa reflexão foi a dos valores de Luigi Biraghi. A partir dessa construção, sempre inacabada, necessário se fez refletir sobre a formação do Enfermeiro. UNITERMOS: 1.Preceptoria, 2. Tutoria, 3. Educação em Enfermagem, 4. Pesquisa em Educação de Enfermagem, 5.Aprendizagem.

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1 Professoras Mestres do Curso de Graduação em Enfermagem da UNIVALI- Campus I. Tipo de trabalho: Relato de Experiência para apresentação em sessão pôster. Endereço eletrônico e telefone: [email protected] (47) 341-7537.

TRABALHOS CIENTÍFICOS

PROJETO PEDAGÓGICO – RECONSTRUINDO A PROPOSTA METODOLÓGICA

FARHAT, Eleide Margarethe Pereira 1 FIGUEIREDO, Telma Magrini Brochado de 1

MARCOS, Denise Stringari 1 MEURER, Claudete Demétrio 1

Este trabalho é o relato de experiência de um grupo de professores do Curso de Graduação em Enfermagem da UNIVALI – Campus I, cujo objetivo foi reconstruir o seu modelo metodológico, com o intuito de atender as expectativas dos segmentos envolvidos. Optamos pelo Currículo Integrado, o qual descreve a compreensão do planejamento das ações pedagógicas centradas no discente, oportunizando o impacto necessário para atender as mudanças sócio-culturais e político-pedagógicas do cuidar/assistir em enfermagem. Esta modalidade de currículo contempla a abordagem progressista e crítico-social dos conteúdos, buscando agir na transformação da realidade. Tal perspectiva é baseada em Perrenoud (1999), quando afirma que os conteúdos não podem ser fechados e refratários às realidades sociais. Este modelo de currículo visa o desenvolvimento de competências através da ação pedagógica inserida na prática social concreta, onde os conteúdos universais são permanentemente reavaliados face às realidades locais. A forma que encontramos para trabalhar a interdisciplinaridade foi através da eleição de Objetos Interdisciplinares de Aprendizagem, os quais estabelecem a comunicação entre os domínios do saber, sedimentando a compreensão das ciências como complemento entre si. Para a avaliação do processo, implantamos Atividades Interdisciplinares realizadas a cada semestre letivo, oportunizando a adequação e redimensionamento da metodologia empregada. Atualmente, encontramo-nos implantando o 8º e último semestre letivo do Currículo, findo o qual, estaremos desenvolvendo novos métodos de avaliação relacionada ao processo implementado, através de dados fornecidos pelos egressos, mercado de trabalho, sociedade e comunidade acadêmica.

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1 Professoras Mestres do Curso de Graduação em Enfermagem da UNIVALI – Campus I. Fone/ Fax: (47) 341-7537 E-mail [email protected]

TRABALHOS CIENTÍFICOS

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM – UNIVALI – ITAJAÍ – CAMPUS I.

FARHAT, Eleide Margarethe Pereira 1

MARCOS, Denise Stringari 1 MEURER, Claudete Demétrio1

SANTOS, Maria Eurídice Padilha dos 1

O Projeto Pedagógico, enquanto proposta metodológica, norteia as ações dos Cursos de Graduação, com vistas ao perfil do formando/egresso. Ele sofre mudanças, na medida em que Avaliações Internas e Externas são realizadas e novas perspectivas e necessidades surgem no cotidiano. A Lei de Diretrizes e Bases do MEC imprimiu mudanças significativas, implicando em reformulações do Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Enfermagem da UNIVALI, Campus I, o qual encontra-se em fase de construção e implementação. O perfi l do formando/egresso é construído a partir de três eixos principais inter-relacionados multidisciplinarmente: Ciências Biológicas e da Saúde; Ciências Humanas e Sociais e Ciências da Enfermagem. Estes eixos fundamentam as competências que o discente deverá atingir ao término do curso, entendendo competência, como sendo a faculdade de mobilizar recursos enquanto saberes, habilidades e informações para solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações (PERRENOUD, 1999). Estas competências são construídas através do Conhecimento (saber) das Habilidades (saber fazer) e das Atitudes (saber ser, saber agir e saber conviver). A Flexibilização e Integração Curricular acontecem através dos objetos Interdisciplinares de Aprendizagem; Estratégias Pedagógicas Interdisciplinares; Atividades de Educação Continuada em Saúde (Ensino, Pesquisa e Extensão); Atividades Complementares; Atividade Curricular Interdisciplinar; Avaliação Institucional Interna e Externa; Atividades Práticas no Laboratório de Enfermagem; Atividades Assistenciais e Estágio Curricular Supervisionado. Consideramos o momento ímpar, por estarmos vivenciando uma fase de transição que impele à mudanças paradigmáticas com vistas a atuação do enfermeiro nos diversos cenários sociais, estimulando os cursos de graduação a repensarem sua prática, buscando a construção de profissionais que atendam as necessidades presentes. Embora, todo o Currículo não esteja ainda implementado, as avaliações semestrais realizadas pelos discentes indicam elos significativos em relação à Integração entre as disciplinas do Curso e, deste, com outros cursos da área da saúde que utilizam o mesmo espaço de prática.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

PROJETO PEDAGÓGICO: AÇÕES, MOVIMENTOS E PERCEPÇÕES DE FORMANDOS.

OJEDA, Beatriz Sebben 1 CORBELLINI, Valéria Lamb 2

CREUTZBERG, Marion 3

Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, sobre as vivências acadêmicas de formandos do Curso de Graduação em Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), de 2002 e 2003. Tem por objetivos identificar as percepções dos alunos quanto à operacionalização dos objetivos do Curso ao longo da trajetória acadêmica; compreender como os objetivos propostos pelo Projeto Pedagógico do Curso foram absorvidos e vivenciados pelos alunos e subsidiar o processo de avaliação permanente das estratégias pedagógicas nas diversas disciplinas e etapas do Curso. O estudo tem como referenciais o Projeto Pedagógico e seus pressupostos teóricos. O método de coleta de dados foi uma entrevista semi-estruturada, a partir de um roteiro com questões norteadoras. O aluno, ao início da entrevista recebeu, de forma aleatória, um dos onze objetivos do Projeto Pedagógico do Curso e relatou a sua vivência em relação ao mesmo. Foram entrevistados onze alunos formandos do ano 2002. A entrevista foi gravada, transcrita e análise foi realizada por análise de conteúdo. Da análise dos dados referentes aos alunos concluintes em 2002, emergiram duas categorias: Estratégias facilitadoras no alcance dos objetivos do Curso; A contribuição dos alunos na qualificação das estratégias. A prática profissional em diferentes cenários de cuidado, a transversalidade de temáticas ao longo de toda a trajetória acadêmica como os aspectos éticos e bioéticos, a ênfase no comprometimento profissional são referidos entre as estratégias fundamentais para a concretização dos objetivos. Entre as contribuições para subsidiar a qualificação das estratégias, foi possível vislumbrar que as estratégias desenvolvidas ao longo do curso são satisfatórias na visão aluno, mas demonstram um caminho a ser aperfeiçoado, ampliado e trilhado por todo o corpo docente e discente.

1 Enfermeira. Mestre em Educação (PUCRS). Doutoranda em Psicologia (PUCRS). Diretora da Faculdade de Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição - FAENFI / PUCRS. [email protected] 2 Enfermeira. Mestre em Educação (PUCRS). Doutoranda em Educação (PUCRS) Coordenadora e Professora Assistente do Curso de Graduação em Enfermagem / PUCRS. 3 Enfermeira. Mestre em Enfermagem (UFRGS). Doutoranda em Gerontologia Biomédica. Vice-Diretora FAENFI/PUCRS. Professora Assistente do Curso de Graduação em Enfermagem / PUCRS.

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1- Especialista em Saúde Pública; Especialista em Recursos Humanos; Especialista em Educação Profissional para a Área da Saúde: Enfermagem. 2- Pedagoga; Mestra em Educação 3- Cirurgiã Dentista; Mestra em Odontologia Social

TRABALHOS CIENTÍFICOS

PROJETO PEDAGÓGICO: O DESAFIO DA CONSTRUÇÃO COLETIVA

FERREIRA, Vera Lúcia da Silva 1 NELSON, Ivaneide Medeiros 2

HANSEN, Lêda Maria de Medeiros 3

A construção do projeto pedagógico cria oportunidades para a escola refletir sobre suas finalidades e função social, bem como as formas de organização e operacionalização da prática pedagógica, visando atender, com eficiência e eficácia, os anseios da sociedade. Relatar a experiência do Centro de Formação de Pessoal para os Serviços de Saúde “Dr. Manoel da Costa Souza” (CEFOPE), escola de educação profissional da Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte, na construção coletiva do seu projeto pedagógico, é o objetivo deste trabalho. O processo dialético de (re) significação da prática pedagógica foi desenvolvido através de metodologia que possibilitou a participação de toda a escola na análise e tomada de decisões. Como resultado foram sistematizados os fundamentos teórico-metodológicos que orientarão o fazer da Escola. Na perspectiva da aplicação, avaliação e reconstrução do projeto pedagógico, num processo dinâmico e permanente, pretende-se atingir a unicidade teoria-prática.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: CONFRONTANDO A REALIDADE.

MONTEIRO, Estela Maria Leite Meirelles 1 GARCIA, Sônia Maria da Silva2

A nova LDB, Lei nº 9.394/96, prevê no seu artigo 12, inciso I, que “os estabelecimentos de ensino (...) terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica” (CARDOSO,1997). Diante deste princípio legal, cabe a escola assumir um trabalho coletivo de construção sobre sua intencionalidade educativa. A partir da autonomia de cada instituição de ensino na elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP), fica claro a responsabilidade da escola em não apenas em construí-lo, mas também, executá-lo e avaliá-lo envolvendo ações continuadas em prazos distintos (MARQUES, 1990). Diante desse entendimento este estudo tem por objetivo realizar uma análise crítica-reflexiva do PPP referente ao Curso de Auxiliar de Enfermagem no qual atuávamos como docentes. Constitui uma pesquisa exploratória descritiva, com consulta direta ao PPP da Instituição de Ensino e a vivência docente. Realizada no segundo semestre de 2002, na cidade do Recife. Para organização da apreciação crítica do Projeto Político Pedagógico em questão procede inicialmente leituras sucessivas, buscando uma concomitante contextualização com seu desenvolvimento prático, ressaltando os pontos considerados fortes e fracos a partir de um roteiro preestabelecido: justificativa e objetivo; requisitos de acesso; perfil profissional de conclusão; organização curricular; critérios de aproveitamento de conhecimento e experiência anteriores; critérios de avaliação, instalações e equipamentos; pessoal docente; certificado e diplomas. Identificamos lacunas e distanciamento existente entre a proposta do PPP e a execução das praticas educativas, em relação a: avaliação, metodologia de ensino e preparação dos docentes.

DESCRITORES: projeto político pedagógico, formação do auxiliar de enfermagem.

1Enfermeira do Hospital Universitário Oswaldo Cruz-PE, Docente da Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças -Universidade de Pernambuco. Mestre em Enfermagem em Saúde Pública pela Universidade Federeal da Paraíba. Membro do Projeto de Pesquisa Saúde do Adulto/CNPq. 2 Enfermeira. Docente da Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças – Universidade de Pernambuco. Mestranda do Programa de Pós -Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Membro do Projeto de Pesquisa Ações Integradas em Saúde Cardiovasscular/CNPq.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO EM CONSTRUÇÃO: DESAFIOS DE UM TRABALHO COLETIVO

MENDES, Sidênia Alves Sidrião de Alencar 1

MENDES, Carlos Alberto 2 DAHER, Donizete Vago 3

LOPARDI, Heliane 4

A Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional (nº 9394/96), determina que os estabelecimentos de ensino terão a incumbência de elaborar e executar seu projeto pedagógico definindo que os docentes devem participar da elaboração da proposta. Nessa perspectiva, o projeto político pedagógico (PPP) vai além de um simples agrupamento de idéias ou planos; ele é constituido e vivenciado em todos os momentos pelos envolvidos com o processo educativo na instituição: docentes, discentes e servidores técnico-administrativos. Sendo o PPP uma ação intencional no qual deva estar explicitado a missão da instituição, a Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense (EEAAC/UFF), através da Comissão de Acompanhamento, Avaliação e Reorientação Curricular, vem construindo o seu projeto comprometido com a formação do cidadão para a sociedade, com direitos e deveres, participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Tratando-se de um processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da instituição e da formação profissional o grande desafio para o Curso de Graduação em Enfermagem da EEAAC/UFF, além da mobilização dos atores sociais envolvidos, é a explicitação do PPP através de documentos e a busca de alternativas para a efetivação do mesmo. A metodologia foi desenvolvida através de semanas de educação, ciclos de debates, mostras de enfermagem, (organizados por estudantes, como estratégias metodológicas de algumas disciplinas), conferências, seminários, oficinas, palestras e mini-cursos protagonizados por representantes da comunidade acadêmica: docentes, discentes e servidores técnico-administrativos; enfermeiros egressos do curso que atuam na rede básica e hospitalar de saúde do município de Niterói e representante da ABEn, durante o período de 1994 a 2003. O trabalho da referida comissão culminou com a elaboração preliminar de um documento que está sendo discutido pela comunidade acadêmica, através dos Departamentos de Ensino e Diretório Acadêmico. A sistematização das contribuições ocorrem no Colegiado do Curso de Graduação, através de reuniões de trabalho, com vistas a elaboração do Projeto Político Pedagógico, admitindo que a formação profissional é a expressão de uma concepção pluralista. 1.Professora Titular do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica d a Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa-Universidade Federal Fluminense. Decana do Colegiado de Curso de Graduação em Enfermagem. 2. Professor Adjunto do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa -Universidade Federal Fluminense. 3. Professora Adjunto do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa -Universidade Federal Fluminense. 4. Professora Assistente do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa-Universidade Federal Fluminense. Coordenadora do Curso de Graduação em Enfermagem.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

PROJETO POLITICO-PEDAGÓGICO POR COMPETÊNCIAS DO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL

ESPIRITO SANTO

Oliveira, Elizabete Regina Araújo de1

Ramos, Maria Cristina 2 Bringuente, Maria Edla de Oliveira 2

Lima, Rita de Cássia Duarte 2

Trata de estudo sobre a aprendizagem significativa de alunos de graduação acerca do cuidado de paciente, durante a avaliação de enfermagem no período pós-operatório imediato. Seus objetivos foram: a) analisar a aprendizagem significativa de alunos sobre a avaliação de enfermagem do paciente, no período pós-operatório imediato, através de seus mapas conceituais; e b) verificar os escores de mapas conceituais de alunos sobre a avaliação de enfermagem do paciente, no período pós-operatório imediato, elaborados antes e depois da oferta de conteúdos de ensino teórico e prático. Com uma abordagem quanti-qualitativa fundamentada em conceitos da Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel, adotou os mapas conceituais propostos por Novak para a coleta de dados realizada antes e depois da oferta de conteúdos teóricos e prática curricular da disciplina enfermagem em centro cirúrgico e centro de material e esterilização. A população foi composta de alunas da 3ª série / 5º semestre do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Pará sendo a amostra constituída por 16 estudantes do horário vespertino (turma B) - 37% da população do 5º semestre. os dados foram tratados através de estatística não – paramétrica (Teste t). Os resultados da pesquisa demonstram que a organização do conteúdo instrucional da disciplina, com a finalidade de proporcionar a interação do conhecimento prévio dos estudantes com o novo conteúdo a ser aprendido, facilita a aquisição de conhecimentos de natureza científica. Os estudantes tiveram seus níveis de domínio conceitual aumentados, principalmente daqueles conceitos e relações que se apresentaram ausentes ou errôneos, depois dos conteúdos teóricos e prática curricular serem ofertados. Palavras-chave: Enfermagem, Graduação, Aprendizagem, Centro Cirúrgico, Mapas

Conceituais.

1 Coordenadora do Colegiado do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Espírito Santo. 2 Docentes do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Espírito Santo.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

PROJETOS INOVADORES NO CAMPO DA ATENÇÃO À SAÚDE: DESENHANDO ESTRATÉGIAS PARA A FORMAÇÃO

DE ENFERMEIROS.

SCOCHI, Maria José 1 SILVA, Doris Marli Petry Paulo 2

MATSUDA, Laura Misue 3 SOUZA, Regina Kazue Tanno 3

As novas diretrizes curriculares para a saúde, em particular para a enfermagem,

indicam a necessidade da formação de profissionais competentes, críticos e comprometidos com as necessidades da população. Acredita-se que a construção do perfil desejado para o futuro profissional necessita, para além das disciplinas curriculares, de projetos inovadores. Nesta direção é que vem sendo realizado, desde a última reforma curricular em 1996, um projeto de ensino com alunos do 4o ano do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá, com o objetivo de desenvolver nos acadêmicos competência para analisar as atividades realizadas por enfermeiros, identificar problemas críticos na realidade de trabalho, elaborar propostas de intervenção em busca de soluções apropriadas. Até 2002 o projeto era realizado em unidades básicas, sendo neste ano reformulado, passando a ser realizado também em unidades hospitalares. Em decorrência disso, após a seleção dos alunos inscritos no projeto, de setembro a dezembro foram realizadas oficinas de trabalho para definir, de forma coletiva, a nova metodologia. De janeiro a abril de 2003 os alunos começaram acompanhar os enfermeiros em 1 hospital público e em 2 unidades básicas de saúde no Município de Maringá - Paraná. Foi desenhado um instrumento para orientar a observação dos alunos, para anotação dos registros dos períodos e das atividades executadas pelos enfermeiros. Como resultados parciais pode-se apontar que: Em 2002 foram 15 os alunos inscritos e no corrente ano 25 manifestaram interesse em participar do projeto, pois este possibilita a produção do conhecimento gerado no campo de trabalho. A presença do aluno nos locais de trabalho acompanhando o profissional provocou, neste último, a necessidade de revisão da prática cotidiana. Os alunos participantes do projeto, instigados pelas observações, passaram a apresentar, em sala de aula, comportamento diferenciado dos demais mostrando uma postura mais crítica e reflexiva. Os professores orientadores vem buscando construir a integração entre os campos de estágio, bem como, práticas pedagógicas que estimulem o processo de criação e recriação provocando nos acadêmicos e profissionais uma análise crítica do processo de trabalho em saúde. Espera-se com esta iniciativa promover a interdisciplinariedade, a integração docente-asistencial e contribuir na produção de conhecimentos sobre o trabalho da enfermagem na conjuntura contemporânea.

1 Professor Associado do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá 2 Professor Assistente do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá 3 Professor Adjunto do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

PROPOSTA DE CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM PAUTADA EM PRINCÍPIOS DA

ANDRAGOGIA

Nascimento, Estelina Souto do 1

Pinheiro, Silma Maria Cunha 2

A complexidade das transformações ocorridas no perfil de morbimortalidade da população brasileira resultam de enfermidades associadas ao processo de “modernização” do país, passando a exigir estratégias que implicam no seu enfrentamento. O quadro de transição demográfica e epidemiológica exige do setor saúde e da educação novos investimentos e redefinição de prioridades, para responder às necessidades sociais e de saúde da população. Para se fazer frente à situação foram propostos os cursos de especialização “Enfermagem em Terapia Intensiva Adulto” e “Enfermagem em Terapia Intensiva Neonato-Pediátrico” sintonizados com o desenvolvimento tecnológico e suas peculiaridades e com as necessidades de saúde da população do Estado de Minas Gerais. O objetivo deste trabalho é apresentar as propostas de tais cursos, bem como, analisar o perfil dos seus pós-graduandos. O trabalho realizado é descritivo, fundamentado na proposta do curso e em dados coletados na aula inaugural. Foi elaborado um projeto pautado em princípios andragógicos, tendo sete eixos norteadores: assistencial, ético-crítico, político-social, humanístico, investigativo, educacional e gerencial. As habilidades propostas direcionam para a instrumentalização técnica e capacitação teórica, oferecendo aos enfermeiros reflexão ético-crítica sobre a prática profissional; aprimoramento profissional e discernimento para analisar e avaliar a realidade de saúde inerente à assistência em unidade de terapia intensiva. A dinâmica do curso é orientada por três estratégias: interdisciplinaridade; atividades práticas antecedendo a teoria, desenvolvimento de atividades de pesquisa em todo o curso. Os pós-graduandos estão predominantemente na faixa etária entre 22 e 26 anos. A maioria é procedente de Belo Horizonte e possui dois vínculos empregatícios. A prioridade de aperfeiçoamento definida pelo pós-graduando é a assistência de enfermagem. Conclui-se que, diante de uma clientela na fase adulta e em atividade profissional nas especialidades dos cursos, a andragogia é uma estratégia apropriada.

1 Enfermeira, Doutora em Educação pela USP. Professora da Escola de Enfermagem da PUC-MG, pesquisadora do Núcleo de Pesquisa e Estudos sobre Quotidiano em Saúde-NUPEQS 2 Enfermeira, Mestre em Ciência em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela UNIFESP, Professora da PUC-MG.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

“PROPOSTA PEDAGÓGICA DO PROFAE NA PERSPECTIVA DO ENFERMEIRO INSTRUTOR”

SILVA, Maria da Graça da1 SILVA, Vilma Ribeiro da

Acreditando no papel que a ABEn (Associação Brasileira de Enfermagem) tem desempenhado no desenvolvimento da profissão no país, e como responsável pelo projeto que propõe a preparação pedagógica para os enfermeiros, o que com certeza constitui estratégia para atenuar as dificuldades, investir na preparação do enfermeiro, motivando-os ao envolvimento com a função de ensinar de forma mais estimulante e responsável, pretendemos verificar o alcance de um curso Formação Pedagógica em Educação Profissional na Área da Saúde: Enfermagem, que se utiliza da recente e inovadora tecnologia de ensino, denominada “educação à distância”. A população estudada constituiu-se de enfermeiros vinculados ao referido curso e para a coleta de dados nos utilizamos um formulário com questões abertas, que foram tratadas à luz do referencial metodológico de natureza qualitativa, onde tentamos nos aproximar do significado que os entrevistados atribuíam a alguns aspectos relacionados com o ato de ensinar. Dados estes que conforme o previsto no projeto, foram colhidos em dois momentos presenciais distintos; o material coletado no primeiro encontro presencial, será objeto de discussão da presente apresentação. Os dados referentes à identificação profissional, tem como fim apresentar o perfil da população pesquisada e receberam tratamento estatístico em percentuais simples e encontram-se apresentados em tabelas. Os dados oriundos das questões que se vinculam ao objeto de estudo foram trabalhados, sob a ótica de procedimentos qualitativos, ditos, fenomenológicos, que analisou e interpretou profundamente os depoimentos pela descrição do percebido pelos sujeitos do estudo, e de acordo com critérios de rigor, que previa o ordenamento do percebido e dos significados atribuídos, promoveu então, o agrupamento dos descritos em torno das questões norteadoras. Desta forma cada depoimento foi submetido ao seguinte procedimento, 1 - transcrição do discurso na linguagem do sujeito, após interpretação e análise desse discurso conseguiu-se elaborar as 2 - unidades de significado e por fim se chegou as 3 - asserções articuladas no discurso, que são as que se segue:

• Expondo conhecimento sobre os fundamentos teóricos da educação • Expressando expectativas a cerca do ensino a distância • Explicitando a sua relação com a função de ensino.

1 Enfermeiras, Docentes do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul End.: Av. São Nicolau 624, Campo Grande –MS; CEP: 79116-270; e-mail: [email protected]

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1 Enfermeira, professora do Curso Técnico em Enfermagem do HURNP da Universidade Estadual de Londrina, concluinte do Curso de Especialização em Formação Pedagógica em Educação Profissional na Área de Saúde: Enfermagem e Especialista em Administração Hospitalar. 2 Enfermeira, coordenadora e professora do Curso Técnico em Enfermagem do HURNP da Universidade Estadual de Londrina. Especialista em Formação Pedagógica em Educação Profissional na Área de Saúde: Enfermagem, Especialista em Administração Hospitalar e Especialista em Metodologia do Ensino e Pesquisa Aplicada a Enfermagem. 3 Enfermeira do HURNP da Universidade Estadual de Londrina. Especialista em Formação Pedagógica em Educação Profissional na Área de Saúde: Enfermagem e Especialista em Administração Hospitalar.

TRABALHOS CIENTÍFICOS

REAPRENDENDO INFECÇÃO HOSPITALAR (I.H.) NO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM: O OLHAR DOS ALUNOS

TATAKIHARA, Linda Tsuiko 1 DEPIER, Rosa Leonice Sgobero 2

NONACA, Norma Ayako Matsumoto 3

O processo de ensinar aprendendo e convivendo a partir da prática profissional, possibilita ao aluno-profissional de enfermagem reflexão da ação para a sua transformação. Imbuído do anseio de formar e informar, o Curso Técnico em Enfermagem de um hospital-escola público implementou metodologia diferenciada ao abordar o tema Infecção Hospitalar (I.H.). Consiste em propiciar a partir da prática, a reflexão de conceitos teóricos revistos e adquiridos, possibilitando que o aluno saia do conceito abstrato para aplicação imediata ao concreto e real, fazendo uma análise crítica do que ouviu na sala e o que viu na unidade visitada. O objetivo desse estudo foi avaliar, na visão dos alunos do curso, a metodologia de ensino utilizada. Aplicou-se um instrumento com 6 questões abertas, abordando a estratégia pedagógica vivenciada. Em relação ao sentimento do aluno com a tarefa, verificou-se o despertar da consciência sobre a importância do tema; a relação teoria-prática possibilitou aprofundar os conhecimentos como também estimulou a revisão das atitudes que visam o controle da I.H. na prática profissional. Os alunos não apresentaram dificuldades com a equipe do setor na realização da visita de observação. Com relação a continuidade dessa estratégia pedagógica para outras turmas todos os alunos afirmaram que o método de ensino por ser dinâmico e participativo deve permanecer. Ainda sugeriram que gostariam de realizar palestras sobre I.H. nas unidades do hospital; necessidade de mais tempo para a observação de diferentes unidades; ter aula teórico-prática de microbiologia; oferecer panfletos para os visitantes contendo orientações essenciais sobre medidas preventivas da I.H. Concluiu-se que o conhecimento é melhor aprendido quando associado à prática profissional, com a visualização do concreto e real, possibilitando assim a conscientização e a aplicação destes no cuidar em enfermagem.

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1 Enfermeira, mestre em enfermagem pediátrica, coordenadora do curso de graduação em enfermagem do Centro Universitário Municipal de São Caetano do Sul - IMES 2 Enfermeira, mestre em enfermagem pediátrica, docente do curso de graduação em enfermagem do Centro Universitário Municipal de São Caetano do Sul - IMES

TRABALHOS CIENTÍFICOS

RECONSTRUINDO O MODELO DE ENSINO DE SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM

CASTRO, Allison Scholler de 1 ZANELATTO, Ana Paula 2

Norteada pelo projeto político-pedagógico do curso de graduação em enfermagem do Centro Universitário Municipal de São Caetano do Sul, foi desenvolvido uma unidade educacional que contempla os saberes de semiologia e semiotécnica em enfermagem intitulada como “Intrumentalização Técnica e Metodológica para o Cuidado”. Esta unidade tem como objetivo instrumentalizar o graduando para a aplicação do processo de enfermagem durante a sua interação com a pessoa sob seus cuidados, estimulando a busca de competência para a tomada de decisões relativas ao fazer do enfermeiro. É importante enfatizar que o aprendizado da semiologia e semiotécnica é permeado pelo Processo de Enfermagem segundo ANA (American Nursing Association), e construído pelo aluno a partir da sua vivência prática em unidades básicas de saúde. Para que isto possa acontecer é oferecido ao discente um conteúdo mínimo do processo de enfermagem, bem como algumas teorias de enfermagem possíveis de serem contextualizadas antes deles serem inseridos nas atividades práticas. Ao se defrontar com a realidade de atuação do enfermeiro, o graduando inicia o processo de investigação por meio da elaboração de um instrumento de coleta de dados norteado por uma teoria de enfermagem pré-estabelecida. Concomitantemente o aluno é impulsionado a articular os dados levantados mediante a um julgamento clínico e crítico nomeando os diagnósticos de enfermagem segundo NANDA (North American Nurse Diagnosis Association). A partir deste momento o aluno sente-se capaz de elaborar o planejamento da assistência, que em muitos situações envolvem as técnicas de enfermagem, as quais são desenvolvidas pelos docentes e discentes tanto no laboratório de enfermagem como durante as atividades práticas dependendo da situação e do grau de complexidade das mesmas. Acreditamos e visualizamos que esta metodologia de ensino de semiologia e semiotécnica propicia ao aluno um despertar consciente, crítico e reflexivo do saber fazer na enfermagem.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

REFLETINDO SOBRE A FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO UTILIZANDO O REFERENCIAL DE HEIDEGGER

GARANHANI, Mara Lúcia 1 VALLE, Elizabeth Ranier Martins do 2

Este trabalho tem o objetivo de relatar a reflexão sobre o processo de formação do enfermeiro desenvolvido na Universidade Estadual de Londrina, utilizando a fundamentação filosófica heideggeriana. Discute as conseqüências da influência do mundo moderno sobre a educação, buscando resgatar o desenvolvimento integral do ser humano. Através da concepção fenomenológica o currículo assume o compromisso de desenvolver talentos e capacidades que se fundamentam na liberdade de agir, oportunizando as relações humanas. Assim, docentes e alunos vivem simultaneamente o mundo dos objetos que os rodeiam (livros, materiais didáticos em geral, salas de aulas, laboratórios e outros), o mundo das relações interpessoais e o seu mundo pessoal e íntimo. O Currículo Integrado do Curso de Enfermagem da UEL tem trazido grandes alterações neste mundo (módulos integrados; trabalhos em pequenos e médios grupos; plenários; momento de representação, relação, síntese e ação; relatórios; entre outros). Professores e alunos têm se relacionado com estes entes de acordo com a sua existência e, portanto, de maneiras diferentes. Modificações vêm acontecendo na configuração e nos limites do mundo público e isto têm trazido repercussões no mundo circundante de cada um. Também por tratar-se de uma proposta nova, abre possibilidades de novos instrumentos, criando a oportunidade para lidar com eles de diferentes maneiras. É importante que a compreensão destes instrumentos seja refletida e confira a segurança na sua forma de utilização, possibilitando maneiras mais autênticas de ocupar-se neste mundo. Heidegger traz ainda o conceito de cuidado descrevendo duas possibilidades de expressão deste, uma quando ao cuidar assume pelo outro, faz pelo outro e a outra, quando ao cuidar favorece o outro em suas potencialidades para desenvolver-se, ajuda a cuidar do seu próprio ser. Considerando educar como “cuidado” a trajetória do aluno a ser feita na escola deverá ser vista como um projeto pedagógico, caminho a ser percorrido. A educação, assim, não é apenas um processo de elevação histórica da mente, do natural para o universal, mas é a condição mesma na qual o homem se humaniza.

1 Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem – EERP-USP/SP, Professora da Universidade Estadual de

Londrina 2 Psicóloga, Doutora em Psicologia – Professora doutora da EERP-USP/SP

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1 Enfermeira . Mestre em Enfermagem pela UFMG. Professora Titular do Curso de Graduação em Enfermagem da FUNEDI/ UEMG/INESP - Divinópolis. Coordenadora do Curso de Enfermagem da Unipac – Bom Despacho.

TRABALHOS CIENTÍFICOS

REFLEXÕES E AVANÇOS NA IMPLANTAÇÃO DA GRADE CURRICULAR DO CURSO DE GRADUAÇÃO DE

ENFERMAGEM DA UNIPAC- CAMPUS DE BOM DESPACHO.

PACHECO, Zuleyce Maria Lessa 1

Em fevereiro de 2002, iniciou-se o Curso de Graduação em Enfermagem da Unipac – Campus de Bom Despacho, tendo como eixo uma grade curricular baseada na nova Lei de Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem Parecer CES 1.133/2001. A flexibilização dessa nova Lei, permitiu-nos apropriar a interdisciplinaridade, trabalhando disciplinas afins, como por exemplo Anatomia e Fisiologia, Citologia e Histologia, Bioquímica e Biofísica, agrupando-as em uma única disciplina denominada O Funcionamento do Corpo Humano e visualizadas em áreas de conhecimento. Essa grade curricular visa romper os currículos tradicionais, organizados em disciplinas fragmentadas, buscando a formação de um enfermeiro generalista, humanista, crítico e reflexivo, conhecedor da realidade local bem como do perfil epidemiológico nacional, capaz de conhecer e intervir no processo saúde-doença em pró da saúde integral do indivíduo. Os objetivos desse trabalho são apresentar a grade curricular do Curso de Graduação em Enfermagem, bem como as dificuldades encontradas para a implementação desse novo modelo, e as estratégias utilizadas para estruturar o curso e manter a qualidade do processo ensino-aprendizagem. O Campus está localizado as margens da BR 262, o Curso é diurno/noturno, distribuído em nove períodos com um total de 3972 horas. Durante sua implantação encontramos como principal dificuldade, incentivar a participação do aluno nesse processo, muitos comparavam os currículos antigos com esse novo currículo, não entendendo bem a questão da interdisciplinaridade. A partir da disciplina denominada o Curso de Enfermagem, ministrada no 1.º Período, ao abordar a expectativa do aluno, procuramos também situá-lo no Projeto Político Pedagógico apresentando-lhe toda a estrutura curricular, explicando-lhe com detalhes a sua montagem, tentando fazer com que ele identifique o seu papel e o papel do docente no processo ensino aprendizagem. Atualmente junto com os docentes e uma consultoria, estamos discutindo e montando o Projeto Político Pedagógico. Acreditamos nesse novo modelo de educação em enfermagem, contamos com a participação de docentes que acreditam no processo e cento e oitenta alunos ativos, integrados, atores e autores do seu próprio aprendizado.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

REFLEXÕES SOBRE NOSSO FAZER POLÍTICO-PEDAGÓGICO: LIMITES E DESAFIOS

CORRÊA, Adriana Katia 1 CLAPIS, Maria José 2

SOUZA, Maria Conceição Bernardo de Mello e 3 NOGUEIRA, Maria Suely 4

Considerando as Diretrizes Curriculares para o Curso de Graduação em Enfermagem, a proposta deste estudo é realizar uma reflexão acerca do fazer político-pedagógico construído ao longo do processo de formação profissional, no contexto da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP), a partir das avaliações das disciplinas curriculares efetuadas pelos alunos dos distintos semestres, em 2001 e 2002, sob a coordenação da Comissão de Graduação, com a intenção de subsidiar a construção de espaço coletivo para a discussão sobre o projeto político-pedagógico desta instituição, contrapondo-o à ação cotidiana. São garantidos, na grade curricular, momentos para que os alunos possam avaliar as disciplinas cursadas no semestre, com a presença de docentes e representantes da Comissão de Graduação, trazendo as dificuldades encontradas e sugestões para possíveis mudanças que são registradas em um relatório. Os registros realizados foram analisados à luz de concepção pedagógica crítica. É ainda predominante o ensino tradicional que privilegia a estrutura curricular disciplinar, com fragmentação do saber e dicotomia teórico-prática. Esse direcionamento dificulta a formação de um profissional crítico e transformador, que tenha inserção ativa à realidade social, não sendo apenas depositário de informações, mas que consiga mobilizá-las em situações concretas e complexas da prática. Um dos grandes prejuízos a ser ressaltado é a polarização de alguns conceitos e práticas que estagnam a construção do saber, negando o movimento dialético das práticas em saúde e educação. Daí as dicotomias presentes: professor que ensina/aluno que aprende, teoria/prática, rigidez/flexibilidade, dependência/autonomia. Nesse contexto, é necessário investir na criação de espaço para a discussão coletiva de algumas questões fundamentais: qual é o projeto político-pedagógico desta Instituição? É esse o projeto desejado? O que tem sido construído no fazer cotidiano? Quanto estamos próximos ou afastados da concepção de projeto político-pedagógico almejado? Precisam ser feitas transformações na ação cotidiana? Neste momento, a EERP-USP vem direcionando-se na perspectiva dessa reflexão coletiva, compreendendo-a como um processo árduo que implica amadurecimento político, institucional e pessoal que acolha o diálogo e o enfrentamento de nossas diversidades, voltado para a construção compartilhada de um projeto político-pedagógico transformador.

1 Professor Doutor do Departamento de Enfermagem Geral e Especializada da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo. [email protected] 2 Professor Doutor do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo. [email protected] 3 Professor Doutor do Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo. [email protected] 4 Professor Associado do Departamento de Enfermagem Geral e Especializada da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo. [email protected]

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

REFLEXÕES SOBRE O EXAME FÍSICO NA DISCIPLINA DE SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA.

CINTRA, Silvia Maira Pereira LACAZ, Cristiane Pessôa da Cunha

Devido as constantes mudanças e inovações no mercado de trabalho, ao longo de 23 anos, o Currículo Mínimo de Enfermagem (Parecer MEC No. 163/72, operacionalizado pela Resolução CFE No. 4/72), foi reformulado e em 1994 foi Regulamentada a Resolução do Currículo Mínimo pelo CFE No. 314/94; tendo o prazo de um ano para sua implantação. (POSSO, 2003). Com esta reformulação no currículo, objetivando adequá-lo à realidade do mercado, ocorre alteração na nomenclatura da disciplina onde é ensinado o exame físico. O exame físico era abordado no conteúdo programático da disciplina Fundamentos de Enfermagem, e hoje é abordado na disciplina de Semiologia e Semiotécnica. Em semiologia estudamos o exame físico e em semiotécnica, as técnicas de enfermagem. A presente pesquisa teve como objetivo, identificar nos alunos de graduação que já trabalham na área da enfermagem, o que os mesmos valorizam na realização do exame físico na disciplina de semiologia e semiotécnica. Metodologia: A pesquisa foi realizada com a participação dos 74 alunos matriculados na 2.ª série do Curso de Graduação em Enfermagem no ano de 2003. Os dados quantitativos, coletados através de um questionário, foram analisados por técnicas próprias da estatística descritiva. Resultados e Conclusão: Os dados revelaram que os acadêmicos desconhecem a importância e a necessidade da realização do exame físico para a atuação da Enfermagem, não reconhecendo esta etapa no processo de cuidar. Na conclusão, é notória a importância da reflexão e do aprofundamento das discussões junto ao aluno que já está inserido no mercado de trabalho, com vistas a repensar a assistência de enfermagem pautada nos aspectos técnicos e teóricos.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

REFLEXÕES SOBRE UMA PRÁTICA DE ENSINO APRENDIZAGEM SEGUNDO UMA ABORDAGEM

EMANCIPATÓRIA

CHAVES, Emília Soares 1 LÚCIO, Ingrid Martins Leite 2

PALMEIRA, Isaura Letícia Tavares 3 FERNANDES, Ana Fátima Carvalho 4

Objetivando-se a avaliação crítica de uma disciplina do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, este relato de experiência retrata um estudo elaborado dentro da disciplina de mestrado “Estudo Crítico dos Programas de Enfermagem” que possibilitou a discussão de novas abordagens de ensino, dentre estas, a emancipatória. Foi realizado nos meses de abril e maio de 2003, após consentimento da coordenadora, professores e alunos da disciplina. Foram observadas seis aulas teóricas (24 horas/aula) e uma prática de laboratório (4 horas/aula), da disciplina Enfermagem no Processo do Cuidar II (adulto), registradas em diário de campo. Os registros foram categorizados em três fases: descrição da realidade, análise crítica da realidade e construção coletiva. Verificou-se que a linha pedagógica adotada é a tradicional e que a relação aluno - professor é vertical, onde a preocupação maior é o repasse de informações (ensino). A metodologia do ensino e a forma de avaliação não foram discutidas; seguiram padrões de turmas anteriores. Os recursos pedagógicos foram predominantemente retroprojetor e transparências. A avaliação do conteúdo abordado foi realizado segundo uma linha positivista. A fase de criação coletiva não foi possível ser efetivada, no entanto, foram feitas algumas sugestões para recriação da realidade como planejar melhor a forma de aprendizagem, envolvendo novos métodos de abordagem do conteúdo, junto com os alunos. Diante deste contexto, pôde-se concluir que existe uma dicotomia entre o que é vivido e idealizado na pós-graduação e o que é realizado junto à graduação. Para que houvesse uma transformação desta realidade seria necessário uma complementaridade mais efetiva entre estas duas formações.

1 Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós -Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Bolsista CAPES. Membro Integrante do Projeto Cuidado em Enfermagem Cardiovascular. 2 Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós -Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Bolsista CAPES. Membro Integrante do Projeto Saúde Ocular e Saúde do Binômio Mãe e Filho 3 Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós -Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Bolsista CAPES. 4 Enfermeira. Dra. Profa. Adjunta do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Coordenadora do Projeto Assistência à Mulher Mastectomizada.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

REGULAÇÃO DO TRABALHO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE/ENFERMAGEM.

TIMOTEO, Rosalba Pessoa de Souza 1 MEDEIROS, Soraya Maria de 2

Trata-se da análise sobre as perspectivas do mundo do trabalho atual e sua vinculação com a formação em saúde/enfermagem. O foco, centra-se na discussão crítica e dialética de documentos relacionados ao trabalho e ao ensino em saúde, elaborada a partir de momentos empíricos e ensaísticos, de desconstrução e reconstrução de conceitos e propostas de enfretamento político, à luz de referenciais teóricos e princípios que consubstanciam o novo modelo de atenção à saúde e de educação. Em cada um desses momentos, são incorporados novos conhecimentos oriundos dos debates nos diferentes segmentos da sociedade, e em particular, da saúde. Partindo de referências como as Diretrizes Curriculares para o Curso de Enfermagem, a Carta de Teresina, o documento/proposta sobre Duração dos Cursos de Educação Superior e o Projeto de Lei 025/2002, observou-se a existência de pontos convergentes e divergentes entre a intenção e o gesto. Neste sentido, considera-se que há uma dissonância entre o discurso que crítica a burocratização, o conservadorismo e a rigidez e enaltece a mudança, a flexibilização, a autonomia, a qualificação/polivalência profissional e as relações democráticas, e, às medidas pautadas em critérios de tradição, manutenção de privilégios, tratamentos diferenciado, discriminatório, retrógrado e centralizador de poder. É preciso, portanto, realizar leituras cotidianas das estruturas e conjunturas que circundam o mundo do trabalho e da formação profissional, visando não só analisar criticamente a realidade, mas principalmente, encontrar saídas mais plurais/globais, a exemplo das redes de solidariedade, grupos de interesse, empoderamento e formas de intervenção política individual e coletiva para a sociedade brasileira.

1 Enfermeira, Doutora em Educação/UFRN, Professora do Departamento de Enfermagem da UFRN, Diretora de Educação da ABEN/RN, membro da Base de Pesquisa Educação e Enfermagem. 2 Enfermeira, Doutora em Enfermagem/USP-RP, Professora do Departamento de Enfermagem da UFRN, membro da Base de Pesquisa Educação e Enfermagem.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

RELATO DE EXPERIÊNCIA: A (RE) ESTRUTURAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO CURSO DE

GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM NA UNESP-1BOTUCATU

BOCCHI, Silvia Cristina Mangini2 SPIRI, Wilza Carla 3

Os estudos e discussões acerca do Projeto político-pedagógico do curso de graduação em enfermagem sempre estiveram presentes entre os atores, contudo, o dinamismo processual da reestruturação iniciou-se em 2000, acelerando-se em 2001 com as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Enfermagem. Para concretizar a proposta de reestruturação realizou-se um processo coletivo de construção cujas etapas desencadearam-se por ações que eram trabalhadas em grupos assessores do Conselho de Curso de Graduação em Enfermagem e que posteriormente eram submetidas às discussões, reformulações e consensos nos Workshops, estratégia utilizada para garantir a construção coletiva e envolvimento dos atores do processo: docentes, alunos, enfermeiros procedentes dos cenários de ensino e representantes institucionais. A trajetória de reconstrução possibilitou, no I e II Workhops, estabelecer os princípios gerais que visaram a mudança curricular gradual, flexível e contínua; a integração precoce do aluno nos cenários práticos; o investimento na integração contínua com o ciclo básico; a inserção do estágio curricular supervisionado; o investimento na integração docente-assistencial e ampliação de escolhas para as disciplinas optativas. No II Worshop foi definido o perfil do profissional enfermeiro e o histórico do curso. Como produto do III Workshop obteve-se aprovação dos consensos referentes aos referenciais teóricos, estrutura curricular e instrumentos de avaliação. A partir dos consensos do III Workshop o Conselho de Curso, articulado com o Departamento de Enfermagem, compôs quatro comissões assessoras: estrutura curricular do novo projeto político-pedagógico, comissão de estruturação do estágio curricular supervisionado e do trabalho de conclusão de curso, comissão para a continuidade na elaboração de instrumentos destinados a avaliação do curso e comissão para elaboração de minuta para a criação do Núcleo de Apoio Pedagógico do Curso de Graduação em Enfermagem (NAPENF). Estas comissões trabalharam e sistematizaram as propostas que foram discutidas no IV Workshop, cujo objetivo foi aprovar a reestruturação do Novo Projeto político-pedagógico do curso de graduação em enfermagem para encaminhamento oficial nos trâmites da Universidade. A experiência de concretizar esta etapa de forma coletiva, participativa e democrática constituiu-se em um desafio, porém, possibilitou aos atores o envolvimento no processo de forma crítica, consciente e reflexiva, garantindo a perspectiva de continuidade deste processo e o (re) pensar da formação do enfermeiro para os aspectos constitutivos da enfermagem.

1 Trabalho extraído do Projeto Político-Pedagógico do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu – Universidade Estadual Paulista – (FMB-UNESP) 2 Profa. Assistente Dra. do Departamento de Enfermagem da FMB-UNESP, Coordenadora do Curso de Graduação em Enfermagem – e-mail: [email protected] 3 Profa Assistente Dra. do Departamento de Enfermagem da FMB-UNESP, Sub- Coordenadora do Curso de Graduação em Enfermagem – e-mail: [email protected]

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

RELATO DE EXPERIÊNCIA: O SIGNIFICADO DA ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM

OBSTÉTRICA NA PERSPECTIVA DAS ALUNAS CONCLUINTES DO CURSO

VIEIRA, Maria Aparecida1 SENA, Roseni Rosângela 2

O presente estudo objetiva descrever a experiência dos alunos no decorrer do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica oferecido pelo Departamento de Assistência de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais. Os sujeitos do estudo são os 21 alunos matriculados no curso. O instrumento de coleta de dados foi um questionário contendo questões abertas e o tratamento dos dados foi feito a partir da aplicação da técnica de análise do discurso. Os significados que emergiram foram crescimento profissional e pessoal, ascensão funcional, aprendizado, maior conhecimento, crescimento técnico-científico, segurança; e também inquietações quanto a atuação profissional após a titulação, considerando a polêmica em torno da Lei do Exercício Profissional da Enfermagem. Conclui-se que esta especialização está sendo importante na vida dos estudantes, onde o aprendizado pode contribuir, tanto para o crescimento pessoal e profissional, como também para a transformação da realidade social. PALAVRAS-CHAVE: Experiência, Enfermeiro-Obstetra, Curso de Especialização.

1 Enfermeira; Mestre em Enfermagem; Professora do

Curso de Graduação em Enfermagem da Unimontes.

Endereço para correspondência: Rua Jasmim, 127 – Bairro Sagrada Família 39401-028 – Montes Claros/MG

2 Enfermeira; Doutora em Enfermagem ; Professora

Adjunta da Escola de Enfermagem da UFMG.

Endereço para correspondência: Rua Curitiba, 2.232 – Apto. 301 – Lourdes 30170-122 – Belo Horizonte/MG

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

REPENSANDO A REALIDADE PEDAGÓGICA NA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS

GERAIS.1

CHIANCA, Tânia Couto Machado 2

VILLA, Eliana Aparecida 3 MONTEIRO, Bernadete Esperança 4

PASSOS, Hozana Reis 4

O novo momento vivenciado pelos cursos de graduação em enfermagem tem implicado num repensar a realidade didático-pedagógica da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (EEUFMG). Nessa perspectiva, realizamos um estudo descritivo e exploratório, com o objetivo de conhecer as abordagens didático-pedagógicas ora utilizadas nas disciplinas, como e onde têm sido desenvolvidas as atividades teórico- práticas. A investigação foi realizada a partir da aplicação de questionário junto aos coordenadores das disciplinas do curso da graduação em enfermagem. Como resultados, pode-se verificar que há um desconhecimento por parte de alguns docentes sobre as diferentes concepções pedagógicas por eles utilizadas, o que evidenciou contradições entre as concepções metodológicas descritas e a prática didática desenvolvida. Constatou-se, também, diversificação dos cenários de práticas e que algumas experiências implementadas mostram que se está caminhando para a construção de metodologias inovadoras. Palavras chaves: enfermagem; ensino; currículo.

1 Este trabalho foi desenvolvido com a colaboração dos membros da Comissão de Mudança Curricular da EEUFMG, as Professoras Doutoras Marília Alves, Claudia M. de M. Penna e Paula Cambraia. 2 Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Docente do Dpto. ENB da EEUFMG, Vice-Diretora da EEUFMG, membro da Comissão. 3 Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Docente do Dpto. ENA da EEUFMG, Coordenadora do Colegiado do Curso de Graduação da EEUFMG, membro da Comissão. 4 Discente do Curso de Graduação em Enfermagem da EEUFMG, membro da Comissão. 4 Discente do Curso de Graduação em Enfermagem da EEUFMG, membro da Comissão.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

REVISANDO O PROJETO PEDAGÓGICO PROFAE

FEITOSA, Elisa da Silva 1

SOUSA, Maria do Socorro Batista de 2 TORRES, Vera Lucia Scaramuzzini 3

As preocupações com a qualificação de recursos humano de nível médio da enfermagem não são recentes. Prazos foram estabelecidos para que os atendentes pudessem ajustar-se à lei do exercício profissional. Contudo na região norte, no Estado da Pará encontramos, principalmente na área rural pessoal de enfermagem sem a devida qualificação, tanto pela dificuldade de acesso a instituição de formação, quanto aos déficits de profissionais da área da saúde. As novas mudanças no modelo de saúde trouxeram novas preocupações quanto à adequação da formação aos propósitos do SUS (descentralização, universalidade e equidade). A instituição PROFAE (Projeto de Profissionalização de Trabalhadores da Área de Enfermagem) visou profissionalizar os trabalhadores que já trabalhavam na área da saúde atendendo as perspectivas do SUS. Contudo, no Estado do Pará a ênfase na qualificação dos auxiliares de enfermagem concentrava-se na prática hospitalar e no cuidado assistencial individualizado, enquanto a principal demanda nos municípios é por profissionais com perfil de atuação principalmente voltada para a saúde coletiva através da Atenção Básica em unidades de saúde ou no Programa Família Saudável, o que nos motivou a discutir a proposta de qualificação do PROFAE e a adequação dos projetos pedagógicos para satisfazer as exigências do SUS. Assim como, visualizar a inserção no mercado de trabalho na área de saúde no nível local dos alunos egressos.

1 Professor adjunto IV da UFPA, livre docente em enfermagem psiquiátrica e saúde mental, doutor em filosofia da enfermagem. Rua Nova I, Nº 233 Bairro: Jurunas – Belém. CEP: 66.033-570. E-mail: [email protected]. 2 Livre docente em enfermagem, doutora em enfermagem. 3 Professora adjunto I da UEPA, doutora em ciências: desenvolvimento sócio ambiental.

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1,2 e 3 - Docentes do Curso de Graduação em Enfermagem da FAMERP 4 - Coordenadora da Divisão de Apoio Pedagógico da FAMERP

TRABALHOS CIENTÍFICOS

ROMPENDO FRONTEIRAS E ENFRENTANDO DESAFIOS NO ENSINO POR COMPETÊNCIA EM ENFERMAGEM

POLETTI, Nádia Antonia A. 1

ARAÚJO, Renilda Rosa Dias F. 2

PASCHOAL, Vânia Del´arco 3

SOMERA, Elizabeth Abelama Sena 4

A educação moderna contempla duas dimensões: da socialização e formação de consciência e da econômica fundamental ao projeto de progresso. Pautadas nesta afirmação o desafio que se enfrenta no campo da educação, reporta a seguinte situação: mobilizar os saberes para a formação por competência. A competência é aqui entendida como uma capacidade de mobilizar com discernimento, dentro do prazo, muitos recursos, entre os quais saberes teóricos, profissionais e experiências em situações de trabalho. Objetivo O objetivo deste trabalho é apresentar o caminho percorrido para a construção das competências do enfermeiro graduado na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - SP (FAMERP) considerando a legislação profissional e trabalhista no Brasil à luz do referencial teórico de Philippe Perrenoud. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência. A trajetória metodológica iniciou-se com a formação de um grupo de docentes que a princípio traçou o perfil e as competências dos egressos e a visão, missão e estrutura da escola. As discussões para elaborar as competências foram fundamentadas nas Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), na Lei do Exercício Profissional e nas Diretrizes Nacionais dos Cursos de Graduação em Enfermagem. Resultados Ao final construíram-se dez competências que sustentam a preparação técnico-científica, política e ética do graduando de enfermagem para sua inserção no mercado de trabalho. Considerando todo este processo construtivo, ocorreu a implantação da proposta polít ico-pedagógica do Curso de Enfermagem da FAMERP no ano letivo de 2003. Considerações finais Atualmente existe um Núcleo de Apoio ao Ensino de Enfermagem (NAENF) responsável pelo acompanhamento e avaliação do desenvolvimento do novo currículo. O desafio que hora se apresenta é o de buscar novas estratégias de ensino do ponto de vista formativo na construção de saberes efetivos para a formação por competência, considerando a realidade do mundo profissional, político e social.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA POSSÍVEL COERÊNCIA ENTRE INTENÇÕES E GESTOS NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DA

GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM EM BELÉM/PARÁ1

NEVES, Jane 1

NASCIMENTO, Carine 2 MESQUITA, Mara 3

ANDRADE, Lenir de 4

O estágio de convivência no Saúde da Família, o exercício para a práxis Profissional se deu em uma construção coletiva pactuada com a docente que acompanha o estágio supervisionado na área da saúde coletiva com acadêmicas (os) enfermagem do 5º e do 4º ano da Universidade do Estado do Pará-Uepa e os trabalhadores das equipes da Família Saudável5 do Distrito Administrativo do Mosqueiro. A proposta construída pelo coletivo dos atores apresentou como propósito promover um cenário de ensino-aprendizagem para o exercício das habilidades/ competências em vista da práxis profissional com responsabilização pelos problemas de saúde da população de um determinado Território. A Nova pesquisa-ação de René Barbier, o estilo pesquisa-ação integral foi o método adotado. O cenário da Aprendizagem foi constituído pelo Território-Sucurijuquara, onde atua uma das equipes do Família Saudável do Distrito Administrativo do Mosqueiro em Belém, cidade paraense, localizada na Amazônia; também constitui o cenário da aprendizagem a metodologia pedagógica problematizadora (concepção Libertadora) de Paulo Freire. Os atores protagonistas foram quatro Agentes Comunitários de Saúde, uma enfermeira e uma médica, ambas especialistas em Atenção Básica à Saúde pela Uepa e a docente incentivadora da idéia. As técnicas utilizadas foram a observação participante e o diário itinerante. Foi sentido e observado pelas profissionais que o prazer da convivencia e o exercício do diálogo foram fundamentais para superação das dificuldades que se fizeram presentes. Relevante foram os depoimentos das (os) academicas (os) de enfermagem, dos ACSs e de pessoas/famílias do Território-área que foram acolhidas pelo grupo. Os atores da construção não finalizaram a convivência mas foi recomendado que o cenário da aprendizagem dos trabalhadores da saúde seja uma construção ensino-serviço com pactuações e ou negociações entre todos os atores para o fortalecimento de uma nova cultura, a responsabilização para a viabilização do SUS6 de comando público.

1 Ms. em Enfermagem. Docente-Assistente IV do Departamento de Enfermagem Comunitária da UEPA. 2 Especialista em Atenção Básica à Saúde.Enfermeira da Equipe do Família Saudável. Belém -Pará. 3 Acadêmica de Enfermagem do 5 º ano da UEPA. 4 Acadêmica de Enfermagem do 4 º ano da UEPA. 5 Nome dado ao Saúde da Família em Belém-Pará. 6 Sistema Único de Saúde.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

SAÚDE E SOCIEDADE: ALCANCES E DESAFIOS NA IMPLANTAÇÃO DE UM EIXO INTEGRADOR PARA OS CURSOS

DA ÁREA DA SAÚDE NA UNIGRANRIO

Hulda Cordeiro Herdy Ramin 1

Ana Clementina Vieira de Almeida 2

INSTITUIÇÃO: UNIGRANRIO - UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROF. JOSÉ DE

SOUZA HERDY-DUQUE DE CAXIAS, RIO DE JANEIRO, BRASIL6

A Universidade do Grande Rio, atenta ao processo contínuo de mudanças que ocorre nas sociedades contemporâneas, e pensando em atender as proposições contidas nas Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação da área da Saúde (2001) iniciou em 2002 encontros envolvendo os diretores e coordenadores dos 08 cursos da área da saúde em oficinas pedagógicas. Teve como objetivos dentre outros, discutir as propostas de mudanças curriculares dos diversos cursos; identificar projetos que poderiam ser integráveis; estabelecer um eixo integrador para os cursos da área da Saúde. Com apoio de psicólogos e pedagogos utilizou oficinas, leituras sobre saúde e educação e trabalhos em grupo para favorecer a integração. O processo em construção vem sendo permeado por conflitos que acontecem decorrentes da maior ou menor aceitação dos envolvidos nas mudanças sugeridas pelo grupo. Como produto das oficinas destacamos que foi possível dar visibilidade a pontos de interseção entre os cursos, o que deu origem a um eixo integrador - Saúde e Sociedade. O eixo proposto iniciou-se em 2003 com alunos do primeiro período, e através de uma metodologia crítica problematizadora foi possível construir com os discentes em equipes multiprofissionais os atributos necessários para um profissional da saúde, o conceito de saúde, doença, promoção, prevenção, cura, cuidado, multi e interprofissionalidade. Como desafios constatou-se a necessidade de capacitação dos docentes nos aspectos pedagógico e conceitual; dificuldades em envolver os professores dos diversos cursos nas mudanças pretendidas; adequar as mudanças curriculares a mudança Institucional; a continuidade do eixo integrador nos períodos subsequentes. Destacamos que apesar dos desafios o saldo dessa primeira experiência nos cursos de odontologia, enfermagem, medicina, medicina veterinária, fisioterapia, educação física, ciências biológias, farmácia foi bastante positivo para docentes e discentes, no que diz respeito a motivação, integração, interesse e compromisso, além de criar o embrião de uma nova identidade profissional para os alunos que estão ingressando na área da saúde. O processo de integração foi altamente favorecedor de um aperfeiçoamento contínuo no que se refere a constituição de conhecimentos, habilidades e atitude entre os envolvidos.

1 Enfermeira, Odontóloga, Mestre em Educação, Diretora da Escola de Enfermagem da UNIGRANRIO. 2 Enfermeira, Professor adjunto II de Saúde Coletiva III, da Escola de Enfermagem da UNIGRANRIO, Doutora em Enfermagem pela EEAN/UFRJ, Coordenadora do Curso de Enfermagem 6 Telefax: 21 2672 7760 [email protected]

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

SER E SABER DOCENTE: COMPETÊNCIA PARA ENSINAR

SILVA, Maria Stela Anunciação da1

O saber docente é uma questão que vem sendo muito discutida ultimamente, nos meios acadêmicos de várias profissões. Na enfermagem essa discussão teve início na década de 70, quando foi criado o curso de mestrado na profissão, a partir de então, foram criados outros cursos, inclusive de doutorado e mais recentemente de pós-doutorado, visando melhorar a qualificação do docente e conseqüentemente a qualidade na formação profissional do enfermeiro. Contudo, “os docentes em enfermagem”, apesar das discussões em torno do ensino, não discutem a forma de abordagem dos conteúdos de ensino e não compartilham muito suas experiências docentes, que geralmente são conservadoras e não valorizam o processo ensino / aprendizagem como importante na formação do enfermeiro e desempenho docente. Nesse sentido, giram as discussões neste estudo, onde os pressupostos básicos indicam que o saber docente necessariamente não garante uma melhor formação profissional ao enfermeiro. Por isso, nos propomos a analisar as percepções de docentes e discentes de enfermagem sobre a qualificação docente e a qualidade do ensino, bem como, discutir o saber e a ideologia docente no mundo contemporâneo. Este estudo teve como caminho, a abordagem qualitativa, cujos sujeitos foram enfermeiros docentes e discentes do Curso de graduação em Enfermagem, os quais por meio de entrevistas semi-estruturadas forneceram informações importantes, que subsidiaram os resultados que apontaram num contraste muito grande entre ter titulação, ser professor e saber ensinar.

1 Enfermeira e Psicóloga; Doutora em Ciências Sociais/ Antropologia; Mestre em Enfermagem / Cirurgia; Professora aposentada da EEAAC / UFF, e atualmente coordenadora do Curso de Graduação em enfermagem da Universidade Iguaçu e Professora Assistente do Departamento de Enfermagem da Universidade Gama Filho.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

SIG: ENCURTANDO DISTÂNCIAS NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM ENFERMAGEM

COSTA, Paula Suely Ramos da 1

SANTOS, Anderson Lineu Siqueira dos 2

A globalização e o avanço tecnológico romperam fronteiras e encurtaram distâncias. Em algum momento da evolução do conhecimento científico, pensadores aspiraram a possibilidade de criar um método de automatização de informações. Criaram a informática (informação automática). Hoje é possível disponibilizar simultaneamente para qualquer parte do globo bilhões de informações permitindo a funcionabilidade de diversos sistemas operacionais. A concepção moderna do Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem – PROFAE levou seus articuladores a implantar o Sistema de Informações Gerenciais – SIG, que por meio da rede mundial de computadores (Internet) realiza as ações gerenciais do projeto, de forma que todas as regiões do Brasil estão interligadas e fornecendo informações, de forma on line, à matriz do sistema, em Brasília. Nosso objetivo é expor a relevância e a facilidade da acessibilidade deste sistema informatizado que tornou exeqüível o gerenciamento do PROFAE em todo o país. Este relato de experiência pode ser concretizado pela nossa vivência de aproximadamente dois anos (ago./2001 a jul./2003) como operadores deste sistema em nível de Agência Regional - AR no Estado do Pará. As informações foram colidas através de observações e manipulação do SIG. Com isso, percebemos a notável façanha que é gerenciar simultaneamente AR’s, Operadoras e Executoras do projeto, bem como, seus alunos, que são milhares. Esta tecnologia possibilitou o cadastro, alocação e movimentação de alunos, de maneira segura, rápida e eficiente. Com apenas alguns “cliques no mouse” a gerência do sistema pode acompanhar a supervisão de centenas de turmas, desde as mais frias até as mais calorosas, situadas na linha do equador; aquelas do planalto central até as que estão embrenhadas na floresta Amazônica. A informatização do processo também permite o gerenciamento financeiro: gerar e atestar faturas, além de fornecer relatórios que possibilitam uma visão facilitada do andamento financeiro, através de uma interface gráfica instantânea e detalhada, atividade que demandaria muito tempo se fosse realizada com qualquer outra tecnologia anterior a informática. Pelas grandes distâncias do território brasileiro o PROFAE se tornaria inviável do ponto de vista gerencial, sem a ponte chamada informática que veio diminuir tempo e espaço entre os elementos funcionais deste grande sistema.

1 Acadêmica de Processamentos de Dados – Universidade da Amazônia. 2 Acadêmico de Enfermagem – Universidade do Estado do Pará. End. Av. Nazaré 1058. Ap. 401. Bairro: Nazaré. CEP: 66035-170 – Belém – Pará. E-mail: [email protected]. Fone: (091) 2491270.

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1 Mestranda em Enfermagem, Enfermeira de Ensino da EEFAP 2 Mestre em Enfermagem, Pedagoga, Diretora da EEFAP 3 Mestranda em Oncologia, Enfermeira de Ensino da EEFAP 4 Doutora em Educação, Mestre em Enfermagem, Docente do Departamento da EEUSP

TRABALHOS CIENTÍFICOS

TÉCNICO DE ENFERMAGEM ESPECIALISTA EM ONCOLOGIA:

O PERFIL DO INGRESSANTE

OKANE, Eliana Suemi Handa 1

KOBAYASHI, Rika M. 2

CRESPO, Adriana de S. 3

TAKAHASHI, Regina Toshie 4

Em 2002, uma Escola de Enfermagem vinculada a um centro de pesquisa e tratamento oncológico na cidade de São Paulo, teve aprovado o Curso de Especialização pós técnico de nível médio em Enfermagem Oncológica. Para as autoras, o perfil dos ingressantes é uma fonte de informações que subsidia o planejamento de ações didático-pedagógicas visto que fatores relacionados a condições sócio-econômicos político e cultural dos alunos, as crenças, valores, sentimentos e experiências anteriores relacionados à formação influenciam no processo ensino aprendizado. Assim, este estudo exploratório, descritivo objetivou identificar o perfil dos alunos ingressantes ao I Curso de Especialização pós técnico de nível médio em Enfermagem Oncológica. Obedecidos aos preceitos ético de pesquisa e utilizando-se de questionário foi realizado a coleta de uma população de 20 alunos. Os resultados obtidos foram que os alunos predominantemente do gênero feminino (80%), com idade entre 25 à 30 anos (40%), solteiros (60%), renda mensal entre 3 à 6 salários mínimos (30%), não são arrimo de família (50%), possuem até 2 filhos (60%) e são moradores na cidade de São Paulo (95%). Com relação à escolaridade, enquanto no nível médio a maioria dos alunos(65%) passavam por cursos públicos, na educação profissional, tanto da qualificação (85%) quanto da habilitação (95%) profissional, prevaleceu a escola particular. Quanto à área de atuação houve maior afinidade com as unidades críticas e de clinica médico cirúrgica e menor afinidade com as de pediatria e central de material e esterilização. Os pontos negativos mais apontados na prática em oncologia foram a atuação frente às incertezas e a necessidade do auto conhecimento, e os positivos o crescimento profissional e a assistência ao paciente e família contribuindo para a qualidade de vida. As expectativas dos alunos com relação ao curso envolveu desenvolver competências para aprender a conhecer(3), adquirindo e aprimorando conhecimentos em oncologia e correlacionando-os com a prática; a saber fazer (4) capacitando-se como profissional atuante na área, realizando orientações e melhorando a qualidade da assistência e o saber ser (4) competente, e poder trabalhar com pacientes oncológicos. A análise do perfil permitiu aos autores um "panorama" das características dos alunos e assim planejar a execução da atividade docente (2).

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1 – Doutora em Enfermagem, Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem da UFPR Coordenadora do Curso de graduação em Enfermagem da UFPR, Coordenadora do Grupo de Estudos Multiprofissionais em Saúde do Adulto (GEMSA), relatora. 2 – Doutora em Enfermagem, Chefe do Departamento de Enfermagem da UFPR, membro do GEMSA . 3 – Acadêmicas do Curso de Graduação em Enfermagem da UFPR, bolsistas de Extensão do GEMSA.

TRABALHOS CIENTÍFICOS

TRABALHOS DE CONCLUSÃO DO CURSO DE ENFERMAGEM: A DIVERSIDADE DE ESCOLHA

MANTOVANI, Maria de Fátima 1

LABRONICI, Liliana Maria 2

LEÃO, Thais Adriane 3

RibeiRo, Ana Carolina Souza 3

Trata-se da análise retrospectiva dos trabalhos de conclusão elaborados nos últimos 11 anos pelos alunos do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná, que se encontram no acervo da Biblioteca do Setor de Ciências da Saúde. O objetivo do estudo foi a identificação das áreas e do tipo de pesquisa realizadas pelos acadêmicos. Foram resgatados 240 trabalhos dos quais 14,6 % na área de saúde da mulher, 7,6% na área da saúde da criança, 9,7% na saúde do adulto e do idoso, 3,4% em fundamentos de enfermagem, 5,5 % na administração de enfermagem e saúde e 59,2% na assistência de enfermagem em saúde coletiva . Os tipos de estudo foram 81,8 % qualitativos e 18,2% quantitativos. A partir do ano de 1993 os relatórios de estágio foram transformados em trabalhos de pesquisa, coincidindo com o esforço dos docentes do curso para qualificação em nível de mestrado e doutorado. Palavras- chave- Enfermagem, trabalho de conclusão.

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1 Docente e Assessor Técnico Pedagógico da FAMERP 2,3 Docente do Curso de Graduação de Enfermagem da FAMERP 4 Discente do Curso de Graduação de Enfermagem da FAMERP

TRABALHOS CIENTÍFICOS

“TRAJETÓRIA DO PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DA NOVA PROPOSTA PEDAGÓGICA DO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DA FAMERP”

SALIMON, Lafayete Ibraim 1

CESARINO, Claudia Bernardi 2

FURLAN, Maria de Fátima F. M. 3

CARDOSO, Ana Carolina Boldrim 4

Com a LDB e as diretrizes curriculares nacionais para a graduação em enfermagem, o Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP está implementando neste ano uma proposta curricular inovadora de um currículo por competências, com objetivo de formar enfermeiros nas dimensões do saber, do saber fazer, saber ser e saber conviver.Este estudo tem o objetivo de relatar a experiência da trajetória da concepção, implementação e implantação da nova proposta pedagógica do Curso. A estrutura curricular é um construto que apresenta 3 ciclos (fundamental, composicional, profissional), sendo que cada ciclo é composto dos eixos de fundamentação, formação e qualificação. O currículo tem carga horária de 4200 horas, distribuídas em oito semestres e organizado em módulos. A implantação iniciou-se no final de 1998 com o desenvolvimento dos seminários internos de graduação; em 1999 tivemos grupos de estudo; em 2000 ocorreu a sensibilização dos docentes e discentes para a mudança do currículo e, nos anos 2001 e 2002, houve a construção coletiva (docentes, discentes, enfermeiros assistenciais e representantes da ABEn e COREN) da proposta pedagógica que após aprovação dos órgãos deliberativos da FAMERP foi encaminhada ao Conselho Estadual de Educação. Em 2003 recebeu parecer favorável do Conselho Estadual de Educação de São Paulo e autorizando a implantação. Atualmente está em andamento o Ciclo Fundamental e a capacitação pedagógica dos docentes. Foi constituído o Núcleo de Apoio ao Ensino de Enfermagem para assegurar avaliação, o acompanhamento e o replanejamento dessa mudança. A nova proposta pedagógica inspirada nos novos ideais de formação para as áreas da saúde e refletindo as Diretrizes Curriculares visa formar o enfermeiro para atuar no processo saúde-doença em todos os ciclos do homem num relacionamento interpessoal e intergrupal consciente e conscientizador na construção da cidadania.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

UMA ESTRATÉGIA DE ENSINO - APRENDIZAGEM NO CURSO DE GRADUAÇÃO DA ESCOLA DE ENFERMAGEM ANNA NERY/UFRJ: A HISTÓRIA DO SENIORATO - 1982-1989.1

SANTOS, Neiva Maria Picinini 2

O estudo trata da modalidade seniorato, como uma das estratégias de ensino-aprendizagem adotada no último ano do Curso de Graduação da Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ, no período de 1982 a 1989, ou seja, no planejamento e implementação do Programa Curricular Interdepartamental XIII, até a realização da V Oficina de Avaliação da 5ª Etapa Curricular. Os objetivos foram: descrever as características do seniorato, como parte da estrutura curricular do Curso de Graduação da EEAN; analisar a implementação do seniorato no ensino de graduação, com base nas influências políticas, ideológicas e sociais, e discutir as implicações do seniorato para a formação e o exercício profissional. O referencial teórico está vinculado aos conceitos de ideologia de John Thompson e de controle social do currículo de Barry Franklin. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com abordagem histórica. Dentre as fontes primárias, destacam-se os documentos relativos: às Oficinas de Trabalho sobre a implantação e avaliação da 5ª Etapa Curricular, e os depoimentos das professoras que participaram das oficinas e da implementação do seniorato. As fontes secundárias utilizadas relacionam-se à Enfermagem, Educação, Saúde e História do Brasil. Os aspectos analisados estão vinculados à implantação, implementação e avaliação da 5ª Etapa Curricular; aos motivos para retomada do seniorato; às resistências relativas a implementação do seniorato; e às implicações para a formação e o exercício profissional. Conclui-se que o seniorato contribui para o exercício profissional, através de experiências compatíveis com a prática da enfermeira, ao mesmo tempo em que esta modalidade se constitui numa forma de controle social na formação, estando vinculada aos aspectos ideológicos.

1 Tese de Doutorado defendida pela Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ - 2000 2 Doutora em Enfermagem. Profª Adjunta do Departamento de Metodologia da Enfermagem e membro do Núcleo de Pesquisa em Educação, Gerência e Exercício Profissional da Enfermagem (NUPEGEPEn) da EEAN/UFRJ.

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1 Joséte Luzia Leite – Professora Titular da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, Membro do

NUPEGEPEn/ Departamento de Metodologia de Enfermagem/EEAN/UFRJ, Rua Dr.

Satamini,200,Bloco 03/aptº 206, Tijuca – CEP-20260-203-RJ. Telefone: (21) 2234-01-03- E-mail:

[email protected]

2 Kátia de Moraes Jorge – Mestranda da Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ do NUPEGEPEn,

Rua Barão de Mesquita, 1002 – Aptº 601 – Grajaú- CEP-20540-004-RJ. Telefone: (21) 2278-23-36/

(21) 9957-0322 –

E-mail: [email protected]

TRABALHOS CIENTÍFICOS

UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO COM AS COMPETÊNCIAS DO SENAC-Rio.

1

LEITE, Joséte Luzia

2 JORGE, Kátia De Moraes

Relato de experiência de atividade desenvolvida na sala de aula, para elaboração do Projeto de Monografia, pelos alunos do Curso de Graduação em Enfermagem. Os objetivos foram: estimular a capacidade crítica dos alunos; incluir o aluno na elaboração de projetos; despertar o exercício da cidadania. O estudo desenvolvido teve um caráter qualitativo voltado para o estudo de caso, baseou-se em duas etapas distintas no primeiro semestre de 2002. Na primeira etapa foi realizado um encontro dos alunos do Curso de Enfermagem, sob a coordenação da professora que atuava no sistema das competências. O primeiro momento teve a intenção de proceder a montagem do projeto reunindo as experiências da turma em questão; os alunos tiveram a liberdade de optar pela metodologia a ser colocada em prática. Em segundo momento foram realizadas exposições orais dos alunos em um período de seis quartas-feiras entre março e junho. Os temas que emergiram foram a inclusão social, o saber ser, a construção da identidade da enfermagem, a melhoria da qualidade de vida através do exercício profissional, a aparência e a essência. Ao final do semestre letivo, foi feita uma dinâmica em grupo no qual os alunos se manifestaram acerca do projeto desenvolvido. Os resultados demonstraram que o aluno do Curso de Enfermagem se sente motivado quando é desafiado a construir um “novo conhecimento”, podendo assim manifestar seu potencial de criatividade, agindo como gestor do próprio conhecimento, elevando os padrões do saber em enfermagem, através de uma reflexão crítica, política, social, interagindo com outros alunos, desenvolvendo um aprendizado dinâmico e participativo nas esferas sociais.

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TRABALHOS CIENTÍFICOS

VIDA ASSOCIATIVA: BUSCANDO O ELO ENTRE A INTENÇÃO DA SEMENTE NO PERFIL PROFISSIONAL DIVULGADO NOS

PLANOS DE CURSO DE GRADUAÇÃO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NO ESTADO DE SÃO

PAULO

ARONE, Evanisa Maria 1 CHACCUR, Maria Inêz Burini 2

Rememorando a história da Associação Brasileira de Enfermagem, sua origem estreitamente ligada à Escola de Enfermagem Anna Nery, criada em 1922, suas ex-alunas e professoras, que participaram diretamente da fundação da Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas, em 12 de agosto de 1926, sua longa trajetória desde então, suas lideranças e associados e contribuição na evolução técnico-científico-cultural da Enfermagem Brasileira, as autoras, enquanto sujeitos dessa história e preocupadas com os destinos da ABEn e com o engajamento dos profissionais de enfermagem, realizaram uma pesquisa para identificar evidências de intenção no preparo de profissionais comprometidos com a vida associativa. Objetivo: identificar nos perfis profissionais de conclusão dos planos de cursos de graduação e educação profissional de enfermagem evidências que possam ser consideradas como intenções de preparo do futuro profissional para a vida associativa.

- Inferir sobre os motivos e “desmotivos” do distanciamento dos profissionais de enfermagem para as questões relacionais necessárias à vida associativa.

Metodologia: Leitura e análise documental dos perfis de conclusão dos planos de cursos de graduação e educação profissional de enfermagem, do Estado de São Paulo, disponíveis no site do MEC, na Relação dos Cursos de Graduação Autorizados e no Cadastro Nacional de Cursos de Educação Profissional de Nível Técnico.

Resultados: Diante da diversidade dos modelos encontrados e utilizados pelas escolas, para apresentar seus planos de cursos – fato mais relevante nos cursos de graduação – bem como, a forma adotada para a descrição dos perfis de conclusão, as autoras encontraram dificuldades para identificar as evidências de intenção referendadas no objetivo deste estudo, o que corrobora com a preocupação das mesmas, mencionada na introdução.

Conclusão: Diante dos resultados obtidos e da relevância do tema, as autoras concluem que os perfis profissionais de conclusão não mencionam de forma explícita as questões levantadas, com algumas exceções, o que justifica como recomendações: - a ampliação deste estudo para os conteúdos/competências descritos nos componentes curriculares dos referidos planos; -a necessidade de que um aspecto desta relevância deva ser explicitado nas intenções do Órgão formador.

1 Vice Presidente da ABEn Seção São Paulo. Coordenadora Técnica de Desenvolvimento Profissional do CES – SENAC-SP. 2 Diretora da B&C Oficina de Negócios. 2ª Tesoureira da ABEn Seção São Paulo. Conselheira do Núcleo de Gestão do SENAC-SP.