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RELA TÓRIO DE ESTÁGIO M 2016-17 REALIZADO NO ÂMBITO DO MESTRADO INTEGRADO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS Farmácia Barreira – Vila Real Eva Alexandra Veloso Salgado

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RELAT ÓRI OD E EST Á GI O

M 2016- 17

REALIZADO NO ÂMBITO DO MESTRADO INTEGRADO

EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

Farmácia Barreira – Vila Real

Eva Alexandra Veloso Salgado

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Relatório de Estágio em Farmácia Comunitária | Farmácia Barreira

ii

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas - MICF

Relatório de Estágio em

Farmácia Comunitária

Farmácia Barreira de maio 2017 a agosto 2017

Eva Alexandra Veloso Salgado

Orientadora: Dra. Sílvia Gomes_______________________________________

Tutor FFUP: Prof. Doutora Glória Queiróz_______________________________

setembro de 2017

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iii

Declaração de Integridade

Eu, Eva Alexandra Veloso Salgado, abaixo assinado, nº 201201109, aluno do

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da

Universidade do Porto, declaro ter atuado com absoluta integridade na elaboração

deste documento.

Nesse sentido, confirmo que NÃO incorri em plágio (ato pelo qual um indivíduo,

mesmo por omissão, assume a autoria de um determinado trabalho intelectual ou

partes dele). Mais declaro que todas as frases que retirei de trabalhos anteriores

pertencentes a outros autores foram referenciadas ou redigidas com novas

palavras, tendo neste caso colocado a citação da fonte bibliográfica.

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, ____ de ______________________ de ______

Assinatura: _____________________________________

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iv

Resumo

O presente relatório, realizado no âmbito da unidade curricular Estágio do

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, inclui as principais atividades

realizadas na Farmácia Barreira em Vila Real, onde estagiei durante o período de

1 de maio a 31 de julho de 2017.

Durante os três meses de estágio, para além de todas as tarefas inerentes

à prática profissional do farmacêutico, foram ainda realizados dois projetos no

âmbito da prevalência de problemas em farmácia comunitária. Assim, tendo-se

constatado que a falta de informação sobre a Doença Venosa Crónica (DVC)

aponta para um grave problema de saúde pública, desenvolveu-se o primeiro

projeto, que consistiu num estudo para verificar até que ponto a DVC representa

uma doença subestimada e escondida.

O segundo projeto, foi realizado no âmbito do modelo de gestão Kaizen,

adaptado para a Farmácia Barreira, promovendo uma prática de melhoria contínua

realizada diariamente por todos os colaboradores, tendo como principal meta

aumentar a rentabilidade da farmácia.

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v

INDÍCE

- Declaração de Integridade ............................................................................................. iii

- Resumo ......................................................................................................................... iv

- Lista de Abreviaturas ..................................................................................................... vii

INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 1

Parte I- Atividades Desenvolvidas Durante o Estágio ........................ 2

1. FARMÁCIA BARREIRA ................................................................................................ 2

1.1. Cronograma das Atividades Realizadas .......................................................... 2

1.2. Organização do espaço físico e funcional da farmácia .................................. 2

1.2.1. Localização, utentes e horário de funcionamento ......................................... 2

1.2.2. Recursos humanos e direção técnica .......................................................... 2

1.3. Instalações e equipamentos ............................................................................. 3

1.4. Sistema informático .......................................................................................... 4

2. GESTÃO, APROVISIONAMENTO E ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS DE SAÚDE ...... 4

2.1. Gestão de stocks ............................................................................................... 4

2.2. Realização, receção e conferência de encomendas ....................................... 5

2.3. Armazenamento ................................................................................................ 6

2.4. Gestão de devoluções ...................................................................................... 7

2.5. Controlo dos prazos de validade ..................................................................... 7

2.6. Dispensa de medicamentos e produtos de saúde .......................................... 8

2.7. Dispensa de medicamentos com receita médica ............................................ 8

2.8. Dispensa de psicotrópicos e estupefacientes .............................................. 10

2.9. Sistemas de comparticipação de medicamentos .......................................... 10

2.10. Conferência do receituário e faturação ....................................................... 11

2.11. Dispensa de outros produtos ....................................................................... 12

3. CUIDADOS FARMACÊUTICOS E ACONSELHAMENTO ............................................... 13

3.1. Caso Prático I .................................................................................................. 13

3.2. Caso Prático II ................................................................................................. 14

4. INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO CIENTÍFICA ........................................................ 14

5. CUIDADOS DE SAÚDE PRESTADOS NA FARMÁCIA .................................................. 15

6. PROGRAMA DE TROCA DE SERINGA ....................................................................... 16

7. VALORMED .............................................................................................................. 16

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vi

Parte II - Projetos Desenvolvidos Durante o Estagio ........................ 17

8. DOENÇA VENOSA CRÓNICA: A DOENÇA ESCONDIDA E SUBESTIMADA .................. 17

8.1. Introdução ........................................................................................................ 17

8.2. Fisiopatologia .................................................................................................. 17

8.3. Sinais e Sintomas ............................................................................................ 18

8.4. Classificação ................................................................................................... 19

8.5. Tratamento ....................................................................................................... 19

8.6. Método de estudo ............................................................................................ 21

8.7. Resultados ....................................................................................................... 22

8.8. Conclusão ........................................................................................................ 24

9. MODELO DE GESTÃO KAIZEN NAS FARMÁCIAS ...................................................... 25

9.1. Modelo de gestão ............................................................................................ 25

9.2. Kaizen na Farmácia Barreira .......................................................................... 27

9.3. Kaizen diário nível 1 ........................................................................................ 27

9.4. Kaizen diário nível 2 ........................................................................................ 30

9.5. Kaizen níveis 3 e 4 ........................................................................................... 30

10. CONCLUSÃO .......................................................................................................... 31

11. BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................... 32

- Anexos ..................................................................................................................... 35

Anexo 1. Espaço exterior da Farmácia Barreira Anexo 2. Espaço destinado ao VALORMED Anexo 3. Espaço interior constituído pelos balcões de atendimento Anexo 4. Espaço destinado a medição de PA, pulsação e IMC Anexo 5. Espaço de receção de encomendas, emissão de notas de devolução, faturação no final de cada

mês e consulta e gestão de stocks Anexo 6. Gabinete do utente Anexo 7. Secção de indicadores Anexo 8. Secção PDCA Anexo 9. Secção de Sugestões Anexo 10. Calendário e mapa de tarefas Anexo 11. Áreas de reservas pagas e não pagas e cartões identificativos

Índice de Tabelas

Tabela 1. Cronograma das Atividades Realizadas......................................................................... 2

Tabela 2. Classificação dos sinais da DVC .................................................................................. 19

Índice de Figuras

Figura 1. Percentagem de inqueridos com sinais/sintomas de DVC que expuseram a situação ao médico ..................................................................................................... 23

Figura 2. Percentagem de pacientes abordados por profissionais de saúde relativamente à DVC .......................................................................................................................... 23

Figura 3. Definição do termo Kaizen ............................................................................................ 25

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Lista de Abreviaturas

ANF -Associação Nacional de Farmácia

BPF - Boas Práticas Farmacêuticas

CCF - Centro de Conferência de Faturas

DT - Diretor Técnico

DVC -Doença Venosa Crónica

FEFO -First Expired, First Out

Glintt - Global Intelligent Technologies

IMC - Índice de Massa Corporal

INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P.

IVA - Imposto de Valor Acrescentado

MM - Medicamentos Manipulados

MNSRM - Medicamento Não Sujeito a Receita Médica

MPS – Medicamentos e Produtos de Saúde

MSRM - Medicamento Sujeito a Receita Médica

OMS - Organização Mundial de Saúde

PA - Pressão Arterial

PVF - Preço de Venda à Farmácia

PIC - Preço Inscrito na Cartonagem

PVP - Preço de Venda ao Público

RSP - Receita Sem Papel

SNS -Sistema Nacional de Saúde

TDT - Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica

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1

INTRODUÇÃO

A farmácia é vista como um local, onde se recorre para a procura de

tratamento de problemas de saúde, e o farmacêutico é solicitado a intervir

ativamente na transmissão de quaisquer informações sobre saúde, a prestar um

devido aconselhamento e dispensa de medicamentos que não requerem prescrição

médica.

O estágio curricular representa a fase mais importante do ciclo de

aprendizagens do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, servindo não

só para por em prática e consolidar todos os conhecimentos teóricos adquiridos ao

longo dos cinco anos de árduo estudo, mas também para estabelecer um elo de

ligação à prática profissional, uma vez que corresponde ao primeiro contacto com

a realidade do exercício farmacêutico. Promove o encontro direto com o utente,

bem como com as diferentes situações inerentes ao dia-a-dia de uma farmácia

capacitando a construção de novas e mais competências técnicas e humanas.

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2

Parte I- Atividades Desenvolvidas Durante o Estágio

1. FARMÁCIA BARREIRA

1.1. Cronograma das Atividades Realizadas

Tabela 1. Cronograma das Atividades Realizadas.

Atividades Maio Junho Julho

Receção e Armazenamento de Encomendas X X X

Medição da PA e Determinação de Parâmetros

Bioquímicos X X

Organização e Conferência de Receituário X X

Controlo de Validades X X X

Atendimento ao Público X X X

Formação Vichy X

Formação Gama Pierre Fabre X

1.2. Organização do espaço físico e funcional da farmácia

1.2.1. Localização, utentes e horário de funcionamento

A farmácia situa-se no Largo Visconde Almeida Garret, nº 143 em Vila Real.

Na sua área envolvente existem estabelecimentos comerciais e de restauração,

clínicas médicas, lares de idosos e escolas, sendo frequentada pelas mais variadas

pessoas, de diferentes faixas etárias e classes sociais. A farmácia encontra-se

aberta ao público de segunda a Sábado das 9h00 às 19h00 horas.

1.2.2. Recursos humanos e direção técnica

Segundo o Decreto-Lei n.º 307/2007, de 31 de agosto, as farmácias devem

ser constituídas simultaneamente por quadros farmacêuticos, um Diretor Técnico

(DT) e outro farmacêutico, quadros não farmacêuticos, Técnicos de Diagnóstico e

Terapêutica (TDT), ou qualquer outro indivíduo com formação técnico-profissional

certificada no âmbito das funções de coadjuvação na área farmacêutica [1].

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3

A DT e proprietária é a Dra. Sílvia Gomes. O grupo de profissionais

comtempla ainda mais dois farmacêuticos, Dra. Diana Gomes e o Dr. Ricardo

Teixeira, e três TDT, Sílvia Teixeira, Manuel Almeida e Joana Gomes.

1.3. Instalações e equipamentos

As instalações da Farmácia Barreira cumprem as normas descritas nas Boas

Práticas Farmacêuticas (BPF) para a Farmácia Comunitária [2].

No espaço exterior encontra-se uma cruz verde que permite a identificação

da farmácia (Anexo 1) e na porta de entrada estão afixadas informações

importantes, como o horário de funcionamento e as farmácias do município em

regime de serviço permanente e respetiva localização.

No espaço interior, amplo, encontra-se destacado o reservatório do

programa VALORMED (Anexo 2), onde os utentes poderão depositar os seus

medicamentos. A farmácia comporta quatro balcões (Anexo 3), sendo um deles

lateral, cada um com um computador que possui o sistema informático

Sifarma2000® instalado, um caixeiro e impressora. Imediatamente adjacente,

zonas de lineares de exposição de produtos de dermofarmácia e cosmética,

medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM), dietéticos, ortopedia, e

multivitamínicos e produtos sazonais, como os cosméticos para proteção e

cuidados solares. A farmácia conta ainda, com uma balança eletrónica que permite

medir simultaneamente a altura, o peso e consequentemente determina o Índice de

Massa Corporal (IMC),e mede também a Pressão Arterial (PA) e a pulsação (Anexo

4).

Na farmácia existe uma área de processamento de encomendas, que para

além de se destinar sobretudo a efetuar, rececionar e proceder à verificação de

encomendas, este terminal é também utilizado para a emissão de notas de

devolução, faturação no final de cada mês, consulta e gestão de stocks, entre

outras funcionalidades (Anexo 5).

Para além das áreas mencionadas, esta farmácia possui um gabinete para

a direção técnica e um gabinete do utente, que possui uma secretária, um armário

onde se encontra a bibliografia essencial ao bom funcionamento de uma farmácia.

Neste espaço, onde são recebidos os utentes para um atendimento mais

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personalizado, realizam-se as consultas de nutrição, cuidados de enfermagem, e

medições de parâmetros bioquímicos, servindo ainda, para receber os

fornecedores e os delegados de informação médica (Anexo 6).

1.4. Sistema informático

O sistema informático utilizado na Farmácia Barreira é o Sifarma2000®

desenvolvido pela Global Intelligent Technologies (Glintt®), sendo este da

responsabilidade da Associação Nacional de Farmácias (ANF). Esta ferramenta

proporciona um melhor acompanhamento ao utente uma vez que disponibiliza

informação técnico-científica (composição quantitativa e qualitativa, indicações

terapêuticas, posologia, reações adversas e contraindicações, entre outras) sobre

os medicamentos que se encontram atualmente no mercado. Por outro lado,

permite uma correta administração e gestão financeira da farmácia pois aprova e

receciona encomendas, atualiza stocks, controla prazos de validade e realiza e

regulariza devoluções.

2. GESTÃO, APROVISIONAMENTO E ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS DE SAÚDE

Hoje em dia considera-se de extrema importância, no quotidiano de uma

farmácia uma boa gestão, pois este processo está na base uma maior

rentabilidade, melhor capacidade de resposta ao utente e redução do desperdício.

Desta forma, torna-se crucial que o farmacêutico assuma também o papel de

gestor.

2.1. Gestão de stocks

O stock é definido como o conjunto de produtos de saúde, incluindo

dispositivos médicos e medicamentos, que a farmácia possui num determinado

momento, passiveis de venda e que requerem um investimento considerável. Para

uma correta e racional gestão de stocks torna-se necessário ter presentes

determinadas condicionantes de cada farmácia como o tipo de utentes, a

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rotatividade de produtos, hábitos de prescrição e publicidade nos meios de

comunicação social, entre outros fatores. Convém ter consciência da realidade dos

fornecedores, condições de descontos e bónus e condições de pagamento.

A maior parte dos produtos presentes na farmácia possuem um nível de

stock mínimo e máximo registado no sistema Sifarma2000®, uma vez que é

fundamental adaptar a quantidade de produtos às necessidades de procura de

forma a evitar excesso ou baixo nível de stock. Assim, quando um produto atinge o

nível mínimo, é emitido um alerta para que este produto possa ser pedido ao

distribuidor grossista. No entanto, podem ocorrer algumas discrepâncias entre o

stock físico e o stock informático registado no Sifarma2000®, principalmente,

devido a erros na entrada de encomendas, na marcação, na dispensa dos produtos,

nas devoluções e quebras ou furtos.

2.2. Realização, receção e conferência de encomendas

A aquisição de medicamentos e produtos de saúde pode ser feita

diretamente aos laboratórios ou através de armazenistas de distribuição grossista.

A aquisição direta a laboratórios permite obter uma maior margem de lucro para a

farmácia, contudo, na maioria das vezes é necessário proceder a encomendas

mínimas, o que se poderá tornar dispendioso para a farmácia, sendo isto avaliado

e ponderado pelo profissional responsável. A empresa OCP Portugal® é o principal

fornecedor da Farmácia Barreira. A encomenda pode ser realizada através do

sistema informático Sifarma2000® ou via telefone. O Sifarma2000® dispõe de três

funcionalidades para realizar uma encomenda: encomenda diária, encomenda

instantânea e encomenda do tipo via verde. As encomendas diárias são realizadas

de acordo com o stock. As encomendas instantâneas são destinadas aos produtos

de procura esporádica e que não se encontram disponíveis na farmácia no

momento da procura. Na farmácia Barreira estas encomendas são realizadas

diretamente por telefone. Existem alguns produtos que nem sempre estão

disponíveis, no fornecedor, para abastecimento e podem ser pedidos por

encomenda do tipo via verde. Existe um terceiro tipo de encomenda que se pode

elaborar utilizando o sistema informático Sifarma2000®, são as denominadas

encomendas manuais. As encomendas manuais são elaboradas quando a

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encomenda não está disponível informaticamente e necessita de ser inserida e

enviada para o fornecedor, para proceder ao seu fornecimento.

Após as encomendas chegarem a farmácia, segue-se o processo de receção

e conferência. Primeiro verifica-se se a encomenda que chegou corresponde à

encomenda que foi pedida. No momento da entrega da encomenda é entregue a

fatura ou guia de remessa da mesma na qual consta a seguinte informação:

identificação do fornecedor e da farmácia, número do documento, identificação dos

produtos faturados, preços de venda ao público (PVP), preço de venda a farmácia

(PVF), validade e o valor total da encomenda. A receção de encomendas é

realizada através do Sifarma2000®.As encomendas chegam em contentores

específicos, sendo os de produtos de frigorífico de uma cor diferente. Os produtos

de frigorífico são os primeiros a serem rececionados para minimizar o tempo fora

do mesmo. Procede-se, então, à leitura ótica de todos os produtos e, se necessário,

atualiza-se a data de validade, o PVF e o PVP dos mesmos e verifica-se o estado

das embalagens. Os produtos que não apresentam PVP é necessário efetuar a

marcação dos mesmos de acordo com a margem de comercialização, imposto de

valor acrescentado (IVA). A margem de lucro dos produtos sem Preço Inscrito na

Cartonagem (PIC), podem ser diferentes consoante a farmácia. Para a conclusão

da receção deve-se certificar que o valor de incidência e a quantidade de artigos

são os mesmos expressos na fatura. As faturas são devidamente arquivadas.

2.3. Armazenamento

O armazenamento é a etapa que se segue, e este deve ser pensado de

forma a otimizar o espaço, facilitando o trabalho dos farmacêuticos dentro da

farmácia. Atendendo ao anteriormente referido, os primeiros medicamentos a

serem arrumados são os produtos que necessitam de refrigeração. Os restantes

têm lugar no armário com gavetas dispensatórias, onde se colocam as formas

farmacêuticas sólidas, por ordem alfabética. Os produtos de uso externo, como as

pomadas e cremes, sistemas transdérmicos, colírios, gotas auriculares,

supositórios, óvulos vaginais, entre outros, são também armazenados em gavetas

dispensatórias e dispostos por ordem alfabética. Os injetáveis, xaropes e

medicamentos granulados estão armazenados em armário. Deve ainda, ter-se em

atenção aos prazos de validade, seguindo o critério First Expired, First Out (FEFO)

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ou seja, o primeiro produto a expirar a validade é o primeiro a sair. Os MNSRM

devem estar à vista do utente, mas não ao alcance do mesmo.

2.4. Gestão de devoluções

Por vezes, é necessário proceder à devolução de medicamentos devido aos

prazos de validade expirados, embalagens danificadas, pedidos por engano,

produto não pedidos, ou produto retirado do mercado de acordo com as circulares

da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde I.P. (INFARMED).

Estas devoluções são efetuadas através da emissão de notas de devolução

realizadas no Sifarma2000®, devidamente assinadas e carimbadas, e enviadas

para o fornecedor juntamente com o produto. Este documento é impresso em

triplicado, dois exemplares acompanham a devolução até às instalações do

fornecedor e o terceiro exemplar é guardado numa pasta apropriada, na farmácia,

para posteriormente se proceder à sua regularização. Caso a devolução seja aceite

por parte do fornecedor este procederá à substituição do produto por outro, ou à

emissão de uma nota de crédito. Relativamente às notas de crédito, estas devem

ser imediatamente processadas de forma a serem regularizadas. Os produtos que

não tenham sido aceites pelos fornecedores são inseridos nas quebras do respetivo

ano.

Ao longo do meu percurso na Farmácia Barreira tive oportunidade de

acompanhar e realizar todo o processo, desde a realização das encomendas,

receção e devoluções das mesmas. Penso que estas etapas de gestão são

essenciais para uma manutenção correta dos stocks da farmácia, evitando a

ocorrência de erros.

2.5. Controlo dos prazos de validade

A revisão dos prazos de validade é uma tarefa fundamental para assegurar

a qualidade dos Medicamentos e Produtos de Saúde (MPS) e a segurança do

utente. Pode ser realizada utilizando uma lista emitida através do sistema

informático Sifarma2000®, consistindo numa lista de produtos que atingem a

validade num intervalo de tempo selecionado pelo operador. A confirmação das

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datas de validade dos produtos é efetuada manualmente para que os produtos com

prazo de validade mais curto possam ser comercializados mais rapidamente, sem

prejuízo do utente. Durante o meu estágio procedi à confirmação manual dos

prazos de validade dos produtos integrados na lista gerada pelo Sifarma2000®.

2.6. Dispensa de medicamentos e produtos de saúde

A dispensa dos MPS, tal como previsto no regime Jurídico das Farmácias de

Oficina, é uma das principais atividades da prática farmacêutica. Durante o

processo de dispensa, estabelece-se uma relação com o utente, sendo da

responsabilidade do farmacêutico proceder à validação da medicação prescrita. Em

caso de automedicação ou de indicação farmacêutica, cabe ao profissional de

saúde envolvido na cedência de medicamentos, transmitir toda a informação que

considere importante de forma a promover o uso seguro e racional de todos os

medicamentos e produtos de saúde dispensados [2].

2.7. Dispensa de medicamentos com receita médica

Os Medicamentos Sujeitos a Receita Médica (MSRM) são medicamentos

que necessitam de uma receita médica, prescrita por um médico, ou por outro

clínico devidamente habilitado para o efeito, para serem dispensados apenas na

farmácia [3] [4]. A receita médica pode ser passada em formato de receita eletrónica,

receita manual, ou via receita sem papel (RSP). As receitas médicas podem ainda

ser classificadas em Receita Médica Renovável, Receita Médica Especial e Receita

Médica Restrita [5-7].

As receitas eletrónicas são as mais frequentes e podem ter diferentes prazos

de validade, que variam entre trinta dias e seis meses. Estas são inseridas no

sistema informático através do número de receita e validado através do respetivo

código. É da responsabilidade do farmacêutico a interpretação e avaliação da

medicação prescrita ao utente e promover o seu uso racional, assegurando a sua

eficácia, segurança e qualidade farmacoterapêutica. Deve proceder-se à

verificação de possíveis interações, alergias e contraindicações. Após a

identificação do pedido do utente segue-se a recolha dos medicamentos e,

posteriormente, a venda é efetuada por leitura ótica do código de barras da

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embalagem, escolha do organismo comparticipante (se for o caso), pagamento e

impressão da fatura, e termina-se a dispensa dos respetivos medicamentos. A

dispensa de qualquer medicamento deve ser acompanhada de toda a informação

pertinente e indispensável para a correta utilização dos medicamentos.

A receita manual é utilizada excecionalmente hoje em dia, neste caso é

obrigatório verificar a existência nesta receita, da vinheta indicativa do médico

prescritor, a assinatura do mesmo, o organismo de comparticipação, a data de

prescrição e quando possível do local de prescrição. No fim da venda, é impresso

não só a fatura/recibo, mas também um documento de faturação no verso da

receita, contendo as seguintes informações: identificação da farmácia, preço total

de cada medicamento, preço total da receita, valor a pagar pelo utente por

medicamento, valor da comparticipação do Estado por medicamento, data da

dispensa, número de registo do medicamento e respetivo código de barras e,

espaço reservado para as declarações e assinatura do utente. O farmacêutico deve

carimbar, datar e rubricar o verso da receita.

A 1 de abril de 2016 entrou em vigor, o processo de desmaterialização das

RSP. Este sistema permite ao utente dirigir-se à farmácia com uma mensagem

enviada para o telemóvel ou correio eletrónico, pelo ministério da saúde, onde

consta o número da receita, código de dispensa e código de direito de opção. Este

formato permite a prescrição de um número ilimitado de produtos, sendo possível

a prescrição de seis embalagens por linha. A leitura é realizada eletronicamente. A

mensagem encaminhada para o telemóvel do utente, disponibiliza ainda,

informação que possibilita o acesso online à Guia de Tratamento que poderá ser

igualmente consultado na Área do Cidadão no site do Sistema Nacional de Saúde

(SNS) [8].

A Receita Médica Restrita destina-se por sua vez a todos os medicamentos

de uso exclusivo hospitalar e que se destinam a patologias cujo diagnóstico é

realizado apenas em ambiente hospitalar ou que sejam dirigidos a pacientes em

tratamento de ambulatório e cuja utilização seja suscetível de provocar efeitos

adversos muito graves, sendo necessário uma farmacovigilância durante o

tratamento.

Ao longo dos três meses de estágio em farmácia comunitária tive

oportunidade de dispensar MSRM através de prescrições manuais, eletrónicas e

por RSP. Em relação às prescrições manuais, por vezes tive dificuldades em

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perceber a caligrafia do médico e penso que este tipo de prescrição desencadeia

um maior número de erros na dispensa dos MPS.

2.8. Dispensa de psicotrópicos e estupefacientes

Os medicamentos psicotrópicos correspondem a uma classe terapêutica

com ação no sistema nervoso central, com capacidade para causar dependência

física e/ou psíquica. Desta forma, são muitas vezes utilizados para fins ilegais.

Encontram-se indicados no tratamento de várias doenças psíquicas e oncológicas.

Os psicotrópicos estão sujeitos a regras especiais em todo o circuito do

medicamento. São prescritos isoladamente e a receita tem, obrigatoriamente, de

estar identificada como Receita Especial com a inscrição "RE".

A dispensa deste tipo de medicamentos rege-se por requisitos peculiares,

entre os quais, a necessidade de verificar a identidade do adquirente. No verso da

Receita Médica Manual é registado o nome, número e data do bilhete de identidade

ou do cartão de cidadão ou da carta de condução (no caso de estrangeiros, o

número de passaporte é obrigatório) com a indicação da data de dispensa e

assinado pelo adquirente. O sistema informático Sifarma2000® identifica estes

medicamentos e gera um registo que o farmacêutico terá de preencher com os

dados do médico prescritor, utente e adquirente. Após o término da venda, é

atribuído um número de registo e o sistema informático emite a impressão dos

dados que devem ser registados no verso da receita. A receita é carimbada e

assinada pelo dispensador. É ainda, impresso um recibo comprovativo da venda,

“Documento de Psicotrópicos”, que deverá ser anexado a uma cópia da receita, no

caso das Receitas Manuais, e arquivado em local próprio na farmácia. No caso das

receitas eletrónicas é apenas guardado o “Documento de Psicotrópicos”. De acordo

com a Portaria n.°193/2011, os documentos mencionados anteriormente devem ser

guardados ao cuidado da farmácia por um período de três anos [8].

2.9. Sistemas de comparticipação de medicamentos

A comparticipação de medicamentos tem por base acordos estabelecidos

entre as entidades de saúde e os organismos comparticipantes. Existem dois

regimes de comparticipação do estado: regime de comparticipação geral e regime

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de comparticipação especial. De acordo com o regime geral, o estado paga uma

percentagem do PVP do medicamento de acordo com o escalão em que o utente

se insere [8]:

Medicamentos de Escalão A são comparticipados a 90%;

Medicamentos de Escalão B são comparticipados a 69%;

Medicamentos de Escalão C são comparticipados a 37%;

Medicamentos de Escalão D são comparticipados a 15%.

O Regime Especial de Comparticipação pode ser identificado pela letra R

e/ou O. No caso dos doentes pensionistas do Regime Especial (R) a

comparticipação é acrescida de 5% ao escalão A e 15% aos escalões B, C e D, e

se os medicamentos dispensados corresponderem aos cinco mais baratos

existentes no mercado, a comparticipação é de 95% do PVP do produto.

Os medicamentos destinados a determinadas patologias ou a doentes

pertencentes a grupos especiais, são identificados pela letra O e o regime de

comparticipação é diferente, sendo obrigatória a indicação na receita, do diploma

referente a essa patologia ou ao grupo de utentes em questão. Nestes casos o valor

de comparticipação é variável [11].

Além do SNS existem outros organismos comparticipadores, como o SBC

(Sindicato Bancários do Centro), ADMG (Assistência da Doença aos Militares da

Guarda Nacional Republicana), entre outros.

2.10. Conferência do receituário e faturação

Após a dispensa de MSRM comparticipados, é impresso um documento de

faturação, como já foi referido. Após este processo, as receitas são guardadas

provisoriamente, para posteriormente, serem analisadas. Cada receita processada

está associada a um organismo, número de lote e de receita específico. Desta

forma, as receitas devem ser inicialmente separadas pelo organismo de

comparticipação, sendo depois divididas por lotes (30 receitas por lote) e agrupadas

de forma sequencial e anexadas juntamente com o verbete de identificação de lote,

que deverá estar devidamente carimbado. Posteriormente, todas as receitas cuja

entidade responsável seja o SNS, são enviadas para o Centro de Conferência de

Faturas (CCF). As receitas comparticipadas em regime de complementaridade,

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devem ser enviadas pela farmácia à ANF e acompanhadas do verbete de

identificação de lote e do resumo de lotes deverão ser acompanhadas pelo

documento de faturação correspondente, que deverá estar devidamente assinado,

datado e carimbado. A farmácia será, posteriormente reembolsada com os

respetivos valores de comparticipação. Após o do envio, podem ser detetadas

falhas nas receitas, e nestes casos, as receitas manuais que contenham erros são

reenviadas à farmácia para correção dos mesmos [12].

Desde janeiro de 2017 entrou em vigor um novo regime de incentivos no que

diz respeito à venda de medicamentos genéricos. Assim, as farmácias passam a

receber uma remuneração de 35 cêntimos, sempre que dispensem um

medicamento genérico com preço igual ou inferior ao 4º preço mais barato de cada

grupo homogéneo [13].

Durante o meu estágio, conjuntamente com o responsável, conferi receitas,

nas quais verifiquei a conformidade da prescrição com o produto dispensado, a

validade da prescrição e a assinatura do médico e do dispensador, o carimbo e a

data da dispensa.

2.11. Dispensa de outros produtos

A Farmácia Barreira comercializa, para além de MSRM e MNSRM, outros

produtos de diferentes categorias como suplementos alimentares (Centrum®,

Magnesium-OK®), produtos dietéticos (Easyslim®), produtos fitoterapêuticos

(Valdispert®, Angiolax®),dermocosméticos (Vichy®, La Roche Posay®, Nuxe®,

Avène®, Caudalie®) e dispositivos médicos [14-16].

O Decreto-Lei n.º 148/2008 de 29 de julho, define como medicamento

veterinário “(...) toda a substância, ou associação de substâncias, apresentada

como possuindo propriedades curativas ou preventivas de doenças em animais ou

dos seus sintomas, ou que possa ser utilizada ou administrada no animal com vista

a estabelecer um diagnóstico médico-veterinário ou, exercendo uma ação

farmacológica, imunológica ou metabólica, a restaurar, corrigir ou modificar funções

fisiológicas” [17].

A Farmácia Barreira dispõe de uma zona de espaço animal que se encontra

devidamente separada dos medicamentos de uso humano e onde constam todos

os produtos que se destinam ao uso animal.

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13

A nível da farmácia comunitária a preparação de medicamentos

manipulados faz-se numa pequena escala e tendo sempre em conta as BPF e Boas

Práticas de Preparação de Medicamentos Manipulados (MM) [18]. Embora não

sejam preparados pela Farmácia Barreira, quando necessários são encomendados

a uma farmácia com este serviço.

3. CUIDADOS FARMACÊUTICOS E ACONSELHAMENTO

De acordo com as Boas Práticas Farmacêuticas para a Farmácia

Comunitária, o conceito de Cuidados Farmacêuticos refere-se à responsabilidade

social do farmacêutico na integração e articulação de serviços que promovam a

saúde da população. Os MNSRM destinam-se ao tratamento de transtornos

menores e de curta duração, sendo muitas vezes a sua dispensa efetuada sob

indicação farmacêutica ou automedicação. O farmacêutico tem desta forma um

papel interventivo e preventivo pois deve estar apto para recolher toda a informação

necessária do estado do doente para o poder aconselhar devidamente e deste

modo fomentar um uso racional do medicamento [19].

Durante o estágio, pude intervir em algumas situações as quais passo a

mencionar;

3.1. Caso Prático I

Utente do sexo masculino, mais de 75 anos, dirige-se à farmácia referindo

que tinha calos nos dedos dos pés, que lhe provocavam dores e necessitava de

Calicida Indiano®. Após uma conversa com o senhor percebi que se tratava de um

doente diabético, sendo que nestes pacientes é necessário um cuidado especial

com a utilização de fármacos como neste caso particular o Calicida Indiano® (uma

solução cutânea queratolítica e antipapilomatosa constituída por 193mg/ml de

Ácido Salicílico e 232 mg/ml de Ácido Láctico) não aconselhável aos doentes

diabéticos porque nestes existe uma diminuição na capacidade do corpo para

cicatrizar, especialmente em locais com menor circulação sanguínea como as

pernas ou pés, desta forma devem ser evitados fármacos agressivos para estas

zonas, de modo a evitar quaisquer complicações mais graves. Assim, recomendei

ao senhor que utilizasse pensos não medicamentosos, revestidos com almofada

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protetora, para proteger o calo e um separador de dedo para aliviar a dor e a

pressão. Expliquei o motivo pelo qual não lhe estava a dispensar o medicamento

pedido e o utente compreendeu e agradeceu a informação prestada. Aconselhei-o

a usar calçado apropriado e creme hidratante, não só para prevenir calos, mas

também evitar feridas nos pés que possam gerar complicações em doentes

diabéticos [20-21].

3.2. Caso Prático II

Utente do sexo feminino, 50 anos, dirige-se a farmácia queixando-se de

dores nas pernas e sensação de pernas pesadas, pedindo Trombocid® Gel. Após

diálogo prolongado, percebi que se tratava de uma paciente com varizes e

derrames, que passava muitas horas de pé, devido ao trabalho. Nunca tinha falado

com o médico sobre este assunto porque não achou relevante. Ultimamente as

dores intensificaram-se e as pernas estão constantemente pesadas e inchadas.

Expliquei-lhe que se tratavam de sinais/sintomas da Doença Venosa Crónica (DVC)

e aconselhei-a a tentar evitar estar muito tempo na mesma posição (sentada ou de

pé), evitar expor as pernas ao calor, utilizar calçado e calças não apertados, entre

outras medidas. Referi que podia iniciar a toma de Daflon®, uma vez que se trata

de um suplemento de bioflavonoides com propriedades venoactivas e, ainda, que

a compressão pode ser uma opção e por isso recomendei a aquisição e utilização

de meias elásticas. Por fim, sugeri que deveria marcar uma consulta para ser vista

por um médico e realizar exames se necessário [22-23].

4. INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO CIENTÍFICA

Atualmente existem vários centros de informação online fiáveis como o

Infarmed, ANF, ApiFarma, aos quais o farmacêutico pode recorrer. O próprio

sistema informático está preparado para esclarecer dúvidas do foro científico. No

entanto as farmácias são um local de prestação de cuidados e serviços de saúde,

assim torna-se indispensável a existência de suporte bibliográfico de excelência,

atualizado, com qualidade e rigor científico.

Na farmácia Barreira existem fontes de informação como o prontuário

terapêutico, Farmacopeia Portuguesa, Formulário Galénico, Código Deontológico

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da Ordem dos Farmacêuticos, Boas Práticas de Farmácia, Index Merck, Direito

Farmacêutico volumes I e II, Guia Prático de Farmácia Magistral, e as revistas

Farmácia Distribuição e Farmácia Portuguesa.

Ao longo do meu estágio todas as dúvidas que surgiam eram esclarecidas

concomitantemente pelos colaboradores, e/ou através da informação

disponibilizada pelo Sifarma2000®.

5. CUIDADOS DE SAÚDE PRESTADOS NA FARMÁCIA

A farmácia comunitária é, acima de tudo, um local de Cuidados Primários e

como tal cabe ao farmacêutico informar os utentes, para alem destes, de outros

cuidados, que são prestados na farmácia.

Na farmácia Barreira são realizadas consultas de nutrição, duas vezes por

semana, com a Dra. Luísa Ferreira, promovidas pela Dieta EasySlim®. Realizam-

se ainda, consultas de pedologia com a Dra. Catarina Coelho, uma profissional de

saúde qualificada para diagnóstico e tratamento das patologias dos pés. A

administração de injetáveis é também um serviço prestado na farmácia por um

farmacêutico responsável e com adequada formação. A determinação de

parâmetros bioquímicos e fisiológicos como pressão arterial, colesterol total,

glicémia capilar, podem ser realizados na Farmácia Barreira.

A pressão arterial é medida por aparelho eletrónico que se encontra junto do

balcão lateral, onde o utente pode pesar-se e medir a pressão arterial no braço

esquerdo. Compete ao farmacêutico procurar saber se se trata de um doente

medicado e quais os seus valores normais de PA, e ainda certificar-se se o utente

praticou ou não exercício físico ou fez algum esforço excessivo antes da medição,

se não fumou, se não ingeriu café ou bebidas alcoólicas, pois tudo isto são fatores

que poderão comprometer o resultado.

Para a determinação dos níveis de glicémia é utilizado um aparelho próprio

de leitura com tiras específicas para este parâmetro, sendo a amostra recolhida

sangue capilar extraído através de uma picada no dedo. A determinação deve ser

realizada quando o paciente está em jejum. A medição serve para rastreio e

monitorização da hiperglicemia associada a Diabetes Mellitus.

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Para a determinação do colesterol total, o utente não necessita de estar em

jejum e é realizado num aparelho próprio com as respetivas tiras para esta medição.

A amostra utilizada é, também, o sangue capilar.

Ao longo do estágio tive oportunidade de realizar medições dos parâmetros

bioquímicos referidos, assim como da pressão arterial dos utentes.

6. PROGRAMA DE TROCAS DE SERINGA

O programa de troca de seringas é um programa de saúde pública sob a

alçada do Ministério da Saúde e a ANF. O programa consiste na troca de duas

seringas utilizadas, por toxicodependentes, por um kit que contém novas seringas

estéreis, preservativo e uma bula com informação sobre como prevenir a

transmissão de Hepatite e SIDA. As seringas são recolhidas em contentores

especiais [25].

7. VALORMED

A Valormed é a organização que gere o sistema integrado de gestão de

resíduos de embalagens e de medicamentos fora do prazo de validade ou fora de

uso, após o período de tratamento, contribuindo não só para um uso racional do

medicamento, mas também controla os danos ambientais causados por depósitos

de medicamentos no meio ambiente.

Desta forma, nas farmácias de oficina é possível encontrar contentores para

depositar as embalagens de medicamentos usados. Quando o contentor está cheio

é necessário fecha-lo e sela-lo e preencher a ficha do contentor. Posteriormente,

segue-se a recolha por parte dos armazenistas. A farmácia fica com a cópia verde,

que é devidamente arquivada [24].

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Parte II - Projetos Desenvolvidos Durante o Estagio

8. DOENÇA VENOSA CRÓNICA: A DOENÇA ESCONDIDA E SUBESTIMADA

8.1. Introdução

A doença venosa crónica (DVC) é uma patologia que compreende um

conjunto de sinais e sintomas que abrange desde as telangiectasias, às úlceras

abertas, em consequência da hipertensão venosa crónica causada por refluxo e/ou

obstrução [26].

Representa uma patologia bastante prevalente, atingindo entre 5% a cerca

de 30% da população adulta, tendo maior incidência no sexo feminino. É

considerada um problema de saúde pública capaz de reduzir a qualidade de vida

dos doentes e com repercussões importantes a nível social e económico. Esta

doença e as suas complicações podem ser responsáveis por dor crónica

incapacitante e, consequentemente, pelo afastamento permanente do trabalho ou

mesmo antecipação da reforma [26].

No dia-a-dia de uma farmácia de oficina, é comum aparecerem pacientes

com sinais e sintomas relacionados com a patologia, sendo muitas vezes casos de

doença já na sua forma avançada, tendo sido constatado que a falta de informação

e o desconhecimento da DVC torna-a uma doença subestimada. Face a este

enquadramento, procedeu-se á realização de um questionário aos utentes da

Farmácia Barreira, em Vila Real, com o objetivo de verificar o conhecimento sobre

a DVC, assim como a noção de cronicidade da patologia dos utentes. Procurou-se

ainda, obter uma estimativa dos utentes com sinais e/ou sintomas de DVC e saber

se estão a realizar tratamento farmacológico e/ou não farmacológico. Foi, também,

objeto de estudo, saber a frequência com que os utentes são abordados por

profissionais de saúde relativamente à DVC.

8.2. Fisiopatologia

O sistema venoso dos membros inferiores é constituído por veias

superficiais, veias profundas e veias perfurantes. O transporte do sangue da

periferia para o coração, é realizado através do sistema venoso e facilitado por

válvulas que proporcionam uma movimentação do sangue num único sentido.

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Quando a função das válvulas fica comprometida, há uma disfunção no sistema

venoso e o transporte de sangue fica comprometido e este não é corretamente

realizado. Esta anomalia causa um aumento da pressão venosa (hipertensão

venosa) nos membros inferiores responsável pelos sintomas da DVC e pela reação

inflamatória, podendo resultar num enfraquecimento, distensão e dilatação da

parede venosa [27-28].

A perda da elasticidade das veias e/ou insuficiência das válvulas agravam a

patologia. A alteração do fluxo venoso desencadeia a libertação de mediadores da

inflamação, iniciando-se uma cascata inflamatória através das interações

leucócito-endotélio [27]. A ativação, adesão e migração dos leucócitos através do

endotélio venoso, a produção de citoquinas e fatores de crescimento, enzimas

proteolíticas e radicais livres, levam a uma modificação da matriz extracelular

gerando alterações na parede e válvulas venosas criando um ciclo vicioso de

refluxo sanguíneo crónico. Desta forma, a inflamação venosa desempenha um

papel importante no aumento da hipertensão venosa [28]. Na parede valvular é

possível observar características como desgaste, rompimento, espessamento que

levam a uma mudança nas propriedades elásticas das veias dos doentes com DVC.

Em casos mais graves há uma destruição definitiva das válvulas. Para além disto,

gera-se uma diminuição do fluxo linfático, proveniente de uma maior

permeabilidade capilar (consequente da insuficiência valvular a nível superficial e

perfurante), que leva à progressão da patologia para estados mais graves [29] [30].

8.3. Sinais e sintomas

Os sintomas mais associados à DVC são: dor, sensação de peso e cansaço

nos membros inferiores possivelmente associados à formação de edema

(sobretudo no fim do dia), prurido e caibras noturnas, alteração da pele, varizes e

na forma mais severa ulceração, que pode ou não, ser recorrente e cuja prevalência

aumenta com a idade. É uma doença, que na sua origem podem estar fatores como

predisposição genética, sexo, idade, gravidez, terapêutica com anticoncecionais

orais, obesidade, permanência das pernas na mesma posição (seja sentado, seja

de pé). Apesar de no sexo feminino haver maior prevalência de casos, é no sexo

masculino que se verificam as complicações mais graves [31].

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8.4. Classificação

Esta patologia é classificada em sete categorias clínicas: C0 a C6, com base

nos sinais da doença, tendo a finalidade de padronizar o diagnóstico, definir a sua

gravidade e o tratamento das diversas manifestações de doença venosa crónica

segundo a classificação internacional “CEAP - Clinical manifestation, Etiologic

factors, Anatomic distribution of disease, Pathophysiologic finding”.

Tabela 2. Classificação dos sinais da DVC [27].

Estádio Sintomas/Sinais

C0 Sem sinais de doença venosa

C1 Telangiectasias e veias reticulares

C2 Veias Varicosas

C3 Edema

C4 A Pigmentação ocre ou eczema

C4 B Lipodermatoesclerose ou atrofia branca

C5 Úlcera venosa cicatrizada

C6 Úlcera venosa aberta

8.5. Tratamento

O tratamento deve ser individualizado dependendo da gravidade dos

sintomas e/ou sinais e da fase em que a patologia se encontra. A prevenção e a

intervenção em fase iniciais permite uma diminuição da evolução e das

complicações associadas [32].

A Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular desenvolveu

uma lista de 10 conselhos que procuram informar os doentes com DVC acerca das

medidas a adotar:

A prática de exercício regular é determinante pois permite a estimulação da

contração muscular e consequentemente do retorno venoso. Devem ser

preferidos desportos que promovam a circulação venosa e evitados

desportos que obriguem a movimentos bruscos. Estes induzem variações

de pressão nas veias que provocavam a sua dilatação e a diminuição do

retorno venoso.

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Lugares quentes devem ser evitados uma vez que modificam o

comportamento das veias. Por outro lado, passar água fria nas pernas e

permanecer em locais frescos é aconselhado, uma vez que, estimula o

funcionamento venoso, alivia a dor e sensação de pernas pesadas.

A prisão de ventre e o excesso de peso aumentam a pressão sanguínea

venosa.

Roupa muito apertada comprime as veias e dificulta a circulação pelo que

deve ser evitada.

Durante o sono, o sistema venoso não é estimulado por isso é aconselhada

a realização de movimentos de pedalar antes de adormecer assim como a

elevação dos pés (10 cm acima do nível do colchão).

Massajar as pernas de baixo para cima estimula o retorno venoso.

A gravidez e a contraceção oral podem agravar a DVC e devem ser

identificadas como situações de risco [31].

As medidas não farmacológicas são essenciais, mas o tratamento

farmacológico torna-se, eventualmente, necessário. Os fármacos venoativos orais

são utilizados não só para o alívio dos sintomas, mas também da inflamação. Os

flavonoides como a diosmina, hesperidina, rutina e o rutosido são conhecidos pelo

seu potencial antioxidante e anti-inflamatório. As saponinas como o extrato de

ruscus e a escina, e os fármacos sintéticos como o dobesilato de cálcio e a

naftazona também são utilizados para o mesmo efeito [32]. Os mecanismos pelo qual

atuam não estão totalmente esclarecidos. Sabe-se, todavia, que exercem o seu

efeito ao nível da circulação aumentando o tónus venoso e têm efeito ao nível das

paredes e válvulas venosas, sendo ainda capazes de proteger as células

endoteliais da hipoxia prevenindo o refluxo venoso [32-33]. Os fármacos venoativos

são adequados para todas as classes de DVC, sendo desaconselhada a sua toma

em associação [27] [31].

A compressão elástica é crucial no tratamento da DVC e deve ser associada

ao tratamento farmacológico e não farmacológico. O grau de compressão depende

do grau de evolução da patologia.

Em fases mais avançadas da patologia procede-se, normalmente, à

secagem de pequenas varizes, técnica denominada de escleroterapia. O

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tratamento cirúrgico é também uma opção e está indicado em casos mais graves

[27].

Metade da população mundial adulta apresenta sinais de doença venosa,

porém, só menos de metade desses indivíduos apresentam varizes visíveis. A

doença venosa é, desta forma, injustamente negligenciada quanto à sua

importância. A banalização das queixas aos profissionais de saúde poderá

contribuir para uma maior desvalorização e consequente progressão da patologia

[27].

8.6. Método de estudo

Foi realizado um questionário sobre a DVC aos utentes da Farmácia

Barreira. O questionário encontrava-se dividido em 2 partes distintas: a primeira

onde constavam os dados sociodemográficos: sexo, idade, nível de escolaridade e

ocupação, e uma segunda parte composta por seis questões, que a seguir

apresento:

1. Conhece a Doença Venosa Crónica (caracterizada pelos seguintes sinais/sintomas:

varizes, derrames, pernas pesadas/cansadas, pernas ou tornozelo inchado, entre outros)?

Sim

Não

2. Assinale os seguintes sinais/sintomas que apresenta ou apresentou em algum momento

da sua vida?

Varizes

Derrames

Sensação de pernas pesadas/cansadas

Dor nas pernas (sem estar associado a entorses, quedas, entre outros)

Inchaço na perna, pé ou tornozelo sem motivo aparente (sem estar associado a

entorses, quedas, entre outros)

Pigmentação escura nas pernas

Ulceras nas pernas, associada a varizes

Nunca apresentei, nem apresento nenhum dos sinais/sintomas referidos em cima

(passar para questão nº5)

3. Relativamente aos sinais/sintomas referidos em cima, expôs a situação ao seu médico?

Sim

Não

4. Relativamente aos sinais/sintomas referidos em cima, realizou algum tratamento?

Sim (se sim assinale qual/quais)

Não

Utilização de meias elásticas ou de compressão

Toma de medicamentos por via oral

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Aplicação de medicamentos na pele

Dormir com um apoio de pernas para mante-las elevadas

Utilizar roupas e sapatos demasiado adequados

Tentar não manter as pernas na mesma posição durante elevados períodos de tempo

Praticar exercício físico regular e apropriado

Massajar as pernas frequentemente

Outros:_______________________________________________

5. Relativamente á doença venosa, tem conhecimento de que é uma doença crónica, sem

cura, que pode surgir em qualquer pessoa?

Sim

Não

6. Já foi abordado por algum profissional de saúde (médico, enfermeiro, farmacêutico,

técnicos de saúde) sobre este tema?

Sim, uma vez

Sim, algumas vezes

Sim, várias vezes

Não

8.7. Resultados

Foram realizados questionários a 253 utentes, com idades compreendidas

entre os 17 e os 86 anos de idade. A média de idades dos pacientes foi de 44 anos,

82% do sexo feminino, e, 18% do sexo masculino. Dos inquiridos 52% estavam

empregados; 18% reformados; 23% estudantes e 7% desempregados.

Relativamente ao nível de escolaridade, 6% tinham completado o ensino

básico, 44% o ensino secundário, 41% o ensino universitário e 9% não tinha

estudos.

Após a realização dos questionários foi possível verificar que 90% dos

inquiridos conhecia a DVC. Dos 10% que desconheciam a patologia, nenhum

apresentava sinais ou sintomas da doença e nunca haviam sido abordados por

nenhum profissional de saúde sobre o tema.

Relativamente aos sinais e sintomas relacionados com a DVC, 83% dos

inquiridos respondeu afirmativamente, sendo os mais assinalados a sensação

de pernas pesadas/cansadas, varizes e derrames. Apenas 3% dos 83% pacientes

que apresentavam sinais e sintomas, referiram a presença de úlceras nas pernas

associadas a varizes. De todos os pacientes que apresentavam sinas e/ou

sintomas somente 58% referiu ter exposto a situação ao seu médico (Figura 1).

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Figura 1. Percentagem de inqueridos com sintomas e/ou sinais

de DVC que expuseram a situação ao médico.

No que concerne a tratamentos realizados, 62% dos pacientes com

sintomas respondeu afirmativamente, sendo a utilização de meias elásticas ou

de compressão, a aplicação de medicamentos tópicos e a utilização noturna de um

apoio para manter as pernas elevadas, as principais formas de tratamentos usadas.

Aproximadamente 25% do total de inquiridos referiu ter conhecimento de que

DVC é uma doença sem cura e pode surgir em qualquer pessoa e, 75% dos

inquiridos não tinha conhecimento desse facto.

Relativamente à última questão sobre se já tinham sido abordados por algum

profissional de saúde sobre a patologia, 56% dos inquiridos referiu que não

(Figura 2).

Figura 2. Percentagem de pacientes abordados por profissionais

de saúde relativamente à DVC.

42%

58%

EXPOSIÇÃO DA SITUAÇÃO AO MÉDICO

NÃO SIM

10%

21%

13%

56%

ABORDADO POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE

SIM, UMA VEZ SIM, ALGUMAS VEZESS

SIM, MUITAS VEZES NÃO

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8.7. Conclusão

Da análise dos resultados do questionário pode concluir-se que a DVC

constitui uma patologia de elevada prevalência, 83% dos inquiridos referiu ter

apresentado ou apresentar sinais ou sintomas relacionados com DVC. No entanto,

é notoriamente negligenciada, uma vez que apenas 58% das pessoas com sinais

ou sintomas (de acordo com este estudo) referiu ter exposto a situação ao seu

médico. Apenas 25% dos inquiridos tinha noção da cronicidade da doença e 56%

referiu nunca ter sido abordado sobre a patologia antes.

Face a este cenário preocupante, urge tomar providências e cabe a todos os

profissionais de saúde informar, os utentes, de forma a evitar as situações mais

graves e por vezes sem resolução.

A farmácia é o local privilegiado por excelência para ministrar esse apoio, os

farmacêuticos devem estar habilitados para a prestação de serviços que promovam

a saúde e o bem-estar de toda a comunidade em geral. É seu dever analisar o

doente, reconhecer situações de alerta e fornecer as informações mais relevantes

sobre a DVC. As recomendações sobre a terapia não farmacológica podem ser o

passo inicial e ajudam a prevenir a evolução da doença. A realização de rastreios,

a entrega de panfletos informativos com recomendações importantes, informações

práticas e úteis para os utentes que sofrem da patologia e desconhecem na

totalidade os sintomas, é outra abordagem complementar. Ambas podem contribuir

para aumentar o nível de conhecimento da população sobre esta patologia que

provoca diversos graus de incapacidade física, psicológica e social, e, que implica

elevados custos para o sistema nacional de saúde.

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9. MODELO DE GESTÃO KAIZEN NAS FARMÁCIAS

9.1. Modelo de gestão

No dia-a-dia de uma farmácia torna-se imprescindível ter um bom modelo de

gestão, que se reflete na melhoria da qualidade de atendimento ao utente e no

aumento da rentabilidade da farmácia.

A Farmácia Barreira tem, neste momento, o modelo de gestão Kaizen em

funcionamento. É um modelo aplicado aos vários setores de negócio,

nomeadamente ao setor farmacêutico, e criado pelo Instituto Kaizen em

colaboração com a Glintt. O Instituto Kaizen é uma consultora multinacional,

fundada em 1985, com sede em Zug, Suíça e Masaaki Imai foi o seu fundador. A

palavra kaizen nasceu no japão e significa mudar “kai” e melhor “zen” (Figura 3),

ou seja, melhoria contínua para um “Hoje melhor do que ontem, amanhã melhor do

que hoje” (Instituto Kaizen, 2012).

Figura 3. Definição etimológica de Kaizen.

O ponto fulcral é tornar a farmácia autónoma baseado numa filosofia de

melhoria contínua, dotando-a de todo o conhecimento necessário para a

maximização dos seus processos. O objetivo é a criação de valor estratégico com

pessoas motivadas para aumentar a rentabilidade da farmácia com capacidade de

resposta aos problemas dos clientes, capaz de reduzir o desperdício e implementar

uma cultura excelência todos os dias, todas as pessoas, todas as áreas. As

mudanças a realizar devem ser graduais e nunca bruscas, para não perturbar o

equilíbrio da estrutura.

Inicia-se com a definição das metas a atingir (quer para o cliente quer para

a organização) e com a organização de equipas, deteção de erros, mudança de

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processos e hábitos de trabalho para aumentar a produtividade das operações de

BackOffice e atendimento. Os princípios fundamentais do Kaizen são (Instituto

Kaizen, 2012):

Criar valor para o cliente (melhorar a experiencia).

Melhorar o envolvimento dos colaboradores (não culpar/não julgar).

Melhorar o local (tornar o local aprazível).

Gestão visual (tornar processos visíveis e á prova de erro).

Eliminar o desperdício (stock, transporte, espera, movimento).

A filosofia Kaizen passa por atitudes como o ato de pensar “como fazer”, e,

não de “é impossível” ou “não pode ser feito”. Combater a resistência à mudança e

abrir portas às práticas, tecnologias e serviços inovadores é o primeiro passo.

Os dez passos para a aplicação do Kaizen são (Instituto Kaizen, 2012):

Descartar ideias fixas e convencionais.

Pensar em como fazer e não em como deve ser feito.

Não inventar desculpas. Questione as práticas correntes. As desculpas

são o caminho mais rápido e simples para não melhorar.

Não esperar pela perfeição. Começar já, mesmo que lhe pareça que só

consegue 50%.

Se errar, corrigir o erro imediatamente.

Não gastar apenas dinheiro na melhoria contínua: usar a sabedoria.

A sabedoria também está na adversidade.

Perguntar "porquê"? Cinco vezes e procurar as causas.

Preferir a sabedoria de dez pessoas ao conhecimento de apenas uma.

As estratégias Kaizen são infinitas.

Um termo que pode estar relacionado com o Kaizen e com esta maneira de

as pessoas pensarem são os paradigmas. Um paradigma uma regra ou um hábito

que influencia a maneira de pensar/interpretar e agir numa dada situação ou

problema (Instituto Kaizen, 2012). Assim, este conceito está relacionado com o

Kaizen na medida em que as pessoas precisam de ter flexibilidade mental e estar

recetivas à mudança, de forma a conseguir agir e a alterar os paradigmas.

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9.2. Kaizen na Farmácia Barreira

Na Farmácia Barreira o Kaizen iniciou-se com o Kaizen diário, ou seja,

organização de equipa (nível 1), organização de espaços (nível 2), normalização

de trabalho (nível 3), e melhoria de processos (nível 4).

9.3. Kaizen diário nível 1

Em relação ao nível 1 do modelo, a equipa de colaboradores da farmácia é

constituída por seis pessoas, com funções específicas, sendo estas devidamente

registadas. Procedeu-se à implementação de reuniões rápidas (de curta duração),

na posição de pé, com toda a equipa, mais do que uma vez por dia, para definir

objetivos, planear tarefas, sugerir melhorias e monitorizar objetivos anteriormente

definidos. Nesta sequência, seguiu-se a construção de um quadro de equipa para

suporte às reuniões que conta com uma zona de missão, indicadores, plano de

ações e plano de trabalho. Neste quadro estão representados os membros da

equipa, respetivas funções e pessoa substituta. Conta ainda, com um mapa de

presenças e mapa de férias, calendário de eventos, folha de registo das campanhas

a decorrer com respetivos objetivos, indicadores, uma zona de sugestões de

melhorias e um quadro PDCA (Plan, Do, Check, Act).

Os indicadores são um conteúdo de elevada importância e estão

representados graficamente para que sejam de fácil visualização e interpretação

por todos os membros da equipa e também para que seja fácil observar a evolução

ao longo do tempo. É através da análise e controlo dos indicadores que se pode

sugerir melhorias. Os indicadores chave na Farmácia Barreira foram: os erros de

stock, o saldo do Cartão Saúda que raramente chegou a valor negativo, as

devoluções por regularizar, e o aumento da cota de genéricos (Anexo 7).

A área reservada para campanhas permite informar da duração, estado e

objetivo das campanhas a decorrer no presente e das que vão decorrer

futuramente. É necessário, atualizar com frequência e analisar o estado das

campanhas a decorrer, diariamente.

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O quadro PDCA, que permite ter uma perceção da melhoria contínua da

equipa, é constituído por 5 colunas: a primeira, com os nomes dos colaboradores,

e as seguintes 4 colunas, correspondem a cada uma das letras e respetivas ações

(Anexo 8). A primeira coluna corresponde á letra P de Plan/planear, e aqui colocam-

se as melhorias a serem realizadas na data de início de implementação definida. A

coluna seguinte corresponde à letra D de Do/fazer e pretende-se que se encontrem

aqui as melhorias em curso. Na coluna C de Check/verificar, estão as melhorias em

verificação de resultados. Na coluna A de Act/atuar estão as melhorias em fase de

comunicação. O local de colocação de melhorias para as quais ainda não existem

data de início está imediatamente ao lado do quadro, onde pode ser feito o registo

de melhorias por qualquer colaborador através da colocação de post-its e que

devem passar ao PDCA para dar seguimento á sua implementação (Anexo 9). As

melhorias presentes no quadro PDCA são atualizadas durante as reuniões diárias.

O calendário de eventos dá visibilidade aos eventos que irão decorrer

futuramente e permite gerir, prever e eliminar eventualidades. O mapa de tarefas,

por sua vez, apresenta as tarefas que todos os colaboradores têm de realizar e o

seu término. Quando a tarefa está acabada deve coloca-se um visto (Anexo 10).

As tarefas estão diferenciadas utilizando uma gestão visual, uma vez que, os

diferentes colaboradores têm diferentes cores. Este planeamento é uma valiosa

ajuda na antecipação de problemas.

Ações Desenvolvidas na Farmácia Barreira

As primeiras visitas dos consultores Kaizen à Farmácia visaram os seguintes

objetivos: o levantamento de expectativas dos colaboradores; discussão do melhor

local para colocação do quadro Kaizen; analise dos vários domínios e parâmetros

a ser alvo de consultoria; análise do relatório de vendas e recursos humanos

referentes aos meses anteriores; levantamento de dados relativos á área de

eficiência operacional como os pontos críticos operacionais.

O quadro Kaizen foi colocado no escritório (zona de backstage da Farmácia),

sendo este o local de realização das pequenas reuniões diárias e o quadro serve

de apoio às mesmas. Foram identificados como pontos críticos: os erros de stock,

o saldo do cartão saúda (como já foi referido), as devoluções por regularizar e erros

nos prazos de validade.

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Relativamente aos erros de stock procedeu-se á realização de uma auditoria

de stocks (contagem de 36 referencias, das quais 16 com erro - 44% de erros de

stock), sendo posteriormente sugerida uma melhoria na entrada de encomendas

para deteção de erros de stock. Esta metodologia consistia na divisão física de

stocks (0, 1, 2, 3 ou mais).

Em relação ao cartão saúda foi estabelecido o objetivo de baixar o valor de

saldo para negativo, tendo sido atribuída a responsabilidade do cartão e assuntos

relacionados com este, a um dos colaboradores da farmácia. Para tal foram

adotadas melhores estratégias de rebate de pontos saúda como, por exemplo,

optar pelo rebate em catálogo. Para além disto, diariamente são registados no

quadro Kaizen os valores saúda para que todos os colaboradores estejam a par do

saldo corrente e comparar com os dias anteriores.

Para diminuir os erros de validade foi estabelecida a regra do preenchimento

de validade de todos os produtos na receção da encomenda e um dos

colaboradores ficou responsável pela realização de listagens para controlo das

validades.

Numa outra abordagem, foi realizada a análise da percentagem de

preenchimento das fichas de clientes da farmácia, assim como a análise das fichas

com nome ou número de contribuinte duplicado, fichas em pré-registo, e fichas

ativas.

Para além das ações mencionadas, procedeu-se, ainda, à criação de uma

zona de reservas pagas e não pagas, utilização de talões de reserva que

identificam o utente por nome e número de telefone, a data do pedido, o código do

medicamento, a quantidade de embalagens pedidas, pagas ou em dívida (Anexo

6). Esta metodologia adotada permitiu diminuir os enganos e o tempo de procura

dos produtos, tornando o atendimento mais célere e eficaz.

A farmácia Barreira encontra-se no nível 1 do Kaizen (nível 1). A grande

mudança verificada tem a ver com a motivação, comprometimento e envolvimento

de todos os colaboradores, todos os dias e em todas as áreas de atividade. A

definição de objetivos, identificação de erros e planeamento das tarefas das

equipas, tornou possível a máxima redução e aproveitamento de tempos “mortos”.

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9.4. Kaizen diário nível 2

O nível da organização de espaços (Kaizen diário nível 2) é o passo seguinte

do modelo de gestão em execução. Neste momento, a principal meta é a redução

dos tempos de procura de utensílios e a criação de um ambiente limpo e

organizado. O resultado esperado é a otimização do espaço de trabalho através da

organização do posto, aumentando a produtividade e motivação dos

colaboradores. Para tal, proceder-se-á a:

Triagem, ou seja, seleção dos itens desnecessários e retirá-los mantendo

apenas aquilo que é estritamente necessário. Nesta etapa eliminam-se

utensílios que já não são utilizados, como canetas e outros objetos de

escrita; expositores de campanhas antigas; posters de campanhas; e

ainda, minimizar burocracias.

Arrumação ordenada de itens necessários segundo peso, dimensão,

quantidades necessárias, frequência, e segurança, seguindo o lema: “Um

lugar em cada coisa, cada coisa no seu lugar”.

Limpeza e manutenção ajudam ao bom funcionamento e conservação

dos produtos e materiais e criam um aspeto visual mais agradável e

funcional.

9.5. Kaizen níveis 3 e 4

O penúltimo passo é a normalização do trabalho (nível 3) que consiste na

adoção de métodos mais eficazes e rigorosos que conduzam a uma maior

autonomia das equipas. No último nível (nível 4) pretende-se atingir a resolução de

problemas complexos e simplificação do fluxo de trabalho.

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10. CONCLUSÃO

Do exposto neste relatório de estágio, ficou demonstrado que realizei as

funções de estagiária com empenho, dedicação, afinco e competência técnico-

científica.

Mantive sempre uma atitude de abertura a novas aprendizagens sem perder

a capacidade crítica e reflexiva, contribuindo com ideias devidamente

fundamentadas para a resolução de alguns problemas práticos que vão surgindo

no quotidiano de uma farmácia.

Percebendo que a atividade farmacêutica se encontra na linha da frente da

prestação de auxílio e ajuda aos que dela necessitam, desenvolvi competências de

interação relacional reconhecidas pelos utentes e interpares.

Pautei o meu desempenho pela iniciativa, capacidade de realização, sem

descurar a atenção devida à opinião dos meus congéneres mais avalizados.

Pude constatar in loco, que administrar e gerir uma farmácia é tarefa

multidisciplinar que exige a conjugação de diferentes áreas do saber:

farmacológicas, psicológicas, sócio-culturais e de gestão financeira e humana.

Seguindo as linhas estratégicas de Kaizen: Pensar, Questionar. Corrigir e

Partilhar, transformando-as em bussola norteadora da minha ação, consegui levar

a bom porto, este período de estágio, crucial para a minha vida profissional futura.

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12. BIBLIOGRAFIA

1. Decreto-Lei n.º 307/2007 de 31 de agosto. Regime Jurídico das Farmácias de

Oficina. Diário da República n.º 168/2007, Série I de 2007-08-31. Acessível

em: https://diario. vlex.pt/vid/decreto-lei-33506294. [acedido em 28 de junho

de 2017].

2. Conselho Nacional da Qualidade, (2009). Boas Práticas Farmacêuticas para a

Farmácia Comunitária (BPF), 3ª Edição. Ordem dos Farmacêuticos, Lisboa.

3. INFARMED: Regulamento dos medicamentos não sujeitos a receita médica de

dispensa exclusiva na farmácia. Acessível em: http://www.infarmed.pt.

[acedido em 24 de junho de 2017].

4. INFARMED: Lista de DCIs Identificados pelo INFARMED como MNSRM-EF e

respetivos protocolos de dispensa. Acessível em http://www.infarmed.pt.

[acedido em 24 de junho de 2017].

5. Despacho n.º 15700/2012 de 30 de novembro. Aprova os modelos de receita

médica, no âmbito da regulamentação da Portaria n.º 137-A/2012, de 11 de

maio.

6. Portaria n.º 198/2011, de 18 de maio. Regime Jurídico a que obedecem as regras

de prescrição eletrónica, bem como o regime transitório da receita manual

de medicamentos.

7. Decreto-Lei n.º 209/94, de 6 de agosto. Classificação de medicamentos quanto

à dispensa ao público. Revogado pelo Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de

agosto.

8. Despacho n.º 2935-B/2016, de 25 de fevereiro. Estabelece disposições com vista

a impulsionar a generalização receita eletrónica desmaterializada (Receita

Sem Papel), no Serviço Nacional de Saúde criando metas concretas para a

sua efetivação.

9. Decreto Regulamentar n.º 61/94, de 12 de outubro. Regras relativas ao controlo

do mercado lícito de Estupefacientes e Substâncias Psicotrópicas.

10. Portaria n.º 195-D/2015, de 30 de junho. Estabelece os grupos e subgrupos

farmacoterapêuticos de medicamentos que podem ser objeto de

comparticipação e os respetivos escalões de comparticipação.

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11. Portaria n.º 924-A/2012, de 17 de setembro. Define os grupos e subgrupos

farmacoterapêuticos que integram os diferentes escalões de

comparticipação do Estado no preço dos medicamentos.

12. Portaria n.º 193/2011, de 13 de maio. Regula o procedimento de pagamento da

comparticipação do Estado no preço de venda ao público de medicamentos

dispensados a beneficiários do Serviço Nacional de Saúde que não estejam

abrangidos por nenhum subsistema ou que beneficiem de comparticipação

em regime de complementaridade.

13. Portaria n.º 262/2016, de 7 de outubro. Remuneração Específica. Diário da

Republica 1ª Série - N.º 193, 7 de outubro de 2016.

14. INFARMED: Cosméticos. Acessível em: http://www.infarmed.pt. [acedido em 24

de junho de 2017].

15. Decreto-Lei n.º 74/2010, de 21 de junho. Estabelece o regime geral dos géneros

alimentícios destinados a alimentação especial, transpondo a Diretiva n.º

2009/39/CE, do Parlamento Europeu e do Concelho, de 6 de maio.

16. INFARMED: Dispositivos Médicos. Acessível em: http://www.infarmed.pt.

[acedido em 24 de junho de 2017].

17. Decreto-Lei n.°148/2008, de 29 de julho. Transposição da Diretiva n.°28/2004/

CE que estabelece o Código Comum dos Medicamentos Veterinários.

18. Portaria n.º 594/2004, de 2 de junho de 2004. Aprova as boas práticas a

observar na preparação de medicamentos manipulados em farmácia de

oficina e hospitalar.

19. Portaria n.º 1429/2007, de 2 de novembro. Define os serviços farmacêuticos

que podem ser prestados pelas farmácias.

20. DGS-Direção de Serviços de Informação e Análise, (2016). A Saúde dos

Portugueses 2016. Editora: Direção Geral de Saúde, Lisboa.

21.INFARMED: Folheto Informativo - Calicida Indiano. Acessível em: http://www.

infarmed.pt. [acedido em 27 de junho de 2017].

22. INFARMED: Folheto Informativo-Daflon. Acessível em: http://www.infarmed.pt.

[acedido em 27 de junho de 2017].

23. INFARMED: Folheto Informativo-Trombocid. Acessível em: http://www.infarmed

.pt. [acedido em 27 de junho de 2017].

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24. VALORMED. Farmácia Comunitária. Acessível em: http://www.valormed.pt.

[acedido em 24 de junho de 2017].

25. SNS: Programa de Troca de Seringas. Acessível em: http://www.sns.gov.pt.

[acedido em 24 de junho de 2017].

26. EBERHARDT RT, RAFFETTO JD, (2005). Chronic venous insufficiency.

Circulation; 111(18): p. 2398-409.

27. MATOS A, MANSILHA A, BRANDÃO ES, CÁSSIO I, BARBOSA J, (2011).

Recomendações no diagnóstico e tratamento da doença venosa crónica.

Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular.

28. ESMON CT, (2009). Basic mechanisms and pathogenesis of venous

thrombosis. Blood Reviews; 23: 225–229.

29. PASCARELLA L, PENN AP, SCHMID-SCHÖNBEIN G, (2005). Venous

hypertension and the inflammatory cascade: major manifestations and trigger

mechanisms. Angiology; vol. 56, sup. I.

30. BERGAN JJ, SCHMID-SCHÖNBEIN GW, SMITH PD, NICOLAIDES AN,

BOISSEAU MR, EKLOF B, (2006). Chronic venous disease. New England

Journal of Medicine; Aug 3, 355(5): 488-498.

31. WITTENS C, et al, (2015) Editor’s Choice, Management of Chronic Venous

Disease: Clinical Practice Guidelines of the European Society for Vascular

Surgery. Journal of Vascular and Endovascular Surgery; 49: 678-737.

32. PERRIN M, RAMELET AA (2011). Pharmacological treatment of primary chronic

venous disease: rationale, results and unanswered questions. European

Journal of Vascular and Endovascular Surgery;. 41(1): 117-25.

33. KAMPER L, FAIZY TD, HAAGE P, (2015). Diagnosis and treatment of

insufficient dialysis vascular access. FortschrGebRontgenstrNuklear med;

187:360–371.

34. KAISEN INSTITUTE, (2009), Manual of Total Service Management, Kaisen

Institute.

35. KAISEN no SIG_LOG. Sistema integrado de custo e logística de medicamentos,

dispositivos médicos e outros produtos farmacêuticos para o sistema

alargado de saúde. Acessível em: http://www.medlog.pt/siglog/. [acedido em

18 de julho de 2017].

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Anexos

Anexo 1. Espaço exterior da Farmácia Barreira

Anexo 2. Espaço destinado ao VALORMED.

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Anexo 3. Espaço interior constituído pelos balcões de atendimento.

Anexo 4. Espaço destinado a medição de PA, pulsação e IMC.

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Anexo 5. Espaço de receção de encomendas, emissão de notas de devolução,

faturação no final de cada mês e consulta e gestão de stocks.

Anexo 6. Gabinete do utente.

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Anexo 7. Secção de indicadores Kaizen.

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Anexo 8. Secção PDCA

Anexo 9. Secção de sugestões.

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Anexo 10. Calendário e mapa de tarefas.

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Anexo 11. Áreas de reservas pagas e não pagas e cartões identificativos.

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Prácticas en Farmacia Hospitalaria tuteladas por Dra. Isabel Font

_____________________________

(Dra. Isabel Font)

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Declaração de Integridade

Eu, Eva Alexandra Veloso Salgado, abaixo assinado, nº 14603584, aluno do Mestrado

Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto,

declaro ter atuado com absoluta integridade na elaboração deste documento.

Nesse sentido, confirmo que NÃO incorri em plágio (ato pelo qual um indivíduo, mesmo por

omissão, assume a autoria de um determinado trabalho intelectual ou partes dele). Mais

declaro que todas as frases que retirei de trabalhos anteriores pertencentes a outros autores

foram referenciadas ou redigidas com novas palavras, tendo neste caso colocado a citação da

fonte bibliográfica.

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, ____ de __________________ de ______

Assinatura: ______________________________________

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DATOS PERSONALES DEL ESTUDIANTE Y LA EMPRESA

A. IDENTIFICACIÓN DEL ESTUDIANTE

Nombre: Eva Alexandra Veloso Salgado

Titulación: Grado de Farmacia por la Universidade do Porto

Curso: 5º

e-mail: [email protected]

B. IDENTIFICACIÓN DE LA EMPRESA

Centro: Hospital Universitari i Politècnic la Fe

Departamento: Servicio de Farmacia

Tutor: Dra. Isabel Font Noguera

C. DESCRIPCIÓN DE LA PRÁCTICA

Unidad funcional: Farmacoterapia General

Fecha de inicio: 18/01/2017

Fecha de finalización: 18/04/2017

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INDICE

1. AGRADECIMENTOS ...................................................................................................................3

2. CARACTERÍSTICAS DEL HOSPITAL UNIVERSITARI I POLITÈCNIC LA FE .............4

2.1. Misión, visión y valores .......................................................................................................... 4

2.2. Estructura ................................................................................................................................ 4

2.3. Cartera de servicios de atención especializada .................................................................... 5

2.4. Otras unidades ........................................................................................................................ 7

3. CARACTERISTICAS DEL SERVICIO DE FARMACIA ........................................................8

3.1. Misión, visión y valores .......................................................................................................... 8

3.2. Estructura y funcionamiento del servicio de Farmacia....................................................... 8

4. MAPA DE PROCESOS .................................................................................................................8

5. ESTRUCTURA DEL SERVICIO DE FARMACIA ...................................................................9

5.1. Farmacoterapia General ........................................................................................................ 9

5.2. Gestión, Reenvasado, Medicamentos: Dosis Unitarias ........................................................ 9

5.3. Elaboración de medicamentos - Unidad de Farmacotecnia .............................................. 10

5.4. Farmacocinética .................................................................................................................... 10

5.6. Gestión de calidad asistencial y riesgos. ............................................................................. 10

5.7. Unidad de Atención Farmacéutica a Pacientes Externos (UFPE).................................... 11

6. DESCRIPCIÓN COMPLETA DEL ÁREA DE ROTACIÓN .................................................12

6.1. Descripción del proceso de Seguimiento Farmacoterapéutico ......................................... 12

6.2. Guía de Intercambio Terapéutico ....................................................................................... 12

6.3. Validación .............................................................................................................................. 15

6.4. Registro de Alergias y Creatinina ....................................................................................... 16

6.4.1. Alergias ....................................................................................................................... 16

6.4.2. Análisis de la Creatinina (Insuficiencia Renal) ....................................................... 17

6.5. Conciliación al ingreso ......................................................................................................... 17

7. ......................................................................................................................................................129

7.1. Valorfarm .............................................................................................................................. 17

7.2. Conciliación: Ingreso al alta ................................................................................................ 18

7.3. Formación - Información al alta ......................................................................................... 18

7.4. Adherencia ............................................................................................................................ 19

7.5. Agenda Consultas Externas ................................................................................................. 19

8. PROYECTO ESPECÍFICO: DETECCIÓN DE EVENTOS ADVERSOS POR

MEDICAMENTOS EN PACIENTES CRÓNICOS DE ALTO RIESGO DE

HOSPITALIZACIÓN (PCARH) ................................................................................................20

8.1. Introducción .......................................................................................................................... 20

8.2. Objetivos ................................................................................................................................ 21

8.3. Materiales y métodos ............................................................................................................ 21

8.4. Resultados .............................................................................................................................. 22

8.5. Conclusiones .......................................................................................................................... 26

8.6. Bibliografía ............................................................................................................................ 27

9. ANEXOS ........................................................................................................................................ 27

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INDICE DE TABLAS

Tabla 1. Cartera de servicios de atención especializada………………………………….………………....…8

Tabla 2. Medicamentos adquiridos a oficina de farmacia……………………………………………...…..…16

Tabla 3. Señales alterantes presentados por los pacientes…………………..…………................................26

Tabla 4. EAM presentados por los pacientes……………………………………………………..……....….27

Tabla 5. Evaluación de la gravedad de los EAM con la clasificación del NCC MERP…...…………....…...27

Tabla 6. Evaluación de la evitabilidadde los EAM…………………………………………...…………..…..28

INDICE DE FIGURAS

Figura 1. Plano del Hospital Universitari i Politècnic La Fe……………………………………..….……....7

Figura 2. Algoritmo de actuación para medicamentos no incluidos en el formulario…………….…....…16

INDICE DE GRAFICAS

Gráfica 1. Nº de intercambios terapéuticos en el análisis y validación tratamientos en Prisma….......…...17

Grafica 2. Comparativa de género de los pacientes en estudio……………..…………………….……..……25

Grafica 3. Pacientes con SA y sin SA………………………………….………………………….....…....…....26

INDICE DE ANEXOS

Anexo1. Módulo de cuidados……………………………………………………………………………..…….29

Anexo2. Módulo de Medicamentos y antídotos………………………………………………………..……...30

Anexo 3. Módulo de Urgencias y EAM sin señales alertantes………………………………………....….....31

Anexo 4. Módulo de concentraciones .plasmáticas……………………………………………………...........31

Anexo 5. Módulo de parámetros analíticos………………………………………………………….……..…31

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AGRADECIMENTOS

A los profesores Dr. Eduardo López, Dr. José Luis Poveda y en especial a la Dra. Isabel Font, por coordinar el

área de farmacoterapia y el proyecto específico. El gran tiempo y esfuerzo dedicado y enfocado me han servido para

asimilar y poder aplicar conceptos que sin mi llegada aquí tal vez no podría conocer.

Mi más profundo agradecimiento a las farmacéuticas adjuntas que componen el área de Farmacoterapia, Dra.

Asunción Albert, Dra. Concha Borrás, Dra. Mª José Fernández y Dra. Carmen Planells.

Al resto del Servicio de Farmacia: farmacéuticos, enfermeras y administrativas que también nos han ayudado cuando

lo hemos necesitado.

A mis compañeros que tantos momentos hemos compartido.

La consecución de este proyecto, desde mi primer día de trabajo, supone un paso más en mi vida profesional y por

ello siento una grande alegría y gratitud hacia todas las personas que me han apoyado.

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CARACTERÍSTICAS DEL HOSPITAL UNIVERSITARI I POLITÈCNIC LA FE

2.1. Misión, visión y valores

Misión: El Departamento de Salud Valencia La Fe de la Conselleria de Sanitat es una red sanitaria integrada

perteneciente a la Generalitat Valenciana. Es el Departamento de referencia de la Comunitat Valenciana y atiende las

necesidades sanitarias de su área de salud. Está abierto, por su rol de referencia, a las demandas de otros departamentos

y comunidades.

Presta atención sanitaria universal, integral y personalizada en régimen comunitario, de urgencia,

ambulatorio, hospitalización y domiciliario. Aplica medios preventivos, diagnósticos, curativos y rehabilitadores,

garantizando la continuidad asistencial con el fin de alcanzar el máximo índice de salud de su población. Como

Departamento Universitario, desarrolla investigación y docencia pre-grado, grado y post grado en el ámbito de las

ciencias de la salud.

Todas sus actividades se orientan a satisfacer las necesidades y expectativas de la población, con criterios de

equidad y máxima eficiencia, apoyándose para ello en el compromiso activo e implicación de todo su equipo de

personas.

Visión: Ser una de las mejores de España y de Europa por sus resultados y alta calidad asistencial, tecnológica

y docente, reconocida por los profesionales, pacientes y entorno social como un área clínica de excelencia y sostenible

por el aprovechamiento y uso adecuado de los recursos disponibles, individualizando la farmacoterapia a los pacientes

y promocionando una utilización de medicamentos excelente.

Valores: El ciudadano es el centro de referencia y de actuación de la organización. Nuestro principal recurso

son las personas, que ejercen su misión de acuerdo con los siguientes valores:

• Actitud emprendedora y afán de superación

• Flexibilidad, adaptabilidad para la innovación

• Respeto mutuo, trabajo en equipo y sentido de pertenencia

• Sentido de ética profesional

• Respeto al medio ambiente

2.2. Estructura

El hospital Universitario y Politécnico La Fe cuenta con una superficie construida de más de 260.000 m2.

Posee una gran amplitud de espacios y dispone de accesos y circulaciones independientes para profesionales, pacientes

y acompañantes. Se trata de un edificio amplio y luminoso, orientado a proporcionar un mayor confort al paciente. El

hospital cuenta con espacios de ocio y servicios abiertos a la comunidad, creando así una atmósfera que estimula la

rehabilitación de los enfermos.

La Fe dispone de un total de 1000 camas, todas ellas situadas en habitaciones individuales, lo que proporciona

una mayor comodidad para el paciente permitiendo que la estancia sea mucho más cómoda, tanto para éste como para

sus acompañantes. Para la atención ambulatoria, el hospital consta de 195 locales de consulta y 116 de exploraciones

con grandes salas de espera. Además, el hospital de Día formado por 113 puestos y 28 camas, proporciona una

alternativa a la hospitalización.

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El Hospital Universitario y Politécnico de la Fe consta de tres edificios intercomunicados entre sí a través de

distintas pasarelas:

• Edificio asistencial: este edificio consta de tres plantas comunes, el sótano, la planta baja y la primera planta donde

se encuentran la mayor parte de los servicios centrales (urgencias, admisión, extracción de sangre, etc.). Sobre estas

plantas se encuentran seis torres, cuatro de ellas se encuentran destinadas a hospitalización y dos de ellas a consultas

ambulatorias. En las torres D, E, F y G se encuentran hospitalizados los pacientes adultos, mientras que en las torres

B y C se encuentra el hospital infantil.

• Edificio de Investigación y laboratorios: situado al norte, anexionado al edificio asistencial.

• Edificio de dirección y administración: situado al sur, dedicado a administración y docencia.

2.3. Cartera de servicios de atención especializada

Tabla 1. Cartera de servicios de atención especializada.

Servicio Adulto Niño

Alergología * *

Angiología y Cirugía Vascular * *

Anestesia ‐ Reanimación * *

Cardiología (incluidas las patologías congénitas) * *

Cirugía Cardiovascular (incluidas cardiopatías congénitas) * *

Cirugía General y del Aparato Digestivo * *

Cirugía Oral y Maxilofacial * *

Cirugía Plástica – Quemados * *

Cirugía Ortopédica y Traumatología * *

Figura 1. Plano del Hospital Universitari i Politècnic La Fe

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Cirugía Torácica * *

Coordinación de Trasplantes * *

Dermatología * *

Endocrinología y Nutrición * *

Farmacia * *

Foniatría y Logopedia * *

Hematología – Hemoterapia * *

Litotricia * *

Medicina del Trabajo *

Medicina Digestiva * *

Medicina Intensiva ‐ UCI * *

Medicina Interna *

Medicina Preventiva ‐ Epidemiología *

Nefrología * *

Neonatología *

Neumología * *

Neurocirugía * *

Neurofisiología * *

Neurología * *

Obstetricia y Ginecología (incluida Cirugía Fetal) * *

Odontología * *

Oftalmología * *

Ortóptica ‐ Pleóptica * *

Oncología Médica * *

Oncología Radioterapia * *

Otorrinolaringología * *

Pediatría y sus especialidades *

Psicología Clínica * *

Psiquiatría * *

Rehabilitación * *

Reproducción Asistida *

Reumatología * *

Terapia Ocupacional * *

Unidad de Consejo genético * *

Unidad Hepática (Cirugía Hepatobilopancreática) * *

Unidad de Hemostasia y Trombosis * *

Unidad Médica de Corta Estancia y Asistencia Sociosanitaria *

Unidad de Genética y Diagnóstico Prenatal * *

Unidad de Gestión del Paciente Crónico *

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Unidad de Gastroenterología Pediátrica *

Unidad Hospitalización Domiciliaria * *

Unidad de Enfermedades Infecciosas * *

Unidad de Metabolopatías Congénitas * *

Unidad de Nutrición y Dietética * *

Unidad Funcional de Patología de Mama * *

U. Trastornos de Conducta Alimentaria * *

Unidad Terapéutica del Dolor * *

Urgencias * *

Unidad de Observación de Urgencias * *

Urodinámica * *

Urología * *

2.4. Otras unidades

- Área de docencia y Área de Investigación.

- Asesoría jurídica.

- Biblioteca científica.

- Biblioteca de pacientes y usuarios.

- Coordinación de trasplantes.

- Gestión económica.

- Servicio de Información y Atención al Paciente (SAIP).

- Servicio de Infraestructuras.

- Servicio de personal.

- Sistemas de información.

- Unidad de Calidad.

- Unidad de Comunicación.

- Unidad de Documentación Clínica y Admisión.

- Unidad Pedagógica Hospitalaria (UHP).

- Unidad de relaciones institucionales.

- Unidad de trabajo social.

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CARACTERISTICAS DEL SERVICIO DE FARMACIA

3.1. Misión, visión y valores

Misión: Asegurar una farmacoterapia integral y personalizada, y un sistema de utilización del medicamente

excelente, en términos de equidad, calidad, seguridad y eficiencia, a través del desarrollo de actividades asistenciales,

docentes y de investigación. El propósito es atender las necesidades y expectativas en salud de los pacientes.

Implicar a los profesionales integrados en el Área Clínica en la asunción de responsabilidades, toma de decisiones y

consecución de objetivos planteados, promoviéndose procesos de mejora continua.

Visión: Llegar a ser una de las mejores de España y de Europa por sus resultados y alta calidad asistencial,

tecnológica y docente, reconocida por los profesionales, pacientes y entorno social como un área clínica de excelencia

y sostenible por aprovechar y usar de manera adecuada los recursos disponibles, individualizando la farmacoterapia a

los pacientes y promocionando una utilización de medicamentos excelente.

Valores: El ciudadano es el centro de referencia y de actuación de la organización. Nuestro principal recurso,

las personas, ejercen su misión de acuerdo con:

Actitud emprendedora y afán de superación;

Flexibilidad y adaptabilidad para la innovación;

Respeto mutuo, trabajar en equipo y sentido de pertenencia;

Sentido de ética profesional;

Respeto al medio ambiente.

3.2. Estructura y funcionamiento del servicio de Farmacia

El Servicio de Farmacia se encuentra cubierto las 24 horas, durante todo el año.

Consta de dos farmacias situadas ambas en el edificio del Bulevar Sur. La farmacia que atiende las

necesidades de los pacientes ingresados en el hospital, y la Unidad de Farmacia de Pacientes Externos (UFPE),

encargada de dar servicio a pacientes que no se encuentran hospitalizados.

MAPA DE PROCESOS

Proceso estratégico: son aquellos que mantienen y despliegan las políticas y estrategias de la Unidad o

Servicio. Proporcionan directrices y límites de actuación al resto de los procesos. Entre ellos, algunos de los puntos

más destacados lo pueden ser la Planificación y Gestión de recursos, la Estrategia de aprovisionamiento o la Política

de calidad.

Proceso operativos: son aquellos que justifican la existencia de la Unidad o Servicio. Están directamente

ligados a los servicios que se prestan y orientados a los clientes/usuarios y a los requisitos. En general, suelen intervenir

varias áreas funcionales en su ejecución y son los que pueden conllevar los mayores recursos tanto económicos como

logísticos. En este proceso existe una interacción directa con el paciente.

Proceso de soporte: son aquellos que sirven de apoyo a los procesos operativos. Sin ellos, no serían posibles

los procesos operativos ni los estratégicos. Estos procesos son, en muchos casos, determinantes para que puedan

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conseguirse los objetivos del Servicio o Unidad y entre sus puntos más importantes encontramos la logística y

dispensación, la elaboración y el acondicionamiento, los ensayos clínicos y la farmacocinética.

ESTRUCTURA DEL SERVICIO DE FARMACIA

5. 1. Farmacoterapia General

El área de farmacoterapia general es aquella cuya principales actividades son:

La validación del tratamiento farmacológico prescrito (y validado) por el médico, asegurando así la

calidad del tratamiento, basándose en los principios del uso racional del medicamento, revisando así el

tratamiento, analizando factores tales como la necesidad, la seguridad o la efectividad del mismo, además

de asegurar que la terapia farmacológica es la adecuada, habiendo sido seleccionadas correctamente la

vía de administración, dosis, posología, forma farmacéutica, etc.

El seguimiento farmacoterapéutico.

Mantenimiento de la base de datos del programa de prescripción electrónica.

Gestión de medicamentos en situaciones especiales (medicamentos extranjeros y fuera de ficha técnica)

La resolución de consultas sencillas realizadas por otros profesionales sanitarios.

Otros proyectos tales como el del análisis de la calidad asistencial y seguimiento al ingreso y al alta de

pacientes trasplantados.

Para ejecutar esta función de la forma más efectiva posible, se hace uso de diversos soportes de información

y asistencia, tales como la guía farmacoterapéutica o aplicaciones como Orion Clinic, en el que se revisa todo el

historial clínico del paciente, o Prisma (prescripción electrónica).

5. 2. Gestión, Reenvasado, Medicamentos: Dosis Unitarias

i. Unidad de gestión funcional de logística del medicamento y gestión del conocimiento

Misión: Garantizar la disponibilidad de medicamentos para el inicio y el mantenimiento de los tratamientos

prescritos a los pacientes. El área de Gestión de Medicamentos está integrada en la UGF-Lógico del Servicio de

Farmacia. Es la responsable de la política y procedimientos de compras. Los medicamentos comprados y

acondicionados son almacenados en el Almacén General de Farmacia (FAAGG/ REENFAGNH) desde donde son

dispensados a las farmacias y las Unidades Asistenciales (UA).

ii. Unidad Centralizada de Reenvasado

Misión: La U.C.R. acondiciona continuamente un total de 694 especialidades farmacéuticas que se adquieren

de forma programada y se envían, al terminar, al almacén de reenvasado. Es a partir de este almacén del que las

auxiliares de enfermería reponen los medicamentos agotados en el Kardex. Cuando el médico prescribe y el

farmacéutico valida la prescripción del día siguiente, se distribuye la medicación en carros. Cada carro corresponde a

una Unidad de hospitalización y contiene 35 cajones individuales y etiquetados que corresponden a cada cama y

paciente de la unidad.

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5.3. Elaboración de medicamentos - Unidad de Farmacotecnia

Misión: Elaborar y acondicionar medicamentos para su dispensación individualizada por paciente (fórmulas

magistrales y normalizadas), solicitados en los procesos de farmacoterapia y ensayos clínicos, en unidades de

elaboración y acondicionamiento, dentro de la legislación vigente.

Las funciones de esta sección son las siguientes:

Elaboración y control de fórmulas magistrales y preparados oficinales;

Preparación de mezclas intravenosas: citostáticos y nutriciones parenterales;

Elaborar fórmulas para la experimentación, ensayos clínicos…

5.4. Farmacocinética

Misión: Asegurar la farmacoterapia integral y personalizada, así como un sistema de utilización del

medicamento excelente, en términos de equidad, calidad, seguridad y eficacia; mediante el desarrollo de actividades

asistenciales, docentes y de investigación; de forma corresponsable con el resto de la organización, con el propósito

de atender las necesidades y expectativas en la salud de los pacientes.

Optimizar la terapia farmacológica mediante el ajuste posológico individualizado y el seguimiento del

resultado en el paciente, así como detectar y evitar interacciones farmacológicas, infradosificaciones e intoxicaciones.

Implicar a los profesionales integrados en el Área Clínica en la asunción de responsabilidades, en la toma de

decisiones y en la consecución de los objetivos planteados, de manera que promuevan procesos de mejora continua.

5.5. Ensayos Clínicos

Misión: Promover y desarrollar investigación trasnacional e innovación en salud, de calidad y excelencia

contrastadas, sostenibles y orientadas a la resolución de problemas sanitarios, contribuyendo al desarrollo científico,

formativo y económico, y a la mejora de la calidad de vida de la sociedad. Acondicionamiento Reenvasado Farmacia

H.U.P. La Fe Bulevar Sur Unidad Centralizada de Reenvasado Elaboración estériles y no estériles Farmacia H.U.P.

La Fe Bulevar Sur Terapia Intravenosa: Nutrición parenteral, Mezclas intravenosas, Quimioterapia, Fórmulas estériles

Farmacotecnia no estéril.

Visión: Ser uno de los cinco primeros centros de referencia en el sector biomédico español, que promueve el

desarrollo de una investigación básica y clínica de excelencia, y la transferencia del conocimiento al sector

productivo”.

5.6. Gestión de calidad asistencial y riesgos.

Este proceso está ligado a la política de calidad establecida en el Servicio de Farmacia. Tiene dos

orientaciones principales: al circuito del medicamento y a la atención farmacéutica centrada en el paciente. En la tabla

siguiente se esquematizan los programas diseñados en estos ámbitos.

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Comité para la calidad y seguridad del medicamento

El Comité de Calidad se creó en octubre de 2006 y se reúne 3 veces al año. Las actividades que realiza se

enmarcan dentro de 3 líneas estratégicas:

1. Mejorar la práctica asistencial y el proceso farmacoterapéutico;

2. Fomentar la cultura en calidad y seguridad;

3. Fomentar la evaluación y la investigación en calidad.

5.7. Unidad de Atención Farmacéutica a Pacientes Externos (UFPE)

Las Unidades de Atención Farmacéutica a Pacientes Externos están integradas en la estructura hospitalaria y

son dependientes del servicio de farmacia. Desarrollan una función específica que constituye el nexo de unión entre

el hospital y la red sanitaria de atención primaria.

Estas unidades específicas se crearon a raíz del incremento de los costes generados por muchos tratamientos.

El profesional sanitario mediante consulta farmacéutica, debe prestar atención al paciente externo. Todo esto favorece

a la eficacia, seguridad, rapidez y calidad del uso racional del medicamento.

Ámbito de actuación: Los pacientes que normalmente se tratan en estas unidades son pacientes externos oncológicos,

trasplantados, con hepatitis, con fibrosis quística, con hemofilia, y fundamentalmente los infectados por el VIH. Son

pacientes que, aun no estando hospitalizados, requieren una particular vigilancia.

Dispensación de medicación

Serán objeto de dispensación en la Unidad:

• Medicamentos de uso hospitalario y Diagnóstico Hospitalario (símbolos H y DH en el envase).

• Medicamentos de uso compasivo.

• Medicamentos extranjeros.

• Medicamentos objeto de ensayo clínico en curso para pacientes externos.

• Productos y material sanitario requerido para la administración de los medicamentos dispensados.

• Formulaciones magistrales requeridas en la atención al paciente que no pueden realizarse en las oficinas de

farmacia.

• La dispensación de medicamentos que estén sujetos a procedimientos especiales de la Agencia Valenciana

de Salud (programa PAISE).

Funciones:

Informar y asesorar a los pacientes externos en cuanto a su correcta administración, efectos adversos,

interacciones, etc.

Adecuación de las prescripciones.

Dispensar a los pacientes no ingresados las especialidades de uso hospitalario o aquellas que sea necesario

de acuerdo con el artículo 91 de la Ley 25/1990, de 20 diciembre, del Medicamento.

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Establecer procedimientos que garanticen el seguimiento de las pautas terapéuticas, promoviendo el uso

racional y eficiente del medicamento.

Participar en la comisión de Farmacia y Terapéutica del hospital y en la Comisión del Uso Racional del

Medicamento del Área de Salud.

Colaborar y asesorar en la adquisición y gestión de los medicamentos en el Servicio de Farmacia.

Informar sobre los perfiles de utilización.

Colaborar en los proyectos de investigación clínica.

Elaborar los indicadores de actividad económicos y de resultados en el paciente

DESCRIPCIÓN COMPLETA DEL ÁREA DE ROTACIÓN

6.1. Descripción del proceso de Seguimiento Farmacoterapéutico

El seguimiento farmacoterapéutico tiene como objetivo la obtención de la máxima efectividad del plan de

terapia farmacológica, minimizando los riesgos relacionados con la medicación, concentrándose en la valoración de

la necesidad, la efectividad y la seguridad del tratamiento farmacológico. El responsable de este proceso ha de ser un

farmacéutico especialista, nombrado por el jefe de servicio.

La actividad se basa en:

1. Primeramente, recoger registrar diariamente, durante la estancia del paciente en el hospital, todos los

parámetros necesarios para realizar una correcta monitorización de la terapia. Esto implica diversas acciones

a realizar, tales como desplazarse a la planta donde está ingresado el paciente, consultar los registros de

medicación y observaciones de enfermería, consultar los datos analíticos y las notas de evolución escritas

por el médico, visitar al paciente, etc…

2. Tras ello, se debe evaluar el estado de los parámetros definidos, para realizar la monitorización de la terapia

farmacológica, registrando de forma diaria las incidencias detectadas.

3. En tercer lugar, si la evolución del paciente es favorable durante el seguimiento, se pasa al plan de alta.

No obstante, si se detectan problemas en la evolución del paciente, relacionado con la terapia farmacológica,

se ha de realizar una reevaluación.

6.2 Guía de Intercambio Terapéutico

Casi diariamente los hospitales necesitan disponer de medicamentos no incluidos en el formulario (MNIF) ya

que los fármacos recogidos en los Formularios o Guías Farmacoterapéuticas del hospital pueden no ser, en ocasiones,

aquella alternativa más adecuada para un determinado paciente que ingresa en el hospital con su tratamiento

farmacológico habitual.

Ahora bien, la prescripción de MNIF puede generar problemas de disponibilidad de medicación para el inicio

y la continuidad de tratamiento, y, en algunos casos, se han detectado duplicidades ya que el paciente o su familiar

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está administrando su medicación habitual y el hospital también a través de circuito de dispensación y administración.

Para abordar este problema de forma racional, disponemos de un algoritmo de actuación para MNIF, aprobado por la

Comisión de Farmacia y Terapéutica. Dicho algoritmo contempla los siguientes conceptos:

GRUPO A: Sustitución genérica /forma de dosificación:

Dispensación de un medicamento incluido en el formulario con idéntica composición y/o diferente forma

farmacéutica y/o forma de dosificación que el prescrito.

GRUPO B: Intercambio terapéutico:

Selección de equivalentes terapéuticos, es decir, medicamentos con estructura química distinta pero que pertenecen

a la misma clase farmacológica o terapéutica y de los que cabe esperar efecto terapéutico y perfil de efectos

adversos semejantes cuando se administran en dosis terapéutica equivalente.

GRUPO C: No intercambiables:

Se caracterizan por su estrecho margen terapéutico (riesgo elevado de inducir reacciones adversas dosis

dependientes moderadas o graves). Como ejemplos citamos: ANÉSTESICOS GENERALES Y LOCALES,

ANTIARRÍTMICOS, ANTICOAGULANTES ORALES, etc.

Tanto la sustitución como el intercambio tienen como objetivo el reducir al máximo el número de

presentaciones farmacéuticas disponibles en el hospital pero, permitiendo a su vez que la cobertura sea máxima y

de calidad.

Limitando el número de preparaciones disponibles para un mismo principio activo y/o limitando las

diferentes opciones dentro de un mismo terapéutico, permitimos alcanzar dicho objetivo. Se persigue que la

prestación farmacéutica sea completa y sea eficiente tanto en términos económicos como logísticos (facilitando

las operaciones de aprovisionamiento y también las relacionadas con la preparación de carros por parte del personal

de enfermería).

Para llevar a cabo el intercambio terapéutico en el área de farmacoterapia del Servicio de Farmacia del

Hospital Universitari i politècnic la FE se dispone de un documento normalizado con el que se puede realizar

fácilmente esta labor buscando la preparación prescrita por nombre comercial o principio activo.

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Figura 2. Algoritmo de actuación para medicamentos no incluidos en el formulario

La tercera edición de la Guía de Intercambio Terapéutico se elaboró durante el 2012, se presentó a la CFT

en abril de 2012 (CFT 81) y se aprobó en septiembre de 2012 (CFT 85).

Medicamentos no incluidos en el Formulario

De manera excepcional, el Servicio de Farmacia adquiere medicamentos no incluidos en el Formulario por los motivos

que se exponen en la siguiente tabla. Dicha adquisición se realiza directamente al centro farmacéutico y/o oficinas de

farmacia desde las propias Farmacias del Hospital.

PRESCRIPCIÓN DE MNIF

Principio activo incluido Principio activo no incluido

Tratamiento

nuevo

Tratamiento

crónico

Estrecho índice terapéutico

Con/Sin valor terapéutico

Amplio índice terapéutico

Con valor terapéutico

Sustitución

genérica Intercambio

terapéutico

No

intercambiar

Compra CF/OF Validación del

médico Paciente dispone

DISPENSACIÓN

ADMINISTRACIÓN

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Tabla 2. Medicamentos adquiridos a oficina de farmacia

ADQUISICIÓN DE MEDICAMENTOS A OFICINA DE FARMACIA

Medicamentos Motivo

No incluidos en el Formulario del

Hospital

Medicamentos que se utilizan en patologías no

hospitalarias

Continuación de tratamientos crónicos de pacientes

ingresados

Incluidos en el Formulario del

Hospital

Medicamentos de consumo irrelevante

Por rotura de stock imprevista

Gráfica 1. Nº de intercambios terapéuticos en el análisis y validación tratamientos en Prisma

6.3 Validación

Es el método para identificar oportunidades de mejora en los procesos de la cadena farmacoterapéutica. El

objetivo es revisar, comprobar y optimizar la eficiencia de la prescripción médica mediante el cumplimiento de

Oct 14May 14Dic 13Jl 13Fe 13Sep 12Ab 12Nv 11Ju 11En 11

120

100

80

60

40

20

0

Mes

Valo

r indiv

idual

_X=58,9

LCS=104,8

LCI=13,1

11

Gráfica I de IT

Intercambio Terapéutico

Se incluyen medicamentos y escitalopram

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protocolos, cambios a tratamiento más coste-efectivo, farmacoterapia secuencial, vía y método de administración y

duración del tratamiento.

Durante este proceso de la cadena terapéutica, se debe prestar especial cuidado a la detección de señales

(Incidencias y alertas). Las alertas y su potencial riesgo puede tener su origen en:

1. Paciente (correcto)

2. Indicación de los medicamentos (aprobada)

3. Duplicidad de la medicación

4. Alergia o sensibilidad a los medicamentos

5. Interacciones con significación clínica

Medicamento-medicamento

Medicamento-alimento

6. Necesidad de individualizar las formas de administración (vías y métodos)

7. Necesidad de personalizar el tratamiento

8. Duración apropiada del tratamiento

9. Paciente (correcto)

10. Indicación de los medicamentos (aprobada)

11. Duplicidad de la medicación

12. Alergia o sensibilidad a los medicamentos

13. Interacciones con significación clínica

Medicamento-medicamento

Medicamento-alimento

14. Necesidad de individualizar las formas de administración (vías y métodos)

15. Necesidad de personalizar el tratamiento

16. Duración apropiada del tratamiento

6.4 Registro de Alergias y Creatinina

6.4.1 Alergias

Entendemos como alergias medicamentosas las reacciones adversas sufridas ante la administración de un

fármaco, de forma individualizada. Estas reacciones pueden surgir ante prácticamente cualquier medicamento, y

cursan con una sintomatología muy variada, que abarca desde erupciones en la piel, a trastornos del tubo digestivo,

como son la diarrea o los vómitos.

Con el objetivo de aumentar la seguridad del proceso terapéutico, y encontrar una alternativa terapéutica, es

fundamental que estas alergias (incluidas las alergias a excipientes y otros productos sanitarios como las vendas)

queden registradas.

Así pues, nuestra tarea consistirá en la identificación de dichas alergias en el historial clínico (MIZAR), donde

debe estar registrado previamente, y tras ello ser transcrito a PRISMA, programa donde se registran las prescripciones

de cada paciente, con el objetivo de mejorar la seguridad del proceso y el bienestar del paciente mediante el

establecimiento de nuevas rutas terapéuticas.

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6.4.2 Análisis de la Creatinina (Insuficiencia Renal)

La existencia de insuficiencia renal en el paciente es un factor de conocimiento esencial para establecer una

dosis adecuada de numerosos medicamentos. Esto es debido a que, aquellos medicamentos que sean eliminados vía

renal verán su aclaramiento reducido, por lo que su concentración sérica se mantendrá de forma más prolongada que

en un aclaramiento renal normal, por lo que estos pacientes serán más propensos a sufrir reacciones adversas

medicamentosas relacionadas con la dosis, por lo que será necesario reducir la dosis de estos medicamentos en dichos

pacientes para así mejorar la seguridad del proceso terapéutico. Esto lo haremos mediante la identificación de los

niveles altos de creatina sérica en los análisis bioquímicos de sangre (información presente en MIZAR). Se asumirá

que un paciente padecerá insuficiencia renal en el caso de que tenga unos valores de 1,4 mg/dl en caso de ser hombre,

y 1,2 mg/dl en caso de ser mujer.

Tras ello, junto a la información de peso y talla, se registrará en PRISMA, donde se calculará el aclaramiento

renal de forma automática, para que así el prescriptor analice la posibilidad de ajuste de dosis.

6.5 Conciliación al ingreso

Es el proceso formal que consiste en obtener el listado completo y exacto del tratamiento crónico del paciente

y adecuar éste a la prescripción médica realizada tras la transición asistencial. El objetivo de la conciliación es asegurar

que los pacientes reciben todos los medicamentos que estaba tomando previamente, confirmando que están prescritos

con la dosis, vía y frecuencia correcta; además que son adecuados a la situación del paciente.

En este proceso se debe considerar si durante la transición del paciente se ha modificado y/o suspendido algún

medicamento por prescripción, y si ésta ha sido realizada en el hospital.

Programas de Atención Farmacéutica

7.1 Valorfarm

Valorfarm es el programa que se usa para realizar el proceso de seguimiento farmacoterapéutico en pacientes

de alta morbilidad, esto es, pacientes diana: trasplantados y crónicos. Los cuales, entre otros factores de riesgo,

poseerán la cualidad de ser polimedicados.

Este procedimiento consta de los siguientes pasos:

1- En primer se identifica al paciente de riesgo (captación), se pasa a activo en la agenda del programa

Valorfarm, se realiza una revisión inicial de la historia clínica del paciente en los programas pertinentes

(Orion, Mizar, Prisma) y tras ello se avisa al médico de la inclusión del paciente en el programa Valorfarm.

2- El siguiente paso consistirá en la obtención de datos de la historia clínica del paciente, recogiendo

información tal como la medicación que tomaba previamente al ingreso, y posteriormente, se preparará el

material necesario para la primera visita en planta al paciente.

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3- En la primera visita al paciente principalmente se le explicará en qué se basa la medicación que está tomando,

cuál es su objetivo, cuándo ha de tomarla y el método de empleo correcto, además de responderle las posibles

dudas que le surjan relacionadas con la medicación.

4- Tras ello se registrará la primera visita en Valorfarm, y posteriormente se hará una valoración del paciente,

concentrándose principalmente en su capacidad para comprender todo lo explicado relacionado con la

medicación, y el riesgo de este a la hora de adherirse correctamente al tratamiento. Después, se redactará un

plan de acción de seguimiento basado en los factores previamente valorados.

5- Posteriormente, se ejecutará el plan de acción, en el que se preparará todo el material informativo que hay

que dar al paciente, registrando en Valorfarm la medicación y la pauta de ingesta que ha de tener tras el alta,

prestando atención por otra parte en la conciliación al tratamiento previo ingreso. En el momento del alta se

le explicará de nuevo al paciente cómo y cuándo ha de tomar la medicación, además de las precauciones que

tiene que tener en cuenta. Adicionalmente, se le entregará un esquema horario de la medicación. De forma

complementaria, también se le puede hacer un cuestionario de comprensión de todo lo explicado, para

asegurarse de que todo lo dicho ha sido entendido. Pasada aproximadamente una semana tras el alta, se le

realizará al paciente, o a la persona encargada de su cuidado, una encuesta telefónica con el objetivo de

revisar el grado de adherencia al tratamiento.

6- Hecho esto, se procede a valorar el grado de riesgo, tomando la decisión si se debe de continuar con el

programa de seguimiento farmacoterapéutico, implicando esto posteriores visitas, seguimiento y formación,

o, en caso contrario, si todo está correcto se procederá a la salida del programa.

7.2 Conciliación: Ingreso al alta

Es el proceso formal que consiste en obtener el listado completo y exacto del tratamiento crónico del paciente

y adecuar éste a la prescripción médica realizada tras la transición asistencial. El objetivo de la conciliación es asegurar

que los pacientes reciben todos los medicamentos que estaba tomando previamente y que sigan necesitando tras el

ingreso, confirmando que están prescritos con la dosis, vía y frecuencia correcta; además que son adecuados a la

situación del paciente.

En este proceso se debe considerar si durante la transición del paciente se ha modificado y/o suspendido algún

medicamento por prescripción, y si ésta ha sido realizada en el hospital.

7.3 Formación - Información al alta

En el caso de los pacientes trasplantados se lleva un procedimiento en el que todos los días el farmacéutico

revisa la prescripción. Todos los días se lleva un seguimiento del paciente trasplantado. Y se inicia la formación del

paciente en su medicación a los pocos días del trasplante. Todo paciente al realizarle el alta se le realizará una visita

en la cual se le entregará una carpeta con la siguiente información:

Informe con el INFOWIN actualizado y con la medicación que se llevará a casa.

Una guía del estilo de vida que debe llevar, el farmacéutico le explicará algunas normas generales de

importancia.

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Instrucciones de cómo debe venir cuando venga a hacerse las analítica (Sin haberse tomado la medicación

de esa mañana y tomarla a las dos horas del desayuno).

La información que deberá darle a su médico de cabecera

Información a complementar por enfermería

7.4 Adherencia

La medida de la adherencia terapéutica va a ser fundamental para valorar los resultados de los programas de

atención farmacéutica llevados a cabo con los pacientes trasplantados. Va a ser importante porque pondrá de

manifiesto cual ha sido el alcance de las actividades formativas llevadas a cabo por el farmacéutico cuyo destinatario

es el paciente. Tal y como se ha comentado con anterioridad en este grupo de pacientes es determinante el correcto

manejo de los fármacos y este aspecto está directamente relacionado con la aparición o ausencia de PRM. Por tanto,

la adherencia por parte del paciente implicará que los procedimientos impartidos son adecuados y consiguen los

objetivos perseguidos.

Para llevar a cabo la medida de la adherencia se realiza una encuesta telefónica (cuestionario SMAQ) a cada

paciente en particular tras el alta hospitalaria. La llamada se realiza en torno a los 15-20 días siguientes al alta y consta

de una serie de preguntas que, en función a las contestaciones obtenidas, catalogan al paciente como adherente o no

adherente.

7.5 Agenda Consultas Externas

La agenda de consultas externas es un recurso que forma parte del programa de atención farmacéutica a los

pacientes trasplantados. Se trata de un procedimiento de refuerzo de la formación prestada al paciente y se llevará a

cabo con aquellos pacientes en los que se detectan especiales necesidades de seguimiento farmacoterapéutico. Los

pacientes serán citados, por parte del farmacéutico que haya llevado a cabo su seguimiento durante el ingreso, en

consulta externa del hospital. En ellos se refuerzan los criterios de formación y se intentan identificar sus carencias.

Los pacientes que se citarán a consulta externa serán:

Aquellos pacientes cuyas respuestas en el cuestionario SMAQ lo definan como un paciente no adherente.

Aquellos pacientes en los que se identifiquen dificultades de comprensión durante la atención llevada a cabo

durante el ingreso.

Aquellos pacientes catalogados como de Nivel 1 (riesgo global) según el Modelo de Selección de Pacientes

Crónicos de la SEFH (1).

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Proyecto específico: Detección de eventos adversos por medicamentos en pacientes crónicos de alto riesgo

de hospitalización

8.1 Introducción

Hasta hace poco el concepto de paciente crónico se definía como afecto de una única enfermedad, ahora es

representado como crónico el paciente con varias patologías crónicas, merma en su autonomía, incapacidad y

fragilidad clínica, adquiriendo una nueva dimensión.

Se entiende como problema relacionado con los medicamentos todo hecho o circunstancia relacionada con el

tratamiento farmacológico que interfiere con el resultado óptimo del cuidado del paciente (2). De hecho, los efectos

adversos de los medicamentos y las consecuencias de un tratamiento farmacológico inapropiado, son una causa

frecuente de morbimortalidad tanto en pacientes hospitalizados como ambulatorios (3-4).

Los resultados de los diversos estudios muestran importantes diferencias en la incidencia de EAM, debido

principalmente a que muchos de ellos sólo contemplan las reacciones adversas, mientras que en otros se incluyen:

errores de medicación, sobredosis, interacciones, utilización de medicamentos inapropiados o de dosis

inadecuadas, incumplimiento y problemas de adherencia.

Por su magnitud y trascendencia constituyen un verdadero problema de salud pública con una importante

repercusión económica. El institute for safe Medication Practises estima que el 50% de los errores de medicación y

el 20% de los efectos adversos de la medicación se podrían evitar con una conciliación adecuada, lo cual contribuiría

a mejorar la seguridad de los pacientes. Una elevada incidencia de los problemas relacionados con la medicación,

sobre todo la población mayor de 65 años, podrían ser corregidos con la revisión sistemática de la medicación. En

estudios realizados para caracterizar eventos adversos por medicamentos se ha constatado que estos motivan el ingreso

hospitalario y alargan la estancia hospitalaria (5).

Los EAM se pueden diferenciar en prevenibles o no prevenibles, en función de su evitabilidad. Los EAM no

prevenibles son los que se producen a pesar de la utilización adecuada del medicamento. Los pacientes mayores

crónicos con multimorbilidad son especialmente vulnerables a sufrirlos debido a sus características (edad avanzada,

polimedicación, pluripatología, etc), por lo que la detección de estos eventos y la implantación de prácticas dirigidas

a prevenirlos debe ser un objetivo prioritario de las estrategias de cronicidad (5).

De ahí que hayan surgido herramientas, como los “Trigger Tool” que consisten en la utilización de señales de

alerta para identificar posibles daños por medicamentos. Este método ha sido validado y utilizado en diversos ámbitos

y poblaciones.

Esta situación, ofrece una oportunidad al farmacéutico para participar de forma activa y corresponsable con el

resto de miembros del equipo asistencial, en el cuidado y seguimiento individualizado del paciente, con el propósito

de identificar, prevenir y resolver los EAM. Las intervenciones farmacéuticas son actuaciones realizadas por el

farmacéutico relacionado con la farmacoterapia.

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8.2. Objetivos

Objetivo general

Adquirir conocimiento y habilidades en la valoración de la prevalencia y características de los EAM

detectados en los pacientes.

Objetivos específicos

Establecer metodología de identificación y valoración de pacientes;

Analizar cada uno de los casos de forma individualizada;

Detección, identificación de los efectos adversos relacionados con los medicamentos en pacientes crónicos

ingresados;

Identificar la gravedad y evitabilidad de los EAM.

8.3. Materiales y métodos

Ámbito

Hospital general de referencia y docente de 1000 camas.

Diseño del estudio

Estudio observacional y prospectivo.

Periodo

Se ha llevado a cabo durante 2 meses: Febrero-Marzo 2017.

Grupo de trabajo

Coordinadora: Dra. Isabel Font Noguera

Población y muestra

15 pacientes de alto riesgo de hospitalización incluidos en Cuidiss.

Criterios de selección

Edad superior a 65 años;

Paciente con multimorbilidad;

Pacientes polimedicados;

Duración de estancia superior a 48h.

*Multimorbilidad: La coexistencia de dos o más enfermedades crónicas, donde ninguna de ellas tiene un papel más

central que otras.

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Herramienta de Detección

Señales Alertantes.

Unidad de análisis

Historia cínica y farmacoterapéutica.

Procedimiento

Se han analizado los datos clínicos y demográficos de cada uno de los pacientes elegidos. Se revisaran los

medicamentos prescritos (líneas del visor de Prisma) y lo que en teoría deberían estarlo (conciliación al ingreso).

Además, se analizan los datos de la historia clínica de los pacientes, en Mizar, donde se han agrupado esos datos en 5

módulos y cada módulo está compuesto por un número de señales alertantes (SA): Modulo señales alertantes de

cuidados (12 SA), Modulo señales alertantes de medicamentos (13 SA), Modulo de señales alertantes de

concentraciones plasmáticas (11 SA), Modulo señales alertantes de parámetros analíticos (14SA), Modulo de

señales alertantes de urgencias (1SA). Se han revisado los tratamientos que los pacientes han tenido durante el

ingreso (Prisma). Las hoja de anamnesis de evolución y de curso clínico (Mizar), en estas se han obtenido la mayoría

de los datos demográficos así como las patologías y tratamientos previos. En los informes de laboratorio se prestó

mayor atención a las señales alertantes de parámetros analíticos y concentraciones plasmáticas. En las horas de

enfermería se han revisado las caídas, el estado de consciencia del paciente, las disposiciones y tensiones. Cuando se

han detectado alguna señale alertante, se investigó en la historia clínica del paciente se está asociado con algún efecto

adverso por medicamento. Los EAM fueran clasificados según su gravidad y evitabilidad.

Indicadores de estudio

Número de pacientes con EAM;

Numero de paciente con alguna señales alertante.

8.4. Resultados

Durante dos meses (Febrero-Marzo) se incluyeron en el estudio de detección de eventos adversos por medicamentos

en pacientes crónicos hospitalizados a un total de 15 pacientes, de los cuales 11 fueron mujeres y 4 hombres. El

promedio de edad de los pacientes fue 84 años, teniendo el paciente de mayor edad 95 años y la de menor edad 76

años.

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Grafica 2. Comparativa de género de los pacientes en estudio.

En lo que se refiere al número de medicamentos crónicos al ingreso el promedio es de 10 medicamentos y el

promedio de medicamentos durante el ingreso es de 13 medicamentos. En relación a la duración de la estancia

hospitalaria el promedio en general es de 8 dias, pero el paciente que menos días de estancia ha necesitado ha estado

ingresado durante 3 días, y el paciente que más días ha necesitado, 27.

Promedio de medicamentos al ingreso 10 Medicamentos

Promedio de medicamentos durante el ingreso 13 Medicamentos

Promedio de duración de estancia 8 Días

Durante el período analizado, se detectaron un total de 14 pacientes con señales alertantes, de los 15 pacientes

estudiados. En cuanto al tipo de SAs que fueron detectados son los que se presentan en la tabla y las SAs más

frecuentes eran Glucemia > 110mg/dl y CL cr < 35ml/min/1.73m.

73%

27%

SEXO DE LOS PACIENTES

Mujer Hombre

Promedio de edad: 84 años

Edad máxima: 95 años

Edad mínima: 76 años

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Grafica 3. Pacientes con SA y sin SA

Tabla 3. Señales alterantes presentados por los pacientes.

De estos 14 pacientes con SA, 5 de ellos sufrieron EAM. y 2 de ellos sufrió más que 1 EAM.

Señales Alertantes Número de

pacientes

Glucemia < 50mg/dl 1

Glucemia> 110mg/dl 5

Reacción adversa registrada 2

Reingreso en 30 días 2

Hemoglobina > 12g/dl 2

Na > 130 mEq/L 1

INR >5 2

CL cr < 35ml/min/1.73m 6

K < 2.9 mEq/L 1

Leucocitos < 3000/mm 1

Haloperidol 1

93%

7%

Pacientes con Señales alertantes

Com SA Sin SA

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Tabla 4. EAM presentados por los pacientes.

EAM MEDICAMENTO ENVOLVIDO NÚMERO DE

PACIENTES

Epistaxis en contexto de exceso de

anticoagulantes

Sintrom 2

Niveles k bajos por diuréticos Hidroclorotiazida y Furosemida 1

Niveles k altos por tratamiento con

IECA

Ramipril 1

Niveles de Na altos por tratamiento

con antidepresivos

Amitriplina 1

Hipoglucemia por tratamiento con

insulina

Insulina 2

Los EAM presentados por los pacientes fueran clasificados según su gravidad y evitabilidad.

Tabla5. Evaluación de la gravedad de los EAM con la clasificación del NCC MERP (NationalCoordinating

Council forMedication Error Reporting and Prevention

EAM Gravidad

Epistaxis en contexto de exceso de

anticoagulantes

E- El error contribuyó o causó daño temporal al paciente y precisó

intervención

Niveles k bajos por diuréticos D - El error alcanzó al paciente y no le causó daño, pero precisó

monitorización3 y/o intervención

Niveles k altos por tratamiento

con IECA

D - El error alcanzó al paciente y no le causó daño, pero precisó

monitorización3 y/o intervención

Niveles de Na altos por

tratamiento con antidepresivos

D - El error alcanzó al paciente y no le causó daño, pero precisó

monitorización3 y/o intervención

Hipoglucemia por tratamiento

con insulina

D - El error alcanzó al paciente y no le causó daño, pero precisó

monitorización3 y/o intervención

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Tabla6. Evaluación de la evitabilidadde los EAM (adaptación del cuestionario de Schumock y Thorton)

EAM Evitabilidad

Epistaxis en contexto de exceso de

anticoagulantes

No

Niveles k bajos por diuréticos No

Niveles k altos por tratamiento con IECA No

Niveles de Na altos por tratamiento con

antidepresivos

No

Hipoglucemia por tratamiento con insulina No

8.5. Conclusiones

Después de obtener los resultados se pueden concluir los siguientes puntos:

.

Se incluyeron solo 15 pacientes en el estudio y 5 presentaron EAM (33%)

Medicamentos implicados: Acenocumarol, hidroclorotiazida, insulina, Amitriptilina, Ramipril.

4 EAM presentan gravidad D y 1 EAM presenta gravidad E

Ninguno de los EAM es evitable

La atención al paciente desde una perspectiva multidisciplinar tiene como resultado un aumento de la

probabilidad de éxito de la estrategia farmacoterapéutica. La integración del farmacéutico al equipo

asistencial permite una farmacoterapia mejor ajustada reduciendo los gastos siendo más eficiente y la

mejor comprensión del paciente de su estado de salud reducirá la morbilidad, disminuyendo los EAM

y reingresos, repercutiendo finalmente en los costes de la asistencia a pacientes crónicos de alto riesgo

de hospitalización.

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8.6. Bibliografía

1. Servicio de Farmacia del Hospital Universitari i Politècnic La Fe (2015). Memoria Anual Área Clínica del

Medicamento

2. Strand LM, Morley PC, Cipolle RJ, Ramsey R, Lamsam GD. Drugrelated problems. Ann Pharm 1990; 24:

1093-97

3. Bates DW, Cullen DJ, Laird N, Petersen LA, Small SD, Servi D, et al. Incidence of adverse drug events and

potential adverse drug events. JAMA 1995; 274: 29-34.

4. Díez JL, Muñoz JL, De Castro S. Patología iatrogénica en un Servicio de Medicina Interna. II. Reacciones

adversas a medicamentos. Med Clin (Barc) 1986; 87: 131-4.

5. Otero MJ, Alonso Hernández P, Maderuelo Fernández JA, Ceruelo Bermejo J, Domínguez-Gil A.

Prevalencia y factores asociados a los acontecimientos adversos prevenibles por medicamentos que causan

el ingreso hospitalario. Farm Hosp. 2006; 30: 161-70

ANEXOS

Anexo 1. Módulo de cuidados

1. Módulo de cuidados

A. Rash

Existen Múltiples circunstancias por las que se puede

producir un rash, por ello es importante distinguir si el

motivo es producido por un fármaco o se debe a otra

circunstancia.

B. Nueva alergia En pacientes en los que se registra una nueva alergia se ha

podido producir previamente una reacción a un

medicamento.

C. Letargia o sobre

sedación

Pacientes en tratamiento con medicamentos que pueden

provocar somnolencia como los opioides, benzodiacepinas y

análogos, antipsicóticos, etc.

D. Hipotensión Pacientes con medicamentos que pueden provocar

hipotensión como los diuréticos, o los betabloqueantes, etc.

E. Caída Pacientes con medicamentos que pueden provocar caídas

como las benzodiacepinas o anticolinérgicos.

F. Transfusión o uso de

hemoderivados

Pacientes en tratamiento con anticoagulantes, antiagregantes,

AINES, o otros medicamentos que pueden haber necesitad

de uso de plaquetas, o concentrados de hematíes.

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G. Estreñimiento Pacientes en tratamiento con fármacos que pueden disminuir

la motilidad intestinal como los opioides.

H. Diálisis aguda Pacientes que hayan sufrido tratamientos un evento adverso

como insuficiencia renal aguda tras la administración de un

fármaco.

I. Emergencia

Médica/quirúrgica

inesperada

Algunas emergencias o incluso muertes pueden ser

producidas por fármacos, es conveniente resisar la historia

para confirmar o descartar que han sido EAM.

J. Reingreso en 30 días Algunas de los reingresos en 30 días o menos, pueden

deberse a efectos adversos de medicamentos prescritos en

ingresos previos, como pueden ser un fracaso renal,

hemorragia, etc.

K. Reacción adversa

registrada

Si un paciente tiene registrada una reacción adversa a un

fármaco o una sospecha de reacción adversa, habría que

revisar la historia clínica para confirmar que esa reacción ha

sido producida por un fármaco y caracterizar dicho evento

adverso.

Anexo 2. Módulo de Medicamentos y antídotos.

2. Módulo de medicamentos y

antídotos

A. Administración de vitamina k Pacientes en tratamiento con anticoagulantes que pueden

haber sufrido una hemorragia.

B. Uso de antihistamínico

intravenoso

Cualquier paciente que el uso de un fármaco la haya

provocado una reacción alérgica.

C. Uso de flumazenilo Paciente en tratamiento con benzodiacepinas en los que

se hayan usado una dosis superior a la adecuada,

generalmente si se administra suele existir un EAM.

D. Uso de naloxona Pacientes en tratamiento con opioides y que se haya

usado una dosis superior de la adecuada, generalmente si

se administra suele existir un EAM.

E. Uso de antieméticos Las náuseas y vómitos pueden resultar debidas a una

sobredosificación de algún fármaco, algunos ejemplos

son la teofilina, los opioides, los citostáticos, etc.

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F. Haloperidol Se utiliza en pacientes mayores cuando sufren delirium

producido por algunos fármacos, como pueden ser la

morfina, la petidina, etc.

G. Suspensión brusca de la

medicación

Puede deberse a un EAM, es conveniente revisar para

conocer a que se ha debido la suspensión.

H. Medicación prescrita de forma

crónica sin indicación aparente

Pacientes com fármaco prescrito sin indicación. Por

ejemplo un antihipertensivo sin diagnóstico de

hipertensión.

Anexo 3. Módulo de Urgencias y EAM sin señales alertantes.

3. Módulo de urgencias 4. EAM sin señale alertante

asociada

A. Reingreso en menos de 48 horas

puede deberse a efectos adversos de

medicamentos prescritos en el

ingreso previo.

A. Sin senale alertante.

Anexo 4. Módulo de concentraciones .plasmáticas

5. Módulo de concentraciones plasmáticas

A. Digoxina > 2ng/ml

B. Litio>1,5 mmol/L

C. Carbamazepina >12 microg/ml

D. Fenitoina>20 microg/ml

E. Fenobarbital> 45microg/ml

F. Ácido valproico> 120microg/ml

G. Gentamicina/tobramicina pico > 10microg/ml y valle > 2 microg/ ml

H. Amikacina pico> 30 microg/ mly valle > 10 microg/ml

I. Ciclosporina >400 microg/ml

J. Tacrolimus >20 microg/ml

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Anexo 5. Módulo de parámetros analíticos.

6. Módulo de parámetros analíticos

Toxina de Clostridium difficile positiva

en heces

La infección suele relacionarse con un

uso excesivo de antibióticos

Glucosa < 50mg/dl Una glucemia baja puede relacionarse

con dosificación excesiva de

antidiabéticos orales o insulinas

Glucemia>110mg/dL Una glucemia tan alta debe considerarase

cuando el paciente está en tratamento con

medicamentos que pueden elevar la

glucemia en sangre

INR> 5 Posible hemorragia y puede estar

relacionada con el uso de anticoagulantes.

CL cr< 35 Pacientes con un aclaramiento

disminuido son mas susceptibles a sufrir

efectos adversos a medicamentos , ya que

en muchas ocasiones es recomendable

ajustar la dosis y no se realiza.

K>6 mEq/L Tratamiento con fármacos que puedan

aumentar los niveles de potasio

K<2,9 mEq/L Tratamientos con fármacos que pueden

disminuir los niveles de potasio como los

diuréticos, o laxantes.

Na< 130 mEq/L Tratamientos que pueden disminuir los

niveles de sodio, como los duireticos, los

antidepresivos, los antipsicóticos.

Calcemia> 10,5 mg/dL Pacientes con algún fármaco que pueden

aumentar los niveles de calcio , como los

diuréticos tiazidicos, el litio.

ALT> 80U/L Y AST> 84U/L Pacientes con tratamiento con algún

fármaco que puedan provocar

hepatotoxicidad como el paracetamol,

AINES, valproico, fenitoina,

FA>350 U/L Y Bilirrubina total>4

mg/dL

Pacientes en tratamientos con algún

fármaco que puedan aumentar los niveles

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de birrubina y fosfatase alcalina, como el

diazepam, el paracetamol.

CPK>269U/L Pacientes en tratamiento con fármacos

que puedan provocar miopatía como las

estatinas, los fibratos, la colchicina, etc

TSH< 0,34 microUI/L T4>12micro/dL Tratamiento con algun farmacoque pueda

provocar hipertiroidismo. Como la

amiodorona.

HA1c>6% Pacientes en tratamiento con

glucocorticoides que puedan tener

aumentada la hemoglobina glicosilada.

Leucocitos<3000/mm Leucocitosis puede deberse a un evento

adverso de un medicamento , la

clozapina, el ganciclovir, la

indometacina.

Plaquetas<50.000 106/L En ocasiones de plaquetopeniapuede

deberse a un efecto adverso de un

medicamento como la heparina.

Hemoglobina>12 g/L Pacientes en tratamiento con eritropoetina

que pueden tener los niveles de

hemoglobina superiores a los

recomendados.