61963 Apostila Prevencao e Controle de Perdas - 2013(1)

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CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA NO TRABALHO CEDUP – BLUMENAU - 3° MÓDULO - 2013

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CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA NO TRABALHO CEDUP – BLUMENAU - 3° MÓDULO - 2013

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“NENHUM TRABALHO É TÃO IMPORTANTE E TÃO URGENTE, QU E NÃO POSSA SER PLANEJADO E EXECUTADO COM SEGURANÇA!”

_______________________________________________________________________________ DEFINIÇÕES BÁSICAS Probabilidade: É a chance de ocorrência de uma falha que pode conduzir a um determinado acidente. Esta falha pode ser de um equipamento ou de um componente do mesmo, ou pode ser ainda uma falha humana. Confiabilidade: É quantitativamente definida como sendo a probabilidade que um componente, dispositivo, equipamento ou sistema desempenhe satisfatoriamente suas funções por um período determinado de tempo e sob um dado conjunto de condições de operação. Desvio: É qualquer ação ou condição, que tenha potencial para conduzir, direta ou indiretamente, a danos a pessoas, ao patrimônio ou causar impacto ambiental, que se encontre desconforme com as normas de trabalho, procedimentos, requisitos legais ou normativos, requisitos do sistema de gestão ou boas práticas. Risco: - Como sinônimo de Hazard: Uma ou mais condições de uma variável com potencial necessário para causar danos como: lesões pessoais, danos a equipamentos e instalações, danos ao meio-ambiente, perda de material em processo ou redução da capacidade de produção. A existência do risco implica na possibilidade de existência de efeitos adversos. - Como sinônimo de Risk: Expressa uma probabilidade de possíveis danos dentro de um período específico de tempo ou número de ciclos operacionais, podendo ser indicado pela probabilidade de um acidente multiplicada pelo dano em valores monetários, vidas ou unidades operacionais. Risco pode ainda significar: - incerteza quanto à ocorrência de um determinado evento (acidente); - chance de perda que uma empresa pode sofrer por causa de um acidente ou série de acidentes. Perigo: Como sinônimo de Danger: expressa uma exposição relativa a um risco que favorece a sua materialização em danos. Se existe um risco, face às precauções tomadas, o nível de perigo pode ser baixo ou alto, e ainda, para riscos iguais pode-se ter diferentes tipos de perigo. Dano: É a gravidade da perda, seja ela humana, material, ambiental ou financeira, que pode ocorrer caso não se tenha controle sobre um risco. O risco (possibilidade) e o perigo (exposição) podem manter-se inalterados e mesmo assim existir diferença na gravidade do dano. Causa: É a origem de caráter humano ou material, relacionada com o evento catastrófico (acidente ou falta) resultante da materialização de um risco, provocando danos.

PREVENÇÃO E CONTROLE DE PERDAS

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Perda: É o prejuízo sofrido por uma organização sem garantia de ressarcimento através de seguros ou por outros meios. Sinistro: É o prejuízo sofrido por uma organização, com garantia de ressarcimento através de seguros ou por outros meios. Segurança: É a situação em que haja isenção de riscos. Como a eliminação completa de todos os riscos é praticamente impossível, a segurança passa a ser um compromisso acerca de uma relativa proteção da exposição a riscos. É o antônimo de perigo. Atos Inseguros: São comportamentos emitidos pelo trabalhador que podem levá-lo a sofrer um acidente. Os atos inseguros são praticados por trabalhadores que desrespeitam regras de segurança, que não as conhecem devidamente, ou ainda, que têm um comportamento contrário à prevenção. Condições Inseguras: São deficiências, defeitos ou irregularidades técnicas na empresa que constituem riscos para a integridade física do trabalhador, para sua saúde e para os bens materiais da empresa. As condições inseguras são deficiências como: defeitos de instalações ou de equipamentos, falta de proteção em máquinas, má iluminação, excesso de calor ou frio, umidade, gases, vapores e poeiras nocivos e muitas outras condições insatisfatórias do próprio ambiente de trabalho. Acidente: É um evento não desejado e inesperado que pode resultar em lesão, doença ocupacional, danos ao patrimônio ou interrupção do processo produtivo. Geralmente é resultado de contato com uma fonte de energia ou substância. Incidente: É um acontecimento não desejado e inesperado que, em circunstâncias um pouco diferentes, poderia ou não ter resultado em lesão, doença, danos ao patrimônio ou interrupção do processo produtivo. Pode-se destacar que a diferença entre acidente e incidente é que, no incidente, não há o contato com a fonte de energia. É também conhecido como “quase acidente”. PORQUE É TÃO IMPORTANTE ADMINISTRAR PERDAS?

� Necessidade de redução de custo/preço final;

� Exigências legais mais acentuadas;

� Imagem da empresa;

� Prevenção de acidentes e doenças;

� Melhor produtividade - Moral dos Empregados elevado;

� Responsabilidade civil e criminal.

MUITOS EXECUTIVOS NÃO SABEM QUANTO CUSTAM OS ACIDEN TES; QUANTO

SUA EMPRESA PERDE POR ANO.

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TEORIA DE HEINRICH (Teoria Dominó) Entre os vários estudos desenvolvidos no campo da segurança do trabalho, nós encontramos a teoria

de Heinrich.

Heinrich imaginou, partindo da personalidade, demonstrar a ocorrência de acidentes e lesões com o

auxilio de cinco pedras de dominós:

- a primeira representando a personalidade;

- a segunda, as falhas humanas, no exercício do trabalho;

- a terceira, as causas de acidentes (atos e condições inseguras);

- a quarta, o acidente;

- a quinta, as lesões.

Personalidade: ao iniciar o trabalho em uma empresa, o trabalhador traz consigo um conjunto de

características positivas e negativas, de qualidades e defeitos, que constituem a sua personalidade.

Esta se formou através dos anos, por influência de fatores hereditários e do meio social e familiar

em que o indivíduo se desenvolveu. Algumas dessas características (irresponsabilidade,

irrascibilidade, temeridade, teimosia, etc.) podem se constituir em razões próximas para a prática de

atos inseguros ou para a criação de condições inseguras.

Falhas Humanas: devido aos traços negativos de sua personalidade, o homem seja qual for a sua

posição hierárquica, pode cometer falhas no exercício do trabalho, do que resultarão as causas de

acidentes.

Causas de Acidentes: estas englobam, como já vimos, as condições inseguras e os atos inseguros. Acidente: sempre que existirem condições inseguras ou forem praticados atos inseguros, pode-se esperar as suas conseqüências, ou seja, a ocorrência de um acidente. Lesões: toda vez que ocorre um acidente, corre-se o risco de que o trabalhador venha a sofrer lesões, embora nem sempre os acidentes provoquem lesões.

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Desde que não se consegue eliminar os traços negativos da personalidade, surgirão em

conseqüência, falhas no comportamento do homem no trabalho, de que podem resultar atos

inseguros e condições inseguras, as quais poderão levar ao acidente e as lesões, quando isso ocorrer,

tombando a pedra "personalidade" ela ocasionará a queda, em sucessão de todas as demais.

Considerando-se que é impraticável modificar radicalmente a personalidade de todos que

trabalham, de tal sorte a evitar as falhas humanas no trabalho deve-se procurar eliminar as causas de

acidentes, sem que haja preocupação em modificar a personalidade de quem quer que seja. Para

tanto, deve-se buscar a eliminação tanto das condições inseguras, como também, deve-se procurar

que os operários não pratiquem atos inseguros, o que se pode conseguir através da criação nos

mesmos, da consciência de segurança, de tal sorte que a prática da segurança, em suas vidas, se

transforme em um verdadeiro hábito.

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Eliminadas as causas de acidentes, administradores, supervisores e trabalhadores continuarão, cada

um, com a sua personalidade, de que resultarão falhas no comportamento no trabalho, mas o

acidente e as lesões não terão lugar.

FUNDAMENTOS DO CONTROLE DE PERDAS

O processo pelo qual ocorre uma perda por acidente é uma série de causas e efeitos que resulta em danos aos recursos humanos e materiais ou em descontinuação operacional. Compõe-se de três fases distintas:

1 – Condição Potencial de Perda: condição ou grupo de condições capaz, sob certas circunstâncias não-planejadas, de causar a perda. Como condição, ela é estática e de equilíbrio instável,e, em momento não-previsível gerada em função de circunstâncias que lhe são favoráveis, pode desencadear o acidente. 2 – Acidente: Acontecimento indesejado e inesperado (não-programado) que produz ou pode produzir perdas. 3 – Perda Real e Perda Potencial: a Perda Real é o produto do acidente e pode manifestar-se como lesão ou morte de pessoas, danos a materiais, equipamentos, instalações ou edificações ou descontinuação do processo normal de trabalho. A Perda Potencial é também chamada de “quase perda”, e é aquela que, em circunstâncias um pouco diferentes, poderia ter-se transformado em Perda Real.

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As perdas normalmente podem ser avaliadas em termos de custos de reparo do equipamento danificado, despesas médicas e hospitalares, lucro cessante, aumento da taxa de seguro, etc. Isso, porém, torna-se muito discutível quando se refere à vida humana, uma vez que esta não tem preço, embora possa haver estipulação de valor para efeito de indenização de seguro.

A extensão da perda, por si só, não determina a importância a ser dada ao controle das

causas que as geraram. Somente uma análise criteriosa das causas do acidente/incidente e de seu potencial de gerar perdas, quer quanto à frequência provável de ocorrência, quer quanto à extensão dos danos, pode determinar o grau de controle a ser adotado. O CUSTO DOS ACIDENTES

Qualquer acidente do trabalho acarreta prejuízos econômicos para o acidentado, para a empresa,

para a Nação. Se encararmos o acidente do ponto de vista prevencionista (não há necessidade de

efeito lesivo ao trabalhador em virtude da ocorrência), a simples perda de tempo para normalizar a

situação já representa custo. Por exemplo, a queda de um fardo de algodão mal armazenado, em

princípio, teria como conseqüências:

a) O empregado encarregado da reamarzenagem despendera esforço para o trabalho, inclusive

passando novamente pelo risco inerente a atividade, desnecessário se a armazenagem inicial tivesse

sido corretamente feita;

b) O empregador pagará duplamente pelo serviço de armazenagem;

c) A perda de tempo e de produção pela necessidade do retrabalho representa um custo excedente

para a Empresa.

Se, no exemplo anterior, um trabalhador for atingido pelo fardo de algodão e necessitar de um

afastamento temporário para recuperação, citamos como conseqüências:

a) o operário ficará prejudicado em sua saúde;

b) o empregador arcará com as despesas de salário do acidentado, do dia do acidente e dos

próximos quinze dias,

c) a empresa seguradora (no caso do INSS) pagará as despesas de atendimento médico e os salários

a partir do 16º dia, até o retorno do acidentado ao trabalho normal.

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CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS

O custo direto não tem relação com o acidente em si. São os custos que são dimensionado e

facilmente calculados:

a) Salário dos 15 primeiros dias de afastamento;

b) O custo restante a cargo do SAT (salário e assistência médica);

c) Custos médicos e hospitalares;

d) Depósitos de FGTS.

Já os fatores que influem no custo indireto não representam uma retirada de caixa imediata para a empresa, mas, embora prejudiquem a produção e inclusive a diminuam, não acarretam novos gastos necessariamente. Eles são inerentes à própria atividade da empresa.

São o total das despesas não facilmente computáveis, resultantes da interrupção do trabalho, do afastamento do empregado da sua ocupação habitual, danos causados a equipamentos e materiais, perturbação do trabalho normal e outros.

A seguir são citados alguns fatores que influem no aumento do custo indireto de um acidente do trabalho.

a) salário pago ao acidentado no dia do acidente. Mesmo em casos de acidente de trajeto, o empregador é responsável por esse pagamento;

b) salários pagos aos colegas do acidentado, que deixam de produzir para socorrer a vítima, avisar seus superiores e, se necessário, auxiliar na remoção do acidentado;

c) despesas decorrentes da substituição de peça danificada ou manutenção e reparos de máquinas e equipamentos envolvidos no acidente, quando for o caso;

d) prejuízos decorrentes de danos causados ao produto em processo;

e) gastos para a contratação de um substituto, quando o afastamento for prolongado;

f) pagamento do salário do acidentado nos primeiros quinze dias de afastamento;

g) pagamento de horas extras aos empregados para cobrir prejuízo causado à produção pela paralisação decorrente do acidente;

h) gastos extras de energia elétrica e demais facilidades das instalações em decorrência das horas extras trabalhadas;

i ) pagamento das horas de trabalho despendidas por supervisores e outras pessoas:

1) na investigação das causas do acidente;

2) na assistência médica para os socorros de urgência;

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3) no transporte do acidentado;

4) em providências necessárias para regularizar o local do acidente;

5) na assistência jurídica.

Há diversos custos que o próprio bom-senso facilmente determina. Outros, porem, além de não

serem identificados na totalidade, quando o são, tornam-se de difícil mensuração.

O caso de um trabalhador morto em virtude de um acidente do trabalho. Em termos da Nação como

um todo, como mensurar a perda de capacidade produtiva e mesmo da capacidade criativa do

acidentado?

Teremos os gastos com funeral e pagamento de pensão, porém o chamado CUSTO SOCIAL

decorrente do acidente não poderá ser determinado. A família do acidentado poderá sofrer graves

conseqüências, não só financeiras como também sociais. Não haverá mais a possibilidade de

promoções, horas extras, etc. Toda a experiência de vida que poderia ser transmitida aos filhos é

perdida.

Pode ser sentida aqui a dificuldade para mensurar os custos dos acidentes. Para contornar esse

problema, por meio de uma investigação de acidentes bem feita, e com a utilização de recursos

matemáticos e estatísticos, podemos atingir um bom nível de precisão em termos de custos para o

empregador.

Pode-se notar, portanto, que o custo de acidentes envolve vários fatores de produção:

1 - Pessoal – Envolve todos os funcionários assalariados. Qualquer acidente determinará despesas

médicas, hospitalares, farmacêuticas, além de gastos com indenizações por incapacidade, ao órgão

segurador.

2 - Máquinas e Equipamentos – Incluem ferramentas, carros de transporte diretamente ligados à

produção, máquinas, que podem ser danificados em caso de acidente, exigindo reparos, substituição

de peças e serviço extra das equipes de manutenção.

3 - Matéria-prima - Compreende os três estágios: entrada, processamento e saída como produto

acabado. Material perecível, por exemplo, pode ser perdido em caso de parada repentina do

processo em virtude de um acidente.

4 – Tempo - Invariavelmente, qualquer acidente contribui com perda de tempo, tanto na produção

como na mão-de-obra.

5 – Instalações - Compreendem danos às instalações elétricas, aos prédios, às canalizações, etc.

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NATUREZA DOS RISCOS

Os riscos de acidentes podem ser genericamente classificados como: especulativos e puros.

1 - Riscos Especulativos: São os provenientes de atos administrativos, políticos ou de inovação.

Eles se subdividem em:

• Riscos administrativos que são os riscos de mercado financeiros;

• Riscos políticos são as leis, decretos e portarias;

• Riscos de inovação que são a introdução de novos produtos no mercado e sua aceitação pelos

consumidores.

2 - Riscos Puros: São os riscos cuja possibilidade de ganho ou de lucro é nenhuma, só existindo a

possibilidade de perdas. Essa perda pode ser em decorrência de:

• Morte ou invalidez de funcionários;

• Danos à propriedade e a bens em geral;

• Fraudes ou atos criminosos;

• Danos causados a terceiros (poluição do meio ambiente, comprometimento da qualidade da

qualidade e da segurança do produto fabricado ou do serviço prestado).

CONTROLE DE DANOS

Esta teoria nasceu dos estudos de Frank Bird Jr. e está baseada na análise de cerca de 90.000 acidentes ocorridos, em um período de mais de sete anos, na Luckens Steel, empresa metalúrgica na qual ele próprio trabalhava. Para BIRD (1978), "os mesmos princípios efetivos de administração podem ser usados para eliminar ou controlar muitos, senão todos, os incidentes comprometedores que afetam a produção e qualidade". Segundo ele, prevenindo e controlando os incidentes através do controle de perdas, todos: pessoas, equipamentos, material e ambiente, estaremos protegidos com segurança. BIRD analisou, em 1969, quando era época o Diretor de Serviços de Engenharia da Companhia de Seguros Americana, 1.753.498 acidentes reportados por 297 empresas associadas que representavam 21 tipos diferentes de empresas empregando 1.750.000 empregados, os quais trabalharam mais de 3 bilhões de horas-homem durante o período analisado. O estudo revelou que para cada acidente grave ou com lesão permanente, (os acidentes chamados "com afastamento") havia aproximadamente 10 lesões menores (acidentes sem afastamento) e 30 danos a propriedade "reportados". Em seguida através de entrevistas com duração de 4000 horas com empregados de experiência em seus serviços verificou-se que na ocorrência de incidentes, em

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condições ligeiramente diferentes, teriam apresentado uma lesão ou danos a propriedade. Essa pesquisa levou a conclusão que se teria 600 incidentes sem perdas em relação a já encontrada. Essa relação é conhecida como pirâmide ou triângulo de BIRD (figura abaixo).

Fonte:Heinrich apud Miguel (1998) É importante observar que nasce aqui um novo conceito: os acidentes com danos à propriedade. Anteriormente aos estudos de Bird, acidentes eram somente aqueles acontecimentos que resultassem em lesão pessoal. A partir dos estudos de Bird, além das lesões pessoais também começaram a ser considerados como acidentes, quaisquer acontecimentos que gerassem danos á propriedade, ou seja, aqueles acontecimentos que provocassem perdas para a empresa, mesmo que substanciais, em termos de materiais e equipamentos. Para Bird, um programa de Controle de Danos é aquele que requer identificação, registro e investigação de todos os acidentes com danos à propriedade e determinação de seu custo para a empresa, sendo que todas estas medidas deverão ser seguidas de ações preventivas. Desta forma, um dos primeiros passos para a implantação de um programa de Controle de Danos é a revisão das regras convencionais de segurança. Portanto, uma regra nos padrões convencionais como: "quando ocorrer com você ou com o equipamento que você opera qualquer acidente que resulte em lesão pessoal, mesmo de pequena importância, você deve comunicar o fato, imediatamente, a seu supervisor", para se enquadrar dentro da metodologia de Controle de Danos deve ser alterada para: "quando ocorrer com você ou com o equipamento que você opera qualquer acidente que resulte em lesão pessoal ou dano à propriedade, mesmo de pequena importância, você deve comunicar o fato, imediatamente, a seu supervisor". Para este exemplo, observa-se que a regra original foi mantida, havendo apenas uma complementação, tornando-a mais abrangente. De qualquer forma, é importante que ao se alterar qualquer regra, total ou parcialmente, esta modificação deve ser claramente conhecida por todas as pessoas envolvidas, desde a alta direção da empresa até todos os trabalhadores dos escalões inferiores. Este é um ponto fundamental para o sucesso de um programa de Controle de Danos, caso contrário, a mudança de enfoque não passará do papel. Também é importante a consciência de que um processo de mudança requer um período planejado, de educação e comunicação, até que os motivos, objetivos e importância de tal mudança sejam assimilados por todos.

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Conforme DE CICCO e FANTAZZINI (1986), o programa de Controle de Danos, para ser introduzido na empresa, requer três passos básicos: 1- Verificações Iniciais - Nesta etapa, procura-se tomar contato com o que já existe na empresa em

termos de controle de danos, como funciona, os resultados alcançados, etc. Mais precisamente,

significa estabelecer contato e conhecer o departamento de manutenção.

Segundo os autores, deve-se discutir o programa de Controle de Danos com o chefe deste

departamento, pois segundo ele, os responsáveis pelo serviço de manutenção cooperam mais

espontaneamente quando imbuídos de um sentimento de participação no planejamento do

programa.

É após as verificações iniciais que se observa a existência de problemas reais, tanto do ponto de

vista humano como econômico, e que, desta forma justificam a execução do programa.

2 – Informações dos Centros de Controle - É nesta etapa que ocorre um controle concreto dos danos pela manutenção, considerada o centro de controle. É aqui que se registram os danos à propriedade, devendo o sistema desenvolvido para tal, fazê-lo da forma mais objetiva e simples possível. Sabe-se também que as empresas diferem entre si, portanto, o sistema de registro de informações deve ser aquele que melhor se adapte aos procedimentos já existentes da empresa. Pode-se citar como exemplo de sistema de registro de informações, o sistema de etiquetas e o sistema de ordens de serviço. No sistema de etiquetas, como o próprio nome já diz, etiquetas são colocadas em todos os equipamentos ou instalações que necessitem reposição de componentes ou de reparos, provenientes de acidentes. Já o sistema de ordem de serviço determina que, quando for necessário o reparo de determinado equipamento e este seja devido a acidente, a pessoa que requisitar o serviço deve indicar na folha do pedido que o mesmo é devido a um acidente, e desta forma fica registrada a ocorrência desse acidente. Todas as folhas de registro dos tempos de execução dos reparos e as de requisições de material relacionadas com este tipo de ordem de serviço, devem ser devidamente identificadas, para possibilitar ao departamento de contabilidade a tabulação e registro periódico do tempo total de execução dos reparos e dos custos com material empregado, relativos àqueles equipamentos ou instalações danificados face aos acidentes. Outros tipos de sistemas de informações podem ser adotados pelos centros de controle, desde que se adaptem à rotina da empresa e atendam aos objetivos a que se propõe. 3 – Exame Analítico - A implantação de um sistema, seja ele na área de segurança ou em qualquer outra área, necessita de um certo tempo de adaptação e aprendizado para chegar à maturação e a níveis consideráveis de eficiência.

Num primeiro momento de um programa de Controle de Danos, é importante que seja feita uma revisão nos sistemas de registro para certificar-se de que a identificação dos trabalhos provenientes de acidentes esteja sendo realizada de forma correta.

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É interessante também, que dentro de cada empresa seja questionado quais os acidentes que devem ser investigados: se todos, ou somente os que acarretem maior custo. De acordo com Bird apud DE CICCO e FANTAZZINI (1986), nos primeiros estágios do programa de Controle de Danos, os acidentes a serem investigados deveriam ser somente aqueles de maior monta, e à medida que o mesmo fosse se desenvolvendo, progredisse embarcando também os menores. Sob o ponto de vista econômico, já foi verificada a necessidade de se investigar todo e qualquer acidente com dano à propriedade, seja ele grande ou pequeno, pois conforme estudos já realizados, inclusive na mesma Lukens Steel, demonstraram que os custos resultantes do conjunto de pequenos acidentes tinham uma cifra considerável. Os pequenos acidentes, mesmo com seu custo unitário bem menor, pela grande quantidade em que ocorrem resultam em uma quantia nada desprezível. Se considerarmos o ponto de vista humano, que deve ser sempre a maior preocupação, ao controlarmos os acidentes com danos à propriedade estaremos poupando o homem, já que grande parte das lesões pessoais tem seu foco nas mesmas causas daqueles acidentes com danos à propriedade. Ainda, considerando a afirmação de BIRD (1978) "todos os acidentes são incidentes, mas nem todos os incidentes são acidentes", percebe-se claramente que a identificação e prevenção anterior ao fato (acidente) é um grande passo para a diminuição de acidentes (perdas) reais.

TEORIA DO CONTROLE DE PERDAS

A Teoria do Controle Total de Perdas foi proposta em 1970, pelo canadense John A. Fletcher. Fletcher partiu do pressuposto de que, os acidentes que resultam em danos às instalações, aos equipamentos e aos materiais, têm as mesmas causas básicas dos que resultam em lesões, sendo que o objetivo do Controle Total de Perdas é o de reduzir ou eliminar todos os acidentes que possam interferir ou paralisar o sistema. Enquanto a segurança e medicina do trabalho tradicionais, se ocupavam da prevenção de lesões pessoais, e o Controle de Danos de Bird dizia respeito aos acidentes que resultem em lesão pessoal ou dano à propriedade, o Controle Total de Perdas envolve os dois conceitos anteriores no que se refere aos acidentes com lesões pessoais e danos à propriedade englobando ainda: perdas provocadas por acidentes em relação a explosões, incêndios, roubos, sabotagens, vandalismos, poluição ambiental, doenças, defeitos dos produtos, etc. Então, em termos gerais, pode-se dizer que o Controle Total de Perdas envolve:

� Prevenção de lesões (acidentes que tem como resultado lesões pessoais);

� Controle total de acidentes (danos à propriedade, equipamentos e materiais);

� Prevenção de incêndios (controle de todas as perdas por incêndios);

� Segurança industrial (proteção dos bens da empresa);

� Higiene e saúde industrial;

� Controle da contaminação do ar, água e solo;

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� Responsabilidade pelos produtos.

Segundo Fletcher, um programa de Controle Total de Perdas deve ser idealizado de modo que venha a eliminar todas as fontes de interrupção de um processo de produção, quer resultando em lesão, dano à propriedade, incêndio, explosão, roubo, vandalismo, sabotagem, poluição da água, do ar e do solo, doença ocupacional ou defeito do produto.

Para Fletcher os três passos básicos para a implantação de um programa de Controle Total de Perdas são:

1 - Estabelecer o Perfil dos Programas de Prevenção existentes - Antes da implantação de qualquer novo método ou programa, um primeiro passo é buscar conhecer o que está sendo feito na empresa neste sentido e de que maneira. É necessário pesquisar quais são as reais necessidades da empresa. Se já existe algum programa em andamento, analisar se o mesmo está sendo realizado de forma correta e eficaz. Isto é possível através do estabelecimento dos perfis dos programas de prevenção existentes. Para que um perfil possa fornecer de forma adequada estas informações, segundo DE CICCO e FANTAZZINI (1986), o mesmo deve ser dividido em seções que contenham os vários itens ou pontos que possam ser abrangidos pelo programa de prevenção. Para estes itens, formulam-se questões, que quando respondidas irão permitir determinar o grau de execução ou de implantação em que se encontra o programa sob análise. Para isto é necessário adotar uma escala de avaliação, que permite determinar até que grau o item foi implantado e quão efetivo ele é. A escala sugerida por Fletcher é apresentada na tabela abaixo:

GRAU ESCALA DESCRIÇÃO

5 Excelente Totalmente implantado e totalmente efetivo

4 Bom Satisfatoriamente implantado e efetivo

3 Regular Implantado, mas não satisfatoriamente

2 Fraco Parcialmente implantado, mas não satisfatoriamente, existem pontos a

melhorar

1 Insatisfatório Algumas tentativas foram feitas, mas sem implantação efetiva

0 Inexistente Nada foi feito até o momento.

Fonte: DE CICCO e FANTAZZINI (1986)

2 - Determinação das Prioridades - Consiste em determinar as prioridades que devem ser adotadas pelo programa geral de Controle Total de Perdas. De posse do perfil do programa estabelecido na fase anterior, pode-se confrontar a situação atual obtida pela pontuação através da escala estabelecida e a situação ideal para cada seção, caso o programa estivesse completo, isto é, a situação em que todos os itens estivessem sendo executados o melhor possível, com pontuação máxima. O resultado do confronto destas duas situações (situação ideal - situação atual), nos fornece as deficiências do programa que está sendo executado e, uma vez determinadas, nos permite a priorização das seções que necessitam de maiores esforços.

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3 - Elaboração dos Planos de Ação - Estabelecidas as seções prioritárias é necessário elaborar para

cada uma delas o respectivo plano de ação, que terá o objetivo principal de prevenir e controlar as

perdas reais e potenciais oriundas de acidentes.

No plano de ação, alguns itens devem ficar claros:

� O objetivo geral ao que o mesmo se destina;

� Os objetivos específicos a curto, médio e longo prazo;

� Os recursos humanos e materiais necessários para sua implantação e execução;

� O custo estimado de implantação do plano;

� Estimativas das perdas atuais e perdas potenciais futuras;

� A data em que o plano está iniciando e a data prevista para término do mesmo.

CONTROLE TOTAL DE PERDAS

Para implantação de um programa de Controle de Perdas é imprescindível o desejo e comprometimento da direção da empresa. Além disto, é preciso conhecer alguns Princípios:

� Princípio de Reação às Mudanças - As pessoas aceitam mudanças mais facilmente, quando estas são apresentadas em quantidades pequenas.

� Princípio do Interesse Mútuo - Programas, projetos e idéias são melhores vendidos quando juntam os desejos e ambições de ambas as partes.

� Princípio do Exemplo de Liderança - As pessoas tendem a imitar seus líderes.

Podemos dizer que hoje temos uma visão moderna da Segurança Industrial e isso significa

que novos conceitos foram introduzidos nessa área e que esses conceitos não estão somente

voltados à área de Segurança do Trabalho.

Um administrador de perdas, bem como qualquer outro administrador, deve conhecer bem

as quatro funções básicas da Administração. São elas:

Planejar - Estabelece os objetivos da empresa, especificando a forma como serão alcançados. Parte de uma sondagem do futuro, desenvolvendo um plano de ações para atingir as metas traçadas. É a primeira das funções, já que servirá de base diretora à operacionalização das outras funções.

Organizar - É a forma de coordenar todos os recursos da empresa, sejam humanos, financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma segundo o planejamento estabelecido.

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Dirigir - Fazer com que os subordinados executem o que deve ser feito. Pressupõe que as relações hierárquicas estejam claramente definidas, ou seja, que a forma como administradores e subordinados se influenciam esteja explícita, assim como o grau de participação e colaboração de cada um para a realização dos objetivos definidos.

Controlar - Controlar é estabelecer padrões e medidas de desempenho que permitam assegurar que as atitudes empregadas são as mais compatíveis com o que a empresa espera. O controle das atividades desenvolvidas permite maximizar a probabilidade de que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e ditadas.

Num Programa de Prevenção e Controle de Perdas, a função Controle deve incluir, porém sem limitar-se só a eles, os seguintes itens:

� Seleção de Pessoal;

� Fazer Análise de Trabalhos;

� Fazer Inspeções;

� Fazer observações do Trabalho;

� Liderar Reuniões;

� Revisar Normas e Procedimentos;

� Treinar seu pessoal;

� Motivar seu pessoal;

� Investigar acidentes;

� Dar Instruções de Trabalho.

O trabalho correto requer que tanto o supervisor quanto os membros de seu grupo de

trabalho atuem de acordo com os padrões exigidos pelo Programa de Controle de Perdas. Este é o verdadeiro significado do Controle dentro do programa. O supervisor fará seu trabalho corretamente porque conhece os padrões exigidos pela organização e avalia seu próprio desempenho e o de seu pessoal de acordo com esses padrões. Isto permitirá tomar medidas corretivas antes das perdas ocorrerem, e não reagir só depois delas terem ocorrido.

O supervisor que age bem e com profissionalismo, cumpre os seguintes requisitos:

� Conhece seu programa de segurança e Controle de Perdas;

� Conhece as normas, padrões, regulamentos e procedimentos;

� Planeja e organiza o trabalho de Controle de Perdas necessário para adequá-lo às normas e

regulamentos da organização;

� Dirige seu desempenho pessoal para que juntos atinjam as metas e objetivos;

� Avalia seu desempenho próprio e do seu pessoal de acordo com as normas estabelecidas;

� Corrige o desempenho próprio e de seu pessoal para que fiquem dentro dos padrões,

parabenizando e corrigindo de forma construtiva esse desempenho.

Isto é ter Controle .

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17

ATIVIDADES PARA A ADMINISTRAÇÃO DO CONTROLE I – Identificação do trabalho - Especificam-se os elementos e atividades do programa para alcançar os resultados desejados; P – Padrões - Estabelecem-se os padrões de desempenho (critério pelo qual os métodos e resultados serão avaliados); M – Medição - Mede-se o desempenho; registra-se e informa-se, tanto no trabalho em desenvolvimento como no trabalho concluído; A – Avaliação - Avalia-se o desempenho medindo-o e comparando-o com os padrões estabelecidos; avaliando-se o trabalho e os resultados; R – Recomendação e Correção - Regulam-se e melhoram-se os métodos e resultados, estimulando o desempenho desejado e corrigindo de forma construtiva o desempenho abaixo do padrão. A segurança em qualquer um desses subsistemas é dependente da segurança dos outros e um

evento não planejado em algum deles pode ter conseqüências nos outros subsistemas.

A segurança no conceito moderno é definida como o controle:

� das lesões; � da higiene industrial; � das doenças ocupacionais; � dos danos à propriedade.

As causas mais comuns para a ausência de controle gerencial por parte da supervisão são:

� Um programa inadequado e/ou conhecimento insuficiente do programa;

� Normas inadequadas e/ou conhecimento inadequado das normas;

� Cumprimento inadequado dos padrões.

CONTROLE DAS CAUSAS DOS ACIDENTES

O controle das causas dos acidentes está ligado ao emprego de medidas que visam reduzir a

incidência ou a gravidade potencial de suas ocorrências. Uma vez determinado o problema, podem-

se tornar medidas para controlá-lo. Para que estas medidas sejam colocadas em prática, fazem-se

necessários dois tipos básicos de controle:

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1 - Controle ambiental: o seu objetivo é reestruturar ou manter o ambiente de trabalho de

forma que não propicie acidentes; criar um local de trabalho com o mínimo de riscos, considerando

desde os acidentes com lesões até aqueles que produzem danos à propriedade.

2 - Controle comportamental: tem por objetivo influenciar ou mudar o comportamento do

trabalhador ou modificá-lo para evitar que ocorram acidentes.

ELEMENTOS DE CONTROLE DAS CAUSAS DOS ACIDENTES DO PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE PERDAS O controle das causas dos acidentes necessita de uma definição fundamental no tocante à

responsabilidade. É importante atentar para os elementos de controle, que envolvam soluções de

problemas, tais como: manutenção, operação, projeto, recursos humanos, serviços gerais,

suprimentos, dentre outros.

Esses elementos são:

� Projeto, arranjos físicos e proteção pessoal;

� Prevenção de incêndio;

� Controle de compras;

� Proteção;

� Ordem e limpeza;

� Manutenção;

� Treinamento do empregado;

� Normas e procedimentos;

� Reunião de prevenção de acidentes;

� Promoção de prevenção de acidentes;

� Informação de prevenção de acidentes;

� Desenvolvimento do orgulho pelo trabalho.

Projeto, arranjos físicos e proteção pessoal Os aspectos de segurança operacional, intrínsecos dos processos, são colocados em primeira linha de execução de quaisquer novos projetos, após o SESMT dar o seu parecer. Quando as condições ambientais não podem ser adequadamente controladas, é instituído o uso obrigatório de EPIs. Prevenção de incêndio Para a prevenção de incêndio devem ser realizadas inspeções programadas diárias nos equipamentos de combate a incêndio, com especial atenção para o armazenamento de inflamáveis, os testes operacionais nos sistemas fixos e portáteis de combate a incêndio, a brigada de incêndio, o treinamento de combate ao fogo para empregados de todos os níveis e a sinalização adequada.

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Manutenção Consiste num conjunto de atividades destinado a assegurar a conservação dos bens materiais, no período da sua vida útil estimada. Quando se analisa os elementos de identificação das causas dos acidentes, verifica-se que a grande maioria está relacionada ao setor de manutenção da empresa. Normas e procedimentos Os manuais de segurança são distribuídos aos setores da empresa, de modo a assegurar que todos os empregados tenham acesso a eles. Deve ser facultada, a qualquer empregado, a emissão de normas e procedimentos de segurança mediante aprovação do SESMT. A CIPA poderá manter em funcionamento um sub-comitê com o fim de opinar sobre novas normas e procedimentos emitidos e programar as revisões periódicas das normas em vigor. Ordem e limpeza Os trabalhadores devem ser conscientizados da importância de manter a ordem e a limpeza no ambiente de trabalho, promovendo-as eles próprios, removendo lixo, resíduos, sujeiras e refugos acumulados. Estes elementos devem ser levantados principalmente mediante as inspeções programadas e observações de segurança. Prioritariamente, devem ser retirados as sucatas, os materiais recuperáveis e as peças ou equipamentos não usados ou quebrados, e transportados para locais apropriados, a fim de melhorar as condições ambientas de trabalho. Treinamento Todo empregado deve ser treinado no sentido de compreender que a segurança é também uma responsabilidade individual. Para que isso seja feito verdadeiramente, cada empregado deverá se preocupar em assegurar a execução de atividades seguras e corretas, visando evitar acidentes ou incidentes nos ambientes de trabalho. Promoções e informações Cartazes, exposições, boletins informativos de segurança, filmes, sugestões, revistas especializadas, dentre outros, complementam a conscientização de trabalhador quanto à segurança do trabalho. A empresa poderá premiar e fazer competições em todos os setores objetivando estimular os trabalhadores a atingir o seu desempenho máximo tanto nos programas de prevenção de acidentes quanto em suas atividades normais. Essa atitude da empresa poderá levar ao desenvolvimento do orgulho pelo trabalho. EFICIÊNCIA DE UM PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE PERDAS Para sua eficiência, num Programa de Prevenção de Perdas, devem existir poucos procedimentos, porém estes precisam ser reconhecidos e aceitos por todos; a saber:

� Plano de Emergência - Como não se pode eliminar a possibilidade de ocorrência de um sinistro de grandes proporções, as empresas devem se preparar de forma adequada, implementando ou implantando um Plano de Emergência formalizado que compreenda as posições-chave necessárias para a sua operação.

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� Relatório de Inspeção - Esta inspeção deve ter uma periodicidade mínima mensal, tendo como finalidade a prevenção de riscos e perdas, através do controle de diversos itens que constituem risco à empresa.

As inconformidades encontradas durantes estas inspeções devem ser registradas e prontamente corrigidas, sob a pena de contribuírem para a ocorrência de prejuízos humanos, materiais e financeiros. � Permissão para Realização de Serviços - A fim de evitar a ocorrência de acidentes,

recomenda-se a adoção de medidas especiais de segurança, aliadas ao controle realizado através de uma autorização formal específica para realização de certos serviços:

� Solda e Corte - As operações de solda e corte são perigosas, pois incluem o risco de

incêndio e acidentes aos seus operadores decorrentes de chama aberta, fagulha, aquecimento de superfície, corrente elétrica e gases comprimidos.

� Uso de Andaime ou em Altura - Os trabalhos com uso de andaime ou em altura

(telhados, fachadas, equipamentos, etc.) são perigosos, oferecendo aos seus executantes o risco de queda e aos transeuntes de queda de objetos.

� Ambiente Confinado - Os serviços em ambiente confinado (reservatórios, tanques,

porões, forros, etc.) também são perigosos por possuírem o risco de asfixia/intoxicação de seus executantes e de explosão do ambiente.

� Outras Permissões - Outras permissões poderão ser necessárias em função da atividade

da empresa, tais como: Escavação/Perfuração, Intervenção Elétrica (alta voltagem), Movimentação de Carga, etc.

BENEFÍCIOS DE UM PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE PERDAS Uma série de benefícios pode ser obtida com a implantação de um Programa de Prevenção de Perdas. Entre os principais destacam-se:

� Introdução de uma sistemática de análise de acidentes com danos à propriedade, de forma que assegure que suas causas sejam determinadas e medidas corretivas sejam adotadas;

� Indicação de áreas, equipamentos e procedimentos críticos, quer pela frequência, quer pela

gravidade potencial dos acidentes que os envolve, para melhor direcionar o esforço de prevenção de acidentes;

� Controle das causas comuns a acidentes com danos à propriedade e com lesões às pessoas;

� Fornecimento de subsídios para o aprimoramento da política de seguros da empresa, mediante

identificação e um melhor controle dos riscos existentes;

� Realce da importância das atividades de prevenção de acidentes, mostrando que, além de sua função social, também contribui para a melhoria da produtividade e da rentabilidade da empresa pela redução das perdas;

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� Mudança de atitude do pessoal técnico e de decisão da empresa, passando do enfoque curativo (reparo de danos) ao enfoque corretivo (eliminação das causas dos acidentes), para atingir o enfoque preventivo (evitar o acidente antes que ele se manifeste como tal);

� Abertura de novos caminhos que possibilitem um avanço técnico da metodologia empregada na

prevenção de acidentes. ELEMENTOS BÁSICOS DE UM PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE PE RDAS 1 - Direção: A empresa deve assumir a segurança em sua filosofia empresarial, implantando as normas básicas de segurança, contando com pessoal especializado para esse fim e realizando a avaliação dos riscos. 2 - Responsabilidade: A empresa deve nortear, de forma clara, os limites da responsabilidade de cada um diante da segurança do trabalho, que deve ser assumida por todos. 3 - Técnicas de Segurança: As técnicas de segurança podem ser classificadas em analíticas e operativas. As analíticas são aplicadas anterior ou posteriormente ao acidente, dependendo de sua finalidade. Anteriores ao Acidente:

� Inspeções;

� Análise de trabalho;

� Análise estatística;

� Análise das pressões no trabalho.

Posteriores ao Acidente:

� Comunicação e registro;

� Investigação.

Já as operativas são permanentes, sendo aplicadas sobre o fator técnico de concepção, sobre o fator humano ou para correção. Técnicas de Segurança Operativas – sobre o Fator Técnico de Concepção:

� Projeto;

� Equipamentos;

� Métodos de trabalho

� Análise das pressões no trabalho.

Técnicas de Segurança Operativas – sobre o Fator Humano:

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� Seleção de pessoal;

� Exames médicos;

� Treinamento, disciplina e incentivos (mudança de comportamento).

Técnicas de Segurança Operativas – de Correção:

� Sistemas de segurança;

� Proteções;

� Equipamentos de Proteção Coletiva;

� Normas, sinalizações, manutenção preventiva.

4 – Inspeções de Segurança: As inspeções têm por objetivo localizar e identificar os riscos e, a partir disso, estudar e propor medidas corretivas. Uma inspeção de segurança implica necessariamente quatro passos gerais:

1. Preparação;

2. Realização;

3. Classificação dos Riscos;

4. Estudo de soluções.

Lista de Inspeções Normalmente uma lista de inspeção de segurança subdivide-se em grupos amplos, nos quais são listados os itens específicos de cada um. A subdivisão compreende, geralmente: Instalações Gerais: * locais;

* pisos; * escadas;

* passagens; * portas;

* aberturas em paredes; * espaços entre máquinas;

* ordem e limpeza; * sinalização;

* iluminação; * ventilação; etc. Condições Ambientais: * vapores; * fumaças; * gases; * poeiras; * ruídos; * tempo de exposição; * vibrações, etc.

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Instalações de Prevenção e Combate a Incêndios: * extintores; * hidrantes;

* saídas de emergência; * sprinklers;

* alarmes; * mangueiras, etc.

Manutenção: * transportes;

* maquinário; * EPI;

* EPC; * vasos sob pressão;

* trabalhos com riscos especiais; Projetos e Especificações: * partes móveis perigosas;

* potência adequada; * partes salientes;

* posição do operador; * indicações de capacidade, velocidade;

* interruptores de emergência; * ruído; * pintura; * EPI; * EPC;

* ferramentas; etc. Como fazer uma Inspeção de Segurança A Inspeção de Segurança tem por objetivos implícitos, entre outros:

� A manutenção de maquinários;

� A colocação de máquinas em lugares que evitem congestionamento de tráfego;

� A verificação de espaço para manter e reparar máquinas;

� A avaliação das condições de iluminação;

� A eventual necessidade de sinalização dos riscos.

Para tanto, o trabalho deve ser feito sem pressa, seguindo procedimentos definidos, como por

exemplo:

� Anotar em planta: identificação, características e técnicas de segurança, métodos de

trabalho, tempo de exposição, etc.;

� Se necessário, recolher amostras, filmar, fotografar, para estudos mais detalhados;

� Discutir com as chefias os problemas encontrados;

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� Fazer um relatório minucioso;

� Observar, caso seja percebido um risco, o agente material, parte do agente, o tipo de

acidente provável, a razão do risco;

� Avaliar o risco: características técnicas, método de utilização do equipamento, ferramenta

ou material; equipamentos de proteção utilizados, tempo de exposição e gravidade;

� Propor soluções que correspondam aos riscos determinados e que sejam aplicáveis e

econômicas.

Método de Melhoramento 1 – Análise do Método Atual: Informe o trabalhador do seu propósito, realize a análise local, anote distancias, passos, demoras, dificuldades, etc. 2 – Questionamento de Cada Detalhe: Por quê? É necessário? Onde é o melhor lugar? Quando é o melhor momento? Quem é o mais indicado? Como melhorar? Anote as idéias de melhoramento obtidas. 3 – Elaboração de Novo Método: Elimine, combine, reordene ou simplifique detalhes, escreva e ilustre o novo método, saliente os pontos positivos e o que é necessário pôr em prática.

4 – Aprovação do Novo Método: No momento oportuno, convença e treine quem deve praticá-lo e

comprove os resultados.

TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO Citamos abaixo, as técnicas de análise voltadas ao controle e prevenção de perdas mais utilizadas:

� Série de Riscos – Consiste na relação de todos os riscos capazes de contribuir para o

aparecimento de danos. A relação apresenta os seguintes tipos de riscos:

- Risco Inicial – originário, figurando no começo da série.

- Risco Principal – que pode causar morte, lesão e degradação da capacidade funcional

aos trabalhadores, danos a equipamentos, veículos, estruturas, perdas materiais, etc.

- Riscos Contribuintes – todos os outros riscos que compõem a série.

� Análise Preliminar de Riscos (APR) – Consiste no estudo realizado durante a fase de

concepção ou desenvolvimento prematuro de um sistema, com o fim de se determinarem os

riscos que poderão estar presentes na fase operacional. As etapas básicas de uma APR são:

- revisão de problemas conhecidos (experiências passadas em sistemas similares ou

análogos);

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- revisão da missão (objetivos, procedimentos, funções, atividades, meio ambiente,

etc.);

- determinação dos principais riscos;

- determinação dos riscos iniciais e contribuintes (laboração da série de riscos);

- revisão dos meios de eliminação ou de controle dos riscos;

- análise dos métodos de restrição de danos;

- determinação dos responsáveis pelas ações preventivas ou corretivas.

� Análise e Revisão de Critérios (ARC) – Trata-se da revisão de todos os documentos com

informações de segurança envolvidos em um produto ou processo (especificações, normas,

códigos, regulamentos de segurança), a partir da qual podem ser elaboradas checklists,

estabelecidas normas consistentes e designadas tarefas no desenvolvimento do projeto.

� Análise da Missão – É a análise de todas as atividades de um sistema completamente

desenvolvido operacionalmente, tendo em vista os fatores com potencialidade de danos.

� Diagrama e Análise de Fluxo – As análises por diagramas são úteis principalmente para

eventos seqüenciais, e ajudam a conhecer o sistema.

� Mapeamento – Técnica útil na delimitação de áreas perigosas. Exemplo: áreas de riscos

elétricos.

� Análise do Ambiente – É a análise completa do ambiente em seu senso amplo,

contemplando higiene industrial, climatologia, etc.

� Análise de Modos de Falha e Efeito (AMFE) – Permite verificar como podem falhar os

componentes de um equipamento ou sistema, eliminar as taxas de falha, determinar os

efeitos advenientes e estabelecer as mudanças a serem feitas para aumentar a probabilidade

de que o sistema ou equipamento realmente funcione de maneira satisfatória.

� Análise de Componentes Críticos – Analisa atentamente certos componentes e subsistemas

de importância crítica para determinada operação ou processo.

� Técnica de Incidentes Críticos (TIC) – É um método para identificar erros e condições

inseguras que contribuem para os acidentes com lesão, tanto reais como potenciais, por meio

de uma amostra aleatória estratificada de observadores/participantes selecionados dentro de

uma população.

� Análise de Procedimentos – Revisão das ações a serem praticadas em uma tarefa.

� Análise de Contingências – Por essa técnica, são analisadas as situações potenciais de

emergência, derivadas de eventos não-programados, erro humano ou causa natural

inevitável.

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� Análise de Árvore de Falhas (AAF) – É uma técnica dedutiva para a determinação tanto de causas potenciais de acidentes como de falhas de sistemas, além do cálculo de probabilidades de falha. É a reconstrução do acidente a partir das lesões até os fatores mais remotos relacionados com sua origem, organizando os fatos em um esquema. Esse método é largamente empregado no estudo de acidentes graves e procura estabelecer o mecanismo de encadeamento das várias causas que poderão dar origem a um evento.

FEEDBACK PERIÓDICO De tempos em tempos (uma vez a cada 6 meses, no mínimo), o supervisor deve conversar com cada um de seus subordinados, em separado, transmitindo a sua percepção quanto ao desempenho. Deve discutir com o subordinado as suas percepções e as perspectivas de medidas visando a correção dos pontos em que o desempenho não está adequado. Deve traçar com o subordinado um plano de ação para a melhoria do desempenho. Independente de estar ou não ligado a um processo de avaliação de performance ou a um plano de carreira, essa conversa periódica, bem estruturada, tem que ser feita. O feedback periódico é um dos grandes instrumentos para se acertar a atitude das pessoas visando o comportamento correto e seguro. REUNIÃO PERIÓDICA DA EQUIPE Uma vez por mês (no mínimo), o supervisor/facilitador deve reunir seu grupo e conversar com ele sobre uma série de itens:

� Resultados de trabalho;

� Fatores que estão comprometendo os resultados e soluções;

� Definir responsabilidades;

� Definir prazos;

� Repassar informações de níveis superiores;

� Trabalhar coletivamente a conduta para o comportamento seguro;

� Abordar conflitos.

A reunião periódica da equipe é uma das ferramentas de maior potencial de reforço de atitudes corretas. AUDITORIA PERIÓDICA Segundo uma periodicidade determinada caso a caso, cabe ao supervisor participar de uma auditoria para verificar se o seu plano de gerenciamento de riscos está sendo cumprido adequadamente.

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INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES/ INCIDENTES A investigação de acidentes/incidentes envolve o exame metódico de um evento não desejado que

causou, ou poderia ter causado lesões às pessoas, doenças ocupacionais, danos à propriedade ou

afetar o processo produtivo.

As organizações devem canalizar as ações de investigação de acidentes/incidentes no sentido de

determinar os fatores que contribuíram para a ocorrência, identificando as causas administrativas,

básicas e imediatas, visando traçar ações corretivas de sorte a que fatos similares ou de mesma

natureza não voltem a ocorrer.

A investigação do acidente tem por objetivo a determinação das causas e a recomendação de

medidas corretivas, além do registro do acidente para posterior análise estatística. Esta investigação

é feita inicialmente pelo técnico de segurança do trabalho, com a participação do encarregado e de

técnicos das áreas envolvidas. O técnico elabora um relatório do acidente, que em outra etapa é

analisado pelos chefes das mesmas áreas. Determinadas as causas, são estudadas as recomendações

e as medidas corretivas para evitar a repetição do ocorrido.

FUNDAMENTOS DA INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES/ INCIDENTES E DEFINIÇÕES:

A investigação de acidentes/incidentes consiste basicamente numa análise do acidente/incidente

realizado por um grupo de pessoas do qual faz parte o gerente de 1ª linha (supervisor), baseado em

fatos.

Uma das características principais dos acidentes é que eles interrompem o processo normal de

trabalho. O tempo empregado em uma boa investigação para evitar a repetição do acidente

aumentará o tempo disponível para a realização de trabalhos futuros.

Os acidentes/incidentes devem ser analisados o mais rápido possível, visando garantir a qualidade da informação que se pode obter. Fatos mais claros, facilidade na lembrança de detalhes e preservação das condições existentes são obtidas quando se procede aos trabalhos de análise logo após a ocorrência dos acidentes.

A diminuição de acidentes reduzirá os custos decorrentes, aumentando a eficiência e lucratividade da organização.

A necessidade de controle administrativo é essencial para a redução das perdas. A maioria dos problemas de segurança é, na verdade, de gerência e supervisão.

As organizações devem adotar um programa efetivo de comunicação e investigação de acidentes/incidentes, proporcionando alguns benefícios:

- Garantia de que todos os acidentes/incidentes, ou seja: danos à propriedade, lesões e doenças ocupacionais, incêndios, explosões, agressões ao meio ambiente, etc., sejam comunicados.

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- Identificação das causas administrativas, básicas e imediatas dos acidentes/incidentes;

- Redução da repetição dos acidentes/incidentes similares ou de mesma natureza;

- Fornecimento de documentação, registros e informações em decorrência de causas trabalhistas ou outras demandas;

- Aumento da produtividade mediante a redução dos custos de operação pelo controle das perdas acidentais.

Uma análise completa de acidentes revela que existem fatores causais para todos os tipos de perdas. A investigação de todos os acidentes e incidentes com potencial de perda grave contribuirá para a identificação de suas causas, medidas corretivas, controles preventivos, bem como para a identificação das deficiências dos Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança e de Prevenção e Controle de Perdas.

RESPONSABILIDADES ENVOLVIDAS NA COMUNICAÇÃO, INVEST IGAÇÃO DE ACIDENTES E NO ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES CORRETIVAS. Responsabilidades Típicas do Gerente Geral da Organização - Promover a investigação dos acidentes ocorridos na organização e o acompanhamento adequado

das medidas corretivas sugeridas;

- Participar das comissões de investigação quando da ocorrência de acidentes/incidentes graves,

quando necessário;

- Promover o treinamento de todos os gerentes e supervisores na investigação e comunicação de

acidentes.

Nota: A organização deve ministrar um treinamento formal para todo pessoal responsável pela

investigação de acidentes/incidentes, não se limitando em fornecer orientações para simplesmente

preencher relatórios.

Responsabilidades Típicas do Corpo de Gerentes da Organização

- Promover a investigação dos acidentes ocorridos na organização, nas suas respectivas áreas de

atuação e o acompanhamento adequado das medidas corretivas sugeridas;

- Promover o treinamento de toda equipe da média gerência e supervisores e sua subordinação na

investigação e comunicação de acidentes;

- Analisar os relatórios e mapas de controle de ações corretivas efetuando verificações aleatórias em

itens considerados relevantes;

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- Acompanhar os prazos de cumprimento e avaliar o índice de atendimento das ações constantes dos

resumos estatísticos apresentados pela gerência média, estabelecendo níveis mínimos de

cumprimento;

- Assegurar que as informações sobre ocorrências circulem nos diversos segmentos da organização

afetados pelas medidas de controle.

Responsabilidades Típicas da Supervisão

Cabe ao Supervisor Imediato a condução direta da investigação de acidente/incidente, pois o

supervisor possui algumas características, a saber:

- tem um interesse pessoal a proteger;

- conhecer melhor as pessoas e as condições de trabalho de sua área;

- sabe como obter as informações;

- deve tomar as medidas corretivas.

São exemplos de suas atribuições/responsabilidades:

- Fazer o acompanhamento para garantir a execução por parte das pessoas adequadas, das ações

corretivas de acordo com as recomendações sugeridas nos relatórios de investigação de

acidentes/incidentes.

- Manter um arquivo de toda a documentação pertinente às investigações de acidentes/incidentes.

- Comunicar todos os acidentes/incidentes que ocorram em sua área de trabalho e investigar aqueles

com potencial de perda.

- Assegurar que as medidas corretivas sugeridas nos relatórios sejam colocadas em prática.

- Realizar mensalmente, verificações formais das várias fontes possíveis de informação para

comprovar se todos os incidentes/acidentes que ocorram em sua área de trabalho estão sendo

comunicados, e investigados todos aqueles com grande potencial de perdas e se estão sendo

tomadas as ações corretivas propostas nos relatórios.

- Elaborar relatório contendo o resumo das ações corretivas propostas e o percentual de atendimento

informando à sua gerência imediata.

- Observar os prazos e freqüência na emissão dos documentos de controle e acompanhamento.

- Analisar os relatórios, resumos e mapas de controle de ações corretivas objetivando a existência de

recursos e medidas para o cumprimento das mesmas bem como corrigir desvios ou ações abaixo

dos padrões.

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FORMULÁRIO PADRÃO DE INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES/INCIDENTES

Após uma investigação metódica do acidente e de uma cuidadosa revisão, o gerente de 1ª linha deve

proceder a uma análise de tendências, evidenciando problemas que podem ficar ocultos no processo

de investigação, podendo existir uma tendência que indique um potencial de perda grave. Ela pode

indicar, por exemplo, que um grande número de acidentes envolvendo o uso de certos materiais ou

máquinas, ou um determinado horário específico do dia ou turno. O objetivo é identificar as

medidas de controle a serem tomadas “antes” do acidente.

O objetivo de se padronizar um formulário para a Investigação de Acidente/Incidente é o de

levantar todos os fatores envolvidos de modo a:

- Fornecer subsídios para registro e investigação dos acidentes/ incidentes;

- Orientar a análise dos acidentes/incidentes;

- Coletar dados para orientar os Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança e de Prevenção e

Controle de Perdas.

A organização deve estabelecer procedimentos para a condução das investigações de

acidentes/incidentes visando obter os resultados preconizados no programa de prevenção e controle

de perdas. Para tanto devem ser cumpridos e atendidos alguns requisitos:

- A política da gerência para investigação de acidentes/incidentes;

- A definição de responsabilidades;

- A alocação de recursos;

- A definição de procedimentos.

ELEMENTOS BÁSICOS DE UMA INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES/ INCIDENTES

Na condução de uma investigação de Acidentes/incidentes o gerente de 1ª linha (supervisor

imediato) deve atentar para os seguintes elementos:

- Obter uma boa imagem geral do acidente/incidente

- Entrevistar as testemunhas do acidente/incidente

- Reconstituição do acidente/ incidente.

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É importante que o supervisor examine pessoalmente o local do acidente a fim de ter uma

representação usual do que se deve investigar e ter uma “IMAGEM GERAL” do acidente/incidente

antes de iniciar a investigação.

A entrevista com as pessoas que tenham mais conhecimento sobre o acidente é o primeiro passo

para saber “o que aconteceu” das pessoas que presenciaram o acontecimento, ou do próprio

acidentado.

Técnicas de entrevistas:

- Conseguir que a pessoa fique à vontade;

- Fazer a entrevista no local do acidente;

- As entrevistas devem ser individuais;

- No caso de várias testemunhas; obter a versão individual;

- Fazer as perguntas no momento oportuno (não interrompa o depoimento);

- Terminar a entrevista de forma positiva;

- Anotar a informação crítica;

- Deixar a porta “aberta”.

Deve-se proceder a reconstituição dos acidentes/incidentes unicamente quando:

- A informação não puder ser obtida de outra forma; - For um elemento básico para as medidas preventivas;

- For necessária para verificação de elementos-chave, mencionadas pelas testemunhas ou pela

vítima.

Reconstituição de Acidentes/Incidentes - Recomendações:

A reconstituição visa obter informações valiosas em certas circunstâncias, e justifica seu uso pelos

supervisores, mas a experiência tem demonstrado que é necessária certa precaução. Assegure-se que

o empregado siga as recomendações abaixo ao reconstituir o acidente/incidente:

- O funcionário deve entender claramente o que deve fazer, sem representar a “ação” que provocou

o acidente. - O funcionário deve explicar em primeiro lugar como aconteceu, sem fazer nenhum movimento. - O funcionário deve repetir todos os movimentos feitos “antes” do acidente, etapa por etapa,

devagar. - O funcionário deve estar emocionalmente preparado para cooperar. Um acidente grave pode

causar traumas que alteram o comportamento das pessoas.

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Etapas básicas de uma Investigação de Acidentes/Incidentes 1 - Definição do acidente/incidente - Nesta etapa a organização deve identificar qual foi o

“contato” com a fonte de energia e o tipo de energia envolvida.

2 - Identificação das “Causas Imediatas” - Por definição, as causas imediatas são aquelas

imediatamente antes do contato com a fonte de energia, sem as quais o contato não teria acontecido.

Atualmente, utiliza-se os termos Atos Abaixo dos Padrões e Condições Abaixo dos Padrões. As

práticas e condições abaixo dos padrões manifestam-se dos seguintes modos:

Atos ou práticas abaixo dos padrões • Operar equipamentos sem autorização;

• Não sinalizar ou advertir;

• Falhar ao bloquear/resguardar;

• Operar em velocidade inadequada;

• Tornar os dispositivos de segurança inoperáveis;

• Remover os dispositivos de segurança;

• Usar equipamento defeituoso;

• Usar equipamentos de maneira incorreta;

• Não usar adequadamente o EPI;

• Carregar de maneira incorreta;

• Armazenar de maneira incorreta;

• Levantar objetos de forma incorreta;

• Adotar uma posição inadequada para o trabalho;

• Realizar manutenção de equipamentos em operação;

• Fazer brincadeiras;

• Trabalhar sob a influência de álcool e/ou outras drogas.

Condições abaixo dos padrões

• Proteções e barreiras inadequadas;

• Equipamentos de proteção inadequados ou insuficientes;

• Ferramentas, equipamentos ou materiais defeituosos;

• Espaço restrito ou congestionado;

• Sistemas de advertência inadequados;

• Perigos de explosão e incêndio;

• Ordem e limpeza deficientes, desordem;

• Condições ambientais perigosas: gases, poeira, fumaça, vapores;

• Exposições a ruídos;

• Exposições a radiações;

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• Exposições a temperaturas extremas;

• Iluminação excessiva ou inadequada;

• Ventilação inadequada.

Geralmente são uma ou mais condições e atos abaixo dos padrões.

Isto identificará os “sintomas”, porém não o problema real. Deve-se identificar a Causa Básica.

3 - Identificação das “Causas Básicas” - As causas básicas podem ser Fatores Pessoais ou Fatores do Trabalho.

Os fatores pessoais incluem causas tais como:

• Capacidade física/fisiológica inadequada;

• Capacidade mental/psicológica inadequada;

• Tensão física/fisiológica;

• Tensão mental/psicológica;

• Falta de conhecimento;

• Falta de habilidade;

• Motivação deficiente.

Os fatores de trabalho incluem os riscos inerentes ao trabalho:

• Liderança e/ou supervisão inadequada;

• Engenharia inadequada;

• Compra inadequada;

• Manutenção inadequada;

• Ferramentas, equipamentos e materiais inadequados;

• Padrões de trabalho inadequados;

• Uso e desgaste;

• Abuso e maltrato.

4 - Identificação das “Causas Administrativas” - As causas administrativas evidenciam a falta de

controle, ou seja, as falhas gerenciais e administrativas.

Page 34: 61963 Apostila Prevencao e Controle de Perdas - 2013(1)

34

Medidas de Controle As organizações devem proceder a ações corretivas para evitar acidentes de mesma natureza e para

tal, devem ser recomendadas medidas de controle para cada uma das causas identificadas.

As medidas de controle podem consistir em:

1 - Ações Temporárias Correspondem às respostas que o gerente de 1ª linha (supervisor) faz na revisão de um acidente:

- “O que posso fazer agora para evitar a repetição?”

As ações temporárias corrigem somente os sintomas (atos e condições abaixo dos padrões).

2 - Ações Permanentes

São aquelas que realmente irão corrigir as causas básicas e administrativas. Tratam de omissões e

erros em programas, padrões e normas, necessitando de tempo e recursos financeiros para serem

implementadas.

PREENCHIMENTO DO RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES/INCIDENTES

O modelo de relatório de investigação de acidentes/incidentes proposto, conforme Anexo 1,

contempla as informações básicas comuns à maior parte das investigações de acidentes/incidentes.

O referido modelo pode e deve ser aprimorado de acordo com as reais necessidades e características

de cada empresa.

Ao propormos tal modelo, procuramos dar destaque:

- Aspectos relacionados à identificação;

- Descrição da ocorrência;

- Análise das Causas;

- Ações corretivas visando evitar repetições;

- Responsabilidades;

- Assinaturas e datas de emissão.

Page 35: 61963 Apostila Prevencao e Controle de Perdas - 2013(1)

35

DESTAQUES QUANTO AO PREENCHIMENTO

Podemos enfatizar a importância de bem preencher os seguintes campos específicos do relatório:

- Localização - O lugar exato onde aconteceu o acidente ou incidente. Essa informação deve ser tão

precisa quanto possível, devido à sua importância.

- Hora e data em que aconteceu - Datas, tempo e lugar têm grande importância, pois servem de

referência para a análise de todos os fatos ou pessoas envolvidos no acidente. Determina também a

rapidez com que a investigação foi realizada, com o intuito de se estudar o que fazer para melhorar.

- Os custos dos danos - Consiste em dar uma aproximação dos custos reais do acidente, tanto com

os danos à propriedade como o tempo perdido de produção. Não precisam ser exatos, apenas

estimativas aproximadas, a serem feita pelo supervisor, utilizando, se for necessário, sua

experiência pessoal.

- Quais foram às ações ou condições abaixo dos padrões que causaram o ocorrido? - Esta

identificação das Causas Imediatas do acidente/incidente ajudará a análise e a investigação posterior

do mesmo.

- Análise completa das causas - Na cadeia de circunstâncias do acidente podem ser identificadas

as causas potenciais de futuros acidentes não diretamente relacionadas com o acidente real. É

importante que o grupo de investigação tenha sempre em mente o conceito da “causa múltipla” ao

analisar as causas do acidente.

- Ações corretivas para evitar a repetição - Que medidas podem prevenir ou controlar a repetição

de eventos similares? Este é realmente o objetivo básico da investigação. As medidas consideradas

nesta seção poderiam eliminar ou diminuir as probabilidades de perdas futuras associadas ao

evento?

- Plano de ação - Descreva o que foi e o que será feito para remediar as causas do

acidente/incidente. Dê recomendações, determine as prioridades para a implantação. Defina

responsáveis pelas ações e datas de implantação. Facilite com que a gerência aprove estas

recomendações.

ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES CORRETIVAS

As ações destinadas a controlar as causas identificadas são as mais importantes de uma

investigação.

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36

As organizações devem elaborar um relatório contendo um resumo das ações corretivas propostas

nos Relatórios de Investigação e o percentual das ações corretivas atendidas. Deve evidenciar a

evolução quanto ao cumprimento incompleto das ações.

COMUNICAÇÃO EM GRUPO

Psicologia Básica da Comunicação

A comunicação não é simplesmente lógica, é também psicológica. Você aceita mais fácil o que diz

uma pessoa que lhe é simpática.

As mesmas palavras podem ter significado diferente, dependendo do comunicador.

Condições para a comunicação clara:

� Deve ser elaborada

� Implica em concessões mútuas

� Requer concentração

� Depende tanto dos sentimentos como dos fatos

PRINCÍPIOS ORIENTADORES

Princípio da Informação: A comunicação efetiva aumenta a motivação. Os supervisores devem

saber como falar e como fazer apresentações aos grupos. Quando as pessoas compreendem

claramente os objetivos a serem alcançados, a motivação aumenta.

Princípio da Distorção: Quanto mais níveis de comunicação existem, mais se distorce o

significado da comunicação. A comunicação direta, cara-a-cara, das reuniões de grupos pode

ajudar a superar a perda em linha.

Princípio do Apelo Psicológico: A comunicação que apela aos sentimentos tende a motivar mais

novas atitudes que a que apela só para a razão.

Nós somos inclinados a pensar com nossas emoções. As pessoas escutarão e compreenderão

melhor se introduzir a idéia relacionando-a com seus interesses, suas inspirações, suas famílias, seus

trabalhos.

Princípio da Utilização: Quanto mais cedo e com mais frequência se pratique uma idéia ou

habilidade, melhor ela é aprendida e recordada.

Page 37: 61963 Apostila Prevencao e Controle de Perdas - 2013(1)

37

A IMPORTÂNCIA DAS COMUNICAÇÕES EM GRUPOS

O supervisor atual é um membro chave da administração profissional. Os seus resultados apóiam

amplamente na habilidade de comunicação.

Reuniões de grupos são úteis para os objetivos da administração:

� Elas são o meio que a administração pode estar segura de que todos receberam uma

mensagem crítica da maneira mais oportuna.

� Elas criam um clima cooperativo através da participação e da integração do grupo.

� Elas ajudam a dar a todos a mesma atenção e exposição a informação.

� A pessoa que conduz a reunião melhora a sua habilidade de comunicação

� Ajudam a formar a imagem desta pessoa como líder para os membros da equipe.

PROCEDIMENTOS E MÉTODOS PARA A CONDUÇÃO DE DISCUSSÕES

O modelo abaixo é efetivo e consta de 4 passos:

1. Introduza o tema, tópico, questão ou conceitos para a discussão.

2. Exponha o tema, tópico ou questão.

3. Estabeleça aspectos chaves para explicação ou resposta.

4. Resuma ou conclua a discussão

Método de conferência e discussão

É a maneira eficiente de revelar informação objetiva desconhecida do grupo. O líder descreve,

explica, demonstra, enquanto os participantes escutam e fazem perguntas.

Você pode dirigir o pensamento do grupo e apresentar idéias na ordem que planejou.

O método tem uma fraqueza séria, tende a ser mais conferência e menos discussão. A maioria das

pessoas não é boa ouvinte, e se tornam inquietas, cansadas, sonolentas. Depende da habilidade do

apresentador.

Método de discussão de perguntas e respostas

Os participantes têm respostas que ajudam a compressão do tema. O líder é o catalisador ou o que

facilita para extrair as respostas do grupo. Promove uma participação ativa e ajuda aos membros do

grupo a dizerem uns aos outros as respostas.

Page 38: 61963 Apostila Prevencao e Controle de Perdas - 2013(1)

38

Método de discussão dos prós e contras Alguns temas convidam a apresentar argumentos a favor ou contra certa proposição. O líder

estimula as pessoas dar suas opiniões, expressarem suas opiniões baseadas em raciocínio. O líder

assume um papel imparcial durante o debate a fim de evitar que os participantes desistam de

expressar suas opiniões, permitindo que o grupo possa avaliá-las e tirar uma conclusão.

Método de discussão dos grupos pequenos

Em vez de conduzir uma discussão com um grupo grande, o líder divide em pequenos grupos e

busca obter conclusões parciais para debate posterior.

HABILIDADES DE LIDERANÇA PARA AS REUNIÕES

Planeje a reunião definindo: que tema tratar; por que tratá-lo; como tratá-lo. Defina e informe a

pauta, data, hora, e o que se espera dos participantes.

Busque o envolvimento significativo do grupo, isto aumenta a motivação e o apoio. Peça

observações, opiniões, atribuindo designações específicas, pedindo voluntários.

A arte de formular perguntas é especialmente importante para promover a participação e fazer com

que uma reunião avance na direção correta. São exemplos de perguntas:

1. Perguntas abertas: não pode ser respondida com “sim” ou “não”; mostra que você está

interessado e quer compreender; (Que pensa de....?; Como podem os operadores evitar...?)

2. Perguntas objetivas: buscam dados, informações, fatos; (Quantos acidentes aconteceram no ano

passado?)

3. Perguntas dirigidas: sugerem a resposta desejada; (Não está de acordo que podemos reduzir os

acidentes?)

4. Perguntas polêmicas: estimulam novas idéias; desafiam conceitos tradicionais; (É nato ou

adquirido o desejo por segurança?)

5. Perguntas provocativas: estimulam novas idéias; desafiam conceitos tradicionais; (As pessoas

da área devem fazer sua segurança. Qual a sua reação a esse conceito?)

6. Perguntas orientadoras: dirigem a discussão rumo a fatores positivos; (Quanto tempo você

acredita que economizará aplicando essa ação em seu serviço?)

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39

Outras perguntas:

1. Com sua experiência, fale sobre a importância da manutenção preventiva na segurança.

2. O que a segurança significa para você?

3. Quantos de vocês analisam os riscos de suas tarefas? Levantem as mãos.

4. Você pode nos falar sobre um incidente com alto potencial de perda?

5. Como se relaciona isto com o assunto da reunião?

DICAS DE CONDUÇÃO DE REUNIÕES – Como tratar os diversos tipos de participantes:

� O DISCUTIDOR = está contra todos; tenta pegar o líder em falta; é um provocador

profissional.

� Mantenha a sua calma a do grupo.

� Use perguntas “por que você diz isso?”, “você acredita que todos pesam assim?”

� Faça com que o próprio grupo se volte contra ele, pedindo manifestação com mãos

levantadas e avance rapidamente o programa.

� Conceda um mérito a algum ponto dele e faça com que o grupo o apóie neste ponto.

� Converse com ele no intervalo e tente descobrir a causa do problema. Tente

conquistar sua cooperação.

� O PESSIMISTA = enfatiza o negativo; queixa-se de detalhes; exige acessos de mal humor.

� Ajude-o a ver que outros no grupo têm outra visão.

� Encoraje-o a ver o lado mais brilhante.

� Faça notar que algumas coisas estão fora de controle e que não vale a pena priorizá-

la.

� Fale que você discutirá com ela posteriormente para ajudá-la.

� Agradeça por cooperar no progresso alcançado.

� O PIADISTA = trata as coisas com rapidez; tenta ser a personagem principal e o centro das

atenções.

� Torne-o um pouco sóbrio com uma pergunta que o ponha a prova ou com uma

designação séria.

� Enfatize os objetivos da reunião, a agenda e a restrição do tempo.

� Agradeça-o pelas boas observações e demonstre as não apropriadas.

� Ignore alguns comentários.

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40

� O SABE-TUDO = pode monopolizar a palestra; não se mostra aberto a aprender mais.

� Empregue debates com grupos pequenos para promover a participação de todos.

� Desenvolva a confiança do resto do grupo e estimule reações apropriadas.

� Ignore ou diminua a importância de declarações supérfluas.

� O FECHADO = o que não participa; o solitário; pode ser modesto, inseguro ou estar

cansado, tímido ou sentir-se superior.

� Formule perguntas diretas (você que tem experiência com...... )

� Promova a participação através de designações específicas (controlar o tempo)

� Reforce a participação expressando um legítimo reconhecimento

� O DIVAGADOR = sai do fundamento, perde o sentido das coisas; faz comentários

irrelevantes.

� Reenfoque a sua atenção ignorando o irrelevante e restabeleça o pertinente; use as

perguntas dirigidas para conduzi-lo de volta ao assunto principal.

� Ofereça-se para tratar de outros assuntos com a pessoa, fora da hora da reunião.

As pessoas não são só extremistas, elas têm um pouco de cada característica apresentada e, a maioria, são colaborativas e ajudam muito na reunião. Citamos alguns exemplos:

� O INICIADOR = participa sem monopolizar; estimula a participação de todos.

� O CONCILIADOR = tem o dom de suavizar as coisas; proporciona uma influência

racional e tranqüilizante.

� O PENSADOR CRIATIVO = ele dá um novo giro às coisas; estimula os outros a

observarem as coisas com um novo ponto de vista.

� O INTERROGADOR HÁBIL = sabe quando e como usar as perguntas; aponta detalhes

significativos fazendo perguntas corretas no momento apropriado.

� O SINTETIZADOR = organiza a informação de uma maneira rápida e concisa; destaca os

aspectos chaves; ajuda a manter a discussão no caminho correto.

� O PARTICIPANTE POSITIVO = presta atenção; faz anotações significativas; formula

perguntas pertinentes; revela critérios e aplicações práticas.

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41

Um líder habilidoso não permite que sua reunião fracasse. Resume o que foi obtido na

reunião e o relaciona com os objetivos. Colocam em destaque as medidas de ação que devem

ser tomadas. Agradece a participação das pessoas.

DEPOIS DE REUNIÃO

O trabalho do líder não termina quando acaba a reunião. Ele tem no mínimo 4 tarefas críticas a

desempenhar:

1. Ver se as atas e/ou informes da reunião são preparadas e distribuídas adequadamente.

2. Agradecer àqueles que contribuíram para o sucesso da reunião.

3. Fazer uma lista de quem deve fazer o que e quando.

4. Analisar o que funcionou bem ou mal e as melhorias necessárias.

PLANOS DE AÇÃO – MÉTODO 5W2H (Anexo 8)

O 5W2H é uma ferramenta para:

• Planejar o que deve ser feito;

• Distribuir as tarefas entre os integrantes da equipe;

• Acompanhar o que cada um está fazendo.

Nos projetos de melhoria de processos serve para:

• Planejar a investigação de um problema ou processo, para aumentar o nível de informações

e buscar rapidamente onde está a falha;

• Montar um plano do que deve ser feito, para eliminar um problema;

• Padronizar procedimentos que devem ser seguidos como modelo, para prevenir o

reaparecimento do problema.

O que significam os “5W” e os “2H”?

• What: Quais os resultados dessa atividade?

• Why: Por que essa atividade é necessária?

• Who: Quem é o responsável por essa atividade? Quem executará essa atividade? Quem

executará essa atividade?

• When: Quando essa atividade começará? Quando terminará?

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• Where: Onde a atividade será executada?

• How: Como essa atividade será executada?

• How much: Quanto custará essa atividade?

Obs.: Não necessariamente nesta ordem.

BRAINSTORMING

Utilização:

Utilizado para o levantamento de idéias relacionadas a um determinado assunto ou objetivo, como:

- identificação de um problema, prováveis causas, solução de uma não conformidade ou problema,

etc.

Conceito:

É uma técnica que visa desinibir os participantes da reunião para que dêem o maior número possível

de idéias, encorajando o pensamento criativo de todos.

Objetivo:

Criar o maior número de idéias a cerca de um tema previamente selecionado.

Formas do Brainstorming: • Estruturado - Nesta forma, todas as pessoas da equipe devem dar uma idéia a cada rodada, ou

"passar" até que chegue a sua vez. Vantagem: obriga até mesmo os tímidos a participarem.

Desvantagem: pode gerar uma certa pressão sobre as pessoas.

• Não estruturado - Nesta forma, os membros da equipe simplesmente dão idéias conforme elas

surgem em suas mente. Vantagem: Pode criar uma atmosfera mais relaxada. Desvantagem: Há risco

de dominação/monopolização pelos participantes mais extrovertidos.

Regras Gerais:

• Nunca criticar idéias;

• Escrever todas as idéias;

• Concordância de todos;

• Duração de 5 a 15 minutos.

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DDS - DIÁLOGO DIÁRIO DE SEGURANÇA O SESMT – Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho pode contar com

diversos instrumentos para a prevenção de acidentes e conscientização dos colaboradores para a

prática de atos seguros, como a CIPA, por exemplo. Atualmente uma nova ferramenta vem

ganhando espaço e sendo utilizada cada vez mais por profissionais como técnicos de segurança do

trabalho.

Trata-se do DDS – Diálogo Diário de Segurança - que constitui basicamente na reserva de um

pequeno espaço de tempo, recomendado antes do início das atividades diárias na empresa e com

duração de 5 a 15 minutos, para a discussão e instruções básicas de assuntos ligados à segurança no

trabalho, que devem ser utilizadas e praticadas por todos os participantes.

Veja abaixo 10 dicas importantes para um bom DDS – Diálogo Diário de Segurança:

1. Tenha sempre em mente o objetivo do DDS: “Criar condições para que os trabalhadores

possam trocar informações, apresentar idéias, comentar dúvidas e dificuldades relacionadas à

Saúde, Segurança e Meio Ambiente”.

2. Considerando sempre as características do grupo, busque temas interessantes e atuais. Peça

sugestões, pesquise na internet, jornais, etc. Use acontecimentos do dia-a-dia da equipe como algo

ocorrido com familiares, no trânsito, fatos importantes divulgados pela imprensa, entre outros

assuntos que possam servir de fonte de informação ao grupo.

3. Faça um DDS sobre o “DDS” explicando o seu objetivo e funcionamento. Deixe claro a

importância da participação ativa de todos.

4. Incentive a participação do grupo, convidando-os a conduzirem o DDS. Você pode elaborar uma

escala de rodízios, repassando essas dicas ao próximo coordenador. Combine com o grupo, dias e

horários apropriados; planeje o local e o assunto a ser tratado.

5. Exponha o assunto de forma clara e com linguagem adequada, considerando o nível de

entendimento dos participantes.

6. Em média utiliza-se 5 a 15 minutos para realização do DDS, podendo variar de acordo com o

interesse do grupo, a importância do tema e a habilidade do apresentador que está coordenando.

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7. Como o próprio nome já diz, o Diálogo Diário de Segurança é um instrumento recomendado para

uso diário. Fica a critério do grupo, estipular a periodicidade mais apropriada para a utilização do

mesmo.

8. Eventualmente, convide profissionais de outras áreas para falar sobre temas técnicos. Poderão ser

convidados médicos, enfermeiros, psicólogos, engenheiros, técnicos, ou seja, pessoas que conheçam

mais o fundo o tema a ser tratado.

9. Utilize os últimos minutos para conclusão da idéia inicial. Deixe aberto para exposição de idéias

do grupo. Tenha cuidado com sugestões para que não tenha conotação de promessa, pois se a

mesma não for cumprida o DDS (e até o próprio instrutor) poderá perder a credibilidade.

10. É importante registrar o DDS. Utilize os procedimentos da empresa, ou crie um procedimento

próprio. Data, duração, local, assunto abordado, nomes e número de participantes, são dados que

podem conter no registro. O registro possibilita o gerenciamento do DDS como ferramenta para a

identificação de novos temas e dos temas já abordados, evitando a repetição dos mesmos. Também

serve para acompanhamento da participação dos integrantes do grupo durante as reuniões.

MATRIZ DE PRIORIZAÇÃO É uma matriz especialmente construída para ordenar uma lista de itens. É uma ferramenta para

tomadas de decisões, já que estabelece a priorização, que pode ou não ser baseada em fatores com

pesos definidos (Ex.: 5, 3 e 1).

A matriz deve ser usada quando:

a) Todos concordam com os critérios de solução, mas discordam da ordem de implementação.

b) Tem-se dificuldade em sequenciar a execução de uma série de tarefas.

c) Tem-se dificuldade em escolher melhor o problema.

MATRIZ GUT (Anexo 9)

É uma matriz de priorização que estabelece a priorização baseada nos fatores de Gravidade,

Urgência e Tendência.

Funcionamento:

Após o brainstorming, vote em cada um dos problemas levantados e dê a sua nota conforme o

quadro abaixo, multiplicando a gravidade pela tendência e pela urgência de cada item (problema),

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anotando em seguida os resultados encontrados. Feito isto some os pontos de cada problema e de

cada participante da equipe.

Dica: Os problemas/itens com as maiores pontuações deverão ser os primeiros a serem atacados.

LEITURA COMPLEMENTAR SUGERIDA

NBR 14280 - CADASTRO DE ACIDENTE DO TRABALHO - PROCEDIMENTO E

CLASSIFICAÇÃO

Esta Norma fixa critérios para o registro, comunicação, estatística, investigação e análise de

acidentes do trabalho, suas causas e consequências, aplicando-se a quaisquer atividades laborativas.

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ANEXO 1 – FICHA DE REGISTRO DE ACIDENTE/INCIDENTE

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ANEXO 2 – FICHA DE INVESTIGAÇÃO/ANÁLISE DE ACIDENTE/INCIDENTE

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ANEXO 3 – PERMISSÃO PATA TRABALHOS ESPECIAIS – PTE

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ANEXO 3 – PERMISSÃO PATA TRABALHOS ESPECIAIS – PTE (CONTINUAÇÃO)

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ANEXO 4 – ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO - APR

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ANEXO 5 – ORDEM DE SERVIÇO – MODELO

LOGOMARCA ORDEM DE SERVIÇO (O.S.)

POR ATIVIDADE SEGURANÇA DO TRABALHO

Data Elaboração Data Última Revisão

Função: Gerente de Produção

Setor: Produção

1. Descrição da Função Auxiliar o operador durante a fabricação. Cuidar de peças necessárias para a manutenção e providenciar a sua compra. Coordenar manutenção. Enviar peças para o almoxarifado para ser temperada. Conferir peças que voltam da têmpera. Calcular montagem para máquinas. Acompanhar o processo in loco. 2. Agentes Associados às Atividades

• Ruído: Equivalente a 78,8 dB (A), atenuado pelo uso efetivo e rotineiro do protetor auditivo. • Óleo.

3. EPI's de Uso Obrigatório • Protetor auricular tipo concha ou plug de inserção; • Creme protetor para pele das mãos e braços; • Óculos de segurança.

4. Recomendações • Atenção e cuidado com as partes móveis da máquina, não mantenham contato direto com o equipamento em movimento. • Fume somente nos locais permitidos que estão sinalizados. • Comunique a CIPA qualquer irregularidade que possa colocar você ou seus companheiros em risco de acidentes. • Não remova ou ultrapasse as proteções existentes na área. • Atenção e cuidado durante a utilização das mangueiras de ar comprimido, não a usem contra o corpo. • Use os EPI's designados a sua função. • Sua área de trabalho apresenta materiais combustíveis, portanto, há riscos de incêndio, respeite as sinalizações de segurança da máquina e da fábrica. • Comparecer ao departamento médico para exames periódicos sempre que solicitado. 5. Procedimentos em caso de acidentes Todo e qualquer acidente de trabalho, deverá ser comunicado para o superior imediato, na falta deste para o membro da CIPA e / ou ao DP, para que possa ser providenciada a emissão da CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho, cujo prazo é de 24 horas.

Obs.: O acidente não comunicado, não será considerado para efeitos legais. 6. Observações • As orientações aqui contidas não esgotam o assunto sobre prevenção de acidentes, devendo ser observadas todas as instruções existentes, ainda que verbais em especial as Normas e Regulamentos da Empresa.

Não executar qualquer atividade sem treinamento e pleno conhecimento dos riscos e cuidados a serem observados.

Aprovação: Data: CIPA: Data:

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ANEXO 5 – ORDEM DE SERVIÇO – MODELO (CONTINUAÇÃO)

PORTARIA 3214 DE 8 DE JUNHO DE 1978 PORTARIA 3214 DE 8 DE JUNHO DE 1978 PORTARIA 3214 DE 8 DE JUNHO DE 1978 PORTARIA 3214 DE 8 DE JUNHO DE 1978

NORMA REGULAMENTADORA NÚMERO 1 (NR 1)NORMA REGULAMENTADORA NÚMERO 1 (NR 1)NORMA REGULAMENTADORA NÚMERO 1 (NR 1)NORMA REGULAMENTADORA NÚMERO 1 (NR 1) DISPOSIÇÕES GERAIS DISPOSIÇÕES GERAIS DISPOSIÇÕES GERAIS DISPOSIÇÕES GERAIS

1.7. CABE AO EMPREGADOR: 1.7. CABE AO EMPREGADOR: 1.7. CABE AO EMPREGADOR: 1.7. CABE AO EMPREGADOR:

a) Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;

b) Elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina do trabalho, dando ciência aos empregados, com os seguintes objetivos:

• prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho; • divulgar as obrigações e proibições que os empregados devam conhecer e

cumprir; • dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de punição, pelo

descumprimento das ordens de serviço expedidas; • determinar os procedimentos que deverão ser adotados em caso de acidente do

trabalho e doenças profissionais ou do trabalho; • adotar medidas determinadas pelo MTB; • adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as condições

inseguras de trabalho.

c) Informar aos trabalhadores:

• os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; • os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa; • os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico

aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos; • os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.

d) Permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos

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ANEXO 5 – ORDEM DE SERVIÇO – MODELO (CONTINUAÇÃO)

preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. 1.8.1.8.1.8.1.8. CABE AO EMPREGADO: CABE AO EMPREGADO: CABE AO EMPREGADO: CABE AO EMPREGADO: a) Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador; b) Usar o EPI fornecido pelo empregador; c) Submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras - NR; d) Colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras - NR. 1.8.1. Constitui ato faltoso, a recusa injustificada do empregado ao cumprimento do disposto no item anterior.

NOME: Declaro que recebi Nome da Empresa as orientações que fazem parte deste documento, bem como, cópia do mesmo, comprometendo-me a seguir as orientações nele contidas e reconhecendo serem elas indispensáveis à minha segurança e à de meus colegas de trabalho. Também afirmo ter recebido os epis de utilização obrigatória na minha função e comprometo-me a utilizá-los durante toda a minha jornada de trabalho, solicitando sua substituição sempre que necessário.

ASSINATURA :

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ANEXO 6 – FICHA DE INFORMAÇÃO DE CUSTOS DE ACIDENTES/INCIDENTES – MODELO

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ANEXO 7 – FICHA DE CÁLCULO EFETIVO DE CUSTOS DE ACIDENTES/INCIDENTES –

MODELO

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ANEXO 8 – MODELO DE PLANO DE AÇÃO (5W2H)

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ANEXO 9 – MATRIZ DE PRIORIZAÇÃO (GUT)

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ANEXO 10 – MATRIZ DE PRIORIZAÇÃO (RAB)