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AGENTES DE SEGURANA PESSOALPARA PROFISSIONAIS DE SEGURANA PBLICA E PRIVADA

Ricardo Nakayamawww.sotai.com.br

Ricardo Nakayama Todos os direitos reservados

Ilustraes: Ricardo Nakayama

Nakayama, Ricardo, 1966 So Paulo

1. Segurana. 2. Profisses. 3. Defesa Pessoal I Nakayama, Ricardo. II Ttulo.

ndices para Catlogo Sistemtico: 1. Segurana 2. Profisses 3. Defesa Pessoal

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DEDICATRIA Esta obra dedicada a todos os profissionais da segurana, pblica e privada, que diariamente colocam suas vidas em risco para garantir a tranqilidade da Sociedade. O Autor.

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AvisoEsse livro destinado apenas para estudos acadmicos. As tcnicas, tticas e metodologias descritas neste volume so muito perigosas e no devem ser usadas ou praticadas sem extrema cautela. Os autores e editores no tm quaisquer responsabilidades, em que Esfera do Direito for, por ferimentos, danos ou prejuzos, sejam provocados por acidente ou intencionalmente, que possam ser atribudos aos ensinamentos, tcnicas ou idias contidas nesta obra. Este livro no tem o objetivo de ser uma obra para autodidatas, sendo importante e indispensvel a superviso e orientao de um instrutor capacitado em nosso mtodo. Ningum est autorizado a se intitular instrutor apenas por ter lido ou estudado esse livro.

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SUMRIO

Sobre o autor ............................................................................................. Prefcio...................................................................................................... Introduo.................................................................................................. Conceitos................................................................................................... Gradiente de Fora..................................................................................... Opes Tticas........................................................................................... Percepo................................................................................................... Preparao Psquica para Agentes de Segurana....................................... Fisiologia do Combate............................................................................... Situaes de Riscos mais Comuns............................................................. Escolta a P............................................................................. Escolta Motorizada..................................................................................... Direo Defensiva e Evasiva...................................................................... Armamento, Munio e Tiro...................................................................... Comunicaes............................................................................................. Relaes Humanas...................................................................................... Etiqueta e Comportamento Social.............................................................. Defesa Pessoal............................................................................................ Uso do Basto Retrtil................................................................................ Aspectos Legais..........................................................................................

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Sobre o AutorRicardo Nakayama O mestre Ricardo Nakayama o criador do sistema conhecido como Kombato de defesa pessoal, do sistema Sotai de defesa com facas e Diretor-Presidente da Associao Brasileira de Kombato. Iniciou aos cinco anos nas artes marciais, sob a superviso de seu pai - Mestre de Karat. Durante 36 anos aprendeu o mtodo de combate e domnio de vrias artes marciais e esportes de contato Arnis de Mano, Kick Boxing, Hapkido, Karat, Muay Thai, Jiu-Jitsu, Aikido, Jud e Kung Fu. Ministra aulas h 23 anos em academias e empresas de segurana. Pesquisa o combate com armas desde 1978, quando iniciou o treinamento com basto longo, faco chins e nunchaku, ministrando aulas regularmente de combate com facas, armas improvisadas e tonfa para diversos segmentos da segurana pblica e privada. especialista em defesa pessoal com grande reconhecimento sendo constantemente chamado para prestar consultoria aos mais destacados rgos de imprensa da Amrica Latina. Exerceu durante nove anos a coordenao tcnica na rea de defesa pessoal na maior empresa de segurana da Amrica Latina onde ministrou aulas para mais de 30.000 alunos e formou a primeira turma de agentes de disciplina na primeira e bem sucedida penitenciria privada do Brasil. Inovando e aperfeioando tcnicas de combate armado e desarmado, elabora estudos e desenvolve cursos especiais para grupos de segurana de destacadas empresas do setor privado. Treinou os seguranas das seguintes empresas: Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Humanitas (Penitenciria Industrial de Guarapuava), Companhia Mineradora do Rio Paracatu, Graber, Banco Ita, Pires Segurana, Septem, Roche, entre muitas outras empresas de pequeno porte. Atualmente o instrutor de defesa pessoal da equipe de seguranas da Editora Abril e Roche. Maiores informaes podem ser acessadas atravs do site: http://www.sotai.com.br/

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Prefcio do Autor Este trabalho a sntese de anos de treinamento e pesquisa, com a colaborao de vrios alunos que ajudaram trazendo suas experincias e relatos das diversas situaes que poderiam encontrar no exerccio profissional. Muitas das tcnicas so apenas para referncia, necessitando da superviso de um instrutor habilitado para tirar o mximo potencial das mesmas. A aplicao dos conhecimentos adquiridos nesta obra depende de vrios fatores, principalmente a um treinamento constante, motivao da equipe, planejamento adequado, comprometimento e profissionalismo. A obra direcionada para profissionais de segurana pblica e privada que prestam servio de proteo pessoal para resguardar a integridade fsica de Vips/Autoridades. Ricardo Nakayama

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INTRODUO O Agente de Segurana Pessoal tem uma das mais difceis tarefas a desempenhar: proteger a vida e o patrimnio das pessoas que confiaram em seus servios. Sua atividade regulamentada pela Lei Federal 7.102 que especifica o treinamento mnimo necessrio, prerrogativas e competncia legal. Nesse aspecto particular do treinamento, existe no Brasil uma grave deficincia como um todo, j que na prpria Lei a quantidade mnima de horas de curso exigida para exerccio da atividade profissional extremamente irrisria. Nesse ponto vemos que tanto nossos legisladores, os empregadores e at mesmo o agente de segurana menospreza sua capacitao pessoal, sendo pouqussimas as empresas e profissionais que fazem treinamentos constantes a fim de utilizar seus conhecimentos e pior, muitos sequer tm condies fsicas ideais para desempenhar satisfatoriamente sua atividade. H no Brasil uma grande preocupao em relao violncia, principalmente nos grandes centros urbanos. Atualmente as empresas de segurana privada crescem a cada dia, com um contingente muito maior do que o poder pblico. Este crescimento acentua as diferenas entre servio prestado, exigindo planejamento ao invs de improviso. O objetivo maior do agente de segurana pessoal proteger a(s) pessoa(s) sob sua responsabilidade, gerando tranqilidade e confiana. O servio bem executado, com profissionalismo, minimiza as possibilidades de um ataque e sua chance de sucesso, com a constatao que VIPs com equipes de escolta so menos suscetveis a aes criminosas. Atualmente a palavra de ordem para os gestores de segurana PLANEJAMENTO, devemos conhecer os riscos, acompanhar a evoluo da criminalidade, implementar normas/procedimentos que dificultem a ao criminosa, examinar a agenda do VIP, utilizar barreiras fsicas/eletrnicas, capacitar os profissionais de segurana, verificar recursos e pessoal, antecipar possveis contingncias, controlar crises se for preciso, para assegurar a mxima proteo. O perfil do agente de segurana mudou muito ao longo dos anos. O mercado exigiu um profissional diferenciado, ao contrrio do armrio que no precisava pensar e sim ser carrancudo e grande, temos um agente que conhece os riscos, que se aperfeioa em diferentes tcnicas, que sabe detectar as possveis ameaas, que ao invs do confronto prefere se evadir do local protegendo o VIP, mas se o confronto inevitvel, tem condies de ser bem sucedido neutralizando o(s) agressor(es).

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CONCEITOS Segurana Conjunto de medidas e procedimentos de segurana para garantir a integridade fsica do VIP/Autoridade. Autoridade/Dignitrio/VIP (Very Important Person) So as pessoas que possuem posio de destaque, sejam constitudas ou no, brasileiras ou estrangeiras. Quem Autoridades: Presidentes, Governadores, Prefeitos, Ministros, etc. Polticos: Deputados, Senadores, Vereadores, etc. Diplomatas/Representantes de Estado Religiosos Empresrios/Industriais Jornalistas Turistas Juzes/Promotores Testemunhas Artistas em Geral Crculos de Segurana Autoridade/Dignitrio/VIP Ostensiva Velada Aproximada Segurana Aproximada Agentes que executam a proteo imediata, ficando posicionados prximos e constantemente ao redor do VIP, cabendo resguard-lo, reagir a ameaas e retir-lo em caso de emergncia. Segurana Velada o grupo de agentes que se infiltram no pblico, so distribudos nos locais dos eventos, ou nos itinerrios do VIP, procurando detectar, informar e neutralizar possveis ameaas. Segurana Ostensiva o grupo de agentes de diversos rgos, que fazem o policiamento ostensivo, dando apoio, facilitando os deslocamentos, prevenindo acidentes e anulando ou intimidando aes hostis. Principal Risco Atentados Exemplo Ronald Reagan

Atentados, Seqestro Atentados, Seqestro Atentados, Seqestro Seqestro Atentados, Seqestro Roubos, Furtos, Seqestro Atentados, Seqestro Atentados, Queima de Arquivo Seqestro, Atentados

Carlos Lacerda Srgio Vieira de Mello Papa Joo Paulo II Girz Aronson, Silvio Santos, Abilio Diniz Tim Lopes Turistas Ingleses no RJ Alexandre Martins de Castro Filho Vrias pessoas no caso Celso Daniel John Lennon

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GRADIENTE DE FORA Pessoas que trabalham na rea de segurana seja pblica ou privada devem ter procedimentos que definam qual a resposta para situaes de agresso na proporo exata de acordo com a violncia perpetrada. As foras de segurana devem usar um gradiente de fora que mostra alternativas que seguem o preceito de uso proporcional da fora, estando dessa forma amparados nos aspectos moral e legal.O uso excessivo, indevido ou arbitrrio de fora que cause danos fsicos ou morais, no deve ser permitido pela sociedade civil e precisa ser fiscalizado pelos rgos responsveis pela manuteno da ordem e do estado de direito que preservem os direitos individuais. A atuao equivocada de policiais ou seguranas mostra o despreparo e falta de treinamento que gera medo e revolta na populao, descrdito das instituies e condenao pelos rgos de imprensa. Quando falamos de profissionais de segurana pblica ou privada devemos lembrar da Declarao Universal dos Direitos Humanos que em seu artigo terceiro diz: Todo indivduo tem direito vida, liberdade e segurana pessoal. Embora esse artigo defina a necessidade de proteger o cidado, devemos lembrar que isso abrange sua dignidade. O profissional de segurana deve respeitar e fazer cumprir as leis e normas vigentes e ao mesmo tempo evitar a responsabilidade civil ou penal que o uso indevido ou exagerado da fora produz. interessante ressaltar que isso no significa ter uma atitude passiva que paralise suas aes e ameace a sua integridade fsica ou moral. Nesse contexto importantssimo que o agente de segurana seja equipado com recursos que aumentem sua segurana e ao mesmo tempo tenha a capacitao necessria para sua utilizao de maneira efetiva e finalmente tenha treinamento e domnio de procedimentos e tcnicas para sua defesa pessoal. Exemplificando a questo podemos citar um segurana que tem apenas um cassetete em seu cinturo, no tendo sido treinado em tcnicas de defesa pessoal, ir utiliz-lo para desferir golpes contundentes ao invs de tentar aplicar uma chave de brao para controlar o agressor. Situaes em que agentes de segurana utilizam-se de golpes para lesionar e no controlar um indivduo so mais comuns do que poderamos imaginar, exatamente pela falta de treinamento que primordial para se confiar no equipamento e saber como tirar o mximo de seu potencial. O maior perigo limitar as atribuies do segurana, ao invs de dar-lhe uma boa capacitao, por esta ser muito onerosa. A fora utilizada deve ser baseada na situao que o agente de segurana enfrenta e deve ser imediata. A fora utilizada tardiamente permite a punio do indivduo, posto que no cabe ao agente de segurana julgar, proferir e executar a sentena. O objetivo de utilizar a fora neutralizar o indivduo em sua ao que caracterize desrespeito s leis, ou que possa causar mal sociedade que esse indivduo convive. importante definir que o agressor quem comete a ao e o agente de segurana apenas reage, gerando uma resposta defensiva.O nvel de ameaa que o agressor representa proporcional fora que ser utilizada para cont-lo. A avaliao da situao deve ser a somatria de vrios fatores relacionados ao agente de segurana ou ao agressor como, por exemplo, a idade, sexo, tamanho, porte, preparo fsico, nvel de habilidade, relao numrica entre agentes de segurana e agressores, etc., bem como circunstncias especiais, como a proximidade do oponente a uma arma de impacto ou de fogo, o conhecimento de informaes relevantes sobre a periculosidade do oponente, o fato do agente de segurana estar ferido ou exausto ou em posio vulnervel, etc. Um agente de segurana sozinho pode utilizar um nvel de fora maior contra vrios oponentes, mas se o oponente for muito mais fraco e representar um risco menor, recomendado no escalar no uso da fora. a percepo da totalidade da situao que proporciona a escolha e dosagem do nvel de fora que ser utilizado para conter o agressor. Um policial militar uniformizado um fator inibidor, onde apenas sua presena pode evitar que uma ao criminosa seja consumada. Desta forma um bom policiamento de determinada regio tende a diminuir seus ndices de criminalidade. Em casos onde o agressor est nervoso recomendado negociar tentando diminuir a tenso; como nas situaes que envolvem refns, nas quais um bom negociador pode fazer o marginal se entregar, preservando tanto a sua vida quanto a dos refns. www.sotai.com.br

Em uma situao com um familiar nervoso ou um agente de segurana que lida com o pblico, devemos optar por tcnicas que no causem constrangimento e ao mesmo tempo preservem a integridade fsica do agressor. Nesses casos altamente recomendado o uso de chaves de brao, por exemplo. Em alguns casos, por no termos o treinamento necessrio para aplicar uma tcnica de controle para restringir os movimentos ou conduzir a pessoa, o uso de armas no letais intimida o agressor e inibe a escalada da violncia. Ser mais difcil avanar contra um agente de segurana que exibe um basto retrtil, o marginal desistir de sua agresso pelo medo de tambm se lesionar. Em situaes onde h mais de um agressor e estamos sozinhos, no recomendado tentar aplicar uma tcnica de controle. Enquanto imobilizamos um, o outro elemento pode atacar, desta forma, ao invs de controlar, um golpe contundente (soco, chute, cotovelada, etc.), no expe tanto o segurana possibilitando eliminar a ameaa rapidamente se tiver o treinamento necessrio. A ltima opo o uso de armas letais, apenas situaes excludentes de ilicitude (legtima defesa, estrito cumprimento do dever legal, exerccio regular do direito e estado de necessidade), especificadas na lei, justificam seu uso. So importantes o bom senso e a responsabilidade, alm claro do treinamento adequado. importante ressaltar que podemos pular etapas no gradiente de fora. Por exemplo, se uma pessoa estava apenas agredindo verbalmente o agente de segurana enquanto este tentava negociar, e se esta pessoa saca repentinamente um revlver, o agente pode fazer uso de meios letais para se defender. O momento que define qual a melhor resposta. Existem sub-nveis em cada nvel de gradiente de fora, por exemplo, imagine uma situao onde um agente de segurana tenta retirar uma pessoa de um local, sorrimos e pedimos educadamente, se ele no concorda, aumentamos o tom e solicitamos com maior nfase, se ele nos ofende, usamos um comando autoritrio e assim por diante e estvamos apenas no nvel da negociao. Os nveis de gradiente de fora devem ser constantemente treinados para que em uma situao de risco possamos decidir imediatamente nossas respostas de maneira correta, diferenciando o bom do mal profissional. Nvel de Ameaa Mais Fora Fora letal Meios no letais Armas no letais Agresso fsica Golpes contundentes Controle Chave de brao Resistncia Ponto de presso Negociao Ordem Ameaa verbal Aviso Preventivo Menos Fora Presena Posicionamento Postura Reativo Armas

Nveis de Gradiente de Fora

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OPES TTICAS Prevenir A melhor forma de proteo pessoa no se colocar em uma situao difcil quando isto pode ser evitvel; No Reagir Existem situaes que no aconselham a reao, normalmente quando no foi feita ainda a avaliao do risco para a reao, quando a desvantagem evidente, as perdas sero apenas materiais ou quando no temos capacitao emocional, fsica ou tcnica para dominar o(s) adversrio(s); Negociar A negociao serve para minimizar as perdas materiais ou de vidas, mudar uma situao desfavorvel desescalando a violncia, dissuadir ou render o adversrio; Fugir A fuga uma opo vlida quando a desvantagem muito grande em relao ao(s) adversrio(s) ou quando queremos evitar o conflito; Reagir para uma reao efetiva necessrio controlar a si mesmo, controlar o adversrio e controlar a situao. Daremos enfoque Preveno e Reao.

Preveno Prevenir sempre, reagir quando necessrio! O marginal escolhe suas vtimas pesando quais sero os riscos em comparao aos benefcios que sero alcanados. A escolha da vtima envolve levantar informaes e planejar a ao criminosa, neste ponto que a maior parte das pessoas tem a opo de se tornar um alvo mais difcil. Antes de pensar em reagir em uma situao de confronto, devemos mudar nossos hbitos de vida e comear a adotar pequenas regras no dia-a-dia para diminuir o risco de nos tornarmos vtimas. A regra ainda mais importante para o profissional de segurana que cuida da vida das pessoas que confiaram em seu trabalho. A proteo contra a violncia deve ser uma estrutura slida que trabalha em diferentes nveis para consolidar uma segurana plena. Muitas pessoas temem a violncia, mas no devemos ser dominados por este medo. Quando tememos em excesso transformamos o medo em parania. Os elementos preventivos so: Conhecimento de como o criminoso pensa e age. Conhecer torna possvel antecipar e evitar. Existem vrios tipos de criminosos: Amadores, profissionais, loucos, por paixo, etc. que em um prximo trabalho descreverei com mais detalhes, que em geral estudam a sua vtima, busca uma oportunidade de agir, atacam, alcanam o objetivo e fogem. Barreiras Fsicas e Eletrnicas Barreiras fsicas: muros, cercas, blindagem em veculos, etc. Barreiras eletrnicas: alarmes, CFTV, rastreadores, etc. Mudana de Hbitos as pessoas se apegam a hbitos no seu dia-a-dia, muitas vezes seguindo rotinas rgidas, como sair de casa sempre no mesmo horrio, ou utilizar o mesmo percurso para ir ao servio. Mudanas de hbitos ou quebras na rotina evitam sermos escolhidos como vtimas. Hoje, em So Paulo, comum ver pessoas mantendo a distncia de outros carros e se posicionando de maneira inteligente em faris, deixando o carro no estacionamento ao invs de deix-lo na rua, etc. Ateno esperar o inesperado o ditado da pessoa prevenida. Ter a mente alerta pode salvar a sua vida. Muitas vezes, apenas o fato do marginal perceber que a potencial vtima percebeu sua inteno, j desestimula sua investida. Barreiras Humanas o fator de impedimento oferecido pela presena do profissional de segurana inestimvel. Se a equipe est alerta e firme em suas responsabilidades o controle da situao ser evidente. www.sotai.com.br

Reao Agora vejamos a reao. Reagir com sucesso depende de vrios fatores. Os animais em situaes de perigo preparam o seu corpo para fugir ou lutar.O ser humano em sua complexidade tem muitas outras sadas. A reao em geral dividida em reao passiva e reao ativa. A reao passiva a maneira como o indivduo reage a uma situao de risco, mudando de forma consciente ou inconsciente seu metabolismo frente a uma situao de stress. De maneira inconsciente, o indivduo ao ser surpreendido leva um choque que lhe causa confuso mental. O indivduo deve perceber, identificar, analisar, avaliar, e decidir sua linha de ao. possvel diminuir um pouco os efeitos negativos do stress (pnico que causa paralisia de nossas aes) atravs da respirao, lenta e compassada, baixando a freqncia cardaca. Por outro lado, a reao passiva de forma consciente se caracteriza pela utilizao de tcnicas de dissimulao (fingir desmaiar, ou passar mal) ou de negociao (avisar que vai tirar o cinto para sair do veculo). A reao passiva depende muito da maneira como o marginal responde repentina mudana do contexto, podendo ter dois tipos de desfecho: Positivamente a mudana desestabiliza-o obrigando a cessar a ao criminosa e a fugir, negativamente pode desencadear uma escalada na violncia. Quando Reagir Antes de falarmos da reao ativa, importante saber o momento para efetuar este tipo de reao. A mdia em geral, a polcia e at especialistas desaconselham uma reao. A no reao parece ser a palavra de ordem do dia, mas a marginalidade no respeita esta regra, muitas vezes pessoas que no efetuaram reao alguma contra o marginal foram estupradas ou mortas. Para saber o momento da reao importante considerar: Inteno ter a capacidade de perceber qual a real inteno do marginal o fator mais importante para pensar em uma possvel reao. O marginal que deseja apenas tirar os bens materiais da vtima no deve ser confrontado. O problema surge quando existe a motivao para cometer um crime sexual ou, pior, para matar a vtima, neste contexto que a reao se torna impretervel e seu sucesso crtico; Comportamento a leitura dos sinais verbais e no verbais do marginal importantssima. Um indivduo drogado, bbado ou com nervosismo excessivo, pode mesmo por descuido, acidente, ou impercia matar a vtima. Quanto mais sinais forem demonstrados pelo marginal, maior a necessidade de uma possvel reao; Avaliao do Risco a noo exata de nossa capacidade de reao em relao ao(s) adversrio(s), considerando: Nmero e distncia (sozinho/Grupo longe/perto) e o Tipo de ameaa (faca/arma de fogo). A reao Ativa compreende dois tipos principais: Reao com Meios Letais e Reao com meios No Letais. Reao Letal A maior parte dos profissionais de segurana prefere pensar em reagir com suas armas, embora de suma importncia, existem algumas consideraes a serem feitas antes de empreg-las: Disponibilidade de armas: seguranas no podem portar armas em muitos locais quando acompanham o Principal avies, locais de aglomerao, casas noturnas, etc. Anlise da ameaa exemplificando: um bbado no requer o uso de armas. Local da misso um local pblico, onde o fogo cruzado pode causar baixas em espectadores inocentes deve ser uma preocupao constante. Diretrizes do Cliente o emprego de armas deve ser consistente com a poltica interna da empresa e com as leis de cada pas onde o Principal esteja. www.sotai.com.br

A utilizao de armas de fogo fica comprometida quando o profissional no capacitado ou no treina constantemente. Infelizmente existem muitas empresas clandestinas que contratam pessoal nestas condies, o que compromete a credibilidade dos bons profissionais e coloca em evidncia de forma negativa o segmento frente sociedade. Reao No Letal Existem vrias opes de reao no letal, embora a maior partes dos agentes de segurana menospreza esta opo, dando prioridade ao uso da arma de fogo. Tcnicas no letais so uma ferramenta muito importante para o agente de segurana, j que ao contrrio da arma de fogo, visam preservar a integridade fsica do agressor, com tcnicas e equipamentos apropriados, seguindo os modernos preceitos adotados ao redor do mundo em relao ao uso da fora. O uso excessivo, indevido ou arbitrrio de fora que cause danos fsicos ou morais, deve ser evitado para isto necessitando de solues inovadoras que aliem aplicabilidade e eficincia, evitando aes penais ou indenizatrias, alm de evitar situaes que causem constrangimento ao cliente, por exemplo, em uma festa o segurana controlar um convidado bbado com uma imobilizao ao invs de apontar a arma para ele.

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PERCEPO Talvez a maior dificuldade que um agente de segurana enfrente, seja a capacidade de perceber antecipadamente as ameaas antes que seja tarde demais para evitar o perigo ou proteger a pessoa que o contratou. Uma das mais importantes habilidades que devemos desenvolver a leitura corporal. O corpo humano emite constantemente sinais que podem ser interpretados para prever as atitudes que sero tomadas pelas pessoas. O marginal procura pesar os riscos e os benefcios que ter se agir. A primeira etapa o levantamento para a ao criminosa, onde h a escolha da vtima. Neste momento de estudo, h vrios indicadores que chamam a ateno e que devem ser percebidos: Roupas uma pessoa que utiliza casaco em um dia de calor pode estar escondendo uma arma; Acessrios objetos podem ocultar ou dissimular uma arma, sacolas, jornais, caixas, etc; Posicionamento o marginal escolhe um local onde pode observar a vtima e escolhe o melhor ponto para agir, procura tambm uma posio protegida para aumentar o grau de risco para o agressor; Movimentao olhar ao redor (para ver se no h ningum que oferea risco na hora da ao criminosa), movimentos bruscos (colocar a mo por dentro do casaco rapidamente), passar sinais ou olhares para outros membros da quadrilha, etc. O principal a ser observado sempre as mos! Indicadores de Tenso e Ansiedade: - Face ficar vermelha - A boca semi-aberta - Os dentes cerrados - Respirao rpida - Movimentos repetitivos e/ou exagerados - Apontar com o dedo - Fechar o punho - Estalar as articulaes - Colocar as mos atrs da cabea ou pescoo - Olhar fixamente ou encarar - Tiques nervosos (piscar insistentemente) - Movimentos ntidos de aliviar a tenso (alongar o tronco ou pescoo) Porte Fsico O nvel de ameaa depende de vrios fatores, inclusive do tamanho do adversrio. Distncia/Aproximao o marginal deve se aproximar da vtima, imobilizando-a, fsica e psicologicamente, alcanando seu objetivo e fugindo. importante desenvolver a noo de distncia, quando h a aproximao do elemento, pois possibilita: - Evitar ser surpreendido - Evadir-se do local de risco - Melhorar a condio de defesa - Efetuar uma reao mais eficaz quando o confronto inevitvel. H 4 reas distintas: - rea ntima (0,01 a 0,50m): a rea crtica, onde apenas as pessoas de maior confiana (membros da famlia e amigos muito prximos) podem se aproximar; - rea Pessoal (0,51 a 1,50m): a segunda rea de confiana, destinada s pessoas do nosso convvio dirio;

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rea Social (1,51m a 3,60m): rea onde tratamos a maior parte das pessoas, nos possibilitando ter campo de viso e capacidade de reao, o crculo final da rea social, compreende o que chamado crculo interno; rea Pblica (acima de 3,61m): qualquer pessoa que deixe a rea pblica e avance em nossa rea social um indicativo de perigo que deve ser observado e se necessrio, neutralizado.

REA PBLICA - acima de 3,61 m REA SOCIAL - 1,51 m a 3,6 m

REA PESSOAL - 0,51 cm a 1,5 m

REA NTIMA

- 0.01 a 0,50 cm

O segurana deve aperfeioar seus sentidos, ao mesmo tempo em que deve ter um olhar amplo de todo o cenrio procurando no ser pego de surpresa, ele deve buscar o especfico (nervosismo/atitudes), avaliando as opes e tomando as medidas necessrias. necessrio um trabalho em conjunto onde no apenas deve-se detectar a ameaa e sim, informar aos outros elementos da equipe de segurana. Crculos de Proteo

Crculo Externo de 20 at 200 m

Crculo Mdio de 3,6 at 20 m

L A V P

A

Crculo Interno at 3,6 m

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Permetro de Proteo Primrio ou Crculo Interno (At 3,6m): a rea delimitada para assegurar a integridade fsica do VIP, impedindo qualquer tipo de ameaa. Crculo Mdio (de 3,6 at 20 m): a rea de viso onde o agente de segurana deve identificar ameaas que entraro rapidamente em sua rea de ao. Crculo Externo (de 20 a 200 m): a rea destinada antecipao de ameaas, como ruas obstrudas ou com trnsito intenso que facilitam a abordagem de criminosos, neste caso, procura-se rotas alternativas. Sistema Relgio

12

9VIP

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6O sistema de relgio uma forma de localizar o ponto de ameaa de maneira imediata para todos os elementos da equipe de escolta. importante considerar: O ponto de referncia sempre frente do VIP; A equipe deve ser flexvel, conforme identificado o lado de maior risco; A equipe deve treinar para memorizar os indicadores, evitando confuses em situaes de emergncia; Pode-se variar os indicadores, mas deve-se manter uma relao de posio e/ou direo, ex: direita/esquerda, frente, atrs, etc.

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PREPARAO PSQUICA PARA AGENTES DE SEGURANA Preparando-se para o Combate Real Imagine-se frente a frente com um indivduo armado disposto, no a intimid-lo, mas a mat-lo. Imagine o estampido de um disparo percorrendo rapidamente o espao chegando a seus ouvidos. Muitos de ns nunca passamos por uma situao real em que se coloca a prova nossa capacidade de superar nossos medos e colocar em prtica o que aprendemos. De maneira geral, em nossas ocupaes dirias, um acontecimento que coloque em risco nossa vida raro. Quando acontece, a imprevisibilidade de nossas reaes dita se iremos viver ou morrer. Em um combate os ferimentos so reais, muitas vezes srios e podem demandar grandes cuidados mdicos posteriores. Alm disto, mesmo pequenos ferimentos podem levar a incapacitao parcial ou total. fato que um simples tiro de raspo pode afetar nossa concentrao, nossa confiana e nosso esprito de luta, alm de incapacitar certos movimentos. Muitas pessoas chegam a apresentar hipotenso ao verem sangue. Algumas chegam at a desmaiar ou vomitar. O agente de segurana como qualquer outra pessoa tem reaes negativas e positivas. A reao negativa se caracteriza um estado de paralisia mental, onde o agente de segurana fica completamente parado, no conseguindo obedecer a comandos simples, como "saia do carro", por exemplo, o que pode provocar, inclusive, uma escalada no uso da fora por parte do marginal, que imagina estar sendo ignorado; ou "ativao biomecnica desordenada", onde a vtima, completamente desesperada, comea a tomar atitudes sem sentido, fazendo com que o criminoso fique mais agressivo em sua abordagem. Positivamente o agente de segurana diminui o tempo entre o pensar e o agir, respondendo prontamente a ameaa. Neste contexto o controle da dor essencial, assim como a frieza para lidar com sangue e ferimentos, tanto prprios como do adversrio (pois ao contrrio do que ocorre nos filmes, um oponente ferido no desfalece pacificamente ao receber um tiro certeiro). preciso estar preparado psiquicamente, pois as cenas e os sons em um contexto de luta real diferem muito daqueles presenciados nos treinos. Alm disto, quantos de ns est de fato preparado para receber um tiro (praticamente inevitvel em uma situao real)? Pense: ser que sua tcnica se manteria se voc estivesse com dor ou sangramento? Nos treinos, quando recebemos um golpe fatal ou quando estamos acuados ou se nos ferimos, damos uma pausa e depois continuamos. Este um hbito que pode criar condicionamentos desfavorveis, fatais num combate real (no qual, mesmo com grande desvantagem ou feridos, no podemos simplesmente jogar a toalha). O comedimento e o respeito frente ao nosso colega de treinamento tambm podem limitar nosso condicionamento, pois moldam nossa atitude. Numa luta real podemos desviar a ateno do adversrio com atitudes, gestos ou palavras por tempo necessrio para que se desfira um golpe fatal. Deve-se lembrar que para sobreviver no h regras. O domnio do emocional do oponente pode estar em nossas palavras, assim como sua forma de lutar (com mais ou menos precauo). Intimid-lo, induzi-lo a erros, engan-lo pode ser uma forma de venc-lo. Treinar em contextos prximos dos reais o ideal, obviamente tomando-se as devidas precaues para que acidentes mais graves no ocorram. Algo que se pode ver em filmes e que na vida real pode ser bastante amedrontador o adversrio mostrando, atravs de automutilao, que est pronto para morrer no combate, sendo a dor algo secundrio. Lembre-se, no subestime um indivduo que est acuado, desesperado ou no tem nada a perder. Mesmo um indivduo drogado, em fuga, ou defendendo algo que lhe muito importante pode realizar verdadeiras faanhas e nos surpreender mesmo gravemente ferido. Antes de sair atacando estude a atitude, a segurana e a habilidade de seu adversrio. Se voc perceber que suas chances de venc-lo so mnimas, fuja. Lembre-se dos ditos de Sun Tsu: Se voc no conhece a si mesmo e nem a seu inimigo, perder todas as batalhas. Se voc conhece a si mesmo, mas no conhece seu inimigo perder metade de suas batalhas. Se voc conhece o inimigo e a si mesmo no precisa temer o resultado de cem batalhas. www.sotai.com.br

Da mesma forma que voc pode induzir seu adversrio a respostas emocionais atravs de provocaes, atitudes ou gestos, ele tambm pode faz-lo com voc. Controle emocional essencial para quem est lidando com a vida de pelo menos duas pessoas. Deve-se saber quando prudente atacar e quando sbio fugir. Alm disto, o orgulho e o af da luta no podem ceg-lo a ponto de induzir que voc pratique um excesso do qual se arrependa amargamente depois. A profisso de segurana no para vingana, no somos juizes, nem executores, para defesa de sua prpria vida ou das pessoas que confiaram em nosso servio.

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FISIOLOGIA DO COMBATE Por mais simples que possa parecer compreenso do Gradiente de Fora e de sua aplicao, na prtica h um componente decisivo que precisa ser levado em conta: numa situao de risco o corpo do indivduo tem reaes fisiolgicas automticas e respostas instintivas que, para no comprometerem a ao eficaz, precisam ser compreendidas e adequadamente trabalhadas em treinamento intensivo prvio. A adoo de um estilo de vida saudvel tambm ajuda a manter o controle durante uma confrontao, conforme veremos abaixo. A maior parte dos rgos do corpo humano recebe nervos do sistema nervoso simptico e do parassimptico. Embora suas atividades sejam antagnicas (o simptico acelerador, o parassimptico inibidor), elas se equilibram, levando harmonia a mquina humana. Toda vez que o homem se v diante do perigo ou de excitao, o sistema nervoso simptico, atravs de aceleradores cardacos sintetizados pelo organismo, faz com que aumentem as batidas do corao. Aumenta a tenso muscular, dilata os brnquios, envia estmulos inibitrios dos movimentos do tubo intestinal, mantm o tnus das arterolas, apressa a formao da glicose no fgado, desencadeia a liberao da adrenalina, ordena o relaxamento da bexiga, contrai os esfncteres internos da bexiga e do nus. Ativa as glndulas sudorparas, baixa a taxa de glbulos brancos e ainda responsvel pela dilatao da pupila, secreo salivar e controle dos vasos da cabea e do pescoo. O sistema simptico, portanto, tem funo aceleradora. Num confronto, prepara o corpo para o combate: ao constringir os capilares, diminui o risco de hemorragia se sofrer uma leso superficial; ao dilatar as artrias coronrias, aumenta o fluxo de sangue aos rgos vitais; ao estimular a formao da glicose, garante energia para o crebro; ao dilatar a pupila, permite enxergar melhor o alvo, e assim por diante. Aps cada descarga adrenrgica, como esse fenmeno chamado, entra em ao o sistema nervoso parassimptico para compensar e tentar equilibrar. Assim, aps um grande susto, um combate, ou uma relao sexual, o corpo relaxa, o sono domina. A ocorrncia freqente de fortes descargas adrenrgicas acarreta descompensaes, desgastes exagerados, e deixa seqelas no organismo. Com o passar do tempo, o indivduo sujeito a situaes freqentes de risco, como o caso do agente de segurana pessoal, invariavelmente desenvolve disfunes relacionadas ao estresse: doenas cardacas, hipertenso, disfunes imunolgicas, enxaqueca, insnia, disfuno sexual. Controle do Estresse possvel um certo controle do estresse, atravs da respirao lenta e profunda, deixando cair os ombros, inspirando pelo nariz e expirando pela boca. Isso permite baixar a freqncia cardaca e reduzir o fluxo de sangue e nutrientes aos msculos. Respirar pelo nariz regula de forma eficaz a quantidade de dixido de carbono na respirao, acelerando o processo de recuperao. Inspirar pela boca no permite regular a quantidade daquele gs. Os efeitos a longo prazo do estresse podem ser minimizados atravs de um programa dirio de exerccios e de uma dieta equilibrada. Ritmo Cardaco e Habilidades Motoras O aumento do ritmo de batimentos cardacos induzidos pela descarga de adrenalina, semelhante ao aumento que decorre do exerccio fsico, tem relao direta com as habilidades motoras do indivduo. Digitar um teclado, utilizando as extremidades e dedos com agilidade e rapidez, s possvel enquanto o corpo estiver relaxado, com o corao batendo entre 60 e 90 vezes por minuto. Se uma secretria, em meio a um trabalho de digitao, for surpreendida com um grande susto, no conseguir retornar ao texto imediatamente. Perde o controle das extremidades, das chamadas habilidades motoras finas. As mos vo tremer, os dedos no iro responder aos comandos. www.sotai.com.br

H trs faixas principais de batimentos cardacos nas quais determinadas atividades motoras so possveis. Na faixa descrita acima, (60-90 bpm) so possveis aquelas habilidades delicadas, que exigem concentrao e ajustes finos de movimentos. Apertar um gatilho de uma arma, colocar algemas no procedimento padro, mirar e atirar com preciso so algumas das atividades policiais s possveis nessa faixa. Num estande de tiro, em que no h a percepo de risco e mantm-se o controle mental e uma certa tranqilidade, atirar no alvo relativamente fcil e as pontuaes geralmente so altas. A partir de 115 bpm, as habilidades finas comeam a deteriorar. Passamos a ter controle sobre conjuntos maiores de msculos, e utilizamos as mos como um todo (punho cerrado, segurar um objeto grande), os braos e as pernas com eficincia. o chamado nvel de habilidades motoras complexas, que se situa na faixa entre 115 e 145 bpm. O nvel de conscincia aumentado, o corpo est preparado e alerta, os msculos irrigados e prontos. As habilidades de sobrevivncia tm nessa faixa suas melhores chances num confronto fsico direto. Nesta faixa consigo ter controle sobre um taco, um cassetete, ou atirar sem grande preciso (aqui, as estatsticas de acerto so baixas, cerca de 40% ao invs de mais de 90% em estandes de tiro). Com o aumento da descarga adrenrgica e conseqentemente do ritmo cardaco, comea a haver a deteriorao do processo cognitivo, a excluso auditiva e a dilatao da pupila, o que elimina a viso perifrica e a sensao de profundidade, de terceira dimenso, levando chamada viso de tnel. Isto ocorre a partir de 176 bpm, at quando o corao chega prximo ao colapso. O indivduo, geralmente j atracado ao oponente, s consegue utilizar grandes massas de msculos, e tentar golpear com os joelhos, o cotovelo, envolvendo msculos do membro inteiro. Desse fato, conclui-se que, por mais que eu seja hbil no manuseio de uma determinada tcnica que envolva movimentos finos e delicados, no fervilhar do confronto ela no ter utilidade. Somente o treinamento intensivo e as repeties sem fim que levem chamada memria muscular, automatizao dos reflexos, podem ajudar a aumentar um pouco a mobilidade naquelas faixas de batimentos cardacos. O treinamento mental e os exerccios feitos em clima realista, e no como simulaes falsas, tambm ajudam no controle em uma situao real de confronto.

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SITUAES DE RISCO MAIS COMUNS Ao Criminosa A ao criminosa se desenvolve atravs de um trinmio compreendido por: Habilidade significa saber dominar a vtima para alcanar seu objetivo com sucesso, que em geral pode ser roubar ou matar. Oportunidade a maior parte das vezes, quem oferece a oportunidade para o criminoso agir a prpria vtima, por desateno e no observar regras bsicas de segurana. Inteno O marginal j tem a mente preparada para cometer o crime e est preparado para usar a violncia se necessrio.

Os criminosos podem ser divididos em:

No profissionais

Profissionais

Juventude; Planejamento da ao criminosa; Amadorismo; Maior experincia; Ousadia; Maior controle emocional; A maioria no tem ficha criminal; Menos perigosos no geral, porm, tornam-se Falta de planejamento; cruis se algo der errado; Imprevisibilidade; Assume o risco de uma ao mais prolongada; Agem em dupla; Quadrilhas com pelo menos quatro integrantes, A maior parte desses criminosos com ligaes com o crime organizado. age armada; Agressividade. O que o criminoso no profissional tem em comum com o profissional? Em geral, querem subjugar a vtima, imobilizando fsica e psicologicamente, no aceitando serem contrariados. O dado importante, j que a equipe de segurana um empecilho a ser removido e sobre ela que recair a maior parte da agressividade do criminoso. Modus Operandi da Quadrilha Seleo do Alvo: para isso ele levar em considerao duas coisas, o risco que correr enfrentando a equipe de segurana que pode tirar sua vida ou mand-lo para a cadeia e qual ser o lucro que poder tirar de sua ao criminosa. O marginal sempre quer o mais fcil. Levantamento de Informaes: a fase onde a quadrilha se aproxima do alvo, procurando conseguir o maior nmero possvel de informaes, principalmente: Residncia contato com empregados ou infiltrando uma pessoa; Trabalho para obter informaes privilegiadas; Rotina Diria horrios de sada, chegada, percursos, escola, academia, etc; Familiares cnjuge, filhos, parentes mais prximos, etc; Fins de Semana sadas, passeios, diverso, lazer, etc; Aspecto Financeiro/Custos. a melhor fase para interromper a ao criminosa, as dificuldades desestimularo a quadrilha. Planejamento: a quadrilha fez a escolha do seu alvo e j tem as informaes necessrias, observadas as vulnerabilidades, principalmente as falhas de procedimento da equipe de segurana, hora de: Escolher/Contratar o pessoal e distribuir as funes dos membros da quadrilha; Local para abordagem e se necessrio do cativeiro em caso de seqestro; www.sotai.com.br

Melhor horrio para a ao criminosa; Quais os meios necessrios; Apoio logstico; Modus Operandi, como ser feita a ao criminosa; Quais alternativas em caso de alguma coisa sair errada. Execuo da Ao Criminosa: a quadrilha escolheu seu alvo e agora far a abordagem. No h como fazer preveno. Os marginais tm a vantagem do elemento surpresa e de escolher o horrio e local que atacaro. Nesta fase teremos: Parar o alvo, preferencialmente neutralizando a equipe de segurana; Imobilizar, fsica e psicologicamente a vtima, atravs da agressividade e ameaas; Alcanar o objetivo; Fugir, evitando perseguies. Principais Riscos 1 Seqestro Definio: a forma primria de se restringir algum a liberdade, o direito de locomoes, forando sua permanncia em espaos limitados, dos quais fica impedido de sair. Os seqestros no Brasil tiveram quatro fases distintas: A primeira iniciou-se em 1969, com o seqestro do embaixador Norte Americano, Charles Elbrick, tinha motivaes polticas; Na segunda o alvo eram os grandes empresrios e banqueiros, passando de interesses polticos para financeiros; Na terceira os criminosos escolhiam pequenos e mdios empresrios, comerciantes e profissionais liberais. O nmero de casos cresceu. A quarta foi marcada pela banalizao do seqestro, onde pequenos criminosos escolhiam indiscriminadamente qualquer pessoa, muitas vezes para fazer pequenos saques ou pedir valores muito baixos. Dcada de 60/70 Fins Polticos Grupos de Esquerda Bem Organizados

Dcada de 80 Dcada de 90

Fins Financeiros Fins Financeiros

Grandes Quadrilhas Grandes Quadrilhas/ Pequenos Criminosos Pequenos Criminosos

Bem Organizados Bem/Mal Organizados Migrantes de outros crimes Seqestro relmpago

A partir de 96

Fins Financeiros

Estrutura do SeqestroComando

Eq. de Captura

Eq. Guarda do Refm

Eq. de Apoio

Eq. de Negociao

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Exemplos: Sada da Residncia: JULIANA LUTTERBACH (18/04/1995) Estudante, 13 anos, seqestrada por oito homens quando saa de casa em Santa Tereza.

Chegada ao Servio: ROBERTO ROINTERBERG (03/02/1995) Dono da Tapearia Lder foi seqestrado por cinco homens quando chegava no depsito de sua empresa. Deslocamentos: EDUARDO EUGNIO GOUVA VIEIRA FILHO (25/10/1995) Filho do Presidente da federao das Indstrias do Rio de Janeiro (Firjan), seqestrado por dez homens fortemente armados, quando se dirigia ao colgio de sua irm, acompanhado desta e mais dois seguranas. Na Empresa: GIRZ ARONSON (17/09/1998) O empresrio foi seqestrado dentro de uma de suas lojas, no centro de So Paulo. O empresrio havia aberto a loja em companhia do cunhado e scio e do gerente de assistncia tcnica. Em seguida, trs homens encapuzados levantaram a porta da loja, que estava semi-aberta e dominaram os dois amigos. Diziam que era um assalto. No fundo da loja, surpreenderam Aronson, que lia um jornal. O empresrio foi encapuzado e levado pelos criminosos.

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2 Atentados Definio: qualquer ao criminosa contra uma pessoa, realizada com a finalidade de ferir a integridade fsica ou moral, podendo o ataque ser direto ou indireto. Formas mais comuns de Atentados: Arma de fogo a longa distncia John Fitzgerald Kennedy; Arma de fogo a curta distncia Ronald Reagan; Arma branca a mdia ou longa distncia arcos, balestras, lanas, etc; Arma branca a curta distncia o ator Christian Slater escapou de um atentado a faca na noite de sbado em Londres. Slater deixava o teatro e foi atacado por um homem no identificado de 44 anos. Dispositivos Improvisados bombas de bola de gude; Cartas Bomba; Substncias qumicas letais de ao externa elementos radiativos, gases txicos, etc; Substncias qumicas letais de ao interna venenos em alimentos; Substncias biolgicas cartas com Antrax; Explosivos no Brasil, dispositivos de fabricao caseira, no exterior os de altos explosivos so mais comuns. Principais Tipos: Manacos depressivos; Personalidade anti-social (psicopata); Personalidade desajustada; Fanticos (polticos e religiosos). Motivaes: Polticas desestabilizar o governo, modificar o regime ou situao poltica do Estado; Religiosas crimes em nome da religio so comuns e tem chamado a ateno Internacional, destacando os atentados de 11 de setembro e de Madri; Raciais o preconceito leva as pessoas a atentar contra indivduos por sua cor ou por defender ou discordar de determinado segmento racial; Econmicas para ganhos pessoais ou empresariais ou por no concordar com medidas econmicas tomadas por determinada autoridade; Ideolgicas por discordar da ideologia da pessoa ou autoridade que entra em conflito com a rea de interesse do agressor; Mercenria o atentado ocorre por interesses financeiros de quem executa o servio; Psicolgicas Indivduos desequilibrados que alimentam fantasias em relao a seus dolos ou simplesmente para chamar a ateno. O que deve ser levado em conta para fazer a Proteo: Grau de risco A Conjuntura atual, em todos os seus aspectos: Polticos Culturais Econmicos Sociais Importncia da Autoridade Comportamento da Autoridade Disponibilidade de Recursos www.sotai.com.br

Exemplos: Situao 1

1. O VIP utiliza apenas um motorista, que tambm faz o papel de segurana; 2. O marginal se aproxima como um ambulante ou limpador de pra-brisa;

3. O marginal imobiliza o motorista e mata facilmente o VIP.

Situao 2

1. O VIP dispensa andar com proteo pessoal, mas segue uma rotina diria, saindo para o trabalho sempre no mesmo horrio; 2. O marginal se aproxima em uma moto;

3. Efetua o disparo e rapidamente do local.

foge

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ESCOLTA A P Formaes de Escolta e Atribuies

Ala Posterior (R) ou Rabo

Lder ou Mosca (L) Ala Lateral (A) VIP ou Principal (V)

Ala Avanado (P) ou Ponta

Uma equipe de Segurana Aproximada Mvel em Deslocamento a P

ATRIBUIES Equipe de Escolta Todos os membros da equipe: a) Procuram detectar as ameaas b) Informam quando a ameaa detectada aos outros elementos da equipe c) Protegem o VIP d) Protegem os outros membros da equipe e) Mantm coesa a formao evitando distraes f) No se ausentam da formao sem avisar g) No abandonam suas posies h) Selecionam pessoas que possam se aproximar do VIP, mediante prvia autorizao do Lder, evitando causar constrangimentos i) Mantm estrito relacionamento profissional com o VIP e seus familiares j) Mantm o sigilo de informaes k) No aceitam e nem oferecem favores l) No bebem no horrio de servio m) Procuram ser discretos n) Respeitam a Privacidade do VIP e de seus familiares o) Seguem as orientaes dos superiores e determinaes do VIP, desde que no oferea risco a sua integridade fsica ou das pessoas sob sua proteo www.sotai.com.br

p) Utilizam formaes flexveis q) Adaptam-se a imprevistos Formaes Tticas Ostensiva: representada por agentes de proteo com armas a vista, podendo estar uniformizados. Ex: Agentes de Proteo em Israel, policiais militares ou Militares em reas de conflito; Proteo Aproximada: Os agentes esto com as armas ocultas e prximas ao VIP, o tipo mais comum de formao; Proteo Velada: Os agentes esto em trajes civis, dissimulados no ambiente, sendo difcil sua identificao.

Lder ou Mosca: o agente de segurana que coordena a equipe de escolta, responsvel direto por proteger/retirar o VIP em situaes de risco. Alas: so os agentes que ajudam o trabalho do Lder, subdividindo-se em: Ala Lateral: Posicionado na Lateral da equipe, auxilia na retirada do VIP, combate ao(s) agressor(es); Ala Avanado (ou Ponta): Posiciona-se a frente no deslocamento, primeira linha de defesa, deve negociar com elementos suspeitos que se aproximem do VIP e/ou combater/imobilizar o(s) agressor(es); Ala Posterior (ou Rabo): Posiciona-se atrs no deslocamento, alertando/evitando ataques a retaguarda. Avanado Um agente de segurana pode realizar a coleta de informaes nos locais que sero visitados pelo VIP, sendo denominado nesta funo de Avanado ou Precursor. O agente percorre o trajeto e inspeciona o local, elaborando relatrio dos possveis riscos, se apresentando aos funcionrios e/ou outros agentes do local e colhe informaes dos protocolos existentes. As informaes proporcionam dados relevantes ao planejamento da segurana, tais como, mapas, rotas alternativas, nomes de pessoas relevantes segurana, nmeros de telefone, esboos e entradas, sadas, pontos crticos e estratgicos. Grupos Em situaes de risco elevado, normalmente envolvendo Autoridades/Dignitrios, as equipes de segurana so divididas em dois grandes grupos: Grupo de Preparao, que envolve a equipe precursora e a equipe de vistoria e o Grupo de Execuo, que envolve os agentes que fazem a segurana aproximada, fixa, mvel, velada, avanada e ostensiva.

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Tipos de Formaes 1 VIP + Motorista segurana: No Brasil, muitas pessoas contratam um motorista que tem funes de agente de segurana ou viceversa. um erro muito grave que dificulta a correta proteo, tanto do agente quanto do VIP.

A V

2 VIP + Dois Agentes o mnimo necessrio para a proteo do VIP. O lder permanece atrs na formao.

L V

P

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3 VIP + Trs Agentes Com trs agentes possvel conferir maior proteo ao VIP, podemos subdividir em:

Tringulo A V

L

Cunha ou V L

A P

V

A

Tipo de Formao cerrada usada quando h risco Formao utilizada quando a frente onde se de ataques, possibilita maior proteo. O ala se desloca o VIP est protegida. desloca para ficar sempre no lado de maior risco. 3 VIP + Quatro Agentes

Losango L A V A A

Box ou Caixa

L V

P A A

Tipo de Formao cerrada usada quando h risco Formao cerrada para formar paredes de de ataques, possibilita maior proteo. proteo para o VIP

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ATUAO DA EQUIPE DE ESCOLTA

Ameaa: Agresso Verbal

L A V A Um suspeito comea a agredir verbalmente o VIP, causando constrangimento, podendo escalar em uma ao mais violenta.

P Legendas: V = VIP L = Lder A = Ala P = Ponta Ag = Agressor

Ag

Ameaa: Agresso Verbal A V A L 1 Ponta se aproxima do Agressor e deve evitar sua aproximao do VIP 2 Lder retira o VIP do local pelo lado oposto do risco 3 Posicionamento: Os Alas se aproximam do VIP, um verifica possveis ameaas e o outro proteger a retirada do VIP 4 O Ponta deve ter amplo domnio de tcnicas de defesa pessoal, capacidade de neutralizar a ameaa e procurar voltar o mais rpido possvel equipe.

P

Ag

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Ameaa: Arma Branca L A V A O Agressor porta uma faca, a ameaa representa alto risco para o VIP

P

Ag

Ameaa: Arma Branca A V A L 1 Ponta se aproxima do Suspeito e utiliza do basto retrtil para proteger o VIP 2 Lder retira o VIP do local pelo lado oposto do risco 3 O Ala deve tomar cuidado para no apontar a arma nas costas do ponta.

P

Ag

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Ameaa: Arma de Fogo Longa Distncia (acima de 3 metros de distncia) L A V A O Agressor est a aproximadamente 6 metros de distncia e saca uma arma de fogo

P

Ag

Ameaa: Arma de Fogo Longa Distncia V L A 1 Gritar: Arma de fogo 12 horas (perigo a frente) 2 Ponta e o Ala da direita fazem o paredo de fogo, para proteger a retirada do VIP 3 O Lder curva o VIP e retira-o da rea de risco

A P

Ag

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Ameaa: Arma de Fogo Curta Distncia (at 3 metros de distncia) L A V A Em uma solenidade o Agressor saca uma arma de fogo e est a menos De 3 metros do Ponta

P

Ag

Ameaa: Arma de Fogo Curta Distncia V A A L 1 O Ponta deve: Detectar (a ameaa) Desviar (a arma do VIP) Desarmar Derrubar (imobilizar o agressor) Debandar (voltar a equipe) 2 Os Alas faro o paredo de fogo e s executaro disparos se o Ponta falhar em imobilizar o agressor 3 O Lder curva o VIP e retira-o do local do risco

P

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ESCOLTA MOTORIZADA Um ponto fundamental em uma equipe de segurana quando a Autoridade/VIP se desloca em veculos. Existem procedimentos para diminuir a possibilidade de ocorrncias, ou o emprego de tcnicas/tticas para enfrentar as ameaas. O veculos do VIP e da equipe de escolta devem ser potentes, fceis de manejar e acima de tudo confiveis. O veculo deve: Estar em perfeitas condies de uso; Ter todos os equipamentos de segurana da viatura obrigatrios checados; A viatura da Autoridade/VIP deve ser preferencialmente blindada; Utilizar carros com quatro portas, preferencialmente com menos de dois anos de uso, boa potncia e em cores discretas; Possuir dois estepes na viatura dos seguranas; Equipamentos de comunicao; Manter as portas trancadas e os vidros fechados.

Vistoria dos Veculos: Parte Externa: Pneus e rodas; Piscas e lanternas; Espelhos; Abertura de Portas e Janelas; Procurar plsticos, fios, fitas, adesivos, principalmente na parte inferior do veculo.

Parte Interna: Verificar o compartimento do Motor e o Porta-Malas; Verificar a bateria do veculo; Verificar o painel, estepe, rdios, limpadores, tapetes, nvel do leo do motor, freios, etc.; Procurar qualquer material estranho deixado no veculo com ateno especial embaixo dos bancos do veculo e no porta-luvas;

ATRIBUIES Motoristas: Respeitar as regras e normas do trnsito, exceto em situaes de emergncia que necessitem evadir-se do local; Detectar as ameaas e informar qualquer suspeita a equipe de segurana; Conhecer os princpios de direo defensiva, evasiva e ofensiva; Permanecer atento para evitar ser engavetado ou bloqueado nos deslocamentos ou reas de estacionamento; Estudar o itinerrio, conhecendo os possveis pontos de apoio, rotas alternativas e de fuga; Ter condies de operar os meios de comunicao em situaes de emergncia; Trabalhar em conjunto com a equipe de escolta evitando que os veculos se distanciem ou se percam um do outro; Auxiliar na vistoria e verificar as condies gerais do veculo. www.sotai.com.br

Manter o veculo sempre abastecido, sem esquecer da importncia de abastecer o veculo em locais seguros e de confiana, para evitar sabotagens por meio de combustvel adulterado (forando o veculo a parar).

Equipe de Escolta: Observa e troca informaes com os motoristas e os agentes de segurana; Estuda o itinerrio, conhecendo os possveis pontos de apoio, rotas alternativas e de fuga; Faz a cobertura do VIP no embarque/desembarque do veculo; Efetuar vistoria e verifica as condies gerais do veculo. Blindagens As blindagens foram desenvolvidas como recurso de proteo contra projteis disparados contra o veculo. A superfcie externa do veculo classificada em regio opaca, onde a proteo construda com chapas de ao e mantas de aramida, e regio transparente onde o vidro construdo com camadas intercaladas de vidro e policarbonato, mantendo o grau necessrio de transparncia para assegurar as condies de dirigibilidade e conforto ao dirigir. Os pneus tambm devem ser blindados. O Departamento de Justia dos EUA desenvolveu uma Norma NIJ 0108.01, que estabelece os diferentes nveis de blindagem. A cada nvel est vinculada uma quantidade de energia associada ao impacto, que depende da massa, velocidade e calibre do projtil. So seis os nveis. A blindagem nvel 2 resiste ao calibre .357 Magnum, enquanto a blindagem nvel 3 resiste ao calibre .44 Magnum. Tabela Balstica e Nveis de Blindagem Massa nominal Velocidade mnima Munio do Projtil exigida .38 SpecialRN Lead 10.2 g 259 m/s .22 LRHVLead .357 MagnumJSP 9 mmFMJ .357 MagnumJSP 9 mmFMJ .44 Magnum Lead SWC GasChecked 9 mmFMJ Aprimoramentos e Conhecimentos do Veculo Calibragem dos pneus a maioria dos fabricantes recomenda 26 ou 28 libras, entretanto, para que os pneus no estourem com uma manobra brusca (um cavalo-de-pau, por exemplo), o ideal colocar 40 libras; Aprenda a abrir por dentro o porta malas do veculo; Tenha no porta malas do veculo: lanterna (verifique regularmente as pilhas), canivete com lmina serrilhada, duas latas de Tire Repair, evitando a troca de pneus em locais isolados e telefone celular desligado (verifique regularmente a bateria); 2.6 g 10.2 g 8.0 g 10.2 g 8.0 g 15.55 g 8.0 g 320 m/s 381 m/s 332 m/s 425 m/s 358 m/s 426 m/s 426 m/s

Nvel de Proteo I IIA II

IIIA

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Conhea o centro de gravidade do veculo Hatchbacks em geral (Gol, Palio, Fiesta, Corsa, etc) possuem o CG deslocado mais a frente, devido ao peso do motor, isso faz que eles tendam a jogar a traseira em curvas fechadas ou frenagens bruscas. Pelculas (Insufilme) Aspectos positivos: A maior parte das abordagens ocorre nos deslocamentos e paradas do veculo, a pelcula dificulta a anlise do risco para o marginal, ao impedir a visualizao de seu interior. Aspectos negativos: O nvel de escurecimento permitido pelo Detran no impede que o marginal faa um reconhecimento do interior do veculo. Utilizar nveis acima do permitido prejudica a visibilidade noite e sob chuva. Uma outra desvantagem que, caso a vtima esteja sendo mantida como refm dentro de seu prprio veculo, a pelcula pode dificultar a interveno de policiais, j que no podem perceber a ocorrncia.

Tipos de Escolta Motorizada As situaes de risco ocorrem com maior freqncia durante o deslocamento do VIP. O nmero de carros envolvidos depende da disponibilidade de veculos, de pessoal, do grau de risco envolvido e do nvel do VIP. Dois carros, da equipe de escolta e do VIP, o mnimo recomendado.

1 Um veculo - VIP + Motorista segurana:

Como destacado anteriormente a pior situao possvel.

2 Dois veculos

o esquema utilizado quando h pequeno grau de risco. O carro da segurana deve ficar a retaguarda.

3 Trs Veculos

Quando h razovel grau de risco so utilizados dois veculos de uso exclusivo da segurana.

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4 Comboios Comboios so utilizados para VIPs ou Dignitrios de Alto grau de risco. comum nos comboios, uma equipe avanada reconhecer o itinerrio para detectar possveis riscos, facilitar o fluxo do comboio, controlar a aproximao de outros veculos ou escolher caminhos alternativos. importante coordenar os trabalhos com as outras equipes que estaro atuando, a fim de evitar desencontros de informaes, decises conflitantes, quebra de hierarquia/protocolo, ou situaes de incidentes internacionais. Comboio Padro para Chefe de Estado ou Governo ou Alto Grau de Risco

Varredura DPF-PM-DETRAN

200 metrosCerimonial Min. Relaes Exteriores S1 - Piloto

Dignitrio

S2 - Comando S3 Segurana Estrangeira Neste espao entraro as demais Viaturas das Autoridades que compem a Comitiva Reserva

50 metros

Ambulncia Fecha-Comboio DPF-PM-DETRAN

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EMBARQUE E DESEMBARQUE Desembarque

Primeira Fase:V A1 L

M

A2

A3

Segunda Fase:

Os agentes de segurana desembarcam e guarnecem as portas.

A1

A2

L

A3

Terceira Fase:

O Agente de Segurana 1 (A1) avana e assume o papel de Ponta. O Agente de Segurana 2 (A2) Desembarca e abre a porta do VIP, se posiciona como Ala Esquerda O Lder (L) fica a direita do VIP O Agente de Segurana 3 (A3) assume o Ala Posterior. O Motorista (M) permanece no veculo para retirar o VIP rapidamente se necessrio.

A1

A2

V

L

A3

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Embarque

Primeira Fase:

O Agente de Segurana 1 (A1) se posiciona. O Agente de Segurana 2 (A2) Abre a porta do veculo para o VIP

A3 A2 V

L

A1

A1

Segunda Fase:

Os Agentes de Segurana guarnecem as portas.

A2

A3

L

A1

Terceira Fase: Os Agentes de Segurana embarcam.V A1 L

M

A2

A3

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DESLOCAMENTOS Batidas/Colises So tticas utilizadas para parar a equipe de segurana ou o VIP. Os marginais batem na traseira do veculo, ou colidem com sua lateral fazendo com que o carro perca o controle. importante estar atento a aproximao de outros veculos e percebendo uma armadilha, no parar no local. Sadas/Mudana de Faixa em trfego Congestionado O veculo da Equipe de Escolta (E), d seta e posiciona-se para facilitar a sada do carro do VIP (V). necessrio agir com discrio, evitando causar situao de conflito com outros motoristas que podem causar atrasos para a segurana ou constrangimento para o VIP.

E V

V

E

Converses O veculo da Equipe de Escolta (E), se posiciona para evitar que outros carros ultrapassem o carro do VIP.

V E

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Medidas Preventivas nos Deslocamentos D preferncia s vias policiadas e movimentadas; Conhea os locais de apoio no trajeto, como hospitais, postos policiais, etc; Evite veculos personalizados ou de fcil identificao, como veculos com o logotipo da empresa, isso facilita o trabalho dos marginais em reconhecer a vtima ou neutralizar a equipe de escolta; Varie horrios e itinerrios; Demonstre condio de reao, mostrando ateno, distncia de segurana dos outros carros, possibilitando manobras para evaso, escolha a faixa de trfego; Mantenha os vidros fechados e as portas travadas; O motorista do carro do VIP deve trabalhar em sintonia com o carro da escolta, evitando acelerar o carro quando perceber que o farol ficar vermelho, pois pode se distanciar ou perder-se da equipe de escolta; Evite parar o veculo, siga as orientaes de posicionamento inteligente descritas logo abaixo.

Posicionamento Inteligente Cruzamentos so especialmente perigosos. Os marginais aproveitam a parada do veculo para abordar a vtima. Procure verificar a cor do semforo, estando fechado diminua a velocidade do veculo, mantendo o carro em movimento o maior tempo possvel (dificulta a abordagem dos marginais), estando aberto aumente a velocidade procurando evitar ficar parado no cruzamento. Os veculos esto coloridos de acordo com o nvel de risco em que esto posicionados. Em vermelho esto os carros com grande risco de serem atacados, em amarelo com mdio risco e em verde com baixo risco. A Equipe de Escolta trabalha em conjunto com o Motorista do VIP para diminuir os riscos de incidentes. necessrio pensar sempre frente da nossa posio atual. Verificando que o semforo ir fechar, diminui-se a velocidade do veculo para ficar o menor tempo possvel parado, ao parar, procura-se evitar as primeiras filas e a faixa da esquerda. Posiciona-se o carro de modo a ter condio de manobra e fuga se necessrio.

O veculo deve continuar o deslocamento em velocidade reduzida.

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ATUAO DA EQUIPE DE ESCOLTA 1 Ataque sem bloqueio ou com bloqueio parcial frente com um ou dois carros:

V

E

V

E

Procedimento: Desacelere o veculo, at quase parar, ponha o cmbio em marcha lenta, dando a impresso de que ir parar o veculo. Isto ajuda tambm a ficar com o veculo imobilizado quando da coliso que pode incapacitar o motor. Quando prximo, acelere repentinamente e bata no veculo que bloqueia a estrada, atingidoo em ngulo, pois a coliso direta tambm pode incapacitar o motor. Estando sozinho o VIP abaixa ou protegido pelo agente de escolta Tentar furar o bloqueio Responder ao ataque

Consideraes: No levantamento de informaes os marginais vero que o VIP mantinha uma rotina rgida de horrios e itinerrio, desta forma ficou fcil o planejamento do ataque. www.sotai.com.br

2 Ataque com bloqueio Total frente com um carro:

E

E

V

V

V E

Procedimento: O veculo da equipe de segurana ultrapassa o carro do VIP Posiciona o veculo lateralmente em relao ao local do atentado e responde com poder de fogo Estando sozinho o VIP abaixa ou protegido pelo agente de escolta O carro do VIP d r e executa um cavalo de pau de 180 e empreende fuga em sentido contrrio ao ataque A equipe de segurana manobra o veculo e segue o carro do VIP

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3 - Ataque com bloqueio total frente com dois carros:

E1 E1

E

V V V

E2 E2 E2

Procedimento: O carro piloto (E1) atravessa a pista e faz cobertura, respondendo com poder de fogo O carro comando (E2) manobra junto com o carro do VIP, os veculos saem em sentido contrrio ao ataque O carro piloto manobra e segue o carro do VIP

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4 - Ataque com bloqueio total frente e atrs com um ou dois carros:

E D I F C I O

Procedimento: O carro piloto e o carro comando atravessam a pista e fazem cobertura, uma parte da equipe responde com poder de fogo O lder e a outra parte da equipe retiram o VIP e procuram abrigo, respondendo ao ataque. Solicitar apoio/reforo

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DIREO DEFENSIVA/EVASIVA O agende de segurana deve conhecer o veculo, dominar tcnicas de direo defensiva para evitar acidentes e utilizando tcnicas de direo evasiva que auxiliam na fuga em caso de estar sendo perseguido por marginais que querem seqestrar o VIP. Definies: Direo Defensiva visa evitar a ocorrncia de acidentes de trnsito, apesar dos erros dos demais motoristas; Direo Evasiva quando se utiliza o veculo como meio de fuga (para evitar um seqestro ou atentando, por exemplo); Direo Ofensiva a utilizao do veculo para perseguir outro, furar bloqueios, ou imobilizar outros veculos. Possveis causas de Acidentes: Falhas Mecnicas; Falta de Manuteno do Veculo; Imprudncia no Trnsito; Cansao; Remdios; Refeies; lcool; Estado Emocional; Viagens Longas; Problemas de Viso e Audio; Falta de Ajustes nos espelhos e retrovisores, impossibilitando uma boa viso da pista e de outros veculos; Posicionamento Inadequado. Tcnicas de Evaso: As tcnicas descritas devem ser utilizadas com extremo cuidado, em situaes de perseguio onde a vida do VIP est em risco, j que a maioria das manobras so proibidas pelo cdigo nacional de trnsito, alm de serem muito arriscadas. Avanar no sinal vermelho ou entrar na contramo; Cortar a pista procurando uma via de escape; Fazer converses de ltima hora em alta velocidade; Fazer uma curva e estacionar em local protegido ou oculto; Atravessar caladas, gramados ou ilhas, faa a manobra em um ngulo entre 30 e 45; Cavalo de Pau de Frente Pisar na embreagem; Acima de 60 km/h h possibilidade do carro capotar; Girar o volante de 3 para 9 horas ou de 9 para 3 horas; Puxar o freio de mo (tecla acionada, puxar forte, mantendo a tecla acionada at finalizar o giro de 180); Cmbio automtico, colocar no neutro. Cavalo de Pau de R Pisar na embreagem; Girar o volante de 3 para 9 horas ou de 9 para 3 horas; Leve toque no freio de p, se o veculo sinalizar que ir tombar; Atire no motorista ou nos pneus da frente do carro que est perseguindo. www.sotai.com.br

ARMAMENTO, MUNIO E TIRO

Armamento Portabilidade e confiabilidade: duas palavras que bem poderiam resumir o porte seguro de armas de fogo. A melhor arma aquela com a qual estamos mais habituados e com a qual treinamos freqentemente. O revlver e a pistola so as armas de fogo mais comuns, utilizadas por agentes de segurana. Existem limitaes legais para os agentes de segurana privados que podem utilizar revlveres, at o calibre .38 e pistolas semi-automricas, at o calibre .380 ACP (9mm curto). Comparativamente: Revlver Pistola Menor capacidade de munio Maior capacidade de munio 5 a 7 tiros em mdia (depende do carregador, 7 a 19 tiros em mdia) Remuniciamento mais Remuniamento mais rpido, demorado (o ideal utilizar apenas apertando um boto e trocando o carregador Speed ou Jet loaders) Maior confiabilidade Maior risco de problemas de mal funcionamento Facilidade no manuseio e Requer mais tcnica do atirador manuteno

interessante ter uma arma de reserva, mas devemos ter em mente algumas coisas em considerao: A legislao brasileira estabelece que cada agente de segurana s poder portar uma arma de defesa, portanto, vamos considerar que no podemos contar com uma arma de reserva (Back-up) a no ser que trabalhe em rgos ligados a rea de segurana pblica; Nosso pas de clima quente, portanto, no sempre que conseguiremos portar uma pistola de alta capacidade ou um revlver de 4 polegadas dissimuladamente junto ao corpo. Temos poucas opes de pistolas compactas. Destas, a Glock, a Baby Sigma e a Millenium so de chassi de polmero, material ao qual muitos agentes so alrgicos. A Walther PPK de baixa capacidade e absurdamente cara, sobrando apenas a Bersa e a recm-lanada Imbel .380 SC "Xod". O grande problema de qualquer arma semi ou totalmente automtica depender do bom funcionamento da munio para continuar disparando. Mesmo sendo a munio moderna sujeita a um rigoroso controle de qualidade, ningum est livre de pegar um cartucho com uma espoleta inoperante ou montado sem a carga propelente, que tenha escapado ao controle de qualidade. Uma arma que no dependa de recuo ou gases para www.sotai.com.br

funcionar ainda superior quando se trata de combates rpidos a curta distncia, onde o tempo para manobrar o ferrolho em caso de falha quase nunca existe. Por melhor construda e mais cara que seja uma pistola, jamais qualquer uma delas ter o nvel de confiabilidade do revlver. Levando em conta o que foi acima observado, uma boa opo de arma de reserva o revolver 2 polegadas "snubby" em .38 Special +P, no qual recomendo que se utilize munio Remington +P semi-canto-vivo ponta oca, conhecida como "FBI Load". Fuzis e Metralhadoras so armas apenas permitidas para policiais e militares e o seu uso em operaes envolvendo segurana de autoridades em reas urbanas uma questo que deve ser muito bem estudada, a super penetrao e o grande alcance til das munies de fuzil representa um problema grave em um tiroteio na rua ou em uma perseguio no trnsito por exemplo. J os traficantes, ladres de bancos e seqestradores, esto pouco ligando para quem morreu ou deixou de morrer, cada vez mais utilizam esse tipo de armamento em seus confrontos. Equipes de segurana pblica s devem pensar neste tipo de armamento em situaes onde h grande risco autoridade, onde esperado um ataque com mltiplos atacantes. importante observar que no h histrico no Brasil desse tipo de atentado, ficando restrita a locais de grande tenso (Israel, Iraque, etc). As metralhadoras sero utilizadas para tiros de varredura, procurando atingir vrios agressores simultaneamente, enquanto o fuzil servir para uma eventual cobertura mais ampla (com maior alcance) ou uma retirada rpida. J em um helicptero o uso do fuzil essencial pelo maior alcance e a melhor preciso. Munies O importante usar sempre munio nova, de boa procedncia e, preferencialmente, "de fbrica" (no recarregada). Alm disso, bom conhecer as caractersticas e exigncias de cada arma para optar pela munio correta. Por exemplo, revlveres antigos em calibre .38 Special no devem usar cartuchos "+P". Tiro O tiro de defesa um tiro instintivo, devemos desconsiderar a cabea como um alvo preferencial, alm de ser um alvo pequeno possui movimentos rpidos o que a torna um alvo difcil de ser atingido, o mais correto visar a maior parte do corpo apresentada, o centro do trax. possvel que o marginal esteja usando colete, no Zimbbue se usa uma tcnica apelidada de "tiro rodesiano": o primeiro tiro no garrafo, o segundo (aproveitando o recuo da arma) na cabea (oponente usando colete), o terceiro (na recuperao da visada) no garrafo novamente, tudo muito rpido. Outra tcnica utilizada o DOUBLE TAP, cuja principal funo tentar atingir com mltiplos projteis o mesmo hemisfrio neurolgico do inimigo. Nesta tcnica a arma deve estar muito bem empunhada, a mira bem enquadrada, a cadncia dos disparos deve ser aps a boca do cano retornar (na pistola, quando se dispara, h o movimento do ferrolho para trs que levanta levemente a boca do cano. Caso o DOUBLE TAP seja muito rpido o segundo disparo ser baixo, pois haver uma compensao natural da empunhadura pelo recuo, geralmente seguindo uma linha diagonal ao primeiro disparo) controle eficaz do recuo, e a puxada do gatilho deve ser brusca e simtrica. O double-tap deve ser empregado com armas de calibre com fraco poder de parada (.25 ACP, .32 ACP, .32 S&W Short, .32 S&W Long, .380 ACP). Treinamento A portaria 992/95 estabelece o contedo a ser ministrado no curso de segurana pessoal, de acordo com o que obrigatrio para os agentes de segurana pessoal privada (assuntos relacionamentos a agentes de segurana pblica sero tratados em outra obra). Na disciplina de www.sotai.com.br

Armamento e Tiro h uma carga horria de apenas 15 (quinze) horas, onde o aluno efetua um total de 50 tiros, assim distribudos: 30 tiros (treinamento = 20 tiros, avaliao = 10 tiros) com revlver .38 e 20 tiros (treinamento = 15 tiros, avaliao = 5 tiros) com pistola .380 (short) ou 9 mm. bom ressaltar que a obrigatoriedade do treinamento estabelece reciclagens a cada dois anos. Analisando agora o que ensinado em Armamento e Tiro, novamente de acordo com a portaria 992/95: Objetivo: Capacitar o aluno a utilizar com segurana as armas de fogo em diversas posies de tiro. Assuntos: Teoria completa sobre armas de fogo (revlveres, pistolas, fuzis, metralhadoras, carabinas, etc). TVP - 10 metros - dentro do veculo - 10 tiros - fora do veculo - 10 tiros TR - 5 metros - dentro do veculo - 10 tiros - fora do veculo - 10 tiros Legenda: TVP = Tiro Viso Primria TR Tiro Rpido Fica claro que o agente de segurana necessita de uma formao mais abrangente, que inclua: Treinamentos mais constantes, preferencialmente mensais; Execuo de pelo menos 200 disparos a cada treinamento; Treinamento com a mo fraca (para que possa continuar oferecendo poder de fogo, mesmo sendo atingido em um dos braos durante o confronto); Treinamento de recarga ttica (tcnicas de recarga da arma com apenas uma mo, pelo mesmo motivo citado anteriormente); Treinamento utilizando tcnicas diferentes de tiro (tiro instintivo, tiro visado, CQB, etc.); Treinamento de tiro em situaes diferentes, como: em p, de joelhos, deitado, sentado, embarcado (com o veculo parado e em movimento), etc; Treinamento de Tiro em condies de baixa luminosidade; Treinamento em situaes de Stress (Stress Fire).

Regras de Segurana Trate sua arma sempre como se estivesse carregada; Faa sempre a Inspeo da Arma; Fique com o dedo fora do gatilho; Aponte a arma sempre para uma direo segura; Mantenha sua arma longe de crianas e curiosos; A arma traz um grande poder, que vem com uma responsabilidade ainda maior. O agente de segurana pessoal deve evitar utiliz-la sem justificativa legal, por exemplo, em uma discusso banal com um vizinho, ou em uma briga de trnsito.

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COMUNICAES Comunicar-se fornecer idias, trocar informaes e expressar sentimentos. Podemos utilizar uma linguagem verbal, ou seja, atravs das palavras, ou no verbal com sinais, gestos ou expresses corporais. Uma boa comunicao imprescindvel em uma equipe de segurana onde uma falha pode implicar na perda de vidas. Equipes de segurana podem combinar gestos que so facilmente reconhecidos pelos seus integrantes, garantindo rapidez e discrio na troca de informaes, como exemplo, um segurana que fecha o punho direito est informando que existe um perigo eminente, se abre o punho, informa que o perigo passou. Podemos combinar inmeros gestos para agrupar, dispersar, retirar o VIP, procurar abrigo e assim por diante. Quando se est lidando com situaes de risco imprescindvel ficar atento aos seguintes pontos: Comunicar-se com clareza, utilizando o canal adequado; A mensagem deve ser direta, sem redundncia; Saber ouvir, aproveitando as informaes recebidas; Colocar-se no lugar do marginal (lembre-se que ele no aceita frustraes e poder atirar se for contrariado); Analise qual o melhor momento para comunicar-se; Palavras devem ser reforadas com aes, quando disser PARE (linguagem verbal), estenda a mo em sinal de pare (linguagem no verbal); Aprenda a compreender a linguagem corporal e o comportamento do marginal, para saber suas reais intenes. Embora existam cdigos padronizados, o ideal no utiliz-los por sua vulnerabilidade. A quebra do sigilo nas comunicaes facilita a atuao criminosa, sendo altamente recomendado o uso de senhas e contra-senhas, alm de um cdigo prprio que devem ser alterados periodicamente. Um exemplo de cdigo poderia ser baseado em nomes de Paises: Senha do dia utilizada para comunicao da Base para Equipe 1 = Filipinas para Jamaica Romeo Contra senha do dia da Equipe 1 para Base = Jamaica confirma Tango Cdigo: 1 Iraque (VIP saindo da residncia para o servio) 2 Nepal (Levar as crianas na escola) 3 Turquia (Acompanhar o VIP at o Aeroporto) Exemplos: Filipinas = Base Equipe 1 = Jamaica / Equipe 2 = Sucia

L = Jamaica Nepal (Equipe 1 leve as crianas na escola) L = Sucia Turquia (Equipe 2 acompanhe o VIP at o Aeroporto)

Equipamentos recomendado o uso de rdios portteis Hand Talk (HTs), com fones auriculares.

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Cdigo Q o cdigo mais utilizado por seguranas brasileiros, sendo fcil assimilar se o agente de segurana troca de posto, mas exatamente por isso, se torna vulnervel. Alguns Exemplos: NILL = Nenhuma/Sem novidades QAP = Est na escuta/estou na escuta QPVital = Almoo/Jantar/Lanche QRA = Qual o nome do operador QRS = Transmitir mais devagar QRU = Novidade/Problema QRV = Estou s ordens QSA = Intensidade de sinais5 por 5 - Excelente 4 por 4 - tima 3 por 3 - Boa 2 por 2 - Regular 1 por 1 - Ruim

QSJ = Dinheiro QSL = Compreendido QSM (RPT) = Repita a mensagem QSO (falco) = Contato QSY = Mudar de freqncia QTA = Cancelar mensagem QTC = Mensagem QTH = Qual sua posio (ou localizao) ou minha posio QTI = a caminho QTN = A que horas saiu de (lugar) QTO = Banheiro QTR = Horrio QTX = Aguarde um instante QTY = Comparecer, voltar TKS = Obrigado Exemplos: S1 = Segurana 1 S2 = Segurana 2

S1 = Atento S2 em QAP? (Atento Segurana 2 na escuta?) S2 = QAP (Na escuta) S1 = Qual QTH? (Qual sua localizao?) S2 = QPVital, qual QRU? (Estou almoando, qual o problema?) S1 = O lder pediu para voc fazer um QSO (O lder pediu para fazer um contato) S2 = TKS/QRV (Obrigado, estou as ordens)

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Cdigo Fontico Internacional Foi estabelecido por um organismo internacional um cdigo padronizado e universal para ser usado ao soletrar-se palavras pelo rdio. O Ministrio das Comunicaes brasileiro reconheceu esse cdigo que muito usado por equipes de segurana, por exemplo, para soletrar a placa de um carro.A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Alfa Bravo Charlie Delta Echo Fox-Trot Golf Hotel India Juliet Kilo Lima Mike November Oscar Papa Quebec Romeo Sierra Tango Uniforme Victor Whisky Ex-Ray Yankee Zulu

Nmeros 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Exemplos: S1 = Segurana 1 S1 = Est entrando o carro placa Chalie/Golf/November, Nono/nono/sexto/negativo (CGN 9960). www.sotai.com.br Negativo Primeiro Segundo Terceiro Quarto Quinto Sexto Stimo Oitavo Nono

RELAES HUMANAS O relacionamento interpessoal pode evitar situaes de conflito que possam oferecer riscos ao profissional de segurana. Um outro uso da habilidade do bom relacionamento saber negociar para conseguir diminuir as perdas ou adquirir vantagens que podem ser teis no exerccio de suas atividades. Habilidades Humanas Apresentao Pessoal Barba, vestimenta, sapato, cabelo, etc; Postura A postura inspira prontido e disciplina, intimidando a ao criminosa; Ateno demonstrar que percebeu o marginal, quebra o elemento surpresa, muitas vezes evitando a ao criminosa; Educao agir educadamente diminui a tenso e evita o conflito; Controle emocional o controle das emoes evita atitudes de momento que podem causar grandes problemas no futuro, alm de ajudar no controle da situao como um todo; Pacincia a verdadeira pacincia suportar o insuportvel, um mantra para ser repetido que pode ajudar a evitar tragdias; Empatia coloque-se no lugar do outro; Iniciativa podemos auxiliar nossos colegas em situaes difceis, ajudando a diminuir a tenso, ou ajudando a evitar conflitos;

Comportamento Quando as pessoas se relacionam com outras pessoas, existe um conjunto de regras estabelecidas que visam o bom convvio social. A regra de ouro para um segurana : NO FAA INIMIGOS. O comportamento que temos com as pessoas reflete o comportamento que elas tero para conosco. Cordialidade ser respondida com cordialidade, da mesma forma que agressividade gera agressividade, podemos aumentar o risco de um incidente que poderia ser resolvido com um pouco de bom senso e educao. Tipos de Sujeitos Conforme o Comportamento e Mecanismos de Controle Correspondentes O comportamento do sujeito, que em ltima instncia determina a reao do agente de segurana, pode ser descrito numa escala crescente de agressividade. Um sujeito cooperativo atende s exigncias de conduta pela simples presena do agente ou a seus comandos verbais. Um sujeito ambguo, no demonstra suas emoes, exigindo cautela mxima, pois no sabemos o que ele pretende, o que carrega consigo ou como ir reagir. A percepo do agente de segurana determinar se ir utilizar uma linguagem leve de controle, recomendando, advertindo ou dando ordens diretas. Num nvel mais alto de agresso, pode ser o sujeito que oferece resistncia passiva por exemplo, se recusando a andar ou abraando um poste (diga-se de passagem, que a resistncia passiva em si no conduta ilcita; o estar em local proibido, sim). Alm da verbalizao dos comandos, provavelmente ser necessrio segurar o sujeito e conduzi-lo, talvez com alguma fora nas mos. Subindo na escala de agressividade, um sujeito utiliza linguagem abusiva contra o agente, desafiando-o verbalmente. Aqui, como em qualquer agresso verbal, no se deve tomar as ofensas como pessoais e devemos manter a tranqilidade no trato com o agressor. A linguagem de controle os comandos, ordens, etc sero mais duras, firmes e em voz mais alta. A conduta do sujeito deve ser o que determina a lei ou as regras de convivncia social, e no a vontade do agente de www.sotai.com.br

segurana. Por isso, no aceitvel dar comandos como quero que voc faa isso ou aquilo, mas faa isso ou aquilo ou voc precisa fazer isso ou aquilo. A verbalizao em voz alta tem vrias finalidades: o agressor, com o ritmo cardaco acelerado, surpreendido em uma conduta ilcita, provavelmente est com a chamada excluso auditiva e o comando em voz alta e repetido consegue penetrar no consciente do sujeito. Em segundo lugar, uma forma de obter como testemunhas outras pessoas prximas, que logo compreendem a finalidade da abordagem e passam a observar a reao agressiva do sujeito. Finalmente, auxilia a aliviar a tenso que a situao cria. Ao elevar-se o agressor ao nvel de resistncia agressiva, j claramente um sujeito agressivo. Diferentemente do sujeito ambguo, suas intenes so claras e a agresso pode justificar a utilizao de tcnicas de imobilizaes e de controle. O ataque direto, extremo e violento contra o agente ou o VIP pode exigir uma medida imediata de incapacitao temporria para deter completamente o agressor. Conforme a percepo de ameaa, um mecanismo mais contundente, como um basto retrtil, pode ser recomendvel para preservar a segurana individual do agente. Ele pode ser extremamente til para distrair o oponente, permitindo fugir, chamar por reforo ou dominar o oponente. Devemos ter o cuidado de no atingir partes vulnerveis que poderiam levar a uma sria leso com risco de morte. Mas, qualquer mecanismo ou golpe no letal razovel nessa situao, como chute ou outra forma de impacto que consiga incapacitar temporariamente o sujeito. Quando a agresso injusta, o risco de morte ou leso grave iminente e sem possibilidade de evaso, o uso de fora letal justificado para proteger a prpria vida ou a do VIP. Golpes dirigidos s zonas vitais, com as mos ou armas de impacto, ou o uso de arma de fogo so os meios normalmente utilizados para imobilizar o oponente. Vrias circunstncias tm que ser consideradas, como o alcance do projtil, podendo atingir inocentes ou se o agressor interrompe o ataque e se vira para fugir. S justificado o uso da fora letal se o marginal est armado e claramente se conduzindo para perpetrar um crime violento, o que recai no conceito de legtima defesa. No prtica aceitvel esboar ameaa com a arma de fogo e menos ainda atirar para o alto para amedrontar. Pior de tudo, a alegao de que no atirei para matar. S se atira para matar. E s nos casos extremos em que essa conduta justificvel.

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ETIQUETA E COMPORTAMENTO PROFISSIONAL Profissionais de segurana devem acompanhar o VIP em vrias ocasies e neste contexto, importantssimo o conhecimento de normas de etiqueta para evitar constrangimentos ou situaes embaraosas que comprometam o trabalho da equipe de segurana. O mercado exige um profissional diferenciado, que no necessita fazer cara feia para ser respeitado. Age com educao e elegncia desenvolvendo algumas habilidades bsicas que so esperadas e sero cobradas, ressaltando o aspecto de naturalidade e espontaneidade. Apresentao Pessoal Para comear o cuidado com a apresentao pessoal fundamental, j que nossa aparncia um carto de visitas. Visando este quesito, h trs itens essenciais que devem ser levados em considerao: 1 Higiene tomar banho, fazer a barba, unhas cortadas, cabelos penteados, o mnimo exigido. Alm do aspecto de limpeza, melhora a auto-estima, aumenta a disposio e valoriza o profissional; 2 Postura Uma postura desleixada, d um aspecto extremamente negativo, importante ficar atento maneira como andamos, sentamos, ficamos posicionados, etc; 3 Vesturio a roupa deve estar adequada situao, respeitando caractersticas prprias, como local, horrio, determinaes do VIP, etc. Em geral no dia-a-dia, importante observar: 3.1 Ternos e camisa: limpos, bem passados e com todos os botes. Cores sbrias. Trocar a camisa diariamente. 3.2 Gravatas pouco chamativas, com o n bem feito. 3.3 Sapatos limpos, engraxados e sempre com meias. 3.4 Prendedor de gravata (evita que ela fique voando no rosto do agente de segurana em locais abertos). 3.5 Sapatos com solado antiderrapante (fundamental para o trabalho de segurana). 3.6 culos escuro (principalmente se for preciso dirigir em locais abertos, onde o sol pode comprometer a visibilidade). Comunicao importante considerar que as atitudes e gestos podem auxiliar ou atrapalhar a convivncia entre as pessoas. Devemos: Ser discretos; Educados; Prestativos; Pacientes; Atenciosos; Demonstrar equilbrio e bom senso; Ter um tom de voz adequado; Evitar falar palavres e gritar; Fazer comentrios maldosos, espalhar boatos ou fazer fofocas; Mostrar excesso de curiosidade; Interromper ou se intrometer em conversas alheias; Ser inconveniente ou inoportuno. Gafes Evite perguntar o bvio; Fazer comentrios ou entrar em um assunto que no conhece; Contar a vida particular em grupo; Falar mal das pessoas ou colegas de trabalho; Desmentir pessoas; www.sotai.com.br

Corrigir as pessoas; Contar casos desagradveis; Fazer Grosserias; Bocejar, tossir, espirrar, principalmente em solenidades.

Fumantes No fume em locais fechados; No fume dentro de veculos; No fume sem pedir licena ou verificar se outros presentes no ficaro incomodados; No jogue o cigarro no cho; No fume escondido, principalmente em banheiros ou salas da empresa; No fume no restaurante da empresa; Evite cr