6 Boletim CBTO - Stella Wit

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Terapia Internacional Ocupacional Em tempos de sociedades globalizadas e interconectadas como expandir os conhecimentos através de experiências fora do território brasileiro? Entre os convidados do XIII CBTO a prova de que não existem fronteiras para ser terapeuta ocupacional. O XIII CBTO que será realizado em Florianópolis tem este ano uma característica mais focada na preparação e remodelação do terapeuta ocupacional a uma nova realidade, cercada de inúmeros desafios profissionais. Desde o momento em que se firmou como um dos atores das políticas públicas nacionais passou a enfrentar estruturas de participação social cada vez mais acirradas e exigentes, portanto expandir o conhecimento e a atuação são assuntos que serão debatidos durante o Congresso em Santa Catarina. O tema, ´capacidades humanas` ganha cada vez mais espaço no trabalho global em prol do desenvolvimento rumo as metas do milênio e do pós-215. O terapeuta ocupacional entende de forma bastante crítica a questão das capacidades nos diferentes níveis de atuação e contribuir para um programa e processo de desenvolvimento mais embasado” cita Stella Maria de Wit, desenhando um perfil de quem pode ser o “novo” terapeuta ocupacional e quais serão seus paradigmas para os próximos anos. Com graduação em Terapia Ocupacional pela UFSCar, graduação em Ciências Políticas e Minor em Antropologia da Saúde, mestrado em Políticas Públicas e Gestão Pública pela Universidade de Amsterdam (título dissertação: ´Understanding the governance of ´wicked problems´ in health and welfare´) e MBA em consultoria em processos de mudança na gestão organizacional pelo SIOO Holanda. Stella é uma das convidadas do Congresso organizado pela Abrato-SC. “Não sei se importância de fugir do conhecimento local, ´tacit knowledge´ e ´local knowledge´ são de uma importância muito grande no contexto que terapeutas ocupacionais

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Terapia Internacional

Ocupacional

Em tempos de sociedades globalizadas e

interconectadas como expandir os

conhecimentos através de experiências fora

do território brasileiro? Entre os convidados

do XIII CBTO a prova de que não existem

fronteiras para ser terapeuta ocupacional.

O XIII CBTO que será realizado

em Florianópolis tem este ano

uma característica mais focada

na preparação e remodelação do

terapeuta ocupacional a uma

nova realidade, cercada de

inúmeros desafios profissionais.

Desde o momento em que se

firmou como um dos atores das

políticas públicas nacionais

passou a enfrentar estruturas de

participação social cada vez mais

acirradas e exigentes, portanto

expandir o conhecimento e a

atuação são assuntos que

serão debatidos durante o

Congresso em Santa Catarina.

“O tema, ´capacidades humanas`

ganha cada vez mais espaço no

trabalho global em prol do

desenvolvimento rumo as metas

do milênio e do pós-215. O

terapeuta ocupacional entende

de forma bastante crítica a

questão das capacidades nos

diferentes níveis de atuação e

contribuir para um programa e

processo de desenvolvimento

mais embasado” cita Stella

Maria de Wit, desenhando um

perfil de quem pode ser o “novo”

terapeuta ocupacional e quais

serão seus paradigmas para os

próximos anos.

Com graduação em Terapia

Ocupacional pela UFSCar,

graduação em Ciências Políticas

e Minor em Antropologia da

Saúde, mestrado em Políticas

Públicas e Gestão Pública pela

Universidade de Amsterdam

(título dissertação:

´Understanding the governance

of ´wicked problems´ in health

and welfare´) e MBA em

consultoria em processos de

mudança na gestão

organizacional pelo SIOO –

Holanda.

Stella é uma das convidadas do

Congresso organizado pela

Abrato-SC. “Não sei se há

importância de fugir do

conhecimento local, ´tacit

knowledge´ e ´local knowledge´

são de uma importância muito

grande no contexto que

terapeutas ocupacionais

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frequentam” afirma a terapeuta

que trará um pouco de sua

experiência para o evento.

Stella adianta: “Fui para

Holanda em 2006 e iniciei um

trabalho como cuidadora de um

grupo de crianças com

problemas psichiátricos e

mentais (não mais se fala dessas

problemáticas no Brasil - os

conceitos mudam

constantemente). Depois de

poucos meses mudei de cargo

para coordenadora da equipe

técnica e depois fui para gestora

do serviço - foi nessa função que

permaneci por mais tempo. E foi

nesse momento que iniciei um

trabalho de oferecer estágios

para os alunos de Terapia

Ocupacional do curso de

Amsterdam. Essa parceria com o

curso continuou por alguns anos

até eles me convidarem pra dar

aula. No trabalho passei de

gestora para consultora regional

para serviços relacionados a

infância e depois virei consultora

nacional de diferentes tipos de

serviço. Quando o trabalho ficou

difícil de coordenar com os

estudos (porque nesse período

estava fazendo o bacharelado em

ciências políticas), acabei

optando por concorrer a uma

vaga de professora do curso em

Rotterdam (eram horários mais

previsíveis o que me ajudarei a

planejar melhor meus estudos).

Lá depois de pouco tempo fui

encarregada da reforma

curricular do curso e iniciamos

uma parceria com os outros

cursos de Terapia Ocupacional

da Holanda para melhorarmos a

questão do nível dos alunos e da

qualidade do processo de

avaliação para que alunos

pudessem ganhar o diploma de

Terapia Ocupacional.”

Mas como chegar até lá? Como

conseguir espaço fora do país? E

será que o aproveitamento

durante o retorno ao Brasil é

possível? “Estou trabalhando

como consultora do Programa

Internacional em Saúde da

Organização Pan-Americana da

Saúde com relação direta a

Secretaria de Gestão do

Trabalho e Educação em Saúde

do Ministério da Saúde do Brasil

- SGTES” completa Stella de Wit.

Ficou curioso? Quer saber um

pouco mais? Simples faça sua

inscrição para o XIII Congresso

Brasileiro de Terapia

Ocupacional que acontece em

Outubro na cidade de

Florianópolis, Santa Catarina.

Quer contribuir com o CBTO 2013? Além da

inscrição você manda sua sugestão de entrevistas para

[email protected]