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SUMRIO

OBJETIVOS ........................................................................................................ 03 SIGLAS ............................................................................................................... 03 1. PROCEDIMENTOS FORMAIS .................................................................... 1.1 Manual de Orientao ........................................................................ 1.2 Projetos .............................................................................................. 1.3 Execuo dos Servios ...................................................................... 1.4 Recebimento da Obra ........................................................................ 04 04 04 04 05

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PROJETO GEOMTRICO DE PARCELAMENTO .................................... 05 2.1 Classificao Viria ............................................................................. 05 2.2 Consideraes para Elaborao do Projeto Geomtrico ..................... 08 PROJETO DE TERRAPLENAGEM ........................................................... 3.1 Clulo dos volumes ............................................................................. 3.2 Origem e destino dos materiais .......................................................... 3.3 Notas de Servio ................................................................................. 09 10 10 11

3.

4.

PROJETO DE PAVIMENTAO ............................................................... 11 4.1 Especificaes de servios de pavimentao ..................................... 13 4.2 Notas sobre pavimentao em poliedros ............................................. 14 PROJETO DE MICRO-DRENAGEM .......................................................... 5.1 Sistema de micro-drenagem ............................................................... 5.2 Parmetros para elaborao de projeto ............................................... 5.3 Apresentao dos projetos .................................................................. 14 15 15 19

5.

6.

PROJETO DE OBRAS ESPECIAIS ........................................................... 19

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ................................................................... 20 ANEXOS ............................................................................................................. 22 LEI DO MARCO ZERO RELATRIO TOPOGRFICO

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OBJETIVO Este manual estabelece as diretrizes e especificaes tcnicas para elaborao dos projetos geomtricos e complementares (terraplenagem, pavimentao e microdrenagem), de novos loteamentos no municpio de Arax. SIGLAS ABCP - ASSOCIAO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND ABNT ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS CEMIG COMPANHIA ENERGTICA DE MINAS GERAIS COPASA COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS FCA FERROVIA CENTRO ATLNTICA IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA IPDSA INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL DE ARAX PMA PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAX SEDUR SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DE ARAX DER (MG) DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DE MINAS GERAIS DNIT DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES RRCM REDE DE REFERNCIA CADASTRAL MUNICIPAL

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PROCEDIMENTOS FORMAIS

1.1 Manual de Orientao Aprovado o projeto geomtrico do loteamento, o empreendedor dever apresentar ao IPDSA os projetos complementares de terraplenagem, pavimentao e microdrenagem, que devem estar de acordo com as especificaes contidas nesse manual.

1.2 Projetos O IPDSA efetuar a anlise dos projetos desenvolvidos pelo empreendedor, aprovando-os, desde que estejam em conformidade com as normas tcnicas estabelecidas pela ABNT e por este manual. A anlise e posterior aprovao tambm estaro condicionadas anlise das interferncias eventualmente impostas pela topografia e/ou reas do entorno. Os estudos elaborados devero ser consubstanciados em relatrios contendo memorial descritivo justificativo, desenhos, memrias de clculo e estimativa de custo. Os projetos devero seguir a concepo do projeto bsico geomtrico aprovado para o loteamento, garantindo a implementao das obras no contexto do mesmo. O projeto virio ser executado procurando atender aos critrios adotados pelos rgos rodovirios oficiais. Em todos os projetos devero constar o nome do projetista e o nmero do registro no CREA, com as respectivas ARTs pagas. Os projetos sero entregues ao IPDSA em 3 vias originais. 1.3 Execuo Os servios sero executados de acordo com as normas, manuais, instrues e especificaes vigentes do DER/MG, DNIT, Normas Tcnicas da ABNT e tambm com a legislao municipal. Os servios somente sero iniciados aps ordem de servio e termo de acordo emitidos pelo IPDSA. O IPDSA, realizar atravs da SEDUR, empresa ou profissional designado, gestes de fiscalizao, quando da execuo dos servios de terraplenagem, pavimentao e micro-drenagem, verificando e atestando a qualidade dos mesmos.

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1.4 Recebimento da obra O empreendedor dever informar o trmino das obras ao IPDSA, que emitir termo de concluso, aps vistoria final dos servios.

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PROJETO GEOMTRICO DE PARCELAMENTO

2.1 Classificao viria O sistema virio definido de acordo com a sua utilizao, nos termos do Art. 33 da Lei Municipal 4292/2003, Lei de Uso e Ocupao do Solo, da seguinte forma: I - Vias de Ligao Regional II - Vias Arteriais III - Vias Coletoras IV - Vias Locais V Vias Especiais

I - Vias de Ligao Regional So as vias responsveis por promover a ligao da cidade com seu entorno, carreando substanciais volumes de trfego inter e intra-urbano. As faixas de domnio das vias de ligao regional, quando sob jurisdio municipal, devero ter largura mnima de 44 m (quarenta e quatro metros) de testada a testada dos lotes lindeiros, comportando passeios laterais com largura mnima de 5 m (cinco metros), faixas de rolamento com largura de 10,50 m (dez virgula cinqenta metros), vias laterais auxiliares para ciclistas com largura mnima de 2,0 m (dois metros), canteiro divisrio s pistas de rolamento com largura mnima de 2,0 m (dois metros) e canteiro central com largura mnima de 5,0 m (cinco metros).

As faixas de domnio das vias de ligao regional, quando sob jurisdio federal ou estadual, caso os respectivos projetos geomtricos no prevejam vias laterais de trfego local, estas devero ser implantadas junto s faixas de domnio federal ou

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estadual, com largura mnima de 13 m (treze metros), comportando passeios laterais com largura mnima de 5,0 m (cinco metros), 2 faixas de rodagem com largura mnima de 3,0 m (trs metros) e canteiros divisrios com largura mnima de 2,0 m (dois metros). II - Vias Arteriais: So as vias destinadas ao trfego preferencial e circulao de veculos entre reas distantes orientando o fluxo para as vias de ligao regional, com vistas a melhor distribuio do trfego nas vias coletoras e locais; Faixa de domnio com largura mnima de 38 m (trinta e oito metros) de testada a testada dos lotes lindeiros, comportando passeio laterais com largura mnima de 4,0 (quatro metros), duas faixas de rolamento com largura mnima de 3,5 (trs metros e meio) cada, canteiro central com largura mnima de 5 m (cinco metros) alm de comportar faixas exclusivas para transporte pblico e ciclovias;

III - Vias Coletoras So as vias que possibilitam a circulao de veculos entre as vias arteriais e locais. Faixa de domnio com largura mnima de 22 m (vinte e dois metros) de testada a testada dos lotes lindeiros, comportando passeios laterais com largura mnima total de 4,0 m (quatro metros).

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IV - Vias Locais So as vias destinadas ao trfego lento e circulao de veculos entre reas prximas, devendo ser usadas como acesso a reas residenciais, comerciais ou industriais, e serem construdas de modo a dificultar sua utilizao como atalho entre vias arteriais. Faixa de domnio com largura mnima de 12 m (doze metros) de testada a testada dos lotes lindeiros, comportando passeios laterais com largura mnima de 2,50 (dois metros e cinqenta centmetros) e faixa de rolamento com largura mnima de 3,00m (trs metros).

V - Vias Especiais So as vias destinadas a usos especficos, como: vias para pedestres, transporte coletivo, bicicletas ou vias mistas, possuindo caractersticas geomtricas especficas ao uso a que se destinam. 1- Vias de Pedestres - As vias de pedestres devem possibilitar a implantao das redes de infra-estrutura, ter largura mnima de 3,0 m (trs metros) e comprimento mximo de 75 metros, no podendo se constituir em vias sem sada. 2- Vias Mistas - tero faixa de domnio mnima de 7,50m (sete metros e cinqenta centmetros) de testada a testada dos lotes lindeiros, comprimento mximo de 75 metros (setenta e cinco metros), no podendo se constituir em vias sem sada, devendo privilegiar a passagem de pedestres e devero manter uma faixa contnua com 3,5 m (trs metros e meio) de largura para permitir o acesso de veculos de emergncia e servios pblicos e a passagem de veculos pertencentes a seus moradores 3- Ciclovias - quando mono-direcionais devero ter largura mnima de 2,0 m (dois metros), e quando bi-direcionais, largura mnima de 2,50 m (dois metros e cinqenta centmetros).

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Outras especificaes: As vias sem sada classificam-se como vias locais e devero atender aos seguintes requisitos: I. II. o comprimento da via, inclusive com a baia de retorno, no poder exceder a 100 m (cem metros); a baia de retorno dever ter dimetro mnimo de 13,50 m (treze metros e cinqenta centmetros) ou soluo que permita o retorno de caminho de lixo sem manobras.

As vias de ligao regional, arteriais e coletoras devero ser pavimentadas com piso contnuo do tipo asfltico ou concreto, dimensionadas de acordo com o volume e o tipo de trfego previsto. As vias locais podero receber pisos diferentes do asfalto e concreto, de acordo com Norma Tcnica Oficial - NTO, para permitir uma maior taxa de infiltrao das guas pluviais e a diminuio da velocidade do trfego de passagem. As sees longitudinais das vias de circulao tero declividade mnima de 1,5% (um metro e meio por cento) e mxima de: I. 10% (dez por cento) para as vias de ligao regional; II. 15% (quinze por cento) para as vias arteriais e coletoras; III. 20% (vinte por cento) para as vias locais, numa extenso mxima de 200 m (duzentos metros).

2.2 Consideraes para elaborao do projeto geomtrico Na escolha do traado devero ser consideradas as caractersticas topogrficas, hidrogrficas e geotcnicas sob os seguintes aspectos: topogrficas a malha topogrfica deve ser referenciada ao sistema cartogrfico municipal nico como ponto de partida para o levantamento das informaes fsicoterritoriais, da Lei n 4.873 de 12 de abril de 2006, que dispe sobre o Marco Zero e a Rede de Referncia Cadastral do Municpio de Arax (RRCM), com implantao de marcos de concreto padronizados, com pino metlico no seu topo, para servirem de apoio para a execuo das obras projetadas; hidrogrficas as caractersticas hidrogrficas da rea devero ser consideradas durante o processo dimensionamento dos dispositivos de drenagem. Sempre que possvel, podero ser aproveitados estudos existentes, desde que atendam s necessidades do projeto; geotcnicas compreendem sondagens e ensaios geotcnicos com o objetivo de

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definir parmetros necessrios ao desenvolvimento e detalhamento dos projetos virios (terraplanagem e pavimentao), obras de conteno, edificaes, obras de arte e outras. Devero, tambm, ser considerados os seguintes aspectos: - todos os trabalhos ou servios necessrios amarrao com a RRCM devem atender s especificaes da NBR 13.133 (Execuo de levantamento topogrfico), NBR 14.166 (Rede de Referncia Cadastral Municipal Procedimento), e da Resoluo PR n 22 de 21/07/83 do Instituto de Geografia e Estatstica (IBGE) Especificaes e Normas Gerais para Levantamentos Geodsicos - Pargrafo nico do art. 5 da Lei n 4.873; garantir acessibilidade eficiente, tanto para pedestres como para ciclistas, com pista exclusiva, alm dos veculos automotores; interao com os condicionantes de ocupao da regio, preconizadas pela legislao urbanista e ambiental; integrao com o sistema virio do entorno; traado das vias existentes; necessidade de contenes, obras de arte e relocaes; compatibilizao com os servios de pesquisa fundiria; integrao com outros projetos previstos para a rea, incluindo o projeto de interveno paisagstica; aspectos relevantes quanto ao custo da obra; necessidade de circulao para transporte de pessoas e de mercadorias com acessibilidade facilitada ao interior das glebas, incluindo observncia de rampa mxima prevista pela LUOS e do raio de giro mnimo para possibilitar os movimentos de converso de micronibus. projeto de obras complementares e remanejamento de interferncias (redes de gua, telefonia e outras); cadastro das reas a serem desapropriadas com as benfeitorias. As solues adotadas devero considerar a facilidade de implantao e manuteno.

3. PROJETO DE TERRAPLANAGEM O projeto de terraplanagem tem por objetivo definir o volume necessrio de cortes e aterros, origem e destino dos materiais e respectiva classificao, necessrios para a execuo da plataforma de cada logradouro. O projeto dever ser desenvolvido com base no projeto geomtrico, no levantamento topogrfico e nas informaes hidrolgicas. Dever apresentar todos os elementos necessrios implantao da plataforma de terraplanagem, definindo sees

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transversais em cortes e aterros, localizao, determinao e distribuio dos volumes de materiais a serem movimentados. A movimentao dos volumes de terraplanagem deve compatibilizar as necessidades de emprstimos e bota-fora, com a disponibilidade de jazidas e reas adequadas, levando ainda em considerao os planos de urbanizao e paisagismo existentes ou planejados. O projeto de terraplanagem constar de: a) Desenhos em planta, em escala 1:1.000 ou 1:2.000 da base do projeto geomtrico, com indicaes de projeo dos off-sets de acordo com convenes usuais, diferenciando-se os cortes dos aterros, indicao de ruas de entorno, curvas de nvel, etc. b) Perfis das vias, escala horizontal 1:2000 e vertical 1:200, devendo constar o estaqueamento, nome do logradouro, interseces de outras vias, indicao do terreno natural e plataforma projetada. c) Desenhos de sees transversais, com as seguintes indicaes: terreno natural, plataforma projetada, taludes indicando plats e bermas e posio dos off-sets; rede de drenagem superficial indicando detalhes de drenos, impermeabilizao de bermas e sentido de escoamento, inclusive para os plats; identificao das reas edificadas, muros de arrimo e outros acidentes; sees a serem executadas em todos os pontos notveis; planilhas de clculo de volume de corte e aterro por seo (folhas de cubao); planilhas indicando volumes totais de corte, aterro, bota-fora e emprstimo; planilhas de clculo de revestimento vegetal necessrio para taludes e canteiros; memorial descritivo incluindo descrio sucinta do mtodo construtivo, principalmente nos casos em que for verificado difcil acesso do transporte e maquinrio. 3.1 Clculo dos volumes Com base no projeto geomtrico, sero cubados os volumes de terraplanagem, devendo-se descontar a espessura do pavimento adotado no logradouro. Sero definidos os volumes de cortes, aterros, compensaes, emprstimos e bota-foras. 3.2 Origem e destino dos materiais Dever, quando necessrio, ser elaborado quadro de distribuio de terraplanagem, procurando-se a distribuio econmica das massas atravs de compensaes longitudinais e transversais de forma a reduzir as distncias de transporte. Indicar a localizao dos canais de emprstimos e bota-foras, quando necessrio.

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3.3 Notas de servio As notas de servio de terraplanagem so obtidas a partir das notas de servio de pavimentao, descontando-se a espessura do pavimento. ngulos de corte, necessidades de banquetas e drenagem devem ser projetados com base nas informaes topogrficas, hidrolgicas e geotcnicas existentes. Sempre que possvel, deve-se solucionar todos os cortes e aterros por meio de taludes naturais, evitando-se ao mximo, a utilizao de muros de conteno.

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PROJETO DE PAVIMENTAO

O projeto de pavimentao dever conter as seguintes informaes: planta geral do sistema em escala 1:1.000 ou 1:2.000; memria de clculo indicando critrios de projeto e a metodologia de clculo utilizada; desenho das sees transversais de todas as solues de projeto, contendo elementos tcnicos como espessura de camadas, definio das caractersticas dos materiais de base, sub-base, reforo de subleito, etc.; especificao dos materiais utilizados na pavimentao; detalhes construtivos de sarjetas, caladas, rampas, interferncias com os demais projetos de saneamento, drenagem, dentre outros; resultado dos estudos geotcnicos, se necessrio; no caso de pavimentao em concreto de cimento Portland, apresentar o tipo e detalhes das juntas do pavimento; projeto de conteno e obras de arte especiais: passarelas, pontes, viadutos, etc. Planta geral com o sistema virio proposto e a classificao das vias segundo sua tipologia, prevendo acesso ao maior nmero possvel de domiclios e identificando o sistema virio existente, contendo soluo de acessibilidade aos imveis lindeiros. A planta geral deve identificar os tipos de revestimentos propostos para a pavimentao das ruas e passeios. Dever ser realizado dimensionamento da estrutura do pavimento, bem como apresentao das sees transversais resultantes das vias projetadas no encontro de todas as vias transversais Seo transversal tipo das vias, cotando a largura da caixa da via e identificando a estrutura proposta para a implantao das ruas. Quando o loteamento for situado em regio de alto declive, apresentar perfil

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longitudinal simplificado das vias carroveis projetadas, contendo o perfil do terreno natural e as inclinaes mdias do greide reto. Os estudos elaborados devero ser consubstanciados em relatrios contendo memorial descritivo, justificativo, desenhos, memrias de clculo e o que mais for produzido. Apresentar alternativas, plantas de situao, projeto de arquitetura, plantas de forma, quando necessrio. O projeto de pavimentao dever ser definido em funo das caractersticas das vias. O tipo de pavimento adotado deve ser compatvel com as declividades e outras caractersticas do projeto geomtrico e do subleito. A pavimentao, bem como a paginao proposta para os canteiros, caladas, passeios e praas, resultantes do novo traado virio, devero permitir sua implantao, devendo-se optar por soluo de fcil assentamento e manuteno. Devero ser apresentadas sees transversais tipo do pavimento de cada logradouro com espessuras, caractersticas e especificaes dos materiais empregados. A escolha do mtodo construtivo e do tipo de pavimento dever considerar a dificuldade de acesso de mquinas nas vias estreitas. Nas vias coletoras e locais, quando a declividade no ultrapassar 15%, ser dada preferncia pavimentao flexvel. O projeto de pavimentao poder ser elaborado aplicando-se o critrio de resistncia, devendo ser adotado o Mtodo de Dimensionamento de Pavimento Flexvel do DNER, em funo da carga por roda ou capacidade de suporte das camadas do pavimento e do sub-leito. Outros mtodos e normas de dimensionamento, tambm podero ser adotados, tais como AASHTO (American Association of State Highway and Transportation Officials), da Prefeitura de So Paulo, da SUDECAP (Superintendncia de Desenvolvimento da Capital - MG), etc. Nas vias locais, quando a declividade exceder 15%, ser dada preferncia aos blocos de concreto ou piso em concreto de cimento Portland. Quando os dados disponveis para o projeto de pavimentao forem insuficientes, o dimensionamento mnimo dever ser orientado conforme quadro a seguir:

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Classificao dos logradouros Vias ligao regional Vias arteriais Vias locais Vias locais Vias de ciclista Vias de pedestre Escadarias Vias especiais

Revestimento (cm) CBUQ 4 CBUQ - 3 CBUQ - 2 TSDcs - 2,5 TSS/LAMA CONC CONC CONC PERM

Base (cm) 15 10 15 15 10 10 10

Sub-Base (cm) 10 10

Sub-Leito (cm) 20 20 20 20 20

-

20 20

Sendo: CBUQ Concreto Betuminoso Usinado Quente TSDcs Tratamento Superficial Duplo com capa selante TSS Tratamento Superficial Simples LAMA Lama asfltica CONC Concreto CONC PERM Concreto Permevel

Podero ser considerados outros tipos de pavimentos flexveis desde que analisados pelo IPDSA e SEDUR e com as condies mnimas apresentadas acima.

4.1. Especificaes de servios de pavimentao a) Sub-leito -> O sub-leito dever ser regularizado e compactado a 100% do Proctor Normal. Ser necessrio fazer reforo do sub-leito quando as caractersticas do material existente no atenderem as exigncias especificadas nas normas do DNIT. b) Sub-base -> A sub-base a ser utilizada ser de material granular com CBR > 40%. c) Base -> A base dever ser compactada com energia equivalente a do ensaio AASHTO INTERMEDIRIO e/ou MODIFICADO, no devendo conter partculas com dimetro superior a 11/2 e executado com material granular com CBR > 60% e demais caractersticas especificadas pelas normas do DNIT. d) Imprimao -> Toda base ser imprimada com emulso asfltica tipo CM-30 com

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taxa de 1,0 a 1,20 l/m e) Pintura de Ligao -> Para execuo de pavimentao em CBUQ, ser aplicada pintura de ligao, tipo RR-1C com taxa de 0,50 a 0,60 l/m. f) TSDcs ->Para execuo de pavimentao em TSDcs, sero aplicadas trs camadas de agregados e material betuminoso com emulso asfltica tipo RR-2C (Ruptura Rpida) com taxas variveis, de acordo com trao aprovado pela SEDUR.

4.2. Notas sobre pavimentao em poliedros Nas vias projetadas em poliedros, os seguintes pontos devem ser considerados: - O assentamento do poliedro dever ser feito sobre colcho de areia ou p-de-pedra, com 5 cm, a ser executado sobre base com espessura mnima de 10 cm de bica corrida, apoiada em sub-base e reforo de sub-leito com espessuras a serem definidas em funo das caractersticas naturais do sub-leito. Em trechos de 15 em 15m, uma guia de concreto transversal ao greide deve ser colocada para garantir a cunhagem do pavimento.

5. PROJETO DE MICRO-DRENAGEM URBANA O projeto de micro-drenagem urbana deve ser elaborado levando-se em considerao as caractersticas e limites da bacia e o levantamento topogrfico planialtimtrico da rea a ser urbanizada, com curvas de nvel de metro em metro. As referncias de nvel devero ser adotadas de acordo com o sistema cartogrfico municipal nico nos termos da Lei n 4.873 de 12 de Abril de 2.006. Todos os trabalhos e servios necessrios amarrao com a RRCM devem atender s especificaes da NBR 13.133: Execuo de Levantamento Topogrfico, NBR 14.166: Rede de Referncia Cadastral Municipal Procedimento e Resoluo PR n 22 de 21/07/83 do IBGE Instituto de Geografia e Estatstica Especificaes e Normas gerais para Levantamentos Geodsicos (Pargrafo nico da Lei n 4.873). O projeto de micro-drenagem urbana tambm deve contemplar - os greides de pavimentao definidos para elaborao das captaes; - perfis da rede e da pavimentao; - definio dos limites das sub-bacias (micro-bacias) de drenagem; - cadastramento de outros sistemas de drenagem, com informaes sobre toda a infra-estrutura pblica existente na rea; - definio e locao dos locais de lanamento e dados relativos ao curso dgua receptor;

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- traado e dimensionamento das galerias e acessrios funcionamento do sistema de micro-drenagem; - especificao de servios, materiais e equipamentos; - elaborao de memorial descritivo e justificativo.

destinados

ao

5.1. Sistema de micro-drenagem Entende-se por sistema de micro-drenagem urbana a coleta e afastamento das guas superficiais ou subterrneas na rea urbana atravs dos coletores de guas pluviais, e ainda de todos os componentes do projeto para que tal ocorra, como: pavimento das ruas, meios-fios, sarjetas, sarjetes, bocas de lobo, poos de visita, bueiros, valas de drenagem, caixas de ligao, galerias de guas pluviais e canais de pequenas dimenses, lanados nos cursos dguas existentes.

5.2 - Parmetros para elaborao de projeto dados pluviomtricos, das curvas de intensidade/durao/freqncia para chuvas na regio; determinao das vazes que afluem rede de condutos; Frmula com a seguinte expresso: Q = 0,278.C.I.A (m/s) sistema adotado para clculo Tamanho da bacia < 50 hectares > 50 hectares e < 500 hectares > 500 hectares Mtodo de clculo Racional Racional Modificado Outros mtodos (p.ex. Hidrograma Unitrio)

tempo de recorrncia perodo de retorno Tipo de ocupao Residencial Comercial Industrial Aeroportos Artrias comerciais Perodo de retorno 2 anos 5 anos 10 anos 2 a 5 anos 5 anos

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coeficiente de deflvio a) de acordo com revestimento da superfcie Natureza da Superfcie - pavimentada com concreto - pavimentao asfltica - pavimentao com paraleleppedo - pavimentao com pedras irregulares - pavimentao com concreto intertravado - passeio em concreto - telhados b) de acordo com ocupao da rea Local da rea - reas centrais pavimentadas. - reas adjacentes ao centro - pavimentadas - reas residenciais - unifamiliares - reas suburbanas pouco edificadas - passeio em concreto - matas, parques e campos de esportes

Coeficiente C 0,80 a 0,95 0,80 a 0,95 0,75 a 0,85 0,40 a 0,50 0,70 a 0,85 0,75 a 0,85 0,75 a 0,95

Coeficiente C 0,70 a 0,90 0,50 a 0,70 0,50 a 0,60 0,25 a 0,50 0,75 a 0,85 0,10 a 0,20

classificao das ruas a) coletora e local => Na inundao mxima o escoamento deve preservar uma faixa de rua b) via de ligao regional e arterial => Na inundao mxima, nenhuma inundao permitida

sarjetas Utilizar Frmula de Manning

galerias em concreto A capacidade mxima ser calculada pela seo plena. Utilizar a Frmula de Chezy e coeficiente de Manning

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Valores para projetos de ruas e avenidas Dados Caractersticos Declividade longitudinal do pavimento Declividade transversal da sarjeta Coeficiente de Manning Altura do meio-fio guia Altura da gua no meio-fio Velocidade de escoamento na sarjeta Largura da sarjeta Usual 5,00% 0,016 0,16m 0,25m Mximo 20% 10,00% 0,025 0,20m 0,14m 5,00m/s 0,90m Mnimo 1,50 % 2,00 % 0,012 0,10m 0,75m/s 0,20m

Localizao das redes nas ruas As redes devero estar localizadas no eixo das ruas ou a 1/3 tero da largura das mesmas. Dimetro Mnimo utilizado O dimetro mnimo da rede e do ramal de ligao ser de 400mm;

Materiais para aplicao em redes de galerias pluviais Dimetro (mm) De 400 a 600 De 800 a 1000 De 1200 e acima Tipo de material tubo de concreto ponta e bolsa de concreto simples tubo ponta e bolsa de concreto armado tipo CA-1 tubo ponta e bolsa de concreto armado tipo CA-2

Recobrimento mnimo da rede Dimetro do tubos (mm) 400 500 600 800 1000 1200 1500 C-1 C-1 C -1 CA - 1 CA - 1 CA-2 CA-2 Recobrimento mnimo (m) 0,60 0,60 1,00 1,20 1,40 1,50 1,60

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O limite mximo para recobrimento de 4,00m. Nas situaes que no atendam este critrio, devero ser apresentadas solues alternativas para aprovao, como por exemplo: mudana de material, envelopamento com concreto, reforo estrutural, etc.;

Tabela de declividades mnimas das galerias Dimetro do tubo (mm) 400 500 600 700 800 900 1000 1200 Declividade mnima (m/m) 0,0020 0,0015 0,0012 0,0010 0,0008 0,0006 0,0005 0,0004

Os ramais de ligao tero declividade mnima de 1%. Bocas de lobo Todas as bocas de lobo devero ser construdas com grelhas de ferro fundido ou ferro comum, sendo simples, duplas ou combinadas (caixa + grelha) e profundidade mnima de 1,00m;

Poos de Visita (PV) Devero ser construdos em toda mudana de direo, mudana de declividade da galeria, mudana de dimetro do tubo, mudana de material e nas distncias acima de 80m, quando o dimetro for o mesmo. As paredes devero ser executadas em tijolo ou concreto, devendo o fundo ser sempre em concreto. A distncia mxima entre dois PVs dever ser de 80 metros para dimetros at 800mm e de 100 metros para dimetros acima de 800mm.

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Os poos de visita tero sempre dois compartimentos: o balo e a chamin. O balo ou cmara de trabalho o compartimento principal da estrutura, com seo quadrada, retangular ou circular. A chamin, pescoo ou tubo de descida, com seo circular, podendo ser construda em alvenaria ou com tubo pr-moldado de concreto, e seu acabamento, com a superfcie fechada sempre com tampo de ferro fundido. Dissipadores de Energia Sero construdos em cada lanamento, para quebra de energia da gua, obedecendo o padro DER (MG).

5.3. Apresentao dos projetos Planta geral com indicao dos arruamentos existentes e projetados, em escala 1:1000, lanada sobre planta planialtimtrica com curvas de nvel de metro em metro, com indicao da profundidade e numerao dos PVs; Planta construtiva da rede em escala 1:1.000ou 1:2.000, com indicao de cotas de pavimentao e da rede pluvial, profundidade da rede, numerao, extenso, dimetro, material e declividade de cada trecho; Perfis das redes coletoras, escala horizontal 1:2000 e vertical 1:200, sendo apresentado o nome do logradouro, numerao dos poos de visita, profundidade, declividade, dimetro, material e extenso do trecho.

6. Projeto de obras especiais Sempre que necessrio, devero ser apresentados projetos de obras de arte especiais, como passarelas, pontes, viadutos, etc. com memria de clculo, plantas de situao, projeto de arquitetura, plantas de forma, quando necessrio. As plantas e perfis das obras especiais, tais como: passagem sob rodovias, ferrovias, transposies de valas, pontes, aterros e outras, sero detalhadas em todas as suas partes, de maneira a permitir a perfeita compreenso das mesmas, devendo ser desenvolvidas de acordo com as normas especficas do rgo interessado, DER/MG, DNIT, COPASA, FCA, etc. Devero ser apresentados todos os clculos estruturais que se fizerem necessrios.

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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS IPDSA Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Sustentvel de Arax (MG) Site - www.ipdsa.org.br DER (MG) Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais Normas tcnicas Site - www1.der.mg.gov.br DNIT Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes Site www1.dnit.gov.br -

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