546292_Macro III - 1

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1 MACROECONOMIA III I - INTRODUÇÃO Teoria Neoclássica: "a oferta cria sua própria demanda" (Lei de Say). Negação da Lei de Say: princípio da demanda efetiva Princípio da demanda efetiva: o gasto (dispêndio) determina a renda e, consequentemente, o produto. O princípio da DE, desenvolvido simultaneamente por Keynes e Kalecki, especifica a maneira pela qual o nível de atividade é determinado. A demanda do sistema determinará o produto efetivo; ela relaciona-se diretamente com o processo de produção e distribuição de renda.

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    MACROECONOMIA III I - INTRODUO Teoria Neoclssica: "a oferta cria sua prpria demanda"

    (Lei de Say). Negao da Lei de Say: princpio da demanda efetiva Princpio da demanda efetiva: o gasto (dispndio)

    determina a renda e, consequentemente, o produto. O princpio da DE, desenvolvido simultaneamente por Keynes e Kalecki, especifica a maneira pela qual o nvel de atividade determinado.

    A demanda do sistema determinar o produto efetivo; ela relaciona-se diretamente com o processo de produo e distribuio de renda.

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    MACROECONOMIA III O que caracteriza o limite da expanso da produo no

    curto prazo a eliminao total da capacidade produtiva ociosa, o que significa que as mquinas e equipamentos estejam sendo utilizadas em seu nvel normal, ainda que haja desemprego da fora de trabalho.

    Seja Y o produto efetivo, significando aquilo que realmente produzido; Yk a capacidade de produo. Temos que:

    se Y > Yk : economia superaquecida; se Y < Yk : economia operando com capacidade ociosa.

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    MACROECONOMIA III Captulo 3 A macroeconomia clssica (I) produto e emprego

    de equilbrio R. Froyen Fatores reais [aumentos nos estoques de fatores de produo e

    avanos nas tcnicas produtivas] e no fatores monetrios so os principais determinantes do crescimento econmico.

    Moeda serve apenas como meio de troca [os aspectos reais da economia podem ser explicados sem a necessidade de analisar as funes da moeda].

    Livre mercado (governo no deve interferir na economia). No modelo clssico no h interao entre o lado real e o lado

    monetrio da economia. No modelo keynesiano, o mercado monetrio e real se relacionam; a moeda no neutra.

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    MACROECONOMIA III Produo Funo de produo agregada Y = F( K , N) (1)

    Curto prazo X longo prazo

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    MACROECONOMIA III Y FUNO PRODUO

    N N N

    Y PRODUTO MARGINAL DO TRABALHO

    PMgN

    PMgN

    N N N

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    MACROECONOMIA III GRFICO 2: curva de produto marginal = inclinao da

    funo de produo.

    Para os clssicos a quantidade de mo de obra empregada determinada pela oferta e demanda no mercado de trabalho.

  • 7

    MACROECONOMIA III Rendimentos de escala (Varian, 2004) Suponha uma funo de produo com 2 insumos, x1 e x2.

    Se dobrarmos a quantidade de cada insumo, que quantidade de produo produziremos?

    O resultado mais provvel que obtenhamos o dobro de produo. Isso chamado rendimento constante de escala. Matematicamente:

    2f(x1,x2) = f(2x1,2x2)

  • 8

    MACROECONOMIA III De maneira geral: .t f(x1,x2) = f(tx1,tx2) Pode ocorrer que, ao multiplicarmos ambos insumos por um

    fator t, obtenhamos uma produo maior que t vezes. Isso conhecido como rendimento crescente de escala. Matematicamente,

    f(tx1,tx2) > t f(x1,x2) para todo t > 1 ( t > 1). Um bom exemplo dessa tecnologia o oleoduto: se duplicarmos

    seu dimetro, estaremos utilizando o dobro de materiais, mas o corte transversal do oleoduto crescer por um fator de 4. Assim, poderemos bombear mais do que o dobro de petrleo.

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    MACROECONOMIA III O outro caso a considerar o dos retornos decrescentes

    de escala, em que: f(tx1,tx2) < t f(x1,x2) para todo t > 1 ( t > 1). Esse um caso peculiar. um fenmeno de curto prazo,

    em que algum insumo fixo (VARIAN, p. 338-340).

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    MACROECONOMIA III EMPREGO Demanda por trabalho O salrio igual ao produto marginal do trabalho. De acordo com a teoria clssica quando o produto marginal

    maior que o salrio, ao empregar uma unidade adicional de trabalho, acrescenta-se mais receita total que ao custo total, havendo pois incentivo para aumentar o emprego. O empresrio maximizador de lucros no emprega maior quantidade de trabalho quando o produto marginal menor que o salrio; assim sendo, ele empregar um volume de trabalho onde o produto marginal igual ao salrio. Assim, deriva-se a curva de demanda por trabalho.

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    MACROECONOMIA III Produtividade marginal do trabalho: quantidade produzida

    por unidade adicional de mo-de-obra.

    Custo marginal: razo entre o salrio nominal e o produto marginal do trabalho.

    CMgi = W (2) PMgNi

    Onde o subscrito significa a i-sima firma.

  • 12

    MACROECONOMIA III Condio de maximizao de lucro no curto prazo:

    P = CMgi (3)

    P = W PMgNi

    PMgNi = W (4) P

    A equao (4) expressa a condio de maximizao: salrio real = prod. mag. do trabalho

  • 13

    MACROECONOMIA III A curva de demanda agregada por trabalho a soma

    horizontal das curvas de demanda das firmas individuais.

    Nd = f (W/P) (5)

    A equao (5) nos d a curva de demanda por trabalho.

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    MACROECONOMIA III

    Curva de demanda agregada por trabalho

    W/P

    N

  • 15

    MACROECONOMIA III Oferta de trabalho Leva em considerao a maneira como o indivduo reage,

    oferecendo um maior ou menor nmero de horas de trabalho, em funo de variaes no valor do salrio. E' portanto a curva de oferta de trabalho do consumidor que demonstra quanto ele trabalhar, dado o nvel de salrio vigente.

    Assim, o salrio real deve proporcionar um nvel de utilidade para induzir os trabalhadores a oferecer sua FT no mercado, diminuindo suas horas de lazer. O decrscimo nas horas de lazer deve ser compensado pelo aumento de salrio para que o trabalhador continue maximizando sua satisfao ou utilidade total.

  • 16

    MACROECONOMIA III A argumentao clssica s compatvel com os

    chamados desemprego friccional [que ocorre quando h homens temporariamente afastados do trabalho] e desemprego voluntrio [onde determinado grupo de trabalhadores recusam trabalhar por um salrio equivalente sua produtividade marginal]. Esta corrente no aceita a existncia de desemprego involuntrio.

  • 17

    MACROECONOMIA III Keynes no aceita a argumentao clssica sobre a

    oferta de trabalho. A curva de oferta agregada de trabalho obtida

    atravs da soma horizontal das curvas de oferta individuais de trabalho.

    Ns = g(W/P) (6)

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    MACROECONOMIA III O trade-off entre renda e lazer

    24 8 6 0 Nj (horas de trabalho)

    W/P*N 24 12

    U2 U1

    W P

    A

    B

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    MACROECONOMIA III Curva de oferta agregada por trabalho

    W/P

    N

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    MACROECONOMIA III Produto e emprego de equilbrio

    Y = F( K , N) (f. de produo) Nd = f(W/P) (curva de demanda por trabalho) Ns = g(W/P) (curva de oferta de trabalho) Ns = Nd (7)

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    MACROECONOMIA III Estas 4 equaes determinam o produto, o emprego e o

    salrio real de equilbrio. Variveis endgenas: produto, emprego e salrio real. Variveis exgenas: tecnologia e populao. Para os clssicos a produo e o emprego so

    determinados exclusivamente pelo lado da oferta.

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    MACROECONOMIA III Segundo a teoria clssica o equilbrio no mercado de

    trabalho semelhante quele do mercado de bens. A demanda por trabalho negativamente inclinada e determinada pela produtividade marginal do trabalho; a oferta responde positivamente a variaes no salrio real e advm das opes entre renda e lazer.

    Suponha que os preos aumentem de P1 para P2 . Conseqncia: desequilbrio transitrio no mercado de

    trabalho.

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    MACROECONOMIA III

    Ns Ns

    W W2 W1

    Nd Nd

    N1

  • 24

    MACROECONOMIA III A demanda por trabalho aumenta de Nd para Nd' , pois se o

    salrio nominal permanecer em W1 o salrio real cair aumentando a demanda por trabalho (que depende somente do salrio real).

    Para que o equilbrio seja restabelecido necessrio que o salrio nominal aumente na mesma proporo dos preos, de forma a manter o salrio real constante, deixando inalterada a quantidade de trabalho em N1 .

    A curva de oferta agregada anloga ao conceito microeconmico. Os empresrios supe que ao contratar mais unidades de mo de obra o salrio monetrio permanecer fixo.

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    MACROECONOMIA III "A curva de oferta agregada clssica vertical reflete o fato

    de que, para que haja equilbrio no mercado de trabalho, valores mais altos do nvel de preos exigem proporcionalmente valores mais altos de salrios monetrios. O salrio real, o produto e o emprego so os mesmos em P1 e em 2P1 . (...) A curva de oferta agregada vertical" (Froyen, p. 60).

    Fazer os exerccios 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 do captulo 3.

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    MACROECONOMIA III

    P P3 P2 P1

    Y*

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