SINDELACE III Jornada (1

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1 III JORNADA Equipamentos de Lavanderia Avaliação de Desempenho SINDELACE Eng. Walter Stort Junior 16 de Abril de 2010

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III JORNADA

Equipamentos de LavanderiaAvaliação de Desempenho

SINDELACE

Eng. Walter Stort Junior

16 de Abril de 2010

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• ANÁLISE :

Ato ou efeito de analisar ; estudo pormenorizado, exame, crítica

• DESEMPENHO :

Conjunto de características ou de possibilidades de atuação

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• Análise de Desempenho “esmiuçadamente” é o estudo , exame ou crítica do conjunto de características ou possibilidades de atuação

• Trazendo para o campo dos equipamentos de lavanderia poderia ser traduzido por :

• O que posso esperar do equipamento , quando operado em suas CNTP : Condições Normais de Temperatura e Pressão

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O objetivo desta apresentação é o de reunir informações de gerais,

baseadas em experiências e vivências de pessoas e companhias que ao

longo dos anos têm se dedicado ao assunto lavanderia e de forma rápida

e prática apresentá-las .

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Processamento de Roupas

• Este é o principal motivo da existência de uma lavanderia : Processar as roupas e os tecidos para que venham a ter novamente sua característica inicial .

• Seja para uso doméstico , hoteleiro ou hospitalar , o que se espera após um processamento correto é que tenhamos fibras limpas , higienizadas e prontas para novo uso !

• Ou seja , pouco “ se me dá “ ( parodiando o velho Rui Barbosa) , se o lençol vai para uma noite de terror na UTI ou uma noite agradável em um motel , o que se espera dele éque esteja pronto para cumprir sua função , limpo , asseado , higienizado

• Em suma , seja para um motel ou um hospital , a necessidade final é a mesma !!!

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SUJIDADE

Qualidade ou estado de sujo , cisco , pó, poeira

A tarefa principal no Processamento de Roupas é o de retirar o estado de sujidade do tecido e trazer o tecido às suas características originais .

Nas roupas usadas por humanos , esta sujidade além do tradicional cisco , pó ou poeira , vem acompanhada de gorduras , excreções , suor , excrementos , fezes além dos resíduos próprios de manufaturas diversas como resíduos de minérios , limalhas de usinagem , etc.

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Características das FIBRAS

FIBRAS VEGETAIS ou ANIMAIS

Multifilamentos com reentrâncias com a característica principal de encharcamento . Maior conforto por absorver o suor do corpo!

FIBRAS SINTÉTICAS

Monofilamentos – Não retem umidade ou água , ocupando mais espaço nos equipamentos

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COMPORTAMENTO DAS FIBRAS NOS EQUIPAMENTOS

Lavadoras : Abertura das fibras para retirada das sujidades diversas

Secadoras : Retirada da umidade , amaciamento do tecido , conforto

Calandras : Retirada da umidade por compressão com “ achatamento “ das fibras

Prensas , ferros e manequins : Forma para apresentação .

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• Postos estes conceitos iniciais , como determinar capacidade de equipamentos ou fazer uma Análise de Desempenho , já que cestos e rolos não são variáveis e nem podem crescer como “Coração de Mãe “ ?

• Necessidade de NORMAS para equalizar os equipamentos e permitir sua comparação pelo nobre público ouvinte !!

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Lista de Normas ABNT / NBR de Equipamentos para Lavanderia - Uso e Instalação

Norma ABNT Data Abrangencia ou titulo Equipamentos Fator de Carga Requisito / Abordagem

NBR 11755 1979 Calandras Industriais Calandras antiga EB 1166/79 Apenas Numero novo

NBR 11756 1979 Lavadoras Industriais Lavadoras 1:10,1:12,1:14 Lavadoras convencionais antiga EB 1167/79

NBR 11757 1979 Secadoras Industriais Secadoras 1 : 25 Secadoras , antigas EB 1168/79 e EB 169

NBR 11758 abr/08 Máquina industrial extratora de líquidos para artigos têxteis Centrifugas 1 : 5 Intertravamento conf. ABNT NBR NM 273 , antiga EB 124

NBR 6178 out/93 Lavanderia Industrial Todos Termos usados em Lavanderia

NBR 8012 mai/83 Prensas de passar a vapor Prensas

NBR 8405 mar/84 Lavadora-extratora de carregamento lateral para roupas em geral Lavadoras 1 : 10 , 1 : 12 Lavadoras extratoras

NBR 8406 mar/84 Lavadora-extratora de carregamento frontal para roupas em geral Lavadoras 1 : 10 , 1 : 12 Lavadoras extratoras

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Lista de Normas para instalação e Operação de Uma Lavanderia ( Consultar normas municipais e estaduais específicas ! )

ANVISA 2002 RDC 50 - Manual de Lavanderia Hospitalar

ANVISA 2007 Manual de Processamento de Roupa Hospitalar

CONAMA 5 1993 Normas mínimas para tratamento de resíduos sólidos

NBR 12.807 1993 Resíduos de Serviços de Saúde Resíduos

NBR 12.808 1993 Resíduos de Serviços de Saúde Resíduos

NBR 12.809 1993 Manuseio de Resíduos de Serviços de Saude Resíduos

NBR 12.810 1993 Coleta de Resíduos de Serviços de Saúde - Precauções Padrão Resíduos

NR 5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes ( CIPA )

NR 6 Equipamentos de Proteção Individual ( EPI )

NR 7 Programa de Controle Médico de Saude Ocupacional ( PCMSO )

NR 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

NR 10 Eletricidade em geral Eqtos em Geral

NR 12 Máquinas e Equipamentos Eqtos em Geral

NR 13 Norma para instalação de caldeiras e vasos de pressão Caldeiras

NR 17 Ergonomia

NR 20 Líquidos Inflamáveis Depósitos

NR 23 Proteção contra Incendios

NR 24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho Segurança

NR 26 Sinalização de Segurança

Port. 1884 1994 Projetos Básicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde

Port. 2.616 1998 Normas para prevenção e controle das Infecções Hospitalares

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Lista de Algumas Normas Gerais

NBR NM 273 jul/02 Segurança de Máquinas - Dispositivos de Intertravamento

NBR 12177-1 nov/99 Caldeiras estacionárias a vapor - Inspeção de Segurança Caldeiras Parte 1 - Caldeiras Flamotubulares

NBR 12313 jun/05 Sistemas de Combustão - Controle e Segurança para utilização de gas Eqtos em geral

NBR 13523 nov/08 Central de Gás Liquefeito de Petróleo Botijões de Gás Equipamentos com mais de 32 L de volume

NBR 15358 2008 Rede de distribuição interna para gases combustíveis em instalações industriais Projeto e execução

I S O 9398-4 1993 Esp. para Máq. de Lavar ind. Def. e testes de cap. e características de consumo Lavadoras 01:11 Pode ser aceita pelo acordo ABNT / I S O

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CÍRCULO DE SINNER

Importante na fase de Lavagem ou Processamento inicial da sujidade .

Umectação e enxágüe

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• Sabemos que os fatores mencionados e apontados no círculo são determinantes no processo de lavagem e guardam entre si relativa interdependência, sem guardar uma proporcionalidade direta.

• Também é muito importante o aspecto da diluição, pois a água é o elemento de transporte tanto dos produtos químicos ( melhorando a ação química ), como para o arraste das sujidades retiradas das fibras dos tecidos.

• Nesta fase de enxágüe e lavagem, os equipamentos envolvidos são as máquinas de lavar, que podem ser convencionais ou acopladas à ação centrífuga, sendo, neste caso, chamadas de lavadoras extratoras. Nos túneis de lavagem, a operação de lavagem e feita de forma contínua. É usado para grandes quantidades por hora de preferência de mesmo tipo de tecido e sujidade.

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EQUIPAMENTOS DE LAVAGEM• Para facilitar a fixação dos conceitos vamos trabalhar com quadros resumos

e classificar os equipamentos passo a passo.Quanto ao tipo de equipamento:

• Convencional: máquina simples dotada de um cesto interno que recebe um movimento rotativo reversível podendo ser do tipo horizontal com carregamento pela parte externa do cesto ou do tipo frontal com carregamento pela parte frontal do cesto. Neste caso o eixo do cesto estána parte traseira da máquina. No tipo horizontal os eixos de apoio encontram-se na parte lateral da máquina.

• Lavadora-Extratora: máquina que pode ser horizontal ou frontal (maioria dos casos) em que a operação de centrifugação é realizada no mesmo cesto de lavagem com flagrantes vantagens de tempo (não retirada da roupa molhada da máquina de lavar convencional e seu conseqüente transporte para a centrifuga) e redução de desgaste na roupa. É a máquina usual nos países mais adiantados onde a preocupação com segurança é muito grande.

• Túneis de Lavagem: equipamento destinado a processar grandes quantidades de roupa por dia (começa a ser economicamente rentável após 6 toneladas de roupa por dia). Tem operações automáticas e em série reduzindo sensivelmente a quantidade de roupa transportada entre os processos e obtendo uma produção mais homogênea que a dos processos convencionais pela maior precisão na conservação dos parâmetros envolvidos na lavagem.

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Vantagens da Lavadora Extratora• Diminui a mão de obra, uma vez que não é necessário retirar a roupa da lavadora ,

colocar no carrinho, retirar do carrinho e colocar na centrífuga.• Reduz o consumo de água, reduzindo o numero de enxágües pelo uso das

centrifugações intermediárias após a lavagem com detergente.• Reduz o tempo de processo reduzindo enxágües.• Reduz os custos de manutenção, porque temos um equipamento ao invés de dois.• Reduz o espaço físico ocupado eliminando as centrífugas.• Melhora o aspecto visual alinhando as Lavadoras Extratoras, eliminando as centrífugas,

eliminando a água que cai no chão durante o transporte da roupa da lavadora ate a centrífuga, diminui o numero de carrinhos estacionados próximos as centrífugas , etc….

• A redução de peso dos carrinhos que transportam roupas úmidas centrifugadas e não molhadas, permite revestir o chão da lavanderia com pisos mais leves.

• Muitos acidentes ocorrem durante a operação das centrífugas e quando o chão ao redor das mesmas esta molhado. Devido ao auto balanceamento da carga nas Lavadoras Extratoras, não é necessária nenhuma intervenção manual durante o processo de centrifugação. Obs. O maior número de acidentes em uma lavanderia ( 90 % ) ocorre com centrífugas .

• Como o processo de centrifugação é incorporado num mesmo equipamento, o tempo de carga e descarga nas centrífugas é eliminado agilizando o processo.

• A descarga em uma lavadora extratora é facilitada pela posição da porta de descarga e pelo fato das roupas estarem pouco úmidas. Muitas roupas são danificadas durante a descarga em lavadoras convencionais, porque as roupas tem umidade residual alta , estão pesadas e na maior parte das vezes entrelaçadas.

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PARÂMETROS PARA ANÁLISE DE MÁQUINAS DE LAVAR

Volume do Cesto = V• Fator importante pois quando comparamos 2 equipamentos diferentes

devemos estabelecer um ponto fixo de análise para estabelecer qual tem o melhor custo-benefício.

• V = O,785 x D x D x L Onde:• D = diâmetro do cesto • L = comprimento do cesto• Obs.: Adotando-se as medidas D e L em dm (decímetros) teremos o volume

(V) direto em litros ou dm3.Fator de Carga = FC• Valor consagrado na prática e adotado pela ABNT, tem os seguintes valores

usuais:• F = 10 ou 12 dm3 por kg de roupa seca para lavagem de roupas de algodão

decatizado ( confome I S O 9398-4 e FC otimizado em 1:11 ) usado para Iavadoras convencionais e lavadoras-extratoras, 1 : 10 com divisão interna e 1:12 para máquinas sem divisão interna .

• O Importante é se fixar um parametro para comparação adequada dos equipamentos e desta forma analisar seu desempenho !

Comparemos alhos com alhos e não com bugalhos !!!

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Capacidade de carga da máquina = C

• É a relação entre o volume da máquina (real) e o fator de carga (adotado). Determina quanto se pode lavar eficientemente de maneira geral com o equipamento analisado. É claro que também éimportante o número de batedeiras, sua localização, altura, forma construtiva (cantos arredondados ou cantos retos) etc.

C = VF

Onde: V = Volume do cesto interno e F = Fator de carga

• Também é importante lembrar que os melhores resultados de lavagem serão obtidos com adoção de relações de banho adequadas.

Relação de Banho = RB Valores de referencia : devem estar de acordo com seu processo químico.

• RB = 3 a 4:1 - nível de água baixo - lavagem de roupas ( em alguns processos chega a ser de 3:1, ou seja, 3 litros de água por Kg de roupa lavada )

• RB = 5 a 6:1 - nível de água médio - alvejamento, amaciamento e engomagem• RB = 7 a 8:1 - nível de água alto – enxágüe

Velocidade Periférica Ideal = VPI

VPI = p x D x RPM60

Onde:p = 3,1415 D = Diâmetro em metros RPM = Rotações por minuto• Usando-se os valores acima teremos a VPI em metros por segundo (m/s). • Os valores práticos ideais para a VPI situam-se entre 1,0 e 1,5 m/s. • Menor que 1,0 a roupa rola no cesto , Maior que 1,5 a roupa tende a colar no cesto ! • Este é outro dado que pode e deve ser checado na hora da compra do equipamento.

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PERGUNTA FREQUENTE :

• Quanto gasta de água a sua lavadora ?

• Respondo : Sei lá !!!

• Se desligada não gasta nada !!!

• A verdade é que quem determina o consumo de água em um processamento de roupa é o processo químico de lavagem , cujo número de etapas depende do tipo de tecido, tipo de sujidade , disponibilidade ou não de temperatura , tipo de produto químico usado , níveis de banho adotados , quantidade de roupa colocada no cesto , ou seja uma série enorme de variáveis ! É irresponsável o fabricante ou vendedor que publica um valor de consumo e não leva em consideração os aspectos acima .

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FATOR G

Cálculo de Fator G

RPM = no. de rotações por minuto na extração finalD = diâmetro do cesto em mmFator G = ( rpm x rpm x D )

1.790.500 Exemplo : Valor da RPM 700Valor de D em mm 1.250O Fator G será 342

Válido para Lavadoras extratoras e centrífugas ou extratoras

Quanto maior o Fator G maior será a retirada da umidade da roupa e conseqüentemente maior será a economia na secagem ou

calandragem da roupa !

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Tipo de cesto interno (3 divisões) – Portas na lateral do cesto

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Tipo de cesto interno (3 divisões) – Portas localizadas na chapa perfurada

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Tipo de cesto interno (2 divisões) – Portas na lateral do cesto

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Tipo de cesto interno (2 divisões) – Portas localizadas na chapa perfurada

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Procedimentos que devem ser seguidos no carregamento de lavadoras extratoras

• Em função do elevado número de problemas que comumente verificamos no carregamento de lavadoras extratoras listamos abaixo alguns procedimentos que devem ser observados para manter a condição operacional adequada destes equipamentos .

• Por ser um equipamento que irá ter um movimento giratório com elevado numero de rotações por minuto e por sujeitar o conjunto eixo/cesto a uma força G também bastante elevada , é fundamental que as cargas estejam em condição de ser bem distribuídas no cesto interno durante a chamada velocidade de distribuição ou drenagem , de tal forma que não fiquem acumuladas em pontos do cesto interno provocando desbalanceamento .

• A melhor forma de se ter a certeza de que não haverá desbalanceamento durante a extração é a de se carregar a lavadora com roupas de mesmo tipo de tecido e peso .

• É importante frisar que provavelmente a operação mais importante da lavanderia é a separação de roupas pois ela irá determinar carregamentos , processos e as subseqüentes operações de secagem e calandragem .

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LAVADORAS DE CESTO DE UMA CAMARA SÓ :• O carregamento deve ser feito com roupas de mesmo tipo de tecido e mesma gramatura por m2.

Desta forma não devemos carregar lençóis com toalhas , pisos com toalhas de mesa , toalhas de mesa com guardanapos de tecidos diferentes , etc., etc.

• Com relação a carga em kg , somos sempre perguntados se uma lavadora de 60 Kg , por exemplo , pode lavar 30 kg de roupa . Lembramos que os fabricantes produzem lavadoras dentro de uma variedade de capacidades tal, que a grade de lavadoras a compor uma lavanderia , deve levar em conta as quantidades de roupa que serão recebidas por período e por tipo de roupa a ser lavada . Esta é a razão da maior parte dos fabricantes ter em seu rol de equipamentos , lavadoras de 10 , 15 , 20 , 30 , 50 , 60 , 100 , 120 ,etc. , ou seja um tipo de lavadora para cada tipo de necessidade do operador da lavanderia .

• De uma maneira geral uma lavadora deve trabalhar sempre dentro de sua capacidade nominal . Devemos lembrar que todas as lavadoras tem sua capacidade determinada levando-se em conta o fator de carga , para uso com roupas de puro algodão , conforme norma ISO . É preferível que a lavadora trabalhe um pouco acima de sua capacidade nominal , que com quantidade de roupas menores que pelo menos 75 % de sua capacidade nominal . Desta forma uma lavadora de 60 Kg NUNCA deveria trabalhar com menos de 45 Kg .

• Como tecidos de poliéster / algodão tem fibras sintéticas que não se encharcam , a capacidade de carga de uma lavadora de 60 kg , por exemplo , para este tipo de fibra , deverá ter sua capacidade diminuída para até 65 % de sua capacidade nominal, ou seja aproximadamente 40 kg .

• A razão disto é o fato de que as roupas de poliéster / algodão terem um volume maior que as roupas de algodão quando encharcadas de água .

• Portanto em uma lavadora de cesto só , devemos fazer uma boa separação inicial das roupas a serem lavadas , por tipo de tecido , por tipo de sujidade , por tipo de gramatura , etc., para que nossa lavagem não só seja eficiente e de menor custo ( já que se lavarmos 30 kg de roupa em uma lavadora de 60 Kg , volumes de água e concentração de produtos químicos deverão ser ajustados para menores volumes ) mas também seja de menor impacto negativo no equipamento em si , pois desbalanceamentos provocam danos aos equipamentos .

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LAVADORAS COM 2 ou 3 CAMARAS NO CESTO ( tanto hoteleiras , quanto hospitalares ou industriais)

• Estas lavadoras requerem maior cuidado no carregamento , pois cargas inadequadas em cada cesto provocam imediato desbalanceamento .

• NÃO SE DEVE MISTURAR ROUPAS DE PESOS ESPECÍFICOS DIFERENTES EM HIPÓTESE ALGUMA !!

• Cuidado especial deve ser tomado na lavagem de felpas e campos cirúrgicos , pois estas peças notadamente são enviadas para a lavanderia molhadas .

• Como não se pode correr o risco de se ter uma carga pesada de 50 kg em um cesto ( carga esta originariamente molhada , contendo portanto um numero menor de peças que uma carga de 50 kg de felpas secas por exemplo ) nossa forte recomendação é a de que se contem as peças de mesmo tipo a serem colocadas em cada camara , evitando-se assim fazer um carregamento desbalanceado .

• Pode ser um procedimento cansativo , porem é o único que irá salvaguardar o seu equipamento de um dano mecânico grave , já que o desbalanceamento excessivo acaba danificando rolamentos , caixas de mancal , correias e principalmente componentes elétricos e eletrônicos .

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• Caso tenhamos um mix de peças que não pode esperar , um procedimento que requer cuidado e atenção , e que dentro da capacidade final do equipamento , pode ser utilizado é o seguinte :

• Se tivermos uma lavadora com 2 câmaras , com capacidade nominal de 100 Kg , ou seja capacidade por câmara de 50 Kg cada , e tivermos uma quantidade de por exemplo 90 kg de roupa a ser lavada , porem composta de roupas de mesmo tecido e mesma dimensão , podemos dividir a carga como abaixo , LEVANDO-SE EM CONTA O NUMERO DE PEÇAS QUE SERÃO COLOCADOS EM CADA CAMARA E NÃO O PESO :

• Com esta distribuição , teremos a certeza de que o volume de roupa em cada câmara , bem como o peso em cada câmara vai ser o mesmo , não provocando desbalanceamento em cada centrifugação .

• O fato de se contar peças e não peso , é para evitar a influencia da umidade retida em cada peça .

• Levando-se estes pontos em conta teremos equipamentos que irão trabalhar de forma mais adequada e com menor risco de problemas mecânicos e de operação.

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Qtde Total Qtde Total CAMARA 1 CAMARA 2

Em kg Em peças Em numero de peças

Em numero de peças

Lençois 60 100 50 50

Toalhas de Banho 20 40 20 20

Pisos 10 40 20 20

Total 90 180 90 90

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Conceito do Quilo Equivalente

• Como as fibras sintéticas não absorvem umidade e como a capacidade nominal de carga da lavadora e da secadora , levam em consideração tecidos 100 % algodão , quando se trabalha com fibras sintéticas há que se fazer um ajuste da carga efetivamente colocada no equipamento . Há muitos anos , fabricantes americanos fazem menção a isto de forma direta .

• Em razão disto sugerimos uma formula de cálculo para que se faça o dimensionamento correto da lavanderia usando-se a informação da composição do material que será lavado na mesma . Hoje uma grande parte dos hospitais e hotéis trabalham com lençóis 50%/50% e com toalhas 90 % de algodão e 10 % de poliester. Vide tabela a seguir .

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Cálculo de quilos equivalentes em função da ocupação maior de volume

de tecidos mistos

Tipo de Tecido nas peças a serem

processadas

Capacidade do

cesto

% da roupa a ser processada por tipo de

tecido

Capacidade equivalente

necessária

Tecido 100 % algodão decatizado 100% 0 0

Tecido 90 % algodão / 10 % poliester 90% 50 56

Tecido 80 % algodão / 20 % poliester 85% 0 0

Tecido 70 % algodão / 30 % poliester 80% 0 0

Tecido 65 % algodão / 35 % poliester 75% 0 0

Tecido 50 % algodão / 50 % poliester 65% 50 77

Tecido 35 % algodão / 65 % poliester 60% 0 0

Tecido 100 % poliester 50% 0 0

Total 100132

Capacidade de carga a ser processada por dia 1.500

Capacidade em quilos equivalentes para cálculo da capacidade nominal de

equipamentos de lavagem 1.987

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Observação:

O número obtido na planilha de cálculo de kg equivalentes nada tem a ver com o tempo de lavagem de roupas.

Em uma planilha de dimensionamento, esse número deve ser usado como base da necessidade de lavagem.

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PLANILHA EXEMPLO

Número de turnos por dia 2

Número de horas por turno 6

Eficiência considerada 90%

Número de horas úteis por dia 10,8

Tempo de processo considerando inclusive carga e descarga (minutos)

75

Número de ciclos por hora 0,80

Número de ciclos por dia 8,6

kg à serem processados por hora para atingir a produção acima indicada

184

Kg de equipamentos para atender a demanda acima (fator de carga 1:10)

230

A distribuição desses equipamentos poderia ser 2 la vadoras de 120 kg ou 1 lavadora de 120 kg + 1 lavadora de 60 kg (desd e é claro que tenham carga efetiva e fator de carga 1:10)

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BALANÇA

Elemento Fundamental de uma lavanderia

Determina a eficiência de lavagem Exemplo Máquina de 100 kg de capacidade para algodão tem capacidade

para 65 a 70 kg de poliester / algodão , pois o poliester é uma fibra sintética e não se encharca de água!! Portanto na lavadora , ocupa mais espaço . Se colocarmos 100 kg de poliester a ação mecanica vai ficar comprometida . Lembrar que por norma I S O as máquinas tem sua capacidade nominal determinada para 100 % algodão .

Alternativa Pesagem inicial de cada tipo de roupa e uso do critério de numero de

peças por processo . Excelente para lavadoras extratoras !!

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SECADORAS 1º. Fator Importante para análise de desempenho de secadoras .

Fator de Carga : Cálculo identico ao da lavadora , somente que por norma o indicado é 1:25 . Importante para comparar secadoras ditas de mesma capacidade real .

Exemplo Secadora A com cesto de 650 l de capacidade dita pelo fabricante,

de 30 kg de capacidade .Capacidade Real = 650 / 25 = 26 kgSecadora B com cesto de 900 l de capacidade dita pelo fabricante , de

30 kg de capacidadeCapacidade Real = 900 / 25 = 36 kg Diferença entre os equipamentos = 36 / 26 = 38 , 5 % !!!! Na capacidade

de carga !!Não se pode comparar um com outro a não ser com ajuste de dados .

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2º. Fator - Potencia Térmica do secador

• Ou tem ou não tem ! • A energia térmica é usada para evaporar a água

ou umidade retida nas fibras !• Não se faz milagre com energia . A queima por

exemplo do gás , precisa ser muito bem balanceada com o Oxigenio do Ar , para se ter combustão azulada , o que significa uma queima completa sem excesso de Monóxido ou dióxido de carbono que vão danificar as fibras e dar mal aspecto à roupa .

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3º. Fator – Exaustão

O volume do cesto e a potencia térmica pouco valem se não retirarmos a umidade de dentro do cesto da secadora .

Para tal é importante se captar ar fresco para passar pelo trocador de calor , seja ele a vapor ( serpentinas ) elétrico (resistencias ) ou a gás ( queimador atmosférico ou de pressão)

Qualquer que seja o trocador o ar deve estar isento de felpas para não queimar ( gas ) ou se acumular nas aletas dos trocadores a vapor ou elétricos .

MANTER OS FILTROS INTERNOS LIMPOS é CONDIÇÃO “ Sine qua non” para se manter a eficiencia do secador sempre

perto de 100 %

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Calandragem

• Destina-se a preparar tecidos para a fase de acabamento. Utilizam-se nesta fase as calandras e os tecidos a serem processados são normalmente lisos e sem detalhes (exemplo: lençóis, toalhas de mesa e fronhas, campos cirúrgicos em alguns casos , etc).

• As calandras são máquinas constituídas de rolos aquecidos onde o calor e a exaustão forçada de ar, secam as peças de forma rápida e eficiente.

• As formas de energia utilizadas são normalmente:• vapor saturado seco• eletricidade• gás • fluído térmico ( a melhor em nossa opinião pela

homogeneidade da temperatura ! )

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O que esperamos de um calandra ?

• Evaporação da umidade

• Acabamento adequado sem rugas ou riscos

• Detalhes a serem observados

• A calha deve estar limpa e lisa para não causar empecilhos àpassagem do tecido ! Devemos “ parafinar “ a calha tantas vezes quanto for necessário . Uma forma boa é medir o aumento da corrente elétrica do motor . Quanto mais resistência , maior a corrente elétrica . Lixar a calha com Scotch Brite Marrom .

• Se de rolo aquecido ( tipo MONOROL ) deve estar com as correias bem esticadas para garantir pressão do lençol sobre o rolo e desta forma a melhor transferência térmica .

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PARÂMETROS PARA ANÁLISE DE CALANDRAS

Consumo de energia por kg de água evaporada .

• Os fabricantes indicam normalmente o consumo de kg de vapor, gás ou KW por hora, o que permitirá fazer a análise devida. Devemos checar com o fabricante a quantidade de água evaporada por unidade de energia térmica consumida .

• Normalmente a produção é indicada em m2/h ou kg/h ; em qualquer caso devemos ter em mente o tipo de tecido que estaremos calandrando e seu comportamento no equipamento.

A capacidade dependera dos seguintes fatores:

• ângulo de contato entre a calha e o rolo• pressão exercida entre a calha e o rolo• velocidade do rolo• número de rolos• eficiência na transmissão de calor• velocidade da bomba de fluído térmico, neste caso de combustível• pressão do vapor, neste caso específico• alimentação de gás adequada• grau de umidade da roupa a ser calandrada

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Para se calcular a capacidade em m 2 por hora, precisamos conhecer a velocidade periférica do rolo .

• Velocidade Periférica = Π x D x RPM = VP ( velocidade medida em m/s )• 60Onde:• Π = 3,1415• D = diâmetro do rolo em metros• RPM = rotações por minuto do rolo• Tendo a largura ( L ) em metros do rolo teremos então:• Capacidade Produção da Calandra = VP (rolo) x L (m 2/s)

• Observação:• Multiplicando-se por 3.600 teremos a produção em m 2/hora. Devemos lembrar da

superposição de lençóis na passagem e ao mesmo temp o o fato de que não se usa todo o comprimento do rolo . Normalmente , na prática cons ideramos o valor de 60 % como produção estimada esperada.

• Tecidos com maior porcentagem de poliéster, retêm menos água na centrifugação e tenderão a uma secagem mais rápida. Neste caso, a produção da calandra se calculada origináriamente para tecidos de algodão aumenta si gnificativamente. O mesmo princípio éválido para os secadores.

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ALGUNS EXEMPLOS REAIS DE UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

HOSPITAL A ( Em São Paulo )

• Capacidade instalada em kg (Equiptos de lavagem) = 1.640kg

• No. de turnos = 3• No. de dias por mês = 30 • No. de horas / mês disponíveis 30 x 24 = 720• cap. inst. x No. de horas disponíveis=720 x 1.640 = 1.180.800• No. de kg lavados por mês = 350.000• índice de utilização do equipamento

350.000_ = 0,29651.180.800

• ou seja 0,2965 kg de roupa lavada por hora disponível por kg de equipamento instalado

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HOSPITAL B ( Em São Paulo )

• Capacidade instalada em kg (Equiptos de lavagem) = 490kg• No. de turnos 1 (extendido)• No. de dias por mês 24 / 25• (sábado 1/2 período) (domingo não funciona)• No. de horas/mês disponíveis = 220• cap. inst. x nº de horas disponíveis = 220 x 490 = 107.800• No. de kg lavados por mês = 98.000• índice de utilização do equipamento

98.000 = 0,909107.800

• ou seja 0,909 kg de roupa lavada por hora disponível por kg de equipamento instalado

• Razões para tal

• Processos mais curtos• Menor Intervenção do Operador• Equipamento mais confiável

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Eng. Walter Stort Junior

Consultor para assuntos de lavanderia e uso de vapor

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