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 Análise do Desempenho – 4T10

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Anlise do Desempenho 4T10

Este relatrio faz referncias e declaraes sobre expectativas, sinergias planejadas, estimativas de crescimento, projees de resultados e estratgias futuras sobre o Banco do Brasil, suas subsidirias coligadas e controladas. Embora essas referncias e declaraes reflitam o que os administradores acreditam, as mesmas envolvem imprecises e riscos difceis de se prever, podendo, desta forma, haver resultados ou consequncias diferentes daqueles aqui antecipados e discutidos. Estas expectativas so altamente dependentes das condies do mercado, do desempenho econmico geral do pas, do setor e dos mercados internacionais. O Banco do Brasil no se responsabiliza em atualizar qualquer estimativa contida neste relatrio. As tabelas e grficos deste relatrio apresentam os nmeros financeiros, arredondados, em R$ milhes. As colunas de variao presentes neste relatrio usam como base os valores financeiros e no os nmeros arredondados em R$ milhes. O arredondamento utilizado segue as regras estabelecidas pela Resoluo 886/66 da Fundao IBGE: caso o ltimo algarismo for igual ou superior a 5, aumenta-se em uma unidade o ltimo algarismo a permanecer; caso o ltimo algarismo for inferior a 5, fica inalterado o ltimo algarismo a permanecer. As variaes, tanto percentuais quanto nominais, foram calculadas utilizando nmeros em unidades.

SumrioSumrio ............................................................................................................................................... 2 ndice de Tabelas ................................................................................................................................ 4 ndice de Figuras ................................................................................................................................. 7 Apresentao ...................................................................................................................................... 9 Sumrio do Resultado ....................................................................................................................... 11 1 - Ambiente Econmico .................................................................................................................. 22 2 - Papis do BB .............................................................................................................................. 28 2.1 Aes ....................................................................................................................................... 28 2.2 Bnus....................................................................................................................................... 33 2.3 Performance das Aes .......................................................................................................... 34 3 - Governana Corporativa............................................................................................................. 38 4 - Informaes teis ....................................................................................................................... 40 5 - Demonstraes Contbeis Resumidas ...................................................................................... 42 5.1 Balano Patrimonial Resumido ............................................................................................... 42 5.2 Demonstrao Resumida do Resultado Societrio................................................................. 44 5.3 Demonstrao do Resultado com Realocaes ..................................................................... 45 5.3.1 Abertura das Realocaes............................................................................................... 46 6 - Anlise Patrimonial ..................................................................................................................... 50 6.1 Composio Patrimonial.......................................................................................................... 50 6.2 Anlise dos Ativos ................................................................................................................... 51 6.3 Carteira de Ttulos ................................................................................................................... 52 6.4 Crdito Tributrio ..................................................................................................................... 53 6.5 Carteira de Crdito .................................................................................................................. 54 6.5.1 Carteira de Crdito Pessoa Fsica.................................................................................... 56 6.5.2 Carteira de Crdito Pessoa Jurdica................................................................................ 58 6.5.3 Carteira de Crdito de Agronegcios............................................................................... 61 6.6 Anlise dos Passivos............................................................................................................... 72 6.7 Anlise da Liquidez.................................................................................................................. 74 6.8 Captaes de Mercado............................................................................................................ 75 6.8.1 Captaes no Exterior...................................................................................................... 76 7 - Anlise do Resultado .................................................................................................................. 77 7.1 Margem Financeira Bruta ........................................................................................................ 77 7.1.1 Anlise das Aplicaes..................................................................................................... 80 7.1.2 Anlise das Captaes..................................................................................................... 84 7.1.3 Anlise Volume e Taxa.................................................................................................... 85 7.2 Proviso para Risco de Crdito ............................................................................................... 87 7.2.1 Carteira de Crdito de Varejo........................................................................................... 91 7.2.2 Carteira de Micro e Pequenas Empresas......................................................................... 94 7.2.3 Carteira de Crdito Comercial.......................................................................................... 95 7.2.4 Carteira de Crdito de Agronegcios............................................................................... 96 7.2.5 Carteira de Crdito para o Comrcio Exterior................................................................. 100 7.2.6 Carteira de Crdito no Exterior e Demais....................................................................... 101 7.3 Receitas de Prestao de Servios....................................................................................... 102 7.3.1 Receitas com Tarifas de Conta Corrente........................................................................ 103 7.3.2 Administrao de Recursos de Terceiros....................................................................... 104 7.3.3 Cartes........................................................................................................................... 106 7.3.4 Cobrana.........................................................................................................................108 7.4 Despesas Administrativas ..................................................................................................... 109 7.4.1 Despesas de Pessoal..................................................................................................... 110 7.4.2 Outras Despesas Administrativas................................................................................... 111 7.4.3 Rede de Distribuio....................................................................................................... 112 7.4.4 Canais Automatizados.................................................................................................... 115 7.5 Resultado Operacional .......................................................................................................... 117 7.6 Indicadores de Produtividade ................................................................................................ 121

8 - Gesto de Riscos...................................................................................................................... 124 8.1 Gesto dos Riscos................................................................................................................. 124 8.1.1 Riscos de Mercado......................................................................................................... 124 8.1.2 Risco de Liquidez............................................................................................................ 134 8.1.3 Risco de Crdito..............................................................................................................137 8.1.4 Risco Operacional........................................................................................................... 141 8.2 Estrutura de Capital ............................................................................................................... 143 8.2.1 Patrimnio Lquido......................................................................................................... 143 8.2.2 Capital Regulatrio......................................................................................................... 144 8.2.3 Capital Econmico.......................................................................................................... 150 9 - Desempenho Socioambiental ................................................................................................... 152 10 - Investimentos Estratgicos ....................................................................................................... 153 10.1 Informaes .......................................................................................................................... 153 10.2 Resultado com Seguros, Previdncia e Capitalizao......................................................... 154 10.3 Movimentos Estratgicos ..................................................................................................... 162 10.3.1 Banco Votorantim...................................................................................................... 162 10.3.2 Atuao no Estado de So Paulo.............................................................................. 172 10.3.3 Internacionalizao.................................................................................................... 174 10.3.4 Negcios em Curso................................................................................................... 176 11 - Srie de Demonstraes Contbeis ......................................................................................... 179 11.1 Balano Patrimonial Resumido ............................................................................................ 179 11.2 Demonstrao Resumida do Resultado Societrio.............................................................. 181 11.3 Demonstrao do Resultado com Realocaes .................................................................. 182

ndice de TabelasTabela 1. Principais Itens Patrimoniais .....................................................................................................12 Tabela 2. Carteira de Crdito ....................................................................................................................13 Tabela 3. DRE com Realocaes Principais linhas ...............................................................................14 Tabela 4. Principais Indicadores do Resultado .........................................................................................14 Tabela 5. MFB por linha de negcio .........................................................................................................15 Tabela 6. Spread Anualizado ....................................................................................................................16 Tabela 7. Indicadores de Qualidade da Carteira de Crdito.....................................................................16 Tabela 8. Despesas de PCLD sobre Carteira de Crdito .........................................................................17 Tabela 9. Rendas de Tarifas e Resultado de Operaes com Seguros...................................................17 Tabela 10. Despesas Administrativas Base de Comparao Proforma ................................................18 Tabela 11. Itens Extraordinrios ...............................................................................................................19 Tabela 12. Guidance 2010 ........................................................................................................................20 Tabela 13. Guidance 2011 ........................................................................................................................21 Tabela 14. Principais Indicadores Econmicos ........................................................................................27 Tabela 15. Quantidade de Acionistas antes e aps Oferta de Aes ......................................................29 Tabela 16. Composio Acionria ............................................................................................................30 Tabela 17. Distribuio dos Dividendos/JCP ............................................................................................30 Tabela 18. Acionistas por Faixa de Aes ................................................................................................31 Tabela 19. Composio dos Bonistas C ...................................................................................................33 Tabela 20. Sries de Bnus C ..................................................................................................................33 Tabela 21. Diluio Esperada do Capital ..................................................................................................33 Tabela 22. Informaes teis ...................................................................................................................40 Tabela 23. Balano Patrimonial Resumido Ativo ...................................................................................42 Tabela 24. Balano Patrimonial Resumido Passivo ..............................................................................43 Tabela 25. Demonstrao Resumida do Resultado Societrio ................................................................44 Tabela 26. Demonstrao do Resultado com Realocaes .....................................................................45 Tabela 27. Realocaes - Outras Receitas/Despesas Operacionais .......................................................47 Tabela 28. Previ Total da Contabilizao na Demonstrao com Realocaes ...................................48 Tabela 29. Efeitos Fiscais e PLR sobre Itens Extraordinrios ..................................................................49 Tabela 30. Composio dos Ativos...........................................................................................................51 Tabela 31. Carteira de Ttulos por Categoria ............................................................................................52 Tabela 32. Carteira de Ttulos por Prazo - Valor de Mercado ..................................................................52 Tabela 33. Abertura do Crdito Tributrio.................................................................................................53 Tabela 34. Crdito do SFN........................................................................................................................54 Tabela 35. Carteira de Crdito ..................................................................................................................54 Tabela 36. Carteira de Crdito Participao ..........................................................................................54 Tabela 37. Carteira de Crdito Ampliada ..................................................................................................55 Tabela 38. Carteira de Crdito Ampliada Participao %......................................................................55 Tabela 39. Carteira de Crdito Pessoa Fsica ..........................................................................................56 Tabela 40. Taxas e prazos mdios ...........................................................................................................57 Tabela 41. Carteiras Adquiridas ................................................................................................................57 Tabela 42. Carteira de Crdito Pessoa Jurdica .......................................................................................58 Tabela 43. Ttulos e Valores Mobilirios Privados Pessoa Jurdica ......................................................58 Tabela 44. ACC/ACE Volume Mdio por Contrato ...................................................................................59 Tabela 45. Produtos de Crdito de MPE...................................................................................................59 Tabela 46. Exportaes.............................................................................................................................62 Tabela 47. Participao do Brasil no Agronegcio Mundial......................................................................62 Tabela 48. Carteira de Crdito de Agronegcios por regio.....................................................................63 Tabela 49. Carteira de Crdito de Agronegcios por Destinao ............................................................64 Tabela 50. Carteira de Crdito de Agronegcios por linha de crdito ......................................................65 Tabela 51. Carteira de Crdito de Agronegcios por Item Financiado.....................................................65 Tabela 52. Recursos Contratados na Safra 10/11 por Porte do Cliente...................................................65 Tabela 53. Carteira de Agronegcios por Porte........................................................................................66 Tabela 54. Recursos Equalizveis da Carteira de Agronegcios .............................................................68 Tabela 55. Plano de Safra 2010/2011.......................................................................................................70

Tabela 56. Custeio Perfil das Contrataes...........................................................................................70 Tabela 57. Itens do Passivo ......................................................................................................................72 Tabela 58. Fontes e Usos .........................................................................................................................73 Tabela 59. Saldo da Liquidez....................................................................................................................74 Tabela 60. Captaes de Mercado ...........................................................................................................75 Tabela 61. Captaes no Exterior.............................................................................................................76 Tabela 62. Emisses no Exterior ..............................................................................................................76 Tabela 63. Margem Financeira Bruta........................................................................................................77 Tabela 64. Anlise de Volume (Ativos Rentveis) e Taxa Trimestral 3T10 e 4T10 ..............................78 Tabela 65. Margem Lquida de Juros e Margem de Lucro .......................................................................79 Tabela 66. Receitas de Operaes de Crdito Lquidas de Efeito Cambial (Res. 2.770) ........................80 Tabela 67. Spread Gerencial ....................................................................................................................81 Tabela 68. Resultado com Ttulos e Valores Mobilirios ..........................................................................82 Tabela 69. Saldos mdios das contas do BP e infor. sobre tx de juros Ativos Rentveis (trimestral) ..83 Tabela 70. Saldos mdios das contas do BP e infor. s/ tx de juros Ativos Rentveis (anual)...............83 Tabela 71. Saldos mdios das contas do BP e infor. sobre tx de juros Pass. Onerosos (trimestral) ...84 Tabela 72. Saldos mdios das contas do BP e infor. s/ tx de juros Pass. Onerosos ............................84 Tabela 73. Aumento e Reduo de juros (rec.e desp.) devido s variaes em Vol. e Taxa (trimestral)85 Tabela 74. Aumento e Red. de juros (rec.e desp.) devido s var. em Vol. e Taxa ..................................86 Tabela 75. Margem Financeira Lquida.....................................................................................................87 Tabela 76. Despesas de PCLD sobre Carteira de Crdito .......................................................................87 Tabela 77. Carteira de Crdito por Nvel de Risco ...................................................................................88 Tabela 78. ndices de Atraso.....................................................................................................................89 Tabela 79. Risco Mdio da Carteira..........................................................................................................90 Tabela 80. Carteira de Crdito de Varejo por Nvel de Risco ...................................................................91 Tabela 81. Movimentao da PCLD Varejo ...........................................................................................91 Tabela 82. Carteira de Crdito Micro e Pequenas Empresas...................................................................94 Tabela 83. Movimentao da PCLD MPE..............................................................................................94 Tabela 84. Carteira de Crdito Comercial por Nvel de Risco ..................................................................95 Tabela 85. Movimentao da PCLD Comercial .....................................................................................95 Tabela 86. Carteira de Crdito de Agronegcios por Nvel de Risco .......................................................96 Tabela 87. Movimentao da PCLD Agronegcios ...............................................................................96 Tabela 88. Operaes Prorrogadas e No-Prorrogadas do Agronegcio................................................97 Tabela 89. ndices da Carteira de Agronegcios ......................................................................................98 Tabela 90. Carteira de Crdito para o Comrcio Exterior por Nvel de Risco ........................................100 Tabela 91. Movimentaes da PCLD Comrcio Exterior.....................................................................100 Tabela 92. Carteira de Crdito no Exterior por Nvel de Risco ...............................................................101 Tabela 93. Carteira Banco Votorantim (50%) e Demais .........................................................................101 Tabela 94. Rendas de Tarifas .................................................................................................................102 Tabela 95. Fundos de Investimento e Carteiras Administradas por Clientes .........................................104 Tabela 96. Fundos de Investimento e Carteiras Administradas por Tipo ...............................................105 Tabela 97. Receitas Globais de Cartes.................................................................................................107 Tabela 98. Resultado Comercial .............................................................................................................109 Tabela 99. Despesas de Pessoal............................................................................................................110 Tabela 100. Outras Despesas Administrativas .......................................................................................111 Tabela 101. Rede de Distribuio ...........................................................................................................112 Tabela 102. Agncias do Pilar Atacado ..................................................................................................113 Tabela 103. Rede de Distribuio no Exterior ........................................................................................114 Tabela 104. Resultado Operacional........................................................................................................117 Tabela 105. Previ Contabilizao do Montante Reconhecido no Ajuste Semestral ............................118 Tabela 106. Outras Receitas Operacionais ............................................................................................118 Tabela 107. Outras Despesas Operacionais ..........................................................................................119 Tabela 108. Amortizao Acumulada .....................................................................................................119 Tabela 109. Intangvel .............................................................................................................................120 Tabela 110. ndices de Cobertura sem itens extraordinrios...............................................................121 Tabela 111. ndices de Eficincia sem itens extraordinrios ...............................................................122 Tabela 112. Balano em Moedas Estrangeiras ......................................................................................126 Tabela 113. VaR do BB Consolidado......................................................................................................129 Tabela 114. VaR da Rede Externa .........................................................................................................130

Tabela 115. VaR do grupo Trading Internacional ...................................................................................131 Tabela 116. VaR do grupo de Trading Domstico..................................................................................132 Tabela 117. Perfil de Repactuao das Taxas de Juros 31/12/2010 ..................................................133 Tabela 118. Concentrao da Carteira de Crdito nos 100 Maiores Tomadores ..................................139 Tabela 119. Concentrao da Carteira de Crdito dos 100 Maiores Tomadores % em relao ao PR 139 Tabela 120. Concentrao da Carteira de Crdito por Macrossetor ......................................................140 Tabela 121. Acompanhamento das perdas operacionais.......................................................................142 Tabela 122. Patrimnio Lquido ..............................................................................................................143 Tabela 123. ndice de Basileia Conglomerado Econmico-Financeiro ...............................................146 Tabela 124. Principais contas da parcela PEPR (Conglomerado Econmico-Financeiro) ....................147 Tabela 125. PRE para Risco de Mercado por Fator de Risco ................................................................147 Tabela 126. Capital alocado para risco operacional por linha de negcio .............................................147 Tabela 127. Mutaes do ndice de Basileia ..........................................................................................148 Tabela 128. ndice de Imobilizao.........................................................................................................149 Tabela 129. Capital Econmico ..............................................................................................................150 Tabela 130. Distribuio do Capital Econmico na Carteira de Crdito.................................................150 Tabela 131. VaR por fator de risco .........................................................................................................151 Tabela 132. Distribuio do Capital Econmico p/ Risco Operac., por Categ. de Eventos de Perda....151 Tabela 133. Participao no capital das empresas ................................................................................153 Tabela 134. Empresas de Seguros, Previdncia e Capitalizao ..........................................................155 Tabela 135. Demonstrao do Resultado por Ramo de Atuao ..........................................................156 Tabela 136. ndice de Seguridade Consolidado .....................................................................................158 Tabela 137. ndice de Seguridade por ramo ...........................................................................................159 Tabela 138. Destaques Operacionais do Grupo Seguridade .................................................................161 Tabela 139. Banco Votorantim Demonstrao Resumida do Resultado Societrio ...........................163 Tabela 140. Banco Votorantim Demonstrao do Resultado com Realocaes ................................164 Tabela 141. Banco Votorantim Realocaes (Prestao de Servios) ...............................................165 Tabela 142. Banco Votorantim Realocaes (Marcao a Mercado - MKT).......................................165 Tabela 143. Banco Votorantim Realocaes (Variao de Moedas) ..................................................166 Tabela 144. Banco Votorantim Principais Indicadores do Resultado ..................................................167 Tabela 145. Banco Votorantim Destaques Patrimoniais......................................................................168 Tabela 146. Banco Votorantim Carteira de Veculos ...........................................................................168 Tabela 147. Banco Votorantim Destaques Operacionais e Estruturais...............................................168 Tabela 148. Banco Votorantim Margem Lquida de Juros e Margem de Lucro - trimestral ................169 Tabela 149. Banco Votorantim Margem Lquida de Juros e Margem de Lucro - anual ......................169 Tabela 150. Banco Votorantim Carteira de Crdito por Nvel de Risco...............................................170 Tabela 151. Banco Votorantim ndices de Atraso................................................................................170 Tabela 152. Depsitos no Estado de So Paulo ....................................................................................172 Tabela 153. Operaes de Crdito no Estado de So Paulo .................................................................173 Tabela 154. Banco Patagonia Principais linhas do resultado ..............................................................175 Tabela 155. Banco Patagonia Destaques Patrimoniais.......................................................................175 Tabela 156. Banco Patagonia Destaques Operacionais e Estruturais ................................................175 Tabela 157. Banco Patagonia Indicadores de Rentabilidade, Capital e Crdito .................................175 Tabela 158. Reviso na Estrutura Societria..........................................................................................177 Tabela 159. Balano Patrimonial Ativo Srie .......................................................................................179 Tabela 160. Balano Patrimonial Passivo Srie ..................................................................................180 Tabela 161. Demonstrao Resumida do Resultado Societrio Srie................................................181 Tabela 162. Demonstrao do Resultado com Realocaes Srie ....................................................182

ndice de FigurasFigura 1. Lucro (R$ milhes) e RSPLM (%)..............................................................................................11 Figura 2. Lucro lquido por ao................................................................................................................11 Figura 3. Dividendos e Juros sobre Capital Prprio..................................................................................12 Figura 4. ndice de Basileia .......................................................................................................................18 Figura 5. Variao da Moeda Local em relao ao Dlar Americano: 30/09 a 31/12/2010 .....................22 Figura 6. Taxa de Cmbio Nominal (R$/US$) ..........................................................................................23 Figura 7. Inflao: IPCA ............................................................................................................................24 Figura 8. Criao Lquida de Empregos Formais (mil) .............................................................................25 Figura 9. Taxa Bsica de Juros (% ao ano) ..............................................................................................26 Figura 10. Distribuio da Oferta Pblica..................................................................................................28 Figura 11. Distribuio Geogrfica dos Investidores Institucionais ..........................................................29 Figura 12. Distribuio Total do Free Float ...............................................................................................31 Figura 13. Participao do Capital Estrangeiro no BB..............................................................................32 Figura 14. Aes do BB vs. Ibovespa Var. % em 12 meses..................................................................34 Figura 15. Participao BBAS3 no Ibovespa ............................................................................................35 Figura 16. Volume mdio financeiro da BBAS3 ........................................................................................35 Figura 17. Quantidade mdia negociada da BBAS3 ................................................................................36 Figura 18. ndices de Mercado..................................................................................................................37 Figura 19. Comits, Subcomits e Comisses de Nvel Estratgico........................................................38 Figura 20. Ativos Rentveis vs. Passivos Onerosos.................................................................................50 Figura 21. Composio dos Ativos............................................................................................................51 Figura 22. Participao do Agronegcio no PIB e no mercado de trabalho .............................................61 Figura 23. Balana Comercial (FOB) ........................................................................................................61 Figura 24. Produo vs. rea Plantada ....................................................................................................63 Figura 25. Carteira de Crdito de Agronegcios por Tipo de Pessoa ......................................................66 Figura 26. Carteira de Crdito de Agronegcios por Fonte de Recursos.................................................67 Figura 27. Receitas de Equalizao e Fator de Ponderao ...................................................................68 Figura 28. Seguro Agrcola e Proagro.......................................................................................................69 Figura 29. Percentual das operaes contratadas com mitigadores de risco ..........................................70 Figura 30. Relao Preo/Custo de soja e milho ......................................................................................71 Figura 31. Saldo da Liquidez.....................................................................................................................74 Figura 32. Participao de Mercado das Captaes do BB .....................................................................75 Figura 33. Evoluo do Spread.................................................................................................................79 Figura 34. Carteira de Ttulos e Valores Mobilirios por Indexador (Banco Mltiplo) ..............................82 Figura 35. Abertura das Provises............................................................................................................88 Figura 36. Inadimplncia 15 e 90 dias ......................................................................................................89 Figura 37. PCLD requerida/Op. Vencidas 90 dias BB x SFN (%) ........................................................90 Figura 38. Vintage trimestral .....................................................................................................................92 Figura 39. Vintage anual ...........................................................................................................................93 Figura 40. Vintage anual Carteira de Financiamento de Veculos Arena I .........................................93 Figura 41. Carteira do Agronegcio estratificada......................................................................................99 Figura 42. Base de Contas Corrente.......................................................................................................103 Figura 43. Administrao de Recursos de Terceiros ..............................................................................104 Figura 44. Cartes de Crdito e de Dbito..............................................................................................106 Figura 45. Faturamento de Cartes ........................................................................................................107 Figura 46. Volume Arrecadado com a Cobrana BB ..............................................................................108 Figura 47. Negcios vs. Despesas..........................................................................................................109 Figura 48. Evoluo do Quadro de Pessoal............................................................................................110 Figura 49. Distribuio da Rede de Agncias .........................................................................................113 Figura 50. Terminais de Autoatendimento ..............................................................................................115 Figura 51. Transaes por canal de atendimento - % ............................................................................116 Figura 52. ndices de Cobertura sem itens extraordinrios - % ...........................................................121 Figura 53. ndice de Eficincia sem itens extraordinrios....................................................................122 Figura 54. Outros Indicadores de Produtividade.....................................................................................123 Figura 55. Evoluo da Exposio Cambial em % do PR ......................................................................127

Figura 56. Composio dos Ativos e Passivos do BB no Pas ...............................................................128 Figura 57. Posio Lquida do BB Consolidado......................................................................................128 Figura 58. VaR do Consolidado BB ........................................................................................................129 Figura 59. VaR do Consolidado da Rede Externa ..................................................................................130 Figura 60. VaR do grupo Trading Internacional ......................................................................................131 Figura 61. VaR do grupo Trading Domstico..........................................................................................132 Figura 62. Reserva de Liquidez em Moeda Nacional .............................................................................135 Figura 63. Reserva de Liquidez Moeda Estrangeira............................................................................135 Figura 64. Indicador DRL ........................................................................................................................136 Figura 65. Mensurao e instrumentos de gesto ..................................................................................137 Figura 66. ndice de Basileia Conglomerado Econmico-Financeiro ..................................................148 Figura 67. Evoluo do Resultado de Seguridade..................................................................................158 Figura 68. ndice Combinado ..................................................................................................................160

ApresentaoO relatrio Anlise do Desempenho apresenta a situao econmico-financeira do Banco do Brasil (BB). Destinado a analistas de mercado, acionistas e investidores, com periodicidade trimestral, esta publicao aborda temas como o cenrio econmico, performance dos papis BB, prticas de governana corporativa e gesto de riscos. So analisados, separadamente, a estrutura patrimonial e o resultado. O leitor encontrar, ainda, tabelas com sries histricas de oito perodos do Balano Patrimonial Resumido, da Demonstrao Resumida do Resultado Societrio, da Demonstrao do Resultado com Realocaes e de outras informaes sobre rentabilidade, produtividade, qualidade da carteira de crdito, estrutura de capital, mercado de capitais e dados estruturais. Com base no pargrafo 55 da Deliberao CVM 600/2009, o Banco do Brasil decidiu adotar, a partir do encerramento do exerccio de 2009 e para os prximos anos, em bases consistentes e recorrentes, o reconhecimento mais rpido dos ganhos e perdas atuariais relativos ao Plano de Benefcios I (Plano I da Previ). O resultado da PREVI passou a ser considerado recorrente havendo o reconhecimento das receitas decorrentes do supervit em base trimestral. Para permitir a comparabilidade do resultado gerado em cada trimestre com os anteriores, as receitas da PREVI encontram-se segregadas em uma linha especfica na DRE com realocaes. Considerando a relevncia das transaes estratgicas anunciadas a partir do segundo semestre de 2008 (aquisies, incorporaes e parcerias), o detalhamento das principais informaes relacionadas s empresas vinculadas a negcios em curso e a transaes j efetivadas apresentado neste relatrio, evidenciando o impacto das transaes sobre os nmeros do BB. Destaca-se ainda que, a partir do 1T09, todas as demonstraes contbeis e anlises gerenciais desenvolvidas tm como base a viso Consolidado Econmico Financeiro, que prev a consolidao de todas as empresas pertencentes ao grupo econmico. At ento, o relatrio trazia a consolidao apenas das empresas financeiras. Informamos que, em favor da comparabilidade, os nmeros apresentados relativos a 2008 tambm respeitam a mesma viso. Com o objetivo de tornar esse relatrio mais conciso, o Banco do Brasil optou por migrar as informaes socioambientais para a internet, a partir do 3T10, alinhando-as iniciativa de divulgao do Relatrio Anual em meio eletrnico. Estas informaes, antes apresentadas no captulo 9, passaram a ser disponibilizadas em www.bb.com.br/ri, link "Governana Corporativa" no prazo de at trs semanas aps a divulgao do Resultado. O BB, em consonncia com o conceito de Triple Bottom Line e acreditando que esses dados colaboram para uma viso plena do desempenho corporativo, manter sua iniciativa pioneira entre os bancos brasileiros de divulgar trimestralmente esses dados. At o 4T09 as reavaliaes atuariais do Plano 1 da Previ eram classificadas como item extraordinrio. Naquele trimestre o item foi considerado extraordinrio no trimestre e recorrente no ano. A partir de 2010, as reavaliaes de ativos e passivos passaram a ser realizadas semestralmente, o que reduz a volatilidade sobre o resultado do BB. Dessa forma, todos os valores oriundos do supervit so considerados recorrentes desde ento. Excepcionalmente no 2T10, os valores referentes reavaliao semestral foram distribudos entre o primeiro e segundo trimestres, para fins de comparabilidade. Entretanto, aps consultas junto ao mercado, decidiu-se que os valores fariam parte do resultado recorrente do prprio trimestre da reavaliao. Ao final do relatrio as Demonstraes Contbeis e Notas Explicativas do trimestre em anlise so apresentadas. ACESSO ON-LINE A leitura do relatrio Anlise do Desempenho pode ser realizada no site de Relaes com Investidores do Banco do Brasil. Tambm so disponibilizadas maiores informaes sobre a Empresa, como: Governana Corporativa, notcias, perguntas frequentes e o Download Center, contendo verses deste relatrio para o aplicativo Adobe Reader. Informaes Gerais, Anlise Patrimonial e do Resultado, e Demonstraes Contbeis Completas; as sries histricas em Excel; apresentaes ao mercado;

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Relatrio Anual e de Responsabilidade Socioambiental; Balano Social; Teleconferncias dos Resultados e outras tambm esto disponveis no site. Banco do Brasil Relaes com Investidores bb.com.br bb.com.br/ri

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Sumrio do ResultadoBB lucra R$ 11,7 bilhes em 2010Em 2010 o lucro lquido totalizou R$ 11.703 milhes, mostrando crescimento de 15,3% sobre o ano de 2009. O RSPL acumulado em 2010 foi de 27,0%. Em bases recorrentes o resultado de 2010 alcanou R$ 10.664 milhes, apresentando evoluo de 25,4% sobre 2009. O retorno recorrente sobre o patrimnio lquido foi de 24,6%. O Banco do Brasil registrou lucro lquido de R$ 4.002 milhes no quarto trimestre, resultado 3,7% inferior ao apurado no mesmo perodo de 2009. Esse desempenho corresponde a retorno anualizado sobre o patrimnio lquido mdio (RSPL) de 36,6%. Desconsiderados os efeitos extraordinrios, o lucro recorrente chegou a R$ 3.704 milhes no trimestre, crescimento de 43,7% sobre o 3T10 e de 103,6% sobre o verificado no 4T09. O RSPL recorrente foi de 33,6%.56,8 28,0 24,2 31,5 26,5 36,6 33,6 30,7 25,8

25,9 22,8

26,2 25,7

27,0 24,6

22,5

11.703 10.148 10.664 8.506 4.155 1.979 1.764 1.819 2.725 2.056 2.351 2.327 2.578 2.625 4.002

3.704

3T09

4T09 Lucro Recorrente

1T10

2T10 Lucro Lquido

3T10 RSPLM - %

4T10

2009

2010

RSPLM Recorrente - %

Figura 1. Lucro (R$ milhes) e RSPLM (%)

Lucro lquido por ao de R$ 4,32 em 2010Em 2010 o lucro lquido por ao alcanou R$ 4,32, valor 9,3% superior ao observado em 2009. No comparativo trimestral, o lucro lquido por ao registrou R$ 1,43, 55,5% superior ao lucro lquido por ao do 3T10.

4,32 3,95

1,62 0,77 3T09 4T09 0,92 1,06 0,92

1,43

1T10

2T10

3T10

4T10

2009

2010

Figura 2. Lucro lquido por ao

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40% do lucro lquido distribudo aos acionistasO Banco do Brasil manteve a prtica de distribuir 40% do lucro lquido a seus acionistas (payout). No trimestre foram destinados R$ 917,4 milhes a ttulo de dividendos e R$ 685,8 milhes a ttulo de juros sobre capital prprio (JCP).4.706 4.059 2.201 2.302

1.662 791 315 1.184 962 444 1.090 565 1.050 376

1.603 917

2.403 1.858

476 3T09

478 4T09

518 1T10

525 2T10

674 3T10

686 4T10 2009 2010

Juros sobre Capital Prprio (R$ milhes)

Dividendos (R$ milhes)

Figura 3. Dividendos e Juros sobre Capital Prprio

BB consolida liderana do Sistema Financeiro com R$ 811 bilhes em ativosO Banco do Brasil alcanou R$ 811.172 milhes em ativos totais ao final de dezembro, crescimento de 14,5% em relao a dezembro de 2009 e de 1,8% sobre o final do trimestre anterior. As carteiras de crdito e de ttulos e valores mobilirios mantiveram a tendncia de expanso, registrando crescimento respectivamente de 5,5% e 4,6% sobre o trimestre anterior.

Tabela 1. Principais Itens PatrimoniaisVar. % R$ milhes Ativos Totais Carteira de Crdito Ttulos e Valores Mobilirios Aplicaes Interfinanceiras de Liquidez Depsitos Vista de Poupana Interfinanceiros a Prazo Captaes no Mercado Aberto Patrimnio Lquido Dez/09 708.549 300.829 124.337 168.398 337.564 56.459 75.742 11.619 193.516 160.821 36.119 Set/10 796.815 339.826 137.595 135.300 348.336 59.018 85.703 11.216 192.042 165.594 48.204 Dez/10 811.172 358.366 143.867 107.579 376.851 63.503 89.288 18.998 204.652 142.175 50.441 s/Dez/09 14,5 19,1 15,7 (36,1) 11,6 12,5 17,9 63,5 5,8 (11,6) 39,6 s/Set/10 1,8 5,5 4,6 (20,5) 8,2 7,6 4,2 69,4 6,6 (14,1) 4,6

Crdito supera R$ 388 bilhesA carteira de crdito, em conceito ampliado que inclui garantias prestadas e os ttulos e valores mobilirios privados, atingiu R$ 388.224 milhes, crescimento de 6,3% no trimestre e de 20,8% em doze meses. A carteira de crdito classificada (conforme resoluo CMN 2.682) chegou a R$ 358.366 milhes, expanso de 19,1% em 12 meses e de 5,5% no trimestre. A carteira domstica cresceu 19,2%

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em um ano e 5,0% sobre setembro. A participao do Banco do Brasil no mercado domstico foi de 19,8% em dezembro de 2010. A carteira domstica apresentou crescimento de 19,2% em relao a dezembro de 2009, em linha com as estimativas para 2010 fornecidas ao mercado por ocasio da divulgao de resultados do 4T09. O Guidance 2010 projetava crescimento entre 18% a 23% no ano. Tabela 2. Carteira de CrditoV ar . % R$ milhes C ar te ir a T o tal Pas Pes s oa Fs ic a CDC Cons igna o Financ iamento a V ec ulos Pes s oa Jurdic a MPE Mdias e Grandes A gronegc io Exte r io r De z /09 300.829 283.560 91.791 36.514 20.738 125.336 44.920 80.416 66.434 17.268 M ar /10 305.551 288.044 95.092 38.550 21.037 128.080 45.215 82.865 64.872 17.507 Ju n /10 326.522 307.018 101.122 40.476 22.774 135.575 47.382 88.193 70.321 19.504 Se t/10 339.826 321.822 107.368 42.178 25.304 140.502 48.496 92.006 73.952 18.004 De z /10 358.366 337.921 113.096 44.976 27.395 149.810 50.916 98.894 75.015 20.445 s /De z /09 19,1 19,2 23,2 23,2 32,1 19,5 13,3 23,0 12,9 18,4 s /Se t/10 5,5 5,0 5,3 6,6 8,3 6,6 5,0 7,5 1,4 13,6

Crdito ao consumo lidera expanso da carteiraO crdito s pessoas fsicas atingiu R$ 113.096 milhes em dezembro de 2010, crescimento de 23,2% em um ano e de 5,3% no trimestre. Trata-se da carteira com ritmo mais acelerado de crescimento, com participao relativa de 31,6% da carteira total. Entre as linhas de crdito mais relevantes, destaque para o crescimento das operaes de financiamento a veculos, que registraram expanso de 8,3% sobre setembro e de 32,1% sobre dezembro de 2009. As operaes de crdito consignado apresentaram crescimento de 6,6% no trimestre, e se mantm como a principal linha de financiamento ao consumo no BB. As operaes com pessoas jurdicas, que representam 41,8% da carteira total do BB, atingiram R$ 149.810 milhes em dezembro de 2010, expanso de 19,5% em doze meses e de 6,6% sobre o final do trimestre anterior. Tanto na comparao trimestral como em doze meses o crescimento esteve concentrado nas operaes com mdias e grandes empresas (segmentos middle e corporate). A carteira de agronegcios registrou crescimento de 12,9% sobre dezembro de 2009 e de 1,4% em comparao com o trimestre anterior. Esse pequeno incremento em relao ao 3T10 deu-se em funo da concentrao de liberao de crdito para custeio que ocorre sempre nos terceiros trimestres de cada ano (incio do ano safra). Quanto carteira externa, houve expanso de 18,4% em doze meses e de 13,6% sobre setembro. Cabe destacar que esta carteira altamente influenciada pela variao cambial, j que compreende operaes contratadas em outras moedas, com destaque para o dlar americano e o iene.

Lucro recorrente reflete expanso das operaes, melhoria no risco de crdito e controle de despesasO resultado recorrente do trimestre registrou crescimento de 103,6% sobre o mesmo perodo do ano anterior e de 43,7% sobre o 3T10. Tanto na comparao com o trimestre anterior, como em relao ao mesmo perodo de 2009, a evoluo do resultado recorrente baseou-se: Na expanso dos negcios: que se refletiu no crescimento das rendas de tarifas; Na melhoria do risco de crdito: que possibilitou reduo das despesas com provises para crditos de liquidao duvidosa; e No resultado da reavaliao atuarial de ativos e passivos da Previ-Plano I.

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A tabela a seguir, extrada do demonstrativo de resultados com realocaes, apresenta os principais destaques do perodo. O detalhamento das realocaes pode ser encontrado na seo 5.3.1 do Relatrio Anlise do Desempenho. Tabela 3. DRE com Realocaes Principais linhasFluxo Trim estral R$ milhes Receitas da Interm ediao Financeira Operaes de Crdito + Leasing Resultado de Operaes com TVM Despesas da Interm ediao Financeira Margem Financeira Bruta Proviso p /Crd. de Liquidao Duvidosa Margem Financeira Lquida Rendas de Tarifas Res.de Op. c/ Seguros, Previdencia e Cap. Margem de Contribuio Despesas Administrativas Despesas de Pessoal Outras Despesas Administrativas Resultado Com ercial Demandas Cveis Demandas Trabalhistas Outros componentes do Resultado Resultado Antes da Tributao s/ o Lucro Imposto de Renda e Contribuio Social Participaes Estatutrias no Lucro Resultado Recorrente 4T09 17.984 12.177 5.321 (8.715) 9.268 (2.946) 6.322 3.606 408 9.371 (5.465) (2.844) (2.621) 3.880 46 (49) (964) 2.934 (853) (262) 1.819 3T10 21.398 14.550 6.262 (11.213) 10.185 (2.639) 7.546 4.053 488 11.176 (5.726) (3.186) (2.541) 5.421 (259) (256) (874) 4.057 (1.072) (408) 2.578 4T10 21.736 14.526 6.137 (11.568) 10.169 (2.139) 8.030 4.227 491 11.779 (6.068) (3.270) (2.798) 5.693 35 92 368 6.186 (1.923) (559) 3.704 Var. % s/4T09 20,9 19,3 15,3 32,7 9,7 (27,4) 27,0 17,2 20,5 25,7 11,0 15,0 6,8 46,7 (23,0) 110,8 125,3 113,2 103,6 s/3T10 1,6 (0,2) (2,0) (0,2) (19,0) 6,4 4,3 0,6 5,4 Fluxo Anual 2009 65.329 42.303 21.350 33.060 (11.629) 21.431 13.511 1.574 33.367 2010 81.209 54.992 23.238 (42.038) 39.171 (10.675) 28.497 15.868 1.888 42.625 (22.565) (12.244) (10.322) 19.953 (427) (649) (1.376) 17.543 (5.242) (1.637) 10.664 Var. % s/2009 24,3 30,0 8,8 30,3 18,5 (8,2) 33,0 17,4 19,9 27,7 17,6 19,1 15,9 41,7 76,6 149,7 26,7 26,2 41,5 25,4

3,2 (32.269)

6,0 (19.185) 2,6 (10.280) 10,1 5,0 52,5 79,4 37,2 43,7 (8.905) 14.083 (242) (260) 185 13.844 (4.155) (1.157) 8.506

Tabela 4. Principais Indicadores do ResultadoIn d icad o r e s - % Spread Global Des pes as de PCLD s obre Carteir a ndic e de Ef ic inc ia RSPL Rec orr ente Tax a Ef etiv a de Impos to 4T 09 6,7 4,6 44,4 22,5 31,9 1T 10 6,5 4,5 44,3 24,2 33,9 2T 10 6,5 4,1 42,7 26,5 33,9 3T 10 6,5 3,8 45,0 25,7 29,4 4T 10 6,3 3,3 39,0 33,6 34,2 2009 6,7 4,6 43,4 25,8 32,7 2010 6,3 3,3 42,6 24,6 33,0

(1) Indicadores anualizados. (2) Despesas de PCLD acumuladas em 12 meses divididas pela carteira mdia do mesmo perodo. (3) No clculo foram segregados os efeitos extraordinrios do perodo.

Margem Financeira mantm expansoA margem financeira bruta (MFB) alcanou R$ 10.169 milhes no 4T10, o que representa expanso de 9,7% sobre o 4T09. Em 2010 a MFB totalizou R$ 39.171 milhes, registrando crescimento de 18,5% sobre o ano anterior. O desempenho da margem nos ltimos 12 meses reflete a expanso dos ativos, em especial das operaes de crdito e das aplicaes em ttulos e valores mobilirios. Cabe destacar que, no caso das comparaes com 2009, a margem foi beneficiada pela aquisio dos bancos Nossa Caixa e Votorantim. No trimestre a reduo do spread explicada basicamente pelos seguintes fatores: (i) menor recuperao de crdito no 4T10 em comparao ao trimestre anterior; (ii) reduo do spread das operaes de crdito em razo do acirramento da concorrncia no mercado de crdito e, principalmente, pela continuidade do processo de alterao no mix das carteiras, com maior concentrao em operaes de menor risco; e (iii) aumento das aplicaes compulsrias, em razo das medidas editadas pelo Banco Central ao longo do ano de 2010.

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A tabela a seguir apresenta a formao da margem financeira bruta. Destaca-se a contribuio da carteira de crdito em suas principais linhas de negcios e segregam-se os valores correspondentes s receitas com recuperao de crditos baixados para prejuzo e relativas aos depsitos compulsrios com remunerao. Complementa a formao da margem o item demais receitas, composto principalmente pelo resultado da tesouraria, decorrente de operaes com ttulos e valores mobilirios, derivativos e operaes de cmbio. O Banco Central promoveu alteraes nas regras dos depsitos compulsrios no 2T10 e 4T10. Essas mudanas trouxeram dois impactos principais sobre as demonstraes financeiras do BB nos ltimos trimestres. De um lado houve reduo de recursos disponveis para aplicaes mais rentveis resultado da elevao de alquotas. Por outro lado houve uma mudana na forma de recolhimento, o que implicou em migrao de recursos das aplicaes interfinanceiras de liquidez para depsitos compulsrios. Esses movimentos explicam o crescimento observado na linha Compulsrio Rentvel da tabela abaixo. Tabela 5. MFB por linha de negcioFluxo Trim estral R$ milhes Margem Financeira Bruta Operaes de Crdito Pessoa Fsica Pessoa Jurdica Agronegcios Dem ais Compulsrio Rentvel Recuperao de Crdito Demais 4T09 9.268 6.852 3.741 2.178 933 2.416 214 647 1.555 3T10 10.185 6.970 3.967 1.991 1.012 3.216 1.119 1.052 1.045 4T10 10.169 6.934 3.964 1.902 1.068 3.235 1.276 863 1.095 Var. % s/4T09 9,7 1,2 5,9 (12,7) 14,5 33,9 495,4 33,5 (29,6) s/3T10 (0,2) (0,5) (0,1) (4,5) 5,5 0,6 14,1 (17,9) 4,8 Fluxo Anual 2009 33.060 23.570 12.413 7.576 3.581 9.491 816 2.059 6.615 2010 39.171 27.732 15.823 7.872 4.037 11.440 2.395 1.916 7.129 Var. % s/2009 18,5 17,7 27,5 3,9 12,7 20,5 193,4 (7,0) 7,8

O spread global bruto do 4T10 foi de 6,3%, mostrando reduo de 20 pontos base em relao ao trimestre anterior e 40 pontos base sobre aquele verificado no 4T09. O desempenho do spread global na comparao com o ano de 2009 foi limitado, alm das alteraes nos depsitos compulsrios, pela reduo do spread das operaes de crdito e pela consolidao do Banco Votorantim, que no possui uma base de depsitos de varejo de baixo custo e opera em segmentos de menor risco/spread. O spread gerencial das operaes de crdito foi de 8,7% no 4T10, queda de 50 pontos base sobre o trimestre anterior e de 140 pontos base sobre o 4T09. Em 2010 o spread foi de 9,0%, retrao de 80 pontos base sobre 2009. O comportamento do spread est associado principalmente a alteraes no mix das carteiras, com aumento da participao relativa de operaes com menor risco e, portanto, menor spread. No caso da carteira PF houve um aumento da representatividade das operaes de crdito consignado e financiamento a veculos. Na carteira PJ as operaes com mdias e grandes empresas apresentaram crescimento mais acelerado. A percepo de que a oscilao do spread decorre de alteraes no mix das carteiras, com maior representatividade das operaes de menor risco, corroborada pelo indicador Spread Global Ajustado pelo Risco, apurado com base na relao entre a margem financeira lquida e os ativos rentveis. Alm da margem financeira bruta, o spread ajustado pelo risco leva em considerao as despesas com provises para crditos de liquidao duvidosa. O indicador encerrou o 4T10 em 4,9%, registrando crescimento de 10 pontos base sobre o trimestre anterior e de 40 pontos base sobre o 4T09. Na comparao entre 2010 e 2009 o spread ajustado pelo risco mostra crescimento de 30 pontos base.

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Tabela 6. Spread Anualizado% Operaes de Crdito Pessoa Fsica Pessoa Jurdica Agronegcios Dem ais Spread Global Spread Global Ajustado pelo Risco 4T09 10,1 18,6 7,4 5,3 3,4 6,7 4,5 3T10 9,2 16,4 6,2 5,5 4,0 6,5 4,8 4T10 8,7 15,5 5,6 5,6 3,9 6,3 4,9 2009 9,8 18,7 7,2 5,3 3,7 6,7 4,3 2010 9,0 15,9 6,0 5,6 3,6 6,3 4,6

Qualidade da carteira reflete menores despesas com provisesA inadimplncia se manteve em baixa no trimestre. Em dezembro, os indicadores que mensuram o percentual de operaes vencidas h mais de 60 e 90 dias apresentaram queda de 40 pontos base em relao a setembro, e queda expressiva de 100 pontos base em relao a dezembro de 2009. Da mesma forma, o indicador de atrasos superiores a 15 dias manteve a tendncia de queda, registrando retrao de 70 pontos base sobre setembro e de 140 pontos base sobre dezembro de 2009. Os trs indicadores de atrasos (15, 60 e 90 dias) ficaram, em dezembro de 2010, 10 pontos base acima do menor patamar de suas sries histricas. A adimplncia no BB se mantm substancialmente melhor quela aquela observada no Sistema Financeiro Nacional. As operaes de crdito classificadas com risco de AA at C representavam 93,7% ao final de dezembro. Este ndice apresentou melhora de 90 pontos base sobre setembro e de 210 pontos base sobre dezembro de 2009. Tabela 7. Indicadores de Qualidade da Carteira de Crdito% Operaes vencidas + 15 dias/Total da Carteira Operaes vencidas + 60 dias/Total da Carteira Operaes vencidas + 90 dias/Total da Carteira Operaes de risco AA - C / Total da Carteira Proviso/Carteira de Crdito Proviso/Operaes Vencidas + 60dias Proviso/Operaes Vencidas + 90dias Risco Mdio BB Risco Mdio SFN Operaes Vencidas + 90 dias/Total da Carteira SFN Dez/09 5,1 3,7 3,3 91,6 6,2 166,3 190,3 5,3 6,9 4,4 Set/10 4,4 3,1 2,7 92,8 5,3 171,3 201,0 4,8 5,8 3,4 Dez/10 3,7 2,7 2,3 93,7 4,8 182,2 212,1 4,3 5,6 3,2

Em linha com a melhora observada na qualidade da carteira, houve reduo nas despesas com provises para crditos de liquidao duvidosa (PCLD). No trimestre essas despesas totalizaram R$ 2.139 milhes, o que representa queda de 19,0% sobre o trimestre anterior e de 27,5% sobre as despesas observadas no 4T09. Na comparao entre 2010 e 2009 as despesas com proviso tambm apresentam retrao, neste caso de 8,2%. O ndice que mede a relao entre as despesas com PCLD acumuladas em doze meses e a carteira de crdito mdia do mesmo perodo encerrou o 4T10 em 3,3%, ante 3,8% no trimestre anterior e 4,6% no 4T09.

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Tabela 8. Despesas de PCLD sobre Carteira de CrditoR$ milhes (A ) Despesas de PCLD Trimestral (B) Despesas de PCLD - 12 Meses (C) Carteira de Crdito (D) Mdia da Carteira - 3 Meses (E) Mdia da Carteira - 12 Meses Despesas sobre Carteira (A /D) - % Despesas sobre Carteira (B/E) - % 4T09 (2.950) (11.629) 300.829 282.405 250.888 1,0 4,6 3T10 (2.639) (11.486) 339.826 334.640 306.075 0,8 3,8 4T10 (2.139) (10.675) 358.366 352.699 325.051 0,6 3,3

No obstante a melhora nos ndices de qualidade da carteira e a perceptvel melhora no ambiente econmico e de negcios, o Banco do Brasil manteve a prudncia em relao ao saldo das provises para risco de crdito e ao percentual de cobertura da carteira. O saldo das provises encerrou o trimestre em R$ 17.315 milhes, o que proporciona cobertura de 212,1% das operaes vencidas h mais de 90 dias.

Receitas de prestao de servios e resultado de seguros em expansoAs receitas de prestao de servios (RPS) alcanaram R$ 4.277 milhes no 4T10, o que equivale a crescimento de 4,3% sobre o trimestre anterior e de 17,2% em relao ao 4T09. Em 2010 as RPS totalizaram R$ 15.868 milhes, registrando crescimento de 17,4% sobre 2009. Destaque para o crescimento das receitas com cartes. Tanto na comparao com o trimestre anterior quanto em relao ao mesmo trimestre de 2009, a expanso de negcios nesse segmento foi fundamental para garantir o crescimento das rendas de tarifas. Outro destaque refere-se s receitas de mercado de capitais que cresceram 33,1% na comparao 2010 2009 e alcanaram R$ 436 milhes em 2010. O resultado das operaes com seguros (no inclui receitas com prestao de servios) somou R$ 491 milhes no 4T10, registrando crescimento de 20,5% sobre o 4T09. Em 2010 essas receitas totalizaram R$ 1.888 milhes, expanso de 19,9% sobre o observado no ano anterior.

Tabela 9. Rendas de Tarifas e Resultado de Operaes com SegurosFluxo Trim estral R$ milhes Rendas de Tarifas Conta Corrente Carto de Crdito/Dbito Administrao de Fundos Operaes de Crdito Cobrana Seguros, Previdncia e Capitalizao Arrecadaes Interbancria Rendas de Mercado de Capitais Outros Resultado de Operaes com Seguros 4T09 3.606 908 680 540 360 308 112 137 137 70 355 408 3T10 4.053 911 833 613 467 302 164 158 139 119 349 488 4T10 4.227 1.035 876 586 430 304 187 173 144 113 378 491 Var. % s/4T09 17,2 14,0 28,9 8,5 19,5 (1,1) 66,7 26,0 5,3 62,9 6,4 20,5 s/3T10 4,3 13,7 5,3 (4,4) (8,0) 0,8 14,0 9,3 3,6 (4,4) 8,5 0,6

Fluxo Anual 2009 13.511 3.388 2.450 2.024 1.365 1.138 402 503 509 328 1.405 1.574 2010 15.868 3.807 3.148 2.310 1.616 1.197 647 614 549 436 1.543 1.888

Var. % s/2009 17,4 12,4 28,5 14,2 18,4 5,1 61,1 22,3 8,0 33,1 9,8 19,9

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Controle de gastos: despesas administrativas em linha com o GuidanceAs despesas administrativas, que compreendem as despesas de pessoal e as outras despesas administrativas, totalizaram R$ 6.068 milhes no 4T10, crescimento de 6,0% sobre o trimestre anterior e de 11,0% sobre o 4T09. Em 2010 as despesas totalizaram R$ 22.565 milhes, crescimento de 17,6% em relao a 2009. Assim como no caso das receitas de prestao de servios, a comparao com o ano de 2009 fica prejudicada pela consolidao dos bancos Nossa Caixa (a partir do 2T09) e Votorantim (a partir do 4T09). Por esse motivo foi preparada a tabela a seguir, que traz uma base de comparao proforma para o ano de 2009, simulando a consolidao dos bancos adquiridos durante todo o exerccio. No comparativo proforma, que tambm pode ser utilizado para fins de acompanhamento do Guidance 2010, as despesas do BB em 2010 apresentam crescimento de 10,3% sobre o ano de 2009, crescimento que se situa prximo ao patamar inferior da range de estimativas fornecidas ao mercado. Tabela 10. Despesas Administrativas Base de Comparao ProformaFluxo Trim estral R$ milhes BB Consolidado Despesas de Pessoal Outras Despesas Administrativas 4T09 (5.465) (2.844) (2.621) 3T10 (5.726) (3.186) (2.541) 4T10 (6.068) (3.270) (2.798) Var. % s/4T09 11,0 15,0 6,8 s/3T10 6,0 2,6 10,1 Fluxo Anual 2009 (20.457) (10.858) (9.599) 2010 (22.565) (12.244) (10.322) Var. % s/2009 10,3 12,8 7,5

(1) Para fins de comparabilidade a tabela traz dados proforma, simulando a consolidao de despesas dos Bancos Votorantim e Nossa Caixa durante todo o exerccio de 2009.

ndice de Basileia fortalecido pelo aumento de capitalO ndice de capital (K) do Banco do Brasil encerrou dezembro de 2010 em 14,1%, apresentando crescimento de 30 pontos base em relao ao observado em dezembro de 2009. O ndice de Basileia apresentado indica um excesso de patrimnio de referncia de R$ 14,6 bilhes, o que permite a expanso de at R$ 110,7 bilhes em ativos de crdito, considerando a ponderao de 100%. A evoluo do ndice no ano explicada pelo aumento de capital conduzido pelo BB em junho. Naquela operao o BB levantou R$ 7 bilhes por meio de oferta pblica. Alm de fortalecer o capital de Nvel 1 da instituio, a oferta expande o limite para que o BB reforce sua base de capital de Nvel 2.

13,0 3,9

13,8 3,2

13,7 12,8 4,3 4,1

14,2 4,0

14,1 3,1

9,1

10,6

9,5

8,8

10,2

11,0

Set/09

Dez/09

Jan/10 Nvel I

Mar/10 Nvel II

Set/10

Dez/10

Figura 4. ndice de Basileia

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Eventos extraordinriosOs efeitos extraordinrios agregaram R$ 298 milhes ao lucro lquido do BB no 4T10 e R$ 1.039 milhes no cmputo geral de 2010. Esses impactos j esto lquidos de impostos e participaes estatutrias no lucro. Os itens extraordinrios e seus valores antes de impostos encontram-se detalhados a seguir. 4T10 Eficincia tributria gerada pelo Banco em reviso peridica quanto ao tratamento da dedutibilidade das despesas tributrias utilizadas at ento. Em face desta reviso foi possvel obter uma eficincia tributria no 4T10 no valor de R$ 460 milhes.

Despesas de demandas cveis de planos econmicos no montante de R$ 231 milhes.

3T10 Reverso de provises para demandas cveis de planos econmicos no montante de R$ 84 milhes.

2T10 Reverso de PCLD adicional no montante de R$ 332 milhes em razo de melhorias no perfil de risco da carteira de agronegcios. Despesas de demandas cveis de planos econmicos no montante de R$ 140 milhes. Ganho de capital no valor de R$ 114 milhes, em decorrncia da reestruturao societria da Brasilprev. O Banco do Brasil aumentou sua participao no capital total daquela companhia de 50% para 75%. Reverso de demandas cveis e trabalhistas no valor de R$ 250 milhes, em razo da finalizao do cadastramento de processos oriundos do BESC nos sistemas e metodologias do BB. Mais informaes sobre esse item esto disponveis no captulo 5.3.1 do relatrio anlise do desempenho.

1T10 Despesas de demandas cveis de planos econmicos no montante de R$ 85 milhes. Reverso de provises para demandas trabalhistas no montante de R$ 568 milhes. O valor referese a demandas at ento contabilizadas no BNC e que foram migradas para os sistemas e metodologias do Banco do Brasil. Alienao parcial de investimentos, de aes do conglomerado que correspondem a 0,156% do capital da empresa Visa Inc., gerando resultado extraordinrio positivo de R$ 214 milhes no trimestre. O Banco do Brasil ainda detm, em conjunto com o BB BI, aes representativas de 0,159% do capital da Visa Inc.

Tabela 11. Itens ExtraordinriosR$ m ilhes Lucro Lquido Recorrente (+) Efeitos Extraordinrios do Perodo Venda da Participao na VISA Internacional Planos Econmicos Eficincia Tributria Passivos Contingentes (BESC) Reverso de Passivos Trabalhistas PCLD Adicional Ganho de Capital - BB Seguros Participaes Efeitos Fiscais e PLR sobre Itens Extraordinrios Ativo Atuarial PREVI - Ajustes Lucro Lquido 1T10 2.056 384 214 (85) 568 (313) (88) 2.351 2T10 2.327 310 (140) 250 332 114 (246) 88 2.725 3T10 2.578 47 84 (37) 2.625 4T10 3.704 298 (231) 460 70 4.002 2010 10.664 1.039 214 (371) 460 250 568 332 114 (527) 11.703

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Desempenho no trimestre em linha com Estimativas 2010O desempenho do Banco do Brasil em 2010 ficou em linha com as estimativas divulgadas ao mercado por ocasio do anncio do resultado do 4T09. As razes para os indicadores que apresentaram diferenas entre as projees divulgadas e os resultados efetivamente obtidos esto evidenciadas abaixo: Spread Global Bruto o desempenho verificado em 2010 explicado pelo acirramento da concorrncia no mercado de crdito. Nada obstante, o Banco registrou crescimento de 18,5% em sua margem financeira sobre o ano anterior; Carteira de Crdito PF apesar do bom desempenho observado nas operaes de financiamento a veculos, que registraram crescimento de 32,1% no ano e superaram a mdia de crescimento da carteira PF, as operaes de crdito consignado, que tm a maior relevncia no cmputo do crdito PF, apresentaram contratao abaixo do originalmente estimado; Carteira de Crdito Agronegcios aumento na participao das agroindstrias na carteira; PCLD melhoria na qualidade da carteira de crdito devido a mudanas no mix, com nfase em operaes de melhor risco de crdito, aliada a um ambiente macroeconmico mais favorvel; e RPS diversificao das fontes de receitas e ampliao dos servios prestados, objetivando fidelizar e rentabilizar a base de clientes.

Tabela 12. Guidance 2010

Indicador e s RSPL Recorrente Spread Global Bruto Depsitos Totais Carteira de Crdito - Pas PF PJ A gronegcio PCLD RPS Despesas A dministrativas Tax a de Impos to

Re alizado 2010 24,6% 6,3% 11,6% 19,2% 23,2% 19,5% 12,9% 3,3% 12,6% 10,3% 32,9%

Es tim ativas 2010 21% - 24% 6,5% - 7,0% 12% - 16% 18% - 23% 27% - 32% 16% - 21% 4% - 9% 3,7% - 3,9% 7% - 10% 10% - 12% 31% - 34%

(1) As contas de resultado do BB Consolidado foram sensibilizadas pela aquisio do Banco Nossa Caixa apenas a partir do 2T09 e pela aquisio do Banco Votorantim apenas a partir do 4T09. Portanto, para fins de comparabilidade, foi realizada uma base proforma, que simula a consolidao daqueles bancos durante todo o exerccio de 2009.

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Guidance: Estimativas para 2011 confirmam a confiana do BB na expanso dosnegciosTabela 13. Guidance 2011Indicadores RSPL Recorrente Margem Financeira Bruta* Depsitos Totais Carteira de Crdito - Pas PF PJ Agronegcio PCLD RPS Despesas Administrativas Taxa de Imposto Estim ativas 2011 21% - 24% 16% - 20% 14% - 18% 17% - 20% 19% - 23% 17% - 20% 5% - 8% 3,3% - 3,7% 12% - 17% 10% - 13% 31% - 34%

(*) o indicador Spread Global Bruto foi substitudo pelo crescimento da Margem Financeira Bruta

As estimativas para 2011 foram elaboradas levando em considerao as seguintes premissas: Premissas influenciadas pela administrao: Rentabilizao da carteira de clientes como forma de potencializar receitas; Alinhamento da estrutura de custos ao crescimento do volume de negcios; Reajustes contratuais e acordo coletivo de trabalho, alinhados prtica de mercado; Crescimento da fora de vendas adequada estratgia de rentabilizao da base de clientes; Manuteno do atual modelo de negcios, sem considerar novas aquisies e/ou parcerias estratgicas, que possam vir a ser firmadas para explorao de segmentos especficos; Reconhecimento de ganhos e perdas atuariais do Plano de Benefcios I da Previ, conforme determina a Deliberao CVM 600/2009. Premissas que escapam ao controle da administrao: Continuidade do crescimento econmico mundial em 2011; Maior resistncia, mas no imunidade, da economia brasileira a choques externos; Ambiente poltico sem ruptura institucional; Manuteno da atual arquitetura da poltica macroeconmica domstica: cmbio flutuante, metas para a inflao (ncora nominal) e disciplina fiscal, implicando reduo gradual e consistente da relao entre a Dvida Lquida do Setor Pblico (DLSP) e o Produto Interno Bruto (PIB); Avano do marco regulatrio/agenda microeconmica, com estmulos aos investimentos pblico e privado; Aumento gradual do potencial de crescimento da economia brasileira (PIB potencial); Manuteno do status de grau de investimento para o Brasil; Plano de safra 2011/2012; Estabilidade regulatria, inclusive no que concerne s alquotas de tributos incidentes sobre as atividades do Banco, s legislaes trabalhista e previdenciria; Evoluo das taxas de juros, inflao e PIB de acordo com o consenso de mercado.

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1 - Ambiente EconmicoNo quarto trimestre de 2010, alguns indicadores macroeconmicos dos Estados Unidos (EUA) surpreenderam positivamente, apontando acelerao no crescimento econmico nos ltimos trs meses do ano passado. Os dados do mercado de trabalho, por exemplo, mostraram que segue em andamento um lento, mas gradual, processo de recuperao do nvel de emprego, o que, aliado a uma melhora no sentimento dos consumidores, deve ter contribudo para dados mais robustos do que o esperado nos gastos recentes das famlias naquele pas. Alm disso, a produo industrial, mesmo que de forma marginal, permaneceu mostrando recuperao. Ainda assim, a economia americana continua com alguma folga na utilizao no uso de seus recursos produtivos fsicos, o que deve continuar contendo as latentes presses inflacionrias advindas das polticas heterodoxas de relaxamento monetrio e dos elevados preos das commodities no mercado internacional. Com efeito, em novembro, o Federal Reserve, autoridade monetria do pas, deu incio a um novo programa de aquisio de ttulos de longo prazo do tesouro (Treasuries), com intuito de reduzir a estrutura a termo dos juros, incentivando o crescimento da demanda agregada. Na Europa, as incertezas quanto sustentabilidade fiscal de alguns pases da Zona do Euro se refletiram na dinmica do crescimento econmico da Regio nos ltimos meses de 2010. Enquanto Alemanha e Frana continuaram mostrando um dinamismo econmico relativamente robusto, a evoluo do nvel de atividade na Grcia, Irlanda, Espanha e Portugal permanece decepcionante. A exemplo do que j havia ocorrido com a Grcia no incio do ano, para garantir a estabilidade financeira da rea do Euro e da prpria Unio Europeia, a Irlanda recebeu ajuda financeira no valor de 85 bilhes do Banco Central Europeu, do Fundo Monetrio Internacional e da Comisso Europeia. Em relao s economias emergentes, apesar da provvel desacelerao do nvel de atividade no ltimo trimestre de 2010, pases como China, ndia e Brasil lideraram a retomada do ciclo de crescimento econmico mundial. Isso trouxe desdobramentos favorveis sobre o comrcio internacional e sobre os preos dos ativos, em especial commodities, que atingiram seus maiores patamares histricos ao final de dezembro. O melhor desempenho dessas naes, relativamente s economias mais avanadas, continuou sendo determinante para a deciso dos investidores internacionais direcionarem recursos para esses pases, o que acabou intensificando o processo de valorizao de suas moedas domsticas. At mesmo na China, que tem uma poltica explcita de manter sua moeda desvalorizada frente ao dlar, a taxa de cmbio passou por uma ligeira valorizao no ltimo trimestre de 2010.

Renminbi Chins Real Peso Mexicano Iene Dlar Canadense Peso Chileno Rand Sul-Africano Dlar Australiano -11,40 -10,20 -9,30 -6,50 -4,90 -5,60 -4,00

-2,70

Figura 5. Variao da Moeda Local em relao ao Dlar Americano: 30/09 a 31/12/2010

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Especificamente em relao ao Brasil, o processo de valorizao cambial, s no foi mais intenso do que o observado nos trimestres anteriores devido algumas medidas adotadas pelo Governo. Preocupado com as repercusses da trajetria do cmbio sobre a competitividade das exportaes brasileiras, o Governo Federal elevou, em outubro, a alquota do Imposto sobre Operaes de Crdito, Cmbio e Seguros (IOF) cobrado sobre as aplicaes de investidores estrangeiros em renda fixa, que passou inicialmente de 2% para 4% e em seguida para 6%. O Governo tambm elevou, de 0,38% para 6%, a alquota do IOF que incide sobre o recolhimento de margem na BM&FBovespa nas operaes de investidores estrangeiros com derivativos. Entretanto, mesmo diante dessas medidas, a moeda domstica, apesar de alguma reao inicial, terminou o ltimo trimestre de 2010 em patamar ligeiramente valorizado em relao ao observado no fechamento do trimestre anterior.

1,74 1,72 R$/US$ 1,70 1,68 1,66 1,64 1,62 30/9/10 7/10/10 4/11/10 2/12/10 14/10/10 21/10/10 28/10/10 11/11/10 18/11/10 25/11/10 9/12/10 16/12/10 23/12/10 30/12/1023

Cm bio Nom inal

Figura 6. Taxa de Cmbio Nominal (R$/US$) Esse ambiente de taxa de cmbio relativamente apreciada contribuiu para a manuteno da tendncia de reduo dos supervits comerciais, que teve continuidade ao longo do ltimo trimestre do ano passado. Em 2010, o saldo da balana comercial foi de US$ 20,3 bilhes contra US$ 25,3 bilhes no encerramento de 2009. Esse recuo, provocado por uma dinmica mais favorvel das importaes vis-vis a das exportaes, foi um dos condicionantes para a significativa deteriorao do dficit em transaes correntes, que se elevou para algo prximo a 2,3% do PIB ao final de 2010, contra 1,5% do PIB no encerramento de 2009. No entanto, a ampliao do dficit em conta corrente permaneceu sendo financiada pelo significativo fluxo de capitais externos, tanto via investimento estrangeiro direto quanto via investimentos em portflio (ttulos de renda fixa e bolsa de valores). Nesse contexto, o Banco Central deu continuidade ao processo de acumulao de reservas internacionais que, somente nos trs ltimos meses do ano, elevaram-se em aproximadamente 5% em relao ao observado no final de setembro, encerrando o ano em US$ 288,6 bilhes. No que diz respeito inflao, o ltimo trimestre de 2010 foi caracterizado por uma expressiva elevao nos ndices de preo em relao ao observado nos trs meses anteriores. Os preos dos alimentos lideraram esse processo, mas houve propagao, em alguma medida, para os demais setores da economia. A conjugao desse choque de oferta com os indcios de presso de demanda levou o IPCA a registrar alta de 2,2% no ltimo trimestre, a maior variao para esse perodo desde o final de 2002. A variao trimestral foi equivalente a 37% do total observado em todo o ano (5,9%). Esse valor ficou

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significativamente acima da meta central de inflao estabelecida pelo Conselho Monetrio Nacional (4,5%), porm ainda dentro do limite superior do intervalo de tolerncia da meta (6,5%).20,0 7,0 6,0 IPCA (Var% em 12 meses) 15,0 5,0 4,0 10,0 3,0 2,0 1,0 0,0 0,0 dez/00 dez/01 dez/02 dez/03 dez/04 dez/05 dez/06 dez/07 dez/08 dez/09 dez/10 Acumulado no trimestreFonte: IBGE

5,0

Acumulado em 12 meses

Figura 7. Inflao: IPCA

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IPCA (Var% no trimestre)

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Em relao atividade econmica, o ritmo de crescimento observado at o terceiro trimestre no deu sinais de arrefecimento nos ltimos meses do ano. Embora o resultado do PIB relativo ao quarto trimestre de 2010 s deva ser conhecido em meados de maro de 2011, os indicadores da demanda domstica, j conhecidos, no revelaram acomodao. Em que pese os dados da produo industrial no mostrarem expanso relevante, os nmeros advindos do comrcio varejista, do volume de crdito, do mercado de trabalho e renda sustentam a viso de que a demanda permaneceu relativamente robusta no quarto trimestre. Nesse contexto, a taxa de desemprego atingiu, nos ltimos meses do ano, os menores patamares da srie histrica iniciada em maro de 2002. No mesmo sentido, a gerao lquida de empregos formais, divulgada pelo Ministrio do Trabalho e Emprego (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) alcanou 2,5 milhes de empregos criados em todo o ano de 2010.

2.524

1.523 1.254 1.229

1.617

1.452 995

658 -200 -271 -36 -582 -196

591

762

645

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Figura 8. Criao Lquida de Empregos Formais (mil)

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Em um ambiente de mercado de trabalho aquecido (com ampliao do emprego e da renda) e estabilidade da taxa bsica de juros (Selic), as condies de financiamento, no geral, continuaram mostrando melhora no trimestre, com reduo dos spreads, ampliao dos prazos e relativa estabilidade nas taxas de inadimplncia. O volume total de crdito do sistema financeiro superou os 46% do PIB, correspondendo a um crescimento nominal pouco superior a 20% em relao ao observado em 2009. Preocupado com esse rpido crescimento do mercado de crdito nos ltimos anos, o Conselho Monetrio Nacional e o Banco Central do Brasil adotaram, no incio de dezembro, um conjunto de medidas macroprudenciais com o objetivo de aperfeioar os instrumentos de regulao, manter a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e permitir a continuidade do desenvolvimento sustentvel do mercado de crdito. Essas medidas tiveram ainda o objetivo indireto de minimizar o ritmo de crescimento da demanda agregada e, dessa forma, contribuir para a conteno do processo de acelerao inflacionria. As mudanas adotadas ocorreram em duas frentes principais: i) aumento das alquotas do recolhimento compulsrio sobre depsitos vista e a prazo; ii) elevao das exigncias de requerimento de capital dos bancos para o financiamento pessoa fsica com prazo superior a 24 meses ou 36 meses para as operaes que envolvem o crdito com consignao em folha de pagamento. A elevao de exigncia de capital para aquisio de veculos restringiu-se s operaes com prazos superiores a 24, 36 e 48 meses e com entradas inferiores a 20%, 30% e 40%, respectivamente. Mesmo diante de uma conjuntura de elevada inflao corrente e de deteriorao das expectativas para a variao do IPCA em 2011, o Comit de Poltica Monetria decidiu manter a taxa bsica de juros da economia em 10,75% a.a. nas reunies de outubro e dezembro. Embora a taxa de juros no tenha sido alterada no ltimo trimestre, a Autoridade Monetria sinalizou no Relatrio de Inflao divulgado no final de dezembro a necessidade de um ajuste futuro na Selic, deixando a entender que as medidas macroprudenciais anunciadas so instrumentos complementares e no necessariamente substitutos da poltica monetria tradicional administrada via taxa bsica de juros.

30 28 26 24 22 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 dez/01

Variao % a.a.

10,75

dez/02

dez/03

dez/04

dez/05

dez/06

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dez/08

dez/09

dez/10

Fonte: BCB

Figura 9. Taxa Bsica de Juros (% ao ano)

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Tabela 14. Principais Indicadores Econmicos4T09 Atividade Econm ica PIB (variao % em 12 meses) Consumo das Famlias Consumo do Governo Formao Bruta do Capital Fixo Exportaes Importaes Utilizao da Capacidade Instalada (%) PEA (V ariao % em 12 meses) Taxa de Desemprego (variao % mdia em 12 meses) Emprego Formal criao lquida no trimestre (mil empregos) Emprego Formal criao lquida em 12 meses (mil empregos) Produo Industrial (variao % em 12 meses) Se tor Exte rno Transaes Correntes (variao % em 12 meses) Investimento Estrangeiro Direto (US$ bilhes) Reservas Internacionais (US$ bilhes - saldo f inal de perodo) Risco Pas (pontos f inal de perodo) Balana Comercial (U$$ bilhes - acumulado no ano) Exportaes (U$$ bilhes - acumulado no ano) Importaes (U$$ bilhes - acumulado no ano) Dlar Ptax V enda (cotao em R$ - f im de perodo) Dlar Ptax V enda (variao % em 12 meses) Indicador e s M one tr ios IGP-DI FGV (% acumulado em 12 meses) IGP-M FGV (% acumulado em 12 meses) IPCA IBGE (% acumulado em 12 meses) Selic (% - f im de perodo) Selic A cumulado (% acumulado em 12 meses) TR A cumulado (exBTN) (% acumulado em 12 meses) TJLP - IBGE (% - f im de perodo) Libor (% - f im de perodo) Finanas Pblicas Supervit Primrio (% PIB acumulado em 12 meses) DBSP (% PIB) DLSP (% PIB) - Sem Petrobrs Indicador e s de Cr dito Crdito/PIB (PIB acumulado em 12 meses) Inadimplncia Total (% do saldo em atraso superior a 90 dias) PF PJ Taxa de aplicao Total (% a.a.) PF PJ Spread Total (% a.a.) PF PJ Prazo mdio (em meses) PF PJ 17,3 9,4 18,0 12,8 18,7 13,3 45,0 4,4 7,8 3,8 34,3 42,7 25,5 24,3 31,6 16,5 46,7 3,4 6,0 3,5 35,1 39,4 29,0 23,5 28,0 18,4 46,6 3,2 5,7 3,6 35,0 40,6 27,9 23,5 28,5 17,0 2,1 62,8 42,8 3,0 59,6 41,0 2,8 55,0 40,4 (1,4) (1,7) 4,3 8,8 9,9 0,7 6,0 0,3 8,0 7,8 4,7 10,8 9,3 0,6 6,0 0,5 11,3 11,3 5,9 10,8 9,8 0,8 6,0 0,3 (1,6) 8,3 239,1 196,0 25,3 153,0 127,6 1,7 (25,5) (2,4) 10,5 275,2 206,0 12,8 144,9 132,1 1,7 (4,7) (2,3) 25,9 288,6 189,0 20,3 201,9 181,6 1,7 (4,3) (0,2) 4,1 3,7 (9,9) (10,3) (11,4) 81,6 0,6 8,1 62,5 995,1 (7,4) 7,5 7,0 4,8 20,2 6,7 29,4 83,2 1,9 7,1 728,1 2.263,9 11,2 1,8 6,7 (64,5) 2.524,3 10,4 3T10 4T10

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2 - Papis do BB2.1 AesAo final de 2010, o capital social do Banco do Brasil era de R$ 33.077.996.200,75 composto por 2.860.729.247 aes ordinrias na forma escritural e sem valor nominal. O maior acionista a Unio Federal, com 59,2% do capital, seguido da Caixa de Previdncia dos Funcionrios do Banco do Brasil (Previ) com 10,4%. Oferta Pblica de Aes Em 01.07.2010, o Bacen homologou o aumento de capital no valor de R$ 7,0 bilhes decorrente de oferta pblica de distribuio primria de 286 milhes de novas aes ordinrias e da distribuio secundria de aes (70,1 milhes de papis). Adicionalmente, 39,1 milhes de aes foram negociadas por meio de lote suplementar, totalizando 396 milhes de aes e R$ 9,8 bilhes negociados. O preo de venda das aes de R$ 24,65 foi definido, aps encerramento de processo de book building, em 30.06.2010 pelo Conselho de Administrao do Banco do Brasil. Os recursos captados com a Oferta pelo Banco reforaram sua estrutura de capital, viabilizam sua estratgia de expanso e incrementam a liquidez das aes no mercado secundrio. Alm disso, com a Oferta o Banco do Brasil antecipou o cumprimento do percentual mnimo de free float de 25% exigido pelo regulamento do Novo Mercado previsto para junho de 2011. Os investidores institucionais ficaram com 48,3% do total ofertado e os investidores de varejo com 21,4%. O restante das aes (30,3%) foram destinadas aos acionistas detentores do direito de preferncia.

Oferta de Varejo

30,3% 11,4% 21,4% 48,3% 2,5% 5,2% 2,4%

Investidor Institucional Funcionrios

Direito de Preferncia Fundo de Aes

Clientes Outras corretoras

Figura 10. Distribuio da Oferta Pblica

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Os investidores estrangeiros, basicamente constitudos por investidores institucionais, participaram com 39,0% do total ofertado (R$ 3.803 milhes). A figura seguinte mostra o resultado da oferta pblica dos investidores institucionais separado por pas/continente.

2,8% 18,7%

42,9%

3