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    Congresso Nacional "Literacia, Media e Cidadania"

    Sara Pereira (Org.) (2011)Congresso Nacional "Literacia, Media e Cidadania"25-26 Maro 2011, Braga, Universidade do Minho: Centro de Estudos de Comunicao e SociedadeISBN 978-989-97244-1-9

    O que vs tu? O poder das imagens no contexto davida responsvel

    MARIA ALCINA VELHO DOURADO DA SILVAEscola Superior de Educao do Instituto Politcnico de [email protected]

    Resumo:Os problemas de sustentabilidade foram estudados num Curso de Vero ProgramaIntensive Programme (IP) - que teve lugar na Escola Superior de Educao de Setbal(Instituto Politcnico de Setbal, Portugal) em 2009.EPICA - European Programme In Consumer Affairs - Towards a Consumer CitizenshipEducation Summer Course foi suportado pelo Life LongLearning Programme Erasmus.Este programa comeou em Setembro de 2008 at Agosto de 2009 e tornou possvel a20 alunos de 6 pases da Europa encontrarem-se em Setbal para participar em 2semanas de Workshops, seminrios e visitas de estudo com recurso a aulas presenciaise em e-learning atravs da plataforma de ensino a distncia Moodle.O principal resultado um curso sobre o assunto e diversas apresentaes disponveisem http://projectos.ese.ips.pt/epica/Num dos workshops usou-se as imagens captadas pelos prprios alunos, com suas

    cmaras fotogrficas ou telemveis para ilustrar os principais temas do curso - cidadania,sustentabilidade e consumo - atravs de uma maratona de fotografia.O uso de imagens na sala de aula inquestionvel (por exemplo, a foto linguagem), masesta experincia apresenta uma outra maneira (mais activa) de recolha de informaoalm de indicador das realizaes dos alunos.O resultado analisado neste artigo, levando em considerao no s as imagensapresentadas pelos estudantes, mas tambm os comentrios que fizeram.

    Palavras-chave:

    Imagem, mtodos de ensino, sustentabilidade, cidadania, consumerismo

    "O grande francs Marshall Lyautey uma vez pediu ao seu jardineiro para plantar uma rvore. Ojardineiro reclamou que a rvore demoraria a crescer e no alcanaria a maturidade at perfazer100 anos. O Marshall respondeu 'Neste caso, no h tempo a perder; planta-a esta tarde ".John F. Kennedy

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    INTRODUO

    Este artigo um estudo de caso que pretende apresentar um Programa Intensivo que tevelugar em 2009 em Setbal, Portugal visando a sustentabilidade, cidadania e consumerismo.Aconteceram diversas actividades, mas focamo-nos apenas no Workshop C pela utilizao dafotografia como uma ferramenta para aumentar a consciencializao entre os participantes do IP.

    No h nenhuma inteno em estudar a fotografia em si, mas apenas mostrar o resultado deuma abordagem possvel a alguns conceitos bsicos usando imagens trazidas pelos prprios alunospara a sala de aula.

    Est organizado em trs partes principais: uma abordagem simples a conceitos bsicos deforma a entender os 3 principais temas supra referidos, incluindo a literacia, a apresentao doPrograma Intensivo EPICA e, finalmente, o conceito maratona de fotos aplicado ao IP bem comoalguns dos seus principais resultados.

    I ALGUNS CONCEITOS BSICOS1

    "Literacia funcional" foi definida pela primeira vez no Congresso Mundial de Ministros daEducao, realizada em Teero em 1965 "como uma capacidade aprendida que permite aosindivduos funcionar numa variedade de papis (cidados, pais, trabalhadores, membros de umacomunidade), melhorando assim a produtividade (Bujanda & Zuiga, 2008) "(apud Martnez &Fernndez, 2010). O conceito evoluiu de iliterato que foi definido em 1958 "como algum que incapaz de ler e escrever uma simples afirmao sobre o seu quotidiano (Martnez & Fernndez,2010). Atravs dos anos, ambos os conceitos evoluram, naturalmente, de modo a incluir, a literacia no apenas "como uma mera habilidade tcnica "(Martnez & Fernndez, 2010), mas tambm" comoum conjunto de prticas situadas e definidas no seio das relaes sociais e processos culturais maisamplos. Esta perspectiva destaca os diversos usos da literacia na vida quotidiana: direitos cvicos epolticos, trabalho, comrcio, creches, auto-aprendizagem, desenvolvimento espiritual, recreao(Bujanda & Zuiga, 2008; Fransman, 2008). "(apud Martnez & Fernndez, 2010)

    "Em meados dos anos 60, o conceito de literacia funcional, comeou a ganhar aceitao, e osobjectivos da literacia tornaram-se mais complexos, mudando para a aquisio e desenvolvimentodas habilidades de comunicao necessrias para a participao na vida social e produtiva."(Martnez & Fernndez, 2010). A complexidade da sociedade e das empresas foraram novas formasde interpretar e compreender o conceito de literacia. "No era mais visto como uma habilidadetcnica, cujo nico objectivo era assegurar a produtividade econmica. O conceito de literaciafuncional assumiu um novo significado, agora era definido como um conjunto amplo e diversificado de

    actividades para as quais a literacia necessria, a fim de garantir que um grupo ou comunidadepossa funcionar de forma eficaz e continuar a empregar a leitura, escrita e clculo como um caminhopara o desenvolvimento individual e colectivo (UNESCO, 2006, p. 164)." (apud Martnez & Fernndez,2010)

    Quanto literacia na actualidade comummente entendida como "a capacidade de identificar,compreender, interpretar, criar, comunicar, calcular e utilizar materiais impressos e escritosassociados a diferentes contextos. A literaciaenvolve um processo contnuo de aprendizagem paracapacitar os indivduos a atingir os seus objectivos, desenvolver os seus conhecimentos e potencial,e participar plenamente na sua comunidade e na sociedade em geral (UNESCO, 2005)." (apudMartnez & Fernndez, 2010)

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    Essa diversidade de aplicaes necessrias requeria a adopo de mtodos e estratgiasdiferentes para atingir resultados positivos de modo a evitar a iliteracia funcional, apesar danecessidade de procura de actividades de forma contnua no tempo, especialmente aps os anos de

    escolaridade obrigatria. De acordo com os campos, vimos o nascimento de diferentes tipos deliteracia, como a literacia propriamente dita, matemtica, literacia / tecnolgico digital, a literacia visuale a literacia cientfica, entre outros.

    "Paul Zurkowsky, bibliotecrio americano e Presidente da Information Industry Association,usou pela primeira vez a expresso information literate, preocupado essencialmente com o uso dainformao em contexto de trabalho e da resoluo de problemas "(Silva, 2008) Informao umtermo fundamental, pois define a sociedade actual em que vivemos de acordo com Manuel Castells(Castells, 2002-2003; e 2004). o resultado do latim informare que significa dar forma. Durantealgum tempo, todos os actos de comunicao foram reduzidos a uma simples troca de informaes,atravs de documentos e de forma controlada. Mas porque comunicar implica necessariamentepartilhar, essencial incluir pessoas interagindo, o que obviamente excede a informao em si, poisinclui todos os elementos envolvidos no processo, como o receptor e a forma como ele ou elaentendem e usam a informao recebida. Nessa altura, aceitamos que a capacidade da pessoa parareconhecer, compreender, usar ou no a informao depende de vrios itens, como a educao e aorigem social, alm das condies de transmisso da mensagem.

    Actualmente, a maioria das informaes que recebemos vm de dispositivos muito diferentes ecomplexos. Estes dispositivos medeiam o emissor e o receptor da mensagem - como os media e ossocial media. A apropriao por parte do pblico da informao recebida muito pessoal e difcil decontrolar por parte das instituies, como as empresas. No entanto, h tambm uma apropriaocolectiva que aparece no contexto social, ajudando cada um de ns a reconhecer o nosso papel nasociedade. Neste caso, mais fcil para as entidades colectivas obter efeitos sobre a recepo dassuas mensagens, usando estratgias de comunicao como a publicidade ou as relaes pblicas.Ser que todos temos competncia para entender as mensagens, us-las ou at mesmo

    compreender que todas as mensagens so mediadas?"Competncia a capacidade que um indivduo possui de expressar um juzo de valor sobre

    algo de que versado, e a soma de conhecimentos ou de habilidades que lhe permitemdesempenhar algo ou atingir algum objectivo concreto." (Silva, 2008) A capacidade de interpretar oque se recebe - incluindo o que se v - essencial para a plena participao na sociedade. Oparadoxo que somos capazes de usar os dispositivos que nos permitem entrar em contacto com atroca de informaes, mas podemos no ter todas as ferramentas que nos permitem us-las damelhor maneira, em particular devido sobrecarga de informao, complexidade das mensagens(no somente redigidas, udio ou audiovisual mas tambm multimdia) e diversidade defornecedores de informao. Tambm no podemos encerrar o processo de aprendizagem no tempoj que temos de aceitar a aprendizagem ao longo da vida (literacia ao longo da vida) como uma parte

    natural das nossas vidas. Assim, mais fcil organizar atravs de certos padres, algumas formasestticas pr-definidas para lidar com a informao e os processos de comunicao. O uso recorrentedo ingls como lngua principal nas situaes de comunicao (em especial entre as TIC e daInternet) um exemplo da necessidade de homogeneidade e de formas mais simples de resolver asdiferenas entre os intervenientes.

    Peltzer refere que as pessoas mais velhas vo ser iliteratas, se no fizerem o esforo deaprender as novas linguagens, e as novas linguagens so trs: o ingls (...); a dos computadores (...);e, finalmente, a das imagens, que consiste em ler nelas noes como a instabilidade e o movimento,simetrias, complexidade e simplicidade, transparncia, opacidade, profundidade, clareza, desordem,continuidade, agudeza, difuso, variao, a consistncia, espontaneidade, previsibilidade, contraste e

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    harmonia... (Peltzer, 1991) As imagens tm uma vantagem indiscutvel: tornam possvel "entender ascoisas fcil e rapidamente, num relance, por mais complexas que elas sejam" (Peltzer, 1991). Nocaso de fotografias, as imagens reflectem a realidade porque dependem dela, continuando a fornecer

    informaes ao seu receptor. A cultura visual (literacia visual, visualidade ou graphicacy)pode sersimplesmente definido como a "aptido humana para interpretar e manipular mensagens visuais"(Peltzer, 1991). As imagens do a impresso de verdade e realidade, mesmo quando so objecto demanipulao e quando sabemos que so o resultado de construo pela utilizao de uma mquina,um dispositivo que grava e reproduz a realidade. "Pr em imagem produzir uma linguagem que pelasua estrutura, forma e ritmos, estimule e alimente o potencial imaginrio do pblico. (...) provocar umarepresentao mental da realidade, que toque todos os sentidos e particularmente o da viso" (Babin,93).

    Apresenta vrias funes entrelaadas: um documento, um objecto, um instrumentocientfico, identificao, retrato, emocional, esttico,... Possuindo vrias camadas de leitura que nosajudam generalizao e particularizao, pela escolhendo de um ponto focal, um detalhe a realarentre vrios. Esta funo semntica pode apresentar uma histria ou uma opinio, escolhendo umaperspectiva. Tambm pode fazer uma relao entre conceitos e ideias e pode, no mximo, sertransformado em cone, tornando-se uma foto-smbolo como Victor Silva Lopes lembra (Silva Lopes,1981). Ela descreve, d credibilidade e cria relaes, implicaes. Por exemplo, o recepto ser maisimplicado quanto mais atento estiver ao tema focado na imagem. muito expressiva e til em vrioscontextos, do jornalismo educao por causa da sua capacidade de tornar presente o que no visvel, dar forma ao que disforme, para alertar para os objectos, tornando as pessoas cientesdeles, simplificar o que complexo ... mas no substituir a realidade: semelhante, mas apenasrepresenta-a.

    Mas porque implica o receptor, h uma necessidade absoluta de conhecimento preliminarsobre a realidade, o seu repertrio cultural. Sem este, bastante difcil compreender o que vemosnuma fotografia, por exemplo. As imagens comunicam porque esto no ponto de encontro entre o

    emissor e o receptor, fazem uma conexo de forma instantnea, obviamente submetida a restriesde ordem tcnica como produto, mas tambm como um gatilho que activa o processo decomunicao (Dumont, 1994)

    Em qualquer caso, fundamental o domnio do contexto no qual as imagens so produzidas.Nesta matria, os principais temas do presente paper so, como mencionado supra, a cidadania, asustentabilidade e o consumerismo. Para comear, h questes internas ainda no resolvidas sobreestes tpicos, porque estes no esto totalmente claros, mesmo para os pesquisadores no campo,alm de que se evolui a ritmo acelerado. Mas, mesmo lidando com essas limitaes, importantecomear com algumas definies bsicas.

    Sustentabilidade um conceito sempre associado ao desenvolvimento, o que implica melhoriaqualitativa2 originalmente nascido no Relatrio Brundtland. Tomando a abordagem da Perl

    Partnership for Education and Research about Responsible Living -, "desenvolvimento sustentvel" um conceito multi-dimensional interpretado de muitas maneiras diferentes. O conceito inclui asseguintes dimenses interdependentes:

    satisfazer as necessidades materiais e no materiais de todos os seres humanos - no seiodas geraes presentes e entre as geraes presentes e futuras (equidade intra-geracional e inter-geracional);

    a actividade humana e econmica no deve ser superior capacidade dos ecossistemas; o uso eficiente e inteligente de ambos os recursos renovveis e no renovveis; a integrao dos factores ambientais, econmicos e sociais para apoiar mutuamente a plena

    qualidade de vida para todos.

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    A definio mais comummente utilizada de desenvolvimento sustentvel o "desenvolvimentoque satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das geraes futurassatisfazerem as suas prprias necessidades" (Our Common Future, 1987).3

    O conceito de cidadania gira em torno de trs eixos: a participao activa e o envolvimento navida de uma dada comunidade, sustenta e contribui para a produo de conhecimento, para aresponsabilizao, a partilha de culturas e o desenvolvimento da identidade dos sujeitos; o direito departicipar na vida poltica, econmica e social no significa s por si que os indivduos seimpliquem no seu exerccio efectivo, nem que estejam equipados para o fazer em situaes deigualdade; a cidadania activa decorre do sentimento de pertena dos indivduos e dos grupos sociedade em que se inserem e, por isso, depende tambm da promoo de condies de incluso ecoeso social, bem como do desenvolvimento de atitudes e valores (Ferreira et al, 2000).

    Consumerismo o oposto de consumismo como "o conjunto de comportamentos e atitudesque induzem ao consumo indiscriminado, que pode levar ao endividamento descontrolado, a umestado de dependncia quase permanente das actividades das compras, mas tambm degradaoambiental, total indiferena pelas consequncias dos nossos actos de consumo, incluindo a gestode resduos "(Beja Santos, 2010) Phillip Kotler enunciou o que muitos consideram a definio originalde consumerismo datada de 1972:" o movimento social que procura aumentar os direitos e poderesdos compradores em relao aos vendedores." (Olander & Lindhoff, 1975). So, portanto, conceitoscompletamente distintos, e enquanto o ltimo procura ajudar o cidado-consumidor a introduziralguma racionalidade no acto aquisitivo, informando-o, o primeiro esfora-se por o manter numageneralizada dormncia, incitando hbitos de consumo por vezes questionveis, desmedidos,prenhes de consequncias nefastas quer para a sociedade quer para o meio ambiente. Isto porque ocidado ainda no ganhou conscincia da omnipresena do conceito e do seu papel enquantoconsumidor, pela eliminao da dicotomia cidado versus consumidor, adoptando a perspectivaintegradora do cidado-consumidor. (Dourado, 2010). No entanto, a forma de operacionalizao dacidadania consumerista (Thoresen, 2005) tem-se verificado em todos os campos da to propalada

    sustentabilidade - econmica, social e ambiental - , mas tambm poltica ou institucional, muito paraalm do eco-consumo- este ltimo redutor, apesar de inovador.

    Trata-se de uma tarefa difcil! Apesar das muitas ambiguidades e ambivalncias que os autoresque trabalham nesse sector - ainda que involuntariamente - experimentam, os professores e oradoresconvidados no Programa Intensivo EPICA fizeram um esforo srio no sentido de uma clarificaoentre os alunos participantes do IP.4

    II DO PROGRAMA INTENSIVOA Escola Superior de Educao do Instituto Politcnico de Setbal, em Portugal, organizou

    EPICA European Programme inConsumer Affairs Towards a Consumer Citizenship EducationSummer Course. Este Programa Intensivo (IP) foi apoiado pelo Programa Life LongLearning -Erasmus.

    Tudo comeou em Setembro de 2008 at Agosto de 2009, tornando possvel para 21 alunos de6 pases diferentes europeus participar em Setbal durante 2 semanas em vrios workshops,seminrios e visitas de estudo sobre a cidadania, a sustentabilidade e o consumerismo usando aslies em sala de aula e a plataforma e-learning Moodle. O principal resultado um curso sobre oassunto na plataforma Moodle e vrias apresentaes disponveis no http://projectos.ese.ips.pt/epica/

    O objectivo do Programa de Vero EPICA era partilhar o conhecimento das 6 Instituies deEnsino Superior (IES) parceiras europeias no domnio da Educao para a Cidadania do Consumidor,durante um curto perodo de tempo (2 semanas). O Curso tratou de assuntos interdisciplinares quegeralmente no so focados em cursos de ensino numa base regular.

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    O desenvolvimento curricular proposto inclua reas do conhecimento, tais como: educao doconsumidor, educao para os media, a percepo de risco, organizaes polticas, as polticaseuropeias,... usando uma abordagem diferente geralmente aplicada em reas como a gesto, o

    direito, a economia e a sociologia, ou seja, a abordagem de cidadania dos consumidores para asustentabilidade.Os objectivos de ensino deste projecto foram a promoo de uma possvel resposta construtiva

    para os desafios de hoje e para isso os parceiros das IES comprometeram-se com a misso dedesenvolver um currculo para este programa de vero. Este foi um primeiro passo para um futurociclo completo de estudos, a nvel do mestrado. Este nvel baseia-se na compreenso crtica dosquatro temas principais.

    O Programa de Vero foi agendado para comear a 21 de Junho (quando os participantesinternacionais chegaram) at 03 de Julho (quando os participantes internacionais partiram) durante10 dias teis. O IP comeou a 22 de Junho (registo e sesso de abertura) at 02 de Julho(apresentao dos resultados e sesso de encerramento). As expectativas dos parceiros tambmincluam a participao dos alunos na criao e publicao de alguns materiais inovadores no fim doprograma de vero.

    Quanto logstica, este primeiro programa intensivo internacional sobre a temtica em apreoteve lugar na cidade de Setbal, Portugal. O programa foi desenvolvido com a participao de algunsparceiros envolvidos na CCN2 Citizenship Consumer Network - uma rede internacional gerida pelaUniversidade de Hedmark (Noruega) de 2006 at 2009.

    A Escola Superior de Educao do Instituto Politcnico de Setbal foi a instituiocoordenadora (Setbal, Portugal). As outras instituies parceiras incluram a Rezekne HigherEducation Institution, Letnia; Suhrs Metropolitan University College, Dinamarca; University ofEconomics Varna, Bulgria; Vilnius Pedagogical University, Litunia e a Hedmark University College, Noruega (Fig. 1).

    Fig. 1

    Esta foi uma oportunidade para promover o intercmbio cultural e o trabalho no campo dosproblemas dos consumidores num momento em que os cidados europeus esto a enfrentar novosdesafios, nomeadamente no domnio da sustentabilidade e do consumerismo.

    Neste inqurito, havia quatro temas principais em discusso: O papel do cidado europeu num mundo globalizado,

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    Produo e consumo sustentveis, A diversidade cultural e a interdependncia, Responsabilidade social e cidadania.

    O ingls foi a lngua de trabalho utilizada pelos grupos-alvo: principalmente estudantesuniversitrios, das IES dos pases parceiros que no final receberam um mximo de 3 crditos ECTS.O procedimento incluiu a seleco de um total de 3 alunos por parte das IES parceiras para

    participar neste Programa de Vero (com a excepo de Portugal, que seleccionou 5 alunos). Oprograma foi apoiado pelo Life LongLearning Programme Erasmus, at 75%. Incluiu uma estadia de12 noites para os participantes internacionais, sem taxas de inscrio para todos os alunos. Cada IESrecebeu apoio para o alojamento, refeies e transporte para os professores e alunos participantes, excepo dos participantes portugueses que tiveram de pagar a maioria das suas despesas.

    A Escola Superior de Educao de Setbal disponibilizou as instalaes, como salas de aula, oapoio de recursos humanos e o acesso a todos os meios e recursos disponveis para estudantesErasmus, incluindo servios de informtica e internet.

    Quanto gesto 14 pessoas foram directa ou indirectamente envolvidas na enorme tarefa decriar semelhante projecto em domnios como: coordenao, direco, apoio institucional financeiro eadministrativo, gesto do site, consultoria e apoio logstico.

    O programa incluiu alguns momentos culturais e desportivos, mas foi principalmente dedicadoao desenvolvimento do conhecimento dos participantes sobre os principais temas. Assim, as sessesplenrias foram destinadas introduo aos temas, seguidas de dois workshops bsicos: umworkshop visando a preparao de um ambiente acolhedor entre os participantes, confiana ecooperao (IceBreak); o outro workshop visando a introduo s ferramentas do Moodle e seusrecursos, porque este foi o principal ambiente de aprendizagem - alm das sesses presenciais.

    Nas sesses plenrias, houve um esforo para a apresentao dos diferentes pontos de vistasobre temas interdisciplinares e o resultado foi muito ecltico: assuntos como a sustentabilidadenuma perspectiva de marketing at proteco do consumidor pelas associaes foram includos,

    por exemplo. Os oradores convidados vieram de domnios muito diferentes: Pedagogia e Cincias daEducao, Marketing, Comunicao, Multimdia, Teatro, Histria Contempornea, Filosofia,Engenharia Ambiental, Engenharia Fsica, Cincias Sociais e CEO de empresas privadas, num totalde 17 oradores.

    A estrutura do IP incluiu dois momentos importantes: os workshops temticos (4 no total) queeram obrigatrios e os workshop opcionais. Estes ltimos, oferecidos em simultneo e livrementeescolhidos pelos prprios alunos, tinham como objectivo apresentar abordagens interdisciplinaresrelativamente aos temas principais, como From Consumer Research to Customer Management,Enviromental impacts included in consumed products and services e Enviromental impacts includedin consumed products and services. Os professores convidados trabalharam essencialmente osquatro grandes temas como oficinas obrigatrias.

    O workshop introdutrio final (ou Workshop C) devia ter acontecido na Herdade do Zambujal,organizado pela equipa Cinzambu com o objectivo de apresentar a histria e patrimnio natural ecultural da regio atravs da aplicao de alguns dos conceitos que os alunos trabalharam no IP nosltimos dias. Isto inclua acampar e dormir ao ar livre no local. Infelizmente as condiesmeteorolgicas eram terrveis: no final de Junho, uma tempestade e chuva torrencial impossibilitaramcontinuar com o planeamento e o workshop mudou para uma maratona de fotos.

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    III MARATONA FOTOGRFICA

    A ideia subjacente ao Workshop C do IP EPICA estava relacionada com as diferentes formas

    de lidar no s com as imagens, mas tambm com o mtodo, neste caso a maratona fotogrfica."A maratona fotogrfica uma competio, onde aos fotgrafos so dados determinados

    temas a interpretar dentro de um prazo que poderia ser de 6, 12 ou 24 horas." 5A expresso foto-paper est relacionada com o peddy-paper. No caso do peddy-paper " uma

    prova pedestre de orientao para equipas, que consiste na realizao de um percurso ao qual estoassociadas perguntas ou tarefas correspondentes aos diferentes pontos intermdios (ou postos) eque podem determinar a passagem parte seguinte do percurso. O peddy-paper uma actividadeldica, muitas vezes com uma vertente pedaggica, geralmente ligada aquisio de conhecimentossobre um determinado tema ou local. "6

    O termo peddy-paper foi criado para designar, em Portugal, a variante pedestre7do rally-paper(ou tambm rallye-paper). Por sua vez, o termo rally-paper ter chegado lngua portuguesa atravs

    do francs, onde ter tido o significado de prova de caa ao tesouro adaptada para a participaode vrias equipas (da o uso de rally, no sentido de ajuntamento) deslocando-se a p, a cavalo, debicicleta, de automvel, etc. Em Portugal, o rally-paper ficou, no entanto, exclusivamente ligado aprovas realizadas em veculo automvel, provavelmente por influncia da palavra rali.8

    Outro uso para as imagens, em particular as disponibilizados nos media, como revistas ejornais, a foto-linguagem. "O termo foi inventado em Frana em meados de 1960, pelos pensadoresreligiosos do udio-visual Pierre Babin, Will e Claire Belisle e os seus colegas no Centro deRecherche et Communication / udio Visuel Expression de lajoi (CREC-AVEX) em Lyon, Frana.9Seleccione-se uma vasta gama de imagens, com qualidade evocativa, espalham-se no cho econvidam-se os alunos a percorr-las a fim de seleccionar aquela que mais os interpela em relaoaos objectivos da sesso lectiva. Em seguida, cada um apresenta a sua escolha e as razes para a

    mesma, respondendo a algumas perguntas relacionadas com os temas, explorando vrias camadasde anlise. Isto funciona muito bem em pequenos grupos, facilitando a expresso e a criatividade,mas este no era o caso. Neste workshop as imagens no foram fornecidas, mas recolhidas pelosparticipantes. Das vrias possibilidades, depois poderiam ser usadas para apresentaes ediscusses no seio deste grupo de alunos (como foi o caso da sesso final do IP) mas tambm comoutros grupos, atravs da recolha de todas as fotos e usando-as como matria-prima para trabalharcom outros alunos. Esta no uma tcnica antiga, mas afigura-se muito til, especialmente quandousada em conjunto com outras, destacando-se as metodologias activas.10

    Em relao a este seminrio, procurou-se usar a maratona fotogrfica pela realizao de umatarefa simples: tirar fotos a respeito de um assunto dentro de um limite temporal. No existem outrasquestes ou tarefas a serem cumpridas algures ao longo do processo, excepto para as questes

    iniciais que incluem o limite temporal de 8h e a incluso de um comentrio, por exemplo.A fotografia existe h muito tempo. No h realmente nada de novo nisso... enquanto tcnica, claro. J a fotografia associada ao conceito de maratona algo relativamente recente. Nesta ptica,tudo ainda pode ser criado em relao aos temas abordados. Apesar do nome maratona fotogrfica-, os participantes no precisam de correr.

    Um olhar rpido sobre a web fornece alguns exemplos de actividades e eventos que aplicameste conceito. o caso da maratona fotogrfica "Second Look". Aconteceu pela primeira vez em Maiode 2009, organizada pela Associao Second Look localizada em Bristol. "Fundada em Janeiro de2008 por seis fotgrafos de Bristol, Second Look destina-se a promover a fotografia criativa pelaorganizao de eventos e oferecendo uma montra para a prtica fotogrfica [esperando] elevar o

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    perfil da fotografia como uma forma de arte pblica e fornecendo uma plataforma para os fotgrafospromoverem e desenvolverem o seu trabalho.11"

    O conceito de maratona fotogrfica explicado de uma maneira muito simples e directa. "O

    evento de um dia desafia a pensar criativamente, conhecer novas pessoas e divertir-se. Cadaparticipante recebe uma mquina fotogrfica descartvel e uma lista de temas a capturar. Osassuntos devem ser tomados na ordem em que so fornecidos. Apenas uma imagem pode sertomada para representar cada tpico.12

    Parecia bastante simples e fcil adoptar esta ideia e aplic-la caso ocorresse algo de algoerrado no planeamento inicial do Workshop C que consistia no acampamento. O que realmenteacabou por acontecer por causa do mau tempo. ... Assim, a ideia para o plano B implicava que, nesteworkshop os alunos deveriam ser capazes de tirar fotografias com as suas prprias cmarasfotogrficas ou telemveis. O objectivo implicava captar os principais temas do curso, como umamaratona de fotografia, escolhendo exemplos positivos e negativos de cada. Uma lista de todos oscontedos produzidos inclui um total de 96 comentrios e 84 fotografias. Apesar dos 21 participantes,apenas foram produzidos 16 contributos (15 mulheres e 1 homem) de todos os 6 pases envolvidosno IP: Portugal, Letnia, Dinamarca, Bulgria, Litunia e Noruega.

    No houve restries relativas aos locais: eles poderiam ir para onde quisessem, sozinhos ouem grupos, com outros membros do IP ou no, tirando fotos ao longo de todo dia ou apenas umaparte dele, de apenas um lugar ou em vrios. Isso no importava! As nicas condies - alm dasinseridas no guia de actividades - referem-se originalidade das imagens (o autor deve sempre ser oprprio aluno) e a obrigao de inseri-las na plataforma e-learning Moodle, at ao final do dia damaratona. Estas foram explicadas no local de partida, mas havia algumas irregularidades queimplicaram a excluso de algumas das fotos recolhidas. No entanto, a falta de qualidade das imagensapresentadas no era importante: o que realmente importava era a capacidade de reduzir os 3conceitos leccionados nas fotos e, dessa forma, dar informaes sobre o modo como os estudantesolhavam para o mundo em que viveram durante 2 semanas - reflectindo no s a sua educao e

    contexto de aprendizagem, como tambm as discusses que tiveram ao longo da primeira semanado IP. As fotos foram capturadas principalmente nas cidades de Setbal e Lisboa.

    Quanto listagem que contm todas as fotos e comentrios, os principais problemasencontrados foram a educao, indstria, produtos, comrcio, ambiente, energias renovveis,comportamento, reciclagem, transportes, patrimnio, pobreza, sociedade e servios. Os principaistemas foram considerados de forma ligeiramente diferente: a sustentabilidade foi vista comoduradoura no tempo, incluindo vrias geraes no futuro, a cidadania centrada na sociedade e oconsumerismo sobre as relaes comerciais e prticas afins. Mas o foco principal incidiu sobre ocomportamento, que foi transversal a todos os tpicos.

    No final do dia houve algumas surpresas. Para comear, os conceitos ainda no estavamclaros nas suas mentes. Os alunos usaram com frequncia o mesmo tipo de imagens e comentrios

    para ilustrar conceitos diferentes. Por exemplo, os veculos automveis foram usados para ilustrar asustentabilidade e a cidadania, ambos como exemplos negativos.

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    Fig. 2

    Consumerismo um conceito estranho para a maioria dos alunos. Nas suas mentes - e tendo

    apenas em considerao os seus contributos - resulta de uma mistura de todos os conceitos. E,muitas vezes, havia algumas imagens que os participantes decidiram que abrangiam todos osconceitos num s. Sustentabilidade e cidadania apareciam de forma mais slida e clara - pelo menosos seus comentrios mostravam alguma reflexo e certeza sobre os tipos de exemplos que poderiaminserir.

    Alm disso, as imagens inseridas mostraram que eles vem o mundo em apenas duas cores:preto e branco. Apenas alguns notaram que havia reas cinzentas, principalmente porque o mesmoacto poderia ser positivo e negativo - o uso de carros poderia ser positivo se o carro fosse um Smart -como um bom exemplo de sustentabilidade. Mas mesmo nesses casos, eles no identificaram todosos diferentes tons de cinza. Neste exemplo, o Smart como um carro de apenas 2 lugares significa queapenas 2 pessoas podem us-lo ao mesmo tempo.

    Fig. 3

    Alm disso, existem alguns conceitos diferentes sobre o papel dos diferentes actoresenvolvidos: Estado, empresas e sociedade em geral. Para alguns, as empresas so vistas comopositivas, porque garantem o desenvolvimento do pas, para outros motivo de poluio.

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    Fig. 4

    H tambm um foco importante na reciclagem - que evidente pelo nmero de imagenscontendo depsitos para reciclagem - e sobre a dependncia e o uso excessivo de carros. Houvedualidade nalguns comentrios, por exemplo sobre os graffiti: considerado um mau exemplo emmatria de comportamento, mas se usado para expressar (des) contentamento aceitvel. Adualidade tambm visvel quando a brochura Dolceta foi usada como um mau exemplo para oconsumerismo, devido "nfase no consumo".

    Fig. 5

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    CONCLUSO

    Como um dos jovens estudantes referiu, esta actividade foi vista como um exerccio leve,

    percebendo no seu quotidiano o que podiam ou no fazer (daily 'do's' and 'don't's'). A sua maiordificuldade no eram as questes tcnicas relacionadas com a aco de tirar uma fotografia atarefa deixou de ser um mistrio e to simples como tirar uma fotografia com um telemvel -, masos seus conhecimentos sobre os 3 conceitos, pois so a base para todas as actividades. Isto foi muitoevidente no ltimo dia, quando apresentaram os resultados na sesso plenria. Sustentabilidade,cidadania e consumerismo foram ensinados na primeira semana do IP e a maioria dos alunos j tinhaalgumas informaes prvias relacionadas, mas em geral o conhecimento foi semelhante entre osparticipantes de forma - talvez o possamos afirmar to geral e simplificada como a sociedade emque vivem. Se os acadmicos enfrentam vrias contradies e complexidades quando tentamencapsular cada um dos conceitos mencionados, tal facto assume particular evidncia quando setrata do indivduo comum face ao desafio de identific-los na sua vida diria.

    O mtodo escolhido para resolver um problema prtico relacionado com um workshop que noocorreu devido ao mau tempo, foi uma maratona de fotografia. A ideia era dar liberdade de escolha acada aluno (locais, tempo, objectos...) mas, ao mesmo tempo, obrig-los a recolher tantas fotografiasquanto poderiam. Nesta medida foi um sucesso, pois apresentaram mais fotografias do que eraesperado e os comentrios mostraram que tentaram apresentar o seu prprio ponto de vista. Masesta era apenas uma abordagem, tomada de nimo leve pelos prprios participantes. Era apenas umponto de partida, a discusso necessitava maior aprofundamento atravs de leitura e reflexo. Estefoi um programa intensivo que utilizou 2 semanas para trabalhar com um grupo seleccionado deestudantes de diferentes pases, perodo que se revelou insuficiente - pelo menos, relativamente aosprincipais objectivos. Era necessrio mais disponibilidade a posteriori bem como mais preparaoantes do incio do programa, por exemplo, usando leituras exploratrias e pesquisa mais minuciosa

    sobre os autores fundamentais em cada tpico.Apesar destas vantagens e desvantagens, a experincia trouxe tona algumas linhas teis de

    trabalho: a fotografia , definitivamente, uma maneira fcil, rpida e eficaz de reunir dados, por tornarvisvel o que ns tomamos por garantido. A maratona fotogrfica pode ser usada no s pelosestudantes de graduao, mas tambm pelos estudantes mais jovens, graas facilidade naobteno de um dispositivo de recolha de imagens e em us-lo. Tambm obriga os participantes areflectir ao tentar tirar a foto (os conceitos no so fceis de transformar em aces) e quandoescrevem os comentrios sobre as imagens. Houve tambm um processo de seleco das imagensque eles inseriram na plataforma e-learning Moodle, o que ajuda a desenvolver vrias competnciasem simultneo, necessrias por outros motivos e campos de estudo.

    As imagens coligidas podem ser usadas para outros fins, como a ilustrao de materiais

    pedaggicos. No entanto, h uma grande concluso a retirar desta experincia: h uma fortenecessidade de clarificar conceitos em apreo entre os acadmicos, a fim de devolv-los sociedade, facilitando o seu processo de apropriao e transformao em aces quotidianas.

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    THORESEN, Victoria (editor) (2005) Consumer citizenship guidelines, Vol. 1 Higher Education, TheConsumer Citizenship Network

    NOTAS FINAIS

    1 Para facilitar o uso da terminologia, em especial pela traduo de textos do ingls para o portugus, a autora adoptou osseguintes termos e respectiva traduo: literacy literacia (ainda que na lngua inglesa possa assumir tambm o significado

    de alfabetizao); illiterate analfabeto; functional literacy literacia funcional2 http://www.perlprojects.org/Project-sites/PERL/Responsible-living/Concepts-and-values3 http://www.perlprojects.org/Project-sites/PERL/Responsible-living/Concepts-and-values4Finalmente, o conceito de Responsible Living (ou vida responsvel) no estava ainda disponvel para ser utilizado neste

    contexto, estando actualmente em desenvolvimento em http://www.perlprojects.org/Project-sites/PERL/Responsible-living/Concepts-and-values

    5http://www.photomarathon.com/6 http://ec.europa.eu/translation/bulletins/folha/folha30.pdf7O antepositivo ped(i)-, do latim pes, pedis (p em sentido prprio e figurado), ter sido transformado no suposto antepositivo

    ingls peddy-. Comeam tambm a aparecer em Portugal outros termos como eco-paper ou foto-paper. Nota de rodapdo autor disponvel emhttp://ec.europa.eu/translation/bulletins/folha/folha30.pdfhttp://ec.europa.eu/translation/bulletins/folha/folha30.pdf

    8 http://ec.europa.eu/translation/bulletins/folha/folha30.pdf9 http://www.medialit.org/reading-room/photolanguage-philippines

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    Congresso Nacional "Literacia, Media e Cidadania"

    10 Aconselha-se a consulta de Images and Objects Active Methodology Toolkit da PERL disponvel emhttps://www.hihm.no/content/download/5073/44646/file/1%20ESD%20Images%20and%20Objects%20Active%20Methodology%20Toolkit%20small%20file.pdf

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    http://www.facebook.com/group.php?gid=1971202631912 http://www.secondlook.org.uk/events/2010/may/29/photomarathon/