49197452 Agentes nos e Seu Potencial Na Odontologia

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Pós-Grad Rev Fac Odontol São José dos Campos, v.3, n.2, jul./dez., 2000 43

RESUMO

Diversos estudos demonstraram a origem infecciosa das prin-cipais moléstias que acometem a cavidade oral. Baseado nis-so, tem sido bastante estudada a utilização de agentes antimi-crobianos como auxiliares na prevenção e tratamento destasdoenças. Todavia, os cirurgiões-dentistas, relutam em empre-gar tais agentes, às vezes, por desconhecimento dos grandesbenefícios que tais terapias podem trazer. Tendo em vista es-tes fatores, o objetivo deste artigo é apresentar uma revisãosobre os principais agentes antimicrobianos que vêm sendoestudados para uso em Odontologia, enfocando sua atuação esua aplicabilidade clínica.

UNITERMOS

Agentes antimicrobianos; prevenção.

TORRES, C.R.G. et al. Antimicrobial agents and your potential ofuse in odontology. Pós-Grad Rev Fac Odontol São José dos Cam-pos, v.3, n.2, p., 2000.

ABSTRACT

Several studies demonstrated infectious origin of diseases thatattack the oral cavity. Based in this, it has been very studied

the utilization of antimicrobial agents as auxiliary in the pre-vention and treatment of this diseases. However, the dentistsresist in use suches agents, sometimes for disinformation ofgreat benefits that suches therapies can bring. Having in mindthese factors, the goal of this article is to present a revisionabout the main antimicrobial agents which has been studiedfor use in Odontology, explaining your performance and cli-nical application.

UNITERMS

Antimicrobial agents; prevention.

INTRODUÇÃO

É fato comprovado que as doenças que acome-tem a cavidade bucal são de origem infecciosa.Dependendo de fatores tais como a dieta e a remo-ção mecânica regular da placa, o tipo de microbio-ta predominante na cavidade bucal pode variar. Emindivíduos que mantêm uma adequada higiene orale fazem uso comedido da sacarose, a microbiotapredominante pode ser menos patogênica, poden-do o indivíduo possuir placa, e ainda assim ter saú-de. Todavia, quando a remoção mecânica da placa

* Aluno do Curso de Pós-Graduação em Odontologia (Nível Mestrado) – Área de Concentração em Odontologia Restauradora – Faculdade deOdontologia de São José dos Campos – UNESP, 12245-000 – São José dos Campos - SP.** Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos – UNESP – 12245-000 – São José dosCampos - SP.

Agentes antimicrobianos e seu potencial de uso naOdontologia

CARLOS ROCHA GOMES TORRES* ; CLAUDIO HIDEKI KUBO*, ANDRÉA ANIDO ANIDO*, JOSÉ ROBER-TO RODRIGUES**

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é deficiente e a utilização da sacarose é freqüente,ocorre uma seleção para certos organismos pato-gênicos e a placa se torna mais virulenta, podendoresultar tanto em lesões de tecido duro (cáries),quanto de tecido mole (doenças periodontais). Des-ta forma, segundo Cury10, o objetivo primário, emtermos de saúde bucal, seria manter o controle doacúmulo de bactérias sobre os dentes. Todavia,devemos lembrar das dificuldades em se conseguirque os pacientes mantenham um adequado contro-le mecânico da placa. Por conseguinte, substân-cias antimicrobianas poderiam tentar compensar adesmotivação para uma boa limpeza dos dentes10.

É possível, contudo, que fosse questionada anecessidade do uso de tais substâncias, em pacien-tes que foram adequadamente orientados quanto aocontrole mecânico da placa. Todavia, os estudosde Garcia-Godoy et al.16 (1990) e Svatun et al.43

(1987) observaram que, após a remoção total daplaca por profilaxia profissional e orientação, apóstrês meses, o índice de placa atingiu sessenta a 80%do inicial. Concluiu-se que, em função do tempo,as pessoas desmotivam-se em relação à limpeza dosdentes. Estas observações levaram os autores apensar no uso de substâncias antimicrobianas,numa tentativa de compensar a desmotivação emanter o índice de placa reduzido, compatível coma saúde bucal 10.

Todavia, ainda existe uma certa relutância porparte dos profissionais em prescreverem agentesantimicrobianos para seus pacientes, por vezes per-dendo a oportunidade de uma resolução clínicamais eficaz para o caso.

Este artigo visa apresentar uma revisão so-bre os principais agentes antimicrobianos, utili-zados em Odontologia, enfocando seus mecanis-mos de ação e sua apl icabi l idade cl ínica ,possibilitando aos cirurgiões dentistas conhece-rem melhor os agentes que podem ser utilizadoscomo auxiliares na promoção da saúde bucalbucal de seus pacientes.

2 ASPECTOS GERAIS DO USO DEANTIMICROBIANOS

Ao selecionarmos e indicarmos substânciasantimicrobianas para nossos pacientes, devemoslevar em conta fatores como:

a) toxicidade – A maioria dos agentes antimi-crobianos, por serem inespecíficos, podem provo-car efeitos colaterais. Portanto, sua interação comos tecidos bucais deve ser bem conhecida, e suasegurança comprovada;

b) permeabilidade aos tecidos – Deve ser bai-xa, considerando os efeitos sistêmicos das subs-tâncias para a saúde;

c) microbiota residente – Não deve provocardesequilíbrios, pois isto levaria a outras doençasdecorrentes da proliferação de microrganismosoportunistas;

d) substantividade (Retentividade) – Para que te-nha o efeito desejado, a substância deve ser retida nolocal de ação (superfície dental, gengiva e mucosa bu-cal) e ser liberada lentamente, evitando que seu efeitoseja rapidamente neutralizado pelo fluxo salivar.

A substância selecionada deve reunir o maiornúmero possível das características citadas, e suaefetividade ser comprovada por estudos tanto la-boratoriais quanto clínicos.

Existem vários veículos para a liberação dosagentes antimicrobianos na cavidade oral. O veí-culo ideal deve reunir características como a suacompatibilidade com o agente ativo, uma adequa-da biodisponibilidade do agente ativo no local deação, além de uma boa aceitação por parte do pa-ciente45. Os seguintes veículos são os mais comu-mente utilizados :

a) colutórios – É o veículo mais simples. Tra-ta-se de uma mistura do componente ativo, água,álcool, surfactantes, umectantes e flavorizantes;

b) dentifrícios – São excelentes veículos paraos antimicrobianos pois não exigem mudanças dehábitos da parte do paciente, sendo desta forma bemaceitos;

c) gel – Trata-se de um sistema aquoso espes-so, que pode ser aplicado através de moldeiras pron-tas ou personalizadas, para fornecer um contatoíntimo do agente com o seu local de ação ou seja, asuperfície do dente revestida pela placa;

d) dispositivos para depósito– Estes dispositi-vos consistem de membranas impregnadas com asubstância ativa, que são fixados temporariamenteno local no qual se deseja a ação, proporcionandouma liberação lenta e contínua do agente;

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e) vernizes – São compostos a base de resinasnaturais, aplicados nas superfícies dentais, manten-do um liberação mais lenta dos agentes antimicro-bianos;

f) gomas de mascar e pastilhas – O efeito de-pende da liberação do agente durante a mastiga-ção, no caso das gomas, ou da dissolução no casodas pastilhas. Para indivíduos com secreção sali-var reduzida, a mastigação também pode ser bené-fica para aliviar o desconforto.

A seleção do veículo mais apropriado vai de-pender das necessidade individuais de cada pacien-te, assim como da comodidade de sua utilização.

O controle químico da placa pode ser feito nosentido profilático ou terapêutico. No primeirocaso, estaríamos evitando que ocorresse um dese-quilíbrio da microbiota, quando os métodos mecâ-nicos são ineficientes 26. No sentido terapêutico dizrespeito a indivíduos que já apresentam uma mi-crobiota desequilibrada, visando atingir as bacté-rias predominantes relacionadas com as doenças,objetivando o reequilibro da microbiota e sua har-monia com o hospedeiro 10.

3 PRINCIPAIS ANTIMICROBIANOSUTILIZADOS EM ODONTOLOGIA

A seguir apresentaremos as principais catego-rias de agentes antimicrobianos utilizados emOdontologia e seus principais representantes.

3.1 AGENTES CATIÔNICOS

Eles são em geral mais potentes que os outrostipos, pois ligam-se imediatamente a superfíciebacteriana, carregada negativamente.

3.1.1 CLOREXIDINA

A clorexidina é um dos agentes antimicrobia-nos mais cuidadosamente estudados e o mais po-tente. Ela é altamente eficaz e em geral utilizadacomo padrão contra o qual è medida a potênciade outros agentes. Ela é classificada quimicamentecomo uma Bis-guanidina, apresentando proprie-dades hidrofílicas e hidrofóbicas 45. Geralmente éutilizada na forma de sal de gluconato e tem de-

monstrado resultados positivos no controle debactérias patogênicas presentes na cavidade bu-cal. Possui largo espectro bacteriano, alta subs-tantividade, é segura e efetiva 9. Atualmente, acre-dita-se que os efeitos da clorexidina na formaçãoda placa sejam devidos a sua atividades bacteri-cidas, quando em altas concentrações, e pela ini-bição de enzimas glicolíticas e proteolíticas quan-do em baixas 6. Ela atua na desorganização geralda membrana celular e inibição específica de en-zimas da membrana. Ela inibe a incorporação deglicose pelos S. mutans e seu metabolismo paraácido lático, e reduz a atividade proteolítica do P.gengivalis 10. Pode ser encontrada veiculada emdentifrícios, géis, vernizes ou soluções. Entretan-to, seu uso em dentifrícios pode ser indevido, poisestes em geral apresentam detergentes (ex. laurilsulfato de sódio), incompatíveis com a clorexidi-na, reduzindo sua ação 9. Na forma de solução, aconcentração preferida é de 0,12%, utilizada duasvezes ao dia 1.

Quinderé et al.36 (1999) realizaram um estudopara avaliar os efeitos tópicos da clorexidina sobrea mucosa oral de ratos, exposta a clorexidina a 0,5%e 5%. Os autores observaram áreas esbranquiça-das e eritematosas, bem como ulcerações, nos ani-mais que receberam a clorexidina a 5%. Eles con-cluíram que as alterações clínico-patológicasprovocadas foram mais significantes e severas, como uso em elevadas concentrações e maiores perío-dos. Estes resultados sugerem que tais substânciasdevem ter seu uso restrito, sujeito a indicações pre-cisas, por pequenas concentrações e por curtos pe-ríodos de tempo. Como exemplo podemos citarcrianças ou adultos deficientes (problemas moto-res), após cirurgias periodontais, pacientes que so-freram intervenções bucomaxilofaciais, ou que poralgum motivo não estão conseguindo realizar ocontrole da placa bacteriana. Também pode ser in-dicada como um coadjuvante no tratamento de bol-sas periodontais refratárias, na forma de membra-nas impregnadas (PerioChip- Marca).

Santos et al.38 (1999), analisaram a citotoxici-dade de soluções de digluconato de clorexidina a0,12% (Periogard - Colgate), a 2 % (Plack-Out) e2% com flúor (fórmula laboratorial). Eles conclui-ram que o Periogard foi significantemente menostóxico in vitro, em culturas de fibroblastos do queas outras substâncias testadas.

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Existem também no mercado os vernizes comclorexidina, com resultados promissores7,35,37,40, re-tendo a substância por mais tempo na cavidadebucal. O gel de clorexidina a 1% foi utilizado comsucesso para suprimir mutans de mães altamentecolonizadas, evitando ou retardando a transmissãopara o seu filho 22,44. Maltz et al.25 (1981) propuse-ram um método que consistia na aplicação do gelde clorexedina, em três aplicações de 5 minutos,por dois dias consecutivos. Tal tratamento mostrouuma significante redução dos microrganismos.Contudo, o gel não erradica os S. mutans da cavi-dade bucal 14, daí a necessidade de um acompa-nhamento periódico repetindo o tratamento 13,25.

Embora esta substância seja um excelente an-timicrobiano, devido a seus efeitos colaterais, nãoé recomendado o seu uso prolongado 17. Daí a ne-cessidade de serem desenvolvidas substâncias tãoefetivas quanto, mas sem os seus efeitos colate-rais. Dentre os efeitos adversos relatados com ouso prolongado da clorexidina podemos citar a co-loração dos dentes, descamação reversível da mu-cosa, alterações do paladar e aumento dos depósi-tos calcificados supra gengivais. Deve serressaltado que o manchamentto provocado pela clo-rexidina não é no dente, e sim na película adquiri-da que está adsorvida ao dente. Portanto, sendo estemanchamento extrínseco, ele pode ser removidopor uma profilaxia dental ou descoloração comagentes oxidantes 10.

Corrêa 9 (1998) afirma que a clorexidina utili-zada isoladamente não contitui um recurso válidopara o completo controle da placa bacteriana, masassociada a fluorterapia pode se tornar um valiosométodo no controle de cáries dentárias, particular-mente em indivíduos com alta atividade de proces-sos cariosos.

3.1.2 CLORETO DE CETILPIRIDÍNEO

São compostos de amônia quaternária. Trata-se de um agente amplamente utilizado em boche-chos, devido a suas propriedades antimicrobianas.Presume-se que sua ação ocorra por ligações caiô-nicas muito semelhantes às que ocorrem com a clo-rexidina. O mecanismo de ação está relacionadocom o aumento da permeabilidade da parede celu-lar, que favorece a lise, diminui o metabolismo

celular, e a habilidade da bactéria em se aderir asuperfície dentária . Segundo Gjermo et al.19 suaatividade antimicrobiana é igual ou melhor do quea clorexidina, ao passo que sua propriedade de ini-bição de placa é inferior. Essa diferença na ativi-dade antiplaca pode estar relacionado ao fato deleperder parte de suas propriedades antimicrobianascom sua adsorção nas superfícies 45. Segundo Bo-nesvol 8, a retenção inicial do cloreto de cetilperi-dínio é mais alta do que a da clorexidina, mas ele éremovido mais rapidamente da cavidade bucal.

Como efeitos adversos podemos incluir o man-chamento dentário e sensação de ardência na boca.Estes agentes estão disponíveis em um veículo al-coólico de 14 a 18%, com um pH entre 5,5 e 6,5,são recomendados para o uso duas vezes ao dia.

3.2. AGENTES NÃO IÔNICOS

3.2.1. TRICLOSAN

Sua ação baseia-se na desorganização da mem-brana celular e inibição inespecífica de enzimas damembrana. Ele possui amplo espectro antimicro-biano, com atividade contra bactérias Gram-posi-tivas, Gram-negativas e fungos 45. Ele inibe a in-corporação e metabolismo da glicose por S. mutans,S. sanguis e A. naeslundii, e a atividade de protea-ses tipo tripsina de P. gingivalis e C. gengivalis invitro 10.

In vivo, a eficácia antiplaca e substantividadedo triclosan sozinho são limitadas 1,45.. Duas técni-cas diferentes são então adotadas para aumentar asua ação. A primeira consiste em aumentar a reten-ção oral e diminuir o índice de liberação atravésda adição de um copolímero, comercialmente co-nhecido como Gantrez 1,45. A segunda consiste empotencializar o seu efeito adicionanto citrato dezinco 1,39.

Nogueira Filho et al.29(1999) verificaram oefeito de dentrifícios contendo triclosam-copolí-mero-zinco-pirofosfato, triclosam-zinco, triclo-sam-copolímero, triclosam-pirofosfato, quandocomparados a um dentrifício sem triclosam, naatividade de enzimas tipo tripsina presentes naplaca dental e na formação de grupos sulfídricos(UFC) que interferem no hálito bucal, pelo mo-delo da gengivite experimental modificada. Con-

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cluiram que os dentrifícios contendo triclosam-copolímero e triclosam-copolímero-zinco-pirofos-fato foram mais eficientes.

O triclosan pode ser encontrado no mercado,para uso odontológico, como integrante de colutó-rios ou dentrifícios (0,2 a 0,3%). Como integrantede dentifrícios, existem resultados controvérsios.Segundo Avatun et al.4 (1987), com a utilização dedentifrícios contendo triclosan associado a zincoou gantrez, foi observado um índice de placa e saú-de gengival próximo ao conseguido pelo controleprofissional sistemático. Deasy et al.11 (1992) mos-trou que a utilização de um dentifrício contendoTriclosan/Gantrez mostrou uma redução de placade 32,3 %. Segundo Thylstrup & Fejerskov45

(1995), o efeito a longo prazo contra gengivite foideterminado, mas um possível efeito cariostáticonão foi estudado sistematicamente em humanos.Melberg27 (1991) comparou os dentifrício conten-do 1000 ppm de flúor com ou sem triclosan/Gan-trez quanto a sua capacidade de remineralizar des-calcificações induzidas in vitro. Os resultadosmostraram que o triclosan não melhorava nem in-terferia na promoção da remineralização causadapelo flúor.

Pacagnella et al.32 (1999), realizaram um estu-do visando determinar a diluição inibitória máxi-ma, e a concentração inibitória mínima de 21 den-tifrícios disponíveis no mercado nacional, frente adiferentes microrganismos indicadores (bactériasGram-positivas e negativas e leveduras) através datécnica de diluição em ágar. Os resultados demons-traram que todas as formulações de detifrícios tes-tados, exerceram atividades antimicrobianas con-tra bactérias Gram-positivas. Os detrifícios comtriclosam apresentaram atividade contra bactériasgram-positivas, negativas e leveduras. Os dadossugeriram que a incorporação de agentes químicos,como o triclosam, às formulações dos detrifíciostestados podem potencializar sua atividade antimi-crobiana in vitro.

Minquio et al.28 (1999) realizaram um estudopara avaliar a ação antimicrobiana de colutóriosdisponíveis no mercado nacional. Eles concluiramque os produtos a base de triclosam são os maiseficazes para inibição da microbiota bucal, enquan-to que os produtos a base de CCP são eficazes paraa inibição de S. aureus (cepa de campo).

3.3. COMPOSTOS FENÓLICOS

3.3.1. ÓLEOS ESSENCIAIS (TIMOL, EUCALIPTOL,MENTOL, ETC.)

O único agente desta categoria é o Listerine(Warner-Lambert). Os estudos de curta duração temmostrado redução de placa e gengivite na médiade 35%, e os estudos de longa duração tem mos-trado uma redução de 25% na formação de placa ede 29% de gengivite. O Listerine é uma mistura deóleos essenciais: timol, mentol, eucaliptol e salici-lato de metila. O mecanismo de ação parece ser aalteração da parede celular bacteriana. Este produ-to não tem carga e tem uma baixa substantividade.Como efeitos adversos podemos citar a sensaçãode queimação e gosto ardido. É disponível emveículo com 26,9% de álcool e pH 5. Recomenda-se usá-lo, através de bochechos de 30 segundos,duas vezes ao dia. O produto é aceito pela ADApara controle da placa bacteriana e gengivite. Re-centemente vem sendo acrescentado a este produ-to o cloreto de zinco, pois segundo o fabricante,ele interfere na formação de cristais de fosfato decálcio, no crescimento do cristal e na mineraliza-ção da placa bacteriana, minimizando a formaçãode tártaro. Eles tem sido avaliados em estudos clí-nicos de longo prazo e demonstrado serem efici-entes e seguros31.

3.4 ALOGENOS

3.4.1 FLÚOR

Um número crescente de trabalhos indicaque, além da atividade durante a mineralização, oíon fluoreto contribui para efeitos cariostáticosporque também influi na ecologia da placa bacte-riana. Está bem estabelecido que as enzimas glico-líticas microbianas são inibidas pelo íon fluoreto.Dois mecanismos cariostáticos podem se seguir. Ainibição do metabolismo do açúcar reduz a acido-gênese, resultando na redução da desmineraliza-ção dos esmalte e interferência simultânea com aformação de polissacarídeos na placa, o que dimi-nui a adesão microbiana na superfície do dente.Após a aplicação tópica de flúor, a taxa de acido-gênese da placa poderá ser supriomida por três aquatro dias, e a proporção de S. mutans no total daflora da placa estar reduzida por até uma semana30.

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As formas como os fluoretos podem ser em-pregados na Odontologia são as seguintes :

3.4.1.1. FLUOR FOSFATO ACIDULADO A 1,23%

Apresentado na forma de gel, é utilizado paraaplicação profissional.

3.4.1.2. FLUORETO DE SÓDIO

As concentrações utilizadas são: meio aquosoa 0,05% para bochechos diários, 0,2% para boche-cho semanal, 2% para aplicação profissional (Téc-nica de Knutsom), ou na forma de gel a 2% tam-bém para aplicação profissional.

Silva et al.41 (1999), avaliaram a eficácia de umagoma de mascar com flúor na redução de placa enos níveis salivares de Streptococos do gruposmutans em humanos, comparativamente a umagoma básica e uma goma com sacarose. Os resul-tados sugerem que a goma com flúor pode reduziro acúmulo de placa, mas não causa alterações nonúmero de S. mutans na saliva.

3.4.1.3. FLUORETO ESTANHOSO

O fluoreto de estanho tem sido utilizado emsoluções a 0,2 ou 0,3%, ou sob a forma de dentrifí-cio. Existem hipóteses que este composto, maisprovavelmente às expensas dos íons estanho, exer-çam uma ação antimicrobiana sobre a placa e pro-vavelmente sobre os Streptococos mutans. Seu gos-to metálico, a sua instabilidade química e aspigmentações escuras, decorrentes de seu uso, temlimitado sua aplicação.

Com o fluoreto estanhoso, o mecanismo de açãoantimicrobiano parece estar relacionado com alte-rações da agregação e metabolismo bacteriano. Eletem moderada substantividade e a concentração de0,4% parece ser a mais efetiva. Produtos com fluo-reto estanhoso tem uma vida mais curta que outrosagentes discutidos. Os efeitos adversos tem sido ogosto e a coloração negra linear nos dentes. O usoapenas 1 ou 2 vezes ao dia favorece a aceitaçãopor parte do paciente. O fluoreto estanhoso é maiscomumente disponível na forma de gel aquoso. Osprodutos com fluoreto estanhoso são aceitos pelaADA por sua capacidade de liberar fluoretos, im-portante na atividade anticárie, mas não tem sidoaceito como agente antiplaca ou para reduzir gen-givite.

3.4.1.4. DIAMINO-FLUORETO DE PRATA

A utilização do diamino fluoreto de prata teveseu impulso com o desenvolvimento dos cariostá-ticos. Esta nova conduta terapêutica teve início noJapão, no início da década de 70, dando origem aoproduto Saforide. No Brasil alguns estudos redu-ziram a concentração inicial do diamino-fluoretode prata de 38% para 10%, mantendo-se suas pro-priedades terapêuticas, com efeitos colaterais me-nores, resultando no lançamento do produto deno-minado Cariostal (Iodontec). Segundo o fabricante,este produto fortalece a estrutura dentinária e pos-sui ação bactericida contra Streptococos mutans eLactobacilos. Também impede a aglutinação dedextrano e a atividade da sacarose na placa, redu-zindo a colonização na superfície do esmalte. Talproduto é indicado para estacionar a progressão delesões cariosas, aplicado principalmente em cáriesrampantes, na impossibilidade de um tratamentorestaurador, interrompendo o processo carioso.

Souza Neto et al.42 (1999), realizaram um estu-do para avaiar o potencial remineralizante do dia-mino-fluoreto de prata a 30% e do verniz fluoreta-do a 2,26% sobre a dentina. Os autores concluiramque o percentual de recuperação para o diamino-fluoreto de prata foi superior ao verniz.

3.4.2 IODO

Lopez et al.24 (1999) avaliaram se a solução deiodo povidine a 10% era capaz de suprimir o nívelde S. mutans, através da aplicação tópica, na su-perfície dental de crianças com alto risco de de-senvolverem cárie aguda, comparada com um pla-cebo. Eles concluiram que a solução testada éefetiva em prevenir a ocorrência de cáries. Segun-do Carranza, a solução de Iodo de Ranfjord é bas-tante eficiente quando utilizada como agente irri-gante de bolsas periodontais.

3.5 SUBSTÂNCIAS NATURAIS

Para Gebara et al.17 (1996), os produtos odonto-lógicos contendo substâncias naturais apresentamboas perspectivas no mercado, devido a aceitaçãopopular da fitoterapia, e poderiam ser introduzidosdesde que amplamente amparados por estudos la-

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boratoriais e clínicos específicos. Várias substân-cias são utilizadas na medicina popular como agentesanti-sépticos. Dentre elas podemos citar o Tomilho.Ele é empregado como anti-séptico, antiespasmó-dico, vermífugo e anti-helmintico. Suas folhas tem2 a 2,5% de óleos essenciais, principalmente cimole timol 5. A camomila é mundialmente conhecidapelo seu efeito calmante, é também indicada na me-dicina popular contra dores de dente, de cabeça, deouvido, dentre outros 23. A Salvia é considerada pelamedicina popular como excelente desinfetante, ads-tringente e eficiente contra gengivite e periodontite23. Exemplo de colutório contendo algumas destassubstâncias é o Sorriso Herbal (Kolinos do Brasil) eMalvatricin (Daudt). Como dentrifício temos o Pa-rodontax (BYK).

3.5.1 CACAU

Paolino e Kashket33 (1985) observaram in vitroque o extrato de cacau foi capaz de inibir a enzimaglicosil tranferase, responsável pela formação depolissacarídeos extracelulares em cepas de S. san-guis, S. mutans, A. viscosus e A. naeslundii. A in-gestão de alimentos contendo cacau poderia repre-sentar um componente da dieta capaz de modular aprodução de polissacarídeos extra celulares.

3.5.2 PRÓPOLIS

A própolis é uma massa resinosa extraída dediversas partes das plantas, pelas abelhas Apis me-llifera, adicionada de sua secreção salivar, como:o broto, botões florais e exudatos resinosos. Estaresina é comumente utilizada devido às suas pro-priedades antimicrobiana, antiinflamatória, imuno-estimulatória, hipotensiva, antitumoral, cicatrizantee anti-séptica15 relatadas por diversos trabalhos cien-tíficos realizados no mundo inteiro.

Tem sido demonstrado que os principais com-ponentes da própolis relacionados com proprieda-des biológicas pertencem ao grupo dos compostosfenólicos, dentre eles os flavonóides, ácidos fenó-licos e seus ésteres. Park et al.34 (1998) observa-ram a atividade antimicrobiana da própolis contraS. mutans e Actinomyces sp, assim como na inibi-ção da glicosil transferase, enzima responsável pelaformação da placa.

Ikeno et al.21 (1991) demonstraram a ação anti-microbiana do extrato de própolis sobre cepas de S.mutans, S. sobrinus e S. cricetus. Eles observaram ainibição da formação de glucanos insolúveis a par-tir da sacarose, na presença de própolis, através dainibição da aderência ao vidro, e inibição da glico-sil tranferase de 40% para S. cricetus e S. sobrinus ede 60% para S. mutans. A análise do extrato de pró-polis por cromatografia, demonstrou a existência doácido cinâmico, ácido cinâmico etil éster e ácidocafeico. Entre estes componentes o ácido cinâmicoe o cafeico tiveram atividade contra S. mutans.

Figueiredo et al.15 (1999), avaliaram os efeitosde um enxaguatório bucal a base de própolis (Pro-pamalva R, Spray e solução), bem como dos extra-tos vegetais e mel, componentes de sua fórmulas,frente a 15 diferentes microorgasnismos. Todos osextratos testados assim como o enxaguatório bucalapresenta atividade antimicrobiana in vitro frenteaos diferentes microganismos indicadores.

Gebara et al.17 (1996), analisaram a atividade an-timicrobiana das tinturas de malva, salvia, camomi-la, tomilho e própolis contra S. mutans e S. sobrinus.Apenas o tomilho, cacau e própolis apresentaram ati-vidade antimicrobiana. Os resultados sugeriram apossibilidade de emprego destes agentes no controlede microrganismos da placa bacteriana.

3.5.3 ALCALÓIDES VEGETAIS

3.5.3.1. SANGUINARINA

É uma substância derivada da Sanguinaria cana-densis. A concentração do extrato no produto é de0,03% que equivale a 0,01% de sanguinarina. Tam-bém contém 0,2% de cloreto de zinco. O produto podeser catiônico e o grau de substantividade é incerto.Como efeito adverso é citada a sensação de ardênciana boca. É encontrada sob o nome comercial de Via-dent (Dentrifício e Solução). O teor alcoólico da so-lução é de 11,5%. O proposto mecanismo de ação épela alteração da superfície celular bacteriana, demodo que a agregação e a adesão são reduzidas.

3.5.3.2. EXTRATO DE MALVA

À malva atribuem-se propriedades emolientes,calmates, expectorantes e antiinflamatórias. Como

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ela dissolve mucosidades, é indicada contra tosse,enfermidades da garganta e do peito, gripes e res-friados 23. Existe no mercado nacional uma associa-ção de substâncias antissépticas a base de Tinturade Malva, Quinosol e Tirotricina, com reconheci-da ação nos processos inflamatórios da boca e gar-ganta. Sua denominação comercial é Malvatricin(Daudt), e é indicado para aftas, gengivites, ami-dalites, faringites, estomatites e abscessos dentá-rios. Deve-se utilizar 10 ml da solução dissolvidaem meio copo de água morna, para bochecos ougargarejos três a quatro verzes ao dia.

3.5.4 QUITOSANO

O Quitosano é um polissacarídeo aminadoobtido a partir da desacetilação alcalina da quiti-na, encontrada abundantemente no exoesceleto dosartrópodes. As diversas propriedades apresentadaspelo quitosano o torna aplicável em diversas áreas,inclusive na Odontologia. Os seus efeitos antimi-crobianos são aproveitados pela indústria japone-sa para o desenvolvimento de dentifrícios, conten-do este biopolímero, visando a inibição da placadental 2.

Alves et al.2 (1999) desenvolveram métodospróprios para a extração da quitina, a partir da ca-rapaça de caranguejos e cascas de camarão e suaconversão em quitosano, que foi utilizado em so-lução a 0,05% para bochechos diários. Os resulta-dos mostram um declínio significante dos níveisde S. mutans e índice de placa com a utilização docolutório associado a escovação dentária.

3.6 AGENTES OXIGENANTES

Os estudos de longa duração sobre os efeitosdos agentes oxigenantes não mostraram benefí-cios na redução da placa e gengivite quando compa-rado a controles. Os estudos de curto prazo ofere-cem resultados contraditórios. Adicionalmete,sérias questões de segurança tem sido levantadascom relação ao uso crônico. A American Academyof Periodontology publicou uma revisão sobreagentes oxidantes que discute esta questão. Dentreos potenciais malefícios destes agentes pode-seconsiderar os aspectos mutagênicos e aumento dacandidíase oral.

Por outro lado, tais agentes tem demonstradoresultados bastante satisfatórios em casos de gen-givite úlcero necrosante aguda. Além disso, tem semostrado eficiente como agente de irrigação debolsas periodontais ao termino dos procedimentosde raspagem e nos casos de pericoronarite. Segun-do Tomasi46 (1982), em caso de diagnóstico positi-vo para GUNA, as soluções oxidantes devem serempregadas. No caso da água oxigenada, deve-seferver a água comum e, após a fervura, quando es-tiver morna, misturar iguais porções de água mor-na e água oxigenada a 10 Vol. Os bochechos de-vem ser repetidos de seis a oito vezes ao dia,associado a escovação suave.

3.7 ENZIMAS

Os colutórios contendo enzimas foram testadosquanto a sua capacidade de reduzir a placa, a gengi-vite e a doença cárie, mas o efeito não foi marcante 20.Efeitos antiplaca e antigengivite ligeiramente me-lhorados puderam ser vistos em dentifrícios con-tendo estas enzimas em comparação com aquelesque não as continham, porém a relevância clinicadeste efeito residual é questionável.

3.8 XILITOL

O xilitol, um pentiol que ocorre naturalmenteem muitas frutas, grãos e vegetais, tem sido usadocomo um adoçante artificial por muitos anos. Eletem o mesmo valor calórico e dulçor da sacarose, etem mostrado ser não cariogênico. Os efeitos ini-bidores de cárie (anticariogenicidade) do xilitoltem, a muito tempo, sido demonstrado por sua abi-lidade de inibir o crescimento e metabolismo dosS. mutans e placa dental 3.

3.9 COMBINAÇÃO DE AGENTES

A placa é uma agregação complexa de váriasespécies bacterianas. Portanto, é improvável queum único agente possa ser eficaz contra a umamicrobiota complexa, sendo assim a combinaçãode dois ou mais agentes com modos inibidorescomplementares podem aumentar a eficácia e re-duzir os efeitos prejudiciais dos agentes quimio-profiláticos 45.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pudemos observar que existe uma grande varie-dade de agentes antimicrobianos disponíveis nomercado, os quais o Cirurgião Dentista pode lan-çar mão. Cabe então ao profissional uma corretaavaliação clínica e quiçá microbiológica do pa-ciente, de forma a estabelecer o risco de cárie edoença periodontal daquele determinado indivíduo,assim como a eficiência dos métodos mecânicosde controle da placa bacteriana. Desta forma, sefor conveniente, poderá indicar o agente microbia-no mais adequado para o caso, agindo assim deforma profilática. Neste caso poderá utilizar dosa-gens pequenas, mas constantes. Para tal fim, solu-ções a base de Cloreto de Cetilpiridínio, Triclosan,Óleos Essenciais ou combinações destes com o fluo-reto de sódio são as mais utilizadas.

Na vigência de processos infecciosos já consoli-dados, o profissional deverá agir de forma terapêuti-ca, implementando medidas tanto de controle mecâ-nico quanto químico da microbiota, de forma arestabelecer seu equilíbrio o mais prontamente pos-sível. Neste sentido, a utilização intensiva de antimi-crobianos se faz necessária. Para tal, as soluções ougéis a base de Clorexedina são os mais utilizados.

Em relação à cárie, o desequilíbrio da microbi-ota é caracterizado principalmente pelo aumentoda contagem de bactérias do grupo “mutans”. Asubstância mais eficiente contra mutans tem sido aclorexidina, pois estas bactérias são muito sensí-veis a este agente 12,37.

No caso de lesões periodontais, nem sem-pre o controle de placa é suficiente, pois certasbactéria predominantes da doença se alojam notecido conjuntivo gengival e outros sítios, fi-cando inacessível aos procedimentos de raspa-gem, mesmo com acesso cirúrgico. Deste modoa doença periodontal pode ser refratária e pro-gredir. O uso de antibióticos sistêmicos como aAmoxicilina, Augentoina, Metronidazol, Clin-damicina, Tetraciclina, Toxicilina e Ciprofloxa-cina tem sido usadas em casos refratários. Podeser usado também, um coadjuvante local esubgengival de antimicrobianos, tanto na for-ma de irrigantes ou agregados a membranas paraa liberação lenta 18.

Devemos lembrar que diversas pesquisas vemsendo realizadas no campo dos agentes antimicro-bianos para uso oral, devendo os profissionais fi-carem atentos às inovações.

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