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 Revista de Educação Física - UNESP Volume 13 Número 2 Suplemento 1 Maio/Agosto 2007  Volume 17 Número 1 Suplemento 1 Janeiro/Março 2011

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Revista de Educao Fsica - UNESP

Volume 17 Volume 13 Nmero 1 2 Nmero Suplemento 1 1 Suplemento Janeiro/Maro 2011 Maio/Agosto 2007

Revista de Educao Fsica - UNESPVolume 17 Nmero 1 Suplemento 1 Jan /Mar 2011

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Editor-chefe

Benedito Srgio Denadai

Editores Associados

Afonso Antonio Machado Benedito Srgio Denadai Camila Coelho Greco Carlos Jos Martins Cynthia Y. Hiraga Gisele Maria Schwartz Luiz Augusto Normanha Lima Mauro Gonalves Suraya Cristina DaridoCibertecria

Suely de Brito Clemente Soares - CRB 8/1335_____________________________________________________

A revista Motriz um rgo de divulgao do Departamento de Educao Fsica do Instituto de Biocincias da Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Rio Claro, SP.

Copyright 2011 Motriz ISSN 1980-6574

ISSN 1980-6574

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Prof. Dr. Julio Cezar Durigan Vice-Reitor da Universidade Estadual Paulista, UNESP, no Exerccio da Reitoria a partir de 01/01/2011 Prof. Dr. Luiz Carlos Santana Diretor do Instituto de Biocincias, IB, UNESP, Rio Claro Prof. Dr. Mauro Gonalves Chefe do Departamento de Educao Fsica, IB, UNESP, Rio Claro

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Motriz Publica trabalhos de profissionais e pesquisadores de diferentes reas como educao fsica e esportes, fisioterapia, educao especial, psicologia e outras cujos manuscritos tenham perfis direcionados cincia da Motricidade Humana ou pertinentes aos interesses dos leitores da Motriz. Direitos Autorais A Motriz reserva os direitos autorais dos artigos aqui publicados. Qualquer reproduo parcial ou total destes est condicionada autorizao escrita do editor da Motriz. Indexador A Motriz est indexada no LILACS SIBRADID.

Fsica e Motricidade Humana e XIII Simpsio Paulista de Educao Fsica: http://www.rc.unesp.br/ib/simposio/ Editor da Revista Motriz Departamento de Educao Fsica, UNESP Av. 24-A, 1515, Bela Vista Rio Claro, SP 13506-900 Fone: (19) 3526-4305 Fax: (19) 3526.4321 e-mail: [email protected] http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/ motriz

Universidade Estadual Paulista Instituto de Biocincias da UNESP de Rio Claro.

Periodicidade Trimestral.

Secretaria e Editorao M. Cristina de Almeida e S. Siqueira.

Divulgao Benedito Sergio Denadai

Reviso Tcnica Amanda Martins Moraes Cristina Marquetti Maia Renan Carvalho Ramos

Capa Foto da escultura Fascinao Carusto (19-32395457) VII Congresso Internacional de Educao

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Consultores

Alberto Carlos Amadio, USP, So Paulo, SP Ana Mrcia Silva, Faculdade de Educao Fsica da Universidade Federal de Gois, Goiania, GO Ana Maria Pellegrini, UNESP Rio Claro SP, Brasil Ana Raimunda Dmaso,, UNIFESP, Santos, SP Angelina Zanesco, UNESP Rio Claro, SP Antonio Carlos Bramante, Universidade de Sorocaba, SP Carlos Alberto Anaruma, UNESP, Rio Claro, SP Carlos Jose Martins, UNESP, Rio Claro, SP Carlos Ugrinowitsch, USP, So Paulo, SP Carmen Lcia Soares, UNICAMP, Campinas, SP Carmen Maria Aguiar, UNESP Rio Claro, SP Dartagnan Pinto Guedes, UEL, Londrina, PRl Edison de Jesus Manoel, USP So Paulo, SP Eduardo Kokubun, UNESP, Rio Claro, SP Eliane Mauerberg de Castro, UNESP, Rio Claro SP Eliete Luciano, UNESP, Rio Claro, SP Elizabeth Paoliello Machado de Souza, FEF/UNICAMP, Campinas, SP Emerson Franchini, EEFE/USP So Paulo, SP Emerson Silami Garcia, EEFFTO/UFMG, B.H, MG, Florindo Stella, UNESP Rio Claro, SP Glauco Nunes Souto Ramos, UFSCar, So Carlos, SP Go Tani, USP, SP, Brasil Helder Guerra de Resende, Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro, RJ Herbert Gustavo Simes, UCB, Brasilia, DF Joo Batista Freire da Silva, UNICAMP, Campinas, SP Jorge Perrout de Roberto Lima, Universidade Federal de Juiz de Fora, MG Jorge Sergio Prez Gallardo, UNICAMP, Campinas, SP Jos Angelo Barela, UNESP, Rio Claro, SP Jos Francisco Silva Dias, Universidade Federal de Santa Maria, RS

Jos Roberto Gnecco, UNESP, Rio Claro, SP Juarez Vieira do Nascimento, UFSC, Florianpolis, SC Julio Wilson dos Santos, UNESP, Bauru, SP Leila Marrach Basto Albuquerque, UNESP Rio Claro, SPl Lilian Teresa Bucken Gobbi, UNESP, Rio Claro, SP Luis Augusto Teixeira, USP, So Paulo, SP Luis Mochizuki, USP, So Paulo, SP Luzia Mara Silva Lima-Rodrigues, Universidade Tcnica de Lisboa, Portugal Marcelo Weishaupt Proni, UNICAMP, Campinas, SP Maria Alice Rostom de Mello, UNESP, Rio Claro, SP Marli Nabeiro, UNESP, Bauru, SP Nelson Carvalho Marcellino, UNIMEP, Piracicaba, SP Osvaldo Luiz Ferraz, USP, So Paulo, SP Paulo Sergio Chagas Gomes, Departamento de Educao Fsica da Universidade Gama Filho, RJ, Renato de Moraes, USP, So Paulo, SP Ricardo Demtrio de Souza Pettersen, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, RS Rodrigo Villar, Department of Kinesiology - University of Waterloo, Ontario, Canada Ruth Eugenia Cidade e Souza, Universidade Federal do Paran, PR Sara Quenzer Matthiesen, UNESP, Rio Claro, SP Sebastio Gobbi, UNESP, Rio Claro, SP Selva Maria Guimares Barreto, UFSCar, So Carlos, SP Sergio Augusto Cunha, UNICAMP Campinas, SP Silvia Deutsch, UNESP, Rio Claro, SP Suraya Cristina Darido, UNESP, Rio Claro, SP Tony Meireles dos Santos, Universidade Gama Filho, Rio de janeiro, RJ Vera Lcia Simes da Silva, UNESP, Rio Claro, SP Verena Junghahnel Pedrinelli, Universidade Sao Judas Tadeu SP

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VII Congresso Internacional de Educao Fsica e Motricidade Humana e XIII Simpsio Paulista de Educao Fsica

Comisso OrganizadoraPresidente: Prof. Dr. Mauro Gonalves Vice-Presidente: Prof. Dr. Benedito Sergio Denadai Membros: Prof. Dr. Afonso Antonio Machado Prof. Dr. Camila Coelho Greco a Sr . Rosangela Maria Ribeiro Nogueira Comisso de Secretaria Geral e Tesouraria Coordenao Secretaria Geral: Sra. Rosangela Maria Ribeiro Nogueira Membros: a Sr . Ana Paula Pirola Sr Lorayne Pereira Bortolin Sra. Maria Cristina Apolinrio Antunes Sr. Renata Tardivo Cirqueira Coordenao Tesouraria: Prof. Dr. Mauro Gonalves Prof. Dr. Benedito Sergio Denadai Sra. Rosangela Maria Ribeiro Nogueira Comisso Cientifica Coordenao: Prof. Dr. Benedito Sergio Denadai Membros: Prof. Dr. Adalgiso Coscrato Cardozo Prof. Dr. Afonso Antonio Machado Prof. Dr. Ana Maria Pellegrini Prof. Dr. Angelina Zanesco Prof. Dr. Carmen Maria Aguiar Prof. Dr. Camila Coelho Greco Prof. Dr. Carlos Alberto Anaruma Prof. Dr. Cynthia Y. Hiraga Prof. Dr. Eliete Luciano Prof. Dr. Gisele Maria Schwartz Prof. Dr. Laurita Marconi Schiavon Prof. Dr. Leila Marrach Basto de Albuquerque Prof. Dr. Maria Alice Rostom de Mello Prof. Dr. Suraya Cristina Darido Prof. Dr. Sara Quenzer Matthiesen Comisso de Divulgao e Patrocnio Coordenao: Prof. Dr. Camila Coelho Greco Membros: Sr. Luis Fabiano Barbosa Sr. Renato Aparecido Corra Carit Prof. Dr. Renato Molina Comisso de Transporte e Recepo Coordenao: Prof. Dr. Afonso Antonio Machado Sra. Rosangela Maria Ribeiro Nogueira

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VII Congresso Internacional de Educao Fsica e Motricidade Humana e XIII Simpsio Paulista de Educao Fsica

Grupo de Informtica Sr. Ari Araldo Xavier de Camargo

Grupo de Avaliao Coordenao: Prof. Dr. Eliane Mauerberg de Castro Sra. Ana Carolina Panhan

Grupo de Apoio Geral Coordenao: Sr. Jos Roberto Rodrigues da Silva Membros: Sr. Eduardo Custdio Sr. Priscila Botelho Sr. Maria Izabel Vicentini

Grupo de udiovisual Coordenao: Sr. Odair Antonio Mariano Leite Membros: Sr. Alex Fernando Benatti Sr. Bruno Rafael P. de Camargo Sr. Juliana Leite Penteado Gomes Sr. Roberto Aparecido Nobre Franco

Alunos Colaboradores Alex Castro Aline Fernanda Ferreira Aline Harumi Karuka Ana Carolina Panhan Ana Clara de Souza Paiva Antonio Francisco de Almeida Neto Camila Zamfolini Hallal Cristiane Naomi Kawaguti Debora Hebling Spinoso Denise Martineli Rossi Fernanda Carolina Pereira Fernanda Cristina Milanezi Giselle Helena Tavares Jonathan Henrique Siqueira Faganello Leonardo Madeira Pereira Ligia Cristiane Santos Fonseca Luciano Fernandes Crozara Lucas Ribeiro Cecarelli Marcelo Rocha Soares Mary Helen Morcelli Murilo Nazario Nise Ribeiro Marques Otavio Luiz de Biaggi Hirooka Paulo Roveri de Afonso Vitor Abdias C. Germano Wendell Lima da Silva

Grupo de Atendimento mdico: Coordenao: Prof. Dr. Jos Luiz Riani Costa Sr. Joo Brasil Bueno Neto Sr. Mauricio Gama Cirilo

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VII Congresso Internacional de Educao Fsica e Motricidade Humana e XIII Simpsio Paulista de Educao Fsica

EditorialO Departamento de Educao Fsica do Instituto de Biocincias da UNESP, Campus de Rio Claro est realizando entre 26 e 29 de maio de 2011 o VII Congresso Internacional de Educao Fsica e Motricidade Humana e o XIII Simpsio Paulista de Educao Fsica. A responsabilidade dos organizadores destes eventos tem crescido ano aps ano, pois tanto a comunidade acadmica, quanto os profissionais que atuam na rea do movimento humano, aguardam ansiosos esta oportunidade para divulgar sua produo intelectual, atualizar-se e por que no rever antigos mestres e amigos. Nesta edio, alm das nossas reas j consagradas, como a Fisiologia do Exerccio e Aspectos Biodinmicos do Rendimento e Treinamento Esportivo; Coordenao e Controle de Atividades Motoras e Mtodos de Anlise Biomecnica; Educao Fsica Escolar e Formao Profissional e Mercado de Trabalho; Estados Emocionais e Movimento, Prticas Corporais Alternativas e A Natureza Social do Corpo, nosso evento est incorporando em suas mesas redondas e apresentao de trabalhos, a rea de Tecnologia e Motricidade Humana. Esta inovao resultado da crescente demanda da nossa sociedade por informaes e conhecimentos na rea tecnolgica, o que motivou inclusive a criao, em nosso Instituto de Biocincias, do Curso de Ps-Graduao em Desenvolvimento Humano e Tecnologias. A Motriz, mantendo a sua tradio de veicular um corpo de conhecimento slido que possa fundamentar e nortear a prtica acadmica e profissional se sente privilegiada em publicar este suplemento, pois sua equipe editorial tem a certeza de estar divulgando o que se tem de melhor da nossa produo intelectual na rea de Motricidade Humana. Em nome da equipe editorial da Motriz - Revista de Educao Fsica - UNESP esperamos que o evento oferea oportunidades que intensifiquem a troca de experincias; a produo de conhecimentos; a convivncia com a diversidade cultural, promovendo a integrao das diferentes reas que estudam o movimento humano. Desejo a todos uma excelente leitura.

Prof. Dr. Benedito Srgio Denadai Editor Chefe - Motriz. Revista de Educao Fsica. UNESP

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VII Congresso Internacional de Educao Fsica e Motricidade Humana e XIII Simpsio Paulista de Educao Fsica

Programa26.05.2011 (Quinta-feira) 7h30 s 18h00 Abertura da Secretaria e entrega de material 09h00 s 12h00 Mini-Cursos 12h00 s 14h00 Almoo 14h00 s18h00 Mini-Cursos 18h30 s 19h30 Cerimnia de Abertura 19h30 s 20h30 Conferncia de Abertura Exm Ministro do Esporte Sr. Orlando Silva de Jesus Jnior 20h30 s 23 horas Coquetel Prof. Profa. Dr. Fernando Jaime Zenaide Gonzlez Galvo(UNIJUI)

Doutoranda

(Universidade do Minho)

Mesa redonda A dcada dos megaeventos esportivos no Brasil Coord: Prof. Dr. Jos Roberto Gnecco(UNESP)

Profa. Dra. Flvia da Cunha Bastos (USP) Gen. Bda. Fernando Azevedo e Silva(Presidente da Comisso de Desportos do Exrcito)

10h00 s 10h30 Caf 10h30 s12h30 Temas Livres - Sesses Temticas 12h30 s 14h00 Almoo 14h00 s 15h30 Mesa redonda Desenvolvimento Humano e Tecnologias Coord. Prof. Dr. Afonso Antonio Machado(UNESP)

27.05.2011 (Sexta-feira) 8h30 s 10h00 Mesa redonda Propostas Curriculares: materiais didticos e tecnologias educacionais: possibilidades e limites Coord: Profa. Dra. Suraya Cristina Darido (UNESP)

Prof. Dr. Marcelo de Carvalho Borba (UNESP)

Profa. Dra. Carolina de Oliveira Martins

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VII Congresso Internacional de Educao Fsica e Motricidade Humana e XIII Simpsio Paulista de Educao Fsica

Mesa redonda Biomecnica Coord. Prof. Dr. Mauro Gonalves (UNESP) Prof. Dr. Edgar Ramos Vieira (Florida International University USA) Amy August (Business development manager Latin America - Vicon Motion Systems - USA) Mesa redonda Diversidade Cultural e Manifestaes Corporais Coord. Profa. Dra. Gisele M. Schwartz(UNESP)

19h00 s 20h30 Encontros de rea sobre Lazer Profa. Dra. Gisele Maria Schwartz 28.05.2011 (Sbado) 8h30 s 10h00 Mesa redonda Escola, Educao Fsica, Olimpadas e Copa do Mundo: Interfaces e perspectivas Coord: Profa. Dra. Suraya Cristina Darido(UNESP)

Profa. Dra. Carla Maria de Faria Alves e Pires Antunes (Universidade de Minho Portugal) Prof. Ms. Jos Alpio Assis dos Santos Filho (Faculdades So Luiz Maranho) Prof. Dr. Victor Andrade de Melo (UFRJ) Mesa redonda Corporeidade e Tecnologia Coord. Prof. Dr. Carlos Jos Martins(UNESP)

Prof. Doutorando Osmar Moreira de Souza Jr. (UFSCAR) Prof. Dr. Alcides Jos Scaglia (UNICAMP) Prof. Dr. Flvio de Campos (USP) Mesa redonda Obesidade, doenas cardio-metablicas e exerccio fsico Coord: Profa. Dra. Angelina Zanesco(UNESP)

Prof. Dr. Homero Luis Alves de Lima(UFC) 15h30 s 16h00 Caf 16h00 s 17h30 Temas Livres - Sesses Temticas 17h40 s 18h30 Planto dos autores junto aos Painis

Profa. Dra. Camila de Moraes (USP) Profa. Dra. Maria Andria Delbin (UNESP) Profa. Dra. Ktia de Angelis (USJT) Prof. Dr. Rogrio Brando Wichi (USJT) 10h00 s 10h30 Caf 10h30 s12h30 Temas Livres - Sesses Temticas 12h30 s 14h00 Almoo

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VII Congresso Internacional de Educao Fsica e Motricidade Humana e XIII Simpsio Paulista de Educao Fsica

14h00 s 15h30 Mesa redonda Interaes da Psicologia do Esporte com o Desenvolvimento Humano Coord. Prof. Dr. Afonso Antonio Machado(UNESP)

16h00 s 17h30 Temas Livres - Sesses Temticas 17h40 s 18h30 Planto dos autores junto aos Painis 19h00 s 20h30 Encontros de rea 29.05.2011 (Domingo) 8h30 s 10h00 Temas Livres - Sesses Temticas 10h00 s 10h30 Caf 10h30 s 11h30 Mesa Redonda de Encerramento 11h30 s 12h30 Cerimnia de Encerramento

Prof. Dr. Joaqun Dosil (Universidade de Santiago de Compostela) Prof. Dr. Sidnio Serpa (Presidente da Sociedade Internacional de Psicologia do Esporte (Universidade Tcnica de Lisboa Portugal) Mesa redonda Retratos da Histria do Esporte e da Educao Fsica Coord. Profa. Dra. Sara Quenzer Matthiesen (UNESP) Prof. Dr. Victor Andrade de Melo (UFRJ) Prof. Dr. Carmen Lcia Soares (UNICAMP) 15h30 s 16h00 Caf

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VII Congresso Internacional de Educao Fsica e Motricidade Humana e XIII Simpsio Paulista de Educao Fsica

SumrioResumos de Mesas Redondas e Conferncias.................................................................. Resumos de Temas Livres.................................................................................................. Resumos de Painis.................................................................................................. Normas da Revista Motriz 01

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Resumo de Mesas Redondas e ConfernciasA dcada dos Megaeventos Esportivos no BrasilProf. Dr. Jos Roberto Gnecco1

projetos e organiza seus empreendimentos de vulto, independentemente de sua natureza.

Fernando Azevedo e Silva5 Jogos Mundiais Militares

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Pelo investimento e motivao dos setores pblico e privado brasileiros, nosso Pas sediou os Jogos Sul-americanos Brasil em 2002, os Jogos

Introduo: Estrutura Organizacional dos 5 JMM Os 5 Jogos Mundiais Militares do CISM sero o maior evento esportivo militar j realizado no Brasil. O evento acontecer na cidade do Rio de Janeiro, de 16 a 24 de julho de 2011, e reunir cerca de 8 mil participantes. Sero

Internacionais de Polcia e Bombeiros So Paulo 2006, os Jogos Pan-americanos e Parapanamericanos Rio 2007; sediar os Jogos Mundiais Militares Rio 2011, a Copa das Confederaes de Futebol e os Jogos Mundiais dos Trabalhadores em 2013, a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e os Jogos Olmpicos e Para-Olmpicos Rio 2016. A realizao de eventos desse porte, conduzidos por mais de um parceiro na sua realizao, gera algumas incertezas. Como fazer com que

aproximadamente 6 mil atletas e 2 mil delegados vindos de mais de 100 pases. Vinte modalidades esportivas sero disputadas, algumas inditas em jogos mundiais militares, como o vlei de praia. O Brasil dever participar com 250 atletas e estar representado em todas as modalidades.

Candidatura: A escolha pelo Brasil para sediar os 5 Jogos Mundiais Militares aconteceu em maio de 2007, em Burkina Faso, na frica Ocidental, durante reunio do CISM Conselho Internacional do Esporte Militar (da sigla em francs para Conseil International du Sport Militaire). O Pas disputou com a Turquia o direito de sediar os jogos. No julgamento final, a infra-estrutura esportiva j estabelecida no Rio de Janeiro para os Jogos Pan-Americanos, a experincia na realizao de grandes eventos e o apoio

mltiplos parceiros com diferentes interesses se tornem players de um jogo que exige uma vitria, isto a realizao do evento? A realizao deve ser de foro privado (Los Angeles 1984, Atlanta 1996) ou estatal (Moscou 1980, Pequim 2008), para apenas focar exemplos extremados e

paradigmticos? Como garantir que os parceiros cumpram suas respectivas responsabilidades na realizao do evento? Como garantir que as trocas eleitorais prprias da democracia se conciliem com um projeto de longo prazo? Como garantir que o discurso populao - da candidatura ao evento - se torne realidade? Aparentemente, parte destas respostas - sobre a forma como se organiza a parceria entre o Comit Olmpico Nacional, o Comit Organizador dos Jogos e os diferentes nveis de governo, redundando na governana dos eventos - tpica e caracterstica da forma como aquele pas realiza seus demais

demonstrado pelas autoridades locais ao projeto foram decisivos para a vitria do Brasil. Projetos: O Cometa do Desporto passa pelo Brasil, caracterizando um momento nico para o desporto militar e brasileiro. Permitindo a realizao de projetos que proporcionaro um legado esportivo para o Centro de Capacitao Fsica do Exrcito CCFEx, destacando-se a revitalizao do

Complexo Desportivo da Fortaleza de So Joo e

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UNESP

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Presidente da Comisso de Desportos do Exrcito S1

Motriz, Rio Claro, v.17, n.1 (Supl.1), p.S1-S523, jan / mar 2011

Revista Motriz

a criao do Complexo Desportivo de Deodoro. O projeto Atleta de Alto Rendimento formou 03 turmas e 130 atletas foram incorporados as fileiras do Exrcito Brasileiro. O futuro do desporto militar e nacional ser influenciado pela criao do Centro de Excelncia na Formao de Recursos Humanos, Ensino e Pesquisa nas reas do Treinamento Fsico-Militar (TFM) e do Desporto e das inmeras parcerias estabelecidas para os 5 JMM/Rio2011 e Jogos Olmpicos Rio 2016. Concluso: Principais resultados A participao efetiva dos atletas militares nos principais eventos desportivos mundiais e nas Competies Militares do CISM.

inqurito que ao serem adjetivadas parecem estar bastante distante.

Propostas Curriculares, materiais didticos e tecnologias educacionais: possibilidades e limitesFernando Jaime Gonzlez4

A Educao Fsica escolar no Brasil tem passado por mudanas significativas nos ltimos vinte anos, quando comparada com sua historia desde a incluso ao sistema de educao formal no sculo XIX. Muitas destas mudanas podem ser atribudas ao denominado movimento renovador da Educao Fsica brasileira, iniciados na dcada

Desenvolvimento Humano e TecnologiasMarcelo de Carvalho Borba3Seres-humanos-com-mdias: Quem Conhecimento? Nos ltimos doze anos tenho discutido como que a noo de seres-humanos-com-mdias permeia o modo como o conhecimento produzido (BORBA; VILLARREAL, 2005). Com base nessa constri o

de 80. Uma reivindicao central deste movimento foi elevar a Educao Fsica condio de disciplina curricular (e no mera atividade), para o qual foi indispensvel demonstrar e afirmar que ela possui, assim como os outros componentes curriculares, um conhecimento, um saber

(inclusive conceitual) necessrio formao plena do cidado. Neste contexto, nos ltimos quinze anos, sugiram uma serie de propostas curriculares que buscam explicitar os conhecimentos

perspectiva, acredito que muito daquilo que os livros didticos chamam de problema possa ser transformado pelas mdias. Irei, apoiado em

(competncias e contedos) dos quais esta disciplina escolar responsvel. Particularmente, na mesa redonda, ser descrita a estrutura do Referencial Curricular de Educao Fsica do Estado do Rio Grande do Sul (2009) e debatido sobre as possibilidades e limites que iniciativas deste tipo enfrentam na busca de subsidiar transformaes nas prticas escolares.

Pierre Levy e Oleg Tikhomirov, propor que o conhecimento construdo por coletivos de sereshumanos e tecnologias essas baseado da Inteligncia. de cunho que

Desenvolverei epistemolgico conheo a

ideias em uma

rea

Educao

Matemtica,

tentando

estabelecer conexes com uma rea que pouco conheo a Educao Fsica. Discutirei a idia de que Educao ganhou esses dois adjetivos e irei sugerir que a Internet e as tecnologias da informao podero estar atraindo regies de

Diversidade Cultural e Manifestaes CorporaisCarla Pires Antunes5Em sociedades complexas e globalizadas, promover o desenvolvimento cultural e estimular a

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UNIJUI Universidade de Minho - Portugal

UNESP

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S2

Motriz, Rio Claro, v.17, n.1 (Supl.1), p.S1-S523, jan / mar 2011

Resumos de Mesas Redondas e Conferncias

participao

social

um

objectivo

de

nos faz entender que a vida cotidiana no mais balizada to diretamente pelas antigas

concretizao complexa e que implica uma dinmica onde os destinatrios sejam realmente implicados. Atravs de procedimentos, tcnicas e recursos teatrais, a animao teatral propicia a participao, a iniciativa, a originalidade,

demonstraes de fora dos meios de produo, algo tpico nas origens da sociedade capitalista. Trata-se de emuma sociedade na qual um conjunto de imagens invade nosso cotidiano, penetra por nossos lares e nos alcana nas ruas, de forma ora mais ora menos acintosa. O campo do sensvel explode e torna-se uma marca da contemporaneidade. Como, enquanto estudiosos do lazer que tm a responsabilidade de propor intervenes pedaggicas, devemos compreender o nosso papel a partir dos arranjos

estimulando a expresso e a liberdade criativas, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos grupos ou das comunidades. O conhecimento e domnio de instrumentos expressivos como o corpo e a voz, numa dimenso educativa, bem como as competncias adquiridas na relao com o outro e com o meio circundante, numa dimenso social, estimulam a comunicao, o envolvimento, a solidariedade, proporcionando a compreenso e o reconhecimento da diversidade social. Sero apresentados relatos de projectos de interveno onde a partilha do protagonismo e a vivncia em grupo, caractersticas do trabalho de natureza performativa subjacente animao teatral, assumem uma funo formadora e

contemporneos do conceito de cultura? Nessa comunicao, respostas a pretendo tal apresentar algumas as

questo, da

apresentando

potencialidades

Animao

Cultural,

estabelecendo um dilogo com alguns tericos relacionados aos Estudos Culturais.

Jos Alpio Assis dos Santos

7

informadora na compreenso e consciencializao da diversidade de realidades socioculturais.

A escola e a identidade cultural do tambor de crioula como manifestao afrodescendente Os significados das expresses das vrias

Victor Andrade de Melo6A Animao Cultural como possibilidade de interveno Como qualquer ocorrncia histrica, o conceito de cultura no pode ser encarado de forma

linguagens abordadas nas relaes com o meio ambiente vivido pelos indivduos podem

caracterizar a lngua num sistema scio-cultural. Da ser um dos papis primordiais da escola intervir na criao, valorizao, identidade e estrutura das informaes essenciais ao homem, trabalhadas no processo interativo da vida

homognea e uniforme, como algo dado a priori ou que possua uma suposta essencialidade. Suas definies, arranjos, ocorrncias modificam-se no decorrer do tempo em funo das relaes de poder e dos interesses envolvidos nos embates e tenses entabuladas pelos atores sociaisque por motivos diversos transitam no campo gerador e gerado ao redor doconceito. Na sociedade

moderna, diante da reciprocidade estvel entre o interior e o exterior destes indivduos, como parte fundamental das manifestaes das prticas corporais na gnese de uma determinada cultura.

Corporeidade e TecnologiaHomero Lus Alves de Lima8Temtica da mesa: Corporeidade e Tecnologia7

contempornea, o grande poder da cultura, como disciplinadora ereguladora, embora tambm sejam observadas iniciativas de resistncia e subverso,6

UFRJ

8

Faculdades So Luiz - Maranho UFC S3

Motriz, Rio Claro, v.17, n.1 (Supl.1), p.S1-S523, jan / mar 2011

Revista Motriz

Temtica sugerida: Ps-humanismo Ciberntico, Esttica da Desapario Corporal e Educao Fsica Uma temtica recorrente produo imagticodiscursiva agenciada ao dispositivo das novas tecnologias problematizao das fronteiras ontolgicas homem/mquina, corpo/tecnologia,

As taxas de leses musculoesquelticas dentre profissionais da sade (tais como lombalgias), e dentre pacientes (tais como fraturas devido a quedas) so altas. Estudos avaliando os riscos para estas leses e delineando intervenes para a preveno das mesmas so importantes. Nesta palestra e discusso sero apresentados estudos utilizando combinaes de mtodos

natural/artificial, natureza/cultura que

humanos/no-humanos, tm sustentado o

biomecnicos, epidemiolgicos e qualitativos para avaliar riscos de distrbios osteomusculares e leses musculoesquelticas dentre profissionais da sade e pacientes. Os estudos que sero apresentados incluem os seguintes: Avaliaes dos riscos para lombalgia dentre enfermeiros de uma UTI e de um setor de ortopedia de um hospital [1-2]; Avaliao de riscos durante transferncias de pacientes obesos [3]; Riscos de quedas de pacientes geritricos em hospitais de reabilitao [4-5]; Riscos de quedas relacionadas a transferncias de residentes de instituies de longa

pensamento ocidental, fundamentalmente, no que concerne definio do humano. Frente potencia e vitalidade das mquinas cibernticas e a emergncia de formas de vida artificial, insurge a pergunta: afinal, quem somos ns humanos? Em face das vertiginosas transformaes tecnolgicas pelas quais passam de as seus sociedades mltiplos

contemporneas,

desdobramentos que j podemos sentir e por isso mesmo antever, perguntamos: quais os seus efeitos e virtuais implicaes com as prticas, os saberes e os domnios da Educao Fsica e das Cincias do Esporte? Atravs de que

modalidades, com que tecnologias, e sob que concepes de corpo (corpo orgnico ou psorgnico, ciberntico...) e de humano ou pshumano (ciborgues) daqui por diante, exercitarse- o que chamamos de Educao Fsica e Cincias do Esporte? Palavras-Chave: Ps-Humanismo Ciberntico.

permanncia para idosos [6-7], e Riscos para distrbios osteomusculares relacionados ao

trabalho em geral [8]. A experincia adquirida durante a realizao destes estudos indica que a combinao de mtodos importante para a avaliao de riscos para leses musculoesquelticas, bem como para o desenvolvimento de intervenes para prevenir

Desaparecimento do Corpo. Educao Fsica

BiomecnicaEdgar Ramos Vieira9Combinao de mtodos biomecnicos,

tais leses. Os aprendizados sero discutidos com os participantes, os mtodos utilizados sero apresentados, discutidos, os bem principais como achados sero de

oportunidades

colaborao em estudos atuais e futuros.

epidemiolgicos, e qualitativos na avaliao de riscos de distrbios osteomusculares dentre

Amy August10

profissionais da sade e pacientes10 9

Florida International University - USA

Business development manager Latin America Vicon Motion Systems - USAMotriz, Rio Claro, v.17, n.1 (Supl.1), p.S1-S523, jan / mar 2011

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Resumos de Mesas Redondas e Conferncias

An Introduction to Motion Capture and its use in Human Motion Research Vicon motion systems are used in hundreds of universities, clinical and research laboratories, sports performance centers and other institutions in more than 50 countries worldwide. Submillimeter accuracy is just one of the reasons researches have been using Vicon for over 25 years. At its core, Vicon motion systems measure movement in various applications. Specifically, Vicon systems measure 3D locations in space, which can then be used to calculate velocities and accelerations and joint kinematics. When used in combination with force measuring devices, joint kinetics can also be measured. The purpose of this presentation is to explain the concept of motion capture, the basic principles of how it works and to provide customer case studies illustrating the research capabilities enabled by Vicon motion systems.

inegvel a expanso e a densidade das pesquisas acerca da historia do esporte

desenvolvidas no Brasil nas ultimas dcadas. Em menor nmero possvel tambm constatar a existncia de pesquisas acerca da historia da Educao Fsica, assim como das instituies que a constituram, entre elas, o esporte moderno. Esta comunicao pretende discutir recortes

temticos, temporais e interpretativos para a escrita de outras possveis histrias da Educao Fsica e do Esporte.

Escola, Educao Fsica, Olimpadas e Copa do Mundo: Interfaces e perspectivasFlavio de Campos13Esportes e Educao O intuito discutir como a realizao da Copa do Mundo no Brasil em 2014 e toda a agenda esportiva dos prximos anos podem ser

Retratos da Histria do Esporte e da Educao FsicaVictor Melo de Andrade11Essa comunicao parte da argumentao de que, nas ltimas dcadas, a Histria do Esporte emergiu enquanto um novo campo profissional de investigao histrica, se no somente conduzido por historiadores de formao, certamente por pesquisadores que, independente de sua filiao acadmica original, procuram fazer uso das discusses metodolgicas do campo da Histria. O objetivo discutir esse percurso de

vinculadas valorizao da educao e das escolas pblicas brasileiras.

Alcides Scaglia14Vivemos a emergncia de uma ofensiva pedaggica aprendizagem do esporte quer na Educao Fsica formal ou nos projetos

extracurriculares. tempo de pensar o desporto mais em funo do homem que o pratica, dando oportunidade a todos de aprender; tempo de aprofundar e reforar a confiana no seu papel educativo, sobretudo no tocante ao ensino de crianas e jovens. Muitos autores da cincia do esporte, que compem as novas tendncias em pedagogia do esporte, dizem que,

conformao e, ao final, apontar sugestes para aperfeioar nossas iniciativas de investigao.

indiscutivelmente, o esporte um excelente facilitador na educao e formao de jovens. Contudo, no podemos mais ser ingnuos; a

Carmen Lcia Soares

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UFRJ UNICAMP

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USP UNICAMP S5

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Revista Motriz

ingenuidade e inocncia devem dar espao ao desenvolvimento do esprito crtico, pois o esporte no educativo por natureza, o esporte ser o que ns (professores, treinadores, dirigentes,

pedaggica)

e

o

esporte

na

escola

com

caractersticas educativas em todas as suas dimenses e nveis e de aprendizagem, preciso,

aperfeioamento

desempenho,

polticos...) fizermos dele, pedaggico, educativo, performstico, alienador... No sendo ento o esporte educativo priori, preciso fazer dele um meio educacional, e este s o ser quando tiver por finalidade criar ambientes de aprendizagem que oportunizem de aos alunos/jogadores no a s

urgentemente, que se discuta metodologia e didtica de ensino/treinamento, ou seja, os

estudos aplicados que mostrem a teoria em prtica e o discurso em ao, oportunizando entendimentos mais claros e crticos sobre as olimpadas e a copa do mundo, principalmente em decorrncia dos prximos anos no Brasil.

construo

conhecimentos

concernentes tcnica e ttica; as questes relativas dimenso conceitual e atitudinal, como valores culturais, morais e sociais devem

Exerccio Fsico e ocluso do fluxo sanguneo: Efeitos agudos e crnicosBruno Gualano15Treinamento de fora com ocluso vascular em pacientes atrficos e com fraqueza muscular O Colgio Americano de Medicina do Esporte sugere que o treinamento de fora seja realizado entre 70-85% da fora dinmica mxima (1RM) para que o maior nmero possvel de unidades motoras tenha hipertrofia das suas fibras

incorporar os programas. Mas este esporte educativo e pedaggico requer profissionais

comprometidos com a sua funo de educador. No meros treinadores ou adestradores de gestos tcnicos visando ao rendimento esportivo mximo. A pedagogia do esporte deve se assumir

definitivamente como a rea, no interior da Educao Fsica, responsvel por organizar

conscientemente e de forma comprometida todo o processo de ensino, aprendizagem e treinamento dos esportes, quer num ambiente de educao formal ou no-formal. Ou seja, cabe a essa distinta rea, por meio de seus qualificados profissionais, formar professores que saibam responder

musculares. Embora essa recomendao seja eficiente em sujeitos saudveis, a mesma pode ser inexequvel em muitos pacientes com

acometimentos musculares e articulares. Diante disso, faz-se necessrio a elaborao de

pedagogicamente as questes relativas a: como ensinar esportes na escola, o que ensinar dos esportes na escola (nas aulas formais e/ou nos projetos scio-educativos-esportivos), para quem ensinar esportes na escola e porque ensinar esportes na escola, sendo que este esporte deve ser entendido como um constructo cultural, historicamente construdo pela sociedade humana. E isso se torna possvel quando, atravs da pedagogia, transcendemos os aspectos

estratgias que minimizem a atrofia e a perda de fora com exerccios de baixa intensidade. Uma recente e promissora interveno com tal objetivo a ocluso vascular. Diversos estudos tm demonstrado que o treinamento de fora de baixa intensidade (entre 20 e 50% de 1RM)

acompanhado da reduo do fluxo sanguneo muscular, por meio de ocluso vascular (parcial ou completa), proporciona ganhos de fora e

metdicos, tornando possvel o pedagogizar o fenmeno esporte. Portanto, acreditamos que desenvolver a pedagogia do esporte (sua ofensiva

hipertrofia semelhantes queles observados em treinamentos de alta intensidade (80% - 1RM)

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Resumos de Mesas Redondas e Conferncias

sem adio da ocluso vascular. Nesta palestra, discutiremos o papel teraputico do treinamento de fora combinado ocluso vascular em indivduos acometidos por fraqueza muscular e/ou atrofia.16

associados ao aumento da sntese proteca a maior produo de lactato pelo tecido muscular, fato que estimula a secreo do hormnio de crescimento. Com isso parece haver uma ativao de uma cascata de eventos intracelulares que ativao vias de sntese de protenas. Ainda, o

Carlos Ugrinowitsch

treinamento de fora com ocluso vascular parece inibir a ativao de vias proteolticas como a da miostatina.17

Ocluso de fluxo sanguneo e hipertrofia muscular O treinamento de fora com ocluso vascular tem sido descrito como uma excelente alternativa para ao treinamento de fora de alta intensidade. A grande vantagem desse treinamento que ele utiliza intensidades mais baixas (20-50% de 1RM) do que o treinamento de fora tradicional (>70% de 1RM). Alm disso, vrios autores tm descrito adaptaes neuromusculares semelhantes

Fabrizio Caputo

Ocluso de fluxo sanguneo: Efeitos agudos sobre a cintica do consumo de oxignio em diferentes intensidades de exerccio. O metabolismo oxidativo a fonte predominante de restaurao da adenosina trifosfato (ATP) durante o exerccio fsico com durao maior do que 70 segundos. Quanto maior a durao do exerccio e/ou menor a intensidade de esforo, maior ser a participao oxidativa como fonte de energia para os mecanismos envolvidos na contrao muscular. No entanto, mesmo nas intensidades baixas de exerccio na qual o metabolismo oxidativo capaz de atender toda a demanda energtica h, durante a transio repouso-exerccio, produo no oxidativa de energia a fim de atender o custo energtico do trabalho muscular neste perodo. Isto se deve ao aumento abrupto na demanda energtica durante a transio repousoexerccio, que no

quando esses dois modelos so comparados. Os mecanismos pelos quais a combinao do

treinamento de fora com a ocluso vascular geram tais adaptaes ainda no esto

completamente esclarecidos, mas vrios aspectos j foram elucidados. Agudamente, parece haver um aumento da atividade eletromiogrfica dos msculos agonistas ao movimento. Contudo, ainda no h estudos demonstrando que o aumento da ativao muscular de maneira aguda module a capacidade de recrutamento das

unidades motoras de maneira crnica. Por outro lado, a resposta hipertrfica dos grupos

musculares treinados com ocluso vascular j est bem descrita na literatura. Vrios estudos tm demonstrado hipertrofias musculares semelhantes quando o treinamento de fora com 20% de 1RM e ocluso vascular comparado com modelos de treinamento clssicos para a hipertrofia muscular. A razo para os ganhos semelhantes de hipertrofia muscular parece estar associada a uma ativao e desativao de vias intracelulares relacionadas a sntese (i.e. via Akt/mTOR) e a degradao protecas16

acompanhado por suficiente alterao na taxa de ressntese oxidativa de ATP. H bastante

interesse terico sobre o passo fisiolgico que limita a taxa de aumento do VO2 (Tau) durante a Transio repouso-exerccio. Muitos estudos tm analisado os efeitos de diferentes intervenes sobre o Tau, tais como: manipulaes

hemodinmicas, frmacos, velocidade e tipo de contrao muscular, frao inspirada de O2, treinamento fsico, exerccio prvio e tipo de17

(i.e

miostatina).

Um

dos

fatores

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Revista Motriz

exerccio. Um tratamento que tem sido utilizado para prevenir os danos causados por isquemia em msculo cardaco e esqueltico o pr-

poder ser melhorado quando o exerccio realizado subsequ ente a um perodo de isquemia.

condicionamento isqumico (CPI), que consiste em realizar breves perodos de isquemia seguidos por reperfuso. Apesar de seus mecanismos fundamentais ainda no estarem completamente entendidos,

Obesidade, doenas cardiometablicas e exerccio fsicoCamila de Moraesexerccio fsico A incidncia de crianas e adultos obesos vem crescendo nos ltimos anos no mundo todo. No Brasil, segundo os dados do Ministrio da Sade (IDB 2008) a menor prevalncia de adultos com sobrepeso ocorre em So Lus (30%) e a maior prevalncia verificada no Rio de Janeiro (46%). Estes ndices so preocupantes devido 18

adenosina e os canais de K sensveis ao ATP (CKATP) teriam um importante papel nos efeitos do CPI. Uma importante consequ ncia da elevao nos nveis de adenosina e dos CKATP uma maior vasodilatao. Alm disso, os nveis de adenosina e canais CKATP so tambm

Obesidade e complicaes vasculares: papel do

responsveis em ajustar o transporte de O2 e nutrientes durante para o maior demanda metablica foi

exerccio.

Recentemente

demonstrado que o CPI aumentou a potncia pico e o VO2max atingida em um teste incremental, reforado a idia de que os efeitos da CPI sobre o rendimento aerbio parecem residir sobre

associao entre o excesso de peso e o desenvolvimento de agravos sade. O excesso de tecido adiposo provoca algumas alteraes metablicas como as dislipidemias, a resistncia insulina e o diabetes mellitus tipo 2. Estas alteraes, associadas ao aumento do estresse oxidativo verificado em organismos com excesso de tecido adiposo, induzem a modificaes

mecanismos vasodilatadores, uma vez que esses ndices fisiolgicos so dependentes dos aspectos relacionados a oferta de O2. Concordando com esses dados, nosso laboratrio tem demonstrado que a CPI acelerou a cintica do VO2 ao incio do exerccio severo, porm sem alteraes na resposta do VO2 durante o exerccio moderado. Como os determinantes da cintica do VO2 tambm so dependentes da intensidade do exerccio, nossos resultados corroboram com estudos anteriores que demonstraram uma

morfofuncionais das artrias, culminando em reduo do relaxamento arterial. Em contrapartida, o exerccio fsico regular tem sido recomendado na teraputica no farmacolgica das doenas cardiovasculares e metablicas. Melhora na

hemodinmica cardiovascular devido a uma maior produo de agentes relaxantes derivados do endotlio e pela reduo da atividade simptica verificada aps perodo de treinamento. Alm disso, o exerccio fsico eficaz em promover aumento da sensibilidade insulina, alteraes benficas do perfil lipdico e reduo do estresse oxidativo. O principal objetivo desta palestra mostrar os mecanismos pelos quais o

significante influncia da oferta de O2 sobre a cintica do VO2 em exerccios severos, mas no durante exerccios moderados. Assim esses

resultados recentes indicam que os efeitos agudos gerados aps a ocluso de fluxo parecem estar relacionados aos mecanismos locais de controle de fluxo sanguneo, e que situaes na qual a oferta de O2 possa ser um dos fatores limitantes, o rendimento

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S8

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Resumos de Mesas Redondas e Conferncias

excesso de tecido adiposo provoca as alteraes vasculares e como a prtica regular de exerccio pode estabilizar ou reverter estas alteraes.19

hipertenso arterial e obesidade, associado a outros fatores de risco. Exerccios isomtricos ou isotnicos, podem ser importantes no manejo do risco cardiovascular em populaes

Rogrio B WichiEfeito do

geneticamente predispostas. fsico nas alteraes

exerccio

cardiovasculares em situaes fisiopatolgicas A obesidade na adolescncia est associada a maior ocorrncia de disfunes cardiovasculares e disturbios metablicos na idade adulta. Sabese que adolescentes obesos do sexo masculino apresentam risco relativo de morte por doenas arteriais coronria na idade adulta duas vezes maiores que adolescentes no obesos. O risco cardiovascular tem sido estudado atraves da anlise da variabilidade da frequncia cardaca (VFC). Estudos tem demonstrado que a

A

Natureza

Social21

do

Corpo

Rodolfo Franco Puttini

A cosmoviso como valor cognitivo e a concepo de mundo esprita sobre o corpo humano H cosmovises na sobre o corpo que humano, o

valorativas

sociedade,

orientam

julgamento das pessoas em relao vida, como um bem fundamental ou no. Na vida prtica geralmente separamos fatos de valores, uma vez que nem sempre convm considerar valores relativos s pessoas e aos seus desejos. Mas, crenas e desejos podem explicar aes

diminuio da VFC est associada com maior risco de infarto do miocrdio. Dessa forma, abordaremos neste simpsio o tema: influencia da obesidade na VFC de adolescentes submetidos a um teste de esforco fisico progressivo. Os dados mostram que adolescentes obesos apresentam prejuizo na recuperacao da VFC quando

humanas, e podem ser avaliadas de acordo com o julgamento feito pelas pessoas. Defenderei a hiptese de que a cosmoviso, enquanto um valor no campo cientfico, acrescenta explicao ao fenmeno social relativo ao campo religioso. Exemplificarei com a concepo de mundo esprita inserida no campo da sade no Brasil, partindo do processo de sade e doena valorizado nas instituies hospitalares administradas pelos

submetidos a um teste de esforco progressivo. Tal achado pode estar associado com alteracao na modulacao autonmica, tendo em vista que os adolescentes obesos apresentaram reduzida

resposta vagal e maior modulacao simpatica psexercicio

religiosos, voltadas para os cuidados de pessoas portadoras de deficincia e transtornos mentais.

Katia de Angelis20Obesidade, exerccio fsico As doenas cardiovasculares e metablicas tm se mostrado causa importante de doenas cardio-metablicas e

Carlos Eduardo Marotta Peters22Modernidade, corpo e religio no Brasil: dilogos e tenses O corpo parte integrante do projeto da modernidade. Apesar de no ser objeto passivo, suscetvel de ser simplesmente moldado num processo social de construo, a modernidade atribuiu ao corpo uma srie de significados21 22

morbimortalidade em indivduos de ambos os sexos. As mulheres no climatrio, frequentemente, apresentam19 20

um

aumento

na

incidncia

de

USJT USJT

UNESP Centro Universitrio Toledo- Araatuba S9

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Revista Motriz

associados

ao

mundo

produtivo.

Diversos

mecanismos de disciplinarizao foram montados para dar conta da domesticao do corpo em diferentes reas do conhecimento. Esse

investimento no corpo contou com o apoio de muitas instituies religiosas. O objetivo da minha fala analisar os dilogos, tenses e

aproximaes entre os discursos e prticas cientficas e religiosas sobre o corpo na

modernidade brasileira.

Um discurso vitalista para as corporeidades alternativasLeila Marrach Basto de Albuquerque23Nos ltimos 50 anos, o campo da sade vem apresentando interseces interessantes

produzidas, principalmente, por representaes de corpo e mente que retrucam as concepes dualistas, prprias da tradio ocidental. Um olhar mais atento a este fenmeno mostrou a presena de sistemas de pensamento vitalistas que

organizam e conferem sentido s experincias com a sade e com a doena. Os vitalistas vinculam o ser humano ao ambiente e concebem a natureza como viva, animada, protetora e portadora de poderes. Consideram o universo como um sistema harmonioso, cujas partes esto unidas por uma simpatia interna. Essa confiana na espontaneidade da vida se expressa numa recusa em aceitar a vida composta de engenhos e decomposta em mecanismos na relao do homem com a natureza. Esta comunicao vai tratar de alguns exemplos de corporeidades alternativas vitalistas. que repousam em cosmologias

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UNESPMotriz, Rio Claro, v.17, n.1 (Supl.1), p.S1-S523, jan / mar 2011

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COORDENAO E CONTROLE DE ATIVIDADES MOTORAS E MTODOS DE ANLISE BIOMECNICA Controle do equilibrio postural ortosttico sob condies de dficit aferente nos membros inferioresAutor: Andrade, S. L. F.; Tefilo, F. M.; Souza, R. M.; Rodacki, A. L. F. Instituio: Unibrasil; Unibrasil; Unibrasil; UFPR O equilbrio postural controlado por sistemas complexos ainda pouco compreendidos e se utiliza de informaes visuais, vestibulares e somatosensoriais, que quando afetadas podem aumentar o risco de quedas. Fatores internos como o diabetes, doena que afeta os nervos perifricos, podem prejudicar a transmisso dos impulsos aferentes necessrios para o controle do equilbrio. Acredita-se que a reduo da sensibilidade nos membros inferiores (MI) associada a um aumento na oscilao postural. Variaes ambientais, especialmente sob os ps podem aumentar o risco de quedas em pessoas que tenham algum comprometimento neuronal. A anlise do deslocamento do COP um mtodo frequentemente usado para medir a estabilidade postural esttica. O objetivo deste estudo foi testar e validar uma metodologia para induzir temporariamente um dficit aferente nos MI em pessoas jovens saudveis e criar um distrbio postural, afim de analisar as mudanas no controle do equilbrio nessas condies. Participaram do estudo 9 sujeitos jovens saudveis (243 anos) do sexo feminino. O equilbrio foi analisado na posio ortosttica sobre uma plataforma de fora (PF), montada sobre um trilho. A PF era movida de forma brusca por 4 cm atravs de um cabo tracionado por uma carga igual a 10% da massa corporal dos sujeitos. Para diminuir a sensibilidade dos MI, foi utilizado um garrote no tero proximal do segmento da coxa, com presso de 160mm/Hg, mantido por 3 minutos antes e durante o distrbio. Num momento, a PF foi movida por uma trao anterior (TA) e em outro, a PF foi movida por uma trao posterior (TP). Em ambas as condies, o teste foi realizado sem (TA;TP) e com ocluso vascular (TAOC;TPOC). A varivel analisada foi a amplitude de deslocamento ntero-posterior do centro de presso (CP). As amplitudes de deslocamento do CP no foram diferentes nas condies TA (0,120,04m) e TP (0,100,05m) sem ocluso (p0,05). Tambm no se identificou diferenas entre as condies TAOC (0,180,07m) e TPOC (0,130,05) com ocluso (p0,05). Entretanto, a aplicao da ocluso vascular gerou um aumento significativo do deslocamento do CP de 0,060,06m entre as condies TA e TAOC (p0,05) indicando uma interferncia do procedimento na capacidade de controle postural do indivduo, efeito esse no visto entre as condies TP e TPOC. Concluise que a metodologia apresentada adequada para a induo de distrbios posturais e para a avaliao das estratgias adotadas pelo indivduo, e que a ocluso vascular pode gerar dificuldades para a manuteno da postura aps o distrbio, principalmente em condies onde o CP deslocado posteriormente, quando a base de suporte do segmento do p significativamente menor e a capacidade de recuperao do equilbrio dificultada. Email: [email protected]

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Resumos de Temas Livres

Avaliao da lateralidade ocular em pr-escolares de uma instituio particular da cidade de Curitiba-PR.Autor: Araujo, M. L. Instituio: Universidade Federal do Parana Esta pesquisa objetivou verificar a condio do desenvolvimento da lateralidade, para o segmento ocular em pr-escolares. Fizeram parte deste estudo 58 crianas com idades entre 4 e 6 anos, de ambos os sexos de uma escola particular da cidade de Curitiba-Paran. Utilizouse a Escala de Desenvolvimento Motor (ROSA NETO, 2002), como forma metodolgica de interveno. A partir da aplicao do teste completo da lateralidade, os resultados identificaram que 58% da amostra apresenta a lateralidade indefinida e 80% da lateralidade cruzada para o segmento ocular. A amostra apresentou uma porcentagem igualitria para a lateralidade no padro geral para todos os segmentos avaliados, ou seja, mo, p e olho, em que 50% representa a soma de destros e sinistros e 50% de indefinidos e cruzados. Todos os dados so considerados significativos desde que a sua abordagem resulte no entendimento e na sua utilidade para rea da educao fsica escolar. As hipteses do estudo so confirmadas na medida em que o quesito ocular tem o respaldo da literatura, em; a) ser o ltimo quesito a se maturar, b) a lateralidade sofre influncias psicosociais e o c) quesito ocular est menos suscetvel essas influncias. Sugere-se um melhor acompanhamento longo prazo e atividades para contribuam com desenvolvimento e ainda um maior aprofundamento no processo de maturao ocular, em funo de atividades que favoream o seu

desenvolvimento. Email: [email protected]

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Modelo terico para analise qualitativa das aes motoras acrobticas: aplicao ao salto mortal a retaguarda.Autor: Bortoleto, M. A. C. ; Peixoto, C. J. ; Moreira, M. A. A. G. Instituio: Faculdade de Educao Fsica - UNICAMP; UTL - PortugalA analise qualitativa das aes motoras consiste num mtodo sistemtico de observao e registro (SARMENTO, 2004), realizada a partir de imagens reais obtidas em situao de treino ou competio/espetculo. Os parmetros que compe a anlise descritiva variam em funo dos objetivos e das caractersticas das prticas e pretendem oferecer informaes que possibilitem o ajuste imediato dos distintos aspectos tcnicos e/ou tticos. Esta metodologia de analise amplamente discutida na literatura, com destaque para as obras de Knudson e Morrison (2002), Hay e Reid, (1988) e Hay (1993), e prope a obteno dos dados (das imagens) em forma de vdeos ou sequencias fotogrficas, sem o rigor e a preciso que caracterizam as anlises quantitativas, tpicas dos estudos biomecnicos, o que inviabiliza a extrapolao dos valores obtidos ou mesmo seu uso para a formulao de modelos tericos ideais (SMITH, 1982; YEADON E BREWIN, 2003). Contudo, este mtodo permite a anlise de situaes no laboratoriais (treino/competio), com um rpido feedback e imediata aplicao dos resultados no terreno prtico. Sua formulao pautada na simplicidade tecnolgica e conceitual, permitindo o registro cotidiano de grande quantidade de aes motoras de todos os sujeitos (acrobatas). O modelo proposto foi elaborado a partir dos estudos realizados por Peixoto (1991; 1997) e Moreira (1998), apresentando uma inovao na representao grfica da ao motora no espao (inspiradas nos estudos de WILSON e CORLETT, 1995; e SMOLEUSKIY e GAVERDOUSKIY, 1991), com o intuito de facilitar a anlise e sua visualizao. O modelo prev trs nveis de anlise: a) uma anlise global, desde a ao de colocao at a finalizao, com 4 quadrantes espaciais, que destaca os aspectos rtmicos da ao, aspectos mecnicos (alinhamento segmentar, posio e trajetria do centro de massas; velocidade angular). possvel ainda, inserir algumas informaes de condicionantes externos (sol, vento, tipo da superfcie, temperatura, iluminao, etc.), bem como incluir uma anlise descritiva da relao entre os componentes da ao e os condicionantes (CORRA E FREIRE, 2004, PEIXOTO, 1991); b) uma anlise pormenorizada de cada frame (fotograma), buscando maior riqueza de detalhes nas aes segmentares realizadas nas principais fases da ao motora, bem como suas conseqncias nas fases seguintes; c) uma anlise linear, onde os fotogramas so dispostos de modo seqencial, um a frente do outro, permitindo comparaes visuais especialmente das rotaes no eixo transversal. Para exemplificar sua aplicao, apresentamos a anlise do Salto Mortal a Retaguarda em 17 modalidades acrobticas, ressaltando alguns aspectos que diferenciam a execuo tcnica desta ao motora conforme as condies espaciais, os modelos tcnicos e os objetivos de cada uma destas especialidades.1 23 1 2 3

Faculdade de Motricidade Humana -

Apoio Trabalho: CAPES Email:[email protected]

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Resumos de Temas Livres

Anlise Comparativa da Atividade Eletromiogrfica das Trs Pores do Msculo Deltide nos Exerccios Multiarticulares Remada Alta e Puxada Inclinada e no Exerccio Monoarticular Voador InversoAutor: de Azevedo Franke, R. ; Silveira Lima, C. ; Ehlers Botton, C. ; Rodrigues, R. Instituio:1234 1 2 3 4

UFRGS - Escola de Educao Fsica

O deltide um msculo da articulao do ombro que recobre a cabea do mero, e pelas suas caractersticas anatmicas um dos responsveis por estabilizar essa articulao, mantendo a cabea do mero dentro da rasa cavidade glenide. Ele composto por trs pores: clavicular, acromial e espinal. O reforo das trs pores de extrema importncia em programas de treinamento devido a sua participao nos movimentos do ombro e a sua funo estabilizadora nesta articulao. Dentre os princpios do treinamento, o da sobrecarga progressiva e o da variabilidade de estmulos podem ser melhor atendidos se o comportamento de cada msculo frente diferentes exerccios for compreendido de maneira mais clara, como a participao muscular em exerccios monoarticulares ou multiarticulares. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a ativao das trs pores do deltide nos exerccios multiarticulares remada alta e puxada inclinada e no exerccio monoarticular voador inverso. A metodologia compreendeu a coleta do sinal eletromiogrfico (EMG) em oito sujeitos homens fisicamente ativos e sem histrico de leso no ombro. Estes realizaram dez repeties mximas nos trs exerccios avaliados. Posteriormente, o valor root mean square (RMS) do sinal EMG foi calculado e normalizado pelo sinal previamente adquirido para cada uma das pores do deltide durante a realizao de contraes isomtricas voluntrias mximas (CIVM), sendo que para as pores acromial (DA) e espinal (DE) foi adotada a posio de abduo do ombro at 90 contraindo para extenso horizontal e para a poro clavicular (DC) a posio de flexo do ombro at 90 contraindo para flexo total. Foi utilizad o ANOVA para medidas repetidas para constatar se houve diferenas significativas entre os exerccios e, posteriormente, post hoc de bonferroni para evidenciar onde elas ocorreram, sendo = 0,05. Os resultados mostraram que no h diferena significativa de ativao para DC, que foi muito baixa, entre os exerccios (20,138% 16,427%; 11,264% 7,394%; 7,956% 4,371%). Para DA, a ativao foi maior (p=0,03; p=0,028) no voador inverso (47,455% 19,472%) e na remada alta (39,858% 14,577%) quando comparada a puxada inclinada (18,542% 11,696%). J para DE, foi evidenciada diferena de ativao (p=0,023; p=0,031) no voador inverso (90,789% 40,353%) quando comparada com a remada alta (50,936% 21,809%) e a puxada inclinada (56,215% 26,838%). Com isso, possvel concluir que nenhum dos trs exerccios eficaz para ativar a poro clavicular do deltide, o que justificado em funo da extenso horizontal no ser sua funo primria. O voador inverso, exerccio monoarticular, gerou maior ativao do deltide acromial e espinal, sendo indicado para aqueles que desejam reforar essas pores. Tambm possvel levantar a hiptese de que um exerccio monoarticular ative mais a musculatura alvo, tendo em vista os resultados obtidos no exerccio voador inverso frente aos demais.

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Fidedignidade das medidas inter e intra-testes com gonimetro universal e flexmetroAutor: Gouveia, V. H. O.; Arajo, A. G. F.; Maciel, S. S.; Santos, H. H. Instituio: UFPB - Depto de Fisioterapia; UFPB - Depto de Fisioterapia; UFPB - Depto de Fisioterapia; UFPB - Depto de Fisioterapia Introduo: O gonimetro universal e o flexmetro so recursos utilizados na avaliao fsica para mensurar a amplitude de movimento articular (ADM), sendo muito teis no prognstico, diagnstico, e evoluo da recuperao do indivduo. Objetivo: analisar a confiabilidade das medidas intra e inter-avaliadores, com gonimetro universal e flexmetro, nos movimentos de flexo do cotovelo e joelho, dorsiflexo do tornozelo e extenso de punho. Materiais e mtodos: Oitenta universitrios (45 mulheres e 35 homens; idade 20,812,63 anos, massa corporal: 68,3616,31 kg, estatura: 1,690,09 m e IMC: 23,884,15 kg/m), foram submetidos avaliao por goniometria e fleximetria, por 2 avaliadores (experiente e inexperiente). Cada movimento foi medido 3 vezes por cada avaliador, de forma cega, para no influenciar nos resultados. Os dados foram analisados por meio do SPSS (15.0). Para tanto, foram observadas a normalidade dos dados (Shapiro-Wilks), a homogeneidade das varincias (Levenes) e o coeficiente de correlao intra-classe (ICC), considerando-se um nvel de significncia de 5% em todas as avaliaes. Resultados: Nas medidas intra-avaliadores foram encontradas correlaes muito fortes (ICC: 0.910.99; p