3º CADERNO CULTURAL DE COARACI FEV 2011

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  • 8/7/2019 3 CADERNO CULTURAL DE COARACI FEV 2011

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    HOMENAGEM A TNIA GUIMARESTnia Cristina Farias Guimares ou simplesmente professora Tnia Guimares como era conhecida,nasceu em 05/02/1961 na cidade de Ibicara. Segunda filha do casal Jos Alves Guimares (seu ZGuimares) e Agentil Farias do Nascimento ( Dona Gringa), mudou-se com a famlia para coaraciaos 3 meses de idade, permanecendo aqui durante toda sua vida at seu lamentvel falecimentoocorrido em 18/07/2009.Em 1980 ao concluir o magistrio no Colgio Municipal de Coaraci,ingressa nomunicpio como professora e neste mesmo ano prestou concurso para professora do Estado passandoem 1lugar. Mas, o seu projeto de formao profissional iria mais alm e numa poca em que era bastantedifcil estudar fora de Coaraci ela passa no vestibular para o curso de letras na antiga FESP hoje UESCconcluindo o mesmo em 1984. Foi professora de lngua portuguesa, literatura brasileira e redao,trabalhando em vrios estabelecimentos de ensino da nossa cidade como: Colgio Municipal deCoaraci, Paulo Amrico, Escolas John Kennedy e Ligia Fialho, Educandrio Pestalozzi e colgioAlmakazzir. Atuou tambm como tcnica na Secretaria Municipal de Educao e na Secretaria de Cultura eEsporte onde teve uma atuao de destaque acompanhando e ajudando a promover todos os eventos destasecretaria durante todo o perodo em que nela trabalhou, contribuindo portanto para consolidar asatividades esportivas e culturais no nosso municpio. importante salientar no s o seu longo perodocomo professora bem como as suas outras atividades, mas, sobretudo, a qualidade com que desempenhavaas suas funes, a sua firmeza de carter, o seu carisma, o seu amor pelo conhecimento e pelo ensino, asua lealdade para com os outros. Enfim, foram estas e outras caractersticas que a tornaram uma pessoaquerida, respeitada e admirada por todos aqueles que tiveram a oportunidade da sua convivncia e que athoje lamentam o seu desaparecimento. esta pessoa emblemtica da nossa comunidade que o CadernoCultural de Coaraci presta nesse momento uma singela homenagem, estendendo para todos as demaismulheres, pelo 8 de maro data em que se comemora o dia Internacional da Mulher..

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    CONSELHO EDITORIALLuciene Soares

    *Graduanda em

    Jornalismo

    Paulo SN SantanaCoordenador

    &Prof. de Educao

    Fsica.

    Gildsio Brando*

    VeterinrioEBDA-Coaraci

    Luiz CunhaSocilogo

    *Professor

    Universitrio

    D I A G R A M A OP A U L O S E R G I O N O V A E S

    S A N T A N A

    R E V I S O D E T E X T OL U C I L E N E S O A R E S

    E D I O D E I M A G E N SP A U L O S E R G I O N O V A E S

    COLABORADORES DESTE NMERO:*Laudelino Jos Neto *Pastor Reginaldo*Jos Nilton Vieira dos Santos *Zilmar Alverita da Silva*Irm Idalina *Eldebrando Filho*Carlos Bastos(china)

    *Pedro Rui Barbosa*rcio Arajo *Luciene Soares*Paulo Sergio Novaes Santana*Saul Brito*Alana Marques*Ely Sena*Carol Santos Santana*Simone Dias*Carlo de Oliveira *Robinson Silva Alves

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    Histria dos BatistasPor volta do ano de 1600 os Batistas receberam seu nome por meio da prtica do batismo pormerso. Esta prtica contrariava diretamente a alma e o corao das Igrejas Estatais da Inglaterra da Colnia americana que praticava o batismo Infantil .As igrejas Estatais perseguiram os

    dissidentes batistas de forma severa.Eles marcharam para as prises de 1600 defendendo a

    iberdade religiosa para todas as pessoas.A defesa continua da liberdade do batismo e da f donome batista um modelo respeitvel de f para os dias de hoje.O nome batista ,no sentido mais significativo,descreve um movimento no umadenominao .Denominao ,com estruturas e teologia,variadas vo e vota, e constantementemudam.o movimento batista ,baseado em valores bblicos,surgiu a 400 nos ,cresceu em mio arises e controvrsias, e se consolidou como uma opo vivel de expresso de f crist no sculo1.

    Relao de valores do movimento batista.Defendem uma slida afirmao no Senhorio de CristoEles vem a Bblia como a nica autoridade no senhorio de CristoEles defendem a liberdade de religio e a separao entre Igreja e EstadoEles insistem no batismo somente de pessoas decididasEles defendem uma Igreja composta por pessoas regeneradas e batizadasEles defendem que cada fiel um ministroEles apiam dissidentes quando necessrioEles tocam o sino da liberdade em favor dos oprimidosEles atacam a verdade como a marca da identidade cristEles reconhecem que a Igreja(ou) Estado podem se equivocar na tomada de decises e que osndivduos nunca devem vender suas almas para qualquer instituio ou organizao.Eles soesponsveis individualmente diante de Deus.

    Pastor Reginaldo Leal O FATO RELIGIOSO

    O fato religioso se apresenta como sistema complexo no somente no meio catlico, masnas demais religies. A religio est sempre relacionada com realidades complexas ligadas aosdiversos fatores da vida. A vivncia da religiosidade separada da vida no existe. A religio comoal abrange o todo da pessoa humana: sociedade, cultura, poltica, ambiente, economia etc. E noxiste pessoa humana ou povo sem religio. o que nos mostram a Histria, a Antropologia e

    outras cincias humanas. O atesmo como tal fenmeno recente. A negao do fato religioso e dadivindade coisa dos nossos tempos. Isso porque as civilizaes antigas surgem e esto sempre

    igadas religio.

    Embora o fato religioso se apresente em sistemas complexos, na prtica so vividos devrios e diferentes modos, ou seja, as crenas, as normas, os valores religiosos originais vo sendoe-interpretados dentro de novos contextos histricos pelos seguidores das vrias religies. Aeligiosidade ao mesmo tempo fenmeno individual e coletivo. Normalmente os sistemaseligiosos que conhecemos convencionamos determin-los a partir da observao que fazemos

    deles: Sistemas Csmicos Tambm conhecidos como primitivos ou naturais. So sistemas queesultam de comportamentos religiosos coletivos a partir de certos personagens excepcionais

    geralmente annimos que se manifestam em fenmenos da natureza. Fazem parte desse grupos Religies dos Nativos, dos Africanos. E mesmo o Israel Antigo traz caractersticas desse tipo deeligiosidade. Sistemas Sapienciais Resultam da reflexo feita por alguns sbios ou por escolas partir de mitos e rituais antigos. Esta reflexo chega a tornar-se formulaes filosficas de vida

    ou de sabedorias populares LaoTs, Confcio, Buda so expresses desse tipo de sistemaeligioso. Os princpios de sabedoria so constantemente re-interpretados. Se considerarmos aabedoria popular patrimnio da pessoa humana, vamos perceber nela, a presena daeligiosidade. O dito popular: tenha f em Deus que Santo velho demonstra essa verdade. E por

    im os

    Sistemas Revelados Surgem a partir da apresentao de mensagens feitas a personagensprivilegiadas. Essas mensagens so atribudas diretamente divindade que se auto-revela. Soistemas que apresentam caractersticas dogmticas formuladas a partir de um livro sagrado queontm as revelaes feitas por Deus: o caso da Bblia Sagrada e do Alcoro. Em cada re-nterpretao feita, acontecem cismas que possibilitam o surgimento de outros grupos religiosos

    dentro do mesmo sistema. O Cristianismo, proveniente do Judasmo foi depois sendo seccionado:greja Ortodoxa, Igrejas Protestantes, Igrejas Pentecostais, Igrejas Neo Pentecostais...

    O catolicismo mesmo, no vivido de forma nica. Existem vrios modos de se viver oistema religioso catlico. Podemos at falar em tipologias do catolicismo. A religiosidade opular uma das maneiras como o catolicismo se apresenta e pode ser caracterizado assim:

    nvel de interior, no campo com suas lendas e mitos; na periferia das cidades o catolicismo seelaciona com o mundo mgico mitos, lendas, folclore so misturados com crendices eupersties provenientes dos diversos sistemas. Temos aqui o fenmeno da mistura religiosa . Aeligiosidade popular aqui no Brasil profundamente sincrtica. Possui elementos dos trsistemas que a compe: Sistema Europeu, Sistema Indgena, Sistema Africano; nos grandesentros o catolicismo vivido se relaciona com o mundo das emoes, dos sentimentos. A f no

    passa de realidade que consumida quase que com a mesma carncia dos bens que se compramnas lojas e supermercados. O fenmeno do Pentecostalismo, mesmo aquele catlico acha-sencludo nesse contexto; existe tambm um cristianismo vivido de forma relacional com a vida. A fncontra-se envolvida por elementos que se expressam no dia-a-dia. Mesmo esse tipo de vivnciaeligiosa est marcado por elementos mltiplos que o sustenta como Religio tornando possivel a e- ligao da Humanidade com a Divindade .

    Texto elaborado por Laudelino Jos Neto C O A R A C I

    T E L . 7 3 - 3 2 4 1 1 2 6 8

    OS ARTIGOS PUBLICADOS NOREFLETEM NECESSARIAMENTE AOPINIO DO CADERNO CULTURAL

    [email protected]

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    A SNDROME DA ALIENAO PARENTAL NOS DIAS DE HOJEVoc j ouviu falar em algum lugar sobre Alienao Parental? Pois , esse um assunto que tem surgido como tema de capa de jornais,

    evistas, mesas redondas e at no Congresso Nacional, o assunto tem tirado o sono de muita gente nos dias atuais, pois passou a ser um

    ema de preocupao nacional. Vejamos ento o porqu de tal tema ser to importante, bem como a necessidade de ser melhor entendido

    por ns hoje.

    A Sndrome de Alienao Parental (SAP), tambm conhecida pela sigla em ingls PAS, foi o termo trazido por Richard Gardner em 19 85para a situao em que a me ou o pai de uma criana a treina para romper os laos afetivos com o outro genitor, criando fortes

    entimentos de ansiedade e temor em relao a ele ou a ela. Os casos mais freqentes da SAP esto associados a situaes onde a

    quebra da vida conjugal gera, em um dos genitores, uma tendncia vingativa muito grande. Quando o pai ou a me que no conseguiu

    laborar adequadamente o luto da separao conjugal acaba desencadeando um processo de destruio, vingana, desmoralizao e/

    ou descrdito do ex-cnjuge ou ex-companheiro(a). Neste processo vingativo, o filho utilizado como instrumento da agressividade e

    da afetao direcionados ao ex-parceiro(a).

    A SAP(Sndrome da Alienao Parental) caracterizada por um conjunto de sintomas que aparecem na criana, geralmente juntos,

    specialmente nos tipos moderado e severo. Podemos citar como exemplo as seguintes caractersticas: uma campanha realizada para

    denegrir o outro genitor (geralmente aquele que no possui a guarda da criana); um apoio automtico ao genitor que possui a guarda no

    onflito aps a separao conjugal; ausncia de culpa sobre a crueldade a e/ou a explorao contra o genitor alienado; a presena de

    ncenaes encomendadas; a apresentao de um sentimento constante de raiva e dio contra o genitor alienado e sua famlia; o

    ecusar-se a dar ateno, visitar, ou se comunicar com o outro genitor; guardar sentimentos e crenas negativas sobre o outro genitor,

    que so inconseqentes, exageradas ou incompatveis com a realidade.

    no que se referem s caractersticas do Genitor Alienante, podemos citar: a excluso do outro genitor da vida dos filhos; a no

    omunicao ao outro genitor de fatos importantes relacionados vida dos filhos (escola, mdico, comemoraes, etc.); a tomada de

    decises importantes sobre a vida dos filhos, sem prvia consulta ao outro cnjuge (por exemplo: escolha ou mudana de escola, de

    pediatra, etc.); a transmio de seu desagrado diante da manifestao de contentamento externada pela criana em estar com o outro

    genitor. A interferncia nas visitas ao ex-parceiro(a); o controle excessivo dos horrios de visita; o organizar diversas atividades para o dia

    de visitas, de modo a torn-las desinteressantes ou mesmo inibi-las criana; a probibio da criana em estar com o genitor alienado

    m ocasies outras que no aquelas prvia e expressamente estipuladas; o ataque da relao entre o filho

    o outro genitor; o recordar criana, com insistncia, motivos ou fatos ocorridos que levem ao estranhamento com o ex-parceiro(a);

    obrigar a criana a optar entre a me ou o pai, fazendo-a tomar partido no conflito; transformar a criana em espi da vida do ex-

    njuge; quebrar, esconder ou cuidar mal dos presentes que o ex-parceiro alienado d ao filho, ou at sugerir criana que o outro

    genitor pessoa perigosa.

    Diante de tudo isso algo maior ainda surge, objeto principal da discusso atual: o que pode ocorrer com as crianas e adolescentes que

    oram ou so alienadas parentalmente por um de seus pais? Estudos relatam que as crianas vtimas da SAP so mais propensas a:

    apresentar distrbios psicolgicos como depresso, ansiedade e pnico; utilizar drogas e lcool como forma de aliviar a dor e culpa da

    alienao; cometer suicdio; apresentar baixa auto-estima; no conseguir uma relao estvel, quando adultas; possuir conflitos de

    gnero, em funo da desqualificao do genitor atacado, etc. Hoje no pas, estima-se que 80% (oitenta por cento) dos filhos de pais

    divorciados j sofreram algum tipo de alienao parental, e que mais de 20 milhes de crianas sofram este tipo de violncia hoje.

    Nos EUA desde 1985 se ouve falar na SAP, entretanto, aqui no Brasil, o tema comeou a surgir e ser abordado em processos judiciais

    apenas h cerca de 05 anos. Em Braslia foi aprovado em julho do ano passado o Projeto de Lei, aguardando hoje apenas a sano

    presidencial, que quer transformar a Alienao Parental em crime, onde no processo judicial um perito (psiclogo) avalia a criana em

    questo e define medidas (se for o caso) que determinem a integridade psicolgica da criana. Onde, o pai ou a me que

    omprovadamente manipule o filho, pode chegar a perder a guarda da criana ou at ficar de 06 meses 02 anos na cadeia. Percebem

    agora ento a dimenso que tem tal assunto? Pois , quando vidas esto implicadas e mais ainda, a qualidade de vida destas, emerge

    nto a necessidade de uma preocupao maior e um olhar diferenciado. O grande problema a ser enfrentado o no levar em conta questes to importantes como as relatadas acima, bem como estar atentospara a preveno de possveis quadros de alienao parental com aqueles que conhecemos e que esto ao nosso redor diariamente, pois o

    mundo e os indivduos do amanh so aqueles que criamos e/ou produzimos em nosso hoje.

    Chris AlbuquerquePalestrante e Graduanda no Curso de Psicologia

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    O 8 de Maro e a atualidade das lutas feministas*Zilmar Alverita da Silva

    A criao de um dia internacional, dedicado especialmente s lutas das mulheres, surgiu num clima demuita f no poder transformador da luta organizada das mulheres no contexto da luta de classes. Em1910, combativas mulheres, identificadas com as lutas socialistas, e convencidas da necessidade deconstruo de um mundo melhor, lanaram a referida proposta durante a Segunda Conferncia deMulheres Socialistas, em Copenhague.Certamente, a luta das mulheres antecede a criao do DiaInternacional das Mulheres. Mas, sem dvida, de l pra c avanamos no processo de organizao destaslutas em diversos pases e regies. E desde ento, muitas bandeiras foram levantadas por estasorganizaes feministas e de mulheres: o direito ao voto, a educao, ao trabalho remunerado, partilhadas responsabilidades com o trabalho domstico, o direito descriminalizao e legalizao do aborto.Nofindar da primeira dcada do nosso sculo, o que temos de certo a atualidade de muitas dasreivindicaes colocadas pelas operrias do sculo passado: defesa da reduo das jornadas de trabalho,de salrios dignos, por melhorias nas condies de trabalho e fim do assdio sexual! A igualdade salarialentre homens e mulheres no exerccio de uma mesma funo, j conquistada no Brasil, no passa demera formalidade!O direito ao voto, uma reivindicao que, em plena revoluo francesa, custou a vidade algumas lideranas feministas, foi alcanado. Mas, temos poucas melhorias num sentido mais amploda cidadania das mulheres.A situao das mulheres da classe trabalhadora tm se agravado ainda maiscom as nefastas polticas neoliberais e seus efeitos sobre a famlia: o desemprego, a pobreza e a fometornam ainda mais difceis as duras jornadas do trabalho domstico-familiar, sobretudo das mulheresnegras que chefiam famlias num contexto de difcil acesso a direitos fundamentais, como moradia,acesso a sade e a educao pblica, e a tantos outros bens fundamentais vida como a terra e a gua.Apoltica do Estado mnimo para as demandas populares tem dificultado qualquer avano no sentido da

    superao das desigualdades entre homens e mulheres. Hoje podemos decidir pelo divrcio, mas, naprtica, mulheres do campo e da cidade continuam aterrorizadas com as altas taxas de homicdio apsprocesso de separao. E a impunidade permanece, pois a Lei Maria da Penha, outra conquista formal,tambm no saiu do papel!Nossas dificuldades so muitas! Depois de sculos de lutas, seguimosinvisveis enquanto sujeitos polticos! E, por razes histricas, culturais e econmicas esta luta contacom outras adversidades, como a imposio do trabalho domstico e familiar enquanto responsabilidadeprincipal das mulheres!Por tudo isso, a nossa luta enquanto mulher pela superao das diferenciadasformas de dominao e explorao capitalista existentes nas sociedades tem sido cotidiana! E,infelizmente, muitas das nossas velhas bandeiras continuam atuais! E neste sentido que o DiaInternacional da Mulher, hoje comemorado mundialmente, nos fortalece e nos desafia a seguir lutando,fazendo agitao poltica, para mobilizar e organizar outras mulheres!Nossos desafios so muitos!Romper com a fragmentao das lutas e fazer com que as ditas questes das mulheres sejamassumidas como questes de toda a classe trabalhadora e incorporadas agenda poltica dos

    movimentos sociais e sindicais, e dos partidos polticos em suas lutas por um mundo sem injustiassociais. Esta esperana se renova a cada luta e, de modo especial, a cada Dia Internacional da Mulher!

    * Filosofa Mestre em Estudos de Gnero e Feminismo, do Ncleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM) da UFBA.

    Parabns a ns as mulheres! Eu, como a nica integrante feminina do Caderno Cultural, com muito orgulho, venho parabenizar atoda mulher coaraciense. Refiro-me neste momento a tambm aquelas que residem em outras cidades,mas, que fizeram e ainda fazem parte da nossa histria.Muitas foram e ainda so as vitrias femininasno Brasil. O ano de 2010 foi marco na histria quando pela primeira vez uma mulher foi eleita presidentado pas, Dilma Rousseff. Para fazer histria em nossa cidade temos tambm a primeira prefeitacoaraciense, Josefina Castro. Vamos agora continuar batalhando para que esse dia possa sercomemorado em harmonia e tambm para que no percamos o nosso instinto mulheril, aquele da donade casa, da profissional eficaz, da esposa dedicada... do ser humano tico e responsvel.Precisamoscaminhar a cada dia passando pelos obstculos cotidianos. No podemos cruzar os braos e scomemorar pelas vitrias j alcanadas, a vida uma guerra, necessrio vencer cada batalha.Ser mulher uma ddiva divina, sejamos responsveis pelos nossos atos.Parabns pelo nosso dia!

    Lucilene Soares*Graduanda em Jornalismo

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    Rio AlmadaA conterrnea Tita vai ao cerne da questo e demonstra com farto conhecimento de causa e indignao-cidado caminho a percorrer. A questo ambiental, como um todo, diz respeito aos diversos segmentos da sociedade eatinge, inexoravelmente, a qualidade e a sobrevivncia da vida e a conservao dos recursos naturais doplaneta. A base para a conscientizao e o viver em equilbrio harmnico com a natureza est na educaoambiental e na comunicao social.As pessoas e o desenvolvimento econmico tm que se dobrar a realidade dos recursos naturais finitos, doespao planetrio finito e da capacidade finita da Terra em suportar, sem controle, o avano voraz eindiscriminado de se produzir, construir, crescer e de desbravar mais e mais recantos intocados, ecossistemasfrgeis, perecveis e no retornveis.No presente, o resultado dos esforos para se implantar e aprimorar a legislao ambiental j pode surtirefeitos, prticos e objetivos. O Cdigo Ambiental, desde 1965 junto CONAMA 203, determinam a proteo dasmatas ciliares, nascentes, topos de morros, que se constituem na rea de Preveno Permanente (APP) eestabelecem a obrigatoriedade da Reserva Legal - no Bioma Mata Atlntica de 20% (vinte por cento). Comconscientizao dos proprietrios rurais e outros empreendimentos, com a obedincia legislao, j se podecontar com a ADEQUAO AMBIENTAL RURAL e se fazer, mediante estudos ambientais consistentes com

    diagnsticos, inventrio dos meios fsico, bitico (com endemismo da biodiversidade local) e scio-econmico,fitossociologia, programas de desenvolvimento sustentveis, prognsticos, programas de recuperao de reasdegradadas e outros.O ponto de partida, calcado na legislao, d o necessrio primeiro passo de maneira que todos entendam de

    forma "cartesiana", que as demandas ambientais devem ser respeitadas, refeitas, perseguidas e acima de tudonecessrias, para que possamos continuar vivendo no Planeta Terra. Esses programas tm custos, mas temincio, meio e fim, e oferecem a melhor forma de se obter os necessrios recursos financeiros para implement-los. E, a Bacia Hidrogrfica, no caso do Rio Almada, a unidade de aplicao desses programas, juntos, nums: Programa de Desenvolvimento Sustentvel da Bacia do Rio Almada onde entram as nascentes, rios,empreendimentos, meios urbanos, recomposio de reas degradadas e reduo, destinao e disposio dosresduos.Pedro Rui Barbosa

    Coaraciense - Engo Agrnomo - Gestor Ambiental

    A Sade Ambiental de Coaraci como ferramenta de planejamento estratgicoAps encaminhar relatrio a 1 Conferncia Estadual de Sade Ambiental da Bahia que teve como temaSade e Ambiente: Vamos cuidar da gente realizada em Salvador no perodo de 16 18/11/2009 deresponsabilidade compartilhada entre a SESAB (7 Dires), SEDUR e SEMA do qual, o referido relatriodesenvolvido por uma equipe multidisciplinar coordenada pela parceria gerada entre os tcnicos da ONGAmbiental, Instituto Viver da Mata, COMDEMA-Coaraci (Conselho de Defesa do Meio Ambiente) e os agentespolticos designados pela Prefeitura Municipal, indicava sinais de subdesenvolvimento em diversas reas devido falta de polticas estruturais de gestes passadas. Nessa conferncia, o relatrio foi aprovado e encaminhadoa instncia federal para a incluso das informaes no cadastro dos ministrios (Sade, Meio Ambiente e dasCidades) correlatos para ajudar na confeco das polticas bsicas denotadas no mesmo para o municpio.Ento, aps passar um ano e trs meses desse encaminhamento, faz-se necessrio provocar uma discussobenfica sobre o planejamento das aes desenvolvidas pela equipe de gesto municipal enquanto a realizaodas proposies levantadas no relatrio tais como: Reformulao do PDDU (Plano Diretor de DesenvolvimentoUrbano) aprovado em 2008 no apagar das luzes pela gesto anterior; Falta de um programa municipal paraenfrentamento aos problemas gerados pelo consumo de CRACK que caminhasse em sinergia ao Programa doGoverno Federal; No existncia de verbas no oramento de Coaraci direcionadas s reas estratgicas comoMeio Ambiente e outras que sejam usadas como contrapartida municipal para a contratao de recursosfederais via projetos; Falta de coerncia e desrespeito para com os idosos nas reparties pblicas e privadasonde a acessibilidade o menor deles; Desestruturao das secretarias de Obras, Meio Ambiente, AssistnciaSocial, Cultura entre outras e etc. Na conferncia, ficou bem claro para todos os delegados eleitos que se assecretrias de planejamento no montassem um sistema de Sade Ambiental para dar vazo a todas essasdemandas, os municpios sofreriam graves conseqncias como fiscalizaes da CGU (Controladoria Geral daUnio) e outras agncias fiscalizadoras do Governo Federal. Ento fica a pergunta para a equipe da Secretariade Planejamento Municipal se pronunciar, porque nenhuma dessas aes discutidas por diversos seguimentosda sociedade civil organizada no foram respeitadas????, descumprindo a construo da cidadania que pregada pela gesto atual. Sendo possvel, a mesma, apresente quais as aes planejadas para o binio2011/2012 que segue usando esse ou outro meio de comunicao de divulgao regional e no local.rcio Arajo Coordenador Geral ONG Ambiental - Instituto Viver da MataMembro do CG das APAs Lagoa Encantada e Rio Almada/Costa de Itacar Serra Grande, PESC - ParqueEstadual Serra do Conduru, Comit das Bacias Hidrogrficas do Leste - CBHLeste

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    Patrimnio Histrico e Cultural, o ontem, o hoje e o amanh.os homens mais sbios do mundo so os que conhecem Zora de cor. Mas foi intil a minha viagem para visitar a cidade: obrigada a permanecer imvel e imutvel para facilitar a memorizao, Zora

    definhou, desfez- se e sumiu. Foi esquecida pelo mundo. Italo Calvino, As Cidades Invisveis . Eis que surge um instrumento que mais amplo do que uma proposta, mais concreto que do um desejo emais significativo do que o simples fazer. a tentativa do resgate cultural de uma cidade que foi, e ser umceleiro de artistas e intelectuais respeitveis. Esse instrumento o Caderno Cultural de Coaraci.Segundo o antroplogo ingls Edward B. Tylor , a cultura aquele todo complexo que inclui o conhecimento,as crenas, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hbitos e aptides adquiridos pelo homem como membro da sociedade. Diante desse conceito genrico e aproveitando esse valioso veculo de disseminao da cultura coaraciensenos seus mais diversos segmentos, devemos avanar no sentido de garantir uma poltica de patrimniocultural para o municpio.Pontuar os nossos marcos e smbolos ser a condio primordial para que o nosso futuro no reduza o nossopassado a apenas um esforo de lembranas das nossas mentes.Isso se efetiva com a criao de uma legislao de proteo ao patrimnio histrico no mbito municipal e depolticas pblicas para preservar o que j existe e resgatar parte da nossa histria, pois o patrimnio anossa herana do passado, com que vivemos hoje, e que passamos s geraes vindouras.Esse patrimnio pode ser de carter natural (parques, jardins e florestas), artstico (obras de artes),paisagsticos e arquitetnicos (construes) e patrimnio cultural imaterial/intangvel (expresses emanifestaes culturais e as tradies).Deve-se ainda, criar e/ ou atualizar uma Legislao de Ordenamento e Ocupao do Uso do Solo onde sedisponha de parmetros que orientem as intervenes urbansticas com o intuito de proteger as reas comcaractersticas culturais, paisagsticas e scio ecolgicas, no permitindo assim que Coaraci se transformenuma Zora, a cidade invisvel de talo Calvino.

    *Carlos Bastos Junior (China)

    A Dana em CoaraciComo j dizia o verso da msica Odara do compositor Caetano Veloso Deixe eu danar, pro meu

    corpo ficar Odara, minha cara, minha cuca ficar Odara, sendo que a palavra Odara no seu sentido Hindusignifica paz e tranqilidade. O fato que a dana acompanha a espcie humana desde os nossos maisremotos antepassado e consegue traduzir as diferentes realidades cultural dos vrios povos do planeta.

    Em Coaraci, como nas demais cidades do interior, a dana faz parte intrnseca das nossas festividadescomo micaretas, festas juninas e tantas outras comemoraes que fazem parte do calendrio cultural local,como tambm temos a sua presena de forma marcante nas rodas de capoeira e de samba e nos rituais

    religiosos de matriz africana. Antigamente quando da existncia dos bailes nos clubes da cidade, era comum encontrarmos exmios

    casais danarinos dos vrios ritmos da poca. Hoje, a moada dana tambm com bastante criatividade osritmos atuais, mas geralmente de forma individualizada.

    Em 1995, Coaraci passa a contar com uma escola permanente de ballet que foi A Step Dance oriundade Itabuna e que por um perodo de 10anos funcionou na nossa cidade oferecendo aulas de ballet clssico eJazz. Ao trmino de suas atividades no inicio de 2006, deixou um legado importantssimo para dana localque foi a formao de inmeros alunos(as) que posteriormente deram continuidade aos trabalhos.

    A professora de dana Jlia Marfuz um bom exemplo desta continuidade. Comeou na Step Dance aos2anos de idade em 1995 e hoje aps 17anos de formao tem sua prpria escola de dana aqui em Coaracique a academia Ballet Danser com mais de 2anos de funcionamento, oferecendo aulas de ballet clssico,jazz e sapateado para em torno de 100 alunos(as) de segunda a sbado nos trs turnos dirios, contandoatualmente com trs professoras.

    Um outro bom exemplo a professora Maria Carolina Souza Gonalves Santos ou simplesmenteprofessora Carol. Tambm remanescente da Step Dance onde ingressou aos 2anos em 1997, fundou emCoaraci a escola de dana Magia da Dana com mais de 2anos de funcionamento oferecendo aulas de balletclssico, jazz e sapateado aos seus mais de 60 alunos (as) em dois turnos dirios, contando atualmente comduas professoras.

    Vale destacar que tanto a professora Jlia Marfuz como a professora Carol so alunas da Royal Academic off Dance de Londres e pretendem continuar profissionalmente na dana.

    Luiz Cunha,e-mail: [email protected]

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Edward_B._Tylorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Edward_B._Tylorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Edward_B._Tylor
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    DIREITO DOS IDOSOSLEI 10.741/91.

    No dia 27 de fevereiro, de cada ano, foi dedicado para se comemorar o DIA DO IDOSO. Que bom seria se essa data

    osse s para agradecer a Deus, louvar pela sua longevidade, pela sua experincia de vida, para com dignidade,acolher com alegria, com sade, com ateno a velhice que se torna prxima com a maturao dos cabelos brancos!O dicionrista Aurlio Buarque especifica o que vem a ser: Idoso: de muita idade; velho ; Idade: durao ordinria da vida; Velhice;poca da vida (Aurlio Buraque Holanda. pg.272.Ed. N. Fronteira,2.ed.Mini Dicionrio). Porm, esses adjetivos, que a principio eram para ser observados com esmero, para com todas as pessoas daerceira idade, mas, muitas das vezes representada nos dias atuais, em nossa sociedade, por superados, sem

    utilidades, que do trabalho, no mais trabalham, no produzem, quando, na realidade, eles tem uma carga deexperincia de vida, de vivencia de uma vida inteira, em prol do outro, de contribuio ao Pas, muitas das vezes,em as condies atuais de conforto, respeito, direitos, etc, logo eles devem merecer nossa ateno e nosso cuidado;

    O Idoso est na melhor fase de sua vida, sem conflitos existenciais, sem traumas etc.Infelizmente, a nossa sociedade que cultua o novo, o belo, o esttico, o jovem, relegando essa experincia a

    egundo plano; assistimos perplexo no dia a dia a violao desse direito inalienvel com o mal trato, a falta decuidado, o desrespeito ao idoso, o descaso para com essa classe, patente; sem olvidar que hoje j grassa a 20% dapopulao e estima-se que em 2.050, atinja a casa dos 50% da populao muito grande, em termos percentuais grande o nmero;As instituies tm feito o possvel para dirimir esses bices criando meios de ajuda, criando leis que possamavorecer aos idosos. A lei 10.741/91, denominado Estatuto do Idoso, foi de um avano impar nessa proteo, quereconhece a plenitude de todos direitos fundamentais inerentes pessoa humana, asseguradas todas as

    oportunidades e facilidades para preservao de sua sade fsica e mental e seu aperfeioamento moral, intelectual,espiritual e social, em condies de liberdade e dignidade ,e a partir desse Estatutos, tem surgidos outras leis queem buscado melhorar esse cuidado com o Idoso.Atualmente h Leis Federais, Estaduais, Municipais que visa proteger o Idoso, a exemplo do direito gratuidade de

    passagens em nibus coletivos municipais, com (02) duas passagens interestaduais e com 50% da passagem se jocupada, as duas por lei; prioridade no atendimento tanto nas reas Jurdicas, na Civil, privada e na pblica;acesso condizente com sua condio;O aumento de vida do Idoso, deve-se ao avano tecnolgico, ajuda da cincia que incansavelmente, dia a dia, tempesquisado e conseguido xito para essa perfomance longevidade -

    Porm, no obstante toda essa ajuda cientifica das mais variadas correntes filosficas, seja da medicina, dapsicologia, da educao fsica, da educao, da poltica, etc., que tm feito o possvel para proporcionar melhorescondies de vida e proteo a esses nossos antecessores na vida, que vem trabalhando para proporcionarmelhores condies de vida com dignidade visando proteger, amparar os idosos, especialmente atravs com osClubes da terceira idade, Faculdades da Terceira Idades, Viagens, etc.Urge de todos ns uma providencia de ALERTA nessa defesa para que cuidemos de nossos IDOSOS. Idosos, no seacomodem, reivindiquem, exijam o que seu de direito. Parabns pelo seu dia!. Muitas Felicidades!

    CONTRIBUIO de Jose Nilton Vieira Dos Santos Advogado,Presidente da Subseo da OAB Coaraci

    [email protected] 73 9131-1362Um novo lugar para o negro no Carnaval e na sociedade

    A preservao da cultura negra no Brasil, em especial em Salvador, a maior cidade negra fora da frica, interessa no apenas aos frodescendentes e sim a todos os brasileiros porque ela um dos pilares do que somos hoje enquanto povo e nao.Alm do extermnio fsico da nossa juventude, vemos tambm a tentativa de destruio de nossa identidade cultural e ofuscar nossa herana,

    omo se isso fosse possvel.No perodo do Carnaval o que mais vemos so discusses sobre a democratizao da maior festa popular de Salvador. Qual o lugar do negro

    no Carnaval da Bahia? Esse o questionamento que necessita e exige ser feito.Quando se discrimina os blocos afros, afoxs e outros grupos que renem em sua maioria afrodescendentes entendemos que isso representa

    um ataque nossa cultura, nossa origem e nossa raiz.Quem ganha com a invisibilidade do negro?Temos uma cultura de resistncia e vamos continuar nessa postura. No aceitamos ser coadjuvantes em nossa prpria casa. A resposta dos

    negros sempre teve na cultura sua forma mais forte para superar as dificuldades e neste momento que se discute o Carnaval oportuno que aociedade debata com firmeza a questo de combate ao racismo e destruir a imagem mental de inferioridade que tentam colocar sobre a

    populao negra.Fazemos esta analogia entre o Carnaval e a realidade social e racial que enfrentamos no Brasil para mostrar que falta muito a caminhar para

    untos construirmos uma sociedade fraterna, igualitria, onde exista a igualdade de oportunidades. Vamos juntos, independente da etnia,ontinuar nossa luta contra todas as formas de discriminao e de combate ao racismo.

    Para finalizar, utilizamos a clssica frase de Nelson Mandela como uma forma de esperana do Brasil e do mundo que queremos um diaiver. Ningum nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religio. Para odiar, as pes soas precisamprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.

    Obs.Matria completa no nosso email:[email protected]. *Carlos Alberto .Carlo de Oliveira jornalista, assessor de imprensa sindical e ex -diretor do Sinjorba (Sindicato dos Jornalis tas

    Profissionais da Bahia).

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    Atividade Fsica e a Sade A Evoluo dos tempos bem clara quando observamos a mudana radical no comportamento da sociedadeCoaraciense. Alguns anos atrs poucas pessoas tinham a coragem de sair de casa pela manh ou tarde com ainalidade de caminhar ou fazer qualquer tipo de atividade fsica. Praticar esportes ento era para jovens do sexo

    masculino, as mulheres que se exercitavam eram totalmente tmidas. Lembro-me bem que quando cheguei aqui emCoaraci na dcada de 1980, no havia academias nem movimentao da sociedade neste sentido. Iniciamos as aulase Ginstica Arobica como eram chamadas, na AABB, depois no Salo da Igreja Catlica, mais tarde no salo dareche ou ainda no salo do Sindicato Rural. As alunas eram senhoras da Sociedade local. Pois bem, os tempos

    mudaram mesmo! Nos dias atuais o que vemos uma conscincia apurada no que se refere sade, qualidade deida. Algumas mulheres ainda procuram academias pensando na aparncia corporal, mas tenho certeza que a

    maioria procura por sade e vida de qualidade. A cidade de Coaraci possui hoje algumas academias importantes e asessoas que no tm como pagar apelam para as caminhadas no incio ou final do dia. A mdia tem colaborado paradesenvolvimento da conscincia sobre o corpo e qualidade da sade, as escolas tambm tm passado contedos

    mportantes sobre o assunto e promovido programas voltados s condies fsicas e de sade de seus alunos. Aultura do corpo sarado outra influencia radical. A preocupao com a beleza do corpo incontestvel.

    Outro eixo importante utilizado a prtica dos esportes, o futebol o detentor das atenes. Nos finais de semana,

    os fins de tarde e ainda durante as noites, os desportistas praticam o futebol de salo ou futebol de campo. Emelao s outras modalidades esportivas como natao, o voleibol, handebol ou basquetebol, alguns gruposgraciados com o dom atltico treinam aps o trabalho ou durante os finais de semana. Quero dizer com isso que aade das pessoas praticantes das atividades fsicas vai melhor que a dos sedentrios das esquinas e dos bares daidade. O sedentarismo tem feito milhares de vtimas pelo mundo afora, causador de doenas do corao, diabetes,rtroses, obesidade, tem arrebatado a vida de muitos coaracienses.

    Vocs esto a se perguntar o porqu deste texto?

    para alertar as autoridades, os dirigentes a sociedade no sentido de contriburem para a conscientizao daomunidade, com campanhas contra as drogas, incentivando os programas de esporte lazer e cultura, facilitando ocesso dos muncipes a essas atividades, principalmente os irmos residentes na periferia. importante tambmromover sade atravs das avaliaes fsicas e mdicas peridicas prevenindo as doenas graves que assolam aossa sociedade. Os problemas com a hipertenso arterial, prstata, cncer, doenas silenciosas que matamndistintamente. Por fim, sociedade desenvolvida sociedade saudvel e devemos fazer algo para que isso se tornema realidade.

    Paulo Sergio Novaes Santana

    COARACI, CULTURA DO CACAU E DO FUTEBOL

    ois , isso mesmo. O corao coaracience bate acelerado quando a assunto futebol. Um orgulho imenso, umosrio de histrias, e de deuses do esporte. Ouvi falar de muitos personagens, os caras eram bons mesmo. Queriaelacionar todos agora, mas, as lembranas falham. Fiz pesquisas, procurei opinies pra ter em mos o nome dosaras, os bons. Ouvi falar de Massa Bruta, Jackson, Boginho, Sandoval, Edson Amaral, Jaime, Renato Boca,

    Catulo, Toinho, Vanderley, Bi, Regi, Z Leal, Joel Careca, Gilson Moreira, Lus de Deus... Mais tarde vieram: Mamigo,Tut, Fred, Expedito, Everaldo, Derneval, China. Os mais novos: Pato, Gildenei, Jos Carlos BA e muitos outros.

    sta gerao tem proporcionado muitas alegrias Coaraci. Vice Campe e Campe do torneio intermuicipal deutebol , hoje respeitada aonde chega para jogar. Anualmente so realizados Campeonatos de Bairro, Futebol dealo, Campeonato do CSU e da AABB .

    Coaraci possui ligas de Futsal e Futebol, conta com apoio da Prefeitura Municipal, do comrcio e torcedores queotam o Estdio Barboso para assitir grandes e pequenos jogos. As escolinhas de futebol de Alosio, Fanta, Marcos

    Til desenvolvem um trabalho responsvel na descoberta de novos valores. Todos estes eventos se tornaramerramentas importantes no combate a prostituio infantil, pedofilia, marginalizao, uso de drogas e de bebidaslcolicas. Hoje para fazer parte em uma escolinha de futebol, a criana tem que estar matriculada, serrequentadora assdua da escola e ter bons rendimentos escolares alm de serem acompanhadas por seus pais ou

    esponsveis. isso mesmo, o esporte atuando na construo de uma sociedade melhor, saudvel e com cidadosonscientes e maduros. Tudo comeou h muitos anos. Os antigos cones do futebol tornaram-se exemplos para estaerao que com certeza, ser exemplo para futuros craques da terra.

    Viva o Futebol!Paulo Sergio Novaes Santana

    Prof essor e Coordenadorrea de Educao Fsica

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    PROJETO DE LEITURANo segundo semestre letivo, 2010, do Colgio do Educandrio Pestalozzi, em parceria com os professores e

    total apoio da Diretora Mary Suely e da coordenadora Elizabeth Menezes realizamos mais um Projeto de Leituracom o tema: Vida e obra de Carlos Drummond de Andrade , o qual contribuiu para que o alunado do referidoColgio e a comunidade pudessem compreender a obra de um escritor dentro de um contexto histrico. Foi osegundo ano que trabalhamos com esse tema em virtude de ser um dos escritores mais reverenciados em nossaliteratura e pelo seu legado cultural deixado nossa nao, pois o seu nome est associado ao que se fez demelhor na poesia brasileira. Porm, buscamos no s homenagear esse grande escritor, como tambm, valorizara linguagem da poesia.

    Com muita criatividade e originalidade, os alunos dramatizaram alguns dos poemas de Drummond econstruram pardias interessantssimas. Foram realizadas atividades variadas como: socializao dasexperincias de leitura, desenvolvimento da argumentao, coral, teatro, a consulta a diferentes tipos de fontes,etc. O educando foi instigado a ler, a pesquisar, comparar, debater, criar e reformular ideias, alm de refletirsobre o rduo e consciente trabalho de um poeta que amava o que fazia, destacando sua trajetria, desafios econquistas.

    Os professores abraaram esse projeto e desenvolveram as tarefas com muito desvelo, e, no dia daculminncia (18/10/2010) os alunos deram um show. Foi um trabalho muito prazeroso.

    Aproveitamos o espao para orientar a todos os leitores que para compreender e, sobretudo, sentir a obra deCarlos Drummond de Andrade, o melhor caminho ler o maior nmero possvel de seus poemas. Ento, mos obra! Prof. Saul Brito Professor de Lngua Portuguesa .

    Na conquista pela profisso... Ns vestibulandos, precisamos mudar alguns velhos hbitos cotidianos, reorganizando nosso tempo de estudo eabdicando de algumas regalas (tudo isso sem exagero).Prestar vestibular, seja para qualquer rea, requer de ns muito empenho e dedicao. Estas so ferramentasnecessrias para iniciar com p direito a jornada de estudos, pois para obter o resultado desejado defundamental importncia dar continuidade esta jornada. Portanto, voc que ainda est no 3 ano do ensinomdio se preparando para a vida universitria ou voc que ainda no conseguiu ingressar numa Universidade,ateno para algumas dicas que podem ajud-los na preparao para este exame, que na maioria das vezes to temido pelos estudantes, mas que na verdade s exige uma melhor performace do candidato em vista doque foi aprendido por ele (nada de bicho de sete cabeas).Dicas:1.Organizar os horrios de estudo priorizando as matrias que se tm mais dificuldades, no desmerecendo asdemais.2.Frequentar cursinhos pr -vestibular, pois estes do um melhor direcionamento e um maior embasamento,servindo principalmente para esclarecer dvidas que possam surgir nos momentos de estudos individuais.

    3.No deixar de fazer atividades fsicas, tais como caminhar, nadar ou qualquer outro esporte desejado. 4.Nos momentos de lazer, praticar jogos que estimulem nosso raciocnio tais como xadrez dentre outros. 5.Ler revistas e assistir jornais, fim de manter -se sempre atualizado(a).E por fim uma mensagem aos leitores deste caderno cultural, principalmente aos jovens que almejam aprofisso dos sonhos, acreditem as dificuldades surgem para nos fazer mais habilidosos no exerccio de lidarcom elas, porm, o segredo do sucesso est em saber venc- las inteligentemente. Bons estudos e muito sucesso! Por Caroline Santos Santana

    Na sombra do Cajueiro toda Quarta da Leitura! Ler condicionante para o bom desempenho acadmico de todos os alfabetizados. dessa forma, o nico limite para a amplidoda leitura a imaginao do leitor; ele mesmo quem constri as imagens acerca do que est lendo. Por isso ela se revelacomo uma atividade extremamente frutfera e prazerosa. Por meio dela, adquirirmos mais conhecimentos e cultura - o quenos fornece maior capacidade de dilogo e nos prepara melhor para atingir s necessidades de um mercado de trabalhoexigente. Para inserir nossos alunos neste universo, construmos um projeto de leitura onde os alunos neste dia noescreve:Recita poemas;Dramatiza textos que l com os colegas;Ouvi, l, canta e interpreta;Usa tinta e pincel como forma derepresentao.No final do dia fazemos apresentaes dos trabalhos individuais e coletivos em sala de aula e para os demaiscolegas da escola.Com contedos significativos eles utilizam a linguagem verbal, concordncia e regncia adequada ao seunvel de escolaridade. Todos os textos utilizados so pesquisados pelos professores, coordenao e direo nos planejamentosPedaggicos .No inicio selecionvamos por autor, depois fizemos por temticas e em 2011 decidimos utilizar os livros deliteratura que o MEC nos enviou. Leonardo Boff diz que cada um l com os olhos que tem e interpreta onde os ps pisam.Porisso nosso projeto tem o perfil dos meninos do Cajueiro que quando movidos por curiosidade, pelo desejo de crescer, serenovam constantemente, tornando-se cada dia mais apto a estar no mundo, capaz de compreender at as entrelinhas daquiloque ouve e v, do sistema em que est inseridoDesse modo, a Quarta da Leitura se configura como um poderoso e essencial instrumento libertrio pois no corresponde a

    uma simples decodificao de smbolos, mas significa, de fato, interpretar e compreender o que se l. J temos resultadossatisfatrios registrados. Parabns aos alunos e professores da Escola Ins Soares Brando.

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    Consolo naprisoPare e pense

    Os ladres esto fugindoOs policiais esto correndopara prend-los, mas ainda

    no venceram a batalha.

    O primeiro ladro passou,O segundo ladro passou,

    O terceiro ladro passou,Mas a perseguiocontinua.

    Perdeste a dignidadeA esperana de seguir em

    frenteDistribui drogas, bebidas e

    muito maisE no tens dignidade.

    s um fugitivo da polciaTe procuram, mas no te

    achamTu te escondes na

    escuridoporque no tem paz no

    corao.

    A malandragem aumentacada vez mais,

    Os jovens caem nas drogase na prostituio,pois no h quem os

    defendam.

    De tudo tens a dvida,A incerteza e a tristeza.

    Toma conta do teu coraoProcuras a luz e sairs das

    trevas!Sers liberto! Liberto!

    Autora:Alana Marques,

    12 anos - 6 srie B

    Educandrio Pestalozzi

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    COARACI Paraiso Multicolorido Rasgado por uma cortinaDe gua doce e cristalina,

    Batizada com o nome de Rio AlmadaQue desliza suavemente para o oceano.

    Quando pouseiMeu olhar maravilhado

    sobre suas terras frteis e macias,Foi que descobri toda a nobreza

    Da poesia que brota desse lugar iluminado.

    Serras encantadasHabitadas por frondosas rvores

    Que exalam suave perfume,E aves de rara beleza

    Que emitem melodioso canto sobre teushabitantes.

    Quando vi pela primeira vezO fascinante Rio Almada

    Livre, amamentando as fartas baronesas,Senti a presena contagiante de uma constelao

    Sob a regncia tnue de uma lua cheia...Com o pensamento nas guas do mar,

    Jamais esqueceu de banhar as terras de coaraci;

    vezes alegre e transbordante,Outras tantas triste e vazio,

    Mas sempre presente em todos os momentos.Relembro-me de tua igreja branca

    E imponente, cenrio naturalQue nos serviu tantas vezes

    De palco para nossas serestasQue se estendiam pela madrugada.

    Tambm do brega,Refgio inesquecvel, sempre concorrido

    Pelos candidatos vidos a uma vagaNo curso de iniciao sexual,

    Ministrado por graduadas professoras da regio.De teu luar indiscreto

    Sempre a nos vigiar por todos os cantos:Na rua... em casa... em qualquer lugar...

    Mas sempre na mesma direo:Seguro e sem andar na contramo.

    Dos velhos coronis insaciveisE das cortejadas e indiferentes mulheres

    A dilacerar insistentes coraes.Sempre foste a bandeira resistente

    De um reino de anjos radiantes.

    s o carrossel da esperana,O retrato fiel da natureza,Com cores deslumbrantesE olhar firme no horizonte:Elo perfeito entre teus habitantes.

    ElySena

    FIM DOS DIAS.

    ONDAS GIGANTESCASINVADEM AS PRAIAS,

    SO LGRIMAS DE REVOLTADE NOSSA ME GAIA.

    FURACES SO LAMENTOS,GRITOS DE DOR,

    DESTROEM O HOMEM,MATAM O DESTRUIDOR

    O SOL ESCALDANTECASTIGA A TERRA,

    FIM DOS DIAS.UMA TRISTE ERA.

    ANIMAIS EXTINTOS,GRAAS TEMVEL FERA,

    QUEMATA,DESTRI,DILACERA.

    AQUECIMENTO GLOBAL.DERRETIMENTO DEGELEIRA GLACIAL,DEVIDO AO DITOSER RACIONAL.

    NO AR,A POEIRA,

    A POLUIO,QUE CAUSA MORTE,

    DESTRUIO

    AS FLORESTAS VIRAMCINZAS,QUEIMADAS PELA

    ARROGNCIADO CRUEL HOMEM,

    E TODA SUA GANNCIA.FIM DOS TEMPOS.FIM DO HOMEM.

    ROBINSON SILVA ALVESPRMIO UFF DE

    LITERATURA 2008 1LUGAR POESIA

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    FUNCIONRIOS DO BANCO DO BRASIL