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    ColeoA Vida no Mundo Espiritual

    01 - Nosso Lar02 - Os Mensageiros

    03 - Missionrios da Luz04 - Obreiros da Vida Eterna05 - No Mundo Maior06 - Libertao07 - Entre a Terra e o Cu08 - Nos Domnios da Mediunidade09 - Ao e Reao10 - Evoluo em Dois Mundos

    11 - Mecanismos da Mediunidade12 - Sexo e Destino13 - E a Vida Continua...

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    ndiceRegistros de Allan Kardec ......................................................... 9

    Mediunidade ............................................................................. 11

    Ante a Mediunidade ................................................................. 15

    1 Ondas e percepes .............................................................. 19

    Agitao e ondas ............................................................... 19Tipos e definies ............................................................. 19Homem e ondas................................................................. 20Continente do infra-som ................................................ 21Sons perceptveis .............................................................. 22Outros reinos ondulatrios ................................................ 23

    2 Conquistas da Microfsica ................................................... 25

    Primrdios da Eletrnica................................................... 25Campo eletromagntico..................................................... 26Estrutura do tomo............................................................ 27Estado radiante e raios X................................................... 27Eltron e radioatividade .................................................... 29Qumica Nuclear ............................................................... 29

    3 Ftons e fluido csmico ........................................................ 32Estrutura da luz ................................................................. 32Saltos qnticos ............................................................. 33Efeito Compton ............................................................. 34Frmula de De Broglie...................................................... 34Mecnica ondulatria ........................................................ 35Campo de Einstein........................................................... 36

    4 Matria mental ..................................................................... 38Pensamento do Criador ..................................................... 38

    Pensamento das criaturas .................................................. 38

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    Corpsculos mentais ......................................................... 39

    Matria mental e matria fsica ......................................... 40Induo mental.................................................................. 41Formas-pensamentos......................................................... 42

    5 Corrente eltrica e corrente mental .................................... 43Dnamo espiritual.............................................................. 43Gerador eltrico ................................................................ 43Gerador medinico............................................................ 44

    tomos e Espritos ............................................................ 45Fora eletromotriz e fora medinica................................ 46Fontes de fraco teor........................................................... 46

    6 Circuito eltrico e circuito medinico................................. 48Conceito de circuito eltrico ............................................. 48Conceito de circuito medinico......................................... 48Circuito aberto e circuito fechado ..................................... 49Resistncia ........................................................................ 49Indutncia ......................................................................... 50Capacitncia...................................................................... 51

    7 Analogias de circuitos .......................................................... 53Velocidade eltrica............................................................ 53Continuidade de correntes................................................. 53Expresses de analogia ..................................................... 54Necessidades da sintonia................................................... 55

    Deteno de circuitos ........................................................ 56Conduo das correntes..................................................... 56

    8 Mediunidade e eletromagnetismo........................................ 57Mediunidade estuante........................................................ 57Corrente eltrica................................................................ 57Spins e domnios ........................................................ 58Campo magntico essencial .............................................. 59

    Ferromagnetismo e mediunidade ...................................... 61Descompensao vibratria ........................................... 61

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    Aula de violino.................................................................. 87

    Hipnose e telementao..................................................... 87Sugesto e afinidade.......................................................... 88

    14 Reflexo condicionado especfico ........................................ 90Prdromos da hipnose ....................................................... 90Mecanismo do fenmeno hipntico .................................. 91Mecanismo da Hipnoterapia.............................................. 92Objetos e reflexos especficos ........................................... 93

    Circuito magntico e circuito medinico........................... 94Auto-magnetizao ........................................................... 94

    15 Cargas eltricas e cargas mentais...................................... 96Experincia vulgar ............................................................ 96Mquina eletrosttica ........................................................ 96Nas camadas atmosfricas................................................. 97Correntes de eltrons mentais............................................ 98Correntes mentais construtivas.......................................... 99Correntes mentais destrutivas.......................................... 100

    16 Fenmeno magntico da vida humana............................ 102Hipnose de palco e hipnose natural ................................. 102Centro indutor do lar ....................................................... 102Outros centros indutores ................................................. 103Todos somos mdiuns ..................................................... 105Perseverana no bem....................................................... 106

    Gradao das obsesses .................................................. 10617 Efeitos fsicos .................................................................... 108

    Simbioses espirituais....................................................... 108Mdium teleguiado ......................................................... 109Dificuldades do intercmbio ........................................... 110Mdiuns e assistentes ...................................................... 111Lei do Campo Mental...................................................... 111

    Futuro dos fenmenos fsicos.......................................... 112

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    18 Efeitos intelectuais............................................................ 114

    Nas ocorrncias cotidianas .............................................. 114Mediunidade ignorada..................................................... 116Mediunidade disciplinada ............................................... 117Passividade medinica .................................................... 118Conjugao de ondas....................................................... 118Clarividncia e clariaudincia ......................................... 119

    19 Ideoplastia......................................................................... 121

    No sono provocado ......................................................... 121Nos fenmenos fsicos .................................................... 122Interferncias ideoplsticas ............................................. 123Mediunidade e responsabilidade ..................................... 124Em outros fenmenos...................................................... 124Na mediunidade aviltada................................................. 125

    20 Psicometria ....................................................................... 126Mecanismo da psicometria.............................................. 126Psicometria e reflexo condicionado................................. 127Funo do psicmetra ..................................................... 128Interdependncia do mdium .......................................... 128Caso de desaparecimento ................................................ 129Agentes induzidos........................................................... 130

    21 Desdobramento................................................................. 132No sono artificial............................................................. 132

    No sono natural ............................................................... 133Sono e sonho................................................................... 134Concentrao e desdobramento....................................... 135Inspirao e desdobramento ............................................ 136Desdobramento e mediunidade ....................................... 137

    22 Mediunidade curativa ...................................................... 138Mente e psicossoma ........................................................ 138

    Sangue e fluidoterapia..................................................... 139Mdium passista.............................................................. 140

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    Mecanismo do passe ....................................................... 141

    Vontade do paciente........................................................ 142Passe e orao ................................................................. 142

    23 Animismo .......................................................................... 143Mediunidade e animismo ................................................ 143Semelhanas das criaturas............................................... 144Obsesso e animismo ...................................................... 145Animismo e hipnose........................................................ 145

    Desobsesso e animismo................................................. 146Animismo e criminalidade .............................................. 146

    24 Obsesso............................................................................ 148Pensamento e obsesso ................................................... 148Perturbaes morais ........................................................ 148Zonas purgatoriais........................................................... 149Reencarnao de enfermos.............................................. 151Obsesso e mediunidade ................................................. 151Doutrina Esprita ............................................................. 152

    25 Orao............................................................................... 154Mediunidade e religio.................................................... 154Reflexo condicionado e mediunidade.............................. 154Grandeza da orao ......................................................... 155Equilbrio e prece............................................................ 156Prece e renovao............................................................ 157

    Mediunidade e prece ....................................................... 15826 Jesus e mediunidade......................................................... 159

    Divina mediunidade ........................................................ 159Mdiuns preparadores ..................................................... 160Efeitos fsicos.................................................................. 161Efeitos intelectuais .......................................................... 163Mediunidade curativa...................................................... 163

    Evangelho e mediunidade ............................................... 164

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    Registros de Allan Kardec

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    No estado de desprendimento em que fica colocado, o Espri-

    to do sonmbulo entra em comunicao mais fcil com os outrosEspritos encarnados, ou no encarnados, comunicao que seestabelece pelo contacto dos fluidos, que compem os perispritose servem de transmisso ao pensamento, como o fio eltrico.

    O Livro dos Espritos Pg. 233. FEB, 27 edio.* * *

    Salvo algumas excees, o mdium exprime o pensamentodos Espritos pelos meios mecnicos que lhe esto disposio ea expresso desse pensamento pode e deve mesmo, as mais dasvezes, ressentir-se da imperfeio de tais meios.

    O Livro dos Mdiuns Pg. 229. FEB, 26 edio.* * *

    A mediunidade no uma arte, nem um talento, pelo que nopode tornar-se uma profisso. Ela no existe sem o concurso dosEspritos; faltando estes, j no h mediunidade.

    O Evangelho Segundo o Espiritismo Pg. 311. FEB,48 edio.

    * * *

    Por toda a parte, a vida e o movimento: nenhum canto do In-finito despovoado, nenhuma regio que no seja incessantementepercorrida por legies inumerveis de Espritos radiantes, invis-veis aos sentidos grosseiros dos encarnados, mas cuja vista des-lumbra de alegria e admirao as almas libertas da matria.

    1 Designados pelo Autor espiritual.

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    O Cu e o Inferno Pgina 34. FEB, 18 edio.

    * * *

    So extremamente variados os efeitos da ao fludica sobreos doentes, de acordo com as circunstncias. Algumas vezes lenta e reclama tratamento prolongado, como no magnetismoordinrio; doutras vezes rpida, como uma corrente eltrica.

    A Gnese Pg. 279. FEB, 13 edio.

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    MediunidadeAcena-nos a antigidade terrestre com brilhantes manifesta-

    es medinicas, a repontarem da Histria.

    Discpulos de Scrates referem-se, com admirao e respeito,ao amigo invisvel que o acompanhava constantemente.

    Reporta-se Plutarco ao encontro de Bruto, certa noite, com

    um dos seus perseguidores desencarnados, a visit-lo, em plenocampo.

    Em Roma, no templo de Minerva, Pausnias, ali condenado amorrer de fome, passou a viver, em Esprito, monoideizado narevolta em que se alucinava, aparecendo e desaparecendo aosolhos de circunstantes assombrados, durante largo tempo.

    Sabe-se que Nero, nos ltimos dias de seu reinado, viu-se fo-

    ra do corpo carnal, junto de Agripina e de Otvia, sua genitora esua esposa, ambas assassinadas por sua ordem, a lhe pressagiarema queda no abismo.

    Os Espritos vingativos em torno de Calgula eram tantos que,depois de lhe enterrarem os restos nos jardins de Lmia, eram alivistos, freqentemente, at que se lhe exumaram os despojos paraa incinerao.

    Todavia, onde a mediunidade atinge culminncias justa-mente no Cristianismo nascituro.

    Toda a passagem do Mestre inesquecvel, entre os homens, um cntico de luz e amor, externando-lhe a condio de Media-neiro da Sabedoria Divina.

    E, continuando-lhe o ministrio, os apstolos que se lhe man-tiveram leais converteram-se em mdiuns notveis, no dia de

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    Ante a MediunidadeDepois de um sculo de mediunidade, luz da Doutrina Esp-

    rita, com inequvocas provas da sobrevivncia, nas quais a abne-gao dos Mensageiros Divinos e a tolerncia de muitos sensiti-vos foram colocadas prova, temo-la, ainda hoje, incompreendidae ridicularizada.

    Os intelectuais, vinculados ao atesmo prtico, desprezam-naat agora, enquanto os cientistas que a experimentam se recolhem,quase todos, aos palanques da Metapsquica, observando-a comreserva. Junto deles, porm, os espritas sustentam-lhe a bandeirade trabalho e revelao, conscientes de sua presena e significadoperante a vida. Tachados, muitas vezes, de fanticos, prosseguemeles, feio de pioneiros, desbravando, sofrendo, ajudando econstruindo, atentos aos princpios enfeixados por Allan Kardec

    em sua codificao basilar.Algum disse que os espritas pretenderam misturar, no Es-

    piritismo, cincia e religio, o que resultou em grande prejuzopara a sua parte cientfica. E acentuou que um historiador, aoanalisar as ordenaes de Carlos Magno, no pensa em Alm-Tmulo; que um fisiologista, assinalando as contraes muscula-res de uma r no fala em esferas ultraterrestres; e que um qumi-

    co, ao dosar o azoto da lecitina, no se deixa impressionar pornenhuma fraseologia da sobrevivncia humana, acrescentandoque, em Metapsquica, necessrio proceder de igual modo,abstendo-se o pesquisador de sonhar com mundos etreos ouemanaes anmicas, de maneira a permanecer no terra-a-terra,acima de qualquer teoria, para somente indagar, muito humilde-mente, se tal ou tal fenmeno verdadeiro, sem o propsito dedesvendar os mistrios de nossas vidas pregressas ou vindouras.

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    Os esprita, contudo, apesar do respeito que consagram pes-

    quisa dos sbios, no podem abdicar do senso religioso que lhesdefine o trabalho. Julgam lcito reverenci-los, aproveitando-lhesestudos e equaes, qual nos conduzimos nestas pginas13, tantoquanto eles mesmos, os sbios, lhes homenageiam o esforo,utilizando-lhes o campo de atividade para experimentos e anota-es.

    Consideram os espritas, que o historiador, o fisiologista e o

    qumico podem no pensar em Alm-Tmulo, mas no conse-guem avanar desprovidos de senso moral, porquanto o historia-dor, sem dignidade, veculo de imprudncia; o fisiologista, semrespeito para consigo prprio, quase sempre se transforma emcarrasco da vida humana, e o qumico, desalmado, facilmente seconverte em agente da morte.

    Se caminham atentos mensagem das Esferas Espirituais, is-so no quer dizer se enquistem na viso de mundos etreos,para enternecimento beatifico e esterilizante, mas para se fazeremelementos teis na edificao do mundo melhor. Se analisam asemanaes anmicas porque desejam cooperar no aperfeioa-mento da vida espiritual no Planeta, assim como na soluo dosproblemas do destino e da dor, junto da Humanidade, de modo ase esvaziarem penitenciarias e hospcios, e, se algo procuram,acima do terra-a-terra, esse algo a educao de si mesmos,

    atravs do bem puro aos semelhantes, com o que aspiram, sem

    13 A convite do Esprito Andr Luiz, os mdiuns Francisco CndidoXavier e Waldo Vieira receberam os textos deste livro em noites dequintas e teras-feiras, na cidade de Uberaba, Estado de Minas Gerais.O prefcio de Emmanuel e os captulos pares foram recebidos pelomdium Francisco Cndido Xavier, e o prefcio de Andr Luiz e oscaptulos mpares foram recebidos pelo mdium Waldo Vieira. (Notados mdiuns.)

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    pretenso, a orientar o fenmeno a servio dos homens, para que

    o fenmeno no se reduza a simples curiosidade da inteligncia.Quanto mais investiga a Natureza, mais se convence o ho-

    mem de que vive num reino de ondas transfiguradas em luz,eletricidade, calor ou matria, segundo o padro vibratrio em quese exprimam.

    Existem, no entanto, outras manifestaes da luz, da eletrici-dade, do calor e da matria, desconhecidas nas faixas da evoluo

    humana, das quais, por enquanto, somente poderemos recolherinformaes pelas vias do esprito.

    Prevenindo qualquer observao da crtica construtiva, leal-mente declaramos haver recorrido a diversos trabalhos de divul-gao cientfica do mundo contemporneo para tornar a substn-cia esprita deste livro mais seguramente compreendida pelageneralidade dos leitores, como quem se utiliza da estrada de

    todos para atingir a meta em vista, sem maiores dificuldades paraos companheiros de excurso. Alis, quanto aos apontamentoscientficos humanos, preciso reconhecer-lhes o carter passagei-ro, no que se refere definio e nomenclatura, atentos circuns-tncia de que a experimentao constante induz os cientistas deum sculo a considerar, muitas vezes, como superado o trabalhodos cientistas que os precederam.

    Assim, as notas dessa natureza, neste volume, tomadas natu-ralmente ao acervo de informaes e dedues dos estudiosos daatualidade terrestre, valem aqui por vestimenta necessria, mastransitria, da explicao esprita da mediunidade, que , no pre-sente livro, o corpo de idias a ser apresentado.

    No podemos esquecer a obrigao de cultuar a mediunidadee acrisol-la, aparelhando-nos com os recursos precisos ao conhe-cimento de ns mesmos.

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    A Parapsicologia nas Universidades e o estudo dos mecanis-

    mos do crebro e do sonho, do magnetismo e do pensamento nasinstituies ligadas Psiquiatria e s cincias mentais, emboradirigidos noutros rumos, chegaro igualmente verdade, mas,antes que se integrem conscientemente no plano da redenohumana, burilemos, por nossa vez, a mediunidade, luz da Dou-trina Esprita, que revive a Doutrina de Jesus, no reconhecimentode que no basta a observao dos fatos em si, mas tambm quese fazem indispensveis a disciplina e a iluminao dos ingredien-tes morais que os constituem, a fim de que se tornem fatores deaprimoramento e felicidade, a benefcio da criatura em trnsitopara a realidade maior.

    ANDR LUIZ

    Uberaba, 11-8-59.

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    1Ondas e percepes

    Agitao e ondas

    Em seguida a esforos persistentes de muitos Espritos sbios,encarnados no mundo e patrocinando a evoluo, a inteligncia dosculo XX compreende que a Terra um magneto de gigantescaspropores, constitudo de foras atmicas condicionadas e cerca-do por essas mesmas foras em combinaes multiformes, com-pondo o chamado campo eletromagntico em que o Planeta, noritmo de seus prprios movimentos, se tipifica na ImensidadeCsmica.

    Nesse reino de energias, em que a matria concentrada estru-tura o Globo de nossa moradia e em que a matria em expanso

    lhe forma o clima peculiar, a vida desenvolve agitao.E toda agitao produz ondas.

    Uma frase que emitimos ou um instrumento que vibra criamondas sonoras.

    Liguemos o aquecedor e espalharemos ondas calorficas.

    Acendamos a lmpada e exteriorizaremos ondas luminosas.

    Faamos funcionar o receptor radiofnico e encontraremosondas eltricas.

    Em suma, toda inquietao se propaga em forma de ondas, a-travs dos diferentes corpos da Natureza.

    Tipos e definies

    As ondas so avaliadas segundo o comprimento em que se

    expressam, dependendo esse comprimento do emissor em que severifica a agitao.

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    Fina vara tangendo as guas de um lago provocar ondas pe-

    quenas, ao passo que a tora de madeira, arrojada ao lenol lquido,traar ondas maiores.

    Um contrabaixo lan-las- muito longas.

    Um flautim desferi-las- muito curtas.

    As ondas ou oscilaes eletromagnticas so sempre da mes-ma substncia, diferenciando-se, porm, na pauta do seu compri-mento ou distncia que se segue do penacho ou crista de umaonda crista da onda seguinte, em vibraes mais ou menosrpidas, conforme as leis de ritmo em que se lhes identifica afreqncia diversa.

    Que , no entanto, uma onda?

    falta de terminologia mais clara, diremos que uma onda determinada forma de ressurreio da energia, por intermdio doelemento particular que a veicula ou estabelece.

    Partindo de semelhante princpio, entenderemos que a fonteprimordial de qualquer irradiao o tomo ou partes dele emagitao, despedindo raios ou ondas que se articulam, de acordocom as oscilaes que emite.

    Homem e ondas

    Simplificando conceitos em torno da escala das ondas, recor-demos que, oscilando de maneira integral, sacudidos simplesmen-te nos eltrons de suas rbitas ou excitados apenas em seus n-cleos, os tomos lanam de si ondas que produzem calor e som,luz e raios gama, atravs de inumerveis combinaes.

    Assim que entre as ondas da corrente alternada para objeti-vos industriais, as ondas do rdio, as da luz e dos raios X, tantoquanto as que definem os raios csmicos e as que se superpem

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    alm deles, no existe qualquer diferena de natureza, mas sim de

    freqncia, considerado o modo em que se exprimem.E o homem, colocado nas faixas desse imenso domnio, em

    que a matria quanto mais estudada mais se revela qual feixe deforas em temporria associao, somente assinala as ondas quese lhe afinam com o modo de ser.

    Temo-lo, dessa maneira, por viajante do Cosmo, respirandonum vastssimo imprio de ondas que se comportam como massa

    ou vice-versa, condicionado, nas suas percepes, escala doprogresso que j alcanou, progresso esse que se mostra sempreacrescentado pelo patrimnio de experincia em que se gradua, nocampo mental que lhe caracterstico, em cujas dimenses revelao que a vida j lhe deu, ou tempo de evoluo, e aquilo que eleprprio j deu vida, ou tempo de esforo pessoal na constru-o do destino. Para a valorizao e enriquecimento do caminhoque lhe compete percorrer, recebe dessa mesma vida, que o aca-lenta e a que deve servir, o tesouro do crebro, por intermdio doqual exterioriza as ondas que lhe marcam a individualidade, noconcerto das foras universais, e absorve aquelas com as quaispode entrar em sintonia, ampliando os recursos do seu cabedal deconhecimento e das quais se deve aproveitar, no aprimoramentointensivo de si mesmo, no trabalho da prpria sublimao.

    Continente do infra-somAjustam-se ouvidos e olhos humanos a balizas naturais de

    percepo, circunscritos aos implementos da prpria estrutura.

    Abaixo de 35 a 40 vibraes por segundo, a criatura encarna-da, ou que ainda se mostre fora do corpo fsico em condiesanlogas, movimenta-se no imprio dos infra-sons14, porquanto

    14 Outros Autores admitem que estes infra-sons comeam abaixo de 18vibraes por segundo. (Nota do Autor espiritual.)

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    os sons continuam existindo, sem que disponha de recursos para

    assinal-los.A ponte pressionada por grande veculo ou a locomotiva que

    avana sobre trilhos agita a porta de residncia no distante, portaessa cuja inquietao se comunica a outras portas mais afastadas,em regime de transmisso infra-som.

    Nesse domnio das correntes imperceptveis, identificaremosas ondas eletromagnticas de Hertz a se exteriorizarem da antena

    alimentada pela energia eltrica e que, apresentando freqnciaaumentada, com o emprego dos chamados circuitos oscilantes,constitudos com o auxlio de condensadores, produzem as ondasda telegrafia sem fio e do rdio comum, comeando pelas ondaslongas, at aproximadamente mil metros, na medida equivalente freqncia de 300.000 vibraes por segundo ou 300 quilociclos,e avanando pelas ondas curtas, alm das quais se localizam asondas mtricas ou decimtricas, disciplinadas em servio do radare da televiso.

    Em semelhantes faixas da vida, que a cincia terrestre assina-la como o continente do infra-som, circulam foras complexas;contudo, para o Esprito encarnado ou ainda condicionado ssensaes do Plano Fsico, no existe nessas provncias da Natu-reza seno silncio.

    Sons perceptveisAumente-se a freqncia das ondas, nascidas do movimento

    incessante do Universo, e o homem alcanar a escala dos sonsperceptveis, mais exatamente qualificveis nas cordas graves dopiano.

    Nesse ponto, penetraremos a esfera das percepes sensoriaisda criatura terrestre, porquanto, nesse grau vibratrio, as ondas setransubstanciam em fontes sonoras que afetam o tmpano, gerando

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    os tons de Tartini ou tons de combinao, com efeitos psqui-

    cos, segundo as disposies mentais de cada indivduo.Eleva-se o diapaso.

    Sons mdios, mais altos, agudos, superagudos.

    Na fronteira aproximada de pouco alm de 15.000 vibraespor segundo, no raro, o ouvido vulgar atinge a zona-limite.15

    H pessoas, contudo, que, depois desses marcos, ouvem ain-

    da. Animais diversos, quais os ces, portadores de profunda acui-dade auditiva, escutam rudos no ultra-som, para alm das40.000 vibraes por segundo.

    Prossegue a escala ascendente em recursos e propores ini-maginveis aos sentidos vinculados ao mundo fsico.

    Outros reinos ondulatriosSalientando-se no oceano da Vida Infinita, outros reinos on-dulatrios se espraiam, ofertando novos campos de evoluo aoEsprito, que a mente ajustada s peculiaridades do Planeta noconsegue perceber.

    Sigamos atravs das oscilaes mais curtas e seremos defron-tados pelas ondas do infravermelho.

    Comeam a luz e as cores visveis ao olhar humano.As micro-ondas, em manifestao ascendente, determinam

    nas fibras intra-retinianas, segundo os potenciais eltricos quelhes so prprios, as imagens das sete cores fundamentais, facil-mente descortinveis na luz branca que as sintetiza, por interm-

    15 A escala de percepo extremamente varivel. (Nota do Autorespiritual).

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    dio do prisma comum, criando igualmente efeitos psquicos, em

    cada criatura, conforme os estados mentais que a identifiquem.Alteia-se a ordem das ondas e surgem, depois do vermelho, o

    alaranjado, o amarelo, o verde, o azul, o anilado e o violeta.

    No comprimento de onda em que se localiza o violeta, em4/10.000 de milmetro, os olhos humanos cessam de enxergar;todavia, a srie das oscilaes continua em progresso constante ea chapa fotogrfica, situada na vizinhana do espectro, revela a

    ao fotoqumica do ultravioleta e, ultrapassando-o, aparecem asondas imensamente curtas dos raios X, dos raios gama, dirigindo-se para os raios csmicos, a cruzarem por todos os departamentosdo Globo.

    Semelhantes notas oferecem ligeira idia da transcendnciadas ondas nos reinos do Esprito, com base nas foras do pensa-mento.

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    2Conquistas da Microfsica

    Primrdios da Eletrnica

    Espritos eminentes, atendendo aos imperativos da investiga-o cientfica entre os homens, volvem da Espiritualidade aoPlano Terrestre, incentivando estudos acerca da natureza ondula-tria do Universo.

    A Eletrnica balbucia as primeiras notas com Tales de Mile-to, 600 anos antes do Cristo.

    O grande filsofo, que tinha a crena na unidade essencial daNatureza, observa a eletrizao no mbar (elektron, em grego).

    Seus apontamentos sobre as emanaes luminosas so reto-

    mados, no curso do tempo, por Hero de Alexandria e outrasgrandes inteligncias, culminando nos raciocnios de Descartes,no sculo XVII, que, inspirado na teoria atmica dos gregos,conclui, trezentos anos antes da descoberta do eltron, que na basedo tomo deveria existir uma partcula primitiva, chegando adesenh-la, com surpreendente rigor de concepo, como sendoum remoinho ou imagem aproximada dos recursos energticosque o constituem.

    Logo aps, Isaac Newton realiza a decomposio da luz bran-ca, nas sete cores do prisma, apresentando, ainda, a idia de queos fenmenos luminosos seriam correntes corpusculares, semexcluir a hiptese de ondas vibratrias, a se expandirem no ar.

    Huyghens prossegue na experimentao e defende a teoria doter luminoso ou teoria ondulatria.

    Franklin teoriza sobre o fluido eltrico e prope a hipteseatmica da eletricidade, tentando classific-la como sendo forma-

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    da de grnulos sutis, perfeitamente identificveis aos remoinhos

    eletrnicos hoje imaginados.

    Campo eletromagntico

    Nos primrdios do sculo XIX, aparece Toms Young, exa-minando as ocorrncias da reflexo, interferncia e difrao daluz, fundamentando-se sobre a ao ondulatria, seguindo-se-lheFresnel, a consolidar-lhe as dedues.

    Sucedem-se investigadores e pioneiros, at que, em 1869,Maxwell afirma, sem que as suas asseres lograssem despertarmaior interesse nos sbios de seu tempo, que as ondulaes de luznasciam de um campo magntico associado a um campo eltrico,anunciando a correlao entre a eletricidade e a luz e assegurandoque as linhas de fora extravasam dos circuitos, assaltando oespao ambiente e expandindo-se como pulsaes ondulatrias.

    Cria ele a notvel teoria eletromagntica.Desde essa poca, o conceito de campo eletromagntico as-sume singular importncia no mundo, at que Hertz conseguepositivar a existncia das ondas eltricas, descobrindo-as e colo-cando-as a servio da Humanidade.

    Nas vsperas do sculo XX, a Cincia j considera a Naturezaterrestre como percorrida por ondas inumerveis que cruzam

    todas as faixas do Planeta, sem jamais se misturarem.Entretanto, certa indagao se generalizara.

    Reconhecido o mundo como vasto magneto, composto de -tomos, e sabendo-se que as ondas provinham deles, como poderi-am os sistemas atmicos ger-las, criando, por exemplo, o calor ea luz?

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    Estrutura do tomo

    Max Planck, distinto fsico alemo, repara, em 1900, que otomo, em lanando energia, no procede em fluxo contnuo, massim por arremessos individuais ou, mais propriamente, atravs degrnulos de energia, estabelecendo a teoria dos quanta de energi-a.

    Foi ento que Niels Bohr deduziu que a descoberta de Plancksomente se explicaria pelo fato de gravitarem os eltrons, ao redordo ncleo, no sistema atmico, em rbitas seguramente definidas,a exteriorizarem energia, no girando como os planetas em tornodo Sol, mas saltando, de inesperado, de uma camada para outra.

    E, procedendo mais por intuio que por observao, menta-lizou o tomo como sendo um ncleo cercado, no mximo, de setecamadas concntricas, plenamente isoladas entre si, no seio dasquais os eltrons circulam livremente, em todos os sentidos. Os

    que se localizam nas zonas perifricas so aqueles que mais fa-cilmente se deslocam, patrocinando a projeo de raios lumino-sos, ao passo que os eltrons aglutinados nas camadas profundas,mais jungidos ao ncleo, quando mudam de rbita deixam escaparraios mais curtos, a se graduarem na srie dos raios X.

    Aplicada a teoria de Bohr em multifrios setores da demons-trao objetiva, ela alcanou encorajadoras confirmaes e, com

    isso, dentro das possveis definies terrestres, o cientista dina-marqus preparou o caminho a mais amplo entendimento da luz.

    Estado radiante e raios X

    A Cincia da Terra acreditava antigamente que os tomosfossem corpsculos eternos e indivisveis. Elementos conjugadosentre si entrelaavam-se e se separavam, plasmando formas diver-

    sas.

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    Seriam como vasto mas limitado capital da vida de que a Na-

    tureza poderia dispor sem qualquer desperdcio.No ltimo quartel do sculo XIX, porm, singulares altera-

    es marcaram os passos da Fsica.

    Retomando experincias iniciadas pelo cientista alemo Hit-torf, William Crookes valeu-se de um tubo de vidro fechado, noqual obtinha grande rarefao do ar, fazendo passar, atravs dele,uma corrente eltrica, oriunda de alto potencial.

    Semelhante tubo poderia conter dois ou mais eletrodos (cto-dos e nodos, ou plos negativos e positivos, respectivamente),formados por fios de platina, e rematados em placas metlicas desubstncia e molde variveis.

    Efetuada a corrente, o grande fsico notou que do ctodo par-tiam raios que, atingindo a parede oposta do vidro, nela formavamcerta luminosidade fluorescente.

    Crookes classificou como sendo radiante o estado em que semostrava o gs contido no recipiente e declarou guardar a impres-so de que conseguira reter os corpsculos que entretecem a basefsica do Universo.

    Mas, depois dele, aparece Roentgen, que lhe retoma as inves-tigaes e, projetando os raios catdicos sobre tela metlica,colocou a prpria mo entre o tubo e pequena chapa recamada de

    substncia fluorescente, observando que os ossos se destacavam,em cor escura, na carne que se fizera transparente.

    Os raios X ou raios Roentgen foram, desde ento, trazidos considerao do mundo.

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    Eltron e radioatividade

    O jovem pesquisador francs Jean Perrin, utilizando a ampolade Crookes e o eletroscpio, conseguiu positivar a existncia doeltron, como partcula eltrica, viajando com rapidez vertiginosa.

    Pairava no ar a indagao sobre a massa e a expresso eltricade semelhante partcula.

    Surge, todavia, Jos Thomson, distinto fsico ingls, que, es-

    tudando-a do ponto de vista de um projtil em movimento, conse-gue determinar-lhe a massa, que , aproximadamente, 1.850 vezesmenor que a do tomo conhecido por mais leve, o hidrognio,calculando-lhe, ainda, com relativa segurana, a carga e a veloci-dade.

    Os apontamentos objetivos, em torno do eltron, incentiva-ram novos estudos do infinitamente pequeno.

    Animado pelos xitos dos raios de Roentgen, Henri Becque-rel, com o auxlio de amigos espirituais, porque at ento o gniocientfico na Terra desconhecia o extenso cabedal radioativo dournio, escolhe esse elemento para a pesquisa de novas fontes dosraios X e surpreende as radiaes diferentes que encaminham ocasal Curie descoberta do rdio.

    A Cincia percebeu, afinal, que a radioatividade era comoque a fala dos tomos, asseverando que eles nasciam e morriamou apareciam e desapareciam no reservatrio da Natureza.

    Qumica Nuclear

    O contador de Geiger, emergindo no cenrio das experimen-taes da Microfsica, demonstrou que, em cada segundo, de umgrama de rdio se desprendem 36 bilhes de fragmentos radioati-vos da corrente mais fraca de raios emanantes desse elemento,

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    perfazendo um total de 20.000 quilmetros de irradiao por

    segundo.No entanto, h to grande quantidade de tomos de rdio, em

    cada grama desse metal, que somente no espao de 16 sculos que o seu peso fica reduzido metade.16

    Apreendendo-se que a radioatividade exprimia a morte dossistemas atmicos, no seria possvel apressar-lhes a desintegra-o controlada, com vistas ao aproveitamento de seus potenciais

    energticos?Rutherford lembrou que as partculas emanadas do rdio fun-

    cionam como projteis vigorosos, e enchendo um tubo com azoto,nele situou uma parcela de rdio, reparando os pontos de quedados corpsculos eletrizados sobre pequena tela fosforescente.Descobriu, desse modo, que os ncleos do azoto, espancados emcheio pelas partculas radioativas alfa, explodiam, convertendo-se

    em hidrognio e num istopo do oxignio.Foi realizada, assim, calculadamente, a primeira transmutao

    atmica pelo homem, originando-se, desde ento, a chamadaqumica nuclear, que culmina hoje com a artilharia atmica docclotron, estruturado por Lawrence, feio de um eletroim,onde, acelerados por uma corrente de milhares de volts, em tensoalternada altssima, projteis atmicos bombardeiam os elementosa eles expostos, que se transmutam em outros elementos qumicos

    16 NOTA DA EDITORA, em 1993: Este pargrafo, conforme estescrito, parece dizer que o tempo de meia-vida depende da quantidadede material, ou nmero de tomos de rdio, o que no condiz com oconhecimento que a Cincia tem do assunto.Lembra Emmanuel, no Prefcio, que Andr Luiz se serviu, nesta obra,de estudos e concluses de cientistas da Terra, podendo, ento, terhavido, quanto ao assunto em pauta, entendimento imperfeito ou doautor espiritual, ou do mdium, ou da fonte cientfica da qual se origi-nou o pargrafo.

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    conhecidos, acrescidos dos chamados radioistopos, que o casal

    Joliot-Curie obteve pela primeira vez arremessando sobre o alu-mnio a corrente menos penetrante do rdio, constituda de n-cleos do hlio, ou hlions. Surgiram, assim, os fecundos serviosda radioatividade artificial.

    Nossos apontamentos sintticos objetivam apenas destacar aanalogia do que se passa no mundo ntimo das foras corpuscula-res que entretecem a matria fsica e daquelas que estruturam a

    matria mental.

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    3Ftons e fluido csmico

    Estrutura da luz

    Clerk Maxwell, centralizado nos estudos do eletromagnetis-mo, previra que todas as irradiaes, inclusive a luz visvel, pres-sionam os demais corpos.

    Observaes experimentais com o jato de uma lmpada sobreum feixe de poeira mostraram que o feixe se acurvou, como seimpelido por leve corrente de fora. Semelhante corrente foimedida, acusando insignificante percentagem de presso, mas obastante para provar que a luz era dotada de inrcia.

    Os fsicos eram defrontados pelo problema, quando Einstein,estruturando a sua teoria da relatividade, no princpio do sculoXX, chegou concluso de que a luz, nesse novo aspecto, possui-ria peso especfico.

    Isso implicava a existncia de massa para a luz. Como conci-liar vibrao e peso, onda e massa? Intrigado, o grande cientistavoltou s experincias de Planck e Bohr e deduziu que a luz deuma lmpada resulta de sucessivos arremessos de grnulos lumi-nosos, em relmpagos consecutivos, a se desprenderem dela por

    todos os lados.Pesquisadores protestaram contra a assertiva, lembrando o e-

    nigma das difraes e das interferncias, tentando demonstrar quea luz era constituda de vibraes.

    Einstein, contudo, recorreu ao efeito fotoeltrico pelo qual aincidncia de um raio luminoso sobre uma pelcula de sdio oupotssio determina a expulso de eltrons da mesma pelcula,

    eltrons cuja velocidade pode ser medida com exatido , e geni-almente concebeu os grnulos luminosos ou ftons que, em se

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    arrojando sobre os eltrons de sdio e potssio, lhes provoca o

    deslocamento, com tanto mais violncia, quanto mais concentradafor a energia dos ftons.

    O aumento de intensidade da luz, por isso, no acrescenta ve-locidade aos eltrons expulsos, o que apenas acontece ante aincidncia de uma luz caracterizada por oscilao mais curta.

    Saltos qnticos

    A teoria dos saltos qunticos explicou, de certo modo, asoscilaes eletromagnticas que produzem os raios luminosos.

    No tomo excitado, aceleram-se os movimentos, e os eltronsque lhe correspondem, em se distanciando dos ncleos, passam adegraus mais altos de energias. Efetuada a alterao, os eltronsse afastam dos ncleos aos saltos, de acordo com o quadrado dosnmeros cardinais, isto , de 1 para 2 no primeiro salto, de 2 para

    4 no segundo, de 3 para 9 no terceiro, de 4 para 16 no quarto, eassim sucessivamente.

    Na temperatura aproximada de 1.000 graus centgrados, oseltrons abandonam as rbitas que lhes so peculiares, em nmerosempre crescente, e, se essa temperatura atingir cerca de 100.000graus centgrados, os tomos passam a ser constitudos somentede ncleos despojados de seus eltrons-satlites, vindo a explodir,

    por entrechoques, a altssimas temperaturas.Reportando-nos, pois, escala de excitao dos sistemas a-tmicos, vamos encontrar a luz, conhecida na Terra, como oscila-o eletromagntica em comprimento mdio de onda que nasce docampo atmico, quando os eltrons, erguidos a rbitas ampliadaspelo abastecimento de energia, retornam s suas rbitas primiti-vas, veiculando a sua energia de queda.

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    Se excitarmos o tomo com escassa energia, apenas se altea-

    ro aqueles eltrons da periferia, capazes de superar facilmente afora atrativa do ncleo.

    Compreenderemos, portanto, que, quanto mais distante doncleo, mais comprido ser o salto, determinando a emisso deonda mais longa e, por esse motivo, identificada por menor ener-gia. E quanto mais para dentro do sistema atmico se verifique osalto, tanto mais curta e, por isso, de maior poder penetrante, a

    onda exteriorizada.

    Efeito Compton

    Buscando um exemplo, verificaremos que a estimulao dasrbitas eletrnicas externas produzir a luz vermelha, formada deondas longas, enquanto que o mesmo processo de atrito nas rbi-tas que se lhe seguem, na direo do ncleo, originar a irradiao

    azul, formada de ondas mais curtas, e a excitao nas rbitas maisntimas provocar a luz violeta, de ondas ainda mais curtas. Con-tinuando-se a progresso de fora para dentro, chegaremos aosraios gama, que derivam das oscilaes do ncleo atmico.

    Em todos esses processos de irradiao, o poder do fton de-pende do comprimento da onda em que se manifesta, qual ficoupositivado no efeito Compton, pelo qual uma coliso provocadaentre ftons e eltrons revela que os ftons, em fazendo ricocheteno entrechoque, descarregam energia, baixando a freqncia daprpria onda e originando, assim, a luz mais avermelhada.

    Frmula de De Broglie

    A evidncia do fton vinha enriquecer a teoria corpuscular daluz. Entretanto, certos fenmenos se mantinham margem, so-mente explicveis pela teoria ondulatria que a Cincia no acei-

    tara at ento.

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    Foi o estudioso fsico francs, Luis De Broglie, que compare-

    ceu no cenrio das contradies, enunciando o seguinte princpio: Compreendendo-se que as ondas da luz, em certas circuns-

    tncias, procedem feio de corpsculos, por que motivo oscorpsculos de matria, em determinadas condies, no se com-portaro maneira de ondas?

    E acrescentava que cada partcula de matria est acompa-nhada pela onda que a conduz.

    Suportando hostilidades e desafios, devotou-se a minuciosasperquiries e criou a frmula para definir o comprimento daonda conjugada ao corpsculo, entendendo-se, desde ento, queos eltrons arremessados pela vlvula de Roentgen, quando origi-nam oscilaes curtas, aproximadamente 10.000 vezes mais redu-zidas que as da luz, so transportados por ondas to curtas comoos raios X.

    Mecnica ondulatria

    Fsicos distintos no se sentiam dispostos a concordar com asnovas observaes de De Broglie, alegando que a teoria se mos-trava incompatvel com o fenmeno da difrao e pediam que osbio lhes fizesse ver a difrao dos eltrons, de vez que noadmitiam a existncia de corpsculos desfrutando propriedades

    que, a seu ver, eram exclusivamente caractersticas das ondas.Pouco tempo decorrido, dois cientistas americanos projetaramum jato de eltrons sobre um cristal de nquel e registraram aexistncia da difrao, de conformidade com os princpios de DeBroglie.

    Desde ento, a mecnica ondulatria instalou-se na Cincia,em definitivo.

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    Mais da metade do Universo foi reconhecido como um reino

    de oscilaes, restando a parte constituda de matria igualmentesuscetvel de converter-se em ondas de energia.

    O mundo material como que desapareceu, dando lugar a teci-do vasto de corpsculos em movimento, arrastando turbilhes deondas em freqncias inumerveis, cruzando-se em todas as dire-es, sem se misturarem.

    O homem passou a compreender, enfim, que a matria sim-

    ples vestimenta das foras que o servem nas mltiplas faixas daNatureza e que todos os domnios da substncia palpvel podemser plenamente analisados e explicados em linguagem matemti-ca, embora o plano das causas continue para ele indevassado,tanto quanto para ns, as criaturas terrestres temporariamenteapartadas da vida fsica.

    Campo de Einstein

    Conhecemos a gama das ondas, sabemos que a luz se deslocaem feixes corpusculares que denominamos ftons, no ignora-mos que o tomo um remoinho de foras positivas e negativas,cujos potenciais variam com o nmero de eltrons ou partculasde fora em torno do ncleo, informamo-nos de que a energia, aocondensar-se, surge como massa para transformar-se, depois, emenergia; entretanto, o meio sutil em que os sistemas atmicososcilam no pode ser equacionado com os nossos conhecimentos.At agora, temos nomeado esse terreno indefinvel, como sendoo ter; contudo, Einstein, quando buscou imaginar-lhe as pro-priedades indispensveis para poder transmitir ondas caractersti-cas de bilhes de oscilaes, com a velocidade de 300.000 quil-metros por segundo, no conseguiu acomodar as necessriasgrandezas matemticas numa frmula, porquanto as qualidades de

    que essa matria devia estar revestida no so combinveis, e

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    concluiu que ela no existe, propondo abolir-se o conceito de

    ter, substituindo-o pelo conceito de campo.Campo, desse modo, passou a designar o espao dominado

    pela influncia de uma partcula de massa.

    Para guardarmos uma idia do princpio estabelecido, imagi-nemos uma chama em atividade. A zona por ela iluminada -lhe ocampo peculiar. A intensidade de sua influncia diminui com adistncia do seu fulcro, de acordo com certas propores, isto ,

    tornando-se 1/2, 1/4, 1/8, 1/16, etc., a revelar valor de frao cadavez menor, sem nunca atingir a zero, porque, em teoria, o campoou regio de influncia alcanar o infinito.

    A proposio de Einstein, no entanto, no resolve o problema,porque a indagao quanto matria de base para o campocontinua desafiando o raciocnio, motivo pelo qual, escrevendo daesfera extrafsica, na tentativa de analisar, mais acuradamente, o

    fenmeno da transmisso medinica, definiremos o meio sutil emque o Universo se equilibra como sendo o Fluido Csmico ouHlito Divino, a fora para ns inabordvel que sustenta a Cria-o.

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    4Matria mental

    Pensamento do Criador

    Identificando o Fluido Elementar ou Hlito Divino por basemantenedora de todas as associaes da forma nos domniosinumerveis do Cosmo, do qual conhecemos o eltron comosendo um dos corpsculos-base, nas organizaes e oscilaes damatria, interpretaremos o Universo como um todo de forasdinmicas, expressando o Pensamento do Criador. E superpondo-se-lhe grandeza indevassvel, encontraremos a matria mentalque nos prpria, em agitao constante, plasmando as criaestemporrias, adstritas nossa necessidade de progresso.

    No macrocosmo e no microcosmo, tateamos as manifestaes

    da Eterna Sabedoria que mobiliza agentes incontveis para aestruturao de sistemas e formas, em variedade infinita de grause fases, e entre o infinitamente pequeno e o infinitamente grandesurge a inteligncia humana, dotada igualmente da faculdade dementalizar e co-criar, empalmando, para isso, os recursos intrn-secos vida ambiente.

    Nos fundamentos da Criao vibra o pensamento imensurvel

    do Criador e sobre esse plasma divino vibra o pensamento mensu-rvel da criatura, a constituir-se no vasto oceano de fora mentalem que os poderes do Esprito se manifestam.

    Pensamento das criaturas

    Do Princpio Elementar, fluindo incessantemente no campocsmico, auscultamos, de modo imperfeito, as energias profundas

    que produzem eletricidade e magnetismo, sem conseguir enqua-dr-las em exatas definies terrestres, e, da matria mental dos

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    seres criados, estudamos o pensamento ou fluxo energtico do

    campo espiritual de cada um deles, a se graduarem nos maisdiversos tipos de onda, desde os raios super-ultra-curtos, em quese exprimem as legies anglicas, atravs de processos aindainacessveis nossa observao, passando pelas oscilaes curtas,mdias e longas em que se exterioriza a mente humana, at sondas fragmentrias dos animais, cuja vida psquica, ainda emgerme, somente arroja de si determinados pensamentos ou raiosdescontnuos.

    Os Espritos aperfeioados, que conhecemos sob a designaode potncias anglicas do Amor Divino, operam no micro e nomacrocosmo, em nome da Sabedoria Excelsa, formando condi-es adequadas e multiformes expanso, sustentao e projeoda vida, nas variadas esferas da Natureza, no encalo de aquisi-es celestiais que, por enquanto, estamos longe de perceber. Amente dos homens, indiretamente controlada pelo comando supe-

    rior, interfere no acervo de recursos do Planeta, em particular,aprimorando-lhe os recursos na direo do plano anglico, e amente embrionria dos animais, influenciada pela direo huma-na, hierarquiza-se em servio nas regies inferiores, da Terra, norumo das conquistas da Humanidade.

    Corpsculos mentais

    Como alicerce vivo de todas as realizaes nos planos fsico eextrafsico, encontramos o pensamento por agente essencial.Entretanto, ele ainda matria, a matria mental, em que as leisde formao das cargas magnticas ou dos sistemas atmicosprevalecem sob novo sentido, compondo o maravilhoso mar deenergia sutil em que todos nos achamos submersos e no qualsurpreendemos elementos que transcendem o sistema peridicodos elementos qumicos conhecidos no mundo.

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    Temos, ainda aqui, as formaes corpusculares, com bases

    nos sistemas atmicos em diferentes condies vibratrias, consi-derando os tomos, tanto no plano fsico, quanto no plano mental,como associaes de cargas positivas e negativas.

    Isso nos compele naturalmente a denominar tais princpios dencleos, prtons, nutrons, postrons, eltrons ou ftons men-tais, em vista da ausncia de terminologia analgica para estrutu-rao mais segura de nossos apontamentos.

    Assim que o halo vital ou aura de cada criatura permanecetecido de correntes atmicas sutis dos pensamentos que lhe soprprios ou habituais, dentro de normas que correspondem leidos quanta de energia e aos princpios da mecnica ondulatria,que lhes imprimem freqncia e cor peculiares.

    Essas foras, em constantes movimentos sincrnicos ou esta-do de agitao pelos impulsos da vontade, estabelecem para cada

    pessoa uma onda mental prpria.

    Matria mental e matria fsica

    Em posio vulgar, acomodados s impresses comuns dacriatura humana normal, os tomos mentais inteiros, regularmenteexcitados, na esfera dos pensamentos, produziro ondas muitolongas ou de simples sustentao da individualidade, correspon-

    dendo manuteno de calor. Se forem os eltrons mentais, nasrbitas dos tomos da mesma natureza, a causa da agitao, emestados menos comuns da mente, quais se iam os de ateno outenso pacfica, em virtude de reflexo ou orao natural, o cam-po dos pensamentos exprimir-se- em ondas de comprimentomdio ou de aquisio de experincia, por parte da alma, corres-pondendo produo de luz interior. E se a excitao nasce dosdiminutos ncleos atmicos, em situaes extraordinrias da

    mente, quais sejam as emoes profundas, as dores indizveis, aslaboriosas e aturadas concentraes de fora mental ou as splicas

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    aflitivas, o domnio dos pensamentos emitir raios muito curtos

    ou de imenso poder transformador do campo espiritual, teorica-mente semelhantes aos que se aproximam dos raios gama.

    Assim considerando, a matria mental, embora em aspectosfundamentalmente diversos, obedece a princpios idnticos que-les que regem as associaes atmicas, na esfera fsica, demons-trando a divina unidade de plano do Universo.

    Induo mentalRecorrendo ao campo de Einstein, imaginemos a mente

    humana no lugar da chama em atividade. Assim como a intensi-dade de influncia da chama diminui com a distncia do ncleo deenergias em combusto, demonstrando frao cada vez menor,sem nunca atingir a zero, a corrente mental se espraia, segundo omesmo princpio, no obstante a diferena de condies.

    Essa corrente de partculas mentais exterioriza-se de cada Es-prito com qualidade de induo mental, tanto maior quanto maisamplos se lhe evidenciem as faculdades de concentrao e o teorde persistncia no rumo dos objetivos que demande.

    Tanto quanto, no domnio da energia eltrica, a induo signi-fica o processo atravs do qual um corpo que detenha proprieda-des eletromagnticas pode transmiti-las a outro corpo sem contac-

    to visvel, no reino dos poderes mentais a induo exprime pro-cesso idntico, porquanto a corrente mental suscetvel de repro-duzir as suas prprias peculiaridades em outra corrente mentalque se lhe sintonize. E tanto na eletricidade quanto no mentalis-mo, o fenmeno obedece conjugao de ondas, enquanto perdu-re a sustentao do fluxo energtico.

    Compreendemos assim, perfeitamente, que a matria mental o instrumento sutil da vontade, atuando nas formaes da matriafsica, gerando as motivaes de prazer ou desgosto, alegria ou

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    dor, otimismo ou desespero, que no se reduzem efetivamente a

    abstraes, por representarem turbilhes de fora em que a almacria os seus prprios estados de mentao indutiva, atraindo parasi mesma os agentes (por enquanto imponderveis na Terra), deluz ou sombra, vitria ou derrota, infortnio ou felicidade.

    Formas-pensamentos

    Pelos princpios mentais que influenciam em todas as dire-

    es, encontramos a telementao e a reflexo comandando todosos fenmenos de associao, desde o acasalamento dos insetos ata comunho dos Espritos Superiores, cujo sistema de aglutinaonos , por agora, defeso ao conhecimento.

    Emitindo uma idia, passamos a refletir as que se lhe asseme-lham, idia essa que para logo se corporifica, com intensidadecorrespondente nossa insistncia em sustent-la, mantendo-nos,

    assim, espontaneamente em comunicao com todos os que nosesposem o modo de sentir.

    nessa projeo de foras, a determinarem o compulsrio in-tercmbio com todas as mentes encarnadas ou desencarnadas, quese nos movimenta o Esprito no mundo das formas-pensamentos,construes substanciais na esfera da alma, que nos liberam opasso ou no-lo escravizam, na pauta do bem ou do mal de nossaescolha. Isso acontece porque, maneira do homem que constriestradas para a sua prpria expanso ou que talha algemas para simesmo, a mente de cada um, pelas correntes de matria mentalque exterioriza, eleva-se a gradativa libertao no rumo dos pla-nos superiores ou estaciona nos planos inferiores, como quemtraa vasto labirinto aos prprios ps.

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    5Corrente eltrica e corrente mental

    Dnamo espiritual

    Ainda mesmo que a Cincia na Terra, por longo tempo, recal-citre contra as realidades do Esprito, imperioso convir que, nocomando das associaes atmicas, sob a perquirio do homem,prevalecem as associaes inteligentes de matria mental.

    O Esprito, encarnado ou desencarnado, na essncia, pode sercomparado a um dnamo complexo, em que se verifica a transubs-tanciao do trabalho psicofsico em foras mento-eletromagnticas, foras essas que guardam consigo, no laborat-rio das clulas em que circulam e se harmonizam, a propriedadede agentes emissores e receptores, conservadores e regeneradores

    de energia.Para que nos faamos mais simplesmente compreendidos,

    imaginemo-lo como sendo um dnamo gerador, indutor, transfor-mador e coletor, ao mesmo tempo, com capacidade de assimilarcorrentes contnuas de fora e exterioriz-las simultaneamente.

    Gerador eltrico

    Recordemos que um motor se alimenta da corrente eltrica,fornecida pelos recursos atmicos do plano material.

    E para simples efeito de estudo da transmisso de fora medi-nica, em que a matria mental substncia bsica, lembremo-nosde que a chamada fora eletromotriz nasce do agente que a produzem circuito fechado.

    Afirmamos que o gerador eltrico uma fonte de fora ele-

    tromotriz, entretanto no nos achamos frente de uma fora au-

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    tomtica, mas sim de uma caracterstica do gerador, no qual a

    energia absorvida, sob forma particular, se converte em energiaeltrica.

    O aparelho, gerador, no caso, no plasma correntes eltricas esim produz determinada diferena de potencial entre os seusterminais ou extremos, facultando aos eltrons a movimentaonecessria.

    Figuremos dois campos eltricos separados, cada um deles

    com cargas de natureza contrria, com uma diferena de potencialentre eles. Estabelecido um fio condutor entre ambos, a correnteeltrica se improvisa, do centro negativo para o centro positivo,at que seja alcanado o justo equilbrio entre os dois centros,anulando-se, desde ento, a diferena de potencial existente.

    Se desejamos manter a diferena de potencial a que nos refe-rimos, indispensvel interpor entre ambos um gerador eltrico,

    por intermdio do qual se nutra, constante, o fluxo eletrnicoentre um e outro, de vez que a corrente circular no condutor, emvista do campo eltrico existente entre os dois corpos.

    Gerador medinico

    Idealizemos o fluxo de energias mento-eletromagnticas, oufulcro de ondas da entidade comunicante e do mdium, como dois

    campos distintos, associando valores positivos e negativos, res-pectivamente, com uma diferena de potencial que, em nossocaso, constitui certa capacidade de juno especfica.

    Estabelecido um fio condutor de um para o outro que, emnosso problema, representa o pensamento de aceitao ou ade-so do mdium, a corrente mental desse ou daquele teor se im-provisa em regime de ao e reao, atingindo-se o necessrioequilbrio entre ambos, anulando-se, desde ento, a diferena

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    existente, pela integrao das foras conjuntas em clima de afini-

    dade.Se quisermos sustentar o continusmo de semelhante conju-

    gao, imprescindvel conservar entre os dois um gerador defora, que, na questo em anlise, o pensamento constante deaceitao ou adeso da personalidade medinica, atravs do qualse evidencie, incessante, o fluxo de energias conjugadas entre ume outro, porquanto a corrente de foras mentais, destinada pro-

    duo desse ou daquele fenmeno ou servio, circular no condu-tor medinico em razo do campo de energias mento-eletromagnticas existente entre a entidade comunicante e a indi-vidualidade do mdium.

    tomos e Espritos

    Para entendermos com mais segurana o problema da com-

    pensao vibratria na produo da corrente eltrica e (de outromodo) da corrente mental, lembremo-nos de que, conforme a leide Coulomb, as cargas de sinal contrrio ou de fora centrpetaatraem-se, contrabalanando-se essa atrao com a repulso porelas experimentada, ante as cargas de sinal igual ou de foracentrfuga.

    A harmonia eletromecnica do sistema atmico se verificatoda vez que se encontre neutro ou, mais propriamente, quando asunidades positivas ou unidades do ncleo so em nmero idnticoao das negativas ou aquelas de que se constituem os eltrons,estabilidade essa que decorre dos princpios de gravitao naslinhas do microcosmo.

    Afirma-se, desse modo, que existe uma unidade de diferenade potencial entre dois pontos de um campo eltrico, quando aao efetuada para transportar uma unidade de carga (ou 1 cou-

    lomb), de um ponto a outro, for igual unidade de trabalho.

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    Entendendo-se que os mesmos princpios predominam para as

    correntes de matria mental, embora as modalidades outras desustentao e manifestao, somos induzidos a asseverar, poranalogia, que existe capacidade de afinizao entre um Esprito eoutro, quando a ao de plasmagem e projeo da matria mentalna entidade comunicante for, mais ou menos, igual ao dereceptividade e expresso na personalidade medinica.

    Fora eletromotriz e fora medinica

    Compreendemos que se dispomos, em toda parte, de fontes defora eletromotriz, mediante a sbia distribuio das cargas eltri-cas, encontrando-as, a cada passo, na extenso da indstria e doprogresso, temos igualmente variados mananciais de fora medi-nica, mediante a permuta harmoniosa, consciente ou inconsciente,dos princpios ou correntes mentais, sendo possvel observ-los,em nosso caminho, alimentando grandes iniciativas de socorro snecessidades humanas e de expanso cultural.

    Usinas diversas espalham-se na paisagem terrestre, alentandosistemas de luz e fora, na criao do conforto e da atividade, emcidades e vilarejos, campos e estncias, e associaes medinicasde vria espcie se multiplicam nos quadros morais do mundo,nutrindo as instituies maiores e menores da Religio e da Cin-cia, da Filosofia e da Educao, da Arte e do Trabalho, do Conso-

    lo e da Caridade, impulsionando a evoluo da espiritualidade noplano fsico.

    Fontes de fraco teor

    Possumos, ainda, aquelas fontes de fora eltrica, dotadas defraco teor, nos processos no industriais em que obtemos a eletri-zao por atrito, ou, por contacto, a induo eletrosttica e os

    efeitos diversos, tais como o efeito piezeltrico, vulgarmenteempregado na construo de microfones e alto-falantes, peas

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    6Circuito eltrico e circuito medinico

    Conceito de circuito eltrico

    Indica o conceito de circuito eltrico a extenso do condutorem que se movimenta uma corrente eltrica, sempre que se sus-tente uma diferena de potencial em seus extremos.

    O circuito encerra um condutor de ida e outro de volta da cor-rente, abrangendo o gerador e os aparelhos de utilizao, a englo-barem os servios de gerao, transmisso, transformao e dis-tribuio da energia.

    Para a execuo de semelhantes atividades, as mquinas res-pectivas guardam consigo recursos especiais, em circuitos ele-mentares, como sejam os de gerao e manobra, proteo e medi-da.

    Conceito de circuito medinico

    Aplica-se o conceito de circuito medinico extenso docampo de integrao magntica em que circula uma correntemental, sempre que se mantenha a sintonia psquica entre os seusextremos ou, mais propriamente, o emissor e o receptor.

    O circuito medinico, dessa maneira, expressa uma vontade-apelo e uma vontade-resposta, respectivamente, no trajeto idae volta, definindo o comando da entidade comunicante e a con-cordncia do mdium, fenmeno esse exatamente aplicvel tanto esfera dos Espritos desencarnados, quanto dos Espritos en-carnados, porquanto exprime conjugao natural ou provocadanos domnios da inteligncia, totalizando os servios de associa-

    o, assimilao, transformao e transmisso da energia mental.

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    Para a realizao dessas atividades, o emissor e o receptor

    guardam consigo possibilidades particulares nos recursos docrebro, em cuja intimidade se processam circuitos elementaresdo campo nervoso, atendendo a trabalhos espontneos do Esprito,como sejam, ideao, seleo, auto-crtica e expresso.

    Circuito aberto e circuito fechado

    A corrente, em sentido convencional, no circuito eltrico,

    expedida do plo positivo do gerador, circula nos aparelhos deutilizao e volta ao gerador, alcanando-lhe o plo negativo, doqual passa, por intermdio do campo interno do gerador, ao plopositivo, prosseguindo em seu curso.

    Entretanto, para que a corrente se mantenha, imprescindvelque o interruptor de manobra se demore ligado ou, mais claramen-te, que o circuito esteja fechado, de vez que em regime de circuito

    aberto a corrente no circula.A corrente mental no circuito medinico equilibra-se igual-mente entre a entidade comunicante e o mdium, mas, para que selhe alimente o fluxo energtico em circulao, indispensvel queo pensamento constante de aceitao ou adeso do mdium semostre em equilbrio ou, mais exatamente, preciso que o circuitomedinico permanea fechado, porque em regime de circuitoaberto ou desateno a corrente de associao mental no searticula.

    Resistncia

    Todo circuito eltrico se evidencia por peculiaridades distin-tas, chamadas constantes ou parmetros, a saber: resistncia,indutncia e capacitncia.

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    Resistncia a propriedade que assinala o gasto de energia

    eltrica no circuito, como proviso de calor, correspondendo despesa de atrito em mecnica.

    Igualmente no circuito medinico, a resistncia significa adissipao de energia mental, destinada sustentao de baseentre o Esprito comunicante e o mdium.

    Indutncia

    No circuito eltrico, indutncia a peculiaridade atravs daqual a energia acumulada no campo magntico provocado pelacorrente, impedindo-lhe a alterao, seja por aumento ou pordiminuio. Em vista da indutncia, quando a corrente varia,aparece na intimidade do circuito determinado acrscimo defora, opondo-se mudana, o que faz dessa propriedade umacaracterstica semelhante ao resultado da inrcia em mecnica. Se

    o circuito eltrico em ao sofre abrupta soluo de continuidade,o efeito em estudo produz uma descarga eltrica, cujas conse-qncias variam com a intensidade da corrente, de vez que ocircuito, encerrando bobinas e motores, caracteriza-se por nature-za profundamente indutiva, implementos esses que no devem serinterrompidos de chofre e cujos movimentos devem ser reduzidosdevagar, nico modo de frustrar o aparecimento de correntesextras, suscetveis de determinar fechamentos ou rupturas desas-

    trosas para os aparelhos de utilizao.Tambm no circuito medinico verifica-se a mesma proprie-

    dade, ante a energia mento-eletromagntica armazenada no campoda associao mental, entre a entidade comunicante e o mdium,provocada pelo equilbrio entre ambos, obstando possveis varia-es. Em virtude de semelhante princpio, se aparece algumaalterao na corrente mental, surge nas profundezas da conjuga-

    o medinica certo aumento de fora, impedindo a variao. Se aviolncia interfere criando mudanas bruscas, a indutncia no

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    plano mental determina uma descarga magntica, cujos efeitos se

    hierarquizam, conforme a intensidade da integrao em andamen-to, porquanto o circuito medinico, envolvendo implementosfisiopsicossomticos e tecidos celulares complexos no planofsico e no plano espiritual, mostra-se fortemente indutivo e nodeve ser submetido a interrupes intempestivas, sendo necessrioatenuar-se-lhe a intensidade, quando se lhe trace a terminao,para que se impossibilite a formao de extracorrentes magnti-cas, capazes de operar desajustes e perturbaes fsicas, perispir-ticas e emocionais, de resultados imprevisveis para o mdium,quanto para a entidade em processo de comunicao.

    Capacitncia

    No circuito eltrico, capacitncia a peculiaridade mediante aqual se permite a acumulao da energia no campo eltrico, ener-gia essa que acompanha a presena da voltagem, revelando seme-lhana ao efeito da elasticidade em mecnica.

    Os aparatos que guardam energia no campo eletrosttico docircuito so chamados capacitores ou condensadores.

    Um capacitor, por exemplo, acumula energia eltrica, durantea carga, restituindo-a ao circuito, por ocasio da descarga.

    Em identidade de circunstncias, no circuito medinico, ca-

    pacitncia exprime a propriedade pela qual se verifica o armaze-namento de recursos espirituais no circuito, recursos esses quecorrespondem sintonia psquica.

    Os elementos suscetveis de condensar essas possibilidades,no campo magntico da conjuno medinica, expressam-se nacapacidade conceptual e interpretativa na regio mental do m-dium, que acumular os valores recebidos da entidade que o co-manda, devolvendo-a com a possvel fidelidade ao servio docircuito medinico na ao do intercmbio.

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    Essas analogias so valiosas, compreendendo-se, ento, por

    que motivo, nas tarefas medinicas. organizadas para fins nobres, sempre necessrio a formao de um circuito em que cada m-dium permanece subordinado ao tradicional Esprito-guia oudeterminado orientador da Espiritualidade.

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    7Analogias de circuitos

    Velocidade eltrica

    Estudemos ainda alguns problemas primrios da eletricidadepara compreendermos com segurana os problemas do intercm-bio medinico.

    Sabemos que a velocidade na expanso dos impulsos eltricos semelhante da luz, ou 300.000 quilmetros por segundo.

    Fcil entender, assim, que se estendermos um condutor, qualo fio de cobre, numa extenso de 300.000 quilmetros, e se numadas extremidades injetarmos certa quantidade de eltrons livres,um segundo aps a mesma quantidade de eltrons livres verterda extremidade oposta.

    Entretanto, devemos considerar que a velocidade dos eltronsdepende dos recursos imanentes da presso eltrica e da resistn-cia eltrica do elemento condutor, como acontece velocidade deuma corrente liquida que depende da presso aplicada e da resis-tncia do encanamento.

    Continuidade de correntes

    Compara-se vulgarmente a circulao da corrente eltricanum circuito fechado, na base do gerador e dos recursos queencerram a aparelhagem utilizada, ao curso da gua em determi-nado setor de canalizao.

    Se sustentarmos uma presso contnua sobre o montante l-quido, com o auxlio de uma bomba, a linha colateral da artriacirculatria ser traspassada sempre pela mesma quantidade

    dgua, no mesmo espao de tempo, e se alimentarmos um circui-

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    to eltrico, atravs de um gerador, em regime de uniformidade, o

    grau de intensidade da corrente ser constante, em cada setor domesmo circuito.

    Acontece que reduzida quantidade de eltrons produz corren-tes de fora quase imperceptveis, maneira de apenas algumasgotas dgua que, arrojadas ao bojo do encanamento, no conse-guem formar seno curso fraco e imperfeito.

    Assim como se faz necessria uma corrente lquida, em circu-

    lao e massa constantes, imperioso se faam cargas de bilhesde eltrons, por segundo, para que se mantenha a produo decorrentes eltricas de valores contnuos.

    Expresses de analogia

    Aplicando os conceitos expendidos atrs, aos nossos estudosda mediunidade, recordemos a analogia existente entre os circui-

    tos hidrulico, eltrico e medinico, nas seguintes expresses:a) Curso dgua fluxo eltrico corrente medinica.

    b) Presso hidrulica diferena de potencial eltrico, determi-nando harmonia sintonia psquica.

    c) Obstculos na intimidade do encanamento resistncia eltricado circuito, atravs dos condutores inibies ou desatenesdo mdium, dificultando o equilbrio no circuito medinico.

    d) Para que o curso dgua apresente presso hidrulica uniforme,superando a resistncia de atrito, necessrio o concurso dabomba ou a soluo do problema de nvel; para que a corren-te eltrica se mantenha com intensidade invarivel, equacio-nando os impositivos da resistncia eltrica, imprescindvelque o gerador assegure a diferena de potencial, nutrindo-se omovimento de elevada carga de eltrons, conforme as aplica-

    es da fora; e para que se garanta a complementao docircuito medinico, com a possvel anulao das deficincias

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    Deteno de circuitos

    Cabe considerar que as analogias de circuitos apresentadasaqui so confrontos portadores de justas limitaes, porquanto, narealidade, nada existe na circulao da gua que corresponda aoefeito magntico da corrente eltrica, como nada existe na corren-te eltrica que possa equivaler ao efeito espiritual do circuitomedinico.

    Recorremos s comparaes em foco apenas para lembrar aosnossos companheiros de estudo a imagem de correntes circulan-tes, recordando, ainda, que a corrente lquida, comumente vaga-rosa, a corrente eltrica muito rpida e a corrente mental ultra-rpida podem ser adaptadas, controladas, aproveitadas ou condu-zidas, no podendo, entretanto, suportar indefinida armazenagemou deteno, sob pena de provocarem o aparecimento de charcos,exploses e rupturas, respectivamente.

    Conduo das correntes

    Na distribuio prestante das guas, no circuito hidrulico,so necessrios reservatrios e canais, represas e comportas, emedificaes adequadas.

    Na aplicao da corrente eltrica, em circuitos corresponden-tes, no podemos prescindir, como na administrao da fora

    eletromotriz, de alternadores inteligentemente estruturados, para adosagem de correntes e voltagens diversas, com a produo devariadas utilidades.

    E no aproveitamento da corrente mental, no circuito medini-co, so necessrios instrumentos receptores capazes de atender sexigncias da emisso, para qualquer servio de essncia elevada,compreendendo-se, desse modo, que a corrente lquida, a corrente

    eltrica e a corrente mental dependem, nos seus efeitos, da condu-o que se lhes imprima.

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    8Mediunidade e eletromagnetismo

    Mediunidade estuante

    Aplicando noes de eletricidade ao exame do circuito medi-nico, ser interessante alinhar alguns leves apontamentos.

    Na generalidade dos metais, principalmente no cobre, na pra-ta, no ouro e no alumnio, os eltrons livres so facilmente desta-cveis do tomo, motivo pelo qual semelhantes elementos sochamados condutores.

    Isso acontece em razo de esses eltrons livres serem desta-cveis ante a aposio de uma presso eltrica, de vez que, quan-do um tomo acusa a deficincia de um eltron, ele desloca, deimediato, um eltron do tomo adjacente, estabelecendo-se, dessemodo, a corrente eltrica em certa direo, a expressar-se sempreatravs do metal, permanecendo, assim, os tomos em posio deharmonia.

    Aqui temos a imagem das criaturas dotadas de mediunidadeestuante e espontnea, nas quais a sensibilidade psquica se deixatraspassar, naturalmente, pelas irradiaes mentais afins, recla-mando educao adequada para o justo aproveitamento dos recur-

    sos de que so portadoras.

    Corrente eltrica

    Para que se faa mais clareza em nosso tema, imperioso in-cluir o magnetismo, de modo mais profundo, em nossas observa-es de limiar.

    Sempre que nos reportamos ao estudo de campos magnticos,

    o m recordado para marco inicial de qualquer anotao.

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    Nele encontramos um elemento com a propriedade de atrair

    limalhas de ferro ou de ao e que, com liberdade de girar ao redorde um eixo, assume posio definida, relativamente ao meridianogeogrfico, voltando invariavelmente a mesma extremidade parao plo norte do Planeta.

    Estabelecendo algumas idias, com respeito ao assunto, con-signaremos que a corrente eltrica a fonte de magnetismo atagora para ns conhecida na Terra e no Plano Espiritual.

    Nessa mesma condio entendemos a corrente mental, tam-bm corrente de natureza eltrica, embora menos pondervel naesfera fsica.

    Em torno, pois, da corrente eltrica, atravs desse ou daquelecondutor, surgem efeitos magnticos de intensidade correspon-dente, e sempre que nos proponhamos produo de tais efeitos necessrio recorrer ao apoio da corrente referida.

    Sabemos, no entanto, que a eletricidade vibra em todos os es-caninhos do infinitamente pequeno.

    Em clculo aproximado, no ignoramos que um eltron trans-porta consigo uma carga eltrica de 1,6 x 10-19 coulomb.

    Alm do movimento de translao ou de saltos, em derredordo ncleo, os eltrons caracterizam-se igualmente por determina-do movimento de rotao sobre o seu prprio eixo, se podemos

    referir-nos desse modo s partculas que os exprimem, produzindoos efeitos conhecidos por spins.

    Spins e domnios

    Geralmente, nas camadas do sistema atmico, os chamadosspins ou diminutos vrtices magnticos, revelando naturezapositiva ou negativa, se compensam uns aos outros, mas no em

    determinados elementos, como seja o tomo de ferro, no qualexistem quatro spins ou efeitos magnticos desajustados nas

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    camadas perifricas, provocando as avanadas peculiaridades

    magnticas que se exteriorizam dele, porquanto, reunido a outrostomos da mesma substncia, faz que se conjuguem, ocasionandoa formao espontnea de ms microscpicos ou, mais propria-mente, domnios.

    Esses domnios se expressam de maneira irregular ou de-sordenada, guardando, contudo, a tendncia de se alinharem,como, por exemplo, no mesmo tomo de ferro a que nos reporta-

    mos.Inclinam-se a espontneo ajustamento, de conformidade com

    um dos trs eixos do cristal desse elemento, mas sofrem obstruooferecida pelas energias interatmicas, a funcionarem como re-cursos de atrito contra a mudana provvel da condio magnticaque lhes caracterstica. Todavia, se a intensidade magntica docampo for aumentada, alcanando determinado teor, com capaci-dade de garantir a orientao de cada domnio, cada domnioatingido entra imediatamente no alinhamento magntico e, medida que se dilate o campo, todos os domnios se padronizampela mesma orientao, tornando-se, dessa forma, o fluxo magn-tico gradativamente maior.

    To logo a totalidade dos domnios assume direo idnti-ca, afirma-se que o corpo ou material est saturado ou, maisexatamente, que j se encontram ocupadas todas as valncias dos

    sistemas atmicos de que esse corpo ou material se compe.

    Campo magntico essencial

    Da associao dos chamados domnios, surgem as linhas defora a entretecerem o campo magntico essencial ou, mais pro-priamente, o espao em torno de um plo magntico.

    Esse campo suscetvel de ser perfeitamente explorado poruma agulha magntica.

  • 8/14/2019 3854016 Andre Luiz Mecanismos Da Mediunidade

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    Sabemos que um plo magntico se caracteriza por intensida-

    de anloga unidade sempre que estiver colocado distncia de 1centmetro de um plo idntico, estabelecendo-se que a fora derepulso ou da atrao existente entre ambos equivale a 1 dina.

    assim que o oersted designa a intensidade do campo quefunciona sobre a massa magntica unitria com a fora de 1 dina.

    Se o campo magntico terrestre muito reduzido, formando asua componente horizontal 0,2 oersted e a vertical 0,5 oersted

    aproximadamente, os campos magnticos, nos fluxos habituais deaplicao eltrica, demonstram elevado grau de intensidade, qualacontece no campo caracterstico do entreferro anular de um alto-falante, que medeia, aproximadamente, de 7.000 a 14.000 oers-teds.

    Fcil reconhecer que, em todos os elementos atmicos nosquais os efeitos magnticos ou spins se revelam compensados,

    os domnios ou ms microscpicos se equilibram na constitui-o inter-atmica, com ndices de harmonia ou saturao adequa-dos, pelos quais o campo magntico se mostra regular, o que noacontece nos elementos em que os spins da camada perifrica seevidenciam descompensados ou naqueles que estejam sob regimede excitao.

    Possumos, na Terra, as chamadas substncias magnticas na-turais e, ainda, aquelas que podem adquirir semelhantes qualida-des artificialmente, como sejam mais destacadamente o ferro, oao, o cobalto, o nquel e as ligas que lhes dizem respeito, mere-cendo especial meno o fe