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1 Biblioteca Esotérica Virtual http://www.pgem.hpg.com.br AS ORDENS ESOTÉRICAS E SEU TRABALHO Dion Fortune SUMÁRIO INTRODUÇÃO ....................................... ...................... 2 ESOTERISM O, OCULTISMO E MISTICISMO ..................................... 4 A ORIGEM DOS M ISTÉRIOS ................................................. 6 AS TRÊS GRANDES TRADIÇÕES . ...................... ....................... 8 OS CAMINHOS DA TRADIÇÃO OCIDENTAL .. ...................... ............. 14 A EVOLUÇÃO E A FUNÇÃO DOS MESTRES ............... ...................... 20 O TREINAMENTO E O TRABALHO DE UM INICIADO ............ ................. 26 AS ESCOLAS OCULTAS ........................................ ............ 30 ORDENS, FRATERNIDADES, GRUPOS .................................. ....... 34 O USO E O PODER DO RITUAL ........................................... .. 40 JURAMENTOS E OBRIGAÇÕES ........................ ....................... 42 OS CAMINHOS DIREITO E ESQUERDO ........................................ 46 PROCURAN DO O MESTRE ................................................... 49 A ESCOLHA DE UMA ESCOLA OCULTA ........................................ 59 O CAMINHO DA INICI AÇÃO ............................................. ... 62 [email protected] [email protected]

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1Biblioteca Esotrica Virtual http://www.pgem.hpg.com.br

AS ORDENS ESOTRICAS E SEU TRABALHODion Fortune SUMRIOINTRODUO ............................................................. 2 ESOTERISMO, OCULTISMO E MISTICISMO ..................................... 4 A ORIGEM DOS MISTRIOS ................................................. 6 AS TRS GRANDES TRADIES .............................................. 8 OS CAMINHOS DA TRADIO OCIDENTAL ..................................... 14 A EVOLUO E A FUNO DOS MESTRES ..................................... 20 O TREINAMENTO E O TRABALHO DE UM INICIADO ............................. 26 AS ESCOLAS OCULTAS .................................................... 30 ORDENS, FRATERNIDADES, GRUPOS ......................................... 34 O USO E O PODER DO RITUAL ............................................. 40 JURAMENTOS E OBRIGAES ............................................... 42 OS CAMINHOS DIREITO E ESQUERDO ........................................ 46 PROCURANDO O MESTRE ................................................... 49 A ESCOLHA DE UMA ESCOLA OCULTA ........................................ 59 O CAMINHO DA INICIAO ................................................ [email protected] [email protected] todos os tempos, e entre todas as raas, tem existido uma tradio referente a certas escolas esotricas, ou fraternidades, onde um conhecimento secreto, desconhecido da maioria da humanidade, podia ser apreendido, e cuja admisso era obtida atravs de uma iniciao, na qual os testes e o ritual tinham a sua parte. Quem quer que esteja familiarizado com a literatura do folclore e da Antropologia, sabe que essa crena existe entre povos primitivos, dos esquims do Crculo rtico aos mineiros indgenas da Terra do Fogo. Quem quer que tenha estudado histria tambm sabe que isso prevaleceu desde a primeira aurora da cultura humana. Hoje, nos centros do mundo civilizado, essa crena ainda est viva e, embora possa ser ridicularizada pelos que tm mentalidade ortodoxa, um observador imparcial no pode deixar de notar que alguns dos homens mais nobres estiveram entre os seus defensores, e que as inteligncias mais criativas tm, quase sem exceo, dado testemunho de uma fonte de inspirao vinda do Invisvel. difcil acreditar que esse rumor pudesse se difundir to amplamente e pudesse manter to longa existncia se fosse inteiramente destitudo de fundamento; ademais, o fato de ter ele a mesma forma entre raas que no tiveram relacionamento umas com as outras, tal como os egpcios primitivos e os primitivos mexicanos, prova maior em favor dessa verdade. No possvel demonstrar, queles que esto fora dos limites, a existncia de organizaes como aquelas a que nos referimos, porque, desde que haja a revelao dos seus segredos, vem, com isso, a obrigatoriedade do silncio. permissvel, contudo, dar informaes suficientes para capacitar aquele que busca com ardor discernir o caminho pelo qual pode aproximar-se da entrada de uma ou de outra dessas escolas, e, com esse propsito, o ensinamento que se segue, concernente s ordens esotricas e s suas funes, colocado diante do leitor, embora as provas das declaraes aqui contidas devam ser recusadas, at que ele se tenha qualificado para receb-las. As diferentes escolas de ocultismo declaram-se detentoras de uma cincia tradicional, secreta, a elas comunicada, em primeiro lugar, pelos fundadores divinos, e enriquecida e revisada, de tempo em tempo, por grandes mestres. Essa cincia refere-se ao estudo das causas que esto por trs dos fenmenos perceptveis, e os condicionam. Depois de testes preliminares quanto ao carter e aptido, as fraternidades ocultas esto preparadas para transmitir a teoria dessa cincia aos candidatos aceitos, e, subsequentemente, transmitir tambm os poderes para seu uso prtico, por meio das iniciaes rituais. So essas, em resumo, as afirmaes feitas em favor das escolas esotricas, por aqueles que esto em condio de falar por elas. Frequentemente, e com muita razo, pergunta-se por que as sociedades que confessam terem sido formadas para servir a humanidade, e tm ensinamentos to valiosos a dar, no se comunicam livremente com todos os que as procuram. No deveriam, ademais, estar antes fazendo propaganda ativa do seu trabalho, a fim de induzir as pessoas a procur-las e a compartilhar da sua sabedoria, e no, como parece estarem fazendo, esconderem-se como que procurando todos os recursos possveis para evitar observao e impedir que sejam descobertas por aqueles que aprenderiam com elas? A resposta a essa pergunta ser encontrada quando a natureza da cincia oculta for compreendida. O caso refere-se aos poucos conhecidos poderes da mente humana, e a certos aspectos pouco compreendidos da Natureza. [email protected] [email protected] as pesquisas quanto a esses assuntos fossem puramente tericas, no haveria necessidade de guardar suas descobertas to cuidadosamente, mas o conhecimento dos fatos assim descobertos revela imediatamente suas aplicaes prticas. O conhecimento confere poder nesse campo de pesquisa, ainda mais do que nos campos explorados pela cincia ortodoxa, porque o poder que se faz assim disponvel o poder da mente, e os efeitos do uso desse poder so de to grande alcance, para o bem como para o mal, que no coisa para ser levianamente confiada s mos de qualquer ser humano. Tal como a lei sobre drogas perigosas restringe a compra e a administrao de drogas fortes, os que so os guardies desse antigo conhecimento tradicional procuram salvaguardar o seu uso. Sendo de natureza to sutil, impossvel evitar os abusos se ficarem em mos inescrupulosas; portanto, seus guardies fazem tudo quanto lhes possvel para que tais pessoas no tenham acesso a ele. Da as restries que cercam o seu ensinamento. Tais restries, entretanto, no so mais severas do que as que se fazem na prtica da medicina, para a qual cinco anos de pesado aprendizado so necessrios. Estamos, contudo, to habituados a ver o ensino espiritual dado livremente, a ouvir o chamado: "Ol! Todos os que tm essa sede, venham s Aguas da Vida e bebam livremente", que no podemos entender o sistema que recusa qualquer fluxo sado de tal fonte aos que esto sedentos. A razo est no fato, que no pode ser muito claramente entendido pelos presumveis nefitos, de que a cincia oculta uma coisa mental, no espiritual, no boa nem m em si mesma, mas s na forma pela qual usada. poderosa, tanto para o bem como para o mal, pode salvar almas das quais nenhum outro meio pode aproximar-se, e tambm pode, mesmo sem m inteno, destru-las. No brinquedo de criana, e so poucos os que esto prepar para o caminho que leva s alturas. No obstante, para os que podem aventurar-se por ele uma nobre procura para a alma, uma verdadeira cruzada contra os Poderes das Trevas e a iniquidade espiritual em altas regies. Nos lugares ocultos do mundo, bem pouco suspeitados pelos que no estiveram face a face com eles, que homens e mulheres de coragem, fora, e o conhecimento indispensvel so necessrios para tratar com eles. O treinamento dado nas escolas ocultas destina-se a preparar o adepto, um ser humano que, pelo exerccio intensivo, elevou-se acima do desenvolvimento comum da humanidade, e est dedicado ao servio de Deus. Certo trabalho, em conexo com a evoluo e com o desenvolvimento espiritual e a salvaguarda das naes, empreendido por homens e mulheres altamente treinados, embora seu trabalho nunca seja visto e o local de treinamento jamais se faa conhecido. Seu treinamento real, pode dizer-se, feito nos Planos Interiores, e s o treino preliminar, que os prepara para as Escolas Ocultas, tem lugar nos planos fsicos. A Percepo preparada para a sua Grande Busca, e aventura-se, sozinha, pelo Invisvel. No se pode dizer muito mais em relao a esse treinamento, e no muitos esto aptos para ele, mas foi dito o bastante para alimentar o [email protected] [email protected], OCULTISMO E MISTICISMOAntes de nos aventurarmos ao estudo do assunto deste livro As ordens esotricas e seu trabalho necessrio definir o sentido em que a palavra esoterismo usada para incluir todos os aspectos da cincia superfsica. Para fazer isso teremos alguma dificuldade, j que se trata de uma palavra relativa, usada para se distinguir de exoterismo. O esoterismo comea onde o exoterismo termina. E como as fronteiras da cincia exotrica sempre esto avanando, as fronteiras do esoterismo esto sempre recuando. O que era ensinado aos iniciados no Egito, hoje ensinado s crianas nas escolas da Inglaterra. Leitura, Escrita e Matemtica foram, outrora, artes ocultas. O mesmo acontece com os aspectos mais profundos da hipnose, embora alguns dos seus aspectos menores tenham sido redescobertos por cientistas exotricos. A medida que a evoluo avana, o homem comum torna-se capaz do que outrora foi possvel apenas para o homem excepcional. O que o homem civilizado em relao ao selvagem o adepto em relao ao homem comum. Os poderes do homem civilizado parecem miraculosos para o selvagem porque ele no conhece as leis que o dominam, mas o homem civilizado sabe bastante bem que o homem no transcende o imprio da lei quando voa como um pssaro ou quando cura um enfermo. Ele alcana esses resultados pelo conhecimento de certas leis naturais, e as utiliza, tal como faz o adepto. Pessoalmente, o selvagem pode beneficiar-se pela educao, ou pode no ser capaz disso. Depender da sua capacidade. O homem mdio pode ser capaz de beneficiar-se pela iniciao, ou pode no o ser. Tambm depender da sua capacidade. Todas as pessoas, entretanto, deveriam ter a oportunidade de avanar at o mais alto desenvolvimento de que sejam capazes. Um certo grau de evoluo deve ser obtido antes que a iniciao se torne operativa: um estudante no entra num curso de ps -graduao enquanto no chegou formatura. A funo da religio exotrica zelar pe cada membro da raa alcance o padro normal da evoluo. Ela tem de procurar a ovelha perdida e erguer a dcima moeda submersa. Enquanto um homem no aprende as lies da sua f, no est preparado para as lies da iniciao. A funo dos Mistrios Menores permitira pessoa admitida ao seu ensinamento alcance o mais alto grau de desenvolvimento de que seja capaz. Nos Mistrios Menores so desdobradas as capacidades latentes do homem, mas nos Grandes Mistrios so desdobradas as capacidades ocultas da Natureza. Os Mistrios Menores ocupam-se com a esfera subjetiva, e os Grandes Mistrios ocupam-se com a esfera objetiva, e um pr-requisito essencial do outro. No possvel que um homem controle as essncias elementares da Natureza, a no ser que seja senhor dos aspectos elementares da sua prpria natureza, porque os poderes interiores, se rebelados, iro tra-lo com os poderes exteriores. A disciplina deve preceder o domnio. Atuamos sobre o que est no exterior pelo aspecto correspondente do que est no interior. Se a Natureza no for purificada, far um contato confuso quando tocar o Invisvel. As operaes do ocultismo so baseadas nos poderes da vontade e da imaginao, e ambas so foras cegas. A no ser que sejam controladas e dirigidas por um motivo que tenha relao com o Universo como um todo, no possvel que haja uma sntese definitiva. A personalidade deve ser universalizada pelo ideal a que se dirige, a fim de que possa funcionar como parte organizada do todo csmico. Esse anseio de universalidade o anseio definitivo da alma; o eu inferior procurar atingi-la atraindo todas as coisas para si prprio, numa fria de posse; o eu superior procura [email protected] [email protected] transcendendo os limites do eu e tomando-se um com o Universo. H duas unies a serem alcanadas: o eu pode tornar-se um com o Universo por meio da solidariedade universal essa a meta do ocultista, mas o eu pode tambm fazer-se um com o Criador do Universo por meio de absoluta devoo essa a meta do mstico. O ocultista, porm, tendo atingido sua prpria meta, ainda no fez sua integrao final, ainda no passou do aspecto fenomenal manifestado no csmico. E o mstico, tendo alcanado sua transcendente unio, no pode ret-la, pois deve retornar ao universo fenomenal. A integrao definitiva s pode ser alcanada atravs da solidariedade universal e da devoo absoluta unidas em uma natureza. Em tal pessoa todas as coisas so reunidas por meio da solidariedade, e ela, por sua vez, reunida ao TODO por meio da devoo. Essa a meta definitiva da evoluo para o Universo manifestado como um todo; e aquele que passa pelo Caminho da Iniciao apenas antecipa a evoluo. A funo dos Mistrios dar assistncia ao iniciado paalmilhar aquele trecho do Caminho que j foi explorado, mas alm dele est uma seo que no conhecida por conscincia alguma que esteja em sua forma fsica. Essa seo o homem deve percorrer a ss com seu Mestre. Ainda mais alm, h uma outra seo onde o homem fica sozinho com o seu Deus. Isso no pode ser conseguido em apenas uma encarnao. Trs encarnaes de absoluta devoo, sem erro, devem bastar, mas quem est isento de erro, e a que distncia deveremos estar na Senda, antes que a devoo absoluta seja alcanada? No podemos sair da marcha da evoluo com um p e com outro penetrar na Luz Csmica. So precisos muitos passos para palmilhar a Senda, e alguns deles falham e tm de ser repetidos. As dificuldades so enfatizadas porque muitos se aventuram levianamente nessa grande e terrvel experincia, mas os frutos dela no so minimizados, porque transcendem tudo que os olhos podem ver e o corao pode sonhar. Nem precisaremos esperar pelo fim da jornada para fazer a colheita desses frutos. Dia a dia o man caiu durante toda a jornada atravs do deserto, embora o Egito tivesse de ser abandonado, e o Mar Vermelho, transposto antes que aparecesse. Assim, na grande jornada da alma at Terra Prometida, que o Caminho da Iniciao, a segurana das habitaes humanas tem de ser deixada, e a alma viaja, sem abrigo e solitria pelo deserto, chegando ao Mar Vermelho. a essa altura que o fraco volta as costas e retorna escravido, para trabalhar como um mouro, sem que por isso seja recompensado. Se o teste supremo do Mar Vermelho for enfrentado, as ondas se dividiro por uma fora invisvel, e o viajante passar sobre piso seco, com uma parede de gua levantada a cada lado. Esse o teste da f, porque, pela lei do mundo, aquelas guas deveriam cair, e s uma lei superior as mantm afastadas. Ento, tendo passado pelo teste com segurana, embora ainda esteja no deserto, guas fluiro das pedras e o man cair diariamente porque, apesar de viver ainda no mundo dos sentidos, o peregrino se colocou sob a ao de uma lei [email protected] [email protected] ORIGEM DOS MISTRIOSA fim de tornar compreensvel a importncia da iniciao, ser necessrio lanar os olhos para a histria da evoluo da humanidade. A cincia oculta ensina que outras espcies de seres humanos existiram antes da humanidade tal como a conhecemos hoje. E essas espcies distintas so chamadas de Raas-Razes, acreditando-se que a Raa-Raiz que no momento tem a posse do globo terrestre a quinta da srie evolucionria. Em duas raas anteriores, conhecidas como a Polariana e a Hiperboreana, a conscincia ainda no se havia individualizado, mas a alma estava sombra da sua alma grupai, da mesma maneira pela qual o tipo inferior de animais est sombra at os dias presentes. A psicologia esotrica da alma grupai oferece um vasto campo de estudo, e demasiado envolvente para entrar nestas pginas. Deve ser suficiente dizer que as operaes dessa alma grupai podem ser reconhecidas pela inteligncia da formiga e da abelha, e pela migrao das aves. Muitos fenmenos intrigantes da inteligncia animal so explicados pela hiptese de uma alma grupal. A proporo que a evoluo humana prosseguia, mais e mais a matria mental comum espcie tornou-se organizada em complexos separados, e encarnada em muitos veculos distintos, que formavam o corpo composto do grupo. Esses complexos organizados, desenvolvendo-se em torno dos ncleos originais, ou fagulhas divinas, espalharam-se atravs da massa amorfa da alma grupai, tomando-se, finalmente, entidades individualizadas e desenvolvidas na forma humana. Depois, a evoluo continuou, avanando a uma certa distncia, e essas entidades individualizadas atingiram um grau de independncia que as tornou difceis de controlar por parte da alma grupai a cuja sombra estavam. E o Logos chamou em Seu auxlio aqueles Seus filhos que haviam completado seu ciclo de crescimento na evoluo anterior, alcanando a csmica posio de adultos. (No se deve esquecer que uma evoluo, para o Logos Solar, representa uma encarnao para o ser humano, e cada evoluo no passa de um dia na grande vida cclica de Brahma.) Esses Grandes influenciaram os pioneiros da humanidade, apresentando imagens de suas mentes por meio de um processo que chamaramos sugesto teleptica. As imagens necessrias para permitir que a sensao se transformasse em mentalizao eram fornecidas j prontas, e, por assim dizer, a humanidade foi poupada da longa e trabalhosa necessidade de construir essas imagens atravs de experincias acumuladas. No primeiro Dia Csmico, naturalmente, a humanidade de ento teve de passar por aquele processo, mas as evolues subsequentes foram prontamente capacitadas a recapitular estgios concludos anteriormente, com a ajuda de seus Irmos Mais Velhos. S depois que o ponto mais alto do Dia Csmico precedente foi alcanado, a evoluo passou a ter lugar atravs da matria-prima da experincia. Por meio de experincias s quais a percepo tornou agora o homem suscetvel, a mente concreta, ou objetiva, da humanidade foi paulatinamente construda, fundamentada no contedo inspirador que fora injetado na mente humana subconsciente pelo atendimento do Irmo Mais Velho e as influncias da alma grupai. O ponto foi finalmente alcanado quando a conscincia concreta dominou a subconscincia inspiradora, tal como esta ltima havia dominado a influncia da alma grupai. A linha direta de controle, vinda do Logos, atravs da Alma Superior, para o indivduo, foi assim perdida. Tornou-se necessrio, portanto, ligar a mente consciente com a mente subconsciente, de forma que o [email protected] [email protected] csmico pudesse ser restabelecido, e essa foi a funo dos Iniciadores Csmicos, ou Manus. Esses Grandes, que so os mais prximos aliados da humanidade entre todos os Senhores da Evoluo, tendo alcanado seu desenvolvimento no Dia Csmico imediatamente precedente ao nosso, apareceram na Terra durante os meados do Perodo Atlante. So os "Altos Sacerdotes da Ordem de Melquisedeque", seres sem pai nem me que construram seus veculos fsicos sem assistncia humana. Era seu dever comunicar-se com a mente concreta da humanidade, forjar a corrente de ligao das ideias da conscincia para a subconscincia, assim capacitando o homem para captar as vibraes mais sutis, que so a voz das esferas superiores. Para que lhes fosse possvel fazer isso, tiveram de aparecer conscincia concreta numa forma concreta; por isso, e com dificuldade infinita, construram um veculo que a conscincia concreta pudesse conhecer. Essas formas antropides eram to pouco apropriadas para as foras altamente desenvolvidas que precisavam abrigar, que s se mantinham unidas com muita dificuldade, e por curtos perodos de tempo. Da os relatos sobre sbitos aparecimentos e desaparecimentos dos deuses, que fazem parte de todas as tradies primitivas. Porque esses Grandes foram deuses reais do mito e da fbula, os Fundadores Divinos das culturas raciais, para as quais todas as tradies primitivas voltam os olhos (eles no devem ser confundidos, entretanto, com a personificao das foras da Natureza dos perodos anteriores; esses so os deuses da cultura, ou os progenitores divinos). Essas grandes entidades reuniram em torno de si grupos de estudantes selecionados entre os mais prometedores da raa para a qual vieram, e desenvolveram as suas faculdades at que eles ficassem capacitados a conhecer, conscientemente, aqueles tipos sutis de vibrao que at ento s tinham podido perceber intuitivamente, recuperando, assim, o tipo primitivo de mentalizao sobre um arco mais alto. Tendo realizado isso, os Manus puderam retirar-se para aqueles planos nos quais podiam funcionar mais facilmente e com maior liberdade, convocando seus discpulos a "erguerem-se a esses planos" e ali os atenderem para receber instrues. E deixaram a esses mesmos discpulos o cuidado de treinar outros, tal como eles prprios haviam sido treinados, suprindo, dessa maneira, as escolas ocultas atravs de sucessivas geraes. Dessa forma, se estabeleceu o grande culto ao Sol na Atlntida e sua escola de iniciao foi equipada com o conhecimento. Os Manus puderam falar aos seus discpulos sobre a formao das esferas, porque eles prprios tinham estado presentes quando elas foram construdas, e puderam informar-lhes sobre as fases atravs das quais a evoluo havia passado, porque eram testemunhas oculares disso, tendo eles mesmos se desenvolvido em algumas dessas fases, ou sido discpulos iniciados dos que j se haviam desenvolvido. assim que as escolas ocultas mantm as tradies da histria da evoluo [email protected] [email protected] TRS GRANDES TRADIESLeitores da literatura esotrica tero conhecimento de que h muitas escolas diferentes de ocultismo, e vero que os ensinamentos e o simbolismo empregado em todas elas so, fundamentalmente, os mesmos. E de tal forma assim que, por uma simples traduo da terminologia, o iniciado de uma delas fica habilitado a compreender as escrituras das outras. No obstante, essas escolas no so idnticas porque, embora a forma seja a mesma, em consequncia da sua origem comum, a fora que as anima completamente diferente, devido s circunstncias da sua fundao. Recorda-se que, entre os muitos abalos ssmicos que sacudiram a Atlntida antiga, houve trs de maior magnitude do que os outros, e foram chamados os Trs Grandes Cataclismos. Antes de cada um deles, deu-se a emigrao daqueles que tinham desenvolvimento suficiente para lev-los a antever o desastre. Esses emigrantes levaram consigo cpias dos Livros Sagrados, e tinham entre eles alguns iniciados para fundar uma Loja. Esses iniciados obtiveram autorizao para fundar o novo centro, atravs do Manu de ento. Ora, os Manus, como tudo o mais, funcionam sob os aspectos das fases csmicas, e, sendo o Logos do nosso sistema uma entidade trina, cujas trs fases so sabedoria, poder e amor, as fases logoidais apresentam-se em um ciclo de trs, de forma que, embora todos os trs aspectos estejam sempre ali, embora cada um deles predomine de uma vez, tal como um tringulo revolvendo sobre seu centro, apresentar primeiro um ngulo, e depois outro aos olhos do observador, sempre permanecendo triangular. Essa sequncia pode ser observada na histria, se um perodo suficientemente longo for estudado: haver uma fase na cultura humana durante a qual o poder est sendo construdo, sucedida por outra na qual a sabedoria vai sendo acumulada, e culminando com a fase final do perodo, na qual o amor fraternal traz a Idade de Ouro. Foi assim que a fora transmitida aos discpulos pelos Manus da Atlntida teve a colorao do aspecto logoidal que prevalecia na ocasio do seu funcionamento. A fora transmitida por um Manu chamada o seu Raio. Alm de habilitar o homem a elevar sua conscincia percepo dos planos mais sutis, os Manus pem seus discpulos em contato com uma grande fora csmica diretamente procedente do Logos, e com essa fora que os candidatos so postos em contato atravs do ritual de sua iniciao. Ser visto, ento, que embora a teoria ensinada ao iniciado das diferentes escolas ocultas seja fundamentalmente a mesma, o modus operandi da sua prtica ser muitssimo diferente, de acordo com a natureza especial do Raio fornecedor do que metaforicamente pode ser chamado a fora motriz da Ordem. O grande Templo do Sol, no qual todos os Raios se renem, no mais existe, tendo submergido sob as guas do Atlntico, mas seus ensinamentos ainda so preservados pelas trs grandes tradies ocultas, descendentes das trs grandes emigraes. A Primeira Emigrao, que se deu sob o comando de um Manu, operando sob o aspecto de Poder do ciclo logoidal, tem o poder como seu princpio fundamental. Essa emigrao, movendo-se em direo para o Oriente, segundo a disposio que as massas de terra do globo tinham ento, detinha-se, a cada ano, para semear e colher seu trigo e construir altares temporrios no lugar onde faziam esse trabalho. A seguir, moviase atravs do norte da Europa e da sia, deixando uma trilha megaltica atrs de si, at que o seu avano foi bloqueado pelo que hoje chamamos Mar Amarelo, que, ento, estendia-se em direo do sul, ao longo [email protected] [email protected] costas da sia. Finalmente, houve o contato com os remanescentes da cultura lemuriana no Pacfico, e dessa cultura absorveram os emigrantes alguns dos elementos que fazem hoje uma perigosa e poluda corrente. Embora no seja permitido a um livro da natureza deste entrar em questes que envolvam ocultismo prtico, os que conhecem a natureza do Pecado dos Sem Mente podem ser capazes de deduzir seus resultados. A Tradio dessa Primeira Emigrao forma a base de todos os primitivos cultos do Jujusmo, do Pantesmo, e da magia primitiva. Sua iniciao uma iniciao do Segundo Plano, e d ao candidato acesso apenas ao astral inferior. E, embora, por ser o plano de controle do plano fsico, evidentemente necessrio que tenha os poderes a ele referentes, para quaisquer operaes mgicas que envolvam a manipulao de foras etricas ou matria dea; ainda assim essencial que o ocultista que ensaia os processos desse plano conserve as iniciaes do plano acima, pelo qual, por sua vez, ele controlado. Se assim no fosse, o ocultista tenderia a tornar-se absorvido em suas condies, e, como a iniciao do segundo plano emprega um tipo muito primitivo de fora, que s pode ter influncia inspiradora sobre um tipo de inteligncia to inferior que no presente estgio de evoluo subumana, colocar-se algum sob o controle dessa fora uma regresso para um homem civilizado. Nesse plano, o homem branco deve funcionar como um senhor. Ele no pode, para ser justo em relao a si prprio, encarar as suas entidades em termos iguais. Os fenmenos que caracterizam a magia desse plano so aqueles com os quais nos familiarizamos nas experincias das salas de sesses espritas, e, diante das palavras anteriores, o leitor facilmente ver onde est o perigo dessas pesquisas quando em mos de ignorantes e inexperientes. A Segunda Grande Emigrao dirigiu-se para uma latitude mais meridional, devido ao avano do gelo polar, e, cruzando a Europa Central, continuou seu movimento para o leste at que seu caminho fosse barrado pelas regies montanhosas da sia, com suas neves eternas. Ali foram estabelecidos os templos, formando o Centro Himalaico. E dali a cultura difundiu-se, descendo pelos vates dos rios, acompanhando os cursos de gua, tal como era preciso fazer nas viagens primitivas. Assim, todas aquelas partes do mundo, cujos rios tm sua nascente nas cordilheiras da sia Central, tambm contemplam o centro dos Himalaas, buscando inspirao para as suas religies. Dessa emigrao derivaram as Religies da Sabedoria do Oriente, e embora algumas das seitas estejam tingidas por influncias da cultura da Primeira Emigrao, sobre a qual, em parte, o segundo fluxo fluiu (tal como o primeiro estava tingido pela vagarosa tradio lemuriana), ainda assim, em sua maior parte, um notvel grau de pureza foi mantido nas Ordens ocultas, e alguns dos mais profundos conhecimentos do mundo esto guardados nos contrafortes de suas montanhas. A Terceira Grande Emigrao veio do continente condenado, imediatamente antes do cataclismo final que para sempre o sepultou sob as guas. E, viajando para o leste, em uma direo ainda mais meridional do que a das suas duas predecessoras, cruzou a frica do Norte e continuou sua jornada at que "o Mar Vermelho e o Deserto" barrassem seu caminho. Instalaram-se, ento, nas terras frteis daquela rida regio, o vale e o delta do Nilo, fundando a cultura que nos conhecida como egpcia. Quem quer que compare a civilizao do Egito com a da Amrica Central, cuja tradio declara ter sido uma remota poro da Atlntida, no pode deixar de sentir-se impressionado pela similaridade das duas, seja nos conceitos da sua religio, seja na sua arquitetura. A navegao desenvolveu-se primeiramente no mar interior, e onde quer que as galeras fossem comerciar, a filosofia egpcia penetrava, de forma que a Tradio da Terceira Emigrao espalhou-se por toda a [email protected] [email protected] Mediterrnea e pelo Oriente Prximo. Os Mistrios gregos e tirrenos admitem que seus adeptos foram treinados nos templos egpcios. Dos tirrenos sabemos que a tradio hebraica derivou seu renascimento, e dos Mistrios gregos cresceu aquela Gnose que traduziu os conceitos espirituais do Cristianismo para a linguagem do intelecto. E da Gnose, esmagada como foi pela Igreja Crist, depois que o poder passou para as mos daqueles que nada sabiam alm da verdade exterior que mantinham, nasceu aquela extensa fileira de msticos intelectuais que mantiveram o fogo aceso na Europa, e que as geraes posteriores chamaram Alquimistas. Como o desenvolvimento das comunicaes levou as culturas a se difundirem e a inundar umas s outras, foi natural que as linhas de demarcao entre uma tradio e outra no fossem to rgidas nos ltimos dias comtinham sido nos primeiros; e os discpulos da segunda e da terceira Tradies encontraram--se e influenciaram-se mutuamente, ao longo das vias de comrcio do Oriente Prximo. Entretanto, embora os ensinamentos pudessem ter sofrido modificaes sob a influncia de culturas raciais caractersticas, as foras empregadas em iniciaes so diferentes. As disciplinas, ou mtodos de treinamento so, tambm, radicalmente distintos. Os do Raio do Poder trabalham de baixo para cima, e, operando sobre objetos do plano de manifestao, procuram influenciar seus aspectos sutis. A caracterstica dos mtodos desse Raio est no fato de ser obrigatrio haver um ponto de partida material, uma substncia mgica, que o seu point d'appui; e muita da sua sabedoria consiste no conhecimento desses objetos naturais que esto em ntima associao com o mundo invisvel, dando, portanto, pronto ingresso a ele. Vemos os feiticeiros-doutores desses cultos usando colees de curiosos trofeus, cada um dos quais tido como de valor sobrenatural. Se esses valores dependem de suas propriedades reais, ou da f do seu possuidor, um ponto que tem de ser testado em cada caso individual, pois h demasiada evidncia dessas afirmaes para que sejam afastadas como ilusrias. Ser um homem precipitado aquele que se arriscar a dar uma opinio sobre um assunto que no investigou. Nessa tradio encontramos, ento, muita evidncia de magia fsica e das drogas que afetam os estados da conscincia, agindo sobre o sistema nervoso e sobre as glndulas endcrnas, e, ao mesmo tempo, uma total escassez de qualquer compreenso racional dos mtodos usados. O conhecimento da Primeira Tradio, quando no influenciado por tradies mais evoludas, um caso baseado na experincia e no senso comum, e muito adulterado por pura superstio, coisa que to contrria verdadeira cincia oculta quanto o cincia natus mtodos da Segunda Tradio so caracterizados pela nfase posta sobre a aquisio de conhecimentos, e dos muito notveis sistemas de cultura mental, e, sendo assim, a conscincia do iniciado se expande. Ao mesmo tempo, os mestres dessa escola no ignoram os mtodos da Primeira Tradio, pelo fato de que, nascendo da mesma escola atlante de ocultismo, embora em perodo posterior da sua histria, tinham a posse tanto do grau inferior como do superior, que a evoluo lhes acrescentara. Possuam tudo quanto os iniciados da Primeira Emigrao tinham possudo, bem como as aquisies das geraes subsequentes, e, sendo os mtodos originais fundamentalmente slidos, jamais foram substitudos nos planos aos quais pertencem. Cada tradio, na verdade, possui tudo o que sua predecessora possuiu, alm daquilo que caracteristicamente lhe pertence. A Tradio Esotrica Ocidental teve sua origem na terceira e ltima Emigrao vinda da Atlntida, que se deu imediatamente antes da catstrofe final que mergulhou no fundo do mar o Continente Perdido,[email protected] [email protected] junto com sua sabedoria e civilizao. Os sacerdotes que acompanharam a emigrao levavam consigo os Livros e Smbolos Sagrados, de forma que pudessem fundar um Templo do Sol na Terra das Trevas, para a qual se dirigiam. Para a fundao desse Templo, receberam um mandato do Manu de ento, e o contato, feito quando o Aspecto de Amor do Logos prevalecia, estava, conseqentemente, sobre o Raio do amor e da devoo; e tal como a Primeira Emigrao, que surgiu sob o Aspecto do Poder do Logos, teve como seu ideal o manejo do poder, perfeito e supremo conforme as leis csmicas; e a Segunda Emigrao, tendo surgido sob o Aspecto da Sabedoria do Logos, teve a perfeita sabedoria como seu ideal. Assim, a Terceira e ltima Emigrao, surgindo sob o Aspecto de Amor do Logos, teve a fraternidade e a compaixo como seus ideais, e a socializao como sua tarefa. Os sacerdotes da Terceira Emigrao, sendo treinados na mesma tradio que produzira os sacerdotes da Primeira e da Segunda, possuam a sabedoria secreta de ambas essas tradies, alm daquela que os tempos subsequentes tinham desenvolvido. A nova Escola do Mistrio teve de passar por essas fases na construo do seu sistema, como podemos distinguir claramente na histria dos Mistrios. Tendo, porm, recapitulado essas fases, e alcanado um nvel de cultura equivalente ao da civilizao matriz, a ltima e caracterstica fase foi introduzida pelo trabalho do Mestre Jesus. A Tradio Ocidental, portanto, tem trs aspectos: o aspecto da Natureza, correspondente s iniciaes astrais, cujo mestre, no Astral Inferior, representado pelo pilar da MoEsquerda do Templo, e no Astral Superior por Orfeu, o doce cantor; o aspecto da Sabedoria, correspondendo s iniciaes da mente, cujo Mestre no Plano Mental Inferior Hermes, e no Mental Superior Euclides; e o Aspecto Devocional e Espiritual, cujo Mestre dos Mestres Jesus de Nazar. Esses trs grandes aspectos formam a integral Tradio Ocidental, e cada um deles, sem os outros dois, apenas parcial. A no ser que o Raio do Cutto da Natureza seja complementado pelo Raio do Desenvolvimento Intelectual e Treinamento Hermtico, os aspectos subumanos se tornaro dominantes no subconsciente do aspirante. E a no ser que o Raio Intelectual seja iluminado pela espiritualidade do Raio Devocional, ele tender para o endurecimento do corao e a estreiteza de perspectiva, enquanto o prprio Raio da Natureza suaviza e vivifica os Mistrios com a alegria e a pureza dos seus contatos naturais primitivos. Todos os Raios se unem no Sol. Portanto, seus caminhos convergem e, depois que certos estgios so alcanados, fundem-se, de forma que um iniciado dos graus superiores de qualquer Escola de Mistrio estar em terreno comum aos iniciados de qualquer outra escola. Entretanto, nos graus inferiores, especialmente em seus mtodos de trabalho nos planos astral e fsico, as escolas so largamente divergentes, tal como testemunham as diferenas em suas invocaes. Aquela que invoca os devas do Oriente no invocar as hostes anglicas do Ocidente, nem as frmulas de expulso, que mandam os demnios hindus de volta aos seus domnios, do proteo a um pas europeu, como vrios discpulos ingleses descobriram por experincias prprias. Os prprios mantras, frmulas e Palavras de Poder, so reunidos sobre diferentes princpios. Para usar uma metfora tirada da msica, os Raios so tocados em diferentes tons, e se tiver de haver transposio, ela deve ser feita por um mestre experimentado, que entenda as correspondncias; sero produzidos efeitos desagradveis, se simplesmente forem tocados sustenidos como bemis. Qualquer estudante de religio comparada sabe que, embora as grandes divindades possam ser identificadas atravs de diferentes mitologias, e smbolos anlogos surjam em todos os sistemas religiosos, a modificao, tanto de nomes como de signos, ocorre quando so traduzidos de um [email protected] [email protected] para outro. Muitos estudantes ignoram as diferenas e concentram-se na similaridade, acreditando que as alteraes so devidas a peculiaridades locais de pronncia, portanto superficiais, e que, tendo identificado os diferentes deuses solares atravs do mundo, esto tratando com uma e nica potncia. verdade, naturalmente, que a mesma fora est por trs de todos eles, mas como se algum tentasse usar, indiscriminadamente, um telefone, um dnamo, ou um cautrio eltrico, porque a mesma fora est por trs de todos eles. A pronncia e a ortografia correias das Palavras de Poder so extremamente importantes em todas as operaes ocultistas, e no sofrem alterao sem motivo e, sim, de acordo com leis definidas. A mudana nos Nomes Sagrados, de um pas para outro, feita para que as foras se adaptem s condies existentes em cada um deles, e no por uma intromisso leviana. O ocultismo, nos planos da forma, sempre racial e local porque deve estar adaptado ao ambiente; e, embora nos planos superiores, uma frmula seja vlida para todos, e as experincias msticas do mesmo tipo caracterizem todos os graus superiores, para que os adeptos possam encontrar-se em terreno igual, os sistemas empregados no treinamento de aspirantes so inteiramente diferentes, e jamais devem ser confundidos. A meditao e o ascetismo levaro o discpulo oriental aos ps do seu Mestre, mas o iniciador ocidental, trabalhando nas condies materiais muito mais densas daquela civilizao, tem de empregar os rituais a fim de obter seus resultados que bem poucos corpos orientais poderiam suportar. Os mtodos meditativos do Oriente no dariam resultado no Ocidente, a no ser que a vitalidade se faa mais baixa, sendo muito arriscado tentar o manejo de altas potncias sobre uma vitalidade diminuda. E o aspirante tambm no iria se sentir bem na pressa e na excitao constante da nossa civilizao. Mtodos desenvolvidos para se adaptarem a um tipo de vida, a um regime, e a condies etricas, no se mostram apropriados para outros tipos completamente diferentes, e essa falta de adaptao evidencia-se na tenso nervosa do discpulo. Se desejam seguir os mtodos iogues, devem levar uma vida iogue. Se no fizerem isso, sero destrudos. As foras do Oriente requerem veculos muito purificados e rarefeitos para a sua operao, portanto os aspectos primitivos da Natureza devem ser desbastados. As foras ocidentais so muito mais fortes e mais drsticas em sua ao, porque apoderam-se dos aspectos primitivos e usamnos para seus prprios fins, sublimando o metal inferior, que transformam em ouro, e no precipitando o ouro a partir do ter. Podemos nos tornar capazes de receber sinais telegrficos alm do alcance normal, seja aumentando o poder do aparelho transmissor, seja pela sensitividade do aparelho receptor. O mtodo ocidental emprega o primeiro e o oriental, o segundo. Se o professor deseja usar os mtodos do Oriente, deve levar seus discpulos a preencher as condies do Oriente, e, para os graus mais altos, ter de ir ao Oriente. Os mtodos ocidentais esto baseados no simbolismo e nas potncias ocidentais. Tm suas razes entranhadas na vida espiritual da raa. Suas influncias moldaram a sua civilizao, portanto eles no se inclinam a fazer, de seus iniciados, estrangeiros em sua prpria terra, deixando-os inadequados para as condies de vida na Europa. Preferem treinar seus aspirantes para cooperarem com as foras raciais, para us-las e serem usados por elas. O conhecimento da Sabedoria Antiga do Oriente foi popularizado pela Sociedade Teosfica, mas no nos esqueamos de que h nosso prprio esoterismo nativo, escondido na mente superconsciente da raa, e que temos nossos lugares sagrados s nossas prprias portas, os quais [email protected] [email protected] usados para iniciaes desde tempos imemoriais, e que foram igualmente potentes para o contato dos celtas com a Natureza, para o trabalho dos Hermetistas, e para as experincias msticas da Igreja do Santo [email protected] [email protected] CAMINHOS DA TRADIO OCIDENTALA Tradio ocidental tem vrios e diferentes aspectos que constituem, de fato, escolas dentro das Tradies, chamadas geralmente de Raios. Esses Raios recebem seus nomes, quase sempre, das cores do espectro, com as quais elas devem se equiparar. H alguma diferena de opinio a respeito da designao da cor a ser atribuda aos Raios, e o sistema popular de atribuir o primeiro Raio ao primeiro Plano, e assim por diante, puramente arbitrrio e exotrico, porque os Planos no se desenvolveram em um s cicIo-Rao, com a interferncia de perodos de Pralaya em diferentes pontos. A verdadeira designao exotrica da cor difere disso em vrios aspectos. Portanto, foi empregada uma terminologia que d nomes aos Raios de acordo com a escola que experimentou o mais alto desenvolvimento, e os correlaciona com os Planos e os estados de conscincia. Esse um sistema que ser prontamente entendido pelos leitores, seja qual for a terminologia a que estejam habituados, e evita a confuso mental que surge quando os termos aos quais se est habituado recebem implicao que no nos familiar. A questo dos Raios altamente tcnica e intrincada e, embora seja de grande importncia no ocultismo prtico, no possvel tratar dela em detalhes, nestas pginas, porque seria necessrio todo um livro para isso. Ser suficiente dizer que os Raios se originaram nas expanses peridicas do impulso de Vida Logoidal. Essas expanses podem ser concebidas como canais abertos nos planos ocultos, e a Fora Logoidal continua a fluir nesses canais depois que a enchente original se esgotou. Essas expanses construram os sucessivos planos de manifestao, depositando-os, por assim dizer, como o fluxo de um rio deposita sedimentos. Cada uma dessas expanses tem de descobrir seu ingresso no plano da matria atravs da conscincia de um ser encarnado, e os Grandes, aperfeioados em evolues anteriores, adiantam-se, por sua vez, para assumir essa tarefa. Depois de a terem completado, e de o fluxo, aps haver depositado seus sedimentos, ir se esgotando, eles se recolhem aos Planos ocultos, e dali continuam seu trabalho, que o de focalizar aquela manifestao particular da Vida Logoidal, dando-lhe forma e expresso. Ento, passam a ser conhecidos como os Senhores dos Raios ou Estrelas Logoi. Os planos de percepo humana correspondem aos planos instalados pelos Raios, e so as foras de um Raio, reconcentradas por meio de um ritual para formar um fluxo em miniatura, que so usadas para estimular o plano correspondente da percepo a iniciar um funcionamento ativo. Cada alma possui todos os sete aspectos, mas em uma determinada encarnao somente alguns deles podem estar latentes. muito raro um desenvolvimento igual, total. Um desses pianos ser o foco de percepo, e os outros aspectos sero a ele subordinados e contribuem para ele. Por exemplo, uma pessoa pode agir por suas emoes, e ter o julgamento abalado pelos seus sentimentos. Outra pessoa pode concentrar-se em sua mente, e, segundo a velha frase, a cabea governar o corao. Quando pessoas assim vm para a iniciao, a tarefa difcil para o iniciador tentar persuadi-las a desenvolver aspectos suplementares, a fim de obter equilbrio. questo relativamente fcil estimulara inclinao natural da pessoa. A dificuldade est em estimular um fortalecimento correspondente de seus pontos fracos, nica forma de produzir equilbrio, O homem que est focalizado em sua mente deve aprender a usar seu corao, e o homem [email protected] [email protected] est focalizado em seu corao deve aprender a usar a cabea. Nenhum desses aspectos, sozinho, suficiente. Portanto, os estudantes tendem a se separar em grupos, de acordo com o tipo; e os diferentes tipos tm de ser tratados de maneiras diferentes em uma escola de iniciao. Os Mistrios Menores tm como objetivo oferecer um treinamento preliminar total, primeiro na purificao e disciplina do carter, e depois no desenvolvimento dos poderes intelectuais, especialmente o da concentrao. Todos os candidatos precisam passar por esse curso, e muitos fracassos resultam de especializao demasiadamente precoce. S depois de terem passado pelos trs graus, nos quais a percepo treinada, e s depois que a dedicao seja oferecida e aceita, que passam para os Grandes Mistrios. A essa altura que so separados e levados aos Raios, trabalhando primeiro em um, depois em outro, at que tenham adquirido os Poderes dos Planos aos quais os Raios correspondem. Cada Raio influencia um aspecto diferente da conscincia, e, quando o estudante tiver passado por todos eles, sua natureza estar desenvolvida, purificada e harmonizada em todos os seus aspectos. Ento, de acordo com o seu temperamento, ele escolhe o Raio em que se quer especializar, e, dali por diante, d incio ao seu trabalho sobre aquele Raio. Entretanto, essencial que tenha tido experincia de todos os Raios antes de fazer isso, de outra maneira iria assemelhar-se a um compositor que tentasse orquestrar um trecho de msica sem entender a tcnica de um instrumento de sopro. No possvel orquestrar um instrumento, a no ser que se entenda a sua tcnica. O mesmo se d com o iniciado: mesmo que o plano escolhido por ele seja o Espiritual Elevado, precisar ter conhecimento do Astral Inferior; e se o plano que escolheu for o das poderosas foras elementares do Astral Inferior, nem por isso precisar menos dos contatos do Espiritual Elevado, a fim de no ser arrastado e submerso nos aspectos no-humanos da Natureza. Cada plano, e seu aspecto correspondente de percepo ou conscincia, est aberto sob a gide do Senhor do Raio, cujo nome a suprema Palavra de Poder daquele Plano. Cada escola oculta, infelizmente, inclina-se especializao, porque os temperamentos raciais tm sua tendncia natural. Os Raios mais trabalhados presentemente na Tradio ocidental so os Raios da Mente Concreta e do Esprito Concreto. A Tradio oriental, por outro lado, levou a um alto grau de desenvolvimento o Raio do aspecto etrico da matria, na Hatha Yoga, e o Raio do Esprito Abstrato, na Raja Yoga. Outros Raios tm tido seu desenvolvimento em diferentes fases da histria do mundo. Os gregos, por exemplo, realizaram suas iniciaes com base nos Raios do Astral Superior e da Mente Abstrata. Quando vamos estudar um Raio, portanto, voltamo-nos para a escola esotrica que se especializou nesse aspecto. O stimo plano, o Plano do Esprito Abstrato, nunca foi contatado no presente estgio de evoluo, quando no corpo; o ego deve retrair-se do corpo, para esse contato, e o corpo entra, ento, em profundo transe. Esse aspecto tem sido o mais altamente desenvolvido no Oriente, e, por isso, esse Raio geralmente conhecido como Raio Bdico; mas tivemos exemplos dele no Ocidente, em nossos extticos, e Santa Teresa a nossa principal autoridade nesse caso. extraordinariamente raro que ele seja assinalado em nossos dias, e s pode ser desenvolvido em retiro, sob condies ascticas. No h Raio Logos no sentido em que existem outros Raios, porque ele ainda no foi trazido manifestao na matria, e porque nunca foi focalizado pela percepo de um ser encarnado. Sua invocao e seus contatos so os do Esprito Santo, e ele jamais opera [email protected] [email protected] percepo desperta, mas apenas, como tivemos ocasio de dizer antes, em transe total. As operaes desses contatos envolvem a retirada da alma em relao ao mundo, e jamais so empreendidas enquanto no se aproxima o tempo em que a libertao da Roda do Nascimento e da Morte possa ser reivindicada. Concentrao sobre esse contato antes da poca propcia causa uma interrupo do crescimento espiritual. Temos um exemplo disso na Europa, com os Quietistas: a Sra. Guyon, para usar uma expresso metafrica tirada do grande trabalho de Evelyn Underhill sobre o Misticismo, "aquecia-se como um gato ao Sol da Vida". Foi o desenvolvimento excessivo desse aspecto que paralisou o progresso do Oriente. O sexto plano, ou Plano do Esprito Concreto, atualmente o ponto focalizador da civilizao. Sobre ele so desenvolvidas as qualidades espirituais de Amor, Verdade, Bondade, Pureza e muitas outras. Esse Raio foi manifestado ao homem pelo Senhor Jesus, que o seu Mestre dos Mestres, o seu Raio Logos, por isso, conhecido como Raio Cristo. A iniciao desse Raio o mais alto ideal que um homem pode alcanar enquanto ainda permanece na senda humana da evoluo. So os contatos desse Raio que do ao santo sua Viso Deliciosa e que transformou o clice no Graal. Esse Raio o poder oculto do Cristianismo que foi ensinado aos discpulos, no Aposento Superior, enquanto a multido recebia apenas uma regra de vida uma regra, contudo, que, sendo fielmente seguida, iria lev-la ao Aposento Superior, onde poderia receber o ensinamento oculto, que no recusado, mas apenas mantido em separado. o poder do Raio Cristo que brilha atravs do Graal, e para a Igreja do Graal que vai o aspirante quando escolhe o Caminho da Cruz. Essa a Igreja que est por trs da igreja que no vista, mas compreendida, e para ela que a devoo aos Sacramentos conduz o homem. A igreja, que de pedra, se apaga para ele, e o homem passa a encontrarse na Igreja que no construda pelas mos, que eterna nos cus. ali que o mstico cristo seu culto, ali que ele encontra o seu Mestre face a face, no vinho e no po, que no so po e vinho, mas as substncias de uma operao mgica, sublimadas em ouro espiritual. As iniciaes no Plano da Mente Abstrata referem-se ao desenvolvimento do pensamento intuitivo e do poder de raciocnio dedutivo, estendendo-se do conhecido para o Desconhecido e traduzido em termos reconhecveis. chamado, com frequncia, Rato Pitagrico, porque teve seu apogeu nas Escolas de Mistrios da Grcia. esse o verdadeiro Raio da Sabedoria, porque seus contatos representam a primeira das iniciaes objetivas, onde as portas do eu so abertas, e esse eu entra em imediato relacionamento com o No-eu. Todas as iniciaes que antecedem a esta abrem apenas as alturas e profundezas ocultas do eu. O Raio da Mente Concreta o mais alto aspecto da personalidade encarnada. Hermes, trs vezes grande, representa o seu Raio Logos. Seu mais elevado desenvolvimento deu-se nos sistemas egpcio e cabalstico, e foi mesclado com o pensamento cristo nas escolas dos neoplatnicos e dos Gnsticos, mas a energia perseguidora da Igreja, de h muito exoterizada, baniu-o como sistema organizado. Seus estudos, que eram o expoente mximo do seu aspecto cabalstico, foram mantidos vivos apenas entre os judeus, durante a primeira parte da Idade Mdia. Seu aspecto egpcio foi reintroduzido na Europa pelos Templrios, depois que as Cruzadas os puseram em contato com os Centros Sagrados no Oriente Prximo. Novamente banido, pelo medo e pelo cime da Igreja, ele reapareceu, uma vez mais, na longa linha de Alquimistas que floresceu depois que o poder de Roma foi rompido pela Reforma. E est vivo at [email protected] [email protected] O Raio que tem correlao com o Plano Astral Superior conhecido como Raio Cltico, porque sua iniciao do eu emocional superior deu cultura racial cltica o seu mpeto. visto, em sua mais alta manifestao, nos incios da tradio grega, especialmente nos cultos dionisacos, antes que a influncia dos pensamentos oriental e egpcio tivesse produzido desdobramentos que no eram tpicos do gnio racial helnico. O Raio Cltico essencialmente elemental, e se relaciona com o aspecto natural das coisas. Sendo uma iniciao das emoes, seus padres de valor so estticos, no ticos, seus ideais so a belezalegria, no a verdade e a bondade, e devemos ter isso em mente quando julgamos suas devoes. Ele est bastante afastado do mundo dos homens e dos valores mundanos, mas, sem o seu fermento, o utilitarismo dos homens esmagaria de todo a viso mais ampla. desse Raio que todo trabalho imaginativo extrai a sua inspirao, e os artistas criativos retiram sua fora. , essencialmente, o Raio dos Artistas, seja qual for o meio no qual sua capacidade artstica encontre expresso. E a fora desse Raio que faz a sutil diferena entre os produtos do trabalhador manual e os produtos da mquina e d aos produtos feitos mo o sutil fascnio que eles exercem sobre a alma sensitiva. Mesmo que a sua tcnica no seja to perfeita quanto a da fbrica, elas esto vivas com a maravilhosa vida elemental do Raio Cltico, que aquele que as faz, trabalhando com a criativa inspirao haurida daquele Raio, colocou nelas. Sim, elas esto literalmente vivas, animadas com a essncia elemental; e eis por que elas so "agradveis", de uma forma que o objeto feito pela mquina no o . Contudo, embora a expresso grega da Sabedoria Antiga fornea excelente material de estudo, atravs da forma que ela estabeleceu no esprito grupai da nossa raa que devemos procurar aproximao com os contatos reais do seu poder; e a verdadeira expresso do Raio Cltico, para o habitante das Ilhas Britnicas, est nas lendrias tradies galicas. Muitas geraes do intelecto britnforam nutridas com a tradio clssica, e, conseqentemente, produziram aquele remoto, antiquado e estranho tipo de beleza literria ou artstica que chamada clssica. Esse um tipo de beleza para cuja apreciao uma cultura especial se faz mister, uma cultura clssica similar quela que inspirou o criador da coisa bela, porque a vida elemental que anima suas criaes derivada do aspecto helnico do Raio Cltico (porque a tradio romana tambm deriva dessa fonte), portanto no atrai o homem comum, que no estabeleceu tais contatos dentro da sua alma. Contatos com uma fora estranha tm de ser lenta e elaboradamente estabelecidos. No surgem espontaneamente, nem so inatos. E no s devem ser estabelecidos como devem ser ternamente amados, porque so as plantas tropicais da alma. Porm, o que deriva da nossa tradio popular nativa nasce do solo como gua vivificada pela boa terra escura e refrescada com o alento da erva e da rvore. Nasce, rebrilha, e quem passa pelo caminho, embora, seja insensvel, no pode seno regozijar-se, pois aquilo, para ele, congnito. No precisa de comentrios que faiem da sua beleza. Ama-a porque ele a aprecia e ele a aprecia porque ela vitaliza a sua natureza. Ela vitaliza a sua natureza porque o pe em contato com a terra nativa, aquecida de sol, molhada de chuva, aquela terra que seus ps nus palmilharam quando ele era uma criana, quando sua alma estava aberta e ela ainda podia sentir o Invisvel. Sopra atravs de sua alma como o vento dos lugares mais altos, e passa sobre ele como as ondas do mar aberto. Seu corao salta, ao sentir aquilo, como as chamas que se elevam goruscantes de um fogo vivo. Porque, pelo p de seus ancestrais, ele tem afinidade com os elementos da sua terra nativa, e, pela estrada dos sonhos da sua infncia, aproxima-se do contato Cltico. Porque o [email protected] [email protected] do Raio Cltico a Criana Imortal, o Folgazo do Cu, sempre jovem e nunca sensato, porque a Sabedoria no est no Raio Cltico. O Raio que corresponde ao Plano Astral inferior conhecido como Raio Escandinavo, porque os mais puros contatos dessa muito corrompida tradio de que podemos dispor no Ocidente so os da mitologia nrdica. O Plano Astral Inferior o plano dos instintos primitivos e das paixes grosseiras com eles associadas, e a sublimao dessas paixes que d o xtase da iniciao desse contato. Ntradio nrdica, o xtase derivase da sublimao da qualidade de coragem, em sua apoteose como a volpia guerreira da batalha. Em outras tradies, esse Raio toma diferentes formas. No sistema Hindu o terrvel culto de Kli, com seus tugues e suas mutilaes, a apoteose da crueldade, no da coragem. O aspecto pripico, distinto do aspecto dionisaco do culto flico, tambm est relacionado com esse Raio. Entretanto, no se deve pensar que esse Raio seja mau em si mesmo. Nada do que Deus criou mau em si mesmo. apenas em sua perverso e distoro que se torna mau. O Raio Escandinavo o Raio das virtudes hericas de coragem, resistncia e estabilidade. Quando seu potente elemento primitivo falta, as pessoas tornam-se decadentes e neurticas, desequilibradas e manacas; a artificialidade toma o lugar dos instintos naturais. A poca em que esse Raio manifestou-se sobre a Terra to remota que suas funes se correlacionam com o cerebelo, porque o cerebelo funcionou antes que o crebro, a parte do encfalo que d fronte a caracterstica humana, se desenvolvesse. Normalmente, a mentalizao correspondente a essa parte do crebro no vem a foco na personalidade acordada, mas subconsciente, vindo tona apenas durante perodos de intensa emoo, ou quando as partes mais recentemente desenvolvidas do crebro so postas em ao pela influncia das drogas ou de doena. Ele , naturalmente, o Raio par exceffence da Magia Negra, e, em consequncia disso, tornou-se muito contaminado. Seus contatos so usados apenas em cultos de feitiaria, e, contraditrio como possa parecer, por ocultistas altamente treinados. Porque da capacidade para contatar e controlar as foras desse plano depende o poder de produzir efeitos tangveis na matria densa. O Nome do Mestre dos Mestres desse plano no pode ser dado, por ser Palavra de Poder, mas pode ser dito que funo especial do Arcanjo Miguel guardar os portes do Mundo Subterrneo, de forma que nenhuma arremetida do "caos e da velha noite" possa abrir caminho para o Plano da Terra. O Raio que se refere instalao do Plano da Terra ainda mais antigo do que o Raio Escandinavo. Manifestou-se antes que a matria que nos conhecida sob aspecto denso tivesse evoludo. Como fora inciatria ele desenvolve os poderes do duplo etreo. Seus contatos so efetuados no Oriente, na disciplina da Hatha Yoga, e, j que no temos escola correspondente no Ocidente, iremos cham-lo Raio Etreo. Em seu aspecto original, h muito ele deixou de manifestar-se, mas o ciclo da evoluo est comeando a traz-lo de volta em um arco mais alto, e estamos vendo um grande desenvolvimento do poder da mente sobre o corpo, em cultos tais como os da Cincia Crist, e no movimento chamado Pensamento Novo. operando sobre o duplo etreo, naturalmente, que o curador da mente obtm seus resultados, tal como o faquir obtm seus fenmenos. Esses sete Raios constituem a escala da iniciao, e ningum pode ser chamado adepto com justia se no possuir os graus correspondentes a eles. O Raio Bdico est frente da evoluo; O Raio Etreo, em seu aspecto original, fica atrs dele; o Raio Cristo o ponto focalizador da era presente. ao longo das linhas traadas pelo Mestre Jesus que [email protected] [email protected] desenvolvimento est tendo lugar. Os poderes dos outros Raios, com exceo do Raio Bdico, que no pertence ao Plano da Terra presentemente, so recapitulaes pelas quais um homem toma posse, para si mesmo, daquilo que a humanidade alcanou no passado, e que parte da herana da raa. Mestre Jesus, Logos Estrela do Raio sob o qual a moderna civilizao est se desenvolvendo, o Senhor desta poca, e Seu Nome a Suprema Palavra de Poder, porque a cada manifestao do Cristo so confiadas todas as coisas no Cu e na Terra, incluindo as de Seus Irmos, que o precederam no cargo. Outra encarnao da fora do Cristo vir na devida estao evolucionria, como ensinam todas as religies; mas essa estao ainda no chegou e, at que chegue. Mestre Jesus o Mestre dos Mestres para o Ocidente e o Grande Iniciador dos povos de raa [email protected] [email protected] EVOLUO E A FUNO DOS MESTRESMuito se tem escrito, nos ltimos anos, a respeito Daqueles que so chamados Mestres, e muitas opinies diferentes foram expressas. H escritores que Os colocam como apenas um pouco inferiores Divindade, e outros que parecem usar a palavra como equivalente aos "controles" dos espiritualistas, chegando mesmo a referir-se a Eles como em forma humana, com lugar e residncia no plano fsico. Isso produziu mal-entendidos, e levou a um aviltamento do conceito sobre esses Seres Divinos e superhomens, com os quais a humanidade tem possibilidade de estabelecer contato. O mal-entendido em grande parte devido ao fato de que toda a super-humandade tem sido classificada, com frequncia, em conjunto, por parte de estudantes irrefletidos; e as funes de Adepto, Mestre, e Mestre dos Mestres, Logos Estrela, ou Raio Chohan (segundo a terminologia empregada) tm sido confundidas, e suas gradaes tambm o foram. Na terminologia empregada nestas pginas, a palavra Mestre jamais aplicada a um ser encarnado no plano fsico, e sim reservada para Aqueles que j no precisam encarnar para realizar Seu trabalho. O termo Adepto usado para aqueles seres que passaram alm do estgio que a evoluo j atingiu em nosso planeta, e, assim, nada tm a aprender das suas condies, e preferem encarnar-se apenas para realizar determinado trabalho. Esses no so vistos como Seres Divinos, mas como Irmos Mais Velhos. O homem ou a mulher que avanou para alm de um certo grau nos Grandes Mistrios citado como iniciado e, abaixo desses, vm os graus de irmo, nefito, dedicado, servidor e buscador. Como os graus da hierarquia referem-se a estgios evolutivos, sua significao melhor entendida estudando-os em sua sequncia, comeando pela primeira manifestao, que hoje a mais alta, cada advento subsequente levando a iniciao para mais um estgio no percorrer dos planos. E, como a humanidade, neste nterim, evolui firmemente para os planos superiores, chega-se a uma ocasio em que a conscincia csmica pode ser atingida e mantida no estado desperto normal. "Em minha carne eu verei Deus." O trabalho dos Manus, o que se originou de evolues anteriores, foi explicado em outro captulo, e retomaremos a histria no ponto em que os Grandes Mestres, que foram discpulos dos Manus, entram em funcionamento. Consideremos, primeiro, a condio da humanidade ao tempo em que os Manus comearam a aparecer no plano fsico. Essa condio era bem mais baixa do que a do mais primitivo selvagem, a inteligncia sendo essencialmente animal em seu tipo, pois a funo dos Manus era dar assistncia ao desenvolvimento das faculdades caracteristicamente humanas, e distinguirnos de nossos irmos mais novos, os animais. Os prprios Manus procediam de evolues anteriores. A sua funo era auxiliar a humanidade a recapitular rapidamente as experincias evolutivas que deviam traz-la ao nvel em que seus predecessores se haviam retirado do plano fsico, de modo que a humanidade pudesse assumir o trabalho do planeta no ponto onde os Senhores da Mente o tinham deixado. Com a inteno de poupar o tempo que seria empregado em reconstruo laboriosa, certas entidades aperfeioadas, da onda de vida anterior, assumiram a tarefa de entregar humanidade os frutos da sua evoluo. A Humanidade mal havia alcanado o estgio de conscincia perceptiva, isto , podia formar imagens mentais que se iam engrenando em sequncia de memrias. Agora, fazia-se necessrio que a conscincia conceptiva fosse desenvolvida, de modo que a memra-imagem pudesse ser sintetizada em generalizaes. Por meio de sugesto, de transmisso de pensamentos,[email protected] [email protected] os Manus plantaram IDIAS na conscincia humana, e os homens escolhidos para essa operao, tendo aprendido um conceito e compreendido a possibilidade dessa forma de pensamento, depressa puderam construir outras snteses de imagens por si prprios, e foram postos a praticar assiduamente esse processo, sob seus instrutores, tal como os aspirantes de hoje so postos a praticar o pensamento intuitivo dos planos abstratos. Uma vez que esse processo encaminhou-se bem, os Manus tiveram a possibilidade de se retirar para um plano mais alto, e os discpulos, que Eles tinham iniciado em Seus mtodos de pensamento, foram incumbidos de treinar seus companheiros, sob instrues dos Manus. No curso devido da evoluo, alguns desses discpulos fizeram tanto progresso que evoluram para alm da necessidade da encarnao, e tambm eles se retiraram do plano fsico. Os Senhores da Mente, que tinham sido seus iniciadores, puderam, ento, retirar-se para seu prprio lugar, que no em nosso planeta, embora esteja dentro dos limites do nosso sistema solar. Ento, os Senhores da Humanidade tornaram-se os iniciadores do seu prprio povo. As entidades aperfeioadas, originadas de evolues anteriores, tm Suas funes prprias dentro do Universo, tais como leis, foras e princpios, e s os Senhores da Mente se aproximam, em pequenssimo grau, do nosso conceito de seres conscientes. Embora perfeitos e completos, de acordo com seu prprio tipo, eles esto em um grau de evoluo muito inferior quele em que a humanidade estar, quando, por sua vez, completar seu curso. Porm, da mesma forma que um co de dois anos est em estgio de desenvolvimento muito superior ao de uma criana de dois anos, e pode ser colocado como guarda dessa criana, os Senhores da Mente so infinitamente superiores em relao humanidade infante, embora a humanidade venha a ser superior aos Senhores da Mente, quando integralmente evoluda. Conforme cada nova fase da evoluo humana era encetada, um dos Senhores da Humanidade assumia a encarnao no plano fsico, a fim de introduzir na percepo humana as ideias arquetpicas que se pretendia fossem desenvolvidas durante aquela fase, e Ele ensinava essas ideias a um grupo de discpulos pela doutrina, ensinando, porm, pelo exemplo, multido. Isso quer dizer que Ele viveu a vida ideal, manifestou carter ideal, apresentando, assim, um novo conceito de perfeio humana conscincia dos homens, e formando um padro pelo qual eles poderiam medir sua vida e suas aes. Foram, assim, os Grandes Modelos, e representam o Homem Arquetpico, ao qual a humanidade chegar, quando tiver completado a fase de evoluo assim introduzida. Entretanto, Eles so mais do que Modelos. So, tambm, Salvadores, porque antes que uma nova fase de trabalho seja empreendida, Eles tm de erradicar e corrigir qualquer resduo de erro da fase anterior de evoluo, e fazem isso tomando sobre Si mesmos o pecado do mundo, para usar a terminologia teolgica. Os ocultistas conhecem um mtodo de cura pela substituio, no qual, pela extrema compaixo ante os sofrimentos de uma pessoa amada, esse sofrimento sentido no prprio eu, e, pela reao e compreenso assim despertadas, expiado em um plano mais alto. Esse processo extremamente perigoso porque, se a expiao no realizada com xito, o pretenso curador abandonado com a doena; tambm extremamente penoso, porque o que seria um sofrimento fsico, longamente arrastado para o paciente, transmudado em seu equivalente sofrimento mental para o curador durante um perodo curto, e por isso mesmo concentrado. Ademais, todo o processo tem de ser realizado de acordo com as leis do karma, ou haver mais mal do que [email protected] [email protected] Aquilo que s vezes se faz entre duas pessoas realizado entre o Salvador e a alma grupai do mundo, quando uma Reparao realizada ao final de uma fase da evoluo. Nas poucas horas da Crucificao o pecado e o sofrimento que restaram de uma fase de evoluo foram compreendidos e aliviados. No de admirar que, sabendo com antecipao o que seria aquela amarga prova, o Senhor do Raio Purpurino suplicasse: "Afasta de mim este clice." O iniciado da Tradio ocidental d Paixo e ao seu oferecimento ritual na Missa, a mesma colocao que lhe d o telogo. Para ele, a Eucaristia representa o supremo contato do seu Raio e raa. Mas reconhece, tambm, outros grandes Redentores, e sabe que a lenda da morte sacrificatria verdadeira para todos Eles. Quando um Mestre encarna como Redentor e passa pelo sacrifcio da Morte, Ele no reencarna, mas torna-se o Logos Estrela do Seu Raio, um dos Sete Espritos que esto diante do Trono, e traz aquele aspecto da fora logoidal para um foco, atravs das fontes da Sua personificao. Uma personificao no a mesma coisa que uma personalidade, e sim a imagem que a individualidade constri de uma encarnao em particular, a fim de se manifestar sobre o plano da matria. Esse um ponto significativo do ocultismo prtico, e foi a isso que Madame Blavatsky se referiu quando disse em A doutrina secreta, que q corpo de um Mestre ilusrio. Quando psquicos dizem que o Mestre Jesus est encarnado, no presente tempo, em tal ou qual lugar, no uma encarnao que eles divisam, mas uma personificao, uma forma-pensamento na conscincia do Logos Estrela, que est sendo usado para realizar Seu Raio, E quando essa encarnao relatada em um Centro Sagrado, no Himalaia ou no Cucaso, significa que o corpo astral do vidente est trabalhando em um desses centros astrais. O Mestre Jesus no est vivendo ali, mas o psquico que ali est funcionando! Coisa muito diferente. extremamente fcil obter reabertura da conscincia astral quando o vidente supe estar funcionando em seu corpo causal, abstrato, mental, e ento ambos os tipos de percepo apresentam-se simultaneamente ao ego, como duas exposies de uma chapa fotogrfica. Tambm, psquicos que no absorveram a frmula-teste apropriada para "tentar os espritos" no plano e no Raio nos quais eles esto trabalhando, podem, facilmente, encontrar o contedo subconsciente exteriorizado como formas-pensamento, e estarem, assim, apenas lendo suas prprias mentes subconscientes quando acreditam estarem lendo os Registros, e por isso apresentam noes preconcebidas como vises. Finalmente, um psquico que no pode trabalhar acima do plano astral, descrever tudo em termos de imagens-conscincia antropomrficas. Quando, portanto, ele ou ela resolvem investigar coisas que no so desse plano, no podem elevara percepo a ponto de compreenderem o abstrato, e s conseguiro ver os reflexos na luz astral, usando a conscincia astral como um espelho. E coisas que so puro esprito, portanto sem forma, sero apresentadas como tendo formas, e sua aparncia ser descrita. As aparncias vistas so, simplesmente, representaes simblicas do abstrato, tal como as apreende a percepo concreta, que o vidente deve ser capaz de interpretar em termos abstratos, tal como fez Anna Kingsford em relao s suas iluminaes. Mas, quando temos um vidente que no compreende o mtodo da transmutao do simbolismo entre os planos, temos a descrio do Cristo de p sob uma rvore em Seu jardim, abenoando o mundo com a mo estendida, todas as tardes. Bem: o Cristo no , e nunca foi, uma personalidade. No sequer individualizado, mas, simplesmente, o aspecto regenerador e harmonizador da fora logoidal, e, como tal, fala-se nele como o Cristo Csmico, a fim de distingui-lo da manifestao daquela fora que vem atravs do canal [email protected] [email protected] conscincia de um Redentor. Essa fora foi a que funcionou atravs de todos os Salvadores do Mundo, orientais ou ocidentais que fossem, mas Jesus, o Cristo, sendo o Salvador da civilizao ocidental em sua fase de evoluo, , para ns, "o nico Nome, sob o cu, por meio do qual seremos salvos", isto , por meio do qual obteremos a suprema iniciao que ora est disponvel para ns, nesta esfera, "Para cada homem seu prprio Mestre", nem podemos ns "julgar-nos servos de outro homem", mas para as raas ocidentais, Jesus de Nazar O Cristo, porque o Seu ideal que a nossa civilizao est tentando desenvolver, to lenta e laboriosamente. O Prximo Professor do Mundo diz respeito prxima Raa-Raiz, e nada tem a ver com a civilizao ocidental, que deve desenvolver a Lei do Amor, de acordo com a vontade divina do Senhor Jesus. S o povo-semente da nova raa ir seguir o novo Professor, quando Ele os convocar, e eles no acharo possvel regenerar a civilizao europeia pelos mtodos que desejam instalar, mas tero que se segregar em colnias ou comunidades e viver separadamente a sua prpria vida, enquanto a civilizao ocidental cumpre o seu prprio destino e alcana seu znite. Ento, com a decadncia dessa civilizao, as almas que ela tiver aperfeioado se retiraro, para reencarnar mais tarde em uma nova Raa-Raiz. Viro, porm, como indivduos, porque no possvel transferir a alma grupai de uma civilizao, de um Manu para outro. Porque a alma grupai, da mesma forma que o corpo grupal, ou uma organizao social, finita e mortal, e deve morrer antes de ser reencarnada. S o esprito da humanidade imortal e permanece por toda uma evoluo; s o esprito, que universal e uno, permanece em todas as partes do planeta. As organizaes sociais so to independentes como os indivduos, e suas almas grupais, ou devas, no deixaro que se unam, embora possam formar fraternidades no plano da conscincia de grupo. O Mestre Jesus "um Alto Sacerdote da Ordem de Melquisedeque", e teve, segundo a Tradio Esotrica Ocidental, apenas duas manifestaes anteriores neste plano. Passou para alm dos planos da forma, depois da terceira, ltima, e mais alta manifestao, que foi a concluso do Seu trabalho. Nunca foi da nossa humanidade, e agora do grau do Fogo Csmico na hierarquia, portanto o Sol Seu smbolo apropriado, e Sua Igreja mantm as estaes do ano solar e as identifica com os fatos da sua carreira, dando, assim, nascimento hiptese do Mito Solar. As histrias dos Evangelhos ocupam-se com dois tipos de fatos: a narrativa histrica da Encarnao e os atributos da funo de Redentor, que Nosso Senhor teve. A exposio dessa significao dual seria longa demais para estas pginas, mas o leitor esclarecido ser prontamente capaz de distinguir as duas, e atribuir cada fato da Vida Divina sua prpria categoria. O Senhor Jesus no do mesmo grau hierrquico de outros Mestres com os quais Ele tem sido, s vezes, associado e confundido. Est no mesmo grau dos Manus Krishna e Osris, como um Mestre dos Mestres em Seu prprio Raio, abaixo de Quem esto os Grandes Mestres, que so Regeneradores mas no Redentores, porque no morreram de Morte Sacrificial. A esses pertencem Moiss, que deu a Lei de Israel; Gautama, que deu a Lei sia; Maom, que deu a Lei frica; e Paulo, que deu a Lei Europa. O trabalho desses ltimos com a mente consciente do homem, mas o trabalho do Cristo feito com a conscincia da raa. Abaixo destes esto ainda os Mestres Menores que, na terminologia crist, seriam chamados santos, e so esses os que se esto ocupando do ensino e treinamento da humanidade no tempo presente. O mstico fala na Comunho dos Santos, e o ocultista fala na Loja dos Mestres, e ambos se referem a diferentes tipos de uma mesma coisa. A Comunho dos Santos aquele corpo de "homens justos que se [email protected] [email protected] perfeitos", e que pelo Caminho da Cruz passaram para alm da encarnao. Tendo amado a Igreja durante sua permanncia no tabernculo da carne, ainda a amam na vida do esprito. Assim, "com anjos, arcanjos, e toda a companhia do cu", respondem ao chamado do sino do santurio, e, naquela Missa do Graal, da qual a alma mstica partilha, a Igreja do Cu e da Terra se renem. So eles que constituem a Igreja alm da Igreja, ou, na linguagem da Tradio ocidental, a Igreja do Graal, e nesse "corpo de homens justos que se fizeram perfeitos" que repousa a fora da Igreja. Por esse motivo que a orao dirigida aos santos e a adoo de um santo patrono tm grande valor sobre o Caminho Mstico, pois o seu Santo Patrono para o mstico o que o seu Mestre para o ocultista uma lente atravs da qual o Poder Csmico concentrado, um smbolo pelo qual a percepo elevada a conceitos transcendentes, um Irmo Mais Velho que, tendo chegado pela mesma senda, compreende a necessidade humana daquele que busca e est confiado sua guarda, e pela sua sabedoria mais profunda e maior poder, pode aconselhar e ajudar naquelas pequenas coisas que parecem to grandes alma lutadora. As grandes foras csmicas so usadas apenas para os grandes propsitos csmicos, mas aquelas almas csmicas, s quais chamamos Santos e Mestres, podem transmutar e aplicar essas foras para alvio das pequenas necessidades humanas daqueles que esto sob Seus cuidados, de forma que essas almas, por si mesmas, devido pequenez de sua compreenso e limitao de suas ideias, no poderiam fazer isso com igual xito. verdade que no h orao diri ao Pai de Todos que tombe por terra sem dar frutos, mas o domnio de dificuldades temporrias da vida humana no funo do Grande Irrevelado, tal como a funo do Sol no der fogos. Ainda assim, se os raios do Sol forem concentrados atravs de um vidro ustrio, um fogo pode ser aceso. O Primeiro Manifestado sustenta todas as coisas, e h de sustent-las, quer oremos para Ele ou no. Ao fim, seremos reunidos de volta Vida Infinita. Contudo, no presente estado da nossa evoluo, Ele est, para todos os propsitos prticos, fora do nosso alcance (salvo em certas meditaes adiantadas, quando possvel a aproximao Dele por meio de um smbolo). Somos levados pelas grandes correntes da Sua fora, como animlculos nas mars ocenicas, conduzidos em movimento to vasto que nossos sentidos no podem perceb-lo. Ele atuar, quer O cultuemos ou no, e nenhuma das nossas preces podem desvi-lo do Seu curso. O Cristo Csmico uma fora do mundo. Pela aspirao podemos abrir a nossa conscincia para essa fora, e nos alinharmos com suas normas, at que a conscincia fique saturada por ela, e a iluminao acontea. Essa, porm, no uma fora que alivie as pequenas necessidades humanas, embora possamos recorrer a ela para qualquer tarefa csmica em que estejamos empenhados. Ele o Guardio da Alma, chamemo-Lo Santo ou Mestre, que estende a mo nas trevas que o corao em luta necessita, trazendo-lhe a fora do Cristo que, se fosse aplicada sua alma despida, queim-la-ia; ou, resguardando-o daquela glria inefvel quando ela se torna to brilhante que os olhos recm-abertos so crestados por ela. Porque o poder do Cristo to forte em sua fora purificadora que s o ouro, purificado pela fornalha, pode suport-la. Tudo quanto escria em nossa natureza sobe em chamas, quando exposto aos seus fogos regeneradores, e funo dos Guardies das Almas moderar o vento para o cordeiro tosquiado e a luz violenta para o esprito imperfeito, conduzindo brandamente aqueles que conceberam o Ideal Divino at o momento em que sero levados ao entendimento e realizao. Quando precisamos de poder para propsitos csmicos, ns nos alinhamos conscientemente com as foras do Cristo Csmico por meio de certas meditaes; porm, quando necessitados de conforto, estendemos as mos [email protected] [email protected] f atravs das trevas do Vu, e, por trs desse Vu, sentimos que nossas mos so tomadas pelas mos atenciosas do Guardio da Alma. Silenciosamente, na noite, as mos podem ser elevadas acima da cabea, e o toque respondedor representar-se na imaginao, e ento podemos descobrir que a imaginao transformou-se em realidade, e um sbito poder tocou a alma, uma Presena invisvel foi sentida na escurido, e o caminhante sabe que no est [email protected] [email protected] TREINAMENTO E O TRABALHO DE UM INICIADOAqueles que buscam conhecimento no caminho oculto conquistam, finalmente, o servio de um Mestre, e a descrio dos estgios pelos quais esse aprendizado obtido ajudar a compreenso. Toda vida manifestada est avanando para a perfeio na grande corrente da evoluo, ampla, lenta, mas certa. Cada unidade organizada da evoluo, ou alma grupal de uma espcie, est sombra de uma grande conscincia anglica, que atua como individualidade para a mente grupal em vagaroso desenvolvimento. Quando a individualizao tem lugar dentro da conscincia do grupo, cada unidade assim criada toma-se seu prprio senhor, e aprende, pela amarga experincia, o uso correto de seus poderes, gerando muito karma nesse processo; e a alma grupal do todo, metaforicamente falando, atira seu peso para contrabalanar o karma composto assim gerado, mantendo, dessa forma, o equilbrio racial. Se o excesso de peso for alm do poder de correo, o anjo do grupo, ou alma superior, recolhe-se, e a morte do grupo tem lugar como se d a morte de qualquer outro corpo do qual a alma retirada. Se a conscincia individual, assim desenvolvida, sentir o esprito de meditao que se debrua sobre o todo do qual ela parte, e lhe transmite as foras divinas, se ela conceber a ideia de cooperar com a Vida Divina mais do que experimentar com sua prpria vida pessoal, ento ela sai do domnio da alma grupal e vai para a jurisdio da Loja dos Mestres relativa quele grupo. Loja dos Mestres um outro nome, apenas, para o "corpo de homens justos que se fizeram perfeitos", aquelas almas que, por supremo esforo, adiantaram-se em relao aos seus companheiros e atingiram a estatura completa do desenvolvimento humano antes que o tempo evolucionrio o trouxesse para o resto da humanidade. Muitas almas fizeram isso desde o comeo da nossa raa; algumas, tendo chegado concluso, preferiram esperar o trmino do manvantara, ou dia da manifestao, em estado de beatitude. Outras, contudo, tomadas de compaixo, voltam novamente para o alcance da esfera terrena, a fim de que possam auxiliar os que esto lutando para avanar no caminho que eles prprios seguiram. So esses os que, habitualmente, recebem o nome de Mestres. Na verdade, h outras almas aperfeioadas, de graus superiores, que se ocupam em outro trabalho, mas para essas mais apropriado o nome de Regentes; a palavra Senhor habitualmente empregada para o ser que se aperfeioou em evoluo remota. Os Senhores da Chama, da Forma, da Mente, contudo, so aos poucos afastados para esferas longnquas, conforme seu trabalho se torna estereotipado pela repetio cclica no curso de vastas eras, e suas tarefas so tomadas pelos Regentes, de forma que, em vez de estar lidando com um Senhor da Forma, podemos descobrir que estamos tratando com um Regente da Esfera de Saturno. A distino importante, especialmente no ajustamento do karma por meio de clculos astrolgicos, porque os Regentes so muito mais acessveis do que os Senhores. O trabalho de um iniciado e, conseqentemente, a tarefa a que um aspirante se deve dedicar, a fim de se preparar para esse trabalho, no podem ser inteiramente compreendidos em conexo com o processo de evoluo, do qual eles so uma parte vital e integral. O ocultista acredita que o trabalho do Universo conduzido atravs de uma hierarquia de conscincias. Essas conscincias tm sido personificadas como deuses, arcanjos ou devas, pelas diferentes escolas de f, e, embora essas personificaes tenham sido antropomorfizadas pelos no-iluminados, conservam sua importncia metafsica para o iniciado, e o leitor [email protected] [email protected] solicitado a tentar libertar-se das associaes que o pensamento noinstrudo permitiu que se acumulassem a respeito dessas entidades. Elas so to diferentes em graduao daquelas mais altas formas de conscincia com as quais estamos relacionados quanto essas mais altas formas diferem das mais baixas, que nossos instrumentos de preciso e ampliao nos possibilitam perceber. Embora, porm, difiram em tal grau a ponto de mal serem reconhecveis como entidades pela nossa percepo mope, no diferem em espcie daquele tipo de organizao e atividade, da qual nossa inteligncia humana forma um dos mais precoces marcos, e, portanto, so melhor descritas como entidades, ou seres conscientes, do que com qualquer outra descrio, porque tal identificao com o nosso prprio tipo de evoluo serve para indicar um relacionamento; pois o que somos hoje eles foram no ontem do tempo csmico, e o que eles so hoje ns seremos no csmico amanh. Compreenderemos melhor essa afirmao, e entenderemos que no se trata de desvairada fantasia da imaginao transcendental, se fizermos lembrar a ns mesmos os ensinamentos estabelecidos e aceitos na biologia, concernentes evoluo do homem desde as primitivas formas de vida. A biologia demonstrou, sem sofismas, que a linha de ascenso do homem, e o conceito de uma super-humandade e de um reinado arcanglico, no passa de uma continuidade dessa linha para alm do ponto onde, no momento, se encontra a humanidade. A cincia oculta difere da cincia ortodoxa quando v o homem ocupando um estgio intermedirio na escada da vida, ao invs de estar no mais alto degrau, e sobre essa hiptese baseia sua doutrina da iniciao e do rpido aceleramento da evoluo individual, em consequncia dela. Quando nos recordamos que, como pode ser historicamente provado, as Escolas de Mistrios ensinaram a doutrina da evoluo em uma poca em que a cincia ortodoxa ensinava a de uma criao especial e um Universo esttico, no parece impossvel que a cincia ortodoxa passe, finalmente, a admitir o resto da hiptese esotrica, da qual j tem admitido muito. A Conscincia Logoidal tida como formulando idias concernentes ao Seu Universo. Essas idias so entendidas como ideais espirituais pela grande Estrela Logoi, ou Raio Chohan, para usar a terminologia oriental. Esses ideais so considerados petos Grandes Mestres como idias abstratas, e, em consequncia, incapacitados para manifestarem-se tanto quanto o Plano da Mente Abstrata. Para alm desse plano, comea a vida da forma, e, a fim de que os ideais sejam revitalizados nos planos da forma, eles tm de ser "formulados" pela conscincia que trabalha em termos de forma. nesse ponto que tem incio o trabalho do adepto, porque ele, ainda vivendo sobre o plano da forma, mas capacitado para elevar a conscincia ao plano da mente abstrata, pode colocar-se em relacionamento com os Mestres e receber Deles a inspirao dos ideais abstratos, que, atravs do seu trabalho, sero trazidos ao plano da matria. Portanto, de se compreender que o Adepto atua como intermedirio entre os Mestres e a Humanidade. Ele , na verdade, um dos elos da cadeia por meio da qual as Idias Arquetpicas, concebidas na Conscincia Logoidal, so trazidas manifestao na matria. Contudo, o Adepto no o ltimo elo com o qual a cadeia da inspirao evolucionria est conectada ao plano da matria, porque ele, necessariamente, vive afastado do mundo dos homens, j que tem de manter um p em dois mundos, e no poder fazer isso se estiver profundamente imerso na matria. Abaixo dele vm os seus discpulos, ou aprendizes, como so tecnicamente chamados nos Mistrios, e a eles o Adepto passa as Idias Arquetpicas, devidamente formuladas, a fim de que elas possam ser revividas no plano da matria, e assim levadas manifestao na conscincia humana. Desde que isso tenha sido feito, e a [email protected] [email protected] Arquetpica, injetada na mente grupal da raa, para ser compreendida e vivida por uma conscincia que parte daquela mente grupal, apreendida pela raa e toma-se parte do seu subconsciente, saturando-o aos poucos, destruindo idias que lhe sejam antagnicas, e mesclando-se com idias afins, modificando, assim, todo o carter da mente grupal da raa. Dizemos raa, deliberadamente, porque todo o esquema racial, sendo revelado atravs de mentes grupais, e o fator racial no pode ser ignorado quando tratamos de trabalho ou iniciao ocultos. Isso no significa que deve haver, forosamente, necessidade de antagonismo racial, mas deve haver sempre diferenas raciais at a ocasio em que a evoluo tenha levado a humanidade para alm do plano da forma, e, enquanto aquelas diferenas existirem, devem ser consideradas no ocultismo prtico. O discpulo do Adepto, como j foi notado, conhecido na linguagem dos Mistrios como um aprendiz, e essa palavra expressa mais verdadeiramente o seu status e relacionamento com seu Professor do que a denominao mais comumente usada de discpulo; pois a palavra discpulo pressupe algum cuja atitude diante de seu professor puramente receptiva, algum que est sendo educado apenas para seu prprio benefcio por um professor que no tem outro propsito seno o da educao. A palavra aprendiz implica um tipo diferente de relacionamento, porque embora o aprendiz seja realmente ensinado, aprende compartilhando o trabalho de seu Mestre, adquirindo, assim, "Sugestes exatas da arte e habilidade no manejo verdadeiro dos instrumentos". Ele desempenha sua parte no trabalho que est sendo levado a efeito na oficina de seu Mestre. Seu trabalho essencial no esquema das operaes, e ele no um simples espectador, nem realiza certas aes apenas para adquirir destreza manual. A argila que ele trabalhou, dando-lhe a consistncia exata, no atirada de volta para a massa, e sim colocada pelo Mestre sobre a roda. Durante os estgios iniciais do seu treinamento, ele executa as tarefas manuais que no exigem experincia para seu Mestre. usado como "um desbastador de madeira e provedor de gua", e com esses servios ele paga sua taxa de admisso na oficina e ganha o direito de progredir em sua arte observando os homens hbeis em seu trabalho. Bem antes do trmino de seu aprendizado, ter aprendido seu ofcio, mas ainda tem de continuar a servir seu Mestre por algum tempo, e o valor desse trabalho no remunerado de novo o ajuda a pagar pelo seu treinamento, at que, por fim, "ao trmino do seu tempo", ele prprio um Mestre em sua arte, e, como tal, tem liberdade de ao. A experincia do discpulo aceito pelos Mestres exatamente igual. Ele Os serve a fim de que possa aprender, e seu trabalho tambm utilizado na real execuo de tarefas em que Eles esto empenhados. Mesmo enquanto est recebendo a instruo preliminar, tem de servir em Sua Oficina de vida cotidiana, e de acordo com a forma pela qual essas humildes tarefas so realizadas durante o perodo probatrio que a deciso final de aceitao ou rejeio tomada. Durante todo o tempo em que o discpulo est aprendendo, ele trabalha e, enquanto trabalha, aprende. Um dos testes do verdadeiro iniciador que ele nunca pede pagamentos, mas sempre faz o discpulo trabalhar pelo seu treinamento faz com que ele cumpra seu tempo da maneira tradicional. Podemos tambm conceber a evoluo da humanidade como um vasto exrcito, marchando penosa e lentamente em sua formao, em uma grande coluna. E, fazendo o reconhecimento, muito frente do corpo principal, batedores solitrios, em velozes montarias, munidos de armas ligeiras e sem bagagem, exploram o caminho para os demais. So as guerrilhas espirituais a que Paulo se refere como aqueles nascidos fora da poca devida. De vez em quando veremos algumas almas velozes passar frente do [email protected] [email protected] exrcito da humanidade e seguirem sozinhas para o deserto. Durante certo tempo, sua caminhada solitria, mas logo depois ela alcana a linha avanada dos batedores, e pode dar a senha que prova seu direito de pertencer quele corpo, recebendo lugar nas fileiras daquela intrpida companhia, cavaleiro da fronteira da evoluo, sozinho em sua patrulha, ainda assim no estando fora de contato com os seus camaradas, pois h marcos de sinalizao ao longo do caminho, e, em certas pocas, todos eles se renem em conselho. H certas pocas e lugares onde os conselhos se realizam, de acordo com o grau que est sendo trabalhado. O conselho supremo da Grande Loja Branca realizado para alm dos planos da forma, portanto no tem um lugar, mas as Lojas Estrela dos Raios tm cada qual seu point d'appui no plano fsico, seja no Himalaia, em Meca, em Jerusalm, ou nos seus equivalentes ingleses. Esse lugar sagrado usado como ponto focal, a fim de p