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AGRADECIMENTOS
Ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Baixo Alentejo por
ter disponibi l i zado os meios necessários para tornar possível a execução
deste trabalho, nas pessoas de:
Dr. Rui Sousa Santos; Presidente do Conselho de Administração;
Dr. José Manuel Mestre; Vogal Executivo;
Dr. Manuel Francisco Soares; Vogal Executivo;
Dr. José Aníbal Soares; Director Cl ínico;
Enf. José Álvaro Perei ra; Enfermeiro Director.
À equipa que se entusiasmou e colaborou, fazendo-me sentir orgulho de
fazer parte de uma inst ituição onde há profissionais empenhados em fazer
trabalhos extra rot ina, podendo ser potenciado o seu elevado grau de
qual i f icação. Falamos concretamente de:
Dra. Margarida da Si lveira; Administradora Hospitalar, para a elaboração do
histórico relat ivo aos t ipos de hospitais públ icos;
Dra. Madalena Pires Caramba, Médica Veterinária, que colaborou na
elaboração do inquéri to e na redacção da parte que concerne à Al imentação
e Dietét ica;
Dra. Ana Sofia Dionísio; Técnica Superior do Serviço de Estat íst ica, que
executou o tratamento estat íst ico do trabalho;
Dr. Miguel Góis; Técnico Superior do Gabinete de Comunicação e Marketing,
pela concepção da apresentação mult imédia;
António Baptista e Alexandra Magro; Assistentes Administrat ivos, que
introduziram os dados no programa informático que permit iu o tratamento
estat íst ico.
À f irma AMBIMED, pela cedência do f i lme sobre o Tratamento dos Resíduos
Hospitalares.
Ao SUCH, pela elaboração de uma apresentação sobre as suas Lavandarias.
À receptividade das pessoas que se dispuseram a ser f i lmadas e que
pertencem às f irmas: SUCH, IBERLIM e 2045.
A todos, o meu MUITO OBRIGADO.
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PREFÁCIO
(Margarida da Si lveira, Administradora Hospitalar do CHBA, EPE)
Os sistemas de saúde dos países que integram a União Europeia e de que
Portugal é membro desde 1986, têm sofrido enormes transformações,
designadamente no que diz respeito ao modo como os cuidados de saúde são
organizados, prestados e f inanciados.
Na verdade, podemos afirmar que na últ ima década o sector da saúde tem
vivido um período de transição de paradigma no que concerne ao modelo em
que se baseia a organização dos cuidados observando-se uma deslocação de
modelos assentes na prestação de cuidados em situações agudas para outros
voltados para uma visão mais global do sistema de saúde, promovendo
prioritariamente o bem-estar das populações e orientando-se para a
concepção e operacional ização de uma rede de cuidados a prestar de modo
contínuo e que permita a obtenção de efect ivos ganhos em saúde.
Num mundo global izado em que o desenvolvimento dos países está
fortemente associado a economias fortes e altamente competit ivas que
impõem elevados níveis de produtividade, a saúde das populações é um
requisito fundamental , quer para o seu bem-estar e melhoria progressiva da
sua qual idade de vida, contribuindo de forma decisiva para o sucesso de
qualquer país. Neste sentido sal ientam-se os esforços de reforma que são
hoje uma constante na agenda pol í t ica procurando introduzir alterações ao
nível da conceptual ização e administração dos sistemas.
Em Portugal não obstante o direito à saúde estar consagrado como um
direito social , coloca-se frequentemente a discussão sobre a natureza e
dimensão do papel do Estado no sector, quer no domínio da prestação, quer
no domínio do f inanciamento. Todavia, o debate sobre a reforma da Saúde
decorre há anos e as medidas resultantes têm característ icas t ípicas dos
países do Sul da Europa a saber:
- raramente foram levadas até ao f im;
- permanecem sempre por esta ou aquela razão , traços do/s
modelo/s anterior/s;
- t iveram quase sempre uma componente mais normativa do que
executiva , f icando frequentemente algumas das sua dimensões
circunscritas aos respect ivos normativos. *
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2.Os Hospitais Públicos
A evolução histórica dos serviços e estabelecimentos prestadores de
cuidados em especial dos Hospitais enquadra-se perfeitamente na evolução
pol í t ica económica do país de tradição fortemente central ista do Estado.
Ao longo de séculos a prestação de cuidados de saúde com suporte
inst itucional estava l igada aos Hospitais a às Misericórdias a quem tinha
sido atribuída a sua gestão, tendo a sua missão evoluindo gradualmente de
uma função assistencial de cariz asi lar até à apl icação de uma medicina
cient í f ica.
De facto só em 1946, com a Lei n.º 2011,de 2 de Abri l e o Decreto-Lei n.º
35.311 de 25 de Abr i l que foi publ icada legislação tendente a criar um
padrão de organização de serviços, tendo este Decreto-lei const ituído a
Federação das Caixas de Previdência , cr iando o primeiro serviço de
cuidados médicos de nível nacional.
Mas foi só no final da década de 50 em 1958 , com a criação do Ministério
da Saúde e da Direcção Geral dos Hospitais, que no decurso dos anos 60 ,
se desenvolveram acções pert inentes a f im de estruturar e começar a
implementar a rede de serviços de Saúde e nesta os Hospitais .
Entre 1968 e 1971 é publ icada importante legislação que determinou o
enquadramento jurídico e organização dos Hospitais, designadamente o
Estatuto e Regulamento Geral dos Hospitais e os Decretos-Lei n.º 413/71 –
Lei Orgânica do Ministério da Saúde e Assistência e 414/71, que
regulamentou as carreiras profissionais do pessoal da saúde.
Com efeito, o parque Hospitalar nacional começa a desenhar-se integrando
Hospitais Universitár ios, Gerais, Especia l izados e Distr i tais planeados,
construídos e geridos pelo Estado.
Com a revolução de 25 de Abri l de 1974 , o sistema português de saúde
iniciou um período de grandes mudanças, consagradas na Constituição da
Repúbl ica Portuguesa de 1976 (art igo 64.º) que determinou a criação de
um Serviço Nacional de Saúde , universal , geral e gratuito, este últ imo
princípio revisto em 89 alterando o texto do art igo 64.º , mantendo um SNS
universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos
cidadãos tendencialmente gratuito.
Em 1975 por despacho de 19 de Março , foi cr iado o serviço Médico à
Peri feria, que afastava os médicos recém formados dos grandes centros
urbanos , const ituindo um ano compulsór io em áreas rurais de forma a
diminuir as deficiências sanitárias e a carência de profissionais. **
5
O modelo do SNS fo i consubstanciado com a aprovação da Lei n.º 56/79
de 15 de Setembro , que cria o Serviço Nacional de Saúde , integrando
os di ferentes níveis de cuidados desde a promoção da saúde à reabi l i tação.
O parque hospitalar públ ico que integrava Hospitais Universitários, Centrais
e Distr i tais f ica sobre a tutela do estado pertencendo ao Sector Público
Administrativo. Mantiveram-se ainda pequenos Hospitais Concelhios
pertencentes às Misericórdias que na década de 80 foram integrados na
Rede Nacional .
Na década de 90 foi publ icada a Lei de Bases da Saúde – Lei n.º 48/90 de
24 de Agosto e o Estatuto do SNS – Decreto – Lei n.º 11.º, de 15 de
Janeiro.
Pretendia-se a separação entre os sectores públ ico e privado, a
implementação de um seguro alternativo de saúde , o f inanciamento privado
do sistema de saúde e a gestão privada das unidades públ icas de saúde ,
designadamente os Hospitais. **
Com efeito, estando os Hospitais públ icos inseridos no chamado sector
públ ico administrat ivo estavam, obrigados ao cumprimento de todo um
conjunto de normativos que determinavam uma governação de carácter
eminentemente administrat ivo, burocrát ico e fortemente dependente dos
poderes tutelares. Ora este regime ao longo dos anos veio evidenciando uma
crescente desadequação face às necessidades de uma organização humana
muito complexa, com uma enorme responsabi l idade social o que levou
invest igadores, pol í t icos e profissionais promotores de pol í t icas de saúde a
reflect i r e apresentar alternativas para a boa governação dos Hospitais.
Nesta conformidade, foram-se colocando àqueles intervenientes, a questão
de saber até que ponto e como os modelos de governação empresarial
podem ser apl icados aos Hospitais públ icos.
Pretende-se com a al teração da forma de governação e das suas diferentes
formas de organização melhorar a responsabi l idade e a prestação de contas
, a t ransparência e a efect ividade dos Conselhos de Administração. **
A empresarialização dos hospitais públicos portugueses e a adopção de
princípios de boa governação das empresas do sector empresaria l do estado
são real idades recentes em Portugal .
De facto apesar de corresponder a um desejo antigo de decisores pol í t icos e
dos próprios profissionais de saúde foi apenas efect ivamente iniciada no
ano de 2002 com o XV Governo Constitucional, const ituído por dois
part idos de centro direita.
6
Com o início do processo de empresarial ização dos Hospita is públ icos
portugueses do Sector Públ ico Administrat ivo (SPA), foi adoptada a figura
jurídica de Sociedade Anónima (SA), tendo sido transformados 34
hospitais tradicionais em 31 hospitais SA num universo de cerca de 90
hospitais. (DL n.ºs 272 a 302/2002 de 9 a 11 de Dezembro)
O object ivo era lançar um programa de reforma da gestão hospitalar
apostando no aprofundamento das formas de gestão empresarial , mantendo-
se intacta a responsabi l idade do Estado pela prestação de cuidados de
saúde, sendo esta entendida como uma imposição const itucional já que se
trata de uma responsabi l idade públ ica de que o Estado não pode demit ir-se.
Em 2005 com o XVI Governo Constitucional do Part ido Social ista o processo
de empresarial ização é continuado, adoptando uma outra f igura jurídica – a
da Entidade Pública Empresarial (EPE) – com a transformação dos
hospitais SA em hospitais EPE e a transformação progressiva dos hospitais
SPA em EPE. (DL n.º 233/2005 de 29 de Dezembro)
O processo de empresarial ização tem vindo a ter continuidade com o mesmo
modelo e, em 2007, fo i atr ibuída a natureza EPE a mais 7 hospitais e
centros hospitalares. (DL n.º 50-A/2007 de 28 de Fevereiro)
É reafirmada a ideia de que o estatuto de EPE é o que melhor se adequa à
gestão de unidades prestadoras de cuidados de saúde primários e
hospitalares por compatibi l izar a autonomia de gestão com a sujeição à
tutela governamental .
No decurso de 2008 foram criadas 3 Unidades Locais de Saúde também
com a natureza de Entidades Públ icas Empresariais.
Estas entidades públ icas dotadas de gestão empresarial integram os
hospitais e centros de saúde de determinado distr i to e/ou município, sendo
responsáveis pela prestação de cuidados de saúde das suas populações.
De acordo com o DL n.º 183/2008 de 4 de Setembro o CHBA/EPE que ora
represento é a part ir de 1 de Outubro integrado na Unidade Local do Baixo
Alentejo.
O Programa do XVI Governo Constitucional est ipula a empresarial ização com
o estatuto de EPE de todos os hospitais públicos até ao fim de 2009
últ imo ano da legislatura.
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3.Os Hospitais Privados
No decurso da últ ima década podemos afirmar que a componente privada do
sistema de saúde português tem vindo a afirmar–se e a procurar dinamizar
o ainda incipiente mercado da saúde, designadamente com a abertura de
novos Hospitais pertencentes a grupos privados , concentrado
preferencialmente nos grandes centros urbanos ,começando a veri f icar-se
alguma disseminação geográfica.
De facto até há poucos anos a act ividade dos operadores privados ao nível
do sistema de saúde, podia-se resumir fundamentalmente a uma forte
produção na área dos meios de diagnóst ico e de terapêutica e ao
ambulatório no sector de consultas externas.
Na verdade, a tecnologia mais avançada estava concentrada em regra nos
Hospitais públ icos , f icando assim os hospitais e as cl ínicas privadas
l imitadas ao trabalho de actos cirúrgicos de menor r isco ,com menor
exigência tecnológica e menor custo.
Por outro lado, os profissionais de saúde geralmente pertencentes aos
quadros dos Hospitais públ icos, part i lhavam a sua act ividade cl ínica entre os
sectores públ ico e privado, tendo a act ividade l iberal neste sector vindo a
revelar-se signi f icat iva em determinadas áreas da medicina, procurando dar
resposta a dif iculdades dos cidadãos ao acesso aos cuidados de saúde,
considerando a incapacidade de resposta mais imediata das inst ituições do
SNS, levando em consequência a uma tentat iva de supri r as próprias
ineficiências de muitos Hospitais públ icos.
Os Hospitais privados foram assumindo lentamente o seu papel no sistema
de saúde um pouco a reboque das ci rcunstâncias económicas , pol í t icas e
sociais do país. Neste sentido atrevemo-nos a classi f icar como tendo ainda
um papel residual no sector da saúde.
Com a evolução do s istema de saúde português e nele do SNS, consta-se
que hoje a oferta pr ivada é muito maior , mais diversi f icada e de maior
qual idade, exist indo a operar no mercado alguns grupos económicos
detentores de Hospitais novos ou requal i f icados , tecnicamente muito bem
apetrechados e com recurso humanos de elevada qual if icação profissional .
Importa a este propósito sal ientar que nos últ imos anos tem-se veri f icado a
saída de quadros superiores , designadamente médicos dos Hospitais
públ icos para os Hospitais privados.
8
4.Conclusão
Não pretendemos com este pequeno texto fazer a história do sistema de
saúde português e do Serviço Nacional de Saúde em part icular , nem tal
seria possível em tão pouco tempo , mas apenas deixar um ide ia da nossa
história recente no sector da saúde.
E nesta conformidade, estamos convictos que o SNS ficará para sempre
como um marco histórico no sector da saúde em Portugal , considerando a
sua assinalável importância, traduzida na melhoria signi f icat iva do nível de
saúde dos portugueses ao longo das últ imas três décadas. Nesta medida
podemos até considerar que o SNS tem sido um importante instrumento
para o nosso desenvolvimento económico e social de Portugal , fazendo
parte do nosso património genético, enquanto cidadãos l ivres e de pleno
direito.
Muitos e complicados desafios se colocam hoje ao nível das reformas
necessárias do sistema de saúde e neste do SNS , não deixando de ser
muito signif icat ivo o espaço de intervenção dos Hospitais públ icos, que
deverão saber ut i l izar de forma sábia os actuais instrumentos de gestão de
que dispõem, procurando através da melhor ut i l ização de todos os recursos
afectos conjugar saberes e vontades de modo a que as populações por si
servidas consigam obter mais ganhos em saúde e em consequência serem
mais fel izes.
* Reis , Vasco (2007) ;
** Observatório Português dos Sistemas de Saúde (2008);
9
INTRODUÇÃO
O quadro que se segue tenta fornecer uma perspect iva da distr ibuição da
população portuguesa pelas zonas de Portugal , qual o número de camas
públ icas e privadas por região e qual o número de camas do Serviço
Nacional de Saúde (SNS), portanto, públ icas, igualmente por região.
A zona mais populosa é a de Lisboa e Vale do Tejo, seguindo-se a do Norte.
As zonas menos populosas são o Algarve e o Alentejo. O número de camas
hospitalares quer observemos a coluna respeitante à total idade de camas
(públ icas e privadas), quer a respeitante às do SNS, é também maior nas
primeiras zonas e menor nas segundas, embora não seja l inear o número de
camas por habitante e por região.
População portuguesa e camas hospitalares por zona do país
Zonas do País População Camas
Hospitalares
Camas do
SNS
Norte 3.744.789 11.169 6.719
Centro 2.385.901 8.033 6.425
Lisboa e Vale do Tejo 2.801.320 11.512 7.181
Alentejo 762.609 1.727 907
Algarve 423.957 961 775
Região Autónoma dos
Açores 243.512 1.485 -
Região Autónoma da
Madeira 246.248 1.676 -
Portugal 10.608.335 36.563 22.007
Fonte: INE
Alguns dados gerais
N.º inquéritos recebidos 52
N.º hospitais recebidos 66
N.º camas dos inquéritos recebidos 2.607
Total de camas dos hospitais do país 36.563
Total de camas dos hospitais públ icos 22.007
Total dos hospitais do país 200
Total dos hospitais públ icos 107
Total dos hospitais privados 93
% camas do inquérito/total de camas país 7,2%
% hospitais do inquér ito/total hospitais 33%
Fonte: INE e inquéritos
Foram enviados quest ionários para os hospi tais da quase total idade do país,
quer públ icos, quer privados, o que perfaz 200 instituições. Dos mesmos,
10
apenas obtivemos 52 respostas vál idas para o estudo, uma vez que, ainda
responderam mais do is hospitais, um deles com mais de 1000 camas, mas
só após ter sido efectuado e encerrado o tratamento estat íst ico.
Os 52 inquéritos recebidos correspondem a 66 hospitais, dado algumas
inst ituições estarem formadas por centros hospitalares, alguns com 2 ou 3
hospitais.
A percentagem do total de camas do inquérito / sobre o total de camas do
país é de 7,2%, ou seja, muito reduzida. A percentagem de hospitais do
inquérito sobre o total de hospitais do país é de 33%, o que confere ao
estudo uma boa representat ividade, sob este ponto de vista, e porque
recebemos respostas de alguns hospitais de média e de grande dimensão.
Assim, é vál ido o estudo da amostra e é isso que vamos procurar fazer:
caracterizá-la, a qual é composta pelos 52 inquéritos cuja resposta foi
abrangida para este trabalho.
Falaremos, individualmente sobre as várias vertentes da Hotelaria
Hospitalar, a saber, a Al imentação e Dietét ica, o Tratamento de Roupa
(Lavandaria), a Higiene e Limpeza, a Recolha e Tratamento de Resíduos e a
Segurança.
No final apresenta-se uma breve conclusão acerca das principais l inhas de
força resultantes dos dados apresentados.
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1 – CARACTERIZAÇÃO DOS HOSPITAIS
Tipo de Gestão
45%
38%
13%
4%
EPE
SPA
Privado
Out ro
Valências
Nível I
Nível IINível III
Nível IV
Especializado
Nível 2 e 4
não respondeu
0
2
4
6
8
10
12
14
Veri f ica-se que, quanto ao tipo de gestão, dos hospitais que responderam
ao inquérito, 45% são hospitais EPE e 38% hospitais SPA, ou seja,
inst ituições públ icas, pertencentes ao Sistema Nacional de Saúde (SNS).
Apenas 13% das respostas são de hospitais privados.
No que refere às Valências, como se pode observar no gráfico de barras, a
frequência de respostas mais elevada está nos hospitais especial izados,
seguida dos hospitais de nível II.
Nenhum hospital de nível V entrou para o estudo que são os grandes
hospitais do país. Como foi dito, temos uma resposta, a qual não foi
ut i l izada uma vez que já t inha sido efectuado o tratamento estat íst ico
quando o documento chegou às nossas mãos. Só por uma questão de
informação, observe-se o seguinte quadro que fornece dados sobre a lotação
dos três grandes hospitais universitários.
Hospitais Universitários de Nível V Lotação
Hospital de São João do Porto 1141
Hospitais da Universidade de Coimbra 1491
Hospital de Santa Mar ia de Lisboa 1070
O número médio de camas dos hospitais que responderam ao estudo é de
266. O maior hospital tem 614 camas e o menor hospital 20 camas. Há aqui,
portanto, uma grande disparidade de dimensões hospitalares.
Tipo de
Gestão N.º Médio de Camas
EPE 376
SPA 200
Privado 60
Outro 60
Nº Médio de Camas 266
Nº Máximo de Camas 614
Nº Mínimo de Camas 20
12
O número médio de camas por tipo de gestão é de 376 para os hospitais
EPE, 200 para os hospitais SPA e 60 para os privados, o que signif ica que os
hospitais públ icos são maiores que os privados.
Li t or al vs I nt er i or
80%
20%
Li tor al Inter i or
No que refere à local ização, 42% dos hospitais que responderam encontra-
se no Centro do país, 35% no Sul e apenas 17% no Norte. 80% si tuam-se no
Litoral e 20% no Interior.
Loca l i z a ção do Hospi t a l
17%
42%
35%
6%
Nor te Centr o Sul não r espondeu
13
2 – SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA
O recurso a empresas especial izadas na área da restauração colect iva
representa o tipo de gestão mais frequente na maioria dos hospitais
inquir idos à excepção das IPSS/Misericórdias que neste inquérito, não
apresentam unidades em sistema de outsourcing . Em contrapart ida um dos
centros hospitalares EPE apresenta um sistema de outsourcing com base na
concessão da prestação a duas empresas. (SUCH e EUREST) (gráf ico 1).
Empresa de Outsourcing
EURESTGERTAL
HOMERESTITAU
MEDIRESTNORDIGAL
SERUNIONSERUVIDA
SOLDEXOSUCH
SUCH E EURESTTURALVOR
UNISELF
Dentro dos hospitais com gestão concessionada o SUCH (Serviços de
Uti l ização Comum dos Hospitais) surge como a principal empresa de
outsourcing (24%) seguido da EUREST e ITAU com 19% e 14%
respect ivamente. As restantes empresas part i lham entre elas os outros
43%, em partes iguais (gráfico 2).
Grau de Satisfação com Empresa Outsourcing
3%
22%
72%
3%Muit o Insat isf eit o
Insat isf eit o
Sat isf eit o
Muit o Sat isf eit o
Tipo de Gestão - Alimentação e Dietética
Administ ração Directa27%
Outsourcing71%
Ambas2%
14
Gr au de S a t i sf a ç ão - S UCH
33%
56%
11%
SUCH Insatisf ei to SUCH Sati sf ei to SUCH não r espondeu
Quanto ao grau de satisfação na prestação de serviços destas empresas,
75% dos hospitais em sistema de outsourcing manifestam-se sat isfeitos
sendo que destes, 3% se dizem muito sat isfeitos (gráfico 3). As razões para
os 25% de insat isfação não foram, no entanto, apuradas o que em futuros
estudos poderá ser fe ito pois parece-nos uma percentagem que não deve ser
desprezada.
Grau de Satisfação - GERTAL
25%
75%
GERTAL Muit o Insat isf eit o GERTAL Sat isf eit o
Grau de Satisfação - UNISELF
50%50%
Insat isf eit o Sat isf eit o
G r a u d e Sa t i s f a ç ã o - I T A U
10 0%
Sat isf eit o
Na aval iação às empresas, pedida aos hospitais, veri f icamos que o ITAU é a
única empresa que apresenta um grau de satisfação de 100%. Neste caso
todos os hospitais foram unânimes na sua apreciação mas um dos hospitais
não apresentou preços para o pequeno-almoço não tendo sido contabi l izado
no cruzamento grau de sat isfação/preço.
Gr au de S a t i sf aç ão - EURES T
86%
14%
Sat i s f ei to não r espondeu
15
O maior desafio que se coloca para um hospital cujo serviço de al imentação
se encontra em administração directa tem sido, desde sempre, a gestão dos
recursos humanos; em contrapart ida o maior desafio para um hospital cujo
serviço de al imentação se encontre concessionado tem sido manter a
prestação dentro dos critérios acordados, quer eles sejam financeiros, quer
sejam técnicos. Assim, muitos hospitais apresentam nos seus cadernos de
encargos cláusulas penalizadoras , de modo a conter a prestação dentro
de certos l imites. Estas penalizações tendem a ser de cariz pecuniário e
incidem em áreas especí f icas como o quadro de pessoal, l ista de
fornecedores, não-conformidades com as cláusulas técnicas especiais.
No Centro Hospitalar do Baixo Alentejo, EPE que compreende dois Hospitais
(Hospital José Joaquim Fernandes – Beja e Hospital de S. Paulo – Serpa) as
cláusulas penal izadoras são as que se seguem:
• Atraso na entrega das ementas para anál ise (n.º de dias no mês);
• Não cumprimento dos planos de higienização (n.º de dias no mês);
• Reclamações recebidas respeitantes à falta de cumprimento da
ementa do dia (n.º de reclamações do mês);
• Reclamações recebidas respeitantes ao aparecimento de objectos
estranhos nas refeições (n.º de reclamações do mês);
• Alteração do quadro de pessoal sem aviso prévio considera-se para
o efeito três dias úteis para aviso (n.º de dias ocorridos até
informação por escrito);
• Falta de funcionários relat ivamente à escala mensal (somatório do
n.º de funcionários em falta durante todos os dias do mês);
• Alteração da ementa (doentes e/ou funcionários) ou parte dela sem
aviso prévio de um dia (n.º de acontecimentos durante o mês);
• Falta de 16 ou mais refeições durante o empratamento do doente
(n.º de vezes ocorridas durante o mês);
• Atraso na reparação de equipamento ou reposição de material ,
considera-se 24h como prazo (n.º de dias em atraso no mês para cada
equipamento avariado);
• Alteração de fornecedores sem aviso prévio, considera-se para o
efeito três dias úteis para aviso (n.º de dias ocorridos até informação
por escrito);
• Detecção de produtos não conformes (n.º de ocorrências durante o
mês);
16
• Não cumprimento do horário de recepção para matéria-prima
al imentar, considera-se até às 12 horas de dias úteis (n.º de
ocorrências durante o mês);
• Resultados microbiológicos não aceitáveis (nº de resultados não
aceitáveis por mês - mãos, superfícies ou refeição);
• Atraso na resposta às reclamações além dos 2 dias previstos (n.º de
dias de atraso);
•
É elaborado um mapa mensal com a d iscriminação de cada uma das
penal izações. O somatório das penal izações mensais é mult ipl icado pela
facturação e dividido por 500, este resultado é então subtraído à facturação,
penal izando a empresa concessionária.
Na nossa experiência o maior número de penal izações recai sobre a falta de
pessoal , os atrasos na manutenção e reposição de equipamento e ainda
sobre a falta de cumprimento integral dos p lanos de higienização.
Estes três aspectos estão l igados directamente com a di f iculdade de gestão
de pessoal, ou seja, o absentismo ou a di f iculdade em gerir os horários de
forma sat isfatória levam a que muitas vezes os planos de higienização não
sejam cumpridos além disso, a falta de formação do pessoal e a sua
rotat ividade não permitem uma boa aprendizagem no que diz respeito aos
equipamentos a ut i l izar conduzindo a avarias recorrentes destes.
Desta forma é fáci l perceber porque 62,16% dos serviços de al imentação em
regime de outsourcing apresentam penal izações.
Existência de penalizações no caso de não cumprimento
23
9
5
Sim Não Não respondeu
Quanto ao local de confecção das refeições , a grande maioria dos
hospitais inquir idos (92,98%) mantêm a confecção nas instalações do
hospital , apenas 3,51% se encontram em regime de catering e outros 3,51%
mantêm um regime misto o que se pode dever a duas circunstâncias, falta
de condições nas instalações para se proceder à confecção da total idade das
refeições ou tratando-se de um centro hospitalar as refeições são
confeccionadas num dos hospitais e posteriormente transportadas para outro
hospital do mesmo centro mas de característ icas mais reduzidas, numa
tentat iva de contenção de custos.
17
Tipo de
Gestão Local de confecção %
EPE No Hospital 40%
Ambas 4%
SPA No Hospital 35%
Sistema de Catering 4%
Privado No Hospital 13%
Outro No Hospital 4%
Como se pode observar, o número médio de funcionários, das inst ituições
que responderam, é superior no hospital o pessoal mais qual i f icado e
inferior o menos qual i f icado. Inversamente, na empresa, é inferior o pessoal
mais qual i f i cado e superior o menos qual i f icado.
N.º MÉDIO de
Funcionários do
Hospital
N.º MÉDIO de
Funcionários da
Empresa
Tempo
Inteiro
Tempo
Parcial
Tempo
Inteiro
Tempo
Parcial
Nutricionista 2 1 1 1
Diet ista 2 1 1 1
Médico
Veterinário 1 1 - 1
Eng. Al imentar 1 - 1 1
Cozinheiros 3 - 5 -
Auxi l iares de
Al imentação 10 - 30 -
18
01
23
45
678
910
Nutricionista MédicoVeterinário
Cozinheiros
Tempo Inteiro Tempo Parcial
0
5
10
15
20
25
30
Nutricionista MédicoVeterinário
Cozinheiros
Tempo Inteiro
Tempo Parcial
N.º de funcionários nos hospitais inquiridos
Hospital Outsourcing
Tempo
Inteiro
Tempo
Parcial
Tempo
Inteiro
Tempo
Parcial
Nutricionista 22 2 8 7
Diet ista 84 3 6 10
Medico Veterinário 2 4 -- 4
Engenheiro
Al imentar
3 -- 8 7
Cozinheiro 70 -- 165 --
Auxi l iar de
Al imentação
250 2 974 15
Na sequência da ideia anterior, veri f ica-se que os hospitais têm apostado de
forma mais consistente na contratação de pessoal técnico, enquanto que as
empresas de outsourcing apresentam um quadro menos especial izado
acabando por se apoiar nos técnicos hospitalares nas questões mais
complexas. Isto está de acordo com as funções que reportam, quer aos
19
hospitais, quer às empresas de outsourcing . A estas compete- lhes prestar
um serviço e ao hospital compete garant ir que esse serviço é cumprido
dentro dos critérios estabelecidos.
Preço (S/IVA) da refeição: Pequeno-
Almoço
Tipo de Gestão Média Máximo Mínimo
EPE 0.77 € 2.75 € 0.35 €
SPA 0.70 € 2.58 € 0.27 €
Privado 0,74 € 0.75 € 0.50 €
Outro - - -
Total Geral
0.73
€ 2.75 € 0.27 €
Preço (S/IVA) da refeição: Almoço
Tipo de Gestão Média Máximo Mínimo
EPE 4.47 € 8.36 € 2.66 €
SPA 4,34 € 7.74 € 1.91 €
Privado 4,41 € 7.73 € 3.75 €
Outro - - -
Total Geral 4.33 € 8.36 € 1.91 €
Preço (S/IVA) da refeição: Jantar
Tipo de Gestão Média Máximo Mínimo
EPE 4.49 € 8.36 € 2.66 €
SPA 4,37 € 7.74 € 1.91 €
Privado 4,43 € 7.73 € 3,75 €
Outro
Total Geral 4.35 € 8.36 € 1.91 €
Média Mensal de refeições fornecidas em 2007:
Pequeno-Almoço
Tipo de Gestão Média Máximo Mínimo
EPE 9946 53640 451
SPA 5225 20520 717
Privado 1046 2060 203
Outro 2127 2453 1800
Total Geral 6741 53640 203
20
Média Mensal de refeições fornecidas em 2007:
Almoço
Tipo de Gestão Média Máximo Mínimo
EPE 10276 55440 307
SPA 5692 26860 908
Privado 1506 2796 335
Outro 2227 2453 2000
Total Geral 7131 55440 307
Média Mensal de refeições fornecidas em 2007:
Jantar
Tipo de Gestão Média Máximo Mínimo
EPE 9811 51840 341
SPA 4704 17092 542
Privado 1055 2131 217
Outro 2127 2453 1800
Total Geral 6477 51840 217
Preços máximos e mínimos de acordo com o tipo de gestão
Tipo
de
Gestão
Pequeno-almoço Almoço Jantar
máx. mín. máx. mín. máx. mín.
EPE 2,75 0,35 8,36 € 2,66 € 8,36 € 2,66 €
SPA 2,58 0,27 7,74 € 1,91 € 7,74 € 1,91 €
Privado 0,75 0,5 7,73 € 3,75 € 7,73 € 3,75 €
Média dos preços apresentados de acordo com o
tipo de gestão
Tipo
de
Gestão
PA Almoço Jantar Média
diária
EPE 0,67 € 4,43 € 4,43 € 9,53 €
SPA 0,86 € 4,06 € 4,09 € 9,01 €
Privado 0,62 € 4,82 € 5,09 € 10,53 €
Procurámos saber se exist iam diferenças s ignif icat ivas de preços entre os
diferentes t ipos de gestão hospitalar. A part ir das médias dos preços de
pequenos-almoços, almoços e jantares apresentados no inquérito,
elaborámos o quadro acima representado, o que nos permit iu chegar a uma
média diária. Veri f ica-se que os hospitais SPA apresentam os valores médios
de diária mais reduzidos, correspondendo a 1,52 € mais baixos que os
hospitais privados e a 0,52 € menores que os hospitais EPE.
21
Quisemos ainda saber se exist iam diferenças de preço signi f icat ivas entre a
prestação por administração directa e a administração em outsourcing . De
notar que as médias foram ret iradas da l ista de preços apresentados no
inquérito e não com base nos máximos e mínimos.
A anál ise das tabelas que se seguem permit iu-nos veri f icar que os serviços
de al imentação em administração directa podem estar a gastar em média
mais 1,51 € por diária. Esta diferença, no entanto, pode dever-se apenas ao
facto de neste valor estarem incluídos encargos indirectos que não se
encontram incluídos nos preços de refeição pagos às empresas
concessionárias.
Preços máximos e mínimos de acordo com o tipo de gestão do serviço
de alimentação
Tipo de gestão do
SA
Pequeno-
almoço
Almoço Jantar
Máxim
o
Mínimo Máxi
mo
Mínim
o
Máxim
o
Mínim
o
Administração Directa 2,58 € 0,75 € 7,74
€
3,05 € 7,74 € 3,05 €
Outsourcing 1,64 € 0,27 € 8,36
€
1,91 € 8,36 € 1,91 €
Média dos preços apresentados de acordo com o tipo de gestão do
serviço de alimentação
Tipo de gestão do SA Pequeno-
almoço
Almoço Jantar Média diária
Administração Directa 1,55 € 4,47 € 4,61 € 10,62 €
Outsourcing 0,56 € 4,27 € 4,27 € 9,11 €
Fazendo o rat io entre o número de refeições distr ibuídas mensalmente e o
número de camas de cada hospital veri f ica-se haver pouca disparidade entre
os hospitais mais populosos (396 - 614 camas) e os hospitais de menor
dimensão (20 - 59 camas). Para os primeiros o rat io é, em média de 68
enquanto que para os segundos é de 62 refeições mensais por cama,
considerando pequenos-almoços, almoços e jantares.
N.º de
Camas
Média Mensal de Refeições Total Mensal/cama
PA Almoço Jantar
396-614 23 23 22 68
20-59 20 25 17 62
22
Quando anal isamos o número médio de refeições mensais por tipo de
hospital vemos que cabe aos hospitais EPE, a média mais elevada de
refeições o que é fac i lmente expl icável uma vez que são estes que têm o
maior número médio de camas.
Tipo de Gestão Pequeno-Almoço Almoço Jantar
Média máx. mín Média máx. mín. Média máx. mín.
EPE 9946 53640 451 10276 55440 307 9811 51840 341
SPA 5225 20520 717 5692 26860 908 4704 17092 542
Privado 1046 2060 203 1506 2796 335 1055 2131 217
Outros 2127 2453 1800 2227 2453 2000 2127 2453 1800
A manutenção das instalações e equipamentos encontra-se na maioria
dos casos a cargo da empresa de al imentação (34%) e em 29% dos casos a
cargo do hospital mas existem formas mistas em que a part i lha desta
responsabi l idade se faz entre o hospital e a empresa de al imentação (19%)
ou entre uma empresa de manutenção em sistema de outsourcing e o
hospital (6%) ou simplesmente pela adjudicação de uma empresa de
manutenção (12%).
Responsável pela manutenção das Instalações e
Equipamentos do Serviço de Alimentação
29%
34%12%
19%
6%
Hospit al Empresa de aliment ação Out sourcing Hospit al e Emp. Alim. Hospit al e Out sorcing
Embora os aspectos referidos anteriormente possam influenciar a qual idade
de um serviço de al imentação é no contacto directo com o doente que este
define para si o grau de sat isfação respeitante ao serviço.
Assim, quanto à entrega das refeições, nos hospitais inquir idos estas são
maioritariamente entregues à cabeceira do doente como se pode ver no
gráfico que se segue. Apenas 15 dos serviços de al imentação se l imitam a
entregar as suas refeições nas copas. Há ainda cinco hospitais que
apresentam uma solução mista o que se pode dever ao facto de estarem
agregados em centros hospitalares tendo cada um dos hospi tais formas
diferentes de distr ibuição.
23
15
29
53
Nas copas Á cabeceira do doente Ambos Não respondeu
Entega das refeições
Outro aspecto que pode interferir no grau de sat isfação e que contribui para
a melhoria de cuidados prende-se com as informações relativas ao
serviço de alimentação como por exemplo, horários de refeição,
alternativas à ementa, expl icação sobre o t ipo de dieta e suas l imitações, se
for caso disso, etc. e que devem ser transmit idas aos utentes aquando da
sua entrada na inst ituição.
Quando inquir idos sobre se o serviço de al imentação prestava informações
aos utentes 9 % dos hospitais não respondeu e 31% responderam que não
forneciam qualquer t ipo de informação.
Informação ao doente - Serviço de Alimentação e
Dietética
61%
33%
6%
Sim
Não
Não respondeu
Dos 32 hospitais que responderam afirmativamente, 34% responderam que
as informações são entregues aos utentes sob a forma de folheto, em 32% a
informação é dada pelo técnico de nutrição e em 22% pelos profissionais de
enfermagem, nos restantes 12% a informação é passada de outra forma
como por exemplo, pelas empregadas de refeitório, pela empresa de
outsourcing provavelmente através das empregadas de distr ibuição
personal izada, através do folheto de escolha personal izada, ou pelo folheto
de acolhimento elaborado em cada serviço e f inalmente, pelo secretariado
cl ínico.
24
Outra questão que pode influenciar posit iva ou negativamente o bem-estar
dos doentes prende-se com o horário das refeições . Veri f icou-se, como
era de esperar, não haver muita discrepância no que diz respeito a este
item. Segue-se uma tabela com os horários mais frequentes encontrados
Horários mais frequentes para
entrega das refeições
PA das 8h30 às 9h30
Almoço das 12h30 às 13h30
Jantar das 19h às 20h
Lanche das 16h às 16h30
Ceia das 21h30 às 22h30
No entanto, esta aparente r igidez de horários não const itui uma l imitação na
medida em que, em 88% dos hospitais, é possível requisitar suplementos
fora do horário estabelecido para as refeições.
Possibilidade de requisitar alimentos
suplementares fora das horas previstas
Sim88%
Não8%
Não respondeu
4%
Outras formas de
informar o doente
EMPREGADAS DE
REFEITORIO
EMPRESA
OUTSOURCING
ESCOLHA
PERSONALISADA
FOLHETO
ACOLHIMENTO AO
DOENTE ELABORADO
PARA CADA SERVIÇO
SECRETARIADO
CLÍNICO
Forma de informar o doente sobre o Serviço de
Alimentação e Dietética
34%
22%
32%
12%
Fo lheto Enfermagem Dietista/Nutricionista Outro
25
Para além disso muitos hospitais apresentam ementas alternativas às
quais os doentes podem ter acesso em 61% dos hospitais, muito embora em
6% destes esta possib i l idade só exista nos serviços de Obstetrícia.
Ementas alternativas para os doentes
Sim Não Apenas no Serviço de Obstetrícia Não respondeu
Nos hospitais onde existe o acesso à ementa alternativa, em 69% é
permit ida em todas as dietas e em 31% apenas disponível para a dieta
geral.
Dietas - ementas alternativas
31%
69%
Só Dieta Geral Todas
Quanto ao t ipo de menu disponível 61% alterna entre peixe e carne e
difere todos os dias mas em 33% dos hospitais alterna entre carne, peixe e
vegetariano diferindo também todos os dias, só 6% mantêm a mesma
ementa que alterna entre carne, peixe e vegetariano.
26
Menu Alternativo
Difere todos os dias ealterna entre carne,peixe e vegetariano
Difere todos os dias ealterna entre carne e
peixe
É igual, todos os dias ealterna entre carne,peixe e vegetariano
De acordo com as orientações do comité europeu no sentido de diminuir a
desnutrição hospitalar, os hospitais deveriam ter refeitórios próprios ,
afastados das enfermarias onde pudessem tomar as suas refeições de forma
a não serem perturbados, quer por cheiros, quer por ruídos, quer por
interferências decorrentes da toma de medicação, temperatura, tensão,
elaboração de pensos, visitas médicas ou de exames complementares de
diagnóst ico. Essa ainda não é uma real idade no nosso país pois o local
mais frequente onde os doentes tomam as suas refeições ainda é nas
enfermarias. Apenas 7 hospitais dispõem de refeitório para os doentes
sendo que a grande maioria destes são hospitais psiquiátricos, portanto,
inst ituições em que necessariamente as condições ambientais são mais
determinantes para o bem-estar dos seus doentes.
Respostas mais frequentes - Local para tomar as
refeições
Doentes Na enfermaria
Acompanhantes No refeitório, bar, ou máquinas
de vending
Visitas (refeições
leves)
No bar e máquinas de vending
Utentes das
consultas externas
No bar e máquinas de vending
Quisemos também saber se eram distr ibuídas refeições aos utentes do
Serviço de Urgência dos hospitais inquir idos. Isso apenas ocorre em 32%
dos casos principalmente aos utentes que se encontram no SO e na sala de
macas Em 34 % dos serviços de Urgência são ainda distr ibuídos suplementos
27
SimNão
N/ Apl icavelNão r espondeu
Total Ger al
33
10
4 5
52
Distribuição de refeições aos utentes da
Urgência
Sim
Não
N/Aplicavel
Não respondeu
Total Geral
34
5 4 7
52
Distribuição de suplementos aos utentes da Urgência
28
3 – SERVIÇO DE TRATAMENTO DE ROUPA (LAVANDARIA)
O object ivo deste serviço é o seguinte:
. Tratamento de roupa hospitalar;
. Respect iva recolha e distr ibuição nos serviços;
. Locação de roupa hospitalar.
Tipo de Gestão - Serviço de Lavandaria
15%
81%
2%
2%
Administração Directa
Outsourcing
Ambas
Não respondeu
Quanto ao tipo de gestão das lavandarias dos hospitais, a larga maioria,
ou seja, 81%, têm-nas entregues ao regime de Outsourcing , enquanto que
apenas 15% se encontra em regime de Administração Directa.
Admin ist raç ã o Dir ect a Out sour cin g
T i p o d e G e s t ã o d o Se r v i ç o d e L a v a n da r i a -
H o s p i t a i s E P E
Administ ração
Directa
Outsourcing Ambas Não respondeu
Tipo de Gestão do Serviço de Lavandaria -
Hospitais SPA
29
Administração Directa
Tipo de Gestão do Serviço de Lavandaria - Outros
Hospitais (IPSS)
Pode-se observar, a part ir destes gráficos de barras, que a Administração
Directa nos hospitais públ icos é quase inexistente, tanto SPA, como EPE. O
regime de Administração Directa encontra-se essencialmente nos hospitais
privados, apesar de, também estes preferirem o Outsourcing .
Empresas Outsourcing - Serviço de
Lavandaria
17%
14%
69%
OUTRAS
SNL
SUCH
A empresa claramente dominante ao serviço do tratamento de roupa
hospitalar é o SUCH com 69%, destacando-se ainda a Sociedade Nacional de
Lavandarias com 14%. Em Outras estão incluídas a Fat i lava, a Viver
Brancura, a Monica e a Turalvor, o que perfaz um peso de 17%.
Administ ração Directa Out sourcing
Tipo de Gestão do Serviço de Lavandaria -
Hospitais Privados
30
Grau de Satisfação - Outsourcing Serviço de
Lavandaria
15%
64%
2%
19%
Insatisfeito Satisfeito Muito Satisfeito Não respondeu
Pode-se dizer que existe um elevado grau de satisfação com o sistema de
Outsourcing nas lavandarias, dado 2% dos hospitais se encontrarem muito
sat isfeitos e 64% satisfeitos. Não é de descurar os 15% de hospitais
insat isfeitos, o que, provavelmente, se deve a atrasos na entrega,
normalmente devido a avarias do equipamento e deterioração das peças de
roupa, ou a sua perca e mistura. Isto, uma vez que a maioria dos hospitais
do país ut i l iza o mesmo local para efect ivar o tratamento de roupa em
causa.
Existência de penalizações para o não
cumprimento
56%
44%
Sim Não
Repare-se que 56% dos hospitais que responderam ao inquérito refere ter
mencionado um sistema de penalizações nos seus Cadernos de Encargos,
para act ivar em caso de não cumprimento das obrigações contratuais, sendo
esta uma forma de exercer o controlo sobre a empresa adjudicatária. 95%
dos hospitais diz ter controlo sobre a empresa de outsourcing que lhe
corresponde. Para exercer esse controle em n.º de funcionários, 37% dos
hospitais tem 6 funcionários e 21% 5 funcionários, o que certamente
acontece nos hospitais de maior dimensão.
31
Controle pelo Hospital
95%
5%
Sim Não
N.º de Funcionários - Controle pelo Hospital do
Serviço de Lavandaria
14% 2
8%
313%
417%
521%
637%
Outra: 3 vezes por semana.
Periodicidade do controle ao Serviço de
Lavandaria, pelo Hospital
86%
2%2%
10%
DIARIA SEMANAL OUTRA MENSAL
32
Quanto à periodicidade do controle, 86% dos hospitais diz ser diária,
havendo 10% que refere a mensal e 2% a semanal .
Funcionamento do Serviço de Lavandaria
Nas instalaçõeshospitalares
No exterior Não respondeu
Como se pode observar através do gráfico de barras, a maioria dos hospitais
diz que o funcionamento do serviço de lavandaria é efectuado no exterior do
hospital . A verdade é que, no que refere aos hospitais públ icos ut i l izadores
do SUCH, a grande parte das respect ivas lavandarias foi desact ivada, tendo
ficado estas inst ituições desprovidas dos equipamentos e dos meios para
tratamento de roupa, uma vez que esta act ividade passou a estar
concentrada em lavandarias central izadas.
N.º de Funcionários do Serviço de Lavandaria
6
4 4 43
4
2 21
23
1 1 1 1 1 1
11
Deva-se ler neste gráfico de barras que: 11 hospitais não responderam qual
o número de funcionários que têm ao serviço de lavandaria, 6 hospitais
responderam que têm apenas 1 funcionário, 4 responderam que têm 2
funcionários e, assim sucessivamente. Deduzimos que os hospitais com
menor número de funcionários têm o serviço entregue a uma empresa de
Outsourcing estando concentradas no hospital apenas as tarefas de recolha
33
da roupa suja e distr ibuição da roupa tratada pelos serviços de
internamento e outros. Claro que, ao contrário, os hospitais que referem ter
maior número de funcionários ao serviço da lavandaria, tem ainda o regime
de Administração Directa, o que se vai tornando uma raridade.
O quadro que se segue apresenta o Preço Médio por Quilo de Roupa
Tratada segundo o t ipo de gestão do hospi tal e conclui-se que este é menor
nos hospitais privados e, dos hospitais públ icos é menor nos EPE que nos
SPA. O preço médio total é de 69 cêntimos por qui lo.
Denota-se, através da base de dados que, o próprio SUCH prat ica preços
diferentes com os di ferentes hospitais. Esta diversidade tem a ver com
aspectos tais como as quantidades a tratar por dia, a distância entre o
hospital e a lavandaria central. Há ainda hospitais em que é o SUCH a
explorar o Serviço de Tratamento de Roupa (com equipamento, pessoal e
energias) e em que a lavandaria f ica nas instalações do hospital .
Tipo de
Gestão
Preço Médio/kg de Roupa
Tratada
Valor Médio mensal (em
2007)
EPE 0.67 € 33484
SPA 0.73 € 124116
Privado 0.58 € 10986
Outro - -
Total Geral 0.69 € 69853
No que refere ao local onde é triada a roupa suja recolhida nos serviços,
46% dos hospitais inquir idos disse que a tarefa é efectuada nos próprios
serviços e 38% na lavandaria. De notar que 10% disse ser em ambos os
locais, o que consideramos estranho, uma vez que, normalmente, cada
inst ituição opta por um ou outro sistema de tr iagem.
Dado que o SUCH é a empresa maioritária, podemos dizer que a tr iagem é
feita na lavandaria central izada e não nos serviços de cada hospital. Ou
seja, a roupa sai de cada serviço hospitalar, num saco de plást ico, sem ser
ut i l izado qualquer código de cores, sendo a cor ao critério do cl iente. Está-
se a atender aqui à ideia de que a roupa suja não deve ser manuseada nos
serviços. A cor do saco que const itui uma excepção em termos de código,
vulgarmente ut i l izada nos hospitais, é a vermelha, que é usada para roupa
infectada, a qual é co locada na máquina dentro do saco, depois de este ter
levado um pequeno golpe e, posteriormente, t r iada após a lavagem.
Nas lavandarias centrais da empresa é efectuada a tr iagem da roupa suja,
por t ipologia (roupa l isa de cama, cobertas e colchas, cobertores, turcos,
roupa de bloco operatório, roupa de pediatria, roupa de doentes, roupa de
pessoal – psiquiátricos fardamento) e por grau de suj idade (pouco suja,
34
muito suja e identi f icada como claramente contaminada), uma vez que cada
t ipologia tem um programa de lavagem associado e, dentro de cada uma
delas, face a graus de suj idade diferentes, os programas têm mais acção
mecânica (tempo) e/ou química (detergentes).
Uma exigência dos prestadores de serviço de tratamento de roupa, a qual
nem sempre é respei tada pelo pessoal hospitalar que manuseia a roupa, é
que, da mesma, sejam ret irados os objectos estranhos, isto é, tudo o que
não é roupa como por exemplo, telemóveis, lenços de papel, agulhas,
bisturis, fraldas, placentas, etc. Nas batas aparecem muitas vezes
esferográficas e isqueiros. Faci lmente se adivinha os transtornos que estes
objectos podem causar, aos humanos que manuseiam a roupa e aos
equipamentos ut i l izados no tratamento.
Onde é efectuada a triagem da roupa
46%
38%
4%
10%2%
Nos serviços
Na lavandar ia
Out ro
Nos serviços e na Lavandaria
Não respondeu
Acondicionamento da roupa
71%
2%
17%
10%
Sacos de cores dif erent es
Sacos biodegradáveis
Out ros
Não respondeu
Repare-se que 71% dos hospitais inquir idos disse que o acondicionamento
da roupa é feito em sacos de cores di ferentes. Não conseguimos encontrar o
porquê deste resultado, uma vez que a diferenciação por cores, sendo o
código ao critério de cada hospital que por ela opta, só faz sentido quando a
tr iagem é feita nos serviços, quer por grau de suj idade, quer por algumas
t ipologias, como por exemplo, separar os cobertores, almofadas, etc. Ora,
35
se a maioria é cl iente do SUCH, a f i losofia não é esta mas a que
descrevemos anteriormente.
1
1
1
1
1
4
SACOS CINZENTOS
SACOS DA MESMA COR EXCEPTO
BLOCO OPERATORIO E BLOCO DE
PARTOS
SACOS PLASTICO
TRANSPARENTE
SACOS PLÁSTICOS COR
AMARELA
SACOS TRANSPARENTES
SACOS PLASTICO VERDES
Acondicionamento da roupa - Outros
Tratamento do fardamento
23%
65%
6%6%
Administração Directa
Outsourcing
Ambas
Não respondeu
O maior peso, no que respeita ao tratamento do fardamento , vai para a
efect ivação desta tarefa pela empresa de outsourcing , com 65% dos
hospitais que responderam ao inquérito. Apenas 23% dos hospitais disse
que o tratamento do fardamento é feito em regime de administração directa,
ou seja, estas peças de roupa são tratadas pelo pessoal do hospital e nas
suas próprias instalações.
36
Outsourcing
Hospital
Ambos
Não respondeu
Fornecimento do fardamento
Fardas Pessoal Médico
Fardas Pessoal Enfermagem
Fardas Pessoal Técnico
Fardas Pessoal BlocoOperatório
Fardas Pessoal Auxiliar
A maior parte dos hospitais respondeu que o fornecimento do fardamento
é feito pelo hospital e não pela empresa de outsourcing . As fardas do Bloco
Operatório são o t ipo de fardamento que é mais fornecido por estas
empresas.
37
4 – SERVIÇO DE HIGIENE E LIMPEZA
O object ivo deste serviço é o seguinte:
A boa higienização das Instalações das inst ituições de forma a prevenir e/ou
reduzir as infecções relacionadas com os cuidados de saúde e a garantir
adequados níveis de conforto a doentes, pessoal e visitantes. Para at ingir os
object ivos pretendidos é necessário adequar o método de l impeza em função
do risco de infecção, variando para tal a frequência e métodos de l impeza e
os produtos a ut i l izar. Os níveis de risco são os seguintes: Níve l Máximo ou
Alto Risco – 3; Nível Médio – 2; Nível Mínimo – 1.
Exemplo de níveis de risco numa unidade de internamento:
Unidade/Serviço
Frequência Limpeza Grau
de
Risco
Diárias Prof.
TDA 2ª-6ª
· Pediatria
- enfermarias (4) + quarto (1)
- sala de desinfecção (1)
- armazém (1)
- secretária de unidade (1)
- sala de trabalho (1)
- gabinetes (2)
- sala de estar (1)
- sala de lazer (1)
- copa (1)
- WC pessoal (1)
- WC doentes (1)
1x e s.n
1x e s.n
1x
1x e s.n
1x e s.n
1x e s.n
1x
1x
2x e s.n
1x
1x
T
T
T
T
T
T
T
T
T
T
T
2
2
1
1
2
1
1
1
2
1
2
· Neonatologia (2 salas)
- salas (2)
- sala de trabalho (1) + gabinete (1)
- WC’s pessoal (1)
- WC’s famil iares (1)
1x e s.n
1x e s.n
1x
2x e s.n
M
M
M
M
3
3
1
1
Os trabalhos de descontaminação global devem ser efectuados pela seguinte
ordem:
• Descontaminação de tectos e pontos de luz;
• Descontaminação de paredes;
• Descontaminação de Portas e Manípulos;
• Descontaminação de estores, janelas e vidros (face interna e externa);
• Descontaminação de mobi l iário e utensí l ios;
• Descontaminação do chão
38
Tipo de Gestão - Serviço de Limpeza
31%
57%
8%4%
Administração Directa Outsourcing Ambas Não respondeu
Relat ivamente ao tipo de gestão dos serviços de l impeza, ver i f ica-se que
57% dos hospitais que responderam ao inquérito optaram pelo sistema de
Outsourcing e 31% ainda se encontram em regime de Administração Directa.
Empresas Outsourcing - Serviço de Limpeza
28%
9%
9%6%
24%
24%
OUTRAS
CONFORLIMPA
ELECTROLIMA
IBERLIM
NOVA SERVIÇOS
SUCH
As empresas de higiene e l impeza que mais se destacam no meio hospitalar
português são o SUCH e a Nova Serviços, ambas com 24%, sendo o conjunto
de outras de 28%.
39
Grau de Satisfação - Empresas Outsourcing
8%
30%
54%
8%Muito Insatisfeito
Insatisfeito
Satisfeito
Muito Satisfeiro
Pode-se dizer que o grau de satisfação é tendencialmente elevado, se
somarmos os 54% na categoria de sat isfeito e os 8% na categor ia de muito
sat isfeito. Há, no entanto, 30% de hospita is que dizem estar insat isfeitos e
8% muito insat isfeitos.
Sim Não
Existência de Penalizações para o não
cumprimento - Empresas Outsourcing
Controle pelo Hospital
Sim Não
Como se pode observar nos gráficos de barras acima expostos, embora haja
mais hospitais que dizem ter mecanismos de penalização que os que dizem
não ter, a frequência destes últ imos é bastante elevada. Quanto ao
controle dos procedimentos das empresas de outsourcing por parte de um
vigi lante do hospital , quase todos os hospitais refere a sua existência.
40
N.º Funcionários - Controle do Serviço Limpeza
1 2 3 4 5 6 7 21
A grande maioria dos hospitais refere ter 1 ou 2 funcionários a executar
essas tarefas de controlo. E, como se lê no gráfico abaixo representado,
essa periodicidade é diária em 77% dos hospitais que responderam,
embora 10% referisse a mensal e 8% a semanal.
Periodicidade do Controle - Serviço de Limpeza
77%
8%
10%5%
DIARIA
SEMANAL
MENSAL
OUTRA
N.º Funcionários do Serviço de Limpeza
3
2 2 2
1
3
1 1
2
1 1 1
2
1 1 1 1 1 1
2
1 1 1 1 1 1
2 2
1 1 1 1 1 1 1
5
41
O gráfico de barras acima representado indica o número de funcionários
ao serviço da l impeza por hospital . Veri f ica-se a existência de uma grande
disparidade de número destes funcionários por hospital. Assim, tanto há
aqueles com apenas 2 trabalhadores, com uma frequência de 3 hospitais,
como aqueles com 97 trabalhadores, com uma frequência de 1 hospital.
44
5
3
Sim
Não
Não respondeu
Calendarização da limpeza diária com base nos níveis de
risco
Uma pequena minoria de hospitais refere que a sua l impeza diária não é
feita com base em níveis de risco.
Existência de piquete de 24h
15%
79%
6%
Sim Não Não respondeu
Quanto à existência de um piquete de limpeza durante as 24 horas do
dia, 79% dos hospitais disse que não a tem e, apenas 15% dos mesmos diz
que a tem. Isto signif ica que, na larga maioria dos hospitais, a part ir de
uma certa hora, não existe ninguém da empresa de outsourcing
adjudicatária, que se encontre escalado para executar qualquer tarefa de
l impeza que seja necessária e urgente. Ora, se tal não acontece terá
necessariamente que ser o Pessoal Auxi l iar de Acção Médica a efectuá-la.
42
31
16
5
Sim Não Não respondeu
Auditorias internas
Uma frequência de 31 hospitais disse que tem auditorias internas para
aval iar a execução da prestação de serviços de l impeza, enquanto que uma
frequência de 16 hospitais disse que não dispõe deste recurso.
Periodicidade de auditorias internas
13%
23%
32%
32%DIARIA
MENSAL
TRIMESTRAL
OUTRA
Para aqueles que responderam que t inham auditorias internas, a
periodicidade identi f icada que tem o maior peso é a tr imestral com 32%.
Sendo que 23% dos hospitais disse ter auditorias internas mensais e 13%
diárias. Há, contudo, outras periodicidades de menor peso e que vêm
referidas no gráfico abaixo representado.
43
Periodicidade auditorias internas - Outra
10%10%
20%
10%10%10%
10%
20%
2 EM 2 MESES ALEATÓRIA ANUAL BIMESTRAL
DIAS ALTERNADOS IRREGULAR SEMANAL SEMESTRAL
15
29
8
Sim Não Não respondeu
Auditorias externas
Uma frequência de 29 hospitais disse que não tem auditorias externas ,
enquanto que uma frequência de 15 hospitais refere que as tem, sendo
muito variada a sua periodicidade (mensal, tr imestral – com uma
percentagem de 8% cada – e, dentro de outra periodicidade, esta com uma
percentagem de 84%, é referida essencia lmente a anual , mas também a
semestral e a 1 ou 2 vezes por ano).
Periodicidade Auditorias externas
8%8%
84%
MENSAL
TRIMESTRAL
OUTRA
44
Periodicidade Auditorias externas - Outra
10%
80%
10%ALEATORIAMENTE (1 A 2VEZES ANO)
ANUAL
SEMESTRAL
Valor do contrato (S/ IVA) - valor em euros
Média Máximo Mínimo
237.951€ 1.105.800€ 4.575€
N.º camas 50 396 59
Rácio €/cama 4.759,02€ 2.792, 40€ 77,50€
Denota-se que o valor dos contratos é muito variado, sendo o valor médio
em euros de 237.951€. Procurámos elaborar um rácio/cama em termos de
custos da seguinte forma:
. na Média ut i l izámos a média de camas dos hospitais que responderam por
hospital , ou seja, 2.607 camas/52 hospitais que responderam ao inquérito.
. no Máximo, dividimos o valor de 1.105.800€ pela lotação desse hospital ,
segundo a base de dados (386).
. no Mínimo, ut i l i zámos o mesmo raciocínio, fazendo o quociente entre o
valor de 4.575€ e a lotação do hospital correspondente que é 59 camas.
Responsabilidade pela limpeza das zonas de outsourcing
33%
34%
6%
27%
Empresa da limpeza
Adjuticatárias
Ambas
Não respondeu
Perguntámos aos hospitais quem executava a limpeza das outras zonas de
outsourcing , onde funcionam as outras prestações de serviços que não a
45
Higiene e Limpeza, tal como a Al imentação e Dietét ica e Segurança e
responderam o que se apresenta no gráfico acima representado. Ou seja,
numa percentagem de 33% é sempre a empresa responsável pela Higiene e
Limpeza e numa percentagem de 34% são as respect ivas empresas
adjudicatárias.
Responsabilidade das limpezas periódicas
27%
49%
10%
4%
10%Hospital
Empresaconcessionária
Hospital e Empresaconcessionária
Outra empresaespecializada
Não respondeu
Relat ivamente à responsabi l idade da efect ivação das limpezas periódicas,
49% dos hospitais respondeu que estão a cargo da empresa concessionária e
27% respondeu que estão a cargo do hospital.
46
5 – RECOLHA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
O Object ivo deste serviço é o seguinte:
1) Recolha, transporte e de tratamento de resíduos sól idos hospitalares
de risco biológico (Grupo III) e específ icos (Grupo IV) e resíduos
l íquidos perigosos;
2) Recolha intra hospi talar do local de produção ao local de
armazenagem (resíduos dos Grupos III e IV, resíduos l íquidos
perigosos,) e do local de produção aos contentores de res íduos
sól idos urbanos (RSU) / ecopontos (resíduos dos Grupos I e II e
resíduos valorizáveis).
Tipo de Gestão - Recolha e Tratamento de
Resíduos
4%
75%
15%
6%
Administração Directa Outsourcing Ambas Não respondeu
Como se veri f ica, o tipo de gestão predominante da Recolha e Tratamento
de Resíduos é o Outsourcing com 75%.
A empresa de Outsourcing maioritária no que toca a esta área é a
Ambimed com 50% das respostas dos hospitais, tendo o SUCH uma fasquia
de 39% e cabendo 11% a outras empresas menores.
Empresas Outsourcing - Recolha e Tratamento de
Resíduos
AMBIMED50%
SUCH39%
OUTRAS 11%
47
Grau de Satisfação
2%2%
81%
15%
Muito Insatisfeito Insatisfeito Satisfeito Muito Satisfeito
Existência de penalizações para o não cumprimento
52%
48%Sim
Não
Como se veri f ica, o grau de satisfação é extremamente elevado, com uma
percentagem de 81% na categoria de Satisfeito e 15% da categor ia de Muito
Satisfeito, o que signi f ica que estas empresas funcionam bastante bem.
Apesar da forma de funcionamento ser boa, isso não inval ida que os
Cadernos de Encargos não prevejam um sistema de penalizações para os
casos de incumprimento do contratado. Assim, o que os hospitais
mani festam sobre este aspecto afigura-se muito dicotómico, com 52% para
o caso do Sim e 48% para o caso do Não.
Exemplos de penal izações podem ser as seguintes:
1- No que se refere a eventuais penal izações que sejam consequência da
aval iação de resultados, o valor daquelas será encontrado através da
apl icação de uma taxa sobre o custo do Tratamento e Gestão de Resíduos
Hospitalares, e respei tante a três meses.
2- Anál ise das Reclamações: Cada gestor de resíduos dos serviços onde são
recolhidos os mesmos, poderá emit i r rec lamações. O Grupo Técnico de
Aval iação fará a sua anál ise consoante a seguinte tabela:
AVALIAÇÃO EM
PONTOS (n.º de
reclamações)
TAXA A APLICAR
1
2
3
4
5
0%
0%
4%
10%
20%
(A cada n.º de reclamações ou intervalo que se definir, haverá uma taxa
correspondente sobre o valor da factura)
3- Caso, no âmbito da aval iação de recursos (quando apl icável), sejam
identi f icadas diferenças entre a efect iva afectação de meios humanos face à
48
contratada (nº de horas de trabalho diárias), haverá lugar à dedução do
valor das mesmas, que resulta da apl icação da seguinte fórmula:
Nº de horas (contratadas – efectuadas) x valor/hora
Nota: O valor hora será calculado através do valor do preço proposto para o
serviço de recolha interna dividido pelo nº de horas totais mensais afectas
ao contrato.
4- Quando na aval iação dos equipamentos (balanças, carros de transporte,
contentores, etc.), sejam detectadas diferenças entre a afectação de meios
mecânicos à prestação de serviços e os contratados, e se essa diferença se
reflect i r na qual idade do desempenho haverá lugar a uma penal ização sobre
a parcela da factura mensal, sem IVA, respeitante ao serviço em causa, cujo
valor resulta da apl icação da seguinte fórmula:
Nº de Equipamentos (Contratados - Existentes) x Valor da Amort ização
dos Equipamentos
5- O incumprimento do fornecimento atempado dos contentores originará as
seguintes sanções:
1ª Reclamação - Advertência Oral
2ª Reclamação – Advertência Escrita
3ª Reclamação – 1,5% sobre a facturação mensal da unidade a que
respeita a reclamação.
Controle pelo hospital
Sim Não
N.º Funcionários do Hospital - Controle
1
29%
2
36%
3
7%
4
14%
5
2%
6
10%
7
2%
49
DIARIASEMANAL
MENSALOUTRA
DIARIA E MENSALSEMANAL E
MENSAL
30
6
1
5
32
Periodicidade controle
A quase total idade dos hospitais disse que a inst ituição controla estas
empresas, essencialmente com 1 ou 2 funcionários para o efeito, numa
percentagem de 29% e 36%, respect ivamente, sendo a periodicidade que se
destaca, a diária.
N.º Funcionários do Serviço de Recolha e
Tratamento de Resíduos
3; 6%
5; 10%
7; 12%
6; 12%
5; 10%2; 4%3; 6%
5; 10%
1; 2%1; 2%1; 2%1; 2%
12; 22%
O número de funcionários que fazem a recolha intra-hospitalar dos
resíduos de todos os grupos varia bastante, certamente sendo um dos
critérios a dimensão do hospital. Destaca-se o número de 12 funcionários
com 22%.
50
47
5
Sim Não respondeu
Administração de Formação aos Funcionários
Dos 52 hospitais que responderam ao inquérito, 47 disse que se administra
formação nesta área aos funcionários.
A entidade formadora é em 35% a empresa adjudicatária, em 21% o
hospital e em 31% ambos.
Entidade formadora dos funcionários
21%
35%
31%
13%Hospital
Empresa
Hospital e Empresa
Não respondeu
Respostas mais frequentes
n.º de recolhas
por dia Periodicidade
Grupo I 1 ou 2 Diária
Grupo II 1 ou 2 Diária
Grupo III 1 ou 2 Diária
Grupo IV 1 ou 2 Diária
Veri f ica-se que, em qualquer dos grupos de resíduos, as respostas mais
frequentes quanto ao número de recolhas é a diária ou bidiária.
51
511111
213
712
11
32
1
Não respondeu
ÓLEOS
PAPEL, PILHAS, ARTIGOS ELECTRÓNICOS E LÂMPADAS FLUORESCENTES
PAPEL, PLÁSTICO, PILHAS E ÓLEOS
PILHAS E ÓLEOS
PLÁSTICO, PILHAS, LÂMPADAS FLUORESCENTES E ÓLEOS
TODOS
TODOS EXCEPTO ARTIGOS ELECTRÓNICOS
TODOS EXCEPTO ÓLEOS
TODOS EXCEPTO PILHAS E ARTIGOS ELECTRÓNICOS
TODOS EXCEPTO PLÁSTICO E PILHAS
TODOS EXCEPTO VIDRO E PILHAS
VIDRO, PAPEL, PLÁSTICO E ARTIGOS ELECTRÓNICOS
VIDRO, PAPEL, PLÁSTICO E ÓLEOS
VIDRO, PAPEL, PLÁSTICO, PILHAS
VIDRO, PAPEL, PLÁSTICO, PILHAS E ÓLEOS
Reciclagem
No que reporta à reciclagem, 21 hospitais referem que a prat icam com todo
o t ipo de resíduos recicláveis. Alguns hospitais dizem que reciclam todos
excepto pi lhas ou vidros ou plást icos, ou material electrónico. Os restantes
hospitais reciclam apenas alguns t ipos de resíduos.
Fornecedores dos recipientes de recolha
17%
54%
25%
4%
Hospital
Empresa
Ambos
Não respondeu
A maioria dos hospitais refere que o fornecimento dos recipientes de
recolha é feito pela empresa adjudicatária, com uma percentagem de 54%;
17% dos mesmos diz que é o hospital que os fornece e, 25% diz que são
52
ambos. Neste últ imo caso, o mais normal é que seja o hospital a fornecer os
recipientes de corto-perfurantes e os outros a empresa.
O acondicionamento nos recipientes de recolha deve ocorrer no local de
produção, de modo a permit ir uma identi f icação clara da sua origem e do
grupo, obedecendo aos seguintes critérios:
a) Os resíduos dos Grupos I e II são acondicionados em saco de
pol iet i leno transparente, impresso a preto, e posteriormente
depositados em contentores de 120L e 240L;
b) Os resíduos do Grupo III são acondicionados em saco de
pol iet i leno transparente, impresso a branco, e posteriormente
depositados em contentores de transporte, devidamente
homologados. (Devido aos hábitos inst ituídos pelos profissionais
das unidades produtoras, os contentores do Grupo III deverão
respeitar o código de cores já existentes, neste caso verde);
c) Os resíduos do Grupo IV – objectos cortantes e perfurantes – são
acondicionados em contentores de pol iet i leno, imperfuráveis e
resistentes e os restantes resíduos do Grupo IV (medicamentos
fora de prazo, placentas e resíduos resul tantes da preparação e
administração de citostát icos) são acondicionados em saco de
plást ico vermelho e posteriormente colocados em contentores de
transporte, devidamente homologados. (Devido aos hábi tos
inst ituídos pelos profissionais das unidades produtoras, os
contentores do Grupo IV deverão respeitar o código de cores já
existentes, neste caso amarelo e vermelho);
d) Resíduos Perigosos em estado l íquido:
- O acondicionamento dos resíduos perigosos em estado l íquido
será feito em contentores descartáveis;
- Os contentores vazios distr ibuídos (de 5l , 10l, 25l) devem ter um
rótulo (l impo) para que o serviço/unidade produtora possa
identi f icar o resíduo (designação química) acondicionado no
contentor;
- Os resíduos per igosos em estado l íquido deverão ser
acondicionados em recipientes resistentes e estanques, com
capacidade máxima de 25 l i tros. Este facto prende-se com a
necessidade de acautelar as normas de segurança impl ícitas no
manuseamento de cargas perigosas;
- O acondicionamento dos resíduos perigosos em estado l íquido,
nos recipientes, deverá ser feito individualmente para cada grupo
de resíduos químicos (respeitando a classi f icação estabelec ida
anteriormente);
53
e) O acondicionamento de materiais citostát icos e citotóxicos deverá
ser real izado em contentores de uso único, que funcionará como
contentor de deposição, transporte e el iminação.
Realização de Análises Periódicas para comprovar a
neutralização dos resíduos dos grupos III e IV
31%
50%
19%
Sim Não Não respondeu
Relat ivamente à real ização de análises periódicas para comprovar a
neutralização dos resíduos, 50% dos hospitais diz que não é feita,
enquanto 31% refere que sim.
Periodicidade das análises para comprovar a neutralização
dos resíduos dos grupos III e IV
7
3
5
1
MENSAL TRIMESTRAL OUTRA Não respondeu
Aqueles que responderam afi rmativamente referem quer a periodicidade
mensal (7), quer a t r imestral (3), quer outra (5), variando estas entre a
aleatória, a anual, a quinzenal e a semestral.
54
Period icidade - Out ra
17%
17%
17%
49%
ALEATÓRIA
ANUAL
QUINZENAL
SEMESTRAL
Valor mensal de 2007 (S/ IVA) - valores
em euros
Média Máximo Mínimo
19.213 293.543 830
O valor mensal dos contratos varia entre 830€ e os 293.543€, sendo a
média de 19.213€.
55
6 – SERVIÇO DE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA
O object ivo do Serviço de Segurança e Vigi lância, que compreende períodos
de serviço em permanência contínua, descontínua e em vigi lância móvel , é o
seguinte:
a. Segurança de bens e pessoas no interior do “campus hospitalar”;
b. Vigi lância das portarias, cerca e edi f íc ios;
c. Controlo de entradas e saídas de pessoas e viaturas;
Tipo de Gestão - Serviço de Segurança
19%
65%
6%
10%
Administração Directa Outsourcing Não tem Não respondeu
O tipo de gestão do serviço de segurança mais prat icado é o Outsourcing
com uma percentagem de 65%, encontrando-se apenas 19% dos hospitais
que responderam em regime de Administração Directa.
Empresas Outsourcing - Serviço de Segurança
2045
A.S.F.
ALSEGUR
ASF
COMANSEGUR
ESEGUR
PRESMBEL
PRESTIBEL
PREVICOL
PROSECOM
PROSSEGUR
SECURITAS
VINSA
VIPRESE
Como se pode observar são muitas as empresas de segurança que operam
no sector da saúde, destacando-se a Comansegur, a 2045 e a Securitas.
56
Grau de Satisfação - Empresas de Outsourcing -
Serviço de Segurança
3% 3%
88%
6%
Muito Insatisfeito
Insatisfeito
Satisfeito
Muito Satisfeito
O grau de satisfação é extremamente elevado com 88% para a categoria
de Satisfeito e 6% para a categoria de Muito Satisfeito, o que revela que,
genericamente, estas empresas funcionam bem, agradando às entidades
adjudicantes.
Existência de Penalizações para o não cumprimento
Sim76%
Não24%
Uma percentagem de 76% dos hospi tais refere a existência de
penalizações para os casos de incumprimento do contrato, enquanto que os
restantes 24% não as tem.
Exemplos de penal izações são os seguintes:
1- No caso de incumprimento dos prazos f ixados no contrato, pessoal em
número inferior ao previsto, horas não real izadas e outras falhas
imputáveis ao adjudicatário, será apl icada uma penal idade, calculada de
acordo com a seguinte fórmula:
P = V × A / 3500
- P correspondente ao montante da penal idade;
57
- V é igual ao valor mensal da prestação do serviço;
- A o número de horas de serviço não prestado/real izado;
2- O adjudicatário será penal izado quando, no Parque de Estacionamento se
veri f icar:
a) carros sem cartão no tabl ier;
b) carros estacionados em zonas proibidas.
3- O adjudicatário será penal izado quando não for apresentado o Relatório
sobre o serviço de Segurança e Vigi lância em 20% do valor do
vencimento do Encarregado, por cada dia em que tal aconteça.
4- O adjudicatário será penal izado sempre que se encontrem nos serviços
de internamento visitas sem cartão.
5- Quando houver trabalhos ocasionais, por cada hora de atraso, terá lugar
uma penal idade de 100% do valor horário relat ivo à prestação desses
serviços.
N.º Funcionários - Serviço de Segurança
12
6
2 2 23
21 1 1 1 1
4
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
14
1 3 4 5 6 7 10 13 14 15 16 17 18 20 22 23 25 26 28 29 30 31 41 59
Não respondeu
O número de funcionários de serviço à Segurança é muito dispare,
variando entre o 1 e o 59, ambos em número de 1 hospital. As maiores
frequências encontram-se nos 4 e 20 trabalhadores, com 6 e 4 hospitais
respect ivamente.
Valor do contrato em 2007 (S/ IVA) -
valores em euros
Média Máximo Mínimo
164964 437000 5000
O valor dos contratos é igualmente muito dispare, sendo o mínimo de
5.000€, o máximo de 437.000€ e a média de 164.964€
Horários mais referidos
58
Porta Principal 24H
Hall de entrada A MAIORIA NÃO RESPONDEU; 24H
Urgência 24H
Portas secundárias
de acesso
A MAIORIA NÃO RESPONDEU;
7H30 Às 20H
Ronda Móvel A MAIORIA NÃO RESPONDEU; 24H
Os horários mais referidos na existência dos serviços de segurança são as
24 horas na Porta Principal e as 24 horas na Porta do Serviço de Urgência.
N.º de pontos da ronda móvel
1
32
1
111
311
11
2
11
2
111
111
122
0
1
4
6
7
9
10
13
14
15
17
19
20
23
27
30
31
32
36
40
42
126
TODO HOSPITAL
Não respondeu
Periodicidade de marcação -
Ronda Móvel Respostas
0 1
3 2
1 HORA 1
1 NOCTURNA 1
1 X DIA 1
2 EM 2 HORAS 1
2 POR DIA 1
2H 1
2X DIA 1
4 EM 4 HORAS 1
4X DIA 1
59
6 RONDAS NOTURNAS 1
60 MINUTOS 1
ALEATORIA 1
ALEATÓRIA ( 2 A 3 X DIA) 1
ALEATORIO (5 RONDAS) 1
DIARIA 5
DIARIA (3X DIA) 1
N/R 1
NÃO APLICAVEL 1
NÃO SÃO FIXAS 1
NOITE 5 VEZES 1
Não respondeu 25
Total Geral 52
Metade dos hospitais inquir idos não respondeu à questão relacionada com os
pontos de ronda. O número destes pontos é muito dispare, variando entre
o 1 e o 126, o primeiro em 3 hospitais e o segundo em 1 hospital .
Também à pergunta relacionada sobre a periodicidade de marcação da
ronda móvel, 25 hospitais não responderam. A periodicidade com maior
frequência é a 1 vez dia. Não existe, contudo, uma uni formidade de
funcionamento, uma vez que, se um hospi tal refere as 6 rondas, outro diz
que são feitas de 4 em 4 horas e outro ainda de forma aleatória, por
exemplo.
Permissão no parque de estacionamento
6% 6%4%2%
29%
4%13%
36%
FUNCIONÁRIOS FUNCIONÁRIOS E FORNECEDORES
FUNCIONÁRIOS E VISITANTES FUNCIONÁRIOS, FORNECEDORES E OUTROS
FUNCIONÁRIOS, VISITANTES E FORNECEDORES FUNCIONÁRIOS, VISITANTES E OUTROS
Não respondeu TODOS
Não há unanimidade quanto à permissão de estacionamento nos parques
dos hospitais , dependendo esta, certamente, na quantidade de oferta de
lugares. Assim, 36% dos hospitais dizem que podem estacionar todos e 29%
funcionários, visitantes e fornecedores, o que corresponde às categorias
com maior peso. Apenas 6% só autorizam o estacionamento a funcionários.
60
Sim
Não
Nãorespondeu
6
39
7
Pagamento do parque de estacionamento
Veri f ica-se que, em Portugal, não há ainda a cultura de pagamento dos
parques de estacionamento dos hospitais , tendo 39 dos mesmos
respondido que aqueles não são pagos. A tendência é para que passem a sê-
lo, tendo já 6 inst ituições respondido que s im.
Existência de câmaras de vigilância
55%33%
12%
Sim
Não
Não respondeu
Uma percentagem de 55% dos hospitais disse que já possui câmaras de
vigilância e 33% disse que não.
61
Controle das chaves
Hospital53%
Empresa Concessionária
21%
Ambas13%
Não respondeu13%
Quem maioritariamente controla as chaves é o próprio hospital, com um
peso de 53%, ficando 21% dessa incumbência para a empresa
concessionária.
Há alguma variedade de serviços com esta função de controlar as
chaves, de hospital para hospital , sendo os de maior peso o Serviço de
Instalações e Equipamentos com 27% e a Portaria/Recepção com 24%.
Serviço no Hospital que detém o controle das chaves
3% 7% 6%3%6%
24%3%3%3%3%3%
27%
6% 3%
APOIO E VIGILANCIA APROVISIONAMENTO CHAVEIRO CENTRAL
GESTÃO HOTELEIRA MANUTENÇÃO PORTARIA E RECEPÇAO
RECEPÇÃO/MANUTENÇÃO SAD - URGÊNCIA SEGURANÇA E RISCO
SERV. GERAIS - PORTARIA DE INFORMAÇÕES SERVIÇOS GERAIS E HOTELEIROS SIE
SIE E SEGURANÇA SIE E SERVIÇO GESTÃO HOTELEIRA
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Existência de Secção de Perdidos e Achados
Sim Não Não respondeu
Maioritariamente não existe uma Secção para Perdidos e Achados ,
embora alguns hospitais refi ram a sua existência.
Controle da entrada de visitas
54%
21%
12%
13%
Hospital Empresa Concessionária Ambas Não respondeu
É também maioritariamente o próprio hospital quem detém o controlo da
entrada de visitas, com 54%, cabendo um peso de 21% à empresa que se
encontra responsável pela Segurança.
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7 – Conclusões
O presente estudo permite concluir que os Hospitais se encontram
concentrados no Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo, com 84% da
capacidade instalada a nível nacional ( incluindo as regiões autónomas), o
que corresponde exactamente ao peso da população dessas regiões no total
do país.
Apesar de 46,5% das inst ituições serem part iculares, apenas se obtiveram
13% de respostas destas inst ituições, sendo portanto, os restantes 87% da
responsabi l idade dos Hospitais públ icos (EPE e SPA).
Em termos gerais conclui-se que as inst i tuições, na sua maioria, numa
percentagem que varia de 57% a 81%, conforme o t ipo de serviço
adjudicado, optou pelo outsourcing e que como meio de controlo e regulação
têm vindo a optar pela apl icação de penal izações, o que também já ocorre
na maioria da inst ituições.
Em termos de preço, apenas foi possível comparar os custos da al imentação
e da Lavandaria, visto uma das l imitações do estudo, identi f icadas, ter sido
a ausência, no inquérito, da questão relat iva ao número de horas
contratadas para a l impeza e segurança. Estes indicadores, embora não
traduzam directamente a qual idade do serviço prestado, servir iam no
entanto para aferir as variações de preços entre os diferentes t ipos de
gestão.
Assim, apenas foi possível constatar que em termos de al imentação os SPA
são os que apresentam um preço médio mais baixo e os privados o mais
elevado, invertendo-se por completo este panorama, quando anal isados os
preços do serviço de lavandaria.
Quanto ao grau de sat isfação, conclui-se que as inst ituições estão
maioritariamente sat isfeitas com os serviços prestados apesar de se
veri f icarem em algumas áreas ou empresas graus de insat isfação elevados.
Por outro lado, veri f ica-se também que em relação ao SUCH, apesar de ser a
empresa mais representat iva em termos de al imentação e lavandaria
apresenta níveis de insat isfação relat ivamente elevados face a outras
empresas da concorrência o que não deixa de ser incoerente e pode indiciar
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um grau de exigência relat ivamente a esta empresa visto ter mais de 40
anos de experiência na saúde e ser, como o nome indica, os “Serviços de
Uti l ização Comuns dos Hospitais”.
O futuro da Hotelaria Hospitalar em Portugal parece estar int imamente
l igado ao outsourcing , sendo por isso importante o, já referido, reforço do
meios de controlo e penal ização, em part icular por via de auditorias
internas.
Parece, também, importante a criação de mecanismos de Benchmarking com
vista à harmonização de preços, em part icular nos Hospitais Públ icos (EPE e
SPA) criando-se, desta forma, outro poder e base negocial com as empresas
prestadoras de serviços.