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A origem da polícia no Brasil 1 Polícia é um vocábulo de origem grega (politeia) que passou para o latim (politia) com o mesmo sentido: governo de uma cidade, administração, forma de governo. No entanto, com 4 o decorrer do tempo, assumiu um sentido particular, passando a representar a ação do governo, que, no exercício de sua missão de tutela da ordem jurídica, busca assegurar a 7 tranquilidade pública e a proteção da sociedade contra violações e malefícios. No Brasil, a ideia de polícia surgiu nos anos 1500, 10 quando o rei de Portugal resolveu adotar um sistema de capitanias hereditárias e outorgou uma carta régia a Martim Afonso de Souza para estabelecer a administração, promover 13 a justiça e organizar o serviço de ordem pública, como melhor entendesse, em todas as terras que ele conquistasse. Registros históricos mostram que, em 20 de novembro de 1530, a polícia 16 brasileira iniciou suas atividades, promovendo justiça e organizando os serviços de ordem pública. Internet: <www.ssp.sp.gov.br> (com adaptações). Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do texto acima, julgue os seguintes itens. 1 Sem prejuízo da coerência textual, a palavra “tutela” (R.6) poderia ser substituída por proteção. JUSTIFICATIVA – Tutelar e proteger são sinônimos. 2 Não haveria prejuízo das informações veiculadas no texto, caso se substituísse “No entanto” (R.3) por Portanto. JUSTIFICATIVA – A locução “No entanto” tem sentido adversativo e “portanto”, sentido conclusivo. 3 O referente dos sujeitos das orações expressas pelas formas verbais “assumiu” (R.4) e “busca assegurar” (R.6) é o termo “Polícia” (R.1). JUSTIFICATIVA – O sujeito da oração expressa pela forma verbal “busca assegurar” é o pronome “que”, cujo antecedente é “governo”. 4 Sem prejuízo para o sentido original e a correção gramatical do texto, o último período poderia ser reescrito da seguinte forma: Segundo registros históricos, a polícia brasileira iniciou suas atividades em 20 de novembro de 1530, promovendo justiça e organizando os serviços de ordem pública. JUSTIFICATIVA – A estrutura gramatical está correta, e o sentido do texto preservado. 5 Conclui-se do texto que, atualmente, o termo polícia tem significado equivalente ao que apresentava em sua origem. JUSTIFICATIVA – De acordo com o texto, o termo polícia assumiu um sentido “particular”, portanto, mais restrito. 1 A história constitucional brasileira está repleta de referências difusas à segurança pública, mas, até a Constituição Federal de 1988 (CF), esse tema não era tratado em capítulo 4 próprio nem previsto mais detalhadamente no texto

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A origem da polcia no Brasil

A origem da polcia no Brasil

1 Polcia um vocbulo de origem grega (politeia) que

passou para o latim (politia) com o mesmo sentido: governo de

uma cidade, administrao, forma de governo. No entanto, com

4 o decorrer do tempo, assumiu um sentido particular, passando

a representar a ao do governo, que, no exerccio de sua

misso de tutela da ordem jurdica, busca assegurar a

7 tranquilidade pblica e a proteo da sociedade contra

violaes e malefcios.

No Brasil, a ideia de polcia surgiu nos anos 1500,

10 quando o rei de Portugal resolveu adotar um sistema de

capitanias hereditrias e outorgou uma carta rgia a Martim

Afonso de Souza para estabelecer a administrao, promover

13 a justia e organizar o servio de ordem pblica, como melhor

entendesse, em todas as terras que ele conquistasse. Registros

histricos mostram que, em 20 de novembro de 1530, a polcia

16 brasileira iniciou suas atividades, promovendo justia e

organizando os servios de ordem pblica.

Internet: (com adaptaes).

Considerando as ideias e as estruturas lingusticas do texto acima,

julgue os seguintes itens.

1 Sem prejuzo da coerncia textual, a palavra tutela (R.6)

poderia ser substituda por proteo. JUSTIFICATIVA Tutelar e proteger so sinnimos.

2 No haveria prejuzo das informaes veiculadas no texto, caso

se substitusse No entanto (R.3) por Portanto.

JUSTIFICATIVA A locuo No entanto tem sentido

adversativo e portanto, sentido conclusivo.

3 O referente dos sujeitos das oraes expressas pelas formas

verbais assumiu (R.4) e busca assegurar (R.6) o termo

Polcia (R.1). JUSTIFICATIVA O sujeito da orao

expressa pela forma verbal busca assegurar o pronome

que, cujo antecedente governo.

4 Sem prejuzo para o sentido original e a correo gramatical do

texto, o ltimo perodo poderia ser reescrito da seguinte forma:

Segundo registros histricos, a polcia brasileira iniciou suas

atividades em 20 de novembro de 1530, promovendo justia e

organizando os servios de ordem pblica. JUSTIFICATIVA

A estrutura gramatical est correta, e o sentido do texto

preservado.

5 Conclui-se do texto que, atualmente, o termo polcia tem

significado equivalente ao que apresentava em sua origem.

JUSTIFICATIVA De acordo com o texto, o termo polcia

assumiu um sentido particular, portanto, mais restrito.

1 A histria constitucional brasileira est repleta de

referncias difusas segurana pblica, mas, at a Constituio

Federal de 1988 (CF), esse tema no era tratado em captulo

4 prprio nem previsto mais detalhadamente no texto

constitucional.

A constitucionalizao traz importantes consequncias

7 para a legitimao da atuao estatal na formulao e na

execuo de polticas de segurana. As leis acerca de

segurana, nos trs planos federativos de governo, devem estar

10 em conformidade com a CF, assim como as respectivas

estruturas administrativas e as prprias aes concretas das

autoridades policiais. Devem ser especialmente observados os

13 princpios constitucionais fundamentais a repblica, a

democracia, o estado de direito, a cidadania, a dignidade da

pessoa humana bem como os direitos fundamentais a

16 vida, a liberdade, a igualdade, a segurana. O art. 144 deve ser

interpretado de acordo com o ncleo axiolgico do sistema

constitucional em que se situam esses princpios fundamentais.

Cludio Pereira de Souza Neto. A segurana pblica na Constituio Federal de

1988: conceituao constitucionalmente adequada, competncias federativas e

rgos de execuo das polticas. Internet: (com adaptaes).

Com relao s ideias e a aspectos gramaticais desse texto, julgue

os itens de 6 a 10.

6 Depreende-se do texto que uma das consequncias da

constitucionalizao da segurana pblica foi o amparo legal

para a atuao do Estado em aes que visam segurana.

JUSTIFICATIVA o que se depreende do seguinte trecho:

A constitucionalizao traz importantes consequncias para

a legitimao da atuao estatal na formulao e na execuo

de polticas de segurana.

7 A correo gramatical do texto seria prejudicada caso se

suprimisse a vrgula antes da conjuno mas (R.2).

JUSTIFICATIVA Nesse caso, a vrgula obrigatria, pois

separa orao coordenada adversativa.

8 Sem prejuzo para o sentido original e a correo gramatical do

texto, o segundo perodo do segundo pargrafo poderia ser

reescrito da seguinte forma: As leis que dispe sobre segurana

devem estar em conformidade com a CF tanto nos trs planos

federativos de governo quanto nas respectivas estruturas

administrativas e nas prprias aes concretas das autoridades

policiais. JUSTIFICATIVA A alterao da ordem dos

elementos na estrutura gramatical prejudica o sentido original

do texto e o emprego da forma verbal dispe, no singular,

prejudica a correo gramatical.

1 2 3 4 5 6 7 8

C E E C E C C E

Acho que, se eu no fosse to covarde, o mundo seria

um lugar melhor. No que a melhora do mundo dependa de

uma s pessoa, mas, se o medo no fosse constante, as pessoas

4 se uniriam mais e incendiariam de entusiasmo a humanidade.

Mas o que vejo no espelho um homem abatido diante das

atrocidades que afetam os menos favorecidos.

7 Se tivesse coragem, no aceitaria crianas passarem

fome, frio e abandono. Elas nos assustam com armas nos

semforos, pedem esmolas, so amontoadas em escolas que

10 no ensinam, e, por mais que chorem, somos imunes a essas lgrimas.

Sou um covarde diante da violncia contra a mulher,

do homem contra o homem. E porque os ndios esto to longe

13 da minha aldeia e suas flechas no atingem meus olhos nem o

corao, no me importa que tirem suas terras, sua alma.

Analfabeto de solidariedade, no sei ler sinais de fumaa. Se

16 tivesse um nome indgena, seria cachorro medroso. Se fosse

o tal ser humano forte que alardeio, no aceitaria famlias sem

terem onde morar.

Srgio Vaz. Antes que seja tarde. In: Caros

Amigos, mai./2013, p. 8 (com adaptaes).

Com base na leitura do texto, julgue os itens seguintes.

1 A supresso das vrgulas que isolam a orao se o medo no

fosse constante (R.3) no afetaria a correo gramatical do

texto. JUSTIFICATIVA Como as referidas vrgulas marcam

a intercalao da orao subordinada adverbial, se o medo

no fosse constante, que se antecipa principal, ela

obrigatria e sua supresso afetaria a correo gramatical do

texto.

2 A coerncia e a coeso do texto no seriam prejudicadas se o

trecho se o medo no fosse constante, as pessoas (...) a

humanidade. (R.3-4) fosse reescrito da seguinte forma: se o

medo no for constante, as pessoas se uniro mais e

incendiaro de entusiasmo a humanidade. JUSTIFICATIVA No seriam prejudicadas a coerncia e a coeso do texto se a

orao se o medo no fosse constante, as pessoas (...)

humanidade fosse reescrita como se o medo no for

constante, as pessoas se uniro e incendiaro de entusiasmo a

humanidade , pois ser mantida a correta correlao entre os

tempos verbais: originalmente, imperfeito do subjuntivo com

futuro do pretrito do indicativo; na proposta apresentada,

futuro do subjuntivo com futuro do presente do indicativo.

3 O verbo alardear, em Se fosse o tal ser humano forte que

alardeio (R.16-17), est empregado no sentido de

vangloriar-se, gabar-se. JUSTIFICATIVA O autor usa a

palavra alardear no sentido de revelar, de deixar

transparecer, mostrar-se.

4 Infere-se do texto que as mazelas que assolam o mundo se

devem s desigualdades sociais. JUSTIFICATIVA O texto

trata as mazelas sociais como consequncia da falta de atitude,

do comodismo, da inao, do individualismo.

1 Embora no tivessem ficado claras as fontes geradoras

de quebras da paz urbana, o fenmeno social marcado pelos

movimentos populares que tomaram as ruas das grandes

4 cidades brasileiras, em 2013, parecia tendente a se agravar.

As vtimas das agresses pessoais viram desprotegidas

a paz e a segurana, direitos sagrados da cidadania. Todos

7 foram prejudicados.

Pde-se constatar que, em outras partes do mundo,

fenmenos sociais semelhantes tambm ocorreram. L como

10 c, diferentes tipos de ao atingiram todo o grupo social,

gerando vtimas e danos materiais. Nem sempre a interveno

das foras do Estado foi suficiente para evitar prejuzos.

13 Do ponto de vista global, notou-se que a quebra da

ordem foi provocada em situaes diversas e ora tornou mais

graves as distores do direito, ora espalhou a insegurana

16 coletivamente. Em qualquer das hipteses, a populao dos

vrios locais atingidos viu-se envolvida em perdas crescentes.

Internet: (com adaptaes).

Considerando as ideias e as estruturas lingusticas do texto, julgue

os itens de 5 a 10.

5 Depreende-se das ideias do primeiro pargrafo do texto que a

identificao da origem do fenmeno social representado pelos

movimentos sociais ocorridos em 2013 seria suficiente para

evitar que eles se agravassem. JUSTIFICATIVA Depreende-se do primeiro pargrafo que, claras ou no as

fontes geradoras dos movimentos populares, o fenmeno social

que eles representavam tendia a se agravar. Nada se afirma em

relao identificao da origem do fenmeno social para

evitar o agravamento da situao. Ao contrrio, a orao

subordinada que introduz o pargrafo, por ser concessiva,

denota ideia que no impede a ocorrncia do que se afirma na

orao principal.

6 Na linha 13, a partcula se empregada para indeterminar o

sujeito.JUSTIFICATIVA Em ..., notou-se que a quebra da

ordem..., o termo se pronome apassivador, visto que a

orao est na voz passiva pronominal, sendo o sujeito

oracional.

7 Por meio do termo hipteses (R.16), so retomadas as ideias

dos trechos tornou mais graves as distores do direito

(R.14-15) e espalhou a insegurana coletivamente (R.15-16).

JUSTIFICATIVA O termo hipteses retoma os casos de

perdas da populao decorrentes de quebra da ordem,

mencionados no perodo imediatamente anterior: agravamento

das distores do direito e disseminao da insegurana

(tornou mais graves as distores do direito e espalhou a

insegurana coletivamente).

CARGO 9: AGENTE ADMINISTRATIVO CLASSE A, PADRO I 1 www.pciconcursos.com.brCESPE/UnB DPF Aplicao: 2014

8 A correo gramatical bem como as informaes originais do

texto seriam mantidas caso o perodo As vtimas das

agresses pessoais viram desprotegidas a paz e a segurana,

direitos sagrados da cidadania. (R.5-6) fosse reescrito da

seguinte forma: As pessoas agredidas viram-se desprotegidas

em sua paz e segurana prerrogativas legais consagradas da

cidadania. JUSTIFICATIVA A proposta de reescrita no

mantm as informaes originais do texto, dada a substituio

de viram desprotegidas a paz e a segurana por viram-se

desprotegidas em sua paz e segurana. De acordo com o

sentido original, as prerrogativas legais consagradas da

cidadania so a paz e a segurana de todos e no de algumas

pessoas somente, como se prope na reescrita.

9 Sem prejuzo para o sentido e a correo gramatical do texto,

o trecho Pde-se constatar (...) ocorreram. (R.8-9) poderia ser

assim reescrito: Sups-se que tambm ocorreu, em outros

pases do mundo, movimentos sociais anlogos.

JUSTIFICATIVA A proposta de reescrita prejudica o

sentido e a correo gramatical do texto. A substituio de

Pde-se constatar por sups-se alter substancialmente o

sentido original, visto que constatar significa verificar, atestar,

e supor significa achar, admitir hipoteticamente. Na proposta

de reescrita, tambm h prejuzo da concordncia verbal

padro, visto que a forma verbal ocorreu no concorda em

nmero com o sujeito da orao, movimentos sociais

anlogos.

10 Os termos L (R.9) e c (R.10) so utilizados como recursos

para expressar circunstncia de lugar, o primeiro referindo-se

a outras partes do mundo (R.8) e o segundo, ao Brasil.

.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

E C C E E E C E E C

Nos ultimos cinquenta anos, um dos fatos mais

marcantes ocorrido na sociedade brasileira foi a insercao

crescente das mulheres na forca de trabalho. Esse continuo

4 crescimento da participacao feminina e explicado por uma

combinacao de fatores economicos e culturais. Primeiro, o

avanco da industrializacao transformou a estrutura produtiva,

7 e a queda das taxas de fecundidade proporcionou o aumento

das possibilidades de as mulheres encontrarem postos de

trabalho na sociedade. Segundo, a rebeliao feminina do final

10 dos anos 60 do seculo passado, nos Estados Unidos da America

e na Europa, chegou as nossas terras e fez ressurgir o

movimento feminista nacional, aumentando a visibilidade

13 politica das mulheres na sociedade brasileira. Esse sucesso

influenciou o comportamento e os valores sociais das mulheres,

visto que proporcionou alteracoes na formacao da identidade

16 feminina. A redefinicao dos papeis femininos aconteceu em

todas as classes sociais e elevou a taxa de participacao

feminina no mundo do trabalho e da politica.

Internet: (com adaptaes).

No que se refere ao texto acima, julgue os proximos itens.

1 Estaria mantida a correcao gramatical e o sentido original do

primeiro periodo do texto se ele fosse reescrito da seguinte

forma: Ha cinquenta anos, um dos fatos mais marcantes

ocorreram na sociedade brasileira: insercao crescente das

mulheres na forca de trabalho.

2 Os termos Nos ultimos cinquenta anos (R.1), Primeiro (R.5)

e Segundo (R.9) contribuem para a progressao das ideias no

texto.

3 O trecho Esse sucesso influenciou o comportamento e os

valores sociais das mulheres (R.13-14) poderia ser

corretamente reescrito da seguinte forma: Esse sucesso

influenciou no comportamento e nos valores sociais das

mulheres.

4 Depreende-se do texto que a participacao das mulheres na

sociedade brasileira deve-se exclusivamente a fatores culturais

e a formacao da identidade feminina.

5 O texto pode ser classificado como narrativo, por apresentar a

historia da insercao das mulheres na forca de trabalho.

1 E importante fazer uma diferenciacao das expressoes

relacao de trabalho e relacao de emprego. A expressao relacao

de trabalho representa o genero, do qual a relacao de emprego

4 e uma especie. Podemos dizer que o genero relacao de

trabalho engloba, alem da relacao de emprego, outras formas

de prestacao/realizacao de trabalho como o trabalho voluntario,

7 o trabalho autonomo, o trabalho portuario avulso, o trabalho

eventual, o trabalho institucional e o trabalho realizado pelo

estagiario. Assim, toda relacao de emprego (especie) e uma

10 relacao de trabalho, mas nem toda relacao de trabalho e uma

relacao de emprego.

Para compreendermos o alcance das expressoes

13 relacao de trabalho e relacao de emprego, e importante termos

claro o alcance de alguns termos utilizados no nosso cotidiano.

Por exemplo, a carteira de trabalho e previdencia social

16 (CTPS) esta ligada a relacao de trabalho subordinado que

corresponde ao vinculo de emprego. Nem todos os tipos de

relacoes de trabalho sao registrados na CTPS, mas todos os

19 tipos de relacao de emprego sao registrados no referido

documento.

Ricardo Jahn. Relao de emprego e

de trabalho - diferenciao.

In: O Sul, set./2010 (com adaptaes).

Acerca dos aspectos linguisticos e das ideias do texto acima, julgue

os itens a seguir.

6 As expressoes outras formas de prestacao/realizacao de

trabalho (R.5-6) e o alcance das expressoes relacao de

trabalho e relacao de emprego (R.12-13) desempenham a

mesma funcao sintatica nos periodos em que ocorrem.

7 No trecho esta ligada a relacao de trabalho subordinado que

corresponde ao vinculo de emprego (R.16-17), seria mantida

a correcao gramatical caso se substituisse o elemento que por

a que, embora as relacoes entre os termos da oracao fossem

alteradas.

8 Os termos como (R.6) e Por exemplo (R.15) sao usados com

a mesma finalidade no texto: ilustrar o que se disse

anteriormente.

9 Caso se substituisse o conectivo mas (R.10) por no entanto,

seriam mantidos a correcao gramatical e o sentido do texto.

10 Depreende-se do texto que os termos relacao de trabalho e

relacao de emprego sao antonimos.

1 www.pciconcursos.com.br||MTE14_CBNM2_01N356116|| CESPE/UnB MTE Aplicao: 2014

1 Durante os primeiros minutos, Honorio nao pensou

nada; foi andando, andando, andando, ate o Largo da Carioca.

No Largo parou alguns instantes, enfiou depois pela Rua da

4 Carioca, mas voltou logo, e entrou na Rua Uruguaiana. Sem

saber como, achou-se dai a pouco no Largo de S. Francisco de

Paula; e ainda, sem saber como, entrou em um Cafe. Pediu

7 alguma cousa e encostou-se a parede, olhando para fora. Tinha

medo de abrir a carteira; podia nao achar nada, apenas papeis

e sem valor para ele. Ao mesmo tempo, e esta era a causa

10 principal das reflexoes, a consciencia perguntava-lhe se podia

utilizar-se do dinheiro que achasse. Nao lhe perguntava com o

ar de quem nao sabe, mas antes com uma expressao ironica e

13 de censura. Podia lancar mao do dinheiro, e ir pagar com ele a

divida? Eis o ponto. A consciencia acabou por lhe dizer que

nao podia, que devia levar a carteira a policia, ou anuncia-la;

16 mas tao depressa acabava de lhe dizer isto, vinham os apuros

da ocasiao, e puxavam por ele, e convidavam-no a ir pagar a

cocheira. Chegavam mesmo a dizer-lhe que, se fosse ele que a

19 tivesse perdido, ninguem iria entregar-lha; insinuacao que lhe

deu animo.

Machado de Assis. A carteira. In: Obra completa de Machado

de Assis, vol. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Julgue os itens subsequentes, referentes as ideias e as estruturas

linguisticas do texto acima.

11 Na linha 15, a forma pronominal la, em anuncia-la, referese

a policia.

12 Infere-se do trecho acima que o personagem esta angustiado

pelo fato de ter encontrado uma carteira e pelo dilema de usar

ou nao o dinheiro, que por acaso pudesse encontrar dentro

dela.

13 Por tratar de um conflito interior acerca da etica e da moral, o

trecho acima e predominantemente dissertativo.

14 O termo se, na linha 7 e na linha 10, pertence a mesma classe

gramatical.

15 A expressao lancar mao do dinheiro (R.13), no contexto em

que e utilizada, significa pegar o dinheiro para si.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

E C C E E C E C C E E C E E C

Os nmeros mais recentes divulgados pela Associao

dos Fabricantes de Mquinas e Equipamentos (ABIMAQ)

demonstram que, ms a ms, recua nos investimentos a

4 participao dos produtos fabricados no pas. Desde 2009, a

fatia da produo local recua sistematicamente. Em setembro,

os importados representaram 66% da demanda. Em 2007,

7 quando a desindustrializao se acentuava na economia

brasileira, o ndice j era elevado, mas no tanto (52%).

As vendas do setor, contudo, voltaram a crescer desde

10 a criao de uma linha de crdito subsidiado do BNDES ao

custo de 3% ao ano. No acumulado entre janeiro e setembro de

2013, a demanda cresceu 7,1% na comparao com o mesmo

13 perodo de 2012. E o segmento fechar 2013 com um dficit

comercial de cerca de 20 bilhes de dlares.

O setor passa por uma desindustrializao que

16 podemos chamar de silenciosa, diz o diretor da ABIMAQ.

A classificao teria a ver com o fato de o faturamento e o

nvel de empregos das empresas do setor terem-se mantido

19 relativamente estveis, medida que as fabricantes, a partir dos

anos 90 do sculo passado, tornavam-se principalmente

montadoras de itens importados. A indstria de

22 eletrodomsticos pro forma, pois, na verdade, importadora.

Isso ocorre em todos os segmentos da indstria de

transformao e, com certeza, no setor de bens de capital..

S na aparncia. In: CartaCapital, 6/11/2013, p. 56-7 (com adaptaes).

Com relao a aspectos lingusticos e aos sentidos do texto acima,

julgue os itens a seguir.

1 No trecho que podemos chamar de silenciosa (R.15-16), o

termo de silenciosa denota uma qualidade atribuda ao

complemento direto da forma verbal chamar, funo exercida

pelo pronome que.

2 O emprego do acento grfico nos vocbulos ndice e

perodo justifica-se com base na mesma regra de acentuao

grfica.

3 No trecho medida que as fabricantes, a partir dos anos 90

do sculo passado, tornavam-se principalmente montadoras de

itens importados (R.19-21), a expresso medida que

introduz uma orao que exprime ideia de conformidade.

4 Nos trechos pois, na verdade, importadora (R.22) e e, com

certeza, no setor de bens de capital (R.24), as vrgulas foram

empregadas para isolar apostos explicativos.

5 Conclui-se do texto que o faturamento e o nvel de emprego

das empresas brasileiras no refletem a desindustrializao

sistemtica que ocorre no pas desde 2009.

6 Seriam mantidos o sentido do texto e a correo gramatical

caso o termo contudo (R.9) fosse substitudo por todavia.

1 Para o observador externo, pode parecer pura

preguia. No entanto, o ato de sonhar acordado relaciona-se ao

desenvolvimento da autoconscincia e da criatividade,

4 capacidade de planejamento e de improvisao, possibilidade

de reflexo profunda sobre as experincias cotidianas e ainda

ao raciocnio moral. A aparncia pode ser de devaneio sem

7 rumo, porm o crebro pode estar operando um processo

neurolgico complexo, sofisticado e produtivo.

O autor ingls Neil Gaiman, autor de romances, livros

10 e quadrinhos, declarou recentemente, em uma palestra, que o

nosso futuro depende de livrarias, da leitura e da capacidade de

sonhar acordado. O autor iniciou sua palestra mencionando que

13 a prspera indstria norte-americana de construo de prises

usa como varivel para a previso da demanda (necessidades

futuras de celas) o percentual de crianas com dez e onze anos

16 incapazes de ler. Para ele, temos a obrigao de sonhar

acordados e usar a imaginao. Essas atividades nos fazem

criar mundos alternativos, que nos permitem construir o futuro.

19 No mundo do trabalho, a atividade de sonhar acordado

j teve dias melhores. Muitas organizaes contemporneas

declaram amor incondicional pela criatividade e pela inovao.

22 Paradoxalmente, continuam a refrear, disciplinar ou expelir

seus sonhadores. Eles resistem como podem, sonhando

acordados para enfrentar o tdio no trabalho. A Revoluo

25 Industrial e a ascenso das linhas de montagem sepultaram a

criatividade e exilaram os sonhadores.

Faz bem sonhar acordado. In: CartaCapital, 13/11/2013, p. 60 (com adaptaes).

No que se se refere s ideias e a aspectos lingusticos do texto

acima, julgue os prximos itens.

7 O emprego do sinal indicativo de crase em capacidade

(R.3-4) e possibilidade (R.4) justifica-se pela regncia da

forma verbal relaciona-se (R.2) e pela presena de artigo

definido feminino.

8 No trecho a obrigao de sonhar (R.16), a correo

gramatical seria mantida se a preposio de fosse substituda

por em.

9 Sem prejuzo para a correo gramatical e o sentido original do

texto, poderia ser inserida a expresso do modo ou a expresso

da maneira imediatamente aps a forma verbal resistem

(R.23).

10 Depreende-se da argumentao do autor que a preguia

humana essencialmente responsvel por processos mentais

elaborados e, por isso, constitui a principal caracterstica do

trabalhador moderno.

11 Infere-se do texto que, nos ltimos anos, a sociedade tem-se

tornado mais violenta devido valorizao de trabalhos nos

quais predominam o conhecimento cientfico e o tecnolgico.

1 www.pciconcursos.com.br||MDIC13_CBNM_01N243918|| CESPE/UnB MDIC Aplicao: 2014

1 Olmpico de Jesus trabalhava de operrio numa

metalrgica e ela nem notou que ele no se chamava de

operrio e sim de metalrgico. Macaba ficava contente

4 com a posio social dele porque tambm tinha orgulho de ser

datilgrafa, embora ganhasse menos que o salrio mnimo.

Mas ela e Olmpico eram algum no mundo. Metalrgico e

7 datilgrafa formavam um casal de classe. A tarefa de

Olmpico tinha o gosto que se sente quando se fuma um cigarro

acendendo-o do lado errado, na ponta da cortia. O trabalho

10 consistia em pegar barras de metal que vinham deslizando de

cima da mquina para coloc-las embaixo, sobre uma placa

deslizante. Nunca se perguntara por que colocava a barra

13 embaixo. A vida no lhe era m e ele at economizava um

pouco de dinheiro: dormia de graa numa guarita em obras de

demolio por camaradagem do vigia.

Clarice Lispector. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, p. 45.

Tendo como referncia o texto acima, julgue os itens que se

seguem.

12 O sentido original do texto e a sua clareza seriam mantidos

caso o pronome dele (R.4) fosse substitudo por sua.

13 No trecho porque tambm tinha orgulho de ser datilgrafa

(R.4-5), seriam mantidos a correo gramatical e o sentido

original do texto se o termo porque fosse substitudo pelo

vocbulo porquanto.

14 O sentido original do texto seria mantido caso fosse inserida

vrgula imediatamente antes do pronome que, em pegar

barras de metal que vinham deslizando (R.10).

15 No texto, a orao que ele no se chamava de operrio e sim

de metalrgico (R.2-3) e a expresso um pouco de dinheiro

(R.13-14) exercem a mesma funo sinttica.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

C C E E C C C E C E E E C E C

Ningum sabia, nem pretendia saber, por que ou como

Lanebbia e seus associados se interessavam por um bando de

manacos como ns, gente estranha, supostamente inteligente,

4 que passava horas lendo ou discutindo inutilidades. Gente,

dizia-se, que brilharia no corpo docente de qualquer

universidade; especialistas que qualquer editora contrataria por

7 somas astronmicas (certos astros no so muito grandes). Era

um enigma tambm para ns; mas, lamentaes parte,

sabamos de nossa incompetncia, tambm astronmica (alguns

10 astros so bastante grandes), para lidar com contratos, chefes,

prazos e, sobretudo, reivindicaes salariais. Tnhamos, alm

disso, algumas doenas comuns a todo o grupo, ou quase todo:

13 a bibliomania mais crnica que se possa imaginar, uma paixo

neurtico-deliquencial por textos antigos, que nos levava

frequentemente a visitas subservientes a procos, conventos,

16 igrejas e colgios. Procurvamos criar relacionamentos que

facilitassem o acesso a qualquer velharia escrita. Que poderia

estar esperando por ns, por que no?, desde sculos, ou

19 dcadas. Conhecamos armrios, stos, pores e cofres de

sacristias, bibliotecas, batistrios ou cenculos, bem melhor do

que seus proprietrios ou curadores. Tnhamos achado

22 preciosidades que muitos colecionadores cobiariam.

Descobrir esses esconderijos era uma espcie de hobby nosso

nos fins de semana, quando saamos atrs de boa comida, bons

25 vinhos e velhos escritos.

Isaias Pessotti. Aqueles ces malditos de Arquelau.

Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993, p. 11 (com adaptaes).

Julgue os itens a seguir, relativos s estruturas lingusticas e s

ideias do texto acima.

1 Seria mantida a correo gramatical do texto caso a expresso

melhor do que (R.20-21) fosse substituda por melhor que.

2 Sem prejuzo da correo gramatical do texto, poderia ser

empregado o acento indicativo de crase no a, em o acesso

a qualquer velharia escrita (R.17).

3 De acordo com a narrativa, os proprietrios (R.21) e

curadores (R.21) desconheciam a existncia de livros que

haviam sido escondidos em locais antigos.

4 Justifica-se com base na mesma regra de acentuao grfica o

emprego do acento grfico nos vocbulos sabamos e

procurvamos.

5 O emprego de formas verbais no pretrito imperfeito, como,

por exemplo, Procurvamos (R.16) e Conhecamos (R.19),

est associado ideia de habitualidade, continuidade ou

durao.

6 Nos trechos que qualquer editora contrataria por somas

astronmicas (R.6-7) e que muitos colecionadores

cobiariam (R.22), o vocbulo que introduz oraes

adjetivas restritivas, nas quais exerce a funo de complemento

verbal.

1 Esta uma pergunta que supe polos opostos. Qual o

valor supremo a ser realizado pelo ensino?

A prioridade concedida informao percorre

4 caminhos diferentes do projeto de formar o cidado consciente,

o esprito crtico, o ser humano solidrio?

At certo ponto sim. Entupir a cabea do aluno (penso

7 no jovem que se prepara para um vestibular) com dados,

nomes, nmeros e esquemas, o que significa em termos de

formar uma pessoa justa, verdadeira, compassiva, democrtica?

10 A aspirao de Montaigne continua viva, mais do que nunca:

a criana no deve ser um vaso que se encha, mas uma vela que

se acenda.

13 Para no descambar no puro ceticismo, lembro que o

exerccio constante das cincias fsico-matemticas, das

cincias biolgicas e da pesquisa histrica pode contribuir para

16 a formao de hbitos de ateno e rigor que, provavelmente,

iro propiciar o respeito verdade, o que sempre um

progresso moral. Digo provavelmente porque os numerosos

19 exemplos de transgresso da tica cientfica, movidos por

interesses e paixes, no permitem expresses de otimismo

exagerado.

22 Permanece inquietante a questo de formar a criana

e o jovem para valores que ainda constituem o ideal do nosso

to sofrido bpede implume. O malogro da educao

25 liberal-capitalista nos aflige como, em outro contexto, nos teria

afligido um projeto de educao totalitria. Esta impe,

mediante a violncia do Estado, a passividade inerme do

28 cidado, ao qual s resta obedecer aos ditames do partido

dominante. Conhecemos o que foi a barbrie nazifascista, a

barbrie stalinista, a barbrie maosta. De outra natureza a

31 barbrie que vivemos no aqui-e-agora do consumismo

irresponsvel, dos lobbies farmacuticos, do desrespeito ao

ambiente, das violaes dos direitos humanos fundamentais, da

34 imprensa facciosa e venal, dos partidos de aluguel, da

intolerncia ideolgica dos grupelhos, da arrogncia dos

formadores de opinio espalhados pela mdia e pelas

37 universidades.

Um plano oficial de educao pouco poderia fazer

para alterar esse iminente risco de desintegrao que afeta a

40 sociedade civil, atingindo classes e estamentos diversos; mas

que ao menos se faa esse pouco!

Alfredo Bosi. A valorizao dos docentes a nica forma de

construir uma escola eficiente. Chega de proletrios do giz. In:

Carta Capital. Ano XIX, n. 781, p. 29 (com adaptaes).

Acerca das ideias desenvolvidas no texto acima e das estruturas

lingusticas nele empregadas, julgue os itens de 7 a 12.

7 O emprego das vrgulas isolando em outro contexto (R.25)

justifica-se por estar esse adjunto adverbial intercalado na

orao a que pertence.

8 Infere-se do texto que a educao liberal-capitalista se baseia

em um plano que prioriza a informao.

9 A preposio para, tanto em para valores que ainda

constituem o ideal do nosso to sofrido bpede implume

(R.23-24) quanto em para alterar esse iminente risco de

desintegrao que afeta a sociedade civil (R.39-40), introduz

oraes que exprimem finalidade.

||CADE14_CBNM02_01N383486|| CESPE/UnB CADE Aplicao: 2014

10 Na linha 28, sem prejuzo da correo gramatical e do sentido

original do texto, a preposio a, em ao qual, poderia ser

suprimida.

11 Sem prejuzo para o sentido original do texto, o termo

iminente (R.39) poderia ser substitudo por elevado.

12 No trecho nos teria afligido um projeto de educao

totalitria (R.25-26), o pronome nos poderia ser

corretamente empregado imediatamente aps a forma verbal

teria, escrevendo-se teria-nos.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

C E E C C C c C E E E E

O Programa Cincia sem Fronteiras, lanado

em 2011, busca promover a consolidao, expanso e

internacionalizao da cincia e tecnologia brasileiras, com

4 inovao e competitividade, por meio do intercmbio com

outros pases. No mbito do programa, sero concedidas, at

2015, mais de 100 mil bolsas de estudos no exterior para

7 estudantes de graduao e ps-graduao. O Cincia sem

Fronteiras tambm pretende atrair pesquisadores do exterior

interessados em trabalhar no Brasil. Esse incentivo torna-se

10 imperativo no incio do sculo XXI, devido extrema

velocidade com que cincia e tecnologia se desenvolvem. H

dcadas, pases como China e ndia tm enviado estudantes

13 para pases centrais, com resultados muito positivos.

Provavelmente, o programa brasileiro vai acelerar a mobilidade

internacional e proporcionar avanos na cincia brasileira. Essa

16 iniciativa louvvel talvez inspire outras no menos importantes

como o estmulo mobilidade nacional de estudantes ,

que ainda so incipientes. Estudantes do Acre, de Rondnia ou

19 do Maranho certamente seriam beneficiados com a estada de

um ano em universidades de So Paulo, Rio de Janeiro e

Braslia. Da mesma forma, alunos de So Paulo, Rio de Janeiro

22 e Braslia se beneficiariam com uma temporada no Acre, em

Rondnia ou no Maranho. Essa troca de experincias seria um

instrumento de coeso e compreenso dos diferentes aspectos

25 culturais e de problemas comuns e especficos de diferentes

regies brasileiras.

Isaac Roitman. Brasil sem fronteiras. In: Revista DARCY.

Braslia: UnB, n. 11, jun.-jul./2012, p. 7 (com adaptaes).

Julgue os itens de 1 a 8, no que se refere s ideias e aos aspectos

lingusticos do texto acima.

1 Conclui-se do texto que a velocidade do desenvolvimento da

cincia e tecnologia impe a formulao de polticas voltadas

ao intercmbio cientfico, caso do Cincia sem Fronteiras,

cujo objetivo promover a consolidao, a expanso e a

internacionalizao da cincia e tecnologia no Brasil.

2 Seriam preservados o sentido original do texto e sua correo

gramatical caso o trecho tambm pretende atrair (R.8) fosse

substitudo por pretende, ainda, atrair.

3 Conclui-se dos sentidos do texto que o antecedente do termo

Esse incentivo (R.9) a ideia expressa em atrair

pesquisadores do exterior interessados em trabalhar no Brasil

(R.8-9).

4 O pronome que (R.18) tem como referente o termo

estudantes (R.17).

5 De acordo com o texto, a mobilidade interna de alunos

vinculados a distintas universidades do pas resultaria em um

choque cultural, o que poderia beneficiar tanto os prprios

estudantes quanto a cincia, j que eles teriam de lidar com

problemas comuns e especficos de diferentes regies

brasileiras (R.25-26).

6 Seriam mantidos a correo gramatical e o sentido original do

texto caso a locuo tm enviado (R.12) fosse substituda por

enviaram.

7 A forma verbal H (R.11) poderia ser corretamente

substituda por Fazem.

8 As ideias originais do texto e a sua correo gramatical seriam

preservadas caso o vocbulo Provavelmente (R.14), a locuo

verbal vai acelerar (R.14) e a forma verbal proporcionar

(R.15) fossem substitudos, respectivamente, por provvel

que, acelere e proporcione.

1 Na casa todos dormiam. Todos, menos a irm.

Era quieta, essa irm. No cantava, no ria; mal

falava. Trazia gua do poo, varria o terreiro, passava a roupa,

4 comia pouco, magra que era e ia para a cama sem dar

boa-noite a ningum. Dormia num puxado, um quartinho s

dela; tinha nojo dos irmos. Se, na cama, suspirava ou revirava

7 os olhos, nunca ningum viu. O nome dela era Honesta.

(Nome dado pela me. O pai queria-a ali, na roa; a

me, porm, tinha esperana que um dia a filha deixasse o

10 campo e fosse para a cidade se empregar na casa de uma

famlia de bem. E que melhor nome para uma empregada do

que Honesta? O pai acreditava no campo; a me secretamente

13 ansiava pela cidade por um cinema! Nunca tinha entrado

num cinema! Minha filha far isto por mim, dizia-se, sem notar

que a filha vagueava por paisagens estranhas, distantes do

16 campo, distantes da cidade, distantes de tudo. [...])

Moacyr Scliar. Doutor Miragem. Porto Alegre:

L&PM, 1998, p. 22-3 (com adaptaes).

Julgue os itens subsequentes, com base nas ideias e estruturas

lingusticas do texto acima.

9 No texto, o pronome se, em dizia-se (R.14), equivale, em

sentido, expresso a si mesma.

10 De acordo com o texto, a irm (R.1) permanecia acordada

enquanto o resto da famlia dormia.

11 A expresso mal falava (R.2-3) indica que a personagem no

empregava as regras gramaticais da norma-padro da lngua ao

se expressar.

12 A expresso vagueava por (R.15) poderia ser substituda por

sonhava com, sem prejuzo ao sentido original do texto.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 C C E E E E E C C X E CTexto para os itens de 1 a 7

O Congresso Nacional 1 aprovou, em novembro de

2011, o Plano Brasil Maior, a poltica industrial do governo

federal para os anos de 2011 a 2014. O plano cria

4 possibilidades de uma mudana significativa na estrutura

tributria brasileira, incentivando a competitividade da

indstria nacional, especialmente no caso de estados de

7 vocao exportadora como Minas Gerais. Minas o segundo

estado que mais vende para o exterior, com uma participao

que alcana em torno de 15% das vendas externas brasileiras.

10 At outubro de 2011, o estado acumulou supervit

comercial de US$ 23,7 bilhes, o maior valor observado entre

todas as demais unidades da Federao. As exportaes

13 alcanaram o volume de US$ 34,1 bilhes.

Uma medida significativa do plano a previso de

devoluo, ao exportador, de 3% da receita obtida com a venda

16 de bens industrializados para o exterior. As empresas tero

direito devoluo em espcie ou podero usar os recursos

devolvidos para abater dbitos referentes a outros tributos com

19 a Unio.

Outra medida expressiva a desonerao da folha de

pagamentos de setores intensivos em mo de obra, como

22 confeces, calados e softwares, que concentram em Minas

percentuais relevantes do total de postos de trabalho ofertados

no pas: cerca de 11,5%, 8,1% e 8,0%, respectivamente. At

25 2014, esses setores deixaro de pagar a alquota de 20% da

contribuio patronal para a previdncia social, que ser

substituda por um percentual cobrado sobre a receita da

28 empresa. O governo deixa, assim, de onerar a criao de

empregos para incentivar as contrataes e a formalizao.

Tambm sero beneficiados pela medida os setores de couro,

31 empresas de call center e empresas de transporte pblico

coletivo urbano.

Fernando Pimentel. In: Estado de Minas, 1./12/2011 (com adaptaes).

Com base nas ideias desenvolvidas no texto, julgue os itens a

seguir.

1 Sem prejuzo para o sentido do texto, o vocbulo onerar

(R.28) poderia ser corretamente substitudo por tornar mais

dispendiosa.

2 O texto apresenta algumas medidas do Plano Brasil Maior,

elaborado pelo governo federal com o propsito especfico de

beneficiar Minas Gerais.

3 Infere-se do texto que, para incentivar a competitividade das

empresas, o governo federal adotou uma poltica de

desonerao tributria.

4 O vocbulo estado (R.8) empregado no texto em referncia

nao brasileira.

5 Do total de postos de trabalho no pas nos setores de

confeces, calados e softwares, 11,5%, 8,1% e 8,0%,

respectivamente, encontram-se em Minas Gerais.

Julgue os itens que se seguem, relativos a aspectos lingusticos do

texto.

6 As expresses em novembro de 2011 (R.1-2), At outubro

de 2011 (R.10) e At 2014 (R.24-25), empregadas como

elementos coesivos no texto, referem-se a perodos de adoo,

pelo governo, de medidas relativas alterao da estrutura de

cobrana de tributos.

7 Sem prejuzo da correo gramatical e do sentido original do

texto, o segundo perodo do terceiro pargrafo poderia ser

reescrito da seguinte forma: Empresas tero a faculdade, por

prerrogativa legal, de devolver o percentual da receita em

espcie ou de uso dos recursos devolvidos para abater dbitos

referentes tributos com o governo.

Texto para os itens de 8 a 15

1 Os municpios do Brasil alcanaram, em mdia, um

ndice de desenvolvimento humano municipal (IDHM) alto,

graas a avanos em educao, renda e expectativa de vida nos

4 ltimos vinte anos.

Mas o pas ainda registra considerveis atrasos

educacionais, de acordo com dados divulgados pela

7 Organizao das Naes Unidas e pelo Instituto de Pesquisa

Econmica Aplicada.

O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

10 2013 aponta que o IDHM mdio do pas subiu de 0,493, em

1991, para 0,727, em 2010 quanto mais prximo de 1,

maior o desenvolvimento. Com isso, o Brasil passou de um

13 patamar muito baixo para um patamar alto

de desenvolvimento social. O que mais contribuiu para esse

ndice foi o aumento na longevidade, que subiu de 64,7 anos

16 para 73,9 anos. Tambm houve aumento de 14,2% ou

(R$ 346,31) na renda nesse perodo.

Os maiores desafios concentram-se na educao, o

19 terceiro componente do IDHM. Apesar de ter crescido de

0,279 para 0,637 em vinte anos, o IDHM especfico de

educao o mais distante da meta ideal, de 1. Em 2010,

22 pouco mais da metade dos brasileiros com dezoito anos de

idade ou mais havia concludo o ensino fundamental; e s

57,2% dos jovens entre quinze e dezessete anos de idade

25 tinham o ensino fundamental completo. O ministro da

Educao admitiu um imenso desafio na rea, mas destacou

que a educao o componente que, tendo partido de um

28 patamar mais baixo, registrou os maiores avanos, graas ao

aumento no fluxo de alunos matriculados nas escolas. O ndice

de crianas de cinco e seis anos de idade que entraram no

31 sistema de ensino passou de 37,3%, em 1991, para 91,1%, em

2010.

Conforme o atlas, dois teros dos 5.565 municpios

34 brasileiros esto na faixa de desenvolvimento humano

considerada alta ou mdia. Ao mesmo tempo, a porcentagem

de municpios na classificao muito baixa caiu de 85,5%,

37 em 1991, para 0,6%, em 2010. O relatrio identificou uma

reduo nas disparidades sociais entre Norte e Sul do Brasil,

mas confirmou que elas continuam a existir. Um exemplo disso

40 que 90% dos municpios das regies Norte e Nordeste tm

baixos ndices de IDHM em educao e renda.

Internet: (com adaptaes).

1 www.pciconcursos.com.br||MDIC13_CBNS_01N373269|| CESPE/UnB MDIC Aplicao: 2014

No que se refere s ideias e expresses lingusticas contidas no

texto, julgue os itens que se seguem.

8 De acordo com dados do Atlas do Desenvolvimento Humano

no Brasil 2013, houve decrscimo significativo no nmero de

municpios includos na classificao muito baixa.

9 A principal ideia defendida no texto a de que o Brasil, apesar

de ter apresentado avanos nos ndices de desenvolvimento

humano, ainda est aqum do esperado em relao educao.

10 Os argumentos utilizados para sustentar as ideias defendidas no

texto consistem na apresentao de dados, seguidos de

exemplos, e de narrativas a eles relacionadas.

11 O pronome isso (R.12) retoma apenas a ideia expressa em

quanto mais prximo de 1, maior o desenvolvimento

(R.11-12).

12 A coerncia e a correo gramatical do texto seriam mantidas

caso o vocbulo longevidade (R.15) fosse substitudo por

expectativa de vida.

Cada um dos itens abaixo apresenta uma proposta de reescrita de

trecho do texto indicado entre aspas , que deve ser julgada

certa se estiver gramaticalmente correta, ou errada, em caso

contrrio.

13 O ministro da Educao (...) nas escolas (R.25-29) O

ministro da Educao admitiu a existncia de um enorme

desafio, porm deixou claro que, pelo fato de a educao ter

partido de um patamar mais baixo, podem ser percebidos

avanos na rea originados pelo aumento do fluxo de alunos

matriculados nas escolas.

14 O relatrio (...) existir (R.37-39) O relatrio identificou

haverem redues nas disparidades sociais entre Norte e Sul do

Brasil, confirmando, no entanto a existncia das mesmas.

15 Os maiores desafios (...) meta ideal, de 1 (R.18-21) Os

maiores desafios do pas relaciona-se a educao, que o

terceiro componente do IDHM, que, no perodo de vinte anos,

cresceu de 0,279 para 0,637, mas o mais distante da meta

ideal, que 1.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

C E C E C E E C C E E C C E E

As primeiras moedas, peas representando valores,

geralmente em metal, surgiram na Ldia (atual Turquia), no

sculo VII a.C. As caractersticas que se desejava ressaltar

4 eram transportadas para as peas por meio da pancada de um

objeto pesado, em primitivos cunhos. Com o surgimento da

cunhagem a martelo e o uso de metais nobres, como o ouro e

7 a prata, os signos monetrios passaram a ser valorizados

tambm pela nobreza dos metais neles empregados.

Embora a evoluo dos tempos tenha levado

10 substituio do ouro e da prata por metais menos raros ou suas

ligas, preservou-se, com o passar dos sculos, a associao dos

atributos de beleza e expresso cultural ao valor monetrio das

13 moedas, que quase sempre, na atualidade, apresentam figuras

representativas da histria, da cultura, das riquezas e do poder

das sociedades.

16 A necessidade de guardar as moedas em segurana

levou ao surgimento dos bancos. Os negociantes de ouro e

prata, por terem cofres e guardas a seu servio, passaram a

19 aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de seus

clientes e a dar recibos escritos das quantias guardadas. Esses

recibos passaram, com o tempo, a servir como meio de

22 pagamento por seus possuidores, por ser mais seguro port-los

do que portar dinheiro vivo. Assim surgiram as primeiras

cdulas de papel moeda, ou cdulas de banco;

25 concomitantemente ao surgimento das cdulas, a guarda dos

valores em espcie dava origem a instituies bancrias.

Casa da Moeda do Brasil: 290 anos de Histria, 1694/1984.

No que se refere aos aspectos lingusticos, classificao tipolgica

do texto acima e s ideias nele expressas, julgue os itens a seguir.

1 Seria mantida a correo gramatical do texto, caso fosse

empregado o acento indicativo de crase no a, em cunhagem

a martelo (R.6).

2 Depreende-se do texto que duas caractersticas das moedas se

mantiveram ao longo do tempo: a veiculao de formas em sua

superfcie e a associao de seu valor monetrio a atributos

como beleza.

3 Sem prejuzo da correo gramatical e do sentido original do

texto, a expresso com o passar dos sculos (R.11) poderia

ser deslocado para imediatamente aps moedas (R.13),

suprimindo-se do texto as vrgulas que a isolam.

4 A expresso por ser mais seguro port-los (R.22) tem valor

conclusivo.

5 A substituio da preposio a, em a dar recibos escritos

das quantias guardadas (R.20), pela preposio de manteria a

correo gramatical do texto, embora acarretasse alterao de

sentido.

6 No texto, predominantemente descritivo, so utilizados trechos

narrativos como recurso para defender os argumentos

elencados.

1 A busca de uma conveno para medir riquezas e

trocar mercadorias quase to antiga quanto a vida em

sociedade. Ao longo da histria, os mais diversos artigos foram

4 usados com essa finalidade, como o chocolate, entre os astecas,

e o bacalhau seco, entre os noruegueses, tendo cabido aos

gregos do sculo VII a.C. a criao de uma moeda metlica

7 com um valor padronizado pelo Estado. Foi uma inveno

revolucionria. Ela facilitou o acesso das camadas mais pobres

s riquezas, o acmulo de dinheiro e a coleta de impostos 10 coisas muito difceis de fazer quando os valores eram contados

em bois ou imveis, afirma a arqueloga Maria Beatriz

Florenzano, da Universidade de So Paulo. A segunda grande

13 revoluo na histria do dinheiro, o papel-moeda, teve uma

origem mais confusa. Existiam cdulas na China do ano 960,

mas elas no se espalharam para outros lugares e caram em

16 desuso no fim do sculo XIV.

As notas s apareceram na Europa e da para o

mundo em 1661, na Sucia. H quem acredite que cartes de

19 crdito e caixas eletrnicos em rede j representam uma

terceira revoluo monetria. Com a informtica, o dinheiro

se transformou em impulsos eletrnicos invisveis, livres do

22 espao, do tempo e do controle de governos e corporaes,

afirma o antroplogo Jack Weatherford, da Faculdade

Macalester, nos Estados Unidos da Amrica.

Internet: (com adaptaes).

Em relao s ideias e aos aspectos lingusticos do texto acima,

julgue os prximos itens.

7 O emprego do acento grfico nas palavras metlica,

acmulo e imveis justifica-se com base na mesma regra

de acentuao.

8 A expresso essa finalidade (R.4) refere-se ao trecho para

medir riquezas e trocar mercadorias (R.1-2).

9 A forma verbal Existiam (R.14) poderia ser corretamente

substituda por Haviam.

10 Sem prejuzo da correo gramatical e do sentido original do

texto, o trecho quando os valores eram contados em bois ou

imveis (R.10-11) poderia ser deslocado para o incio do

perodo (R.8).

11 O elemento da (R.17) foi empregado no texto como

sinnimo de ento.

12 Depreende-se do texto que, na histria da humanidade, h trs

perodos considerados revolues monetrias: a troca de

mercadorias, o surgimento do papel-moeda e a criao de

cartes de crdito e caixas eletrnicos.

1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

E C E E C E E C E E E E

Mundo animal

1 No morro atrs de onde eu moro vivem alguns urubus.

Eles decolam juntos, cerca de dez, e aproveitam as correntes

ascendentes para alcanar as nuvens sobre a Lagoa Rodrigo de

4 Freitas. Depois, planam de volta, dando rasantes na varanda de

casa. O grupo dorme na copa das rvores e lembra o dos

carcars do Mogli. s vezes, eles costumam pegar sol no

7 terrao. Sempre que dou de cara com um, trato-o com respeito.

O urubu um pssaro grande, feio e mal-encarado, mas da

paz. Ele no ataca e s vai embora se algum o afugenta com

10 gritos.

Recentemente, notei que um bem-te-vi aparecia todos

os dias de manh para roubar a palha da palmeira do jardim.

13 De vez em quando, trazia a senhora para ajudar no ninho.

Comecei a colocar po na mesa de fora, e eles se habituaram a

tomar o caf conosco. Agora, quando no encontram o repasto,

16 cantam, reclamando do atraso. Um outro casal descobriu o

banquete, no sei a que gnero esses dois pertencem. A cor

um verde-escuro brilhante, o tamanho menor do que o do

19 bem-te-vi e o Pavarotti da dupla o macho.

A ideia de prender um passarinho na gaiola, por mais

que ele se acostume com o dono, muito triste. Comprei um

22 periquito, uma vez, criado em crcere privado, e o soltei na

sala. Achei que ele ia gostar de ter espao. Sa para trabalhar e,

quando voltei, o pobre estava morto atrs da poltrona. Ele

25 tentou sair e morreu dando cabeadas no vidro. Carrego a culpa

at hoje. De boas intenes o inferno est cheio.

O Rio de Janeiro existe entre l e c, entre o asfalto e

28 a mata atlntica, mas a fauna daqui mais delicada do que a

africana e a indiana. Quem tem janela perto do verde conhece

bem o que conviver com os micos. Nos meus tempos de So

31 Conrado, eu costumava acordar com um monte deles esperando

a boia. Foi a primeira vez que experimentei cativar espcies

no domesticadas.

34 Lano aqui a campanha: crie vnculos com um curi,

uma paca ou um formigueiro que seja. Eles so fiis e

conectam voc com a me natureza. Experimente, ponha um

37 pozinho no parapeito e veja se algum aparece.

Fernanda Torres. In: Veja Rio, 2/12/2012 (com adaptaes).

Com relao s ideias e s suas estruturas lingusticas do texto

apresentado, julgue os itens a seguir.

1 No trecho De vez em quando, trazia a senhora para ajudar no

ninho (R.13), o substantivo senhora pode ser substitudo,

sem prejuzo para as informaes veiculadas no texto,

pelo termo fmea.

2 Sem prejuzo da correo gramatical do texto, a vrgula em

Experimente, ponha um pozinho no parapeito e veja se

algum aparece (R.36-37) poderia ser substituda pelo sinal

de dois-pontos.

3 A correo gramatical do texto seria preservada caso o trecho

conectam voc com a me natureza (R.36) fosse reescrito da

seguinte maneira: conectam voc para com a me natureza.

4 A ideia central do texto consiste na necessidade de criao

de mecanismos para a separao entre espao urbano e

natureza, a fim de se preservar a vida de espcies animais.

5 Segundo o texto, a relao cotidiana com espcies de animais

um importante recurso de combate depresso dos habitantes

das zonas urbanas.

6 O texto tem como objetivo central lanar a campanha de

substituio dos animais domsticos criados em cativeiro por

espcies selvagens.

7 Os dois primeiros pargrafos do texto so predominantemente

narrativos.

8 O emprego do acento grfico na palavra atrs justifica-se

com base na mesma regra que justifica o emprego do acento

grfico em fiis.

9 O emprego da primeira pessoa do singular confere ao texto um

carter testemunhal que possibilita a criao de empatia

entre o leitor e as experincias da autora.

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Entenda para que serve mandar um jipe-rob para Marte

1 Quem diria? A velha e dilapidada NASA, que nem

possui mais meios prprios de mandar pessoas para o espao,

acaba de mostrar que ainda tem esprito pico.

4 A prova o pouso perfeito do jipe-rob Curiosity em

uma cratera de Marte recentemente. A saga de verdade comea

agora, contudo. O Curiosity , disparado, o artefato mais

7 complexo que terrqueos j conseguiram botar no cho de

outro planeta. Com dezessete cmeras, a primeira sonda

interplanetria capaz de fazer imagens em alta definio. Pode

10 percorrer at dois quilmetros por dia.

Trata-se de um laboratrio sobre rodas, equipado,

entre outras coisas, com canho laser para pulverizar pedaos

13 de rocha e sistemas que medem parmetros do clima marciano,

como velocidade do vento, temperatura e umidade... A lista

grande. Tudo para tentar determinar se, afinal de contas, Marte

16 j foi hospitaleiro para formas de vida ou quem sabe at

ainda o seja.

Hoje se sabe que o subsolo marciano, em especial nas

19 calotas polares, abriga enorme quantidade de gua congelada.

E h pistas de que gua salgada pode escorrer pela superfcie

do planeta durante o vero marciano, quando, em certos

22 lugares, a temperatura fica entre 25 oC e 25 oC.

Mesmo na melhor das hipteses, so condies no

muito amigveis para a vida como a conhecemos. Mas os

25 cientistas tm dois motivos para no serem to pessimistas,

ambos baseados no que se conhece a respeito dos seres vivos

na prpria Terra.

28 O primeiro que a vida parece ser um fenmeno to

teimoso, ao menos na sua forma microscpica, que aguenta

todo tipo de ambiente inspito, das presses esmagadoras do

31 leito marinho ao calor e s substncias txicas dos giseres.

Alm disso, se o nosso planeta for um exemplo

representativo da evoluo da vida Cosmos afora, isso significa

34 que a vida aparece relativamente rpido quando um planeta se

forma no caso da Terra, mais ou menos meio bilho de anos

depois que ela surgiu (hoje o planeta tem 4,5 bilhes de anos).

37 Ou seja, teria havido tempo, na fase molhada do

passado de Marte, para que ao menos alguns micrbios

aparecessem antes de serem destrudos pela deteriorao do

40 ambiente marciano. Ser que algum deles no deu um jeito de

se esconder no subsolo e ainda est l, segurando as pontas?

Reinaldo Jos Lopes. In: Revista Serafina,

26/8/2012. Internet: (com adaptaes).

Julgue os itens a seguir, considerando a estrutura e os aspectos

gramaticais do texto apresentado, bem como as ideias nele

veiculadas.

10 No trecho ou quem sabe at ainda o seja (R.16-17) o termo

o classifica-se como pronome e refere-se ao adjetivo

hospitaleiro (R.16).

11 A expresso esprito pico (R.3) pode ser substituda, sem

prejuzo para o sentido do texto, pela expresso esprito

prtico.

12 De acordo com o texto, a principal utilidade do envio do

jipe-rob a Marte relaciona-se ao projeto de recolhimento

de informaes que comprovem ou no a presena de vida

naquele planeta.

13 A expresso Ou seja (R.37), que garante coeso textual e

possui valor semntico de oposio, poderia ser corretamente

substituda pela conjuno Contudo.

14 Conforme o texto, os pesquisadores consideram remota a

chance de haver ou ter havido alguma forma de vida no planeta

Marte, embora essa hiptese no possa ser totalmente

descartada.

15 Nos trechos Alm disso, se o nosso planeta for um exemplo

representativo da evoluo da vida Cosmos afora, isso significa

que (...) (R.32-34) e teria havido tempo, na fase molhada do

passado de Marte, para que ao menos alguns micrbios

aparecessem (R.37-39), as vrgulas so empregadas pelo

mesmo motivo: isolar termos com a mesma funo gramatical.

16 A expresso coloquial que encerra o perodo segurando as

pontas pode ser substituda, sem prejuzo para o sentido

do texto, pela palavra subsistindo.

17 A correo gramatical e o sentido original do texto seriam

mantidos se, no trecho a vida aparece relativamente rpido

(R.34), a palavra rpido fosse substituda por rpida.

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Ele no descobriu a Amrica

1 Oficialmente, o ttulo de descobridor da Amrica

pertence ao navegante genovs Cristvo Colombo, mas ele

no foi o primeiro estrangeiro a chegar ao chamado Novo

4 Mundo. Alm disso, o prprio Colombo nunca se deu conta de

que a terra que encontrou era um continente at ento

desconhecido.

7 A arqueologia j revelou vestgios da passagem dos

vikings pelo continente por volta do ano 1000. Leif Ericson,

explorador que viveu na regio da Islndia, chegou s margens

10 do atual estado de Maine, no norte dos Estados Unidos da

Amrica (EUA), no ano 1003. Em 1010, foi a vez de outro

aventureiro nrdico, Bjarn Karlsefni, aportar nos arredores de

13 Long Island, na regio de Nova York. Alm disso, alguns

pesquisadores defendem que um almirante chins chamado

Zeng He teria cruzado o Pacfico e desembarcado, em 1421, no

16 que hoje a costa oeste dos EUA.

Polmicas parte, Cristvo Colombo jamais se deu

conta de que havia descoberto um novo continente. A leitura de

19 suas anotaes de bordo ou de suas cartas deixa claro que ele

acreditou at a morte que tinha chegado China ou ao Japo,

ou seja, s ndias. o que o navegador escreveu, por

22 exemplo, em uma carta de maro de 1493.

Mesmo nos momentos em que se apresenta como um

descobridor, Colombo se refere aos arredores de um

25 continente que o clebre Marco Polo do qual foi leitor

assduo j havia descrito. Em outubro de 1492, depois de seu

primeiro encontro com nativos americanos, o explorador fez a

28 seguinte anotao em seu dirio de bordo: Resolvi descer

terra firme e ir cidade de Guisay entregar as cartas de Vossas

Altezas ao Grande Khan. Guisay uma cidade real chinesa

31 que Marco Polo visitara. Nesse mesmo documento, Colombo

escreveu que, segundo o que os ndios haviam informado, ele

estava a caminho do Japo. Os nativos tinham apontado, na

34 verdade, para Cuba.

Suas certezas foram parcialmente abaladas nas viagens

seguintes, mas o navegador nunca chegou a pensar que

37 aportara em um novo continente. Sua quarta viagem o teria

levado, segundo escreveu, provncia de Mago, fronteiria

de Catayo, ambas na China.

40 Somente nos ltimos anos de sua vida o genovs

considerou a possibilidade de ter descoberto terras realmente

virgens. Mas foi necessrio certo tempo para que a existncia

43 de um novo continente comeasse a ser aceita pelos europeus.

Amrico Vespcio foi um dos primeiros a apresentar um mapa

com quatro continentes. Mais tarde, em 1507, a nova terra seria

46 batizada em homenagem ao explorador italiano. Um ano depois

da morte de Colombo, que passou a vida sem entender bem o

que havia encontrado.

Antouaine Roullet. In: Revista Histria Viva. Internet:

(com adaptaes).

Julgue os itens que se seguem, considerando as ideias veiculadas

no texto acima, a sua estrutura e seus aspectos gramaticais.

18 No perodo Nesse mesmo documento, Colombo escreveu que,

segundo o que os ndios haviam informado, ele estava a

caminho do Japo (R.31-33), a primeira vrgula foi empregada

para isolar termo com valor adverbial e as demais, para

isolar uma orao de valor temporal intercalada.

19 No trecho Mas foi necessrio certo tempo para que a

existncia de um novo continente comeasse a ser aceita pelos

europeus (R.42-43), a conjuno Mas tem valor conclusivo,

razo por que poderia ser substituda por Portanto sem

prejuzo para o sentido e para a correo gramatical do texto.

20 O sentido original do texto seria preservado caso a palavra

terra, no trecho o prprio Colombo nunca se deu conta de

que a terra que encontrou era um continente at ento

desconhecido (R.4-6), fosse grafada com a letra inicial

maiscula: Terra.

21 A fim de comprovar a tese de que Colombo no teve

conscincia de que havia descoberto um continente, o

autor utiliza, como estratgia argumentativa, a citao de

trechos de textos que o prprio navegador escreveu.

22 A opinio defendida pelo autor do texto a de que Colombo

foi um grande injustiado pela histria, tendo em vista o fato

de que seus feitos no foram reconhecidos pelos seus

contemporneos.

23 De acordo com o texto, no h provas de que outros

navegadores tenham aportado na Amrica antes de Colombo,

embora haja indcios muito fortes de que isso tenha acontecido

algumas vezes.

24 No perodo Um ano depois da morte de Colombo, que passou

a vida sem entender bem o que havia encontrado (R.46-48), a

vrgula, empregada para separar o sujeito do predicado,

torna mais claras as informaes para o leitor.

25 No segmento fronteiria de Catayo (R.38-39), o emprego

do sinal indicativo de crase seria obrigatrio ainda que se

eliminasse a preposio de.

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Apesar dos mltiplos pacotes de alvio tributrio editados

pelo governo, a carga brasileira de impostos mantm-se em alta e

entre as maiores do mundo. Os tributos federais, estaduais e

municipais subtraram exatos 35,85% da renda nacional em 2012,

segundo a Receita Federal. Entre as maiores economias emergentes,

s a Argentina apresenta percentuais semelhantes. O maior

obstculo queda da carga tributria a elevao constante de

gastos pblicos.

Folha de S. Paulo, 21/12/2013, p. B5 (com adaptaes).

Considerando o fragmento de texto acima e o tema por ele

focalizado, julgue os itens seguintes.

26 A expresso custo Brasil remete-se aos obstculos que

dificultam o crescimento econmico do pas, entre os quais

se incluem deficincia de infraestrutura e excessiva carga

tributria.

27 A recente reduo da estrutura governamental, implantada

mediante a fuso e extino de ministrios, figura entre as

aes realizadas com o intuito de reduzir os gastos pblicos no

Brasil.

28 correto inferir que os pacotes de alvio tributrio citados

no texto referem-se deciso do governo federal de reduzir

impostos e contribuies com a finalidade de estimular a

produo industrial e o consumo.

29 A expresso economias emergentes reporta-se, no texto, aos

pases que, no atual cenrio de globalizao, ultrapassaram as

antigas potncias econmicas no que se refere capacidade de

produzir, consumir e investir.

No novo mapa da riqueza no Brasil, as cidades mdias

avanam e as capitais perdem espao. Apesar dessa tendncia, a

riqueza continua concentrada no pas. A renda gerada por apenas

seis municpios So Paulo, Rio de Janeiro, Braslia, Curitiba,

Belo Horizonte e Manaus responde por um quarto de toda a

riqueza no pas.

O Globo, 18/12/2013, p. 23 (com adaptaes).

Com base no fragmento de texto acima e nos diversos aspectos que

envolvem o tema por ele abordado, julgue os itens que se seguem.

30 O fato de no contar com ligao area com o exterior dificulta

a insero do Cear no competitivo mercado global, alm de

reduzir o nmero de turistas estrangeiros no estado.

31 A ampliao da explorao do petrleo em determinadas reas

do litoral brasileiro inclui-se entre os fatores que

influenciaram o aumento considervel da participao de

muitos municpios no produto interno bruto nacional, ou seja,

no conjunto de bens e servios produzidos pelo pas.

32 A capacidade empreendedora do interior do pas e a busca por

novas oportunidades, somadas ineficincia dos grandes

centros, s dificuldades de infraestrutura e aos elevados custos

operacionais encontrados nesses espaos, contriburam para a

expanso geogrfica do sistema produtivo brasileiro, das

capitais para as cidades interioranas, tendncia observada na

atualidade.

33 Apesar do dinamismo da economia cearense, houve reduo

substancial do nmero de empregos gerados no Cear no

penltimo ms de 2013, o que o situou em posio

desfavorvel no conjunto da economia nordestina no perodo.

34 Durante a Copa das Confederaes da FIFA Brasil ocorrida em

junho de 2013, a cidade de Fortaleza recebeu significativo

nmero de turistas estrangeiros e brasileiros para os jogos

realizados na Arena Castelo, o que resultou em uma das

maiores vendas de ingressos desse torneio.

35 Brasil, Rssia, ndia e China, pases do chamado BRICs,

apresentam realidade econmica equivalente, caracterizada por

ampla capacidade de produo e de participao no mercado

mundial.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

C C E E E E C E C C E C E C E C E E E E c e e e e c27 28 29 30 31 32 33 34

e c e e c c e c

Texto para as questes 1 e 2

1 Em 2013, a oferta de emprego nas cidades do interior

de nove estados (So Paulo, Rio, Minas Gerais, Pernambuco,

Bahia, Paran, Rio Grande do Sul, Cear e Par) superou

4 expressivamente a das reas metropolitanas desses estados, de

acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e

Desempregados, do Ministrio do Trabalho e Emprego. E no

7 fato episdico, mas uma nova tendncia ou processo, pois,

desde 2010, cresce o peso do interior na contratao de mo de

obra formal, enquanto se reduz o peso das grandes capitais.

10 H vrios aspectos importantes nessa mudana do

vetor do emprego. Ela registrada nos servios, no comrcio,

na construo civil e, ainda mais, na indstria. Neste segmento,

13 refora-se a convico de que o interior oferece no s melhor

condio de instalao de novas fbricas, como de contratao

do pessoal, que pode trabalhar perto da casa e da famlia, com

16 menor custo de transporte e menor perda de tempo no

deslocamento entre a casa e o trabalho.

O Estado de S.Paulo, 6/3/2014 (com adaptaes).

QUESTO 1

1 Com referncia s ideias e informaes do texto acima, assinale a

opo correta.

A Depreende-se das ideias do texto que algumas condies de

trabalho nas capitais so desfavorveis, principalmente por

causa da necessidade de grandes deslocamentos entre a casa e

o local de trabalho.

B A atrao das pequenas cidades para a instalao de fbricas

um fenmeno episdico e que representa uma fase passageira

do desenvolvimento econmico brasileiro.

C O peso da contratao de mo de obra nas grandes capitais

continua crescendo de forma acelerada com o desenvolvimento

da economia e da produo de manufaturados.

D A instalao de novas fbricas no interior dos estados tem sido

muito prejudicada porque as condies de disponibilidade de

matria prima na capital so muito melhores.

E Em todos os estados brasileiros a oferta de empregos maior

em cidades menores, do interior, que esto distantes das reas

metropolitanas das capitais.

QUESTO 2

2 Assinale a opo correta em relao s estruturas lingusticas do

texto acima.

A A vrgula logo aps pessoal (R.15) isola orao subsequente,

que tem natureza restritiva.

B No trecho a das reas (R.4) h elipse da palavra cidade

logo aps o termo a.

C Prejudicam-se a correo gramatical do perodo e suas relaes

sintticas ao se substituir pois (R.7) por qualquer um dos

termos a seguir: porquanto, j que, porque, visto que.

D Alteram-se as relaes sintticas originais do perodo ao se

substituir enquanto (R.9) por ao passo que.

E A palavra vetor (R.11) est sendo utilizada no sentido de

direo, orientao, sentido.

QUESTO 3

1 O Poder Executivo tomou a correta deciso de vetar

na ntegra a lei que volta a relaxar os controles para a criao

de municpios devido ao efeito devastador que essa lei, caso

4 vigore, causar nas contas pblicas, j abaladas.

Criar novas prefeituras significa aumentar a presso

por aumento dos repasses de estados e da Unio. Ou seja, mais

7 gastos pblicos. O passado mostra que a maioria das mais de

mil novas cidades no consegue arcar com o custo dos

incontveis empregos pblicos e de estruturas surgidas do

10 nada, apenas devido mudana de status do distrito para

municpio.

O Globo, 5/3/2014 (com adaptaes).

3 A correo gramatical e o sentido do texto acima seriam

preservados caso se substitusse

A significa (R.5) por significam.

B consegue (R.8) por conseguem.

C mudana (R.10) por as mudanas.

D vetar (R.1) por vetarem.

E causar (R.4) por causaro.

QUESTO 4

1 Ao ser promulgada a atual Constituio Federal, em

1988, o pas contava com 4.180 municpios. Coerentemente

com os ventos liberalizantes da poca, a transformao de

4 distritos em cidades dependia, em princpio, de parecer da

assembleia legislativa do estado respectivo. Nada difcil, pois

o surgimento miraculoso de prefeituras (e estados)

7 frequentemente interessa a polticos regionais, alguns deles

especialistas em exercitar o empreguismo e o clientelismo.

Foi assim que, a partir de 1988, brotaram outras 1.400

10 prefeituras, at essa indstria ser fechada por emenda

constitucional, em 1996, que passou para o Congresso a

prerrogativa de permitir plebiscitos sobre novos entes

13 federativos.

O Globo, 5/3/2014 (com adaptaes).

4 No texto acima, est sendo empregado em sentido denotativo o

termo

A brotaram (R.9).

B indstria (R.10).

C ventos (R.3).

D miraculoso (R.6).

E regionais (R.7).

1 www.pciconcursos.com.br||TJCE14_CB3_06N951916|| CESPE/UnB TJ/CE Aplicao: 2014

Texto para as questes 5 e 6

1 Na tentativa de acabar com o inaceitvel

financiamento privado de pessoas jurdicas para campanhas

eleitorais, a Ordem dos Advogados do Brasil entrou no

4 Supremo Tribunal Federal, em 2011, com uma ao direta de

inconstitucionalidade contra a legislao que permite a doao

de pessoas jurdicas a partidos polticos, para qualquer fim.

7 O argumento simples e irrefutvel: a cidadania exercida por

indivduos, pessoas fsicas, que tm o direito (no Brasil, a

obrigao) exclusivo de influir no processo poltico, por meio

10 do voto. Um cidado, um voto. Empresa pessoa jurdica, no

vota e no deve interferir no processo eleitoral.

O Estado de S.Paulo, 4/3/2014 (com adaptaes).

QUESTO 5

Considerando que cada uma das opes abaixo apresenta trecho do

texto acima indicado entre aspas , seguida de uma proposta de

reescrita desse trecho, assinale a opo em que a reescrita, alm de

manter o sentido da informao originalmente apresentada, tambm

preserva a correo gramatical.

5 A que permite a doao (R.5) / cuja permite a doao

B O argumento (R.7) / Aquele argumento

C de influir no processo poltico (R.9) de influenciar com ao

processo poltico

D acabar com o inaceitvel (R.1) / extinguir o intolervel

E entrou no Supremo Tribunal Federal (R.3-4) / apresentou ao

Supremo Tribunal Federal

QUESTO 6

6 O texto em apreo , predominantemente,

A instrucional.

B dialgico.

C descritivo.

D narrativo.

E dissertativo.

QUESTO 7

7 Considerando que os fragmentos includos nas opes abaixo

constituem trechos de texto adaptado da Gazeta do Povo (PR) de

4/3/2014, assinale a opo em que o fragmento est de acordo com

as exigncias gramaticais da escrita da lngua portuguesa.

A Qualquer reforma na legislao somente prosperaram se ficar

acordado que no sero retirados benefcios trabalhistas, como

dcimo-terceiro salrio, frias remuneradas, licenamaternidade

e outros.

B Uma legislao moderna deve prever canais de negociao e

meios legtimos de reinvidicao pelos trabalhadores, de

formas que a greve somente ocorra em casos extremos, aps

esgotados todos os meios anteriores.

C A sensvel melhora das condies no ambiente de trabalho, das

polticas de segurana e dos salrios, nos ltimos cem anos, se

deve organizao dos trabalhadores, liberdade sindical e ao

direito de greve.

D Nas sociedades livres, o direito de organizao e de

mobilizao, consequentemente cujo o de greve, um dos

pilares do conjunto das liberdades e dos direitos individuais do

cidado.

E O nmero de greves que se repetem todos os anos, tanto nas

empresas de produtos individuais quando nas de bens pblicos

e em servios do governo, consequncia, entre outros fatores,

de falhas da legislao.

QUESTO 8

1 H necessidade de tratar as atividades econmicas em

grupos distintos, organizados segundo sua funo no sistema

econmico. Empresas que produzem bens pessoais a

4 exemplo de uma fbrica de camisas e operam em regime de

concorrncia devem ter um tipo especfico de legislao de

greve, pois, quando seus empregados paralisam as atividades,

7 o nico prejudicado o patro. Quanto ao consumidor, ele

tanto pode adiar a compra do produto como pode compr-lo de

outro fabricante.

Gazeta do Povo (PR), de 4/3/2014.

8 No fragmento de texto acima, o segmento quando seus (...) as

atividades (R.6) est entre vrgulas porque constitui uma orao

A subordinada de natureza restritiva intercalada.

B subordinada adverbial temporal intercalada.

C coordenada explicativa intercalada.

D subordinada causal anteposta.

E coordenada adversativa posposta.

QUESTO 9

Voto facultativo, voto em branco e voto nulo so recursos

frequentemente mencionados por muitos brasileiros revoltados com

a corrupo na poltica. Esses apelos voltam a aparecer na vspera

de mais um processo eleitoral, especialmente em manifestaes

feitas pelas redes sociais.

(...)

Mas a crena na poltica, e no a descrena, que pode

consertar o que est errado.

Zero Hora, 3/3/2014 (com adaptaes).

9 O fragmento de texto acima se tornaria coeso e coerente caso a

marca de supresso nele mostrada (...) fosse substituda pelo

segmento textual apresentado em uma das opes abaixo. Assinale

esta opo.

A Portanto, eles no vm de outro planeta. Saem dos setores

organizados da sociedade, chegam ao poder pela autorizao

explcita de contingentes de eleitores numerosos o suficiente

para diferenci-los dos demais postulantes de mandatos.

B Essa indignao legtima e acentua-se sempre que explode

um escndalo poltico ou que um julgamento do Supremo

Tribunal Federal, como a recente apreciao de recursos, no

corresponde expectativa da nao.

C Um tal grau responsabilidade no pode ser atribudo apenas

aos polticos. A pergunta que se impe : o que os cidados

podem fazer para impedir a deformao da poltica? Numa

democracia, podem muito.

D Ao contrrio, humano e compreensvel que pessoas

revoltadas com o comportamento de seus representantes no

poder resvalem para a generalizao, afirmando que todos os

polticos so inconfiveis.

E Esta iniciativa legisladora, porm, carrega no seu bojo uma

contradio: os polticos, queiramos ou no, somos ns, os

cidados que votamos e elegemos nossos representantes.

2 www.pciconcursos.com.br||TJCE14_CB3_06N951916|| CESPE/UnB TJ/CE Aplicao: 2014

QUESTO 10

10 Considerando que os fragmentos includos nas opes abaixo

constituem trechos de texto adaptado da Zero Hora de 3/3/2014,

assinale a opo em que o fragmento est gramaticalmente correto

em relao ao emprego dos sinais indicativos de crase.

A A descrena na poltica pode ter o vis positivo de aumentar

massa crtica da populao, de levar indignao para as ruas

e de criar uma cultura de acompanhamento e controle da

representao.

B Em vez de revolta contra o voto obrigatrio, melhor

transform-lo em voto meritrio, de forma que contemple

candidatos sobre os quais no paire dvida em relao

honestidade e vontade de efetivamente trabalhar pelo pas.

C Quanto antes esta seleo comear, mais acertos teremos.

Evidentemente, sempre haver enganos e traies, mas

mesma democracia que possibilita tais desvios oferece

igualmente remdios para corrigi-los.

D J no se pode mais contar nos dedos de uma mo os polticos

que perderam mandatos, cargos e at liberdade por terem

trado a confiana da populao.

E Cidados bem informados e partcipes tm poder para

fiscalizar e depurar poltica, colocando nos postos de

comando da administrao pessoas ntegras e comprometidas

com o pas.

QUESTO 11

H 20 anos uma revoluo sem armas e sem passeatas

comeou a mudar a vida dos brasileiros, quando o presidente Itamar

Franco assinou a Medida Provisria 434 e criou a unidade real de

valor, embrio de uma nova moeda, o real. Naquele ms de

fevereiro, os preos ao consumidor subiram 40,27% e a alta

acumulada em 12 meses chegou a 757,29%. Em 2013, a inflao

anual ficou em 5,91%. H 20 anos, os preos de bens e servios

aumentavam muito mais que isso em apenas uma semana. Recebido

o pagamento, os trabalhadores corriam ao supermercado para

abastecer a casa. A corroso do salrio em poucos dias era muito

maior do que foi em todo o ano passado.

O Estado de S.Paulo, 27/2/2014 (com adaptaes).

11 No texto acima, os argumentos contidos no trecho Em 2013 (...)

ano passado reforam a ideia de que,

A atualmente, a inflao corri mais os salrios que h vinte

anos.

B nos dias atuais, necessrio abastecer a casa rapidamente ao

receber o salrio.

C hoje, a populao no enfrenta nvel algum de inflao.

D atualmente, a inflao no um grande problema para a

populao.

E h vinte anos, a populao sofria menos com a inflao.

QUESTO 12

1 Como o ar, a gua, as praas e a ordem democrtica,

a moeda um dos bens pblicos e a sua preservao uma das

obrigaes mais importantes dos poderes polticos.

4 Cumprir essa obrigao tambm proteger os pobres,

os mais indefesos diante da alta de preos. Em tempos de

inflao elevada, o reajuste de seus ganhos normalmente mais

7 lento que a alta do custo de vida. Alm disso, eles so menos

capazes de poupar e de buscar proteo em aplicaes

financeiras.

O Estado de S.Paulo, 27/2/2014.

12 No texto acima, o pronome eles (R.7) termo coesivo que retoma

o antecedente

A poderes polticos (R.3).

B os pobres (R.4).

C seus ganhos (R.6).

D o ar, a gua, as praas e a ordem democrtica (R.1).

E bens pblicos (R.2).

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

A E B E D E C B B B D BA histria eleitoral do Brasil uma das mais ricas do

mundo. Durante o perodo colonial, a populao das vilas e

cidades elegia os representantes dos conselhos municipais. As

4 primeiras eleies gerais para escolha dos representantes

Corte de Lisboa ocorreram em 1821. No ano seguinte, foi

promulgada a primeira lei eleitoral brasileira, que regulou as

7 eleies dos representantes da Constituinte de 1823. Desde

1824, quando aconteceu a primeira eleio ps-independncia,

foram eleitas cinquenta e uma legislaturas para a Cmara dos

10 Deputados. Somente durante o Estado Novo (1937-1945), as

eleies para a Cmara foram suspensas.

Hoje, os eleitores escolhem os representantes para os

13 principais postos de poder (presidente, senador, deputado

federal, governador, deputado estadual, prefeito e vereador) e

pouca gente duvida da legitimidade do processo eleitoral

16 brasileiro. As fraudes foram praticamente eliminadas. A urna

eletrnica permite que os resultados sejam proclamados poucas

horas depois do pleito. As eleies so competitivas, com

19 enorme oferta de candidatos e partidos (uma mdia de trinta

partidos por eleio). Quatro em cada cinco adultos

compareceram s ltimas eleies para votar. O sufrgio

22 universal, pois j no existem restries significativas que

impeam qualquer cidado com pelo menos dezesseis anos

de idade de ser eleitor. Hoje, o Brasil tem o terceiro maior

25 eleitorado do planeta, perdendo apenas para a ndia e os

Estados Unidos da Amrica.

Jairo Marconi Nicolau. Histria do voto no Brasil.

Rio de Janeiro: Zahar, 2002, p. 7-8 (com adaptaes).

Em relao ao texto acima, julgue os seguintes itens.

1 Seriam mantidos o sentido original e a correo gramatical do

texto se o perodo No ano seguinte (...) Constituinte de 1823

(R.5-7) fosse assim reescrito: Promulgou-se, um ano depois, a

primeira lei referente s eleies no pas, a qual estabeleceu o

pleito para a escolha dos representantes da Assembleia

Constituinte de 1823.

2 Os termos eleitores (R.12), gente (R.15), fraudes (R.16),

restries (R.22) e Brasil (R.24) so ncleos do sujeito da

orao em que se inserem.

3 Nesse texto, o autor louva o processo eleitoral no Brasil,

onde, segundo ele, a tecnologia e a inexistncia de fraudes

concorrem para o reconhecimento da legitimidade desse

processo.

4 Conclui-se da leitura do texto que a magnitude numrica do

eleitorado brasileiro, o terceiro maior do planeta, decorre da

disposio de 80% dos brasileiros de comparecer s eleies.

5 No primeiro pargrafo, quatro perodos so iniciados por

elemento adverbial, o que justifica a colocao de vrgula

logo aps colonial (R.2), seguinte (R.5), 1824 (R.8) e

(1937-1945) (R.10).

1 A atividade policial pode ser verificada em quase

todas as organizaes polticas que conhecemos, desde as

cidades-estado gregas at os Estados atuais. Entretanto, o seu

4 sentido e a forma como realizada tm variado ao longo do

tempo. A ideia de polcia que temos hoje produto de fatores

estruturais e organizacionais que moldaram seu processo

7 histrico de transformao.

A palavra polcia deriva do termo grego polis, usado

para descrever a constituio e organizao da autoridade

10 coletiva. Tem a mesma origem da palavra poltica, relativa

ao exerccio dessa autoridade coletiva. Assim, podemos

perceber que a ideia de polcia est intimamente ligada noo

13 de poltica. No h como dissoci-las. A atividade de polcia ,

portanto, poltica, uma vez que diz respeito forma como a

autoridade coletiva exerce seu poder.

Arthur T. M. Costa. Polcia, controle social e democracia. In: Arthur

Trindade Maranho Costa. Entre a lei e a ordem. Rio de Janeiro: FGV,

2004, p. 93. Internet: (com adaptaes).

Considerando os sentidos e aspectos lingusticos do texto acima,

julgue os itens a seguir.

6 A informao a respeito da etimologia dos vocbulos polcia

(R.8) e poltica (R.10) fundamenta a concluso do autor,

introduzida pela palavra Assim (R.11).

7 O trecho No h como dissoci-las (R.13) poderia ser

corretamente reescrito de diferentes maneiras, a exemplo das

seguintes: impossvel separ-las; No h forma de as

dissociar; No separam-se.

8 Da leitura do texto conclui-se que a ao da polcia depende

diretamente da ao dos ocupantes de cargos polticos na

sociedade, os responsveis pelos fatores estruturais e

organizacionais (R.5-6) que definem a atividade policial.

9 A substituio de cidades-estado (R.3) por cidades-estados

no prejudicaria a correo gramatical do texto.

10 No primeiro pargrafo, o pronome relativo que exerce, nas

duas primeiras ocorrncias, a funo de complemento verbal

e, na terceira, a de