337 arezzo co-relatorio_sustentabilidade_2011
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Relatório de Sustentabilidade
2011
3arezzo&Co
Índice. .................................................................................................................................................................... 3 caRta do pReSidente .................................................................................................................................4 SobRe o RelatÓRio de SuStentabilidade .....................................................................................6
Sobre a arezzo&Co
MeRcado e contexto ..........................................................................................................................8 noSSa tRajetÓRia .............................................................................................................................. 10 eStRutuRa opeRacional e acionáRia ....................................................................................14
conduta ética e coMpRoMiSSo coM
a SuStentabilidade ........................................................................................................................... 16 GoveRnança coRpoRativa ................................................................................................................... 18
reSultadoS para StakeholderS FinanceiRoS ..............................................................................................................................................20 conSuMidoRaS ........................................................................................................................................28 caSo peleMania ........................................................................................................................... 33 lojaS e FRanquiaS ...............................................................................................................................34 novo centRo de diStRibuição ...........................................................................................42 FoRnecedoReS .......................................................................................................................................44 colaboRadoReS ...................................................................................................................................48 Meio aMbiente .........................................................................................................................................56 coMunidade e Sociedade .............................................................................................................. 60
pRincipaiS ReconheciMentoS e
pReMiaçõeS eM 2011 ......................................................................................................................................62 deSaFioS ............................................................................................................................................................64 Índice ReMiSSivo ............................................................................................................................................65 veRiFicação exteRna ...............................................................................................................................68 declaRação GRi de nÍvel de aplicação .................................................................................... 69 GloSSáRio ..........................................................................................................................................................70
Relatório de Sustentabilidade da Arezzo Indústria e Comercio SA, sociedade por ações de capital aberto (GRI 2.1; GRI 2.6)
Sede: Rua Fernandes tourinho,
nº 147, Salas 1301 e 1303, bairro
Funcionários, cep 30112-000 – belo
horizonte – MG (GRi 2.4)
período coberto pelo relatório:
01/01/2011 a 31/12/2011 (GRi 3.1)
Ciclo de emissão: ciclo anual
(GRi 3.3)
limite do relatório: operações da
arezzo&co no brasil (GRi 3.6)
Conselho editorial:
Raquel Rodrigues carneiro, Fabiola
Severiano, ana carolina Wenzel,
daniel Maia, isabella alves
Contato: Raquel Rodrigues carneiro
– diretora de Gente e Gestão raquel.
tel: 55 11 2132 4373 (GRi 3.4)
Consultoria GrI:
via Gutenberg – equipe: Sergio
Serapião, carla Rodrigues
Projeto gráfico:
arthur Fajardo (projeto gráfico),
elio himori (assistente de arte),
Fernando Mucci (fotos)
redação: Rosane aubin (texto)
Participaram deste relatório:
diretores: alexandre birman,
anderson birman, cisso Klaus,
claudia narciso, Marcio jung,
thiago borges
demais participantes: caroline
Muzzi, cassiano vianna, evandro
Soares, Gilmar oliveira, priscila barp,
Ricardo Santinon, tatiana Sotoma
relatório de sustentabilidade 2011 54 arezzo&Co
anderson birmanpresidente executivo do Grupo arezzo&co
de tecnologia da informação com contínuos investimentos ainda mais relevantes.
nesse ano, a arezzo&co manteve seu comprometimento com o fortalecimento das nossas pessoas. o primeiro programa de trainees e estagiários foi criado com sucesso. em 2012, deve ser lançado o programa de executivos-Sócios, fomentando a “cultura de dono” na arezzo&co, por meio de um plano de opção de ações em linha com o divulgado no prospecto do ipo (oferta pública inicial de ações). além disso, o treinamento de pessoal somou mais de 107 mil horas, resultando em evidente desenvolvimento da equipe. Seguramente isso nos possibilita almejar desafios ainda maiores no futuro.
o cuidado com a sustentabilidade, que já permeava nossas ações, intensificou-se com várias iniciativas em 2011. ela passou a fazer parte de maneira formal em nossas atividades, iniciando um processo que pretende trazer a responsabilidade social, ambiental e econômica para todas as discussões, fazendo com que ela passe a nortear nossas decisões e integre o dia a dia da companhia. isso foi possível graças à definição de uma estratégia, planejamento e diretriz para os próximos anos.
um dos exemplos da importância da sustentabilidade para a companhia é o pepa (projeto de eliminação de passivos ambientais), realizado pela nossa única fábrica própria, da marca Schutz, em campo bom (RS). essa iniciativa é objeto de um amplo programa de engajamento de fornecedores, que inclui, também, outras indústrias locais, por meio de uma parceria com a administração municipal. este primeiro relatório de sustentabilidade é uma das ações que nos permitirão olhar para dentro da companhia, aperfeiçoando nossas práticas, e estabelecendo uma comunicação honesta e transparente com nossos stakeholders. é um passo importante que inaugura um novo tempo para nós, uma era em que a responsabilidade socioambiental estará entre nossas prioridades.
na arezzo&co, uma meta atingida nada mais é que a base para a próxima, por isso, mantemos a motivação e confiança em relação às perspectivas para 2012. (GrI 1.1)
o ano de 2011 é um marco em nossa história, com a estreia das ações da
arezzo&co na bM&Fbovespa no segmento do novo Mercado, dando continuidade à uma estratégia de crescimento sustentável e de longo prazo. a entrada de novos investidores, com a captação de recursos da oferta de ações, fortaleceu o compromisso em consolidar a liderança da companhia no mercado de calçados, bolsas e acessórios femininos de moda no brasil.
com uma política de Relação com investidores transparente e dinâmica desde a abertura de capital, o Grupo reforça seu comprometimento com o mercado financeiro e com todos seus stakeholders. organizamos 11 conferências com investidores no brasil, estados unidos e europa, e o primeiro arezzo&co day, para debater em maior profundidade o modelo de negócios com investidores, além de receber centenas de acionistas em nossos escritórios e lojas.
os objetivos traçados para o ano de 2011 foram desafiadores e, com o alto nível de comprometimento de nossa equipe, as metas foram alcançadas. a companhia expandiu sua rede em 38 lojas, e realizou 17 reformas com ampliações, aumentando a área de vendas em 22%. em 2011, a receita bruta cresceu 21% com expansão das margens operacionais, de forma que o resultado líquido aumentou 42%.
o contínuo investimento em marketing e desenvolvimento de produtos – pilares estratégicos da arezzo&co – impactou positivamente os resultados da rede. as lojas próprias, por exemplo, cresceram 11,4% as vendas das mesmas lojas ante 2010, principalmente pelo aumento do volume de produtos. as margens brutas por canal
Carta do presidente
um ano marCante– a companhia trabalha com franquias, lojas próprias e multimarcas – mantiveram seus níveis, comprovando a capacidade da arezzo&co de gerir pressões de custo mesmo em um ambiente mais inflacionário.
nossas quatro marcas, arezzo, Schutz, alexandre birman e anacapri, tiveram aumento de vendas superior a 18%, graças à melhora operacional e à expansão geográfica de distribuição, aliadas a um intenso e contínuo trabalho de comunicação e marketing, em todas as mídias. as marcas arezzo e Schutz inclusive ganharam destaque, atingindo o primeiro lugar em rankings de interação com clientes em redes sociais.
pensando nos próximos anos, um detalhado projeto foi concebido para a consolidação da marca Schutz no brasil – por meio de lojas monomarca. no segundo semestre, a primeira franquia da marca iniciou operações, junto da abertura de seis novas lojas próprias e da reforma e adequação de outras três. os resultados obtidos nessas primeiras inaugurações reforçam a convicção quanto ao crescimento da marca e implantação bem-sucedida do novo plano de expansão.
o fortalecimento da infraestrutura da companhia apoia os projetos de crescimento. em 2011, um novo centro de distribuição duplicou nossa capacidade de receber, processar e entregar produtos. essa mudança aumenta a velocidade de resposta ao mercado, reduzindo as despesas de frete e diminuindo a emissão de poluentes sem exigir investimento em ativo imobilizado. houve também sensível evolução dos sistemas de informação de varejo, em decorrência dos investimentos feitos nos últimos dois anos. no futuro, o objetivo da companhia é reforçar a estrutura
relatório de sustentabilidade 2011 76 arezzo&Co
Relevância dos assuntos para os
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ASSUNTO
stakeholders
1 desenvolvimento da comunidade
por meio de investimentos em
programas sociais
2 uso consciente dos materiais,
água e energia, assim como o
descarte correto dos resíduos
3 Saúde e segurança do cliente na
concepção dos calçados
4 uso de materiais ambientalmente
sustentáveis na concepção dos
calçados e acessórios
Com base nos processos utilizados para definição do conteúdo, este relatório privilegia alguns temas considerados relevantes:
volvidas e priorizando os temas mais relevan-
tes para fortalecer a gestão da sustentabilidade
da arezzo&co. Somado a isso, foi realizado um
mapeamento dos principais stakeholders, de-
finindo colaboradores, fornecedores, lojistas,
acionistas e consumidores como os principais
públicos da companhia. uma amostra aleatória
deles foi consultada por meio de questionários
eletrônicos e físicos para definir as questões
socioambientais prioritárias que devem entrar
nas políticas da companhia, e que deveriam
ser consideradas neste relatório. esses dados,
complementados com as entrevistas com exe-
cutivos sobre a atuação em 2011, formam o
conteúdo deste relatório. (GrI 3.5)
para conferir maior credibilidade e transparên-
cia, este relatório foi submetido à verificação
externa, conforme relato na página 68.
as mudanças geopolíticas, econômicas, so-
ciais e ambientais das últimas décadas leva-
ram os maiores pensadores e estrategistas
internacionais à uma conclusão: para uma
empresa poder perpetuar-se no futuro, pre-
cisa levar em conta aspectos econômicos,
sociais e ambientais na formulação de suas
políticas.
Michael porter e Mark Kramer, da harvard
business School, escreveram um artigo que
virou referência para explicar a importância
desse novo enfoque na gestão das corpo-
rações. “é preciso reconectar o sucesso da
empresa ao progresso social. valor com-
partilhado não é responsabilidade social,
filantropia ou mesmo sustentabilidade, mas
uma nova forma de obter sucesso econô-
mico. para que se materialize, líderes e ge-
rentes terão de adquirir novas habilidades e
conhecimentos — como, por exemplo, uma
apreciação muito mais profunda das neces-
sidades da sociedade, uma maior compreen-
são das verdadeiras bases da produtividade da
empresa e a capacidade de transpor a fronteira
entre as esferas com e sem fins de lucro para
colaborar.” o texto, intitulado criação de valor
compartilhado, foi publicado na harvard busi-
ness Review.
a adoção do padrão Global Reporting initiati-
ve para relatórios de sustentabilidade permite
comparabilidade, transparência e demonstra-
ção da gestão da sustentabilidade realizada
pela empresa. a arezzo&co tomou a decisão
de adotar esse padrão, em linha com a agen-
da de sustentabilidade, para reportar a todos
os seus stakeholders suas ações entre 1 de ja-
neiro e 31 de dezembro de 2011, publicando
pela primeira vez um relatório anual. (GrI 3.1,
GrI 3.2, GrI 3.3)
o processo de mudança começou no segundo
semestre, com um diagnóstico socioambiental,
identificando questões-chave a serem desen-
arezzo&co realiza pela primeira vez um relatório de sustentabilidade com base nos padrões internacionais do GRi versão G3
Sobre o relatório de Sustentabilidade
um Grande paSSo rumo à perenIdade
relatório de sustentabilidade 2011 98 arezzo&Co
da própria região. (GrI eC6, GrI eC7)
o vale dos Sinos é especializado em produ-
ção de calçados femininos, o foco central da
arezzo&co, que em 2010 atingiu um market
share de 11,1%. essa boa posição alcançada pela
companhia deve-se, em parte, à decisão de
concentrar a produção no polo calçadista gaú-
cho, que reúne fornecedores de insumos de
alta qualidade e permite uma rápida distribui-
ção para as capitais do Sul e Sudeste, grandes
consumidoras das quatro marcas. isso, somado
à estratégia de negócios que centra a atuação
do Grupo em pesquisa & desenvolvimento de
novos produtos e na eficiente gestão do vare-
jo, são fatores essenciais da performance da
arezzo&co.
Nova HartzSapirangaDoisIrmãos
EstânciaVelha
Ivoti
Araricá
Campo Bom
Novo Hamburgo
São Leopoldo
Sapucaiado Sul
Portão
Nova SantaRita
Canosa
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Vale dos Sinos
mercado e contextoS
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o brasil e o vale dos Sinos são importantes polos de produção mundial
no final de 2011, estudo realizado pelo centro
de pesquisa para economia e negócios (cebR,
em inglês) do Reino unido e publicada pelos
maiores jornais do mundo colocou o brasil na
sexta posição entre as economias mundiais. o
país vive um momento inédito de desenvolvi-
mento que, aliado à ascensão da classe c, favo-
rece especialmente algumas indústrias, como
a do vestuário e calçados, que têm um dos
mais altos potenciais de expansão do consumo
em toda sua história. a arezzo&co aposta no
crescimento da indústria dos calçados, que em
2010 produziu 840 milhões de pares no brasil,
e está preparada para expandir sua produção.
com alta qualidade, o calçado brasileiro em
geral tem um excelente custo-benefício em re-
lação a outros países que confeccionam produ-
tos do mesmo nível, como a itália, por exemplo.
para adquirir um calçado italiano, o importador
nacional paga em média 50% a mais do que
despenderia para adquirir um modelo nacional.
o setor calçadista brasileiro é um dos mais im-
portantes do mundo. em 2010 reuniu 8,2 mil
um merCado em expanSão
empresas e empregou diretamente 349 mil
pessoas, segundo estudo da associação bra-
sileira da indústria de calçados (abicalçados).
em 2011, de acordo com estimativas feitas pela
mesma instituição, o país exportou 1,5 bilhão
de dólares e 113 milhões de pares.
a arezzo&co conseguiu criar um modelo pro-
dutivo com alta qualidade e bons preços quan-
do concentrou sua atuação no varejo, marke-
ting e pesquisa e desenvolvimento, e mudou
suas operações para o Sul do brasil. passou a
produzir no polo calçadista do vale dos Sinos,
uma região a cerca de 50 quilômetros da capi-
tal do Rio Grande do Sul.
como todas as cidades atuam no setor cou-
reiro-calçadista, o local é considerado o maior
cluster calçadista do mundo, com mais de 2 mil
fábricas de calçados e componentes, indús-
trias de máquinas e equipamentos, curtumes,
entidades de classe e instituições de pesquisa
e ensino, o que permite a contratação de for-
necedores locais da mais alta qualidade. na ad-
ministração, dois entre os nove membros são
relatório de sustentabilidade 2011 1110 arezzo&Co
a arezzo&co conta atualmente com
1.895 colaboradores*, suas vendas líquidas alcançaram
r$ 679 milhões em 2011, com dívida de
r$ 38,7 milhões
e patrimônio líquido de
r$ 384 milhões
GrI 2.8
2011 - a empresa abre seu capital vendendo ações na bM&Fbovespa
1986 - início do sistema de franquias, com a inauguração do primeiro ponto de vendas nesse sistema
1990 - abertura da primeira loja con-ceito da arezzo na oscar Freire
1997 - após fechar a indústria em Minas, a empresa migrou sua produção para o polo calçadista do vale dos Sinos (RS) e instalou escritórios e o departamento de pesquisa e desenvolvimento no município de campo bom
2007 - companhia incorpora a marca Schutz, de alexandre birman
2008 - criação da marca anacapri, de calçados pop e confortáveis
2009 - criação da grife alexandre birman, voltada para o mercado internacional
sórios. em 2011, a empresa deu um importante
passo em sua trajetória, quando passou a nego-
ciar suas ações na bM&Fbovespa, obtendo uma
valorização de 22% desde a oferta pública inicial
(ipo), realizada em fevereiro, até 31 de dezem-
bro de 2011. a companhia aberta está listada no
novo Mercado, o nível mais alto de governança
corporativa da bolsa de valores de São paulo.
(GrI 2.6)
a história da companhia foi construída passo a
passo. o primeiro grande sucesso foram as san-
dálias anabela com saltos revestidos em juta, lan-
çadas em 1979, que alavancaram o crescimento
da marca. nos anos 1980, a fábrica em Minas
Gerais passou a produzir 1,5 milhão de pares ao
ano e chegou à marca de 2 mil funcionários. na
década seguinte, sintonizada com as tendências
internacionais, a arezzo abriu a sua primeira loja
conceito na disputada Rua oscar Freire, em São
paulo, iniciando uma época de grande investi-
mento em varejo e marketing.
a abertura de lojas próprias em grandes centros
de consumo e o fortalecimento do canal de fran-
quias tornaram os sapatos e acessórios arezzo
presentes em todo o território nacional. e, mais
uma vez, a característica inovadora da marca
* 1.879 clt e 16 estagiários
líder no setor de calçados, bolsas e acessórios
femininos no brasil e na américa latina, a arezzo
indústria e comércio Sa iniciou sua história em
1972, quando os irmãos anderson e jefferson
birman começaram a fabricar sapatos masculi-
nos em belo horizonte. desde o início, os irmãos
empreendedores demonstraram uma grande ca-
pacidade de inovação e de observar e atender
os desejos de seus consumidores. (GrI 2.7)
Financiados pelo pai, um engenheiro que cons-
truía estradas, os dois começaram a produzir
calçados masculinos na garagem de casa. eram
seis funcionários e 50 pares prontos a cada
a inovação constante, tanto na moda quanto na gestão, consolida a arezzo&co entre as principais marcas de calçados para mulheres da américa latina
SIntonIa fIna Com o deSejo femInIno
nossa trajetóriaS
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semana, mas logo perceberam que vender sa-
patos para homens não era o melhor negócio.
descobriram, com seu talento e intuição, que em
matéria de calçados, as mulheres são as consu-
midoras ideais, e decidiram focar sua produção
neste público. de lá para cá, a arezzo virou uma
das maiores marcas de calçados femininos da
américa latina e é referência em conceito, alta
qualidade e design contemporâneo.
atualmente a arezzo&co engloba também as
marcas Schutz, alexandre birman e anacapri,
comercializando no total mais de 7 milhões de
pares de calçados ao ano, além de bolsas e aces-
1972 - anderson e jefferson birman começam a produzir 50 pares de sapatos masculinos por semana na garagem da casa de seus pais
1974 - os irmãos decidem investir no público feminino
1976 - abertura da primeira loja própria da arezzo
1979 - Grande sucesso de vendas com a anabela com saltos cobertos de juta, uma febre à época
1983 - abertura da fábrica-modelo em Minas Gerais
linha do tempo
relatório de sustentabilidade 2011 1312 arezzo&Co
alexandre birman, filho de anderson, em 1995,
a marca começou a exportar calçados em 2002
e é destinada a jovens ousadas e irreverentes,
com alta qualidade de design. tem sua fábrica
própria na cidade de campo bom (RS), no vale
dos Sinos.
em novembro de 2008, outra marca passou a
fazer parte do portfólio da companhia, a anaca-
pri. coloridos, confortáveis e acessíveis, seus cal-
çados são dirigidos a mulheres antenadas com a
cultura pop. em 2009, alexandre birman criou a
grife que leva seu nome, com a ideia de conquis-
tar pontos estratégicos no mundo com sapatos
exclusivos para mulheres sofisticadas. além de
desfilar nos pés de famosas como blake lively,
demi Moore e Kate hudson, a alexandre birman
é a primeira marca brasileira a ter espaço ao
lado dos maiores nomes da moda internacional
em grandes cadeias de lojas como a Sak’s, ney-
man Marcus e bergdorf Goodman, e tem forte
presença na américa do norte. (GrI 2.7)
o Grupo opera com três canais de vendas no
brasil: lojas próprias, franquias e multimarcas.
tem franquias na bolívia, paraguai, portugal e
venezuela. (GrI 2.5; GrI 2.7)
a sede da companhia está localizada em belo
horizonte (MG), mas a maior parte de suas ope-
rações está concentrada no Sul do país, no polo
calçadista do vale dos Sinos. em 2012, um novo
escritório no centro da cidade de campo bom
irá concentrar as quatro marcas, assim como
outras áreas corporativas do Grupo, permitindo
um ganho de sinergia e troca de conhecimento.
(GrI 2.4)
nossa trajetóriaS
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veio à tona. a empresa começou a investir de
forma sólida em pesquisa e desenvolvimento de
novos modelos, aumentando a sintonia com os
desejos de seu público e chegando a um nível
de expertise pouco visto no mercado calçadis-
ta. ao mesmo tempo em que consegue criar sa-
patos de acordo com as mais novas tendências
de moda, a equipe da arezzo adquiriu um co-
nhecimento muito sofisticado do formato do pé
da brasileira, que, por conta da grande mistura
étnica do país, tem características muito varia-
das. “conheço uma brasileira pelo pé. nosso pé
é muito diferente, representa um pouco da mis-
cigenação dos povos que formaram o país”, diz
cláudia narciso, diretora de pesquisa & desen-
volvimento e de Marketing. com isso, os sapatos
proporcionam conforto ao maior número de for-
matos de pés, o que deixa o grupo preparado a
atuar em qualquer mercado do mundo.
a década de 1990 também marcou uma gran-
de virada na operação. o esquema industrial
dos anos 1980, com a fábrica própria em Minas
Gerais, foi substituído por uma estratégia mais
eficaz para os novos parâmetros da companhia.
a produção passou a ser feita no maior polo cal-
çadista do país, o vale dos Sinos, a cerca de 50
quilômetros de porto alegre (RS), por fábricas e
ateliês selecionados e treinados.
a primeira década do novo século colocou a
empresa na era corporativa, com a criação da
arezzo&co, uma grande expansão dos canais
de distribuição e o lançamento de marcas es-
pecíficas para diferentes públicos. a Schutz foi
incorporada ao grupo em 2007. Fundada por
relatório de sustentabilidade 2011 1514 arezzo&Co
na bM&Fbovespa em 2011. durante o ipo, as
ações chegaram ao teto de valor estipulado
pelos coordenadores da operação, alcançando
R$ 19 por ação (a previsão era entre R$ 15 e
R$ 19). em 31 de dezembro de 2011 a cotação
era de R$ 22,86 e o valor de mercado da com-
panhia era de R$ 2.054,18 milhões. (GrI 2.9)
o capital social da arezzo&co é de 88.542.410
ações ordinárias. anderson lemos birman
e alexandre café birman controlam a com-
panhia, com 53,6% das ações. em 31 de
dezembro de 2011, a composição acionária
era de:
unidades
• Sede
concentra os trabalhos de
auditoria interna e comercial Regional
centro-oeste, executados por 16
colaboradores
• Escritório em São Paulo
unidade corporativa, abriga 173
colaboradores
• Unidade de Sourcing e logística
conta com 89 colaboradores
• Unidade de P&D e Marketing
São 341 colaboradores das áreas de pesquisa
e desenvolvimento e Marketing
• Unidade Schutz
Fábrica da marca Schutz, tem 657
colaboradores
• Centro de Distribuição
com capacidade de armazenamento de
650.000 pares, comporta 10 caminhões e
emprega 39 colaboradores.
Acionistas Ações %
Administradores 325.075 0,4%
FIP Piraíba 10.436.453 11,8%
Circulação 30.366.421 34,3%
Controlador 147.414.461 53,6%
Total 88.542.410 100%
0,4%11,8%
34,3%
53,6%
45 lojas próprias
289 franquias
2.146 multimarcas
totalizando 2.480 pontos de ven-
da em mais de 1.080 municípios
brasileiros
Totalizando
2.480 pontos de
venda em mais de 1.080
municípios
brasileiros
45lojas
próprias
289 franquias
2.146 multimarcas
dados referentes a dezembro de 2011
os produtos da arezzo&co estão presentes
em todo o território brasileiro, graças ao pro-
grama de franquias, lojas próprias e endere-
ços multimarcas. em dezembro de 2011, a rede
de distribuição contava com 289 franquias, 45
lojas próprias, sendo 6 outlets, e 2.146 multi-
marcas, totalizando 2.480 pontos de venda e
presença em mais de 1.080 municípios bra-
sileiros. em 2011, 38 novas lojas foram aber-
tas e 17 foram ampliadas. em março de 2012,
a companhia contava com 292 franquias, 46
lojas próprias, 5 outlets e 2.177 multimarcas,
com presença em 1.200 municípios brasileiros.
a companhia tem duas unidades de negócios
distintas: uma reúne as marcas arezzo e ana-
capri e a outra administra Schutz e alexandre
birman, mas ambas compartilham a mesma
estrutura corporativa. a Schutz é a única que
tem uma fábrica própria, localizada em cam-
po bom, no Rio Grande do Sul. esta região
também concentra fábricas independentes
e especializadas que produzem calçados e
acessórios que são adquiridos pelas outras
três marcas. (GrI 2.3)
o polo calçadista do vale dos Sinos é con-
siderado o maior do mundo e concen-
tra 2 mil empresas de calçados e insumos.
o polo é respeitado pela expertise adquirida
eficiente gestão de franquias, lojas próprias e multimarcas garantem capilaridade às marcas
preSença naCIonal
estrutura operacional e acionária
ao longo do tempo, especialmente na confec-
ção de sapatos femininos. está localizado no
Rio Grande do Sul, que é responsável por 33%
dos 894 milhões de pares feitos anualmente
no brasil. uma das principais cidades da re-
gião, novo hamburgo, sediou as primeiras
grandes indústrias do segmento ainda no sé-
culo xix e até hoje é conhecida como capital
nacional do calçado.
Tecnologia e marketing
a arezzo&co desenvolveu-se e continua seu
crescimento a partir da concentração de es-
forços em duas áreas chaves: na pesquisa e
desenvolvimento de produtos e na gestão de
vendas.
o Grupo investe em tecnologia e processos
para especificar de forma detalhada o produ-
to final que deseja. consegue assim adquirir
produto acabado de fábricas independentes
e especializadas, confeccionando apenas 14%
da produção total em sua fábrica própria, dos
sapatos da marca Schutz.
mercado de Capitais
Foco em resultados é a base do eficaz mo-
delo de negócios que conquistou os inves-
tidores quando a empresa abriu o capital
So
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relatório de sustentabilidade 2011 1716 arezzo&Co
Compromisso com a sustentabilidade
em 2011, a companhia deu o pontapé inicial de
um engajamento mais sólido e efetivo com a
sustentabilidade, que passou a fazer parte de
maneira formal de todas as suas ações. com a
ajuda de consultores, foram realizados vários
processos de definição de assuntos importan-
tes e a inserção gradual de vários aspectos
socioambientais na gestão, fortalecendo a par-
ticipação dos stakeholders e definindo o inves-
timento social privado a ser realizado em 2012.
os principais stakeholders da companhia fo-
ram definidos a partir de seu envolvimento
com a cadeia produtiva e do quanto são im-
pactados pelas atividades da arezzo&co, que
sempre leva em conta as opiniões desses pú-
blicos em suas decisões como forma de criar
valor compartilhado. (GrI 4.15).
Foram usados frameworks de sustentabilidade
reconhecidos internacionalmente, que permiti-
ram que a empresa realizasse uma priorização
de assuntos socioambientais a serem reforça-
dos em sua gestão. após uma consulta realiza-
da com os principais stakeholders, foram de-
finidos os assuntos que a arezzo&co deveria
tratar em um primeiro instante. as informações
obtidas permitiram que fossem delineados os
seguintes pontos fortes da atuação socioam-
biental da arezzo&co:
•Garantia dos direitos da mulher, como licen-
ça maternidade, por exemplo
•Garantia de não ocorrência de trabalho
infantil
•Saúde e segurança do cliente na concepção
dos calçados
•Garantia de não ocorrência de discriminação
como pontos a serem desenvolvidos:
•Desenvolvimento da comunidade por meio de
investimentos em programas sociais
•Seleção de parceiros conscientes
•Recuperação e reutilização dos produtos
após o uso
•Uso de materiais ambientalmente sustentá-
veis na concepção dos calçados e acessórios
como questões mais relevantes, temas que de-
veriam, portanto, ter mais destaque no Relatório
de Sustentabilidade da arezzo&co e também
em sua atuação e tomada de decisões, temos:
• Desenvolvimento da comunidade por meio de
investimentos em programas sociais
• Uso consciente dos materiais, água e energia,
assim como o descarte correto dos resíduos
• Saúde e segurança do cliente na concepção
dos calçados
• Uso de materiais ambientalmente sustentáveis
na concepção dos calçados e acessórios
a partir da consulta a stakeholders e da prio-
rização de assuntos socioambientais a serem
reforçados, definiu-se uma série de iniciativas
de responsabilidade socioambiental a serem
aplicadas já em 2012. essas iniciativas foram
pautadas pela política corporativa de Respon-
sabilidade Socioambiental, definida em 2011 e já
aplicadas em alguns projetos durante o segun-
do semestre do ano. (GrI 4.17)
(GrI 4.14)
a transparência é uma palavra-chave no códi-
go de ética da arezzo&co, que foi reescrito e
ampliado para as quatro marcas em 2011. Sus-
tentado por dez pilares, o compromisso defi-
ne os princípios e valores que devem nortear
as ações de cada colaborador, independente
de seu nível hierárquico, e também a condu-
ta de prestadores de serviço como auditores,
consultores, funcionários de equipes de lim-
peza, manutenção e segurança que trabalham
nas dependências ou estejam representando a
companhia em alguma situação. o conteúdo
abrange temas como: orientações para os re-
lacionamentos internos e externos com os di-
versos públicos, conflitos de interesses, nego-
ciação com valores mobiliários e recebimento
de brindes e presentes em eventos externos.
(GrI af1)
tópicos do código de ética pautam as relações da companhia e de seus colaboradores com diferentes públicos
Sob oS dez mandamentoS da étICa
Conduta ética e compromisso com a sustentabilidade
Código de ética
1 aquilo que não pode ser transpa-
rente não deve ser feito.
2 Seja verdadeiro sempre, para que
em algum momento não seja falso
com seu emprego. Seja autêntico
sempre.
3 negocie claramente suas metas e
responsabilidades, e considere que
o cumprimento é pré-requisito de
sua continuidade.
4 não descubra somente problemas.
culpar terceiros nunca resolve.
arrisque-se, proponha soluções. Se
você não concorda, aja!
5 Formalize tudo, mesmo que infor-
malmente.
6 Seja sempre flexível. esteja dispos-
to e preparado continuamente para
mudanças.
7 as metas cumpridas são, no míni-
mo, a base para a próxima meta.
8 unidos venceremos! divergências
constroem, conflitos destroem.
9 humildade com posicionamento:
matéria-prima do nosso sucesso.
10 curta. Goste. envolva-se. e seja
sempre feliz!!!!
So
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rezzo
&C
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SOCIEDADE E GOVERN
O
CO
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CONSUMIDORES
E CLIENTES
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RES FORNECEDORES C
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ISTA
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relatório de sustentabilidade 2011 1918 arezzo&Co
lheiro pedro de andrade Faria. o comitê rea-
lizou reuniões semanais ao longo de 2011. as
decisões que envolvem o futuro da compa-
nhia são tomadas juntamente com os direto-
res da empresa, das áreas de Finanças, Gente
& Gestão, produção, Suprimentos e estratégia
e tecnologia da informação. uma vez aprova-
das, são levadas ao conselho de administra-
ção. (GrI 4.1)
acionistas e colaboradores também podem
opinar e enviar sugestões ao comex, por meio
do site de Relações com investidores. as su-
gestões e questões são encaminhadas à dire-
toria e respondidas no prazo máximo de uma
semana, além de fazerem parte de um relatório
quinzenal realizado pelo departamento de Ri
e enviado aos executivos. o código de ética
prevê outro canal de comunicação, disponível
aos colaboradores, pelo e-mail etica@arezzo.
com.br, que também contam com seus gesto-
res diretos para fazer sugestões ou encaminhar
dúvidas. (GrI 4.4)
o comex é também uma importante ferramen-
ta para evitar o conflito de interesses, assim
como o código de ética, que traz diretrizes cla-
ras sobre a tomada de decisões estratégicas.
outros mecanismos de controle são a diretoria
de auditoria interna e o conselho Fiscal, que é
acionado em qualquer exercício social por so-
licitação dos acionistas, de acordo com a lei
das Sociedades por ações. (GrI 4.6)
novos comitês
a partir do dia 02 de maio de 2012 três no-
vos comitês entraram em operação na com-
panhia. o de auditoria cuida dos mecanismos
que garantem a transparência; estratégia de-
cide sobre Fusões e aquisições e internacio-
nalização; e o de pessoas, que delibera sobre
planos de carreira e remuneração dos colabo-
radores.
Conselho de administração
Conselheiros efetivos anderson birman - presidente da arezzo
desde sua fundação, mais de 39 anos de
experiência na indústria
alexandre birman - diretor operacional e
fundador da Schutz, 16 anos de experiência
na indústria
pedro de andrade faria, sócio da tarpon desde
2003, e membro dos conselhos da direcional
engenharia, omega energia Renovável, cremer
e comgás
eduardo Silveira mufarej, sócio da tarpon
desde 2004, membro do conselho da tarpon,
omega energia Renovável e coteminas
josé ernesto beni bolonha, fundador e
presidente da ethos desenvolvimento humano
e organizacional
josé murilo procópio de Carvalho, presidente
da associação dos advogados de Minas Gerais
e conselheiro Federal da ordem dos advogados
do brasil (oab)
Conselheiros independentesartur noemio Grynbaum: presidente do Grupo
boticário, maior rede de franquias do brasil,
e vice-presidente da associação brasileira
da indústria de higiene pessoal, perfumaria e
cosméticos
Guilherme affonso ferreira, presidente da
bahema participações, membro do conselho do
pão de açúcar, banco Signatura lazard, eternit,
tavex e Rio bravo investimentos.
(GrI 4.3, GrI la13)
com a abertura de capital, a arezzo&co ade-
riu ao novo Mercado da bM&Fbovespa, com-
prometendo-se a adotar uma série de me-
didas que incluem práticas diferenciadas de
gestão, proteção aos acionistas minoritários
e transparência. desde 2007, quando a tar-
pon investimentos Sa, por meio do Fundo de
investimentos em participações (Fip) piraíba,
adquiriu uma parte das ações, a companhia
vive um processo constante de aprimoramen-
to das práticas de governança corporativa. o
ipo realizado em 2011 acelerou ainda mais esse
avanço, tornando os processos decisórios mais
sólidos e maduros.
um dos exemplos disso foi a criação em 2011
da diretoria de Relação com investidores, que
é comandada por um diretor e um gerente, e
responsável pela governança corporativa do
Grupo, junto com a diretoria de Gente & Ges-
tão, liderada por uma diretora e três gerentes,
e com o conselho de administração, composto
por oito membros. a área de Relações com in-
vestidores realizou, por exemplo, o dia do in-
vestidor: “arezzo&co investor day”, em 13 de
dezembro, um evento que reuniu mais de 120
investidores e analistas do mercado financeiro.
os executivos da companhia apresentaram as
principais realizações, vantagens competitivas
e desafios da arezzo&co, além de explicitar o
modelo de negócios. (GrI 4.1; GrI la13)
outro exemplo do cuidado com a Governança
companhia aperfeiçoa mecanismos de governança corporativa durante 2011
Governança Corporativa
corporativa é a composição do conselho de
administração. é formado por oito membros,
sendo dois independentes, eleitos para man-
datos de dois anos. Reúne representantes atu-
antes em empresas e institutos proeminentes
da economia brasileira, como tarpon, ethos,
o boticário, bahema, dentre outros. ander-
son birman, que também exerce o cargo de
ceo, e fundou a empresa há 39 anos, foi eleito
para presidência com mandato vigente até a
assembleia Geral ordinária de 2013. alexan-
dre birman, que começou a trabalhar na are-
zzo há 16 anos, é o vice-presidente. (GrI 4.1;
GrI 4.2; GrI 4.3)
a conformação heterogênea do conselho é
proposital: além de serem muito atuantes, os
conselheiros aportam diferentes pontos de vis-
ta, enriquecendo os debates e possibilitando
decisões mais maduras e sólidas. os critérios
para a seleção são a complementaridade de
competências em relação aos demais mem-
bros do conselho e a expertise em uma ou
mais áreas estratégicas para o negócio, tanto
atualmente quanto para o futuro. (GrI 4.7). em
2011, foram realizadas quatro reuniões trimes-
trais previstas e duas extraordinárias. em 2012,
os encontros passaram a ser bimestrais.
o comitê executivo (comex), responsável
pelo planejamento e estratégia, é formado
pelo presidente, anderson birman, pelo vice-
-presidente, alexandre birman, e pelo conse-
CompromISSo Com a tranSparênCIa
So
bre
a a
rezzo
&C
o
relatório de sustentabilidade 2011 2120 arezzo&Co
o dobro de capacidade do anterior, o que au-
menta a velocidade de entrega de produtos
para as lojas e reduz as despesas de fretes.
thiago borges, diretor financeiro e de Rela-
ções com investidores, afirma que melhorias
significativas na gestão do caixa permitiram
ganhos tanto para a companhia quanto para
os franqueados, que contaram com prazos
mais flexíveis para pagamentos. com isso, a
empresa conseguiu otimizar seus recursos,
controlando melhor seu capital.
metas para o futuro
na arezzo&co, uma meta atingida sempre é a
base para a próxima. os bons resultados em
2011 fortalecem os planos de expansão para
2012. por isso, a companhia já estabeleceu
objetivos desafiadores. um deles é a conso-
lidação da Schutz no brasil, por meio de lojas
monomarca, um projeto que começou em 2011
com a abertura da primeira franquia piloto da
marca, a inauguração de seis lojas próprias e
a reforma de outros três pontos de venda, já
Receita Líquida de R$ 678,9 milhões, aumento de
18,8% em relação a 2010
Principais resultados em 2011
EBITDA de R$ 117,7 milhões, crescimento de 23,3% sobre 2010
Lucro Líquido de R$ 91,6 milhões, alta de 42,0% sobre 2010
Em 2011, a companhia ampliou a sua rede com a abertura
de 38 lojas monomarca, aumentando sua área de
vendas em 21,7%. A Arezzo abriu 28 pontos de venda,
a Schutz 7 e a Anacapri 3
financeirosr
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ltad
os
para
Sta
ke
ho
lde
rs
foCo naS metaS e boaS prátICaS
o ano de 2011 foi marcante para a arezzo&co.
a oferta pública de ações na bM&Fbovespa
fez com que a companhia fortalecesse seu
compromisso de consolidar a liderança no
mercado de calçados, bolsas e acessórios fe-
mininos de moda no país. ao mesmo tempo,
a entrada de novos investidores criou uma
saudável necessidade de aumentar a trans-
parência nas informações divulgadas aos
stakeholders. as metas traçadas para o ano
foram desafiadoras e a companhia conseguiu
atingi-las sem falhas ou excessos, graças ao
comprometimento da equipe e a um rigoroso
controle dos negócios.
a rede de lojas foi expandida em 38 unidades,
e 17 passaram por reformas com ampliações,
aumentando a área de vendas em 22%. isso,
somado a outras medidas, permitiu que a re-
ceita bruta crescesse 21%, com aumento do
ebitda de 23,3% em relação a 2010, atingin-
do R$ 117,7 milhões. o resultado líquido ex-
pandiu em 42%.
companhia alcança resultados estipulados para 2011 e privilegia a transparência em sua relação com os stakeholders
o investimento em marketing e desenvolvi-
mento de produtos, pilares estratégicos do
Grupo, contribuiu para que os resultados da
rede fossem beneficiados. nas lojas próprias,
por exemplo, as vendas nas mesmas lojas
(SSS* - same store sales) cresceram 11,4%
comparadas a 2010, especialmente pelo au-
mento do volume de produtos. as margens
brutas por canal — lojas próprias, franquias e
pontos de venda multimarca — mantiveram
seus níveis, mostrando a eficiência da gestão
de custos no contexto mais inflacionário do
ano.
as quatro marcas — arezzo, Schutz, alexan-
dre birman e anacapri — obtiveram um au-
mento de vendas superior a 18% graças a vá-
rios fatores, como as melhoras operacionais
promovidas por capacitações e logística mais
aprimorada, cobertura geográfica maior e
trabalhos de comunicação e marketing em
todas as mídias. um dos exemplos é o cen-
tro de distribuição inaugurado em 2011, com
relatório de sustentabilidade 201122 23arezzo&Co
Receita Bruta por marcano mercado nacional
Arezzo
69,5 %
Schutz
26,5%
Alexandre Birman
e Anacapri
4,0%
a alexandre birman, que é referência em cal-
çados femininos brasileiros no exterior e di-
vide espaço com os maiores nomes da moda
em cadeias renomadas de varejo no mundo,
passou a produzir parte de seus calçados
e acessórios na itália. com isso, conseguiu
agregar maior refinamento e qualidade em
alguns tipos de sapatos sem alterar os custos
de produção.
a anacapri manteve o contínuo processo de
consolidação de sua marca e expansão da
distribuição, promovendo ações para divulgar
a grife e seus produtos. passou a ser vendida
em multimarcas, para aumentar a penetração
e visibilidade no brasil; convidou estilistas re-
nomados para assinar coleções, o que reper-
cutiu positivamente na mídia impressa, redes
sociais e blogs; e abriu três novas lojas-piloto,
entre outras iniciativas.
resultados por canais
as vendas do Grupo foram incrementadas
mais pelo volume de produtos vendidos do
que por aumento médio de preços, ou seja, o
consumidor continuou pagando praticamente
o mesmo valor pelos calçados e acessórios,
apesar da pressão inflacionária. o canal de
vendas com maior participação no volume
total é o de franquias, com 51,5% das vendas
domésticas. no final do ano, a companhia
contava com 289 franquias.
as lojas próprias, responsáveis por 18,7% das
vendas, somavam 4.686 metros quadrados de
área de vendas em 45 lojas no final do ano.
dezenove são da marca arezzo, 17 da Schutz,
uma da alexandre birman e oito da anacapri.
Receita bruta consolidada por marca
Marca 2011 2010
Arezzo -
mercado
interno
R$ 566, 9
milhões
R$ 479,2
milhões
Schutz -
mercado
interno
R$ 215,8
milhões
R$ 173,1
milhões
Outros R$ 32,5
milhões
R$ 10,2
milhões
Mercado
externo
R$ 47,4
milhões
R$ 50,4
milhões
Total R$ 862,6
milhões
R$ 712,9
milhões
financeirosr
esu
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os
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Sta
ke
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rs
ciais e despesas de reformas para 11 inaugura-
ções e expansões futuras.
resultados por marcas
a rede de lojas das quatro marcas expandiu
em 3.808 metros quadrados sua área de ven-
das em 2011. a comercialização é feita por
meio de lojas próprias, franquias, multimarcas
e Web commerce em todo o país. no exterior,
também conta com franquias, multimarcas e
grandes lojas de departamentos.
a arezzo, principal marca em vendas do gru-
po, alcançou R$ 566,9 milhões em receita
bruta em 2011, fortalecendo sua presença em
todo o país.
a Schutz também obteve incremento de ven-
das, que foram 24,7% superiores às do ano
anterior, em parte por conta da expansão da
rede de lojas monomarca. Foram abertos sete
novos pontos de venda exclusivos e a refor-
ma e adequação de outros três. no final do
ano, essas dez lojas estavam de acordo com
o novo formato desenvolvido em 2011, o que
causou um impacto positivo sobre a notorie-
dade e a percepção da marca no brasil.
percentual
Investimentos 2010 2011 Crescimento
Lojas:
expansão e
reformas
R$ 8,018
milhões
R$ 23,352
milhões
191,2%
Corporativo R$ 5,772
milhões
R$ 6,082
milhões
5,4%
Outros R$ 1,723
milhões
R$ 805 mil -53,3%
Total R$ 15,5
milhões
R$ 30,2
milhões
94,9%
Investimento Capex
Investimentos 2010 2011Crescimento
percentual
Lojas: expansão e
reformasR$ 8.018 milhões R$ 23.352 milhões 191,2%
Corporativo R$ 5.772 milhões R$ 6.082 milhões 5,4%
Outros R$ 1.723 milhões R$ 805 mil -53,3%
Capex – total R$ 15.513 milhões R$ 30.239 milhões 94,9%
dentro do novo projeto arquitetônico.
o plano de aberturas para 2012 é de 58 lojas,
sendo 11 próprias e 47 franquias. a infraes-
trutura da companhia vai acompanhar os in-
vestimentos externos, para prover o suporte
necessário ao aumento de vendas. a área de
tecnologia de informação, objeto de constan-
tes investimentos nos dois últimos anos, rece-
berá ainda mais atenção em 2012.
Investimentos - Capex
os investimentos da arezzo&co têm três na-
turezas: investimento em abertura de lojas e
reformas para ampliação de pontos de ven-
da próprios; investimentos corporativos que
incluem ti, instalações, showrooms e escri-
tório; e outros, principalmente relacionados
à modernização da operação industrial. du-
rante o ano, ocorreu um aumento de 94,9%
no total de investimentos capex por conta de
reformas, expansão da área das lojas atuais e
abertura de novas lojas. Foram 16 novas lojas
próprias, somando 1.719 metros quadrados,
aumento de 167 metros quadrados em quatro
lojas já existentes e compra de pontos comer-
relatório de sustentabilidade 201124
Performance da ação ARZZ3 ante o Ibovespa - Base 100
140
130
120
110
100
90
80
70
60Fev-11 Ago-11 Dez-11
Ibovespa ARZZ3
(1) período de 02/02/2011 até 31/12/2011
quantidade de ações 88.542.410
ticker aRZZ3
início de negócios 2/2/2011
cotação (31/12/2011) 22,86
Market cap 2.024 milhões
desempenho
20111 20%
arezzo&Co
mercado de Capitais e
Governança Corporativa
em 31 de dezembro de 2011, a capitalização de
mercado da companhia era de R$ 2,0 bilhões
(cotação R$ 22,86) alta de 20% quando com-
parado ao início de negociação das ações.
financeirosr
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as vendas nas mesmas lojas próprias (SSS –
lojas próprias) tiveram um crescimento de
11,4% em 2011 em relação a 2010.
ao longo do ano de 2011, as marcas aumen-
taram a frequência de venda para o canal
multimarca, por meio do constante estímulo
aos lojistas para participar de todas as cole-
ções anuais e também por conta do aprimo-
ramento da dinâmica de sourcing e distribui-
ção de produtos.
em decorrência dessa mudança, houve
uma antecipação da entrega das coleções
de inverno e verão para o canal, de forma a
Receita Bruta por canal no mercado nacional
Franquias
51,5 %
Outros
1,1%
Multimarcas
28,7%
Lojas
próprias
18,7%
Canal 2011 2010
Franquias R$ 420,0
milhões
R$ 358,7
milhões
Multimarca R$ 234,0
milhões
R$ 188,4
milhões
Lojas
próprias
R$ 152,2
milhões
R$ 110,0
milhões
Outros R$ 9,0
milhões
R$ 5,4
milhões
Mercado
externo
R$ 47,4
milhões
R$ 50,4
milhões
Total R$ 862,6
milhões
R$ 712,9
milhões
Receita bruta consolidada por canal
aumentar a concentração das vendas no pri-
meiro e terceiro trimestres. no primeiro se-
mestre, o crescimento foi de 28,9% em com-
paração com o mesmo período em 2010,
enquanto no segundo semestre ocorreu um
crescimento de 20,5%.
no final de 2011, as quatro marcas do
grupo foram distribuídas em 2.146 lojas em
todo brasil, ante 1.585 no final de 2010, um au-
mento de 35,4%. esse aumento do número de
lojas multimarca contribui para o crescimento
das vendas de R$ 188,4 milhões em 2010 para
R$ 234,0 milhões em 2011, uma alta de 24,2%.
Arezzo&CO 440.jpg
Ipo na bm&fbovespa: abertura de capital bem-sucedida
e valorização acima da média
25arezzo&Co
relatório de sustentabilidade 2011 2726 arezzo&Co
Principais indicadores financeiros 2010 2011Cresc. ou
spread (%)
Receita líquida 571.525 678.907 18,8%
(-) cMv -339.884 -397.483 16,9%
lucro bruto 231.641 281.424 21,5%
Margem bruta 40,5% 41,5% 1,0 p.p.
(-) SG&a -138.821 -167.754 20,8%
% da Receita 24,30% 24,70% 0,4 p.p.
(-) despesa comercial -95.437 -119.469 25,2%
(-) lojas próprias -35.551 -46.573 31,0%
(-) venda, logística e suprimentos
-59.886 -72.896 21,7%
(-) despesa Geral e administrativa -44.169 -45.895 3,9%
(-) outras (despesas) e receitas 3.455 1.668 -51,7%
(-) depreciação e amortização -2.670 -4.058 52,0%
ebitda 95.490 117.729 23,3%
Margem ebitda 16,7% 17,3% 0,6 p.p.
lucro líquido 64.534 91.613 42,0%
Margem líquida 11,3% 13,5% 2,2 p.p.
capital de giro1 - % da receita 24,8% 28,2% 3,4 p.p.
capital empregado2 - % da receita 28,0% 29,6% 1,6 p.p.
dívida total 46.769 38.659 -17,3%
dívida líquida3 33.765 -134.891 n/a
dívida líquida/ebitda udM 0,4 x (1,1 x) n/a
1 capital de Giro: ativo circulante menos caixa, equivalente de caixa e aplicações Financeiras
de curto prazo subtraído do passivo circulante menos empréstimos e Financiamentos de
curto prazo e dividendos a pagar.
2 capital empregado: capital de Giro somado do ativo permanente e dos outros ativos de
longo prazo descontando-se os impostos de renda e contribuição social diferidos.
3 dívida líquida é equivalente a posição total de endividamento oneroso da companhia ao
final de um período subtraída da posição de caixa e equivalentes de caixa e aplicações de
Financeira de curto prazo.
Principais indicadores financeiros
financeiros
distribuição do Valor
adicionado 2011
desempenho operacional e financeiro - 2011
resumo do resultado 2010 2011 Cresc. ou spread (%)
Receita líquida 571.525 678.907 18.8%
lucro bruto 231.641 281.424 21.5%
Margem bruta 40,5% 41,5% 1,0 p.p.
ebitda1 95.490 117.729 23.3%
Margem ebitda1 16,7% 17,3% 0,6 p.p.
lucro líquido 64.534 91.613 42,0%
Margem líquida 11,3% 13,5% 2,2 p.p.
Indicadores operacionais 2010 2011 Cresc. ou spread (%)
número de pares vendidos (‘000) 6.455 7.533 16,7%
número de bolsas vendidas (‘000) 413 473 14,6%
número de funcionários 1.557 1.879 20,7%
número de lojas 296 334 12,8%
lojas próprias 29 45 55,2%
Franquias 267 289 8,2%
outsourcing (como % da produção total) 84,2% 86,3% 2,1 p.p.
SSS2 (franquias - sell-in) 29,1% 11,3%
SSS2 (lojas próprias - sell-out) 17,6% 11,4%
Último exercício 01/01/2011 à
31/12/2011
penúltimo
exercício 01/01/2010 à
31/12/2010
antepenúltimo
exercício
01/01/2009 à
31/12/2009
Receitas 835.405 693.308 494.736
insumos adquiridos de terceiros
-558.104 -471.324 -337.625
valor adicionado bruto 277.301 221.984 157.111
Retenções -4.058 -2.670 -1.627
valor adicionado líquido produzido
273.243 219.314 155.484
valor adicionado Recebido em transferência
24.315 13.749 21.703
valor adicionado total a distribuir
297.558 233.063 177.187
distribuição do valor adicionado
297.558 233.063 177.187
pessoal 77.029 65.242 51.625
impostos, taxas e contribuições
102.990 79.161 51.278
Remuneração de capitais de terceiros
25.926 24.126 25.545
Remuneração de capitais próprios
91.613 64.534 48.739
dfs Consolidadas/ demonstração do Valor adicionado (reais mil) GrI eC1
Pessoal
25,9%
Remuneração deCapitais Próprios
30,8%
Remuneração de Capitais de
Terceiros
8,7%
Impostos, Taxas e
Contribuições
34,6%
relatório de sustentabilidade 2011 2928 arezzo&Co
re
sult
ad
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para
Sta
ke
ho
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você já parou para pensar o que torna um par
de sapatos confortável, seguro e gostoso de
usar? alguns quesitos são fáceis de observar,
como a altura do salto ou a maciez do cou-
ro, mas a equação completa inclui muito mais
que isso. a equipe da arezzo&co é especialis-
ta nessa conta, mas admite que a tarefa é um
desafio que motiva seu trabalho a cada dia.
“é muito difícil chegar a um sapato perfeito,
redondo. é como fazer um vinho de excelen-
te qualidade”, diz cláudia narciso, diretora de
pesquisa & desenvolvimento e Marketing. o
cuidado com a concepção e confecção envol-
ve todos os produtos da companhia, em suas
quatro marcas: arezzo, Schutz, alexandre bir-
man e anacapri. além de sapatos, o portfólio
de produtos inclui cintos, bolsas, carteiras,
chapéus, bijuterias, esmaltes, kaftans, óculos
e relógios.
(GrI 2.2; GrI 2.8)
em 2011, a companhia obteve importantes
avanços no conforto, com o desenvolvimento
de uma sola mais macia e segura em parceria
com um de seus fornecedores, e em redução
de custos, com um processo mais inteligen-
te de aproveitamento das construções-base
para montar sapatos. no começo do ano, a
marca arezzo também passou a usar uma
ferramenta tecnológica chamada cnc (com-
puter numeric control, ou controle numérico
computadorizado). ela permite que as peças
alta teCnoloGIa e mInÚCIaS arteSanaIS
Consumidoras
Linha direta com a consumidora
Em 2011 a Arezzo&Co passou a usar de forma mais
consistente as mídias sociais e a internet. “É uma ferramenta
fantástica, uma forma de chegar bem perto da consumidora”,
elogia Cláudia Narciso, diretora de P&D e Marketing.
Números em 31 de dezembro
240 mil acessos ao
mês na loja virtual da Schutz,
lançada em setembro de 2011
30 mil acessos
mensais ao blog da Schutz
150 mil acessos
mensais ao site institucional
Schutz
0
10
20
30
40
Arezzo Schutz Arezzo Schutz
33 mil
14mil
40 mil38 mil
Seguidores no
Seguidores no
a companhia busca aprimorar cada vez mais os processos para oferecer produtos fashion e conforto às consumidoras
Investimentos em tecnologia de ponta
relatório de sustentabilidade 2011 3130 arezzo&Co
necedores de materiais de campo bom (RS),
a prisma Montelur compostos termoplásticos
e a Fcc Fornecedora de componentes quí-
micos e couros, a pedido da arezzo. além de
oferecer conforto, não risca e proporciona um
acabamento estético adequado.
outra medida que permitiu uma economia de
R$ 10,5 milhões em 2011 foi realizada pelo de-
partamento de p&d. trata-se do reaproveita-
mento das “construções”, termo usado pelos
engenheiros da área para definir o esqueleto
do sapato, formado por salto, solado e pal-
milha. antes, a cada lançamento de um tipo
de modelo, uma construção era criada. em
2011, 600 estruturas foram usadas, sendo que
apenas 180 partiram do zero, por conta deste
novo método. “diminui em pelo menos 25%
o custo de cada par”, avalia altair de Souza.
outro benefício é a agilização da produção,
já que as fábricas e ateliês que já conhecem a
arquitetura dessa parte do sapato não preci-
sam treinar novamente seus operários a fazer
novos formatos.
franze e cola
Mesmo com toda a tecnologia empregada na
concepção, no design dos modelos para que
proporcionem o maior conforto possível e até
no corte dos materiais, a montagem dos sa-
patos ainda é um processo altamente artesa-
nal. os operários modelam cada par a mão,
franzindo e colando o couro, mas tudo feito
a partir de parâmetros minuciosamente esta-
belecidos.
a arezzo&co segue todas as normas da
associação brasileira de normas técncas
(abnt). em busca constante de aper-
feiçoamento, a companhia extrapola as exi-
gências legais e está criando, em parceria
com o instituto brasileiro de tecnologia do
couro, artefato e calçados (ibtec), uma car-
pesquisa e desenvolvimento
de sapatos mais confortáveis
Consumidoras
desenhadas pelas equipes mantenham-se
exclusivas, diminui o desperdício de insu-
mos e aumenta a velocidade de confec-
ção.
a tecnologia de ponta é objeto de inves-
timentos constantes na arezzo&co, o que
favorece as consumidoras em vários sen-
tidos, incluindo os preços. “até o final de
2012 já estaremos desenhando os calça-
dos em duas estações 3d e nossa meta é
ter todo o design feito com essa tecnolo-
gia em 2013”, diz altair Souza, gerente de
engenharia e desenvolvimento na divisão
arezzo. esse tipo de modelagem no com-
putador permite economia de recursos e
mão de obra, assim como várias outras
novidades que a marca está adotando,
como o software que automatiza todo o
processo de produção, desde a concep-
ção do modelo até a confecção do calça-
do. esse sistema, em que todas as infor-
mações sobre os modelos, desde tipo de
material até cores e proporções, entram
direto na rede de computadores, é inédito
na indústria calçadista.
Conforto, beleza e economia
a nova sola usada pela arezzo chegou às
lojas na coleção de inverno 2011. trata-se
de um salto evolutivo muito grande em
relação à anterior. “é gostosa de usar e
protege o pé. a sola tem uma função pa-
recida com a do amortecedor do carro e,
se fôssemos comparar, essa nova é como
se fosse o amortecedor de um Mercedes
em comparação com o de uma Kombi”,
afirma altair. o produto usado, chamado
hpu, é um granulado tipo pvc. derretido
em altas temperaturas, é colocado nas
formas de solados e pode ganhar diversos
formatos. Foi desenvolvido por dois for-
é fashion e confortável
as consumidoras das marcas arezzo&co
levam, junto com os sapatos, duas garantias:
estarão atualizadas com as mais recentes
tendências da moda e terão o máximo de
conforto e segurança que um sapato pode
proporcionar. “a mulher de hoje quer estar
sempre de acordo com as tendências e não
tem tempo de buscar informação sobre moda”,
diz cláudia narciso. o aperfeiçoamento do
design de sapatos da arezzo&co através
dos anos permite um alto nível de acerto em
relação à grande diversidade de tipos de pés da
mulher brasileira, permitindo que a companhia
tenha um know how para atuar em qualquer
parte do mundo. os estilistas contam com
um acervo riquíssimo de mais de 20 mil pares
para pesquisas e baseiam-se em informações
de ponta da indústria da moda para avaliar
tendências e definir conceitos de coleções.
em termos de conforto, o aperfeiçoamento é
constante. os engenheiros calculam detalhes
como a inclinação do salto, curvatura do pé e
mergulham em minúcias. “um dos segredos é
distribuir o peso do corpo por toda a planta,
para que a mulher que usa saltos não tenha
dor na parte da frente do pé”, diz altair Souza,
gerente de engenharia e desenvolvimento na
divisão arezzo. outro ponto importante é a
estabilidade: saltos altíssimos e plataformas são
um verdadeiro desafio, e o cálculo ainda precisa
permitir que a usuária caminhe com segurança
e elegância. de que adiantaria subir em saltos
astronômicos e andar à moda Robocop?
a atualização das coleções é outro diferencial
na busca de satisfação das clientes: a arezzo e
a Schutz lançam de sete a nove coleções por
ano (a cada 45 dias há novidades nas lojas).
a alexandre birman e a anacapri lançam
quatro coleções por ano.
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relatório de sustentabilidade 2011 3332 arezzo&Co
em abril de 2011, a arezzo lançou uma coleção
chamada pelemania, em que havia um percen-
tual de produtos com peles exóticas de ani-
mais. o lançamento causou uma grande reação
pública nas redes sociais: chegou a ser um dos
itens mais comentados do twitter e gerou a
criação de uma página no Facebook sugerindo
o boicote de produtos da marca.
numa reação ágil, a arezzo&co decidiu reco-
lher do mercado todos os produtos da coleção,
e divulgou um comunicado esclarecendo que
tomou a decisão em respeito ao público, mas
não por ter deixado de cumprir a legislação e
as determinações dos órgãos que regulam o
uso de insumos retirados da natureza. a maio-
ria dos produtos era confeccionada em couro
bovino e materiais sintéticos, e as peles dife-
renciadas tinham as certificações necessárias
e a liberação tanto para serem produzidas em
seus países de origem quanto para entrada no
brasil. “Saímos com prejuízo financeiro, mas
com grande respaldo da confiança de diferen-
tes públicos na marca”, diz alexandre birman,
coo da companhia.
aGIlIdade na CrISe
pelemania
cláudia narciso, diretora de pesquisa & de-
senvolvimento (p&d) e Marketing da arezzo,
concorda que o episódio proporcionou gran-
de aprendizado para a empresa. “nos ensinou
a pesquisar mais antes de lançar um produto,
mesmo que ele seja comercializado no mundo
inteiro de forma legal e todos seus processos
tenham sido feitos da forma mais correta pos-
sível”, avalia a diretora.
o caso representou uma lição aprendida para
todo o grupo arezzo&co, de buscar maior ali-
nhamento com as expectativas de seu público.
“pretendemos criar um comitê de riscos para
avaliar as melhores formas de uso do couro”,
diz alexandre birman.
‘‘ nos ensinou a pesquisar mais antes de lançar
um produto
Consumidoras
Cada uma na suaA qualidade é ponto comum, mas cada marca da Arezzo&Co tem sua identidade e público
alvo definidos.
Modelos fashion com conforto e qualidade.
Preço médio:R$ 180
Mulheres de 16 a 60 anos, ecléticas e antenadas com as tendências
Preço médio:R$ 960
Sapatos com design único, exclusivos, com mix de materiais marcantes.
Mulheres de 20 a 45 anos sofisticadas como as atrizes Demi Moore, Anne Hathaway, Kate Hudson e a modelo Gisele Bündchen
Preço médio:R$ 285
Sapatos modernos e alinhados com as grandes marcas internacionais.
Mulheres entre 18 e 40 anos, classes A e B, fashion, ousadas e provocativas
Preço médio:R$ 99
Calçados planos, confortáveis, coloridos e acessíveis.
Adeptas do estilo pop entre 16 e 60 anos
tilha com normas técnicas e testes pelos quais
todos os produtos e matérias-primas terão de
passar antes de ser colocados à venda. todos
os produtos passam por testes de rodagem
antes de serem liberados para produção,
assim como a matéria-prima empregada na
fabricação do produto é submetida a testes
de qualidade. esse cuidado reflete-se na for-
ma com que os produtos são recebidos no
mercado. (GrI pr1)
em relação à conformidade com leis e regula-
mentos, não ocorreram multas significativas
relativas ao fornecimento e uso de produtos
e serviços. (GrI pr9)
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relatório de sustentabilidade 2011 3534 arezzo&Co
lojas e franquias
parCerIa de SuCeSSo
o modelo de negócios da arezzo&co, centra-
do em pesquisa e desenvolvimento de produ-
tos e no varejo, tem na cadeia de distribuição
de produtos um de seus grandes diferenciais.
a expertise desenvolvida pela área de varejo é
o centro de gravidade que norteia de forma di-
reta a atuação de suas 289 franquias e 45 lojas
próprias, além de ser compartilhada também
pelos 2.146 clientes multimarcas, somando
2.480 pontos de venda. a expertise desenvol-
vida pela área de varejo é o centro de gravida-
de que norteia de forma direta a atuação de
suas 289 franquias e 45 lojas próprias, além de
ser compartilhada também pelos 2.146 clientes
multimarcas, somando 2.480 pontos de venda
no final de dezembro de 2011.
os parceiros da companhia no varejo têm
acesso direto a toda a estratégia de vendas,
aperfeiçoada ao longo dos 39 anos de existên-
cia da empresa, incluindo três grandes frentes
de atuação. a primeira diz respeito ao conceito
da loja, incluindo merchandising, planejamento
e feedback técnico. a segunda, essa mais visí-
vel e palpável às consumidoras, é a tecnologia
a expertise em varejo adquirida pela companhia é compartilhada entre lojas próprias e franquias
canais de venda 2011
arezzo
288 franquias
+ 19 lojas próprias
+ 969 clientes
multimarcas*
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* Mercado interno
relatório de sustentabilidade 201136
lojas e franquias
aplicada ao projeto arquitetônico dos pontos
de venda, que define as cores e a disposição
dos ambientes, o material de divulgação, o
giro dos produtos e a gestão de suprimentos.
a terceira é o pdca de vendas, que impõe me-
tas às lojas e às vendedoras e ensina a usar um
método de gestão estruturado.
a decoração (ambientação) da loja e o
marketing complementam os projetos de
gestão, que incluem a capacitação dos fun-
cionários das lojas próprias e dos franquea-
dos, que passaram por 45.587 horas de trei-
-namento. os temas vão desde a atualização
sobre as tendências de moda até a padroniza-
ção dos processos de controle de caixa e de
estoque, além de estimular o sentimento de
pertencimento ao grupo. a companhia deci-
diu investir nesse tipo de capacitação como
forma de atrair e reter talentos, para fazer
frente aos índices de turnover historicamente
altos no comércio.
a eficiente gestão da rede de franquias permi-
te rápida expansão com baixo investimento e
alto retorno para os franqueados. essa parce-
ria de sucesso baseada no ganha-ganha e no
pdca de vendas inclui, além da capacitação,
uma bem estruturada rede de atendimento aos
franqueados. cada consultora cuida de apenas
oito lojas, e faz uma média de 22 visitas ao ano
a cada uma, fortalecendo o relacionamento e
oferecendo suporte constante. a equipe co-
mercial tem 46 colaboradores, distribuídos de
maneira estratégica nas praças mais importan-
tes. a extensão do varejo caminha lado a lado
com a integração dos franqueados, que contam
com uma orientação precisa sobre melhores
práticas e podem aplicar todo o conhecimen-
to desenvolvido pelas lojas próprias em termos
de indicadores e gestão. além disso, em 2011 os
canais de venda 2011
anacapri
8 lojas próprias
+ 726 clientes
multimarcas*
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* Mercado interno
37arezzo&Co
relatório de sustentabilidade 2011 3938 arezzo&Co
franqueados ganharam maior flexibilidade nos
prazos de pagamento.
todo esse cuidado com a gestão do varejo
reflete-se na alta fidelidade dos franqueados
à companhia: segundo uma enquete realizada
pela arezzo&co, 96% deles abririam uma fran-
quia da marca caso não fossem franqueados. a
adimplência verificada é de 100%. a associação
brasileira de Franchising considerou a empre-
sa como a melhor franquia do brasil em 2005,
e desde 2004 a melhor do setor, recebendo
também o Selo de excelência em Franchising a
cada ano. as franquias foram responsáveis por
51,5% das vendas em 2011, as lojas próprias por
18,7% e as multimarcas 28,7%.
as 45 lojas próprias estão concentradas, princi-
palmente, em São paulo e no Rio de janeiro. a
marca alexandre birman é vendida em 18 redes
internacionais que são sinônimo de elegância,
como Sak’s, bergdorf Godman e printemps, ao
lado dos maiores designers de moda do mundo.
(GrI 2.7)
novo visual três vezes ao ano
as lojas arezzo lançam de sete a oito cole-
ções por ano, que contemplam as coleções
de inverno, verão e alto verão, uma divisão
adequada ao calor dos trópicos. a cada mu-
dança de coleção, os ambientes passam por
uma “maquiagem” geral, em que recebem no-
lojas e franquias
canais de venda 2011
Schutz1 franquia
+ 17 lojas próprias
+ 1.408 clientes
multimarcas*
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* Mercado interno
relatório de sustentabilidade 2011 4140 arezzo&Co
lojas e franquias
vas demãos de tinta nas paredes, forrações
nos bancos e sofás, tapetes e mudanças nas
vitrines. “Fazemos isso de uma forma muito
planejada, porque o aspecto da sustentabi-
lidade precisa ser considerado. as lojas so-
frem um desgaste, têm um tráfego pesado,
vendem em média 350 pares de sapatos
por dia, são pequenas e muito movimenta-
das. então precisa ter um cuidado grande
com manutenção e higiene, uma luz corre-
ta, bancos e cadeiras confortáveis, ambien-
te agradável. Mas temos de fazer isso com o
menor custo possível”, explica cláudia narci-
so, diretora de pesquisa & desenvolvimento e
Marketing da marca arezzo. essa “ambienta-
ção” é arquitetada de forma a gastar o mínimo
possível, para não impactar os gastos dos
franqueados e da própria companhia. “os
pontos de venda são uma ferramenta de se-
dução, então sempre temos muito o que fa-
zer”, completa a diretora. em 2011, foram
investidos R$ 30 milhões na abertura de 38
novas lojas e na expansão de 17.
em 2012, a ordem é melhorar cada vez mais
os ambientes. “queremos aumentar o tamanho
das lojas, com mais área, assentos e conforto.
nossas lojas estão sempre muito cheias, é um
problema maravilhoso, mas a empresa precisa
pensar nisso para garantir o conforto da consu-
midora”, diz cláudia. as marcas Schutz e ana-
capri planejam, além de abrir novas lojas, tam-
bém uma expansão geográfica, chegando a
novas praças onde ainda não estão presentes.
em 2011, o grupo cumpriu a meta de expandir
sua rede em 38 lojas, além de realizar 17 refor-
mas com ampliações, aumentando a área de
vendas em 22%.
um dos destaques foi a loja conceito da
arezzo no Rio de janeiro, na Rua Gar-
cia d’avila. a Schutz, que tem uma fla-
gship na Rua oscar Freire, em São paulo,
abriu sete novas lojas, chegando ao total de
17 no país, além de uma franquia-piloto,
aberta em 2011, em Salvador. São pontos de
venda modernos e cosmopolitas, com video
walls, closets, nichos e rica iluminação.
Concentração das Franquiaspor Operador(Quantidade de Operadores por quantidade de Franquias Detidas)
Resposta dos franqueados atuais quando perguntados se abririam uma franquia caso não fossem franqueados
1 franquia41 %
2 franquias31%
3franquias
16%
4 ou maisfranquias
13%2008/2009 2009/2010
95,7%86,0%
0
20
40
60
80
100
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rscanais de venda
2011
alexandre birman
1 loja própria
+ 18 clientes
multimarcas*
* Mercado interno
43arezzo&Co
rapidez e responsabilidade
ambiental: novo Centro de
distribuição agilizou a entrega dos
produtos e reduziu emissão de poluentes
novo Centro de distribuição
loGíStICa IntelIGente
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relatórIo de SuStentabIlIdade 201142
em 2011, a arezzo&co deu outro importante
passo em direção aos planos de expansão que
tem para o futuro. Foi inaugurado, na região do
vale dos Sinos, onde a companhia concentra
sua produção, um novo centro de distribuição.
com 6 mil metros quadrados, tem capacidade
para receber e estocar 100 mil unidades ao dia,
separar 150 mil e distribuir 200 mil. “atualmente
estamos usando cerca de 40% da capacidade
do espaço, então temos ainda muito para
crescer”, afirma Márcio jung, diretor de
Sourcing e logística.
um dos grandes desafios dessa área é garantir
que os produtos possam chegar a todas as
lojas para que as vitrines sejam atualizadas no
mesmo dia. levando em conta os problemas
da malha rodoviária nacional, dá para imaginar
a dificuldade que os profissionais da área
enfrentam. Mesmo assim o sistema de logística
da arezzo&co conseguiu atingir uma alta
eficiência, com prazos de entrega de quatro
a cinco dias para São paulo e Rio de janeiro;
sete dias para Goiás; nove a 12 para bahia;
e 17 para amazônia.
o cd está estrategicamente localizado perto das
capitais das regiões Sul e Sudeste, importantes
consumidoras dos produtos da companhia.
agora, 90% dos fornecedores estão a um raio de
100 quilômetros do local. houve uma redução no
número de viagens, com caminhões mais cheios,
o que reduz impactos ao meio ambiente.
relatório de sustentabilidade 2011 4544 arezzo&Co
o modelo de produção da arezzo&co exi-
-ge uma rigorosa seleção de produtores
para a fabricação de seus calçados, bol-
sas e acessórios. é preciso avaliar qualida-
de, preços e conformidade com as legisla-
ções ambientais, tributárias e trabalhistas.
a companhia aperfeiçoa a cada ano os cri-
térios de escolha dos produtores e tem uma
política formalizada para contratar empresas.
Realiza auditorias completas uma vez ao ano,
e parciais a cada mês, assegurando a quali-
dade e a correta procedência dos produtos e
tomando medidas para evitar a violação dos
direitos humanos. aproximadamente 500
empresas fornecem insumos para a produ-
ção dos sapatos e acessórios, incluindo os
mais conceituados curtumes da região.
a seleção dos produtores é baseada em vá-
rios critérios. em primeiro lugar, a empresa
precisa ser especializada no tipo de calça-
do ou acessório que a companhia preten-
de produzir. após essa primeira escolha,
são levados em conta requisitos legais de
constituição da empresa, instalações e
operações das fábricas, e a conformidade
com as exigências legais, trabalhistas, am-
bientais e de segurança do trabalho. a en-
trada da empresa na lista de fornecedores
Conformidade: a Companhia avalia seus fornecedores e promove
auditorias para verificar o cumprimento das normas
fornecedores
CírCulo VIrtuoSoa companhia acompanha a produção de fábricas, promovendo a qualidade e exigindo o cumprimento de direitos e legislação trabalhistas e ambientais
CírCulo VIrtuoSo
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relatório de sustentabilidade 2011 4746 arezzo&Co
rizada, e se as fábricas não cumprem deter-
minadas regras são excluídas de nossa lista
de fornecedores”, diz Márcio jung, diretor de
Supply chain. entre os atos ilegais que
podem fazer com que a companhia
exclua uma empresa de sua lista de par-
ceiros nas operações fabris estão o des-
respeito às cláusulas de direitos humanos,
sendo essa uma medida para contribuir
com a abolição do trabalho infantil e a er-
radicação do trabalho forçado ou análogo
ao escravo. o Grupo exige que as empre-
sas tenham regras claras de proibição a tais
práticas na confecção de seus produtos.
(GrI af6; GrI af8; GrI hr2;
GrI hr6; GrI hr7)
na prática, o que se verifica é que as exi-
gências acabam aprimorando os serviços, já
que ocorre um esforço para manter a parce-
ria. “cerca de 50% dos produtos são forneci-
dos por empresas que são nossas parceiras
há cerca de 15 anos”, afirma jung. os demais
fornecedores relacionam-se com a com-
panhia há cinco anos, em média.
Quesitos das auditorias
as inspeções realizadas anualmente observam
26 quesitos e documentos, além de outras
características dos fornecedores
Q cópia do contrato social
Q cópia do cartão no cnpj
Q cópia de certidão negativa de débitos (cnd)
da Receita Federal, da Receita estadual, do
inSS e do FGtS
Q alvará da prefeitura
Q documento de identificação de contribuinte
estadual
Q Manifesto de transporte de Resíduos (MtR)
Q cópia da nota Fiscal com marca arezzo
Q Guia FGtS (três últimas)
Q Guia inSS (três últimas)
Q Recibo de pagamento dos funcionários
Q cartão ponto dos funcionários entrevistados
Q Ficha registro dos funcionários entrevistados
Q Ficha de entrega de equipamentos de
proteção pessoal (epis) dos funcionários
Q atestado de saúde ocupacional dos
funcionários entrevistados
Q programa de prevenção de Riscos ambientais
Q programa de controle médico e saúde
ocupacional
Q comissão interna de prevenção de acidentes
(cipa) se necessário
Q perfil profissiográfico previdenciário (ppp)
Q plano de prevenção e proteção contra incêndio
do corpo de bombeiros
Q não uso de trabalho menor
Q depósito de inflamáveis
lucro limpo
o Grupo artecola, com sede em campo
bom, é um dos principais fornecedores da
arezzo&co. líder em tecnologia de adesivos
e laminados para calçados na américa latina,
também produz equipamentos de proteção
individual (epis) e plásticos de engenharia.
Reconhecida pela inovação e pelo cuidado
com a sustentabilidade, a empresa possui as
certificações iSo 14001 de gestão ambiental
e iSo 9001 de qualidade. Só em 2011 recebeu
a certificação empresa amiga do Meio
ambiente na categoria prata da Fundação
desenvolvimento ambiental, o certificado
de Responsabilidade Social na categoria
Grandes empresas da assembleia legislativa
do Rio Grande do Sul, além de ser citada numa
reportagem da revista época, que destacou
os dez empresários que lucram respeitando a
natureza. produtos como os adesivos aquosos,
que são feitos à base de água, e os termofilmes,
adesivos isentos de solventes, são exemplos
de produtos sustentáveis. em 2011, usou fibras
de acerola na produção de contrafortes (o
pedaço de material que recobre o calcanhar
dos sapatos para reforçá-los). “estas fibras são
resíduos da indústria de polpa e suco de acerola,
e foram aproveitadas na produção deste novo
material a partir de estudos de nossas equipes
de pesquisa & desenvolvimento, que buscaram,
além de um novo insumo, também resultados
superiores de performance”, afirma o diretor
de adesivos e laminados da artecola, evandro
Kunst. chamado ecofibra S 1303 ac, o produto
propicia maior aderência do contraforte no
processo de produção e menor exigência de
calor, o que resulta em economia de energia e
maior velocidade na produção. o contraforte é
produzido com a fibra de acerola e polímero de
fonte renovável biodegradável, numa formulação
que atinge mais de 80% de biomassa.
fornecedores
é condicionada a uma auditoria prévia, que
depois passa a ser realizada anualmente por
uma prestadora de serviços contratada pela
arezzo&co. como os casos de desrespeito
aos direitos humanos e às leis trabalhistas na
maior parte das vezes estão relacionados ao
eventual trabalho subcontratado pelos forne-
cedores, a arezzo&co tem um cuidado extra
nesse aspecto. “em 2011 tivemos uma grande
diligência em verificar se a produção não era
fracionada”, afirma alexandre birman, coo
da companhia.
(GrI hr6, GrI hr7, GrI af6)
em 2011, foram realizadas auditorias com-
pletas em 187 fábricas independentes e
especializadas que fabricam calçados e
acessórios adquiridos pela companhia, co-
brindo 100% desses fornecedores diretos.
a inspeção inclui 26 quesitos básicos, des-
de a qualidade da produção até as condi-
ções de trabalho, das áreas de uso comum
e dos depósitos de resíduos. no final, fotos
documentam os aspectos avaliados. “as au-
ditorias são feitas por uma empresa tercei-
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parcerias sólidas: as fábricas cumprem as
exigências para continuar prestando serviços à
arezzo&Co
relatório de sustentabilidade 2011 4948 arezzo&Co
relação à legislação trabalhista e a padrões de
excelência em Gestão de pessoas. na segun-
da parte, os líderes foram orientados sobre as
melhores formas de avaliar a performance de
seus subordinados. a meta é, mais que padro-
nizar procedimentos, fomentar a retenção e
o desenvolvimento de talentos por meio da
disseminação da percepção de que os cola-
boradores pertencem a um grupo empresa-
rial forte. com isso, a companhia pretende
diminuir a taxa de rotatividade de colabora-
dores (turnover), que alcançou índices iné-
ditos no varejo em 2011 por conta de altera-
ções do mercado, que ficou mais competitivo.
a companhia também promoveu uma capa-
citação de lideranças voltada a 40 gestores
seniores.
Menos de Entre 21 e Entre 26 e Entre 31 e Acima de
20 anos 25 anos 30 anos 35 anos 36 anos
Corporativo 0,77% 5,64% 4,87% 2,99% 2,77%
Varejo 4,98% 20,35% 13,94% 5,64% 1,88%
Fábrica 3,43% 8,41% 6,31% 5,75% 12,28%
TOTAL 9,18% 34,40% 25,11% 14,38% 16,92%
Quantidade total
Corporativo 27,66% 154
Varejo 89,78% 423
Fábrica 47,49% 327
TOTAL 52,67% 904
ÍNDICE DE TURNOVER 2011
Número total e taxa de rotatividade de empregados, por faixa etária,gênero e região* (GRI LA2)
Masculino Feminino
Corporativo 8% 9%
Varejo 9% 38%
Fábrica 18% 18%
TOTAL 34% 66%
ÍNDICE POR SEXO
ÍNDICE POR IDADE
* a empresa não discrimina o turnover por região, e sim por área, por fazer mais sentido para o negócio.
com a padronização de todos os procedimen-
tos internos de três marcas, arezzo, anacapri
e Schutz”, diz Raquel. um manual que orien-
tava gerentes de lojas próprias da arezzo&co
foi revisado e atualizado. passou a definir os
procedimentos nas lojas destas marcas, orien-
tando sobre controles de caixa e estoque, e
formas de atendimento dos vendedores, mas
sempre preservando intactas as identidades
de cada grife.
Mais de 100 gestores passaram por um pro-
grama de capacitação de oito horas, dividi-
das em dois módulos, baseado em uma car-
tilha criada pelo departamento de Gente &
Gestão. no primeiro, todos passaram a tra-
balhar alinhados com as diretrizes do grupo
arezzo&co, reforçaram os conhecimentos em
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Gente em primeiro lugar: criação de diretoria dedicada a Gente & Gestão, programas de capacitação e aperfeiçoamento de ferramentas de gerenciamento marcam avanços de 2011
Quem faz a dIferença
Colaboradores
na fábrica, o acabamento artesanal requer
dos operários habilidades de artesãos. no de-
partamento de pesquisa, estilistas assistem
desfiles internacionais e lêem publicações
especializadas para conhecer as tendências
da moda e criar novos modelos. entre esses
dois times, há um universo de profissionais
que, com a soma de seus talentos, fazem da
arezzo&co uma líder no segmento de calça-
dos femininos na américa latina.
em 2011, a companhia colocou em prática
as bases de um projeto que visa tornar seus
1.895 colaboradores cada vez mais engajados
nas estratégias de sucesso dos negócios e
nas metas de responsabilidade social. com a
efetiva estruturação da diretoria de Gente &
Gestão, liderada por Raquel carneiro, foram
disseminados os conceitos de meritocracia,
criados programas de estagiários e trainees
e aperfeiçoados os processos de capacitação
em várias instâncias da empresa.
Capacitação e fortalecimento de processos
com 14.419 participantes, os projetos de trei-
namento somaram 61.030 horas de aulas no
ano. “obtivemos grandes avanços no varejo,
Corporativo Varejo Fábrica
SP 164 381
SUL 368 42 642
RJ 8 177
BSB 6 34
MG 14
Outros 7
SP 1 7
SUL 7 15
RJ 4
MG 2
SP 8
SUL 7
RJ 1
CL
TE
stag
iári
oA
pre
nd
izTotal de trabalhadores, por tipo de emprego, contrato de trabalho e região (GRI LA1)
Total de trabalhadores = 1.879
Total de estagiários = 16
relatório de sustentabilidade 2011 5150 arezzo&Co
conhecer a empresa; nos outros dez, traba-
-lham nos setores de sua especialidade. até
dezembro de 2011, os trainees passaram por
160 horas de capacitação em áreas corpora-
tivas, marketing, fábrica e comerciais, e mais
432 horas em varejo. “eles trabalharam nas
lojas próprias no período de natal, tinham
metas como os vendedores”, explica Raquel.
essa experiência rendeu projetos que pode-
rão ser usados pela companhia, como o pe-
reirão. após a apresentação dos relatórios
da primeira fase, anderson birman pediu aos
oito trainees que desenvolvessem planos de
acordo com demandas reais da empresa. uma
das quatro duplas propôs uma nova forma de
gestão das lojas e batizou a ideia de pereirão,
a personagem faz-tudo da novela Fina estam-
pa interpretada por lília cabral na Rede Glo-
bo de televisão. “elas perceberam que preci-
samos ajudar o pessoal das lojas a manter o
foco nas vendas, porque no dia a dia do vare-
jo acontece muita coisa fora do previsto”, diz
Raquel. como o projeto tinha relação com o
mapa estratégico da companhia, que busca a
excelência em vendas, foi aprovado e prova-
velmente será aplicado no futuro.
Colaboradores
transparência e meritocracia
a metodologia bSc teve sua aplicação incre-
mentada em 2011 pela arezzo&co. a ferra-
menta, que já era usada para definir o paga-
mento de benefícios atrelados à performance,
foi aprimorada para incluir metas individuali-
zadas por área e função, e feedback, em linha
com a estratégia de gestão da companhia.
“em 2012, as avaliações serão realizadas se-
mestralmente”, afirma a diretora de Gente &
Gestão, Raquel carneiro.
em 2011, a diretoria colocou em ação um pla-
no de cargos e salários que abrange toda a
companhia, o que permite maior transpa-
-rência nas relações de trabalho. com isso, fica
mais fácil garantir que pessoas que ocupam o
mesmo cargo não tenham remunerações dis-
crepantes. “tomamos o cuidado de não enges-
sar os gestores com essa política. em alguns
casos, quando as competências e performan-
-ces são claramente superiores, podemos abrir
exceções”, detalha Raquel carneiro. outro indi-
cador importante da companhia é a equivalên-
cia entre as remunerações femininas e masculi-
nas, em vários níveis hierárquicos. a companhia
faz questão de reconhecer a importância da
mulher tanto em suas estratégias de negócios
quanto na gestão dos colaboradores.
oportunidades para novos talentos
além de garantir a ascensão e a capacita-
ção dos colaboradores da companhia, a
arezzo&co otimizou a busca e a formação
de novos profissionais em 2011. o programa
de estagiários ganhou reforço e estrutura
mais sólida, buscando candidatos de univer-
sidades de primeira linha e intensificando os
processos de formação profissional em vá-
rios setores da empresa. o coo, alexandre
Proporção de salário base entrehomens e mulheres, por categoriafuncional (GRI LA14)
Feminino Masculino
Diretor Gerente Coordenador Operacional0
10
20
30
40
50
60
55%
45%
52%
48%
54%
46% 47%
53%
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birman, participou do proceso seletivo dos
jovens.
dos 1.008 inscritos, 15 alunos de terceiro ano
de cursos de Moda, design de Moda, comuni-
cação Social, propaganda e Marketing, publi-
cidade e propaganda e administração de em-
presas foram selecionados, e todos continuam
na empresa.
o processo de seleção de trainees atraiu
4.506 jovens, dos quais oito foram aprova-
dos. São profissionais de Moda, publicidade
e propaganda, administração de empresas
e economia e entraram na companhia em
outubro, inclusive para a área de pesquisa
& desenvolvimento, novidade no mercado.
o treinamento é de 15 meses: nos primei-
ros cinco, eles atuam em várias áreas para
equipes motivadas: palestras e ferramentas de gestão garantem boa performance
relatório de sustentabilidade 2011 5352 arezzo&Co
avanços
uma das preocupações do departamento de
Gente & Gestão é evoluir no desenvolvimen-
to de orientações e aplicação de normas de
segurança no trabalho em fábricas indepen-
dentes e especializadas. um programa nesse
sentido faz parte das metas para 2012, que
também incluem um aperfeiçoamento dos ca-
média de horas de treinamento em 2011 (GrI la10)
horas de treinamento 2011 nº de colaboradores 2011 média 2011
Franquias 34,804 * *
varejo 10,813 645 16.7
corporativo 9,783 593 16.4
indústria 5,631 657 8.5
* por ser gestão dos franqueados, a arezzo&co não realiza o controle do número de funcionários das franquias
Investimento constante: a
capacitação dos colaboradores é
prioridade nas atividades fabris e
administrativas
nais de comunicação. o portal online para co-
laboradores foi todo reformulado no primeiro
semestre de 2012, de acordo com o planejado
em 2011, ganhando dinamismo e qualidade
de informação. além disso, os funcionários
que não têm acesso fácil aos computado-
res agora podem acessar totens à disposição
no ambiente de trabalho.
Colaboradores
formação e qualidade de vida
a fábrica da Schutz, localizada no
município de campo bom (RS), no
maior polo da indústria calçadista
nacional, realiza constantes
programas de capacitação e
qualidade de vida para seus
colaboradores. um exemplo é o
dia da fruta, que distribuiu 33 mil
frutas a 580 colaboradores em
2011. “um levantamento realizado
há dois anos na fábrica constatou
que as taxas de hipertensos e
diabéticos eram altas, e que 90%
dos funcionários não comiam
frutas. decidimos realizar uma
ação simples, mas que se mostrou
muito efetiva: distribuir, de 15
em 15 dias, frutas, para criar o
hábito de consumi-las”, conta
cisso Klaus, diretor industrial da
Schutz. outras ações, como a
Semana de combate à dengue,
com 580 folderes distribuídos,
dia de combate ao tabagismo,
workshops de orçamento familiar
e campanhas de planejamento
familiar foram executadas em 2011.
o total de horas de capacitação
foi de 4.120, com temas que vão
de gestão ambiental a inglês e
modelagem básica de calçados.
(GrI la8)
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Gestão inteligente
um dos grandes desafios do Grupo em
2011 foi atender as diferentes demandas de
stakeholders num momento de grande cres-
cimento de vendas e número de lojas. para
isso, foram criadas equipes especializadas
para trabalhar de forma constante e resolver
as demandas de fábricas e lojas.
a boa prática de gestão também foi nota-
da em 2011, quando se estabeleceu que os
colaboradores deveriam manter suas jorna-
das de trabalho contratuais, mesmo com o
crescimento da empresa, incluindo as férias
obrigatórias como regra. essa iniciativa tem
como meta manter o banco de horas extras
zerado e demonstra o foco da companhia
em crescer com qualidade. (GrI af26)
em 2012, a empresa passará por novo desa-
fio em seu processo de integração: todas as
unidades no Sul do país serão centralizadas
em um único escritório no centro de campo
bom. a mudança permitirá maior sinergia en-
tre as unidades e marcas da empresa, além de
abrir espaço para aperfeiçoamento de práti-
cas de segurança no trabalho e de qualidade
de vida para todos os envolvidos.
durante 2011,
não foram registradas
lesões, doenças ocupacionais
e óbitos na companhia.
o absenteísmo alcançou o
percentual de 2,2%. (GrI la7).
não ocorreram multas
significativas por horas extras
(GrI af10) e
trabalho infantil
(GrI af12).
relatório de sustentabilidade 2011 5554 arezzo&Co
“todos os funcionários do departamento co-
mercial estarão sob o mesmo teto, e haverá uma
colaboração maior entre áreas”, afirma borges.
o prédio passou por uma grande reforma
para abrigar a sede da companhia no sul
e a empresa comprometeu-se a colaborar
com a comunidade e a prefeitura com
contrapartidas, como manter pelo menos
100 funcionários no centro de pesquisa &
desenvolvimento nos próximos cinco anos,
além de oferecer 15 vagas para estagiários.
como o edifício foi projetado e construído
antes da atual consciência ambiental, a
companhia priorizou soluções sustentáveis
na readequação e reformas da edificação.
escolheu, por exemplo, aparelhos de ar-
condicionado inteligentes, que proporcionam
economia de energia, além de desenvolver
ambientes de trabalho que visam melhoria na
qualidade de vida de todos os funcionários.
“é um grande momento da empresa, um gran-
de sonho do anderson birman que se torna
realidade”, resume cláudia narciso, diretora
de pesquisa & desenvolvimento e Marketing
da arezzo&co, referindo-se ao novo escritório
que passa a concentrar 500 colaboradores das
quatro marcas em campo bom (RS).
no primeiro semestre de 2012 os funcionários
que trabalham em quatro endereços passarão
a dividir o mesmo espaço. trata-se de um pré-
dio com 12,5 mil metros quadrados no centro
da cidade, com pelo menos 200 metros qua-
drados de áreas de convivência. “o novo ende-
novo escritório em campo bom concentrará colaboradores da arezzo&co, aumentando a sinergia entre marcas e departamentos
VárIaS marCaS, um dna
Colaboradores
reço possibilitará uma integração real entre os
vários departamentos e marcas, proporcionan-
do um grande ganho em sinergia e eficiência.
além disso, teremos um benefício físico para
nossos colaboradores. Muitos poderão ir para
o trabalho andando ou de bicicleta, porque o
lugar é de muito fácil acesso”, detalha thiago
borges, diretor financeiro e de Relações com
investidores da companhia.
como a intenção é fazer com que todos com-
partilhem ao máximo o conhecimento, mas
sempre preservando a identidade de cada mar-
ca, os diretores ficarão reunidos na mesma sala.
no lugar ideal: localizada no centro de Campo bom, a sede facilita o acesso dos colaboradores
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Vista aérea da nova sede
relatório de sustentabilidade 2011 5756 arezzo&Co
Sobras viram adubo: as aparas
de couro são aproveitadas
como matéria-prima para
fertilizante que depois é
vendido para a europa
consciente de seu papel na preservação do
meio ambiente, a arezzo&co aposta em pro-
jetos para minimizar os danos e busca replicar
suas iniciativas com outros fabricantes e for-
necedores. exemplo disso é o pepa (projeto
de eliminação de passivos ambientais) condu-
zido pela equipe da marca Schutz em campo
bom (RS). trata-se da única indústria própria
da arezzo&co, já que a produção dos demais
calçados e acessórios é toda realizada por for-
necedores, e seu sistema de gestão de recur-
sos já serve de exemplo para outras empresas
da região do vale dos Sinos, polo calçadista em
que está inserida. em 2012, o pepa será amplia-
do para as outras três marcas (arezzo, alexan-
dre birman e anacapri), incluindo novas ações
para o engajamento dos fabricantes. (GrI eC8;
GrI en26)
“em 2011 já participamos de um evento da Se-
cretaria do Meio ambiente de campo bom e
apresentamos o projeto”, conta cisso Klaus, di-
retor industrial da Schutz. o Seminário para a
indústria foi realizado dentro da programação
da Semana do Meio ambiente 2011, em junho,
no auditório do centro de educação integrada
(cei) e reuniu mais de 400 pessoas. “a Schutz
a única unidade fabril do Grupo, a fábrica da Schutz, em campo bom, dá uma correta destinação a 100% dos resíduos produzidos
nota dez em GeStão de reSíduoS
meio ambiente
sempre foi parceira e inovadora na área de ge-
renciamento de resíduos gerados pela empre-
sa e seus fabricantes. por isso, o convite para
apresentar o pepa. São exemplos e experiên-
cias positivas desse tipo que os empresários e
as comunidades precisam ouvir, para saber que
dá certo”, diz Gisela Maria de Souza, secretá-
ria do Meio ambiente da prefeitura de cam-
po bom. em 2012, o seminário será realizado
novamente, com a presenca do coordenador
do pepa, e a Schutz estará envolvida em toda
a organização da Semana do Meio ambiente,
como parceira da Secretaria. cisso Klaus conta
que, após o seminário de 2011, representantes
de 25 indústrias procuraram a Schutz para soli-
citar uma cópia do projeto. (GrI eC8)
um dos grandes efeitos do pepa é o reapro-
veitamento dos retalhos de couro para fazer
adubo. a Schutz capacitou todos os seus fun-
cionários para fazerem a separação entre as
sobras de materiais sintéticos e o couro, por-
que o processo de transformação não pode
ser realizado se os produtos estão misturados.
o Sindicato das indústrias de calçados de
campo bom fez uma parceria com a empresa
ilsa brasil para fabricar o adubo, que é expor-
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relatório de sustentabilidade 2011 5958 arezzo&Co
Tipo de resíduo Quantidade Destinação
Grupon natural 170 m3 Devolução ao fornecedor, RR Couros
e Componentes de Calçados Ltda
Grupon e retalhos de couro 353 m3 Central de resíduos industriais do
Sindicato das Indústrias de Calçados
de Campo Bom
Sintéticos de PU 87 m3 Central de resíduos do sindicato
Papel, papelão e plástico 170 m3 3R Reciclagem de Resíduos Ltda
Papelão 220 m3 Central de resíduos do sindicato
Produtos químicos 2011 unidades de latas Devolução ao fornecedor,
contaminadas Quimopren
Produtos químicos à base de água 5.950 litros Tratamento no CBC Couros
Lâmpadas fluorescentes 235 unidades Descontaminação
Pó de coletor 208 m3 Central de resíduos do sindicato
o que, quanto e onde vaiSaiba o quanto a única unidade fabril da arezzo&co (Fábrica Schutz) produziu de resíduos em 2011
e aonde eles foram na tabela que segue (GrI en22)
Caixas menores: economia de papel, espaço e transporte (GrI en26)
um dos avanços desenvolvidos e aplicados em 2011 pela arezzo&co é a redução no tamanho das caixas
que acondicionam os sapatos, o que possibilitou que o número de folhas de papel seda que protegem
os pares também fosse diminuído — como o produto fica mais apertado, não é necessário envolvê-lo
para evitar danos.
antes haviam 14 tamanhos diferentes de caixas, que variavam de acordo com o modelo do calçado.
agora, são 13 tamanhos, e todos foram reduzidos. a estimativa do departamento de Sourcing e
logística é de que 1.486 metros cúbicos de papel tenham sido economizados no ano. além disso, a
medida permitiu um ganho de 11% no espaço físico nos caminhões, estoques de lojas e no centro de
distribuição. “uma loja que estocava 2.000 pares agora consegue abrigar entre 2.200 e 2.300”, diz
evandro Soares, gerente da área de Sourcing e logística.
essa iniciativa foi acompanhada de um aperfeiçoamento do controle de qualidade do produto, já que
todas as caixas são examinadas para checar a quantidade de buchas utilizadas para não amassar o bico
do sapato. um grupo de estudo para racionalização de embalagens foi criado e continua em busca de
avanços na área. os progressos geram valor direto para empresa, com economia de custos e menor
necessidade de espaço de estoque, e principalmente para o meio ambiente, propiciando o uso de menos
matéria-prima e diminuindo a emissão de gases, por causa da economia de espaço na distribuição.
tado para a europa. isso, além de aproveitar
o resíduo para fazer um novo produto, está
causando uma economia para as empresas
e livrando o meio ambiente de resíduos que
contaminam o solo, reduzindo o consumo de
água e energia elétrica, a quantidade de lixo
nos aterros sanitários, e problemas de saú-
de por conta da contaminação do solo e da
água, além de gerar emprego e renda. “nos
dois últimos anos conseguimos que as valas
que recebem os resíduos diminuíssem, em vez
de aumentar”, detalha cisso Klaus, referindo-
-se aos aterros mantidos pelo sindicato. (GrI
en26)
a Schutz monitora as empresas contratadas
para garantir que efetuem a destinação corre-
ta por meio da solicitação regular do Registro
de devoluções de Resíduos e de auditorias pe-
riódicas de conformidade, baseadas nos pro-
cedimentos de gestão ambiental. caso sejam
identificadas práticas ilegais no armazenamen-
to e na separação dos resíduos, são aplicadas
as seguintes medidas:
primeira ocorrência: advertência e devolução
dos resíduos para separação no ateliê.
Segunda: devolução dos resíduos para separa-
ção no ateliê e repasse do custo da reciclagem
e destinação final.
terceira: exclusão da lista de empresas for-
necedoras.
além de monitorar as empresas e aplicar
em suas operações iniciativas para minimi-
zar o impacto ambiental, a Schutz investe
na educação para incentivar o respeito à
natureza. em 2011, a fábrica promoveu a
apresentação de esquetes teatrais na Se-
mana do Meio ambiente para 250 funcio-
nários e comunidade externa; distribuiu
mudas de árvores a 580 funcionários no
dia da árvore e 600 folderes na Semana
da ecologia.
Impacto ambiental em números
a lista de materiais ambientalmente corretos
usados na produção inclui e.v.a. para coura-
ças e cepas; sintéticos de poliuretano; solas
de borracha termoplástica; contrafortes à base
de resinas renováveis; embalagens de papelão
reciclado; adesivos à base de água em fábri-
cas-pilotos; couros com acabamento livres de
cromo; palmilhas e saltos injetados com resi-
nas recicladas; tacos de couro reconstituído; e
palmilhas de montagem de papelão reciclado e
com fibras recicladas. (GrI af20)
a companhia descartou 6.750 metros cúbicos
de água com boa qualidade nas vias de es-
goto das companhias de saneamento de cada
cidade onde suas unidades próprias estão lo-
calizadas. o total de resíduos gerados pelas
operações da arezzo&co, tanto da fábrica
própria como dos 187 fabricantes do produto
acabado da empresa, foi de 179.529,05 metros
cúbicos em aparas de couro, sintético e papel,
e eles foram destinados a usinas de reciclagem
e locais para destinação de resíduos licen-
ciados pela Fundação estadual de proteção
ambiental henrique luiz Roessler (Fepam).
Mais detalhes dos resíduos originados pela fá-
brica própria podem ser vistas no quadro ao
lado. o impacto ambiental mais significativo
em relação a transportes é o de circulação de
produtos até os lojistas, por meio rodoviário,
o da coleta de produtos dos fabricantes e da
matéria-prima dos fornecedores, com cerca
de mil viagens ao ano. (GrI en21, GrI en22,
GrI en29)
meio ambienter
esu
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relatório de sustentabilidade 2011 6160 arezzo&Co
atuação ética e transparente
o cuidado com a ética permeia todas as
instâncias da companhia, que conta com
ferramentas para monitorar as ações de
seus colaboradores e parceiros. todas as
unidades de negócio são submetidas à
auditoria externa, feita pela ernst & Young,
e a inspeções internas permanentes e
periódicas, para evitar e prevenir casos
de corrupção. adicionalmente, o código
de ética indica as diretrizes a serem
seguidas a fim de minimizar riscos desse
tipo de ocorrência, disponibilizando um
canal de comunicação para denúncias de
descumprimento das diretrizes (ética@
arezzo.com.br). além disso, as diretorias
responsáveis, Gente & Gestão e Relações
com investidores, podem ser contatadas se
necessário. em 2011, não ocorreram multas
significativas ou sanções relativas à não-
conformidade com leis e regulamentos.
(GrI So2; GrI So8)
conforme critérios claros de geração de valor
compartilhado para comunidade, parceiros,
consumidores, mulheres, governo e socieda-
de. esses parâmetros levaram a companhia
a destinar em 2012, por meio da lei Rouanet,
R$ 200 mil ao projeto Mulher em Foco, que dis-
cutirá o papel da mulher na sociedade e como
elas foram retratadas no cinema e nas artes visu-
ais ao longo dos séculos. a primeira atração está
programada para março, na cinemateca brasilei-
ra, em São paulo.
pelo Fumcad, a empresa fortaleceu a parceria
com a Fundação Semear com o apoio ao centro
de vivência Redentora, direcionando o valor de
R$ 51.636 à entidade. trata-se de um programa
socioeducativo de atendimento a 170 crianças e
adolescentes de 6 a 16 anos em situação de vul-
nerabilidade social da vila diehl, na periferia de
novo hamburgo. os beneficiados participam de
oficinas de artes, violão e canto, balé, hip hop,
cidadania, inclusão digital e artes cênicas. além
disso, ganham atendimento médico e lanche di-
ário, já que fazem parte de famílias de baixíssima
renda. também foram destinados R$ 30 mil ao
centro israelita de apoio Multidisciplinar (ciaM),
que promove a inclusão social de mais de 600
crianças, adolescentes e adultos com deficiência
intelectual, desde o nascimento até a terceira
idade. (GrI So01)
no total foram destinados R$ 381 mil a entida-
des, para projetos que aconteceram no ano de
2011 ou que terão início em 2012 em benefício
da sociedade e comunidades de novo hambur-
go, campo bom, belo horizonte e São paulo. em
contrapartida, a arezzo&co recebeu benefícios
fiscais por ter comprovadamente feito inovações
tecnológicas nos termos da lei do bem, de 21 de
novembro de 2005. no exercício social concluí-
do em 31 de dezembro de 2011, o total apurado
foi de R$ 4,9 milhões. Segundo os termos da lei,
“considera-se inovação tecnológica a concep-
ção de novo produto ou processo de fabricação,
bem como a agregação de novas funcionalida-
des ou características ao produto ou processo
que implique melhorias incrementais e efetivo
ganho de qualidade ou produtividade, resultan-
do maior competitividade no mercado”. (GrI
af34, GrI eC4)
Comunidade e Sociedade
motor para o deSenVolVImento SoCIal
em 2011, a arezzo&co deu mais um importante
passo na consolidação e na priorização de seu
relacionamento com a comunidade e a socieda-
de. Reconhecendo a necessidade do desenvolvi-
mento sustentável para o planeta, a companhia
elaborou a política corporativa de Responsabili-
dade Socioambiental, que estabelece diretrizes
para sua atuação, inclusive para o planejamento
do investimento Social privado. essas definem
que as iniciativas devem maximizar o bem-estar
da comunidade e da sociedade e buscar mitigar
os impactos de suas operações a esses públicos.
devem sempre estar alinhadas com o negócio e
os valores da companhia, e refletir as necessida-
des e demandas dos principais stakeholders —
para tanto, essas prioridades serão identificadas
por meio de consultas públicas regulares. a polí-
tica também define que os programas precisam
ter resultados claros e que representem uso efi-
ciente das leis de incentivo voltadas para direitos
das crianças e adolescentes, cultura e esporte.
(GrI So1, GrI af33)
na consulta aos stakeholders realizada em 2011,
algumas prioridades dos públicos de interesse
da arezzo&co foram detectadas e serviram de
base para a definição de questões-chave que
pautaram as diretrizes da política. entre os des-
taques das ações realizadas em 2011 em comuni-
dades onde a empresa atua podemos destacar a
companhia define política corporativa de Responsabilidade Socioambiental, que vai pautar sua atuação
aplicação de R$ 12 mil na Fundação Semear, da
qual é uma das mantenedoras desde 2010, em
recursos diretos. a mesma instituição recebeu
mais R$ 51.636 por meio do Fumcad. a Semear
foi fundada em 1996 por um grupo de 33 empre-
sas e empresários, em parceria com a associa-
ção comercial, industrial e de Serviços de novo
hamburgo, campo bom e estância velha (aci-
-nh/cb/ev). a ideia era a de criar uma organi-
zação que pudesse ser referência nas relações
de responsabilidade social entre o empresariado
e a comunidade, priorizando o investimento so-
cial privado.
a companhia também destina cinco salários
mínimos ao mês ao centro de Formação pro-
fissional divina providência, em belo horizonte,
que faz parte do Sistema divina providência de
Resgate da dignidade humana (Sistema). a or-
ganização concentra uma rede de entidades de
cunho social, filantrópico, humanista e cultural,
que tem como missão promover a dignidade do
ser humano. outra atividade patrocinada pela
arezzo&co durante o ano foram apresentações
de teatro de rua no período natalino em parceria
com a prefeitura de campo bom, com espetá-
culos gratuitos abertos à comunidade e aos fun-
cionários. (GrI So1)
desde 2011, todo investimento social priva-
do realizado por leis de incentivo é avaliado
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rs
Fumcad* - centro de vivência
Redentora (RS) R$ 51.636
Fumcad* – ciaM (Sp) R$ 30.000
Rouanet* – projeto Mulher em
Foco (Sp) R$ 200.000
teatro de tábuas (RS) R$ 50.000
centro de Formação profissional
divina providência (MG) R$ 37.364
Fundação Semear (RS) R$ 12.000
total r$ 381.000
* aportes realizados em dez/2011, para início em 2012
Investimentos sociais (GrI af34; GrI eC1)
63arezzo&Co
acessórios. o sistema de franquias também
recebeu o Selo de excelência concedido pela
associação brasileira de Franchising (abF) em
2011, pela oitava vez consecutiva.
lojista: a arezzo&co foi escolhida por voto
direto como marca número um a ser lembra-
da pelos consumidores e lojistas na categoria
calçados Femininos no prêmio alshop lojista
centro-oeste. a associação brasileira de lo-
jistas de Shopping (alshop) também nomeou,
pela sexta vez consecutiva, a companhia como
hors concours no segmento de calçados femi-
ninos em pesquisa realizada entre consumido-
res e varejistas.
melhor do agronegócio: o prêmio Melhores
do agronegócio no setor de couro e calça-
dos foi entregue pela segunda vez consecuti-
va à arezzo&co pela revista Globo Rural, que
realiza o evento em parceria com a Serasa
experian.
SOCIEDADE E GOVERN
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Lojas: As Melhores Franquias
do Brasil - Selo de Excelência em Franquia
Consumidores e clientes:Empresa queMais Respeita o Consumidor
Meio ambiente:Melhor do Agronegócio no setor de Couro e Calçados
Acionistas e agentes financeiros:
- Melhor RI em uma Oferta Pública Inicial
(IPO)-Governança Corporativa
pela IstoÉ Dinheiro
Meio ambiente + sociedade/governo + fornecedores:Parceria com Secretaria do Meio Ambiente, com o projeto Pepa
reconhecimentos e valores gerados para cada stakeholder
principais reconhecimentos e premiações em 2011
Geração de Valor CompartIlhado na prátICa
relatórIo de SuStentabIlIdade 2011
re
sult
ad
os
20
11
o cuidado com que a arezzo&co administra
suas relações com seus diferentes públicos foi
reconhecido em 2011 por instituições de seu
segmento, publicações especializadas e votos
dos próprios consumidores.
a área de Relações com investidores (Ri), co-
ordenada por thiago borges, também diretor
Financeiro, teve seu trabalho eleito como “Me-
lhor Ri em uma oferta pública inicial (ipo)”
no iR Magazine awards brazil 2011. concedido
pela iR Magazine em conjunto com a Revista Ri
e o instituto brasileiro de Relações com inves-
tidores, trata-se da premiação mais importante
do segmento e é um importante termômetro
para avaliar a qualidade das relações das em-
presas com seus acionistas.
o prêmio de “empresa que Mais Respeita o
consumidor” na categoria calçados foi mais
um importante destaque obtido em 2011 pelo
segundo ano consecutivo. a pesquisa, reali-
zada pela Shopper experience para a revista
consumidor Moderno, consultou 1.389 consu-
midores nas cidades de São paulo, Ribeirão
preto (Sp), Rio de janeiro, Recife (pe), porto
62
prêmios destacam atuação da companhia na relação com diferentes stakeholders, desde consumidores até investidores(GRi 2.10)
alegre (RS) e belo horizonte (MG).
em campo bom (RS), sede da fábrica da
Schutz, a companhia obteve destaque no Se-
minário para a indústria, durante a Semana do
Meio ambiente 2011, por causa do pepa (pro-
jeto de eliminação de passivos ambientais). a
iniciativa foi destaque do encontro, e em 2012
o Grupo participará do evento, como parceiro.
“a Schutz sempre foi inovadora na gestão de
resíduos”, avalia Gisele Maria de Souza, secre-
tária de Meio ambiente do município.
conheça demais reconhecimentos obtidos
pela companhia em 2011:
Governança Corporativa: a revista istoé di-
nheiro concedeu à arezzo destaque na cate-
goria por sua transparência, equidade e boas
práticas de governança no prêmio as 500 Me-
lhores empresas do brasil.
franquia: a revista pequenas empresas &
Grandes negócios destacou a companhia pela
sétima vez no prêmio as Melhores Franquias
do brasil no segmento vestuário, calçados e
relatório de sustentabilidade 2011 6564 arezzo&Co
índICe remISSIVo
índice remissivo
Referência Indicador/Página Página Relato
os planos de expansão da arezzo&co,
que pretende manter um sólido ritmo de
crescimento este ano, permeiam toda a
estratégia da companhia, refletindo-se em
todas as áreas. Gente & Gestão, que esteve na
linha de frente em 2011, continuará sendo foco
de iniciativas e investimentos.
a área de Gente & Gestão pretende incre-
mentar os projetos de capacitação, busca
e retenção de talentos, diminuir a taxa de
turnover no varejo, e evoluir em segurança
no trabalho em fábricas independentes e
especializadas. em 2012, deve ser lançado o
programa de executivos-Sócios fomentando
a “cultura de dono” na arezzo&co, por
meio de um plano de opção de ações em
linha com o divulgado no prospecto do
ipo. conforme meta estabelecida em 2011,
os colaboradores passaram a ter atenção
especial por parte da comunicação do
grupo, com a reformulação do portal e a
instalação de totens em fábricas e operações
em que funcionários não tinham acesso fácil
a serviços de informática. as avaliações
me
tas
para
20
12
Gente & Gestão continua entre as prioridades da companhia
com feedback por meio da ferramenta bSc
passarão a ser semestrais.
em pesquisa & desenvolvimento, a meta
é ter pelo menos duas estações de design
de calçados em 3d funcionando até o final
do ano. em governança, foram criados três
novos comitês, o de auditoria, o de estratégia
e o de pessoas, para garantir a transparência
e a conformidade legal, a gestão correta dos
negócios e um eficaz gerenciamento dos
talentos que fazem a trajetória de sucesso
da companhia. o conselho de adminis-
tração passou a ter uma atuação ainda
mais ativa, com encontros bimestrais — em
2011 eram trimestrais. a responsabilidade
social e ambiental também estará entre
as prioridades. na área de lojas próprias
e franquias, a ideia é aumentar a área dos
pontos de venda (tanto os novos quanto os
já existentes) para oferecer maior conforto
às consumidoras, e promover uma expansão
geográfica das marcas, especialmente Schutz
e anacapri, identificando o potencial de cada
microrregião brasileira.
Arezzo&CO 077.jpg
Desafios
uma aGenda para o ano
GRI AF1 Code of conduct content and coverage. 16 TotalGRI AF6 Policies for supplier selection, management, and termination. 46; 47 ParcialGRI AF8 Number of audits conducted and percentage of workplaces audited. 47 ParcialGRI AF10 Incidents of non-compliance with overtime standards. 52 TotalGRI AF11 Incidents of non-compliance with standards on pregnancy and maternity rights. Resposta 2011: Não
registrou-se nenhum caso de não-conformidade com leis de proteção à gestação e maternidade65 Total
GRI AF12 Incidents of the use of child labor. 52 TotalGRI AF20 List of environmentally preferable materials used in apparel and footwear products. 58 TotalGRI AF21 Amount of energy consumed and percentage of the energy that is from renewable sources. Resposta
2011: 500 KILOWATS/Hora de fontes primárias de hidrelétricas com 100% de recursos renováveis (água)
65 Total
GRI AF26 Policy on working hours, including definition of overtime, and actions to prevent excessive and forced overtime.
52 Parcial
GRI AF27 Policy and actions to protect the pregnancy and maternity rights of women workers. Resposta 2011: A Companhia segue as regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em sua política de proteção ao direito à maternidade
65 Total
GRI AF33 Priorities in community investment strategy. 60 TotalGRI AF34 Amount of investment in worker communities broken down by location. 61 TotalGRI 1.1 Declaração do detentor do cargo com maior poder de decisão na organização (como diretor-
presidente, presidente do conselho de administração ou cargo equivalente) sobre a relevância da sustentabilidade para a organização e sua estratégia.
4; 5 Total
GRI 2.1 Nome da organização. 2 TotalGRI 2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços. 28 TotalGRI 2.3 Estrutura operacional da organização, incluindo principais divisões, unidades operacionais,
subsidiárias e joint ventures.14 Total
GRI 2.4 Localização da sede da organização. 2; 13 TotalGRI 2.5 Número de países em que a organização opera e nome dos países em que suas principais operações
estão localizadas ou são especialmente relevantes para as questões de sustentabilidade cobertas pelo relatório.
13 Total
GRI 2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade. 2; 11 TotalGRI 2.7 Mercados atendidos (incluindo discriminação geográfica, setores atendidos e tipos de clientes/
beneficiários).10; 13; 39
Total
GRI 2.8 Porte da organização, incluindo: número de empregados, vendas líquidas (para organizações do setor privado) ou receita líquida (para organizações do setor público), capitalização total discriminada em termos de dívida e patrimônio líquido (para organizações do setor privado), quantidade de produtos ou serviços oferecidos.
11; 28 Total
GRI 2.9 Principais mudanças durante o período coberto pelo relatório referentes a porte, estrutura ou participação acionária. Resposta 2011: Extinção de empresas inativas e unificação da atividade varejista em uma única controlada da Companhia.
15; 65 Total
GRI 2.10 Prêmios recebidos no período coberto pelo relatório. 62; 63 TotalGRI 3.1 Período coberto pelo relatório (como ano contábil/civil) para as informações apresentadas. 2; 6 TotalGRI 3.2 Data do relatório anterior mais recente (se houver). 6 TotalGRI 3.3 Ciclo de emissão de relatórios (anual, bienal etc.). 2; 6 TotalGRI 3.4 Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório ou seu conteúdo. 2 TotalGRI 3.5 Processo para a definição do conteúdo do relatório. 7 TotalGRI 3.6 Limite do relatório (como países, divisões, subsidiárias, instalações arrendadas, joint ventures,
fornecedores). Para outras orientações, consulte o protocolo para definição de limite da GRI (“GRI Boundary Protocol”).
2 Total
relatório de sustentabilidade 2011 6766 arezzo&Co
índice remissivo
GRI 3.7 Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao escopo ou ao limite do relatório. Resposta 2011: Não há.
66 Total
GRI 3.8 Base para a elaboração do relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações arrendadas, operações terceirizadas e outras organizações que possam afetar significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações. Resposta 2011: Não houve relatório anterior para que haja comparabilidade. A elaboração do relatório foi pautada pelas operações de toda a Arezzo&Co.
66 Total
GRI 3.10 Explicação das conseqüências de quaisquer reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores e as razões para tais reformulações (como fusões ou aquisições, mudança no período ou ano-base, na natureza do negócio, em métodos de medição). Resposta 2011: Não há.
66 Total
GRI 3.11 Mudanças significativas em comparação com anos anteriores no que se refere a escopo, limite ou métodos de medição aplicados no relatório. Resposta 2011: Não há.
66 Total
GRI 3.12 Tabela que identifica a localização das informações no relatório. 65 TotalGRI 3.13 Política e prática atual relativa a busca de verificação externa para o relatório. Se a verificão não
for incluida no relatário de sustentabilidade, é preciso explicar o escopo e a base de qualquer verificação externa fornecida, bem como a relação entre a organização relatora e os auditores
68 Total
GRI 4.1 Estrutura de governança da organização, incluindo comitês sob o mais alto órgão de governança responsável por tarefas específicas, tais como estabelecimento de estratégia ou supervisão da organização.
18; 19 Total
GRI 4.2 Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança também seja um diretor executivo (e, se for o caso, suas funções dentro da administração da organização e as razões para tal composição).
18 Total
GRI 4.3 Para organizações com uma estrutura de administração unitária, declaração do número de membros independentes ou não-executivos do mais alto órgão de governança.
18; 19 Total
GRI 4.4 Mecanismos para que acionistas e empregados façam recomendações ou dêem orientações ao mais alto órgão de governança.
19 Tota l
GRI 4.6 Processos em vigor no mais alto órgão de governança para assegurar que conflitos de interesse sejam evitados. “Resposta 2011: Temos o código de ética, com diretrizes que visam evitar este tipo de conflito. Outra ferramenta que auxilia na não ocorrência de conflitos de interesse é o Comex (reunião do comitê executivo), reunião na qual diversas decisões estratégicas são deliberadas e, se aprovadas, são posteriormente levadas para aprovação do Conselho da Administração.
19 Total
GRI 4.7 Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos membros do mais alto órgão de governança para definir a estratégia da organização para questões relacionadas a temas econômicos, ambientais e sociais.
18 Total
GRI 4.9 Procedimentos do mais alto órgão de governança para supervisionar a identificação e gestão por parte da organização do desempenho econômico, ambiental e social, incluindo riscos e oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios. Resposta 2011: Tanto o Conselho da Administração quanto o Comex estão aptos a tratarem de temas ambientais e sociais, além de temas econômicos, mas até então, nenhum assunto desta natureza foi levado formalmente ao Conselho, sendo deliberado diretamente no Comex.
66 Total
GRI 4.10 Processos para a auto-avaliação do desempenho do mais alto órgão de governança, especialmente com respeito ao desempenho econômico, ambiental e social. Resposta 2011: Não temos um processo de auto avaliação.
66 Total
GRI 4.14 Relação de grupos de stakeholders engajados pela organização. 17 TotalGRI 4.15 Base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais se engajar. 17 TotalGRI 4.17 Principais temas e preocupações que foram levantados por meio do engajamento dos stakeholders e
que medidas a organização tem adotado para tratá-los.17 Total
GRI EC1 Valor econômico direto gerado e distribuído, incluindo receitas, custos operacionais, remuneração de empregados, doações e outros investimentos na comunidade, lucros acumulados e pagamentos para provedores de capital e governos.
26; 61 Total
GRI EC2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização devido a mudanças climáticas. Resposta 2011: As atividades da organização não são afetadas por mudanças climáticas.
66 Total
GRI EC3 Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido que a organização oferece. Resposta 2011: A organização não oferece planos de pensão.
66 Total
GRI EC4 Ajuda financeira significativa recebida do governo. 61 Total
GRI EC6 Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais em unidades operacionais importantes.
9 Parcial
GRI EC7 Procedimentos para contratação local e proporção de membros de alta gerência recrutados na comunidade local em unidades operacionais importantes.
9 Parcial
GRI EC8 Desenvolvimento e impacto de investimentos em infra-estrutura e serviços oferecidos, principalmente para benefício público, por meio de engajamento comercial, em espécie ou atividades pro bono.
56 Total
GRI EN21 Descarte total de água, por qualidade e destinação. 58 Parcial
GRI EN22 Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição. 58; 59 Total
GRI EN26 Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços e a extensão da redução desses impactos.
56; 58; 59
Total
GRI EN28 Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não-monetárias resultantes da não-conformidade com leis e regulamentos ambientais. Resposta 2011: Não tivemos multas significativas desta natureza.
67 Total
GRI EN29 Impactos ambientais significativos do transporte de produtos e outros bens e materiais utilizados nas operações da organização, bem como do transporte de trabalhadores.
58 Parcial
GRI HR1 Percentual e número total de contratos de investimentos significativos que incluam cláusulas referentes a direitos humanos ou que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos. Resposta 2011: 0%.
67 Total
GRI HR2 Percentual de empresas contratadas e fornecedores críticos que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas.
47 Total
GRI HR6 Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho infantil e as medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil.
46; 47 Parcial
GRI HR7 Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo e as medidas tomadas para contribuir para a erradicação do trabalho forçado ou análogo ao escravo.
46; 47 Parcial
GRI LA1 Total de trabalhadores, por tipo de emprego, contrato de trabalho e região. 48 Total
GRI LA2 Número total e taxa de rotatividade de empregados, por faixa etária, gênero e região. 49 Total
GRI LA7 Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho, por região.
52 Parcial
GRI LA8 Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco em andamento para dar assistência a empregados, seus familiares ou membros da comunidade com relação a doenças graves.
52 Total
GRI LA10 Média de horas de treinamento por ano, por funcionário, discriminadas por categoria funcional. 53 Total
GRI LA13 Composição dos grupos responsáveis pela governança corporativa e discriminação de empregados por categoria, de acordo com gênero, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade.
18; 19 Parcial
GRI LA14 Proporção de salário base entre homens e mulheres, por categoria funcional. 50 Total
GRI PR1 Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e segurança são avaliados visando melhoria, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a esses procedimentos.
32 Total
GRI PR9 Valor monetário de multas (significativas) por não-conformidade com leis e regulamentos relativos ao fornecimento e uso de produtos e serviços.
32 Total
GRI SO1 Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída.
60; 61 Parcial
GRI SO2 Percentual e número total de unidades de negócios submetidas a avaliações de riscos relacionados a corrupção.
61 Total
GRI SO8 Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não-monetárias resultantes da não-conformidade com leis e regulamentos.
61 Total
Referência Indicador/Página Página RelatoReferência Indicador/Página Página Relato
relatório de sustentabilidade 2011 6968 arezzo&Co
Verificação Externa
re
ferê
ncia
s
o primeiro relatório de sustentabilidade da
arezzo&co foi submetido à uma verifica-
ção externa, como recomendado pelo Global
Reporting initiative (GRi). a turma de alunos da
disciplina environmental Management and cor-
porate Social Responsability, do insper – instituto
de ensino e pesquisa foi coordenada e orientada
pela professora priscila claro. o relatório 2011 se
baseia na terceira geração do guia GRi (3.0), e
também suplemento (piloto) setorial de calça-
dos e têxteis. (GRi 3.13) eQuIlíbrIoo relatório apresenta indicadores qualitativos e
quantitativos, o que confere equilíbrio na avalia-
ção do desempenho da arezzo&co em 2011. no
entanto, nota-se que a empresa relatou poucos
indicadores negativos para as dimensões am-
biental, social e econômica. a importância do
equilíbrio de resultados positivos e negativos
serve para retratar de modo imparcial o desem-
penho geral da empresa aos stakeholders. a fim
de garantir mais equilíbrio, sugerimos que nos
próximos anos a empresa busque apresentar
como os problemas influenciaram o desempe-
nho e que ações foram tomadas para mitigá-los.
isso deixaria claro para os leitores os desenvol-
vimentos futuros em termos das respostas da
empresa em relação aos problemas enfrentados.
ComparabIlIdadepor se tratar do primeiro relatório de sustentabi-
lidade elaborado pela arezzo&co, não é possível
comparar as informações divulgadas esse ano
em relação a outros anos, o que também im-
possibilita a análise da evolução das políticas da
empresa.
Clarezaa maioria dos indicadores de desempenho divul-
gados possuem uma linguagem clara e objetiva
análise e nível de aplicação
VerIfICação externa
Ve
rifi
cação
exte
rna
e estão acessíveis, facilitando a sua análise por
diversos stakeholders. entretanto, alguns indica-
dores como o GRi la7, GRi pR1 e o GRi aF26
poderiam estar mais argumentados e detalha-
dos. notou-se também que alguns indicadores
essenciais como o GRi en1, GRi en3, GRi en27
e GRi pR6 não foram divulgados. por julgarmos
que tais indicadores são relevantes para a ativi-
dade da arezzo&co, sugerimos que os mesmos
passem a ser controlados/reportados. além dis-
so, o guia GRi utilizado foi o 3 e já existe a versão
mais completa que é a 3.1. desta forma, sugeri-
mos para o próximo ano o uso da versão mais
recente e a divulgação de todos os indicadores
essenciais. um ponto positivo foi a utilização do
suplemento setorial, apesar do fato de que este
documento ainda esteja em fase de testes.
ConCluSÕeSo Relatório de Sustentabilidade arezzo&co 2011
é compatível com a terceira versão das diretrizes
GRi e apresenta uma linguagem acessível, clara e
objetiva. Sugerimos que a empresa adicione ou-
tras informações ambientais, sociais e econômicas
relevantes em seus próximos relatórios, mostran-
do seu progresso em cada um desses aspectos e
na definição das estratégias de sustentabilidade.
isso proporcionará ao leitor um conhecimento
mais detalhado sobre as atividades e escolhas da
empresa em relação à gestão para e pela susten-
tabilidade. baseando-se nos requisitos orienta-
dos pelo framework GRi, atestamos que o nível de
aplicação c+ foi atingido.
São paulo, Março de 2012.
alunas: anna carolina Martinez campos,
julia Rizzo Zerwes, Mariana audi correa,
natasha Scarparo araújo.
Coordenadora: professora priscila claro
Relatório de sustentabilidade arezzo&co 2011
relatório de sustentabilidade 201170
Global reporting Initiative (GrI): a Global Reporting
initiative, ‘GRi’, é uma organização não-Governamen-
tal que promove a elaboração de relatórios de sus-
tentabilidade, e pode ser adotada por todas as orga-
nizações. a GRi produz a mais abrangente estrutura
para Relatórios de Sustentabilidade do mundo pro-
porcionando maior transparência organizacional. esta
estrutura, incluindo as diretrizes para a elaboração de
Relatórios, estabelece os princípios e indicadores que
as organizações podem usar para medir e comunicar
seu desempenho econômico, ambiental e social.
Stakeholders: são todos os envolvidos direta ou indi-
retamente nos projetos, atividades, negócios e opera-
ções de um empreendimento (acionistas, financiado-
res, clientes, fornecedores, funcionários, consultores,
comunidades, governo, entidades de classe e organi-
zações não governamentais, entre outros).
responsabilidade Socioambiental: conjunto de prá-
ticas, ações e iniciativas capazes de tornar efetivo o
princípio da função socioambiental, seja no âmbito
governamental, empresarial ou de entidades não go-
vernamentais, mediante a adoção, implementação e
gestão de atividades sociais e ambientais em bene-
fício da comunidade, proporcionando a melhoria da
qualidade de vida das pessoas e o desenvolvimento
do ser humano, por meio de ações preventivas, edu-
cativas, culturais, artísticas, esportivas e assistenciais,
a defesa dos direitos humanos, do trabalho, do meio
ambiente e da justiça social e o apoio ao combate à
corrupção e ao suborno, dentre outras.
desenvolvimento Sustentável: estratégia de desen-
volvimento da atividade econômica, em sintonia com
as demandas e questões sociais e a utilização cons-
ciente dos recursos disponíveis no meio ambiente.
busca satisfazer as demandas do presente sem com-
prometer a possibilidade das gerações futuras de
atenderem suas próprias necessidades.
Investimento Social privado: é o uso voluntário, pla-
nejado e monitorado de recursos privados para con-
secução de ações de interesse público, com ou sem
utilização de incentivos fiscais.
Valor compartilhado: políticas e práticas operacionais
que aumentam a competitividade de uma empresa, ao
mesmo tempo em que melhoram as condições sócio-
econômicas nas comunidades em que a empresa atua.
o foco da geração de valor compartilhado é identificar
e ampliar o elo entre o progresso social e o econômico.
Ipo: initial public offering, ou oferta pública inicial.
ebItda: earnings before interest, taxes, depreciation,
and amortization, ou lucros antes de juros, impostos,
depreciação e amortização.
SSS - Same Store Sales (Vendas nas mesmas lojas):
as lojas são incluídas nas vendas de lojas compa-
ráveis a partir do 13º mês de operação. variações
em vendas de lojas comparáveis entre os dois perí-
odos são baseadas nas vendas líquidas de devolu-
ções para as vendas de lojas próprias, e em vendas
brutas para franquias que estavam em operação
durante ambos os períodos que estão sendo com-
parados. Se uma loja estiver incluída no cálculo de
vendas de lojas comparáveis por apenas uma parte
de um dos dois períodos comparados, então essa
loja será incluída no cálculo da parcela correspon-
dente do outro período. quando metros quadrados
são acrescentados ou reduzidos a uma loja que é
incluída nas vendas de lojas comparáveis, a loja é
excluída nas vendas de lojas comparáveis. quando
a operação de uma loja é descontinuada, as vendas
dessa loja são excluídas do cálculo das vendas de
lojas comparáveis para os períodos comparados. a
partir deste período, considerou-se que quando um
operador franqueado abre um depósito, sua venda
será incluída nas vendas de lojas comparáveis se as
franquias do operador estiverem em operação du-
rante ambos os períodos que estão sendo compara-
dos. o chamado SSS de Franquias – Sell in, refere-se
à comparação de vendas da arezzo&co junto cada
loja Franqueada em operação a mais de 12 meses,
servindo como um indicador mais preciso para mo-
nitoramento da Receita do grupo. já o SSS de lo-
jas próprias – Sell out é baseado na performance
de vendas do ponto de venda, o que no caso da
arezzo&co demonstra melhor o comportamento
das vendas de lojas próprias.
Investimentos Capex: sigla da expressão inglesa
capital expenditure, os investimentos capex de-
signam o montante de dinheiro gasto em compras ou
melhorias de bens de capital em uma empresa.
pdCa: Sigla do inglês para plan, do, check e act, ou
seja, planejar, fazer, checar e agir. é um ciclo de desen-
volvimento que tem foco na melhoria contínua. tem
por princípio tornar mais claros e ágeis os processos
envolvidos na execução da gestão, dividindo-a nestes
quatro principais passos.
bSC: balanced Scorecard (bSc) é uma metodologia
de avaliação e gestão de desempenho criada por
professores da harvard business School em 1992, e
amplamente adotada em grandes corporações.
Glossário
www.arezzoco.com.br