32111798 Livro Ed Fis Idosos Pratica Fundamentada

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Faculdade de Educação Física UnB Faculdade de Educação Física UnB Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada Marisete Peralta Safons e Márcio de Moura Pereira (Organizadores) 2ª Edição Revisada e Atualizada: Inclui os anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a 3ª Idade

Transcript of 32111798 Livro Ed Fis Idosos Pratica Fundamentada

Faculdade de Educação Física – UnB

Faculdade de Educação Física – UnB

Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada

Marisete Peralta Safons e Márcio de Moura Pereira (Organizadores)

2ª Edição Revisada e Atualizada: Inclui os anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a 3ª Idade

Faculdade de Educação Física – UnB

Faculdade de Educação Física – UnB

Marisete Peralta Safons e Márcio de Moura Pereira

Princípios Metodológicos da Atividade Física para Idosos (Organizadores)

2ª Edição (Revisada e Atualizada) Inclui os anais do VII Seminário Internacional sobre

Atividades Físicas para a 3ª Idade

BRASÍLIA 2007

CONSELHEIROS: Alex Charles Rocha Alexander Martinovic Alexandre Fachetti Vaillant Moulin André Almeida Cunha Arantes Cristina Queiroz Mazzini Calegaro Elke Oliveira da Silva Geraldo Gama Andrade Guilherme Eckhard Molina João Alves do Nascimento Filho José Ricardo Carneiro Dias Gabriel Lúcio Rogério Gomes dos Santos Luiz Guilherme Grossi Porto Marcellus Rodrigues N. Fernandes Peixoto Marcelo Boarato Meneguim Márcia Ferreira Cardoso Carneiro Paulo Roberto da Silveira Lima Ramón Fabián Alonso López Ricardo Camargo Cordeiro Telma de Oliveira Pradera Waldir Delgado Assad

Wylson Phillip Lima Souza Rêgo

DIRETORIA EXECUTIVA: Presidente Alexandre Fachetti Vaillant Moulin 1º Vice-presidente

Paulo Roberto da Silveira Lima 2º Vice-presidente Marcellus R. N. Fernandes Peixoto 1º Secretário

Marcelo Boarato Meneguim 2ª Secretária Elke Oliveira da Silva 1º Tesoureiro

José Ricardo Carneiro Dias Gabriel 2º Tesoureiro

Alex Charles Rocha

COMISSÃO EDITORIAL:

Alexandre Fachetti Vaillant Moulin Elke Oliveira da Silva Luiz Guilherme Grossi Porto Márcia Ferreira Cardoso Carneiro Márcio de Moura Pereira

Telma de Oliveira Pradera

Conselho Regional de Educação Física da 7ª Região – CREF7

Endereço: SGAN 604 conjunto C – Clube de Vizinhança Norte CEP: 70840-040 - Brasília-DF Tel: (61)3321-1417 (61)3322-6351 Site: www.cref7.org.br

Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Educação Física – FEF Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Atividade Física para Idosos – GEPAFI

Endereço: Campus Universitário Darcy Ribeiro – Gleba B – Asa Norte CEP: 70910-970 Tel.: 3307 – 2252 Site FEF: www.unb.br/fef Blog GEPAFI: http://www.gepafi.com

Diretor: Prof. Dr. Jônatas de França Barros

Vice-diretor: Prof. Dr. Jake do Carmo

Chefe do Centro Olímpico: Profa. Dra. Marisete Peralta Safons

Coordenador de Graduação: Prof. Dr. Alexandre Rezende

Coordenador de Pesquisa e Pós-Graduação: Profa. Dra. Ana Cristina de David

Coordenador de Extensão e Atividades Comunitárias: Prof. Dr. André T. Reis.

Coordenador de Prática Desportiva: Prof. William Passos

Editores

CREF/DF e FEF/UnB/GEPAFI Autores Marisete Peralta Safons Doutora em Ciências da Saúde pela UnB Márcio de Moura Pereira Mestre em Educação Física pela UCB Editoração Eletrônica

Aderson Peixoto Ulisses de Carvalho Publicação CREF7 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Safons, Marisete Peralta.

Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada / Marisete

Peralta Safons; Márcio de Moura Pereira - Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI,

2007.

218 p.:il.

ISBN 978-85-60259-04-5

1. Educação física para idosos. 2. Metodologia do ensino. 3. Esporte e educação.

I. Pereira, Márcio de Moura. II. Título.

CDU 796.4-053.9

AGRADECIMENTO:

Agradecemos à Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal – FAP/DF, pelo

apoio financeiro concedido no âmbito do edital FAP/DF 01/2004, ao CESP/UnB, à

Universidade de Brasília e ao CREF7 pelo efetivo apoio à realização deste trabalho.

APRESENTAÇÃO

Esta publicação apresenta posições de renomados pesquisadores do Brasil e do

Exterior, atuantes no campo de intervenções e pesquisas sobre atividades físicas para idosos.

Ela é fruto do ―VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira

Idade – VII SIAFT‖ apresentada aos estudiosos e pesquisadores da área agora em sua segunda

edição, no formato digital.

O VII SIAFT promoveu a integração dos profissionais e estudiosos para divulgar e

discutir as tendências nacionais e internacionais das pesquisas no campo das atividades físicas

para idosos; disseminar informações sobre a produção científica e publicações especializadas

sobre atividade física para a terceira idade. Além disso, o VII Seminário proporcionou espaço

para apresentação das produções e experiências de intervenção na área da atividade física para

idosos.

Este livro apresenta o resgate histórico sobre a disseminação do conhecimento sobre

atividade física e envelhecimento no Brasil, realizado pelo Prof. Alfredo Faria Júnior.

Este livro apresenta o resgate histórico sobre a disseminação do conhecimento sobre

atividade física e envelhecimento no Brasil, realizado pelo Prof. Alfredo Faria Junior.

Traz também as questões do envelhecimento nas suas idiossincrasias, fragilidades e

possibilidades humanas, como espaço de revisão e construção como bem apresenta o texto da

Prof.ª Altair Lahud. Ao mesmo tempo em que com a Prof.ª Maria Lais as questões políticas e

sociais são levantadas e discutidas.

À luz de três teorias psicossociais sobre o envelhecimento bem sucedido, a Prof.ª

Jessie Jones destaca que o sucesso do envelhecer centra-se na capacidade de adaptação do

indivíduo às mudanças provenientes da existência humana. A questão é tratada, ainda, sob a

ótica da influência de fatores ambientais pelo Prof. Eino Heikkinen.

Enquanto a Prof.ª Sandra Matsudo revê a produção que relaciona envelhecimento,

atividade física e saúde; a Prof. Ana Patrícia apresenta a atividade física como recurso

terapêutico inserido no rol de opções disponíveis para a manutenção da saúde óssea.

Os professores Linda Ueno, Paulo Farinatti e Sandor Balsamo levantam importantes

questões relativas à fisiologia circulatória, fisiologia da marcha e à fisiologia muscular,

respectivamente. A Prof.ª Roberta Rikli apresenta e discute a questão da avaliação física e

funcional do idoso.

As bases teóricas e metodológicas da Educação Física para idosos são discutidas pelos

professores José Francisco, Silene Okuma, Maria Luíza e Márcio Moura que apresentam

experiências e sugestões de intervenção.

Nas produções científicas - temas livres e pôsteres - o foco central das discussões é a

atividade física e suas relações com o ser idoso. A temática é abordada nas dimensões:

Educação, Esporte e Lazer, Psicossocial e Saúde.

Procuramos, desta forma, integrar percepções e posicionamentos acerca de alguns

fatores relacionados à atividade física que influenciam as diferentes formas de viver e

envelhecer.

Os organizadores

SUMÁRIO

DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE ATIVIDADE FÍSICA E

ENVELHECIMENTO NO BRASIL: ORIGEM E DESENVOLVIMENTO

Alfredo Faria Junior ............................................................................................................. 16

ESCOLA, IMAGINÁRIO E VELHICE: DESFAZENDO POSSÍVEIS PRECONCEITOS

Altair Macedo Lahud Loureiro ............................................................................................. 25

SAÚDE ÓSSEA E O ENVELHECIMENTO

Ana Patrícia de Paula ........................................................................................................... 28

PHYSICAL ACTIVITY FOR ELDERLY PEOPLE: HEALTH PERSPECTIVE

Eino Heikkinen .................................................................................................................... 35

PROGNOSIS FOR A SUCCESSFUL OLD AGE

C. Jessie Jones ..................................................................................................................... 46

ALGUNS BONS PRINCÍPIOS A SEREM LEVADOS EM CONTA NA ATIVIDADE

FÍSICA COM O IDOSO

José Francisco Silva Dias ..................................................................................................... 51

MODULAÇÃO AUTONÔMICA CARDÍACA E SENSITIVIDADE BARORREFLEXA EM

INDIVÍDUOS IDOSOS FISICAMENTE ATIVOS Linda Massako Ueno ........................................................................................................... 53

PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS DA DANÇA DE SALÃO PARA IDOSOS Márcio de Moura Pereira e Marisete Peralta Safons ............................................................. 56

O PRAZER DE SER IDOSO Maria Lais Mousinho Guidi ................................................................................................. 59

A PRÁTICA PEDAGÓGICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA PARA IDOSOS NO PROJETO

SÊNIOR PARA A VIDA ATIVA DA USJT: UMA EXPERIÊNCIA RUMO À

AUTONOMIA Maria Luiza de Jesus Miranda, Alessandra Galve Gerez e Marília Velardi ........................... 62

ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA MARCHA EM PESSOAS IDOSAS: FATORES

DETERMINANTES E PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO Paulo de Tarso Veras Farinatti ............................................................................................. 70

EVALUATING FUNCTIONAL ABILITY OF OLDER ADULTS Roberta E. Rikli ................................................................................................................... 76

TREINAMENTO DE FORÇA E ENVELHECIMENTO Sandor Balsamo ................................................................................................................... 88

ENVELHECIMENTO, ATIVIDADE FÍSICA & SAÚDE Sandra Mahecha Matsudo .................................................................................................... 92

UM MODELO PEDAGÓGICO DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA IDOSOS Silene Sumire Okuma ........................................................................................................ 105

ANAIS DO VII SEMINÁRIO SOBRE ATIVIDADES FÍSICAS PARA A

TERCEIRA IDADE – VII SIAFT ............................................................................. 113

Presidente do seminário ..................................................................................................... 114

Comissão Organizadora ..................................................................................................... 114 Comissão Científica ........................................................................................................... 114

Convidados Nacionais ........................................................................................................ 114 Convidados Internacionais ................................................................................................. 114

Programação ...................................................................................................................... 115

TEMA LIVRE: EDUCAÇÃO ....................................................................... 130

AFINAL, ―QUEM SOU EU?‖ PERGUNTA A EDUCAÇÃO FÍSICA NO TRABALHO

COM A TERCEIRA IDADE

Marco Aurelio Acosta ........................................................................................................ 131 EDUCAÇÃO FÍSICA GERONTOLÓGICA: REVOLUÇÃO A CURTO PRAZO NA

EDUCAÇÃO FÍSICA ATUAL Rita Puga Barbosa, Alan de Souza Rodrigues..................................................................... 132

EFEITO DA INSTRUÇÃO NA AQUISIÇÃO DE UMA HABILIDADE MOTORA EM

IDOSOS

Paula GEHRING, Maria Fernanda de OLIVEIRA, Maria Cecília Oliveira da FONSECA,

Jorge Alberto de OLIVEIRA, Suely SANTOS ................................................................... 133

PERFIL DO ESTILO DE VIDA DE IDOSO ATIVOS NO CED DE RIO VERDE Janine A. Viniski; Everton S. Borges; Daiane P. Rodrigues ................................................ 134

PROCESSO DE ENSINO DA ATITUDE CRÍTICA SOBRE ATIVIDADE FÍSICA PARA

IDOSOS

Tiemi Okimura, Silene Sumire Okuma ............................................................................. 135 PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE ATIVIDADE FÍSICA E

ENVELHECIMENTO NO BRASIL: ALGUMAS REFLEXÕES Rafael Botelho ................................................................................................................... 136

TEMA LIVRE: ESPORTE E LAZER ...................................................................... 137

CINCO MOTIVOS BÁSICOS PARA PERMANÊNCIA DE GERONTES PRATICANDO

GERONTOVOLEIBOL DURANTE 10 ANOS

Josué Lima Néri, Rita Puga, Alan de Souza Rodrigues ....................................................... 138

TEMA LIVRE: PSICOSSOCIAL ............................................................................. 139

A INFLUÊNCIA DO APRENDIZADO NA IMAGEM CORPORAL DE IDOSOS

ATRAVÉS DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA Federici

, Ericka

; Nascimento Letícia; Okuma, Silene Sumire; Lefèvre, Fernando ............... 140

APOSENTADORIA DO JOGADOR PROFISSIONAL DE FUTEBOL Regina Celi Lema Santos ................................................................................................... 141

DINAMISMO SOCIAL NO ENVELHECIMENTO Rita Puga Barbosa - UFAM-FEF, Nazaré Marques Mota - SEDUC-SEMED, Dione Carvalho

Gomes DETRAN-AM, Alan de Souza Rodrigues - UFAM-FEF ........................................ 142 EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE ESTADOS AFETIVOS

E CRENÇAS DE AUTO-EFICÁCIA FÍSICA DE IDOSOS

NASCIMENTO, Letícia, FEDERICI*, Ericka, OKUMA, Silene ........................................ 143

IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E ATIVIDADES FÍSICAS: O FENÔMENO DA

ADESÃO-EVASÃO-REINSERÇÃO

Luís Carlos Lira ................................................................................................................. 144 MOTIVOS DE ADESÃO AO PROJETO SÊNIOR PARA A VIDA ATIVA

Marilia Velardi, Maria Luiza Miranda ................................................................................ 145 PERFIL DOS IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS QUANTO AO ESTADO DEPRESSIVO

Santos, Jessiane Alves; Leite, Glênio Fernandes; Martins, Maria Angelica; Carrijo, Poliana de

Lourdes; Costa, Geni de Araujo ......................................................................................... 146

RELAÇÃO ENTRE O ESTRESSE E A ATIVIDADE DE HIDROGINÁSTICA PARA

TERCEIRA IDADE

Patrícia Vieira do Nascimento, Lucélia Justino Borges, Eliane Rosa dos Santos, Geni Araújo

Costa.................................................................................................................................. 147

TEMA LIVRE: SAÚDE .............................................................................................. 148

ANÁLISE DO SENTIDO DE AUTO-EFICÁCIA FÍSICA, DO NÍVEL DE SATISFAÇÃO

DE VIDA E DO PERFIL SÓCIO-DEMOGRÁFICO DE IDOSOS

BORGES, Lucélia Justino; COSTA, Geni de Araújo; NASCIMENTO, Patrícia Vieira do;

SANTOS, Eliane Rosa dos ................................................................................................. 149

ANÁLISE DA FORÇA MUSCULAR DOS MEMBROS SUPERIORES, EM IDOSAS

PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA DO PROJETO AFRID

BORGES, Lucélia Justino; COSTA, Geni de Araújo; SOUZA, Luiz Humberto Rodrigues de;

NASCIMENTO, Patrícia Vieira do; SANTOS, Eliane Rosa dos ........................................ 150

AUTONOMIA FUNCIONAL, ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA EM

IDOSAS

Priscilla Marques (bolsista do PIBIC/CNPq-Brasil); Cassiano Ricardo Rech (bolsista

CAPES); Sheilla Tribess; Edio Luiz Petroski ..................................................................... 151

AVALIAÇÃO DE FORÇA MUSCULAR EM IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADE

FÍSICA REGULAR

Mihessen MC; Calegaro CQ; Arantes JT; Werkhauser LG ................................................. 152 CLASSIFICAÇÃO DO NÍVEL FUNCIONAL EM IDOSAS PRATICANTES DE

HIDROGINÁSTICA Maria Alcione Freitas e Silva, Luiz Humberto Rodrigues Souza, Fernando Roberto Nunes

Tiburcio, Joyce Buiate Lopes Maria, Geni Araújo Costa .................................................... 153 COMPARAÇÃO DAS VARIÁVEIS DE ATIVIDADE DE VIDA DIÁRIA EM

INDIVÍDUOS INSTITUCIONALIZADOS Ana Tereza Coelho

1, Regina Soares

1 e Rosangela Villa Marin

1,2 ..................................... 154

COMPARAÇÃO DAS VARIÁVEIS NEUROMOTORAS DA APTIDÃO FÍSICA E

CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSAS FISICAMENTE ATIVAS

Méris Sayuri Tanaka, Rosângela Villa Marin, Sandra Matsudo e Victor Matsudo .............. 155 COMPOSIÇÃO CORPORAL DE IDOSAS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO E

HIDROGINÁSTICA NOVAIS, Francini Vilela;COSTA, Geni Araújo;AZEVEDO, Paula Guimarães de ............ 156

DECLÍNIO DA MEMÓRIA EM IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS Azevedo, Paula Guimarães; Novais, Francini Vilela; Costa, Geni Araújo ........................... 157

HIDROGINÁSTICA: IMPACTOS NO ENVELHECIMENTO ATIVO Andréa Krüger Gonçalves, Doralice Orrigo da Cunha Pol, Veridiana Mota Moreira, Giovanni

Sanchotene Pacheco, Angélica de Souza Moreira, Dilamara Jesus Longoni, Vera Maria Boni

Signori ............................................................................................................................... 158

O IDOSO NA MÍDIA IMPRESSA

Raquel Guimarães Lins, Juliana Benigna de Oliveira ......................................................... 159 PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM HOMENS COM IDADE ACIMA DE 50

ANOS PRATICANTES DE DIFERENTES TIPOS DE ATIVIDADES FÍSICAS Rosangela Villa Marin, Sandra Matsudo e Victor Matsudo ................................................ 160

PÔSTER: EDUCAÇÃO .............................................................................................. 161

A ADAPTAÇÃO DO IDOSO À PRÁTICA DA MUSCULAÇÃO Rosemary Rauchbach

1 ; Laiza Danielle de Souza

2 .............................................................. 162

ANÁLISE DO CURRÍCULO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA QUANTO À FORMAÇÃO PARA O TRABALHO

COM IDOSOS Thiago Nunes, Camila Gonçalves, Cláudia Esteves, Roberta Salvini, Marisete P. Safons ... 163

DANÇA FOLCLÓRICA COMO MEIO DE INCLUSÃO SOCIAL DO IDOSO Marize Amorim Lopes ....................................................................................................... 164

DIÁLOGO INTERGERACIONAL E EDUCAÇÃO: UMA PRÁTICA COMPARTILHADA GIOVELLI, Marivana; ACOSTA, Marco Aurélio;............................................................. 165

METODOLOGIA DA DANÇA DE SALÃO PARA IDOSOS Márcio de Moura Pereira, Marisete Peralta Safons ............................................................. 166

MOTIVO DE ADESÃO À PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA ORIENTADA E A

RELEVÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA REALIZADA EM GRUPO PARA OS IDOSOS

Patrícia Queiroz, Alexandre Almeida, Rodrigo Luna, Marisete Peralta Safons ................... 167

PÔSTER: ESPORTE E LAZER ................................................................................ 168

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE IDOSAS DO NÚCLEO DA TERCEIRA IDADE DO

CED/ FESURV Leidimar A. F. Oliveira; Daiane P. Rodrigues; Janine A. Viniski ...................................... 169

PÔSTER: PSICOSSOCIAL ........................................................................................ 170

A DANÇA COMO FATOR MINIMIZANTE DA DEPRESSÃO NA 3ª IDADE Daiane P. Rodrigues; Janine A. Viniski; Leidimar A. F. Oliveira ...................................... 171

CONCEPÇÃO DE ENVELHECIMENTO DE UNIVERSITÁRIOS DE EDUCAÇÃO

FÍSICA

Andréa Krüger Gonçalves, Rosa Maria Freitas Groenwald, Ana Lígia Finamor Bavier,

Giovanni Sanchotene Pacheco, Angélica de Souza Moreira, Dilamara Jesus Longoni ........ 172

CORPOREIDADE, QUALIDADE DE VIDA E SUBJETIVIDADE NO PROCESSO DE

ENVELHECIMENTO

Janine A. Viniski; Daiane P. Rodrigues .............................................................................. 173 CRIANÇAS E VELHOS: A IMAGEM DO OUTRO NUM RELATO DE EXPERIÊNCIA

AZEVEDO, Paula Guimarães, MELO ,Flávia Gomes, COSTA, Geni Araújo ................... 174 EU NO MEU CORPO AO LONGO DO TEMPO: O USO DAS DUAS PEÇAS NO BANHO

DE PRAIA Nazaré Marques Mota

1; Rita Puga Barbosa

2; Maria Consolação Silva

3; Alan de Souza

Rodrigues3 ......................................................................................................................... 175

QUALIDADE DE VIDA E BEM-ESTAR SUBJETIVO ANALISADO POR IDOSOS

PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA POR MAIS DE SETE ANOS

Eliane Rosa dos Santos, Lucélia Justino Borges, Patrícia Vieira do Nascimento, Geni Araújo

Costa.................................................................................................................................. 176 RELAÇÃO ENTRE PERCEPÇÃO DE AUTO-EFICÁCIA FÍSICA E APTIDÃO FÍSICA

EM IDOSOS Fabiano Marques Camara , Alessandra Galve Gerez, Maria Luiza Miranda, Maria Regina

Brandão, Marilia Velardi.................................................................................................... 177

PÔSTER: SAÚDE ........................................................................................................ 178

A ATIVIDADE FÍSICA COMO UM INSTRUMENTO DE MINIMIZAÇÃO DA

DEPRESSÃO EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS Dayanne Christine Borges Mendonça, Camilla Carvalho, Maria Alcione Freitas e Silva, Geni

Araújo Costa ...................................................................................................................... 179 A CORRELAÇÃO DA IMAGEM E COMPOSIÇÃO CORPORAL DE IDOSAS ATIVAS

Keila Lopes1,2

, Cecília S.P. Martins1, Carlos Kemper

2, Ricardo Jacó de Oliveira

1 ............ 180

A ENDURANCE MUSCULAR NÃO PREDIZ O DESEMPENHO NO TESTE DE

CAMINHADA DE 6 MINUTOS José GS Junior

§, Marco AV Caffarena

§, Francisco L Pontes Jr.

§‡, Vagner Raso

§‡† .............. 181

A FORÇA MUSCULAR NÃO PREDIZ O DESEMPENHO NO TESTE DE MARCHA

ESTACIONÁRIA

Marco AV Caffarena§, José GS Junior

§, Francisco L Pontes Jr.

§‡, Vagner Raso

§‡† .............. 182

A PRATICA DA ATIVIDADE FISICA NA TERCEIRA IDADE NA ACM -BRASILIA E

INFLUÊNCIAS DESTA NA VIDA DIÁRIA Tatiana Schneider Rocha, Kátia da Silva Silveira, Igor Taciano Rodrigues ......................... 183

ANÁLISE COMPARATIVA DOS METS DO LIMIAR ANAERÓBIO DE IDOSOS NAS

ATIVIDADES OCUPACIONAIS E DE LAZER

Sandor Balsamo, Renata Carneiro, Ricardo Franco, Guilherme Pontes, Valdinar Júnior ..... 184

ATENDIMENTO NO SETOR DE ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE DO CENTRO DE

MEDICINA DO IDOSO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA Suiara PereiraTeixeira ........................................................................................................ 185

ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA Renata Marcela Ornellas Targa, Paula Ferraz da Silva, Vinícius Silva de Oliveira, Marcelo

Cardozo, Walter Jacinto Nunes .......................................................................................... 186 AVALIAÇÃO DO GANHO DE FORÇA MUSCULAR EM IDOSOS PRATICANTES DE

EXERCÍCIOS RESISTIDOS Antônio Carlos de Souza Vasconcelos, Ana Carolina S. Vasconcelos,Eduardo Teixeira

Câimbra,Rogério Herbert M. Rezende,Victor Hugo Silva,Marisete Peralta Safons ............. 187 BENEFÍCIOS ANTROPOMÉTRICOS DE UM PROGRAMA DE HIDROGINÁSTICA EM

IDOSAS NOVAIS, Francini Vilela; COSTA, Geni Araújo; AZEVEDO, Paula Guimarães ............... 188

CADEIAS MUSCULARES: A POSTURA CORPORAL DE ADULTOS ACIMA DE 55

ANOS

STERN, Claudia Rossi e GOMES, Sônia Beatriz da Silva. ................................................ 189 CAMINHADA, HIDROGINÁSTICA E ALONGAMENTO SÃO AS ATIVIDADES MAIS

INDICADAS PARA PESSOAS IDOSAS Vagner Raso

†§‡, Ivete Balen

Ŧ, Mônica Schwarz

Ŧ, Cristiane Ribeiro Coppi

Ŧ. ....................... 190

COMPORTAMENTO DO VO2, EJabs, EJrel, FCE, %FCM E PSE NO TESTE DE

MARCHA ESTACIONÁRIA

Ricardo SG Costa§, Leandro V Silva

§, Paula I Toyansk

§, Francisco L Pontes Jr.

§‡, Vagner

Raso§‡†

............................................................................................................................... 191

CONSCIENTIZAÇÃO DA MELHOR IDADE NO CULTIVO DA ATIVIDADE FÍSICA

Gisele Pugliese e Rosemari Frackin. .................................................................................. 192 CORRELAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL COM A MASSA CORPORAL,

ESTATURA E A COMPOSIÇÃO CORPORAL EM HOMENS E MULHERES IDOSAS Luciane Moreira Chaves .................................................................................................... 193

ESTUDO TRANSVERSAL DA APTIDÃO FÍSICA NA VIDA ADULTA Andréa Krüger Gonçalves, Rosa Maria Freitas Groenwald, Ana Lígia Finamor Bavier,

Giovanni Sanchotene Pacheco, Carolina Blaschke Monteiro dos Santos, Ramon Diego

Guillermo Cardoso ............................................................................................................. 194

EVOLUÇÃO DA SATISFAÇÃO COM A IMAGEM CORPORAL PERCEBIDA POR

MULHERES FISICAMENTE ATIVAS

NOVAIS, Francini Vilela; COSTA, Geni Araújo; AZEVEDO, Paula Guimarães de;

ARANTES, Luciana Mendonça ......................................................................................... 195

FCM NO TESTE DE MARCHA ESTACIONARIA COMO INDICADOR PARA A

PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO

Paula I Toyansk§, Leandro V Silva

§, Ricardo SG Costa

§, Francisco L Pontes Jr.

§‡, Vagner

Raso§‡†

............................................................................................................................... 196

FLEXIBILIDADE EM IDOSOS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE

ATIVIDADE FÍSICA

Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães; Amanda Soares; Joseani Paulini Neves Simas;

Giovana Zarpellon Mazo .................................................................................................... 197

IDADE CRONOLÓGICA, PESO CORPORAL, ESTATURA, IMC, ADIPOSIDADE

CORPORAL E ALTURA DE ELEVAÇÃO DO JOELHO NÃO INFLUENCIAM O

DESEMPENHO NA MARCHA ESTACIONÁRIA Adriana G Nardi

§, Rodrigo G Quito

§, Francisco L Pontes Jr.

§‡, Vagner Raso

§‡†.................. 198

MARCHA ESTACIONÁRIA ATÉ A FADIGA VOLUNTÁRIA MENSURA CERCA DE

98% DO CONSUMO DE OXIGÊNIO DE PICO – ESTUDO PILOTO

Rodrigo G Quito§, Adriana G Nardi

§, Francisco L Pontes Jr.

§‡, Vagner Raso

§‡†.................. 199

MOBILIDADE GERAL EM IDOSAS PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA

Luiz Humberto Rodrigues Souza, Maria Alcione Freitas e Silva, Geni Araújo Costa. ......... 200 MOTIVOS QUE LEVAM AS PESSOAS DA TERCEIRA IDADE A PRATICAREM

EXERCÍCIOS FÍSICOS Emerson de Melo ............................................................................................................... 201

NIVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSAS Giovana Zarpellon Mazo

1; Jorge Mota

2; Lucia Hisako Takase Gonçalves

3 ......................... 202

NÍVEL DE DEPRESSÃO EM IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS Maria Alcione Freitas e Silva, Luiz Humberto Rodrigues Souza, Camilla Carvalho, Dayanne

Christine Borges Mendonça, Eliane Rosa Santos, Geni Araújo Costa ................................. 203 NÍVEL DE QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS INSTITUICIONALIZADOS

Tibúrcio, Fernando Roberto Nunes Tibúrcio, Joyce Buiate Lopes Maria, Maria Alcione

Freitas e Silva, Luiz Humberto Rodrigues Souza, Geni Araújo Costa ................................. 204

NÚMERO DE ELEVAÇÕES DO JOELHO PREDIZ CERCA DE 37% DO CONSUMO DE

OXIGÊNIO NO TESTE DE MARCHA ESTACIONÁRIA

Marcel B Rocha§, André R Quina

§, Vivian A Martins

§, Sabine A Oliveira

§, Francisco L

Pontes Jr.§‡

, Vagner Raso§‡†

............................................................................................... 205

O LAn OBTIDO NA MARCHA ESTACIONÁRIA NÃO É DIFERENTE DO

ALCANÇADO NO TESTE CARDIOPULMONAR DE EXERCÍCIO MÁXIMO

Leandro V Silva§, Ricardo SG Costa

§, Paula I Toyansk

§, Francisco L Pontes Jr.

§‡, Vagner

Raso§‡†

............................................................................................................................... 206

OS DESCOMPASSOS NA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA PARA A POPULAÇÃO

IDOSA Raquel Guimarães Lins ...................................................................................................... 207

PARÂMETROS MOTORES E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS PRATICANTES DE

DANÇA DE SALÃO

Luiz Alberto Simas; Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães; Joseani Paulini Neves Simas;

Giovana Zarpellon Mazo .................................................................................................... 208

PERFIL DA CAPACIDADE DE MEMÓRIA DOS IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS Carrijo, Poliana de Lourdes; Leite, Glênio Fernandes; Santos, Jessiane Alves; Martins, Maria

Angélica; Costa, Geni Araújo. ............................................................................................ 209 PRONTIDÃO PARA ATIVIDADE FÍSICA E RISCO CARDÍACO EM IDOSOS

PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA Eliane Rosa dos Santos, Lucélia Justino Borges, Maria Alcione Freitas e Silva, Patrícia Vieira

do Nascimento, Geni Araújo Costa .................................................................................... 210 RELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E DENSIDADE MINERAL

ÓSSEA EM MULHERES PÓS-MENOPAUSA Priscilla Marques (bolsista do PIBIC/CNPq-Brasil); Cassiano Ricardo Rech (bolsista

CAPES); Sheilla Tribess; Edio Luiz Petroski ..................................................................... 211 RELAÇÃO ENTRE O TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS E ATIVIDADE

AQUÁTICA PARA IDOSAS Patrícia Vieira do Nascimento, Eliane Rosa dos Santos, Lucélia Justino Borges, Geni Araújo

Costa, Silvio Soares Santos ................................................................................................ 212 RESPOSTA DO DUPLO PRODUTO EM IDOSOS DURANTE UM EXERCÍCIO DE

FORÇA PARA MEMBRO SUPERIOR, UTILIZANDO COMO IMPLEMENTO UM

ELÁSTICO

Rafaella Parca, Tatiana Rodrigues, Marisete Peralta Safons ............................................... 213 RESULTADOS DE DIFERENTES FREQUÊNCIAS SEMANAIS NA APTIDÃO FÍSICA

DE IDOSOS ATIVOS Andréa Krüger Gonçalves, Doralice Orrigo da Cunha Pol, Veridiana Mota Moreira, Cibele

dos Santos Xavier, Carolina Blaschke Monteiro dos Santos, Ramon Diego Guillermo

Cardoso, Ivanete Bredow Faber ......................................................................................... 214

SAÚDE DO IDOSO: A POTÊNCIA MUSCULAR COMO PREVENÇÃO DE QUEDAS E

LESÕES

Fernanda Guidarini Monte1, Adilson A. M. Monte

2, Adriana C. A. Guimarães

3, Renildo

Nunes4. .............................................................................................................................. 215

SERÁ QUE EXISTE MELHORA DA FORÇA MUSCULAR EM IDOSOS PRATICANTES

DE MUSCULAÇÃO HÁ NO MÍNIMO DE 1 ANO?

Sandor Balsamo, Renata Carneiro, Valdinar Júnior ............................................................ 216 TESTE DE MARCHA ESTACIONÁRIA MENSURA CERCA DE 73% DO VO2PICO

ALCANÇADO NO TESTE CARDIOPULMONAR DE EXERCÍCIO MÁXIMO André R Quina

§, Marcel B Rocha

§, Sabine A Oliveira

§, Vivian A Martins

§, Francisco L

Pontes Jr§‡

, Vagner Raso§‡†

................................................................................................ 217 VIVÊNCIAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM PARKINSON E MACHADO-

JOSEPH218 Marize Amorim Lopes ....................................................................................................... 218

SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 16

DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE ATIVIDADE FÍSICA E ENVELHECIMENTO NO BRASIL: ORIGEM E DESENVOLVIMENTO

Alfredo Faria Junior

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Esta comunicação tem como objetivo apresentar uma análise da origem e do

desenvolvimento da disseminação do conhecimento sobre atividade física e envelhecimento

no Brasil. Essa análise calcou-se nos resultados de uma pesquisa feita para integrar o Atlas do

Esporte no Brasil (COSTA, 2004). Assim, todas as citações feitas neste texto têm suas

referências nesse Atlas, criado exatamente para ser um banco de dados com acesso direto

através da Internet.

O argumento central desta comunicação é que a disseminação do conhecimento

naquela área apresentou mudanças paradigmáticas influenciadas por tendências

internacionais, mas foram demarcadas temporalmente por elementos do contexto nacional.

Cristina Oliveira, Rafael Botelho e Alfredo Faria Junior definiram ‗disseminação do

conhecimento‘ como o procedimento que permite propagar informações, fatos, conclusões,

idéias e trabalhos provenientes da capacidade e inteligência humanas, nos mais diversos

suportes de informação. Na perspectiva daquela pesquisa, foram incluídos livros, separatas,

opúsculos, folhetos, desdobráveis [folders], anais, periódicos, CD-ROM e vídeos (FARIA

JUNIOR, BOTELHO, In: COSTA, 2004).

No período que chamo de ‗propedêutico‘, que teve início na década de 30 e se

estendeu até 1969, persistia um tradicional e sedimentado entendimento que a educação física

deveria voltar-se, prioritariamente, para crianças e jovens. Assim, atividades físicas para

adultos e para idosos eram encaradas como menos importantes e menos relevantes (FARIA

JUNIOR, RIBEIRO, 1995). Entretanto, evidenciou-se a emergência de um novo paradigma

com o lançamento da primeira campanha TRIM, em 1967, na Noruega, elaborada dentro dos

princípios do que ficou mundialmente conhecido como Esporte para Todos, idealizada pelo

professor de educação física, Per Hauge-Moe.

No Brasil, a disseminação do conhecimento sobre atividade física e envelhecimento

parece ter tido início nas décadas de 30 e 40, do Século XX, feita através de artigos

publicados nas Revista Educação Physica e Revista Brasileira de Educação Física (RBEF). Os

temas buscavam estabelecer relações entre exercícios físicos, desporto e longevidade e

levantavam preocupações com a maturidade de crianças, jovens e adultos, envelhecimento

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precoce, aposentadoria e alimentação. Na RBEF encontram-se ainda fotos que fazem

proselitismo da prática de atividades físicas em idades avançadas, como a do Rei Gustavo, da

Suécia, aos 88 anos, ―jogando sua partida diária de tênis‖ (TISSÉ, 1946) e de ―membros do

Parlamento sueco, de várias idades, em pleno trabalho ginástico‖ (RBEF, 1947). No final do

período propedêutico, destaca-se o texto de Fernando Telles Ribeiro sobre ―Exercícios físicos

e longevidade‖, inspirado em autor romeno (1968).

Em 1970 iniciou-se um segundo período, o do ‗entusiasmo inconseqüente‘, que se

estendeu até 1994, ano em que foi sancionada a Política Nacional do Idoso. Em 1990, o país

tinha 4717 milhões de pessoas com mais de 60 anos, e em 1980, 7215 milhões, sendo possível

perceber que o Brasil entrava no que os demógrafos chamavam de ‗transição demográfica‘.

Da percepção clara da nossa transição demográfica resultou a expansão massiva e

descontrolada da oferta de programas de atividades físicas para idosos, mas que geralmente

incluíam pessoas mais jovens como forma de completar turmas e inchar estatísticas. Assim,

proliferaram por todo o país, em praias, hortos, ruas e praças públicas, estacionamentos de

supermercados, clubes sociais e desportivos, condomínios residenciais e até em universidades,

esses programas, ―geralmente oferecidos por voluntários, e concebidos sem qualquer base

teórica. Esses programas, ministrados geralmente por leigos, pessoas sem qualquer tipo de

qualificação ou treinamento para o exercício profissional no campo das atividades físicas para

idosos, eram movidos apenas pelo que chamo de ―entusiasmo inconseqüente‖ (FARIA

JUNIOR, In: MOTA, CARVALHO, p. 37).

A primeira mudança paradigmática no campo do conhecimento das atividades físicas e

do envelhecimento no Brasil deve-se a quatro principais influências teóricas. A primeira, já

mencionada, refere-se às idéias de Per Hauge-Moe que deram origem ao movimento

denominado de Esporte para Todos. Em 1970, a questão das atividades físicas e

envelhecimento já estava posta e incluída no livro Esporte para Todos – as atividades físicas e

a prevenção de doenças‘ - Sport pour Tous – les activités physiques et la prevention des

maladies (RÉVILLE, 1970), publicado pelo Conselho da Europa.

A segunda influência teórica, diz respeito às idéias de Kenneth H. Cooper, que

estimulavam a inclusão de adultos e idosos nos programas de atividades físicas. Nessas idéias

difundidas por Cláudio Coutinho, Cooper recomendava ―aos brasileiros de todas as idades ... a

observância das prescrições ... como um meio de continuar vivendo ... saudáveis de corpo e

de espírito‖ (1970). O livro de Cooper apresentava ―tabelas adicionais‖ para pessoas com ―50

anos ou mais - andar, basquete, ciclismo, corrida, corrida no mesmo lugar, handball e

natação‖ (ibid).

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A terceira influência diz respeito às idéias de Helmut Schultz que se referem à

Matroginástica (1975), uma atividade física entre mães e seus filhos, de diferentes idades,

cooperando mutuamente na execução dos exercícios. Schultz recomendava ainda a

participação de todo o grupo familiar nas atividades físicas.

Posteriormente, as idéias de Kurt Meinnel (1984) influenciaram na constituição da

base teórica e na denominação dada ao Projeto desenvolvido na Universidade do Amazonas

por Rita Maria dos Santos Puga Barbosa. Para Meinnel (ibid), a Terceira Idade Adulta é

―caracterizada como a fase da crescente diminuição do rendimento motor‖ (p. 378).

No início do ‗período do entusiasmo inconseqüente‘ os periódicos continuaram a ser

os meios preferenciais para a disseminação do conhecimento.

Uma tendência inicial observada foi traduzir e publicar artigos de autores estrangeiros.

Possivelmente o primeiro foi ―A chegada da Velhice‖, de Rona e Laurence Chery (1974),

seguindo-se os de Fernand Landry, Mark Sarner, W. Hollmann Herbert de Vries, Jean-Michel

Lehmans, John Piscopo, Janis A. Work, Patrick Fitzgerald e Roy Shephard.

Quanto aos autores nacionais, não existindo revistas especializadas em atividades

físicas para idosos no Brasil, publicavam seus artigos nas revistas de educação física.

Inicialmente observou-se uma dispersão desses artigos por amplo e variado leque de

temáticas: atividade física e lazer na terceira idade, longevidade desportiva, terceira idade no

EPT; treinamento físico na terceira idade; atividade física, envelhecimento e questões de

gênero; exercícios aeróbicos; a higidez das pessoas idosas através da natação, segurança,

descontração e saúde na terceira idade e o idoso e o desporto.

No período constatou-se o surgimento de uma segunda tendência no sentido de os

livros começarem a aumentar sua importância na disseminação do conhecimento

especializado. Assim, foi publicado pelo Serviço Social do Comércio (SESC) de São José

dos Campos, possivelmente, o primeiro opúsculo brasileiro sobre a temática – ―Características

da terceira idade e atividades físicas‖, de Sérgio S. Araújo (1977).

No contexto internacional, em 1982, a Organização das Nações Unidas (ONU)

recomendou que os países membros declarassem-no como o Ano Internacional do Idoso.

Além disto organizou, em Viena, a Assembléia Mundial do Envelhecimento, que reuniu

representantes de todos os países membros e teve repercussão mundial.

Isto parece ter despertado a atenção da área da educação física para as questões do

envelhecimento, tendo o SESC de São Paulo (Bertioga) publicado um opúsculo intitulado

Esporte e cultura para a terceira idade (1982). Dois anos depois, a Universidade de São Paulo

(USP) publicou cinco cadernos sobre envelhecimento sob o título - Problemas do idoso. Um

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desafio social. O quarto Caderno foi escrito por Antônio Boaventura da Silva e teve como

subtítulo ―Aspectos físicos e psicológicos do envelhecimento‖ (1984).

Começamos também a ter acesso a obras estrangeiras ou a traduções de obras de

autores estrangeiros. Isto se deu tanto em partes de obras gerais sobre o envelhecimento como

na ―A Boa Idade‖, de Alex Confort (1997) quanto em obras completas como o livro

―Ginástica, jogos e esportes para idosos‖ [Gymnastik, Spiel und Sport fur Seniorem] (BAUR,

EGELER, 1983). Este livro foi recomendado à editora Ao Livro Técnico por Jürgen Dieckert,

professor alemão, visitante na Universidade de Santa Maria (UFSM) e coordenador da série

‗Educação Física – Prática‘. No prefácio Dieckert, criticava o preconceito de encarar o jogo e

o esporte como ―atividades somente para gente jovem, especialmente homens‖ (p. III). A

mesma coisa ocorreu com o livro ―Motricidade – O desenvolvimento motor do ser humano‖

[Bewegungslehre]‖ de Kurt Meinnel (1984), que mais tarde viria a influenciar na construção

teórica do Projeto ―Universidade na Terceira Idade Adulta‖ (1993) desenvolvido na

Universidade Federal do Amazonas, por Rita Puga Barbosa.

Em 1990, os brasileiros tomaram conhecimento do livro publicado em Portugal

intitulado ―Educação Física Geriátrica‖ (FRADINHO, 1990), da tradução do livro de C. Raul

Lorda Paz, intitulado ―Educação física e recreação para a terceira idade‖ (1990) e mais tarde

do livro ―Actividade física e saúde na terceira idade‖ (MARQUES, BENTO,

CONSTANTINO, 1993).

A hegemonia dos livros estrangeiros, traduzidos do alemão e do espanhol ou editados

em Portugal, só começou a se desfazer com a publicação da obra ―A Atividade Física para a

Terceira Idade‖, de Rosemary Rauchbach (1990), seguido de outros dois títulos: ―O idoso e a

atividade física‖, organizado por Alfredo Faria Junior (1991), e ―Yoga para a Terceira Idade‖,

escrito por Beatriz Esteves (1991).

Quanto aos artigos de autores nacionais publicados em periódicos, os temas

continuaram dispersos: envelhecimento, atividade física, lazer e esporte (natação, ioga,

exercícios aeróbicos, desporto máster, segurança, prescrição e benefícios, questões de

gênero); atividade física – um imperativo para todas as idades; treinamento (físico, aeróbico,

com pesos) na terceira idade; atitudes, auto-estima, auto-conceito, expectativas dos idosos

frente às atividades físicas; longevidade desportiva; gênero e saúde na terceira Idade;

diagnóstico da situação do idoso em Santa Maria (RS).

A partir da segunda metade dos anos 80, os temas dos artigos começaram a se voltar

mais para uma vertente acadêmico/científica, com enfoque médico ou não – osteoporose,

envelhecimento e atividade física; respostas cardiorrespiratórias em função da intensidade do

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exercício; alterações do sistema cardiovascular; consumo de oxigênio e características

antropométricas do idoso.

No final dessa década, em 1989, foi criado um Projeto de intervenção e pesquisa

denominado: Idosos em Movimento – Mantendo a Autonomia (Projeto IMMA), hoje Instituto

de Educação Gerontológica IMMA, em Niterói, uma Organização Não Governamental

(ONG), possivelmente um dos únicos fora da esfera pública a fazer pesquisas e disseminar

conhecimentos.

No contexto internacional, em 1991, foi fundado o European Group for Research into

Elderly and Physical Activity [EGREPA], que viria a ter grande influência na disseminação

do conhecimento no campo das atividades física para idosos. A filiação ao EGREPA era

franqueada tanto para membros individuais, como para instituições. O EGREPA era dirigido

por um Comitê Executivo composto pelo presidente em exercício, pelo presidente eleito, pelo

presidente anterior, pelo vice-presidente, pelo secretário e pelo tesoureiro. A entidade tinha

um Comitê Gestor (The Board of Directors) integrado por 13 membros, e apenas um

brasileiro integrou esse Comitê, Alfredo Faria Junior. Em termos institucionais, o Centro de

Estudos do Projeto Idosos em Movimento – Mantendo a Autonomia (Projeto IMMA) era o

representante do EGREPA no Brasil. Para cumprir suas disposições estatutárias, o EGREPA

realizava, periodicamente, Congressos Internacionais, todos gerando Actas [proceedings]. Em

Congressos do EGREPA dois únicos brasileiros foram convidados como conferencistas

[keynote speakers]: Victor Matsudo, em 1993 (Oeiras) e Alfredo Faria Junior, em 2000

(Bruxelas). A partir de outubro de 1997 o EGREPA passou a editar um Boletim [Bulletin]

distribuído a todos os membros e em agosto de 2004 lançou o periódico European Review of

Aging and Physical Activity (EURAPA).

Com a Política Nacional do Idoso (BRASIL. Lei nº 8.8842/94) iniciou-se um novo

período que denominei de Em busca de fundamentação teórica e científica, que se estende de

1994 até hoje. Essa Política determinava o ―apoio a estudos e pesquisas sobre as questões

relativas ao envelhecimento; adequar currículos, metodologia e material didático aos idosos;

... inserir nos currículos mínimos ... conteúdos voltados para o processo de envelhecimento;

incluir Gerontologia e a Geriatria como disciplinas curriculares nos cursos superiores‖.

Em 1996, deu-se um importante fato que muito contribuiu para incentivar a

disseminação do conhecimento: a realização, no Rio de Janeiro, por iniciativa de Alfredo

Faria Junior e com o apoio do Projeto IMMA, do ―I Seminário Internacional sobre Atividades

Físicas para a Terceira Idade‖. Hoje, em sua sétima versão, esse Seminário é considerado o

mais reputado evento científico da área graças às exigências sempre crescentes para aceitação

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de comunicações e por sua regularidade. Nestes sete anos, os organizadores locais dos

Seminários sempre colocaram à disposição os Anais dos encontros (FARIA JUNIOR, 19996;

FARIA JUNIOR, MARQUES, KRIGEL, 1998; FARIA JUNIOR, DECARO, SANCHES,

2000; GUEDES, 2001a; 2001b; OKUMA, 2002) com exceção do realizado em Belém, no

Pará.

No período, continuou-se a não ter periódicos especializados, sendo o que mais se

aproximaria disto o ‗Caderno Adulto‘, do Núcleo Integrado de Apoio à Terceira Idade, da

Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (1997). Entretanto, alguns periódicos lançaram

números temáticos - ‗Terceira Idade‘ (Ano I, n. 10, jul. 1995), ‗Motus Corporis‘ (v. 4, n. 2,

nov. 1997), ‗Revista do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte‘ (v. 23, n. 3, maio 2002) e

‗Fitness & Performance‘ (maio/jun. 2002).

Quanto aos artigos em periódicos, em alguns casos, os temas passaram a refletir os

rumos que as pesquisas estavam tomando, com temas mais voltados para a vertente biomédica

- capacidade funcional de idosos, avaliação isocinética e isotônica, composição corporal, risco

cardiovascular, desenvolvimento motor, e menos para as ciências humanas e sociais –

atividade física e bem estar psicológico, motivação para a prática regular do exercício físico

e/ou atividade desportiva, atitudes dos idosos quanto à prática de atividade física.

A publicação de livros aumentou no período, destacando-se as obras de autores

nacionais: Terceira Idade: uma experiência de amor: terapia corporal para idosos (VILAS-

BOAS, 1994), Idosos em Movimento – Mantendo a Autonomia: evolução e referencial

teórico (FARIA JUNIOR, RIBEIRO, 1995), Idosos em Movimento: Mantendo a Autonomia.

Ensaios e Pesquisas (FARIA JUNIOR, NOZAKI, RIBEIRO, 1996), Exercício,

envelhecimento e promoção da saúde (LEITE, 1996), Atividades Físicas para a Terceira Idade

(FARIA JUNIOR et al. 1997), Atividade Física na 3ª Idade (MEIRELES, 1997), ―Saúde na

Terceira Idade‖, com temas sobre ginástica, Yoga para idosos (HERMÓGENES, 1997). O

Idoso e a Atividade Física (OKUMA, 1998), Por que não Educação Física Gerontológica?

(BARBOSA, 1998a), Manual de Regras e Súmulas de Esportes Gerontológicos (BARBOSA,

1998,b) e Universidade e Terceira Idade: percorrendo novos caminhos (MAZO, 1998),

Ginástica, Dança e Desporto para a terceira idade (FARIA JUNIOR, 1999), Hidroginástica na

Maturidade (BONACHELA, 199 -), Avaliação do Idoso – física & funcional (MATSUDO,

2000), Idoso, Esporte e Atividade Física (GUEDES, 2001b), Atividade física na maturidade

(MOREIRA, 2001), Terceira Idade & Atividade Física (CORAZZA, 2001); Idoso, Esporte e

Atividades Físicas (GUEDES, 2001); A Atividade Física para a Terceira Idade

(RAUCHBACH, 2001) e Envelhecimento e Atividade Física (MATSUDO, 2001),

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Contribuições para o Trabalho com a Terceira Idade (ACOSTA, 2002), Longevidade e

Esporte (LENK, 2003), Atividade Física na 3ª Idade (MEIRELES, 2003), A Atividade Física

para a Terceira Idade (RAUCHBACH, 2003), Atividade física na 3ªidade: o segredo da

longevidade (FERREIRA, 2003), Atividades físicas no processo de envelhecimento: uma

proposta de trabalho (MARQUES FILHO, 2003), Exercício, Maturidade e Qualidade de Vida

(DANTAS, OLIVEIRA, 2003) e Educação Física Gerontológica. Construção

sistematicamente vivenciada e desenvolvida (BARBOSA, 2003).

Foi possível encontrar no período alguns livros sobre envelhecimento que incluíam

capítulos sobre idosos e atividade física, como: O corpo em movimento, no livro

―Rejuvenescer a velhice‖ (NICOLINI, In: GUIDI, MOREIRA, 1994); Ciência e Consciência:

tatuagens no corpo do idoso, em ―Corpo Presente‖ (SIMÕES, In: MOREIRA, 1995), A

mulher idosa e as atividades físicas sob um enfoque multicultural, em ―Mulheres em

Movimento‖ (FARIA JUNIOR, In: ROMERO, 1997), Efeitos do exercício físico na

senilidade, em ―Exercícios em Situações Especiais I‖ (SILVA, 1997), Atividade física e bem-

estar na velhice, no livro ―E por falar em boa velhice‖ (VITTA, In: NERI, FREIRE, 2000),

Atividade física, movimentação e transferência, em ―Como cuidar dos idosos‖ (DIOGO,

RODRIGUES, In: RODRIGUES, DIOGO, 2000), e Atividade física e envelhecimento, na

obra ―Envelhecendo com qualidade de vida‖ (CUNHA, TERRA, 2001) e Corporeidade,

atividade física e envelhecimento: desvelamentos, possibilidades e aprendizagens

significativas, em ―Longevidade, um novo desafio para a educação‖ (COSTA, In: KACHAR,

2001).

Algumas editoras, como a Manole e a Phorte, prosseguiram na estratégia de oferecer

tradução de obras de autores estrangeiros, como por exemplo: ―Hidroginástica na terceira

idade‖ (SOVA, 1998), ―Treinamento de força para a Terceira Idade‖ (WESTCOTT,

BAECHIE, 2001) e ―Envelhecimento, atividade física e saúde‖ (SHEPARD, 2003).

Em outubro de 2003 foi instituído o Estatuto do Idoso (BRASIL. CONGRESSO

NACIONAL, Lei nº 10 741 de 1º de outubro de 2003) que no Capítulo V trata das questões

relacionadas com Educação, Cultura, Esporte e Lazer. Este Estatuto, entretanto, não mais

deixa consignada a preocupação com a pesquisa, como o fazia a Política Nacional do Idoso

(op. cit.). Quanto à preocupação com a disseminação do conhecimento menciona apenas que

o Poder Público ... ―incentivará a publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão

editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura, considerada a natural redução da

capacidade visual‖.

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Em conclusão, a disseminação do conhecimento sobre atividade física e

envelhecimento passou por três momentos influenciados por mudanças paradigmáticas. Essas

mudanças foram causadas, em grande parte, por tendências internacionais. Entretanto, as

demarcações temporais dos três períodos ocorreram por influência de elementos do contexto

nacional. Assim, o segundo período pode ser contado a partir do momento em que o

Município de Itapira-SP ampliou, em 1970, a oferta de atividades físicas fora das escolas e

clubes, atendendo toda a população em parques e áreas livres. Pessoas de várias idades se

reuniam então, ao ar livre, para a prática de atividades físicas conforme preconizava o

movimento do Esporte para Todos. Quanto ao terceiro, o ano da sanção da Política Nacional

do Idoso (1994) marca seu início e se caracteriza pela busca de melhor fundamentação

científica, sobretudo com a inclusão da temática em programas de pós-graduação stricto

sensu.

Hoje em dia, apesar da predominância dos artigos em periódicos, se observou um

crescimento digno de registro do número de livros e de autores brasileiros que passaram a se

dedicar à temática. Observou-se, também, o crescimento do número de capítulos sobre

atividades físicas para idosos em livros sobre o envelhecimento em geral e em periódicos não

especializados em educação física. Com o incentivo dado pelo Estatuto do Idoso espera-se

uma popularização dos conhecimentos através de livros de auto-ajuda e de periódicos não

acadêmico/científicos, vendidos em bancas de jornal.

O pesquisador brasileiro que deseja publicar seus achados em periódicos dispõe de

revistas interdisciplinares: ―Revista Kairós Gerontologia‖ (PUC/SP), ―A Terceira Idade‖

(SESC), ―Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento‖ (UFRGS), ―Gerontologia‖

(SBGG/SP) que, sob a ‗ditadura do Qualis‘ (2004), são C Nacional. Cabe lembrar ainda que,

em 2004, o Caderno Adulto (UFSM) entrou em ―fase de mudança de sua estrutura, sendo a

partir de então suprimidas da revista as sessões de Vivências e Opiniões‖. Os periódicos

brasileiros geralmente não têm periodicidade, têm péssimo sistema de assinatura e

distribuição, e têm impacto quase nulo na massa de estudantes de graduação em educação

física, e pequeno na de estudantes de pós-graduação.

No contexto brasileiro, no campo da disseminação das atividades físicas para idosos, o

maior impacto é produzido por livros. O termo impacto aqui é entendido como a importância

que tem uma publicação tanto sobre a formação do leitor, estudante ou professor de educação

física, quanto sobre o contexto para provocar mudanças paradigmáticas. Para isto influem a

atuação das Comissões Editoriais, as tiragens em torno de 3000 exemplares, a existências de

redes nacionais de distribuição montadas pelas editoras e o sistema de permuta, doações e

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compra implantado pelas Instituições de Ensino Superior (IES). Assim é nesses livros que os

mais de 116 mil estudantes de educação física do país encontram os conhecimentos básicos

sobre o tema, dentro de uma ótica de professor generalista. Este fato é desconsiderado pelos

consultores da CAPES, que desvalorizem os livros nas avaliações dos programas de pós-

graduação stricto sensu, só permitindo que a ―a produção de livros e capítulos‖ seja

―considerada até o máximo de 25% da produção qualificada em A ou B‖ (CAPES, Grande

Área da Saúde).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FARIA JUNIOR, A.; BOTELHO, R. G. Esporte e inclusão social – Atividades físicas para

idosos In: COSTA, L. P. da (org.). Atlas do esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2004.

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Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 25

ESCOLA, IMAGINÁRIO E VELHICE: DESFAZENDO POSSÍVEIS PRECONCEITOS

Altair Macedo Lahud Loureiro

Professora pesquisadora da PGE/UNIC/MT e da PGGerontologia/UCB

Conselheira de Educação do DF – CEDF; Assessora de pesquisa do NEPTI/CEAM/UnB

Escola, lugar de consideração das diferenças, de formação e

mudança de atitude. Velhice, espaço de revisão e construção.

Imaginário, potência organizativa

Apresenta-se aqui, de forma preliminar, o processo e alguns dados obtidos, carentes

ainda da análise mais aprofundada, em pesquisa em andamento; dá-se notícias da

investigação, com dados já levantados no campo, em fase de organização, que relacionam,

temas, fenômenos, processos e realidades considerados: a escola, no processo de formação e

de mudança de atitudes, na dinâmica curricular e no ensino aprendizagem, como lugar de

consideração das diferenças; a velhice nas suas idiossincrasias, fragilidades e possibilidades

humanas e cidadãs, como espaço de revisão e construção; e o imaginário na sua complexidade

e força organizativa. A pesquisa relaciona, com postura interdisciplinar, Educação,

Gerontologia, Imaginário e Complexidade, privilegiando neste momento apenas as falas, os

depoimentos, mas que privilegiará, em ação culturanalítica, o AT-9, de Yves Durand (1988),

para desvendar o imaginário de um grupo formado por alunos e dirigentes de uma escola

fundamental e identificar as representações imagéticas de um grupo de alunos idosos e de

idosos asilados e depois entrecruzar estes olhares. Além da simples escuta, a pretensão é

maffesolianamente ―escutar a relva crescer‖, transcender o que é dado e posto de forma

patente, quer dizer, ir ao latente submerso, ouvir o inaudível, enxergar o invisível e perceber o

imperceptível. A pesquisa situa-se no rol das investigações que, não-satisfeitas com os

preconceitos, com os etnocentrismos desgastados, os estereótipos, enfim, com as seguranças

apenas do discurso ―competente‖, propõem a ação instituinte na escola. Vê a escola na sua

potência transformadora, no seu poder de mudar visões de mundo, de atualizar e,

principalmente, de criar a construção crítica não-excludente e, assim, diminuir ou eliminar os

bachelardianos ―complexos de cultura‖, notadamente com relação à velhice. Vê o homem, em

qualquer idade, como um neóteno, quer dizer, que tem a condição de mudar sempre: de

aprender e reaprender.

A criança e o adolescente têm presente, no elenco de imagens pessoais, uma imageria

que pode estar desequilibrada nas suas polaridades de natureza/pulsões internas e de

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cultura/pressões externas. Pode ser que o convívio familiar, religioso, social, escolar, cultural

e as condições por vezes precárias de sobrevivência tenham pressionado o eu interior pulsante

de humanidade e de solidariedade para com o diferente, no caso para com o velho, pesando,

de forma não-harmônica, no ―trajeto antropológico‖, o caminho circular simbiótico de interior

e exterior. Mas Seefeldt e col. (apud Néri, 1991: 51) registra – em investigação sobre as

percepções de crianças sobre velhos –, ―que atitudes e estereótipos se desenvolvem

precocemente e tendem a permanecer como influências relativamente estáveis‖. Pressupõe-se,

então, que a visão de mundo gerada e permeada com as influências da escola, na tenra idade,

desperte, aprimore ou incentive no aluno – o homem em formação – a compreensão do

fenômeno da velhice e da(s) realidade(s) do velho, entendendo o ser humano velho na sua

singularidade, tão digno e com direitos e deveres, como qualquer outro em qualquer idade –

como na infância e na adolescência, ―fase‖ em que os alunos se encontram. Isto fará a

diferença no encarar, entender e se relacionar com os seus idosos de casa, da comunidade e da

sociedade em geral. Erikson (1984: 156 in Andrade, 2002) diz que ―a velhice precisa encontrar

um lugar significativo na ordem social e econômica – significativa para os velhos e para os que

fazem parte de todos os outros grupos de idade, começando pela infância‖.

Acompanhar o olhar, descobrir o imaginário destas crianças/destes adolescentes e dos

dirigentes da escola, nas suas ações e na organização, sobre a velhice, o processo do

envelhecimento e a(s) realidade(s) do velho, do idoso, possibilitará, por um lado, a influência

formadora da escola na elaboração ou na revisão dos seus projetos pedagógicos e na

formulação ou reformulação curricular, notadamente na sua possibilidade transversal e, por

outro, o possível sair do idoso da inatividade segregada e quiçá solitária, desenvolvendo ou

imiscuindo-se em atividade, por ele desejada, no convívio intergeracional saudável, na

interação com escolares crianças e/ou adolescentes. As vantagens serão recíprocas quando os

avós se desenrugam no sorriso que resulta da estima recuperada ou ampliada na possibilidade

de se sentir útil e prestigiado, ouvido e considerado, da interação com criaturinhas, que

sempre lembram seus netos, em uma escola, enquanto as crianças terão ao vivo a evidência

das possibilidades dos idosos, contando histórias vividas, reais ou fictícias, cantando canções

folclóricas ou não, aprendidas em um passado há tempos vivido e agora revivido mas ainda

desconhecido das crianças. É preciso deixar falar nestes momentos tanto os velhos como as

crianças, sem a imposição da hierarquia rígida vazia do apenas respeito sem fundamento. O

velho deve ser respeitado como todo ser humano, mas precisa também respeitar. Ao

demonstrarem sua atenção para com as crianças, os avós, os idosos, estarão recuperando ou

condicionando o resgate do respeito aparente ou realmente perdido nesta época de violência e

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de desprezo pelo que não é novo, pelo velho ou envelhecido; pelo que não mais entra no

mosaico preconcebido de uma sociedade desamorosa do apenas lucro e produção. O que se

considera é que, no caleidoscópio da vida, o velho feliz pode ainda ser produtor de felicidade

e neste movimento ser considerado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Instituto de inovação educacional, Ministério de Educação, 2002.

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geral. trad. Lisboa: Editorial Presença, 1989.

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Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 28

SAÚDE ÓSSEA E O ENVELHECIMENTO

Ana Patrícia de Paula

Reumatologista doHospital Universitário de Brasília

A osteoporose é um problema de saúde pública com importantes conseqüências

físicas, psicossociais e financeiras. O reconhecimento daqueles indivíduos com risco e a

identificação dos pacientes com osteoporose e encaminhamento para prevenção e tratamento

deve ser uma preocupação de todos, principalmente daqueles que trabalham visando à

promoção da saúde.

Aproximadamente 13 a 18% das mulheres norte-americanas acima dos 50 anos têm

osteoporose e cerca de 50% têm osteopenia, segundo critério densitométrico da Organização

Mundial de Saúde, 1990 (normal = T score ≥ −1.0; osteopenia = T score < −1.0 e > −2.5;

osteoporose = T score ≤ −2.5, onde T score é o desvio padrão em relação a média da

densidade mineral óssea de adultos jovens). A Sociedade Brasileira de Osteoporose, a

Sociedade de Osteoporose de Brasília e a Sociedade Brasileira de Reumatologia têm como

meta verificar os dados nacionais relacionados à osteoporose em nosso país.

Osteoporose é definida atualmente como uma desordem esquelética caracterizada por

força óssea comprometida predispondo a um aumento do risco de fratura. Força óssea

primariamente reflete integração entre densidade óssea e qualidade óssea.

Sendo esta uma doença silenciosa, precisamos estar atentos para identificar as pessoas

com fatores de risco tais como: história familiar de fratura por osteoporose, raça branca, baixa

estatura e peso, sexo feminino, menarca tardia, menopausa precoce, nuliparidade, baixa

ingestão de cálcio, alta ingestão de sódio, alta ingestão de proteína animal, sedentarismo,

tabagismo, alcoolismo crônico, uso de medicamentos (corticóides, heparina, methotrexate,

fenobarbital, fenitoína, ciclosporina, agonistas de GnRH). A história clínica e o exame físico

são importantes na identificação de fatores de risco para osteoporose, e o nosso objetivo deve

ser diagnosticar os pacientes antes do acontecimento da primeira fratura.

Seguindo critérios da Organização mundial de Saúde o diagnóstico de osteoporose é

feito de maneira quantitativa através do exame de densitometria óssea. A densidade mineral

óssea representa um dos melhores determinantes da resistência óssea. A densitometria de

dupla emissão com fontes de raios X (DXA) é considerada padrão-ouro para a medida de

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massa óssea, sendo um método não-invasivo que, além de fornecer o diagnóstico, permite o

seguimento dos pacientes. Através da densitometria óssea mensura-se o conteúdo mineral

ósseo ou a densidade mineral areal, que corresponde à quantidade mineral divida pela área

óssea estudada. O exame deve ser realizado rotineiramente em coluna lombar e fêmur

proximal.

É importante lembrar que o nosso esqueleto constitui-se de ossos cortical (80%) e

trabecular (20%), ressaltando-se que o colo femoral tem 75% de osso cortical e a coluna

lombar tem 66% de osso trabecular. O Osso trabecular tem um metabolismo mais ativo que o

cortical, portanto sendo este o que primeiro apresenta redução frente a um desequilíbrio no

processo de remodelação óssea. A remodelação óssea é um processo contínuo de formação e

reabsorção ósseas, resultante do acoplamento das funções dos osteoblastos e osteoclastos,

relacionado a homeostasia de cálcio e fósforo. O remodelamento ósseo ocorre em unidades

circunscritas, disseminadas por todo o esqueleto. O remodelamento de cada unidade requer

um período estimado em cerca de três a quatro meses. A seqüência dos fenômenos celulares é

sempre a mesma: ativação dos precursores dos osteoclastos e depois reabsorção óssea

osteoclástica, seguida de formação osteoblástica do osso.

A puberdade é o período crucial para a aquisição da massa óssea, após a menarca, a

taxa de aumento de massa óssea é desacelerada e entre os 17 - 20 anos os ganhos são

mínimos. É de fundamental importância reconhecer que maximizando o pico de massa óssea

estaremos contribuindo para uma redução do risco de fraturas anos depois. Sabe-se que um

aumento de 10% no pico de massa óssea pode representar uma redução de até 50% no rico de

fratura após os 50 anos de idade. Existe um declínio da densidade mineral óssea com a idade e

a mulher inicia uma perda rápida, logo nos primeiros anos após a menopausa (observe o

gráfico abaixo). Os homens têm uma curva desviada para a direita já que a pubarca acontece

um pouco mais tarde e a perda rápida ocorre mais tarde do que nas mulheres.

MMeennooppaauussaa

PPiiccoo ddee

mmaassssaa

óósssseeaa

0 10 20 30 40 50 60 70 80

IIddaaddee ((aannooss))

Ma

ssa

Óss

ea

Sem reposição hormonal

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ÉÉ rreelleevvaannttee lleemmbbrraarr aallgguunnss ddooss ddeetteerrmmiinnaanntteess ddoo ppiiccoo ddee mmaassssaa:: Fatores genéticos

(responsáveis por 60 a 80% da variabilidade da massa óssea), nuuttrriiççããoo adequada (cálcio,

vitamina D, proteínas e calorias adequadas), nível dos hormônios sexuais na puberdade, nível

do hormônio do crescimento e exercício físico.

FRATURA

O risco de fraturas de qualquer sítio entre os homens é similar ao risco de desenvolver

câncer de próstata (13%), e o risco entre as mulheres (39,7%) é maior que o risco de

desenvolver câncer de mama, ovário ou endométrio.

Risco de fratura em idosos associa-se a vários fatores:

Menor ingestão e absorção de cálcio (aumento de PTH);

Redução dos hormônios estimuladores da formação óssea;

Hipogonadismo;

Maior risco de queda. Menor atividade física;

Fatores genéticos – responsáveis por 60 a 80% da variabilidade da massa óssea

Geometria femoral (comprimento do eixo do quadril, largura do colo femoral)

Microarquitetura óssea alterada

Fraturas Vertebrais

A maioria das fraturas vertebrais é assintomática. Menos de 1/3 dos pacientes com

deformidades vertebrais procuram assistência médica. Após a primeira fratura vertebral

aumenta-se em 2 a 5 vezes o risco de nova fratura. Nenhum tratamento medicamentoso ou é

tão eficiente quanto antes da primeira fratura.

FFrraattuurraa ddee qquuaaddrriill

A mortalidade nos primeiros seis meses após fratura de quadril é de 18-34%, sendo

maior entre os homens do que entre as mulheres. Após um ano a mortalidade é de 20%. Seis

meses após o evento fratura mais de 50% dos pacientes ainda queixam-se de dor e requerem

assistência para deambular e cerca de 1/3 dos pacientes perdem a independência e necessitam

de cuidados familiares ou de outro cuidador permanente.

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Tratamento

Exercício físico com ação da gravidade

Prevenção - reconhecimento das pessoas de maior risco

Prevenção de quedas

Medicamentos que:Aumentam a formação óssea

Reduzem a reabsorção óssea

Nutrição e saúde óssea no idoso

Não há dúvidas de que para prevenção ou tratamento efetivo da osteoporose necessita-

se no mínimo de cálcio e vitamina D adequados para manter ou restaurar a saúde do esqueleto

ósseo. Proteínas, fósforo, sódio também são nutrientes críticos no processo de manutenção da

saúde óssea. Não podemos esquecer que deficiências nutricionais contribuem para um maior

Incidência de Fraturas Vertebrais, de Quadril e de Antebraço

nnaass MMuullhheerreess ccoomm mmaaiiss ddee 5500 aannooss

5500 6600 7700 8800

VVeerrtteebbrraall

QQuuaaddrriill

AAnntteebbrraaççoo

4400

3300

2200

1100

iiddaaddee((aannooss))

II nncc ii dd

êê nncc ii aa

aann

uuaa ll ppoorr

11000000 mm

uull hh

ee rr ee

ss

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risco de queda por alterar a homeostasia do sistema músculo-esquelético. Lembrar que

excesso de proteínas e excesso de sódio favorece a eliminação urinária de cálcio.

CCáállcciioo

1111--2244 aannooss 11220000 aa 11550000 mmgg//ddiiaa

2255 -- 5500 aannooss 11000000 mmgg//ddiiaa ((5511--6644 ccoomm TTRRHH))

5511 ((mmuullhheerr sseemm TTRRHH)) oouu >> 6655 aannooss 11550000 mmgg//ddiiaa

AA aabbssoorrççããoo ddee ccaarrbboonnaattoo ddee ccáállcciioo éé ddee 4400%% ddoo ttoottaall iinnggeerriiddoo ((11225500 550000))

MMeellhhoorr iinnggeerriirr 550000 mmgg oouu mmeennooss vváárriiaass vveezzeess aaoo ddiiaa

VViittaammiinnaa DD

PPaaííss ttrrooppiiccaall -- 1155 mmiinnuuttoo ddee ssooll//ddiiaa

IIddoossoo -- eemm aassiilloo éé nneecceessssáárriioo ssuupplleemmeennttaarr

DDoosseess ddee ccaallcciiffeerrooll -- 440000 aa 880000 uu//ddiiaa

AAllffaaccaallcciiddiiooll -- 11 mmccgg//ddiiaa

CCaallcciittrriiooll -- 00,,5500 mmiiccrrooggrraammaass//ddiiaa

TTRRHH

DDiimmiinnuuii aa rreeaabbssoorrççããoo óósssseeaa

PPrreevviinnee ppeerrddaa ddee oossssoo ttrraabbeeccuullaarr ee ccoorrttiiccaall

AAuummeennttaa ddeennssiiddaaddee óósssseeaa ddaa ccoolluunnaa ((55 -- 66%%)) ee qquuaaddrriill ((22--33%%))

Há comprovação sobre o efeito em redução de fraturas de quadril

Raloxifeno (modulador seletivo do receptor de estrogênio)

RReedduuççããoo eemm 4499%% ddoo rriissccoo ddaa pprriimmeeiirraa ffrraattuurraa vveerrtteebbrraall aappóóss 44 aannooss

RReedduuççããoo eemm 3344%% ddoo rriissccoo ddee uummaa ffrraattuurraa vveerrtteebbrraall ssuubbsseeqqüüeennttee eemm mmuullhheerreess ccoomm ffrraattuurraa

vveerrtteebbrraall pprréévviiaa aappóóss 44 aannooss

RReedduuççããoo ddee uummaa nnoovvaa ffrraattuurraa ccllíínniiccaa eemm 6688%% dduurraannttee oo pprriimmeeiirroo aannoo ddee ttrraattaammeennttoo

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AAlleennddrroonnaattoo

PPrreevveennççããoo -- 55 mmgg

TTrraattaammeennttoo:: 1100 mmgg// ddiiaa

7700 mmgg// sseemmaannaa

RReedduuzz rreeaabbssoorrççããoo óósssseeaa

8866%% ddooss iinnddiivvíídduuooss ttrraattaaddooss aapprreesseennttaamm aauummeennttoo ddee mmaassssaa óósssseeaa

RReedduuzz ttaaxxaa ddee ffrraattuurraa vveerrtteebbrraaiiss,, nnããoo--vveerrtteebbrraaiiss ee ddee qquuaaddrriill..

RRiisseeddrroonnaattoo

PPrreevveennççããoo ee ttrraattaammeennttoo -- 55mmgg//ddiiaa oouu 3355 sseemmaannaall..

RReedduuzz iinncciiddêênncciiaa ddee ffrraattuurraass ee aauummeennttaa mmaassssaa óósssseeaa nnoo pprriimmeeiirroo aannoo ddee ttrraattaammeennttoo..

EEssttuuddooss ffeeiittooss ccoomm ppaacciieenntteess sseemm eexxcclluuiirr aaqquueelleess ccoomm úúllcceerraass ppééppttiiccaass..

RReedduuzz ttaaxxaa ddee ffrraattuurraa vveerrtteebbrraaiiss,, nnããoo--vveerrtteebbrraaiiss ee ddee qquuaaddrriill..

Teriparatida

TTeerriippaarraattiiddaa éé uummaa nnoovvaa ffoorrmmaa ddee ttrraattaammeennttoo ddaa oosstteeooppoorroossee sseevveerraa ddee mmuullhheerreess ee hhoommeennss

TTeerriippaarraattiiddaa aauummeennttaa aa DDMMOO eemm mmuullhheerreess ee hhoommeennss..

TTeerriippaarraattiiddaa rreedduuzz oo rriissccoo ddee ffrraattuurraass vveerrtteebbrraaiiss ee nnããoo vveerrtteebbrraaiiss eemm mmuullhheerreess ee hhoommeennss

ccoomm oosstteeooppoorroossee

Considerando o acima exposto consideramos essencial prevenir: o baixo pico de

massa óssea, a redução da massa óssea, o aparecimento da primeira fratura e o aparecimento

de novas fraturas. Portanto sempre poderemos agir em benefício daqueles com diagnóstico de

osteoporose.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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PHYSICAL ACTIVITY FOR ELDERLY PEOPLE: HEALTH PERSPECTIVE

Eino Heikkinen

The Finnish Centre for Interdisciplinary Gerontology

University of Jyväskylä, Finland.

Background

The individual and social burden of diseases increases in parallel with the

increase in human life expectancy and the proportion of elderly people in both the developing

and industrialized countries. The ongoing demographic change has sometimes been called as

an ―apocalyptic demography‖ referring to the mass nature of the issue which would require

mass solutions (e.g. Ebrahim 2002). The increase in the proportion of people over 80 years of

age presents a particular challenge. It has been estimated that in many developed countries

their proportion will increase by about 40% during the first two decades of the 21st century,

and that the most rapid relative increase in life expectancy will occur in this age group. On the

other hand the uncomfortable and uncompromised consequences of ageing are the increasing

number of diseases, functional limitations and disabilities (E.g. Heikkinen 2003). Only about

10% of people aged 80 years are free of a clinically diagnosed disease, and various disabilities

decrease the quality of life. In the industrialized European societies approximately 20% of

people aged 70 years or older and 50% of people aged 85 and over report difficulties in basic

activities of daily living (e.g. BURDIS report, 2004). It has been estimated that the use of

social and health services increases in parallel with the increase in various disabilities.

Disability increases, e.g., the risk of need for home help, hospitalization, nursing home

admission and premature death. Disability prevention has become an important public health

concern.

Osteoporotic fractures and falls are common, interrelated conditions in elderly

people. Approximately one third of community-dwelling older people fall at least once each

year, multiple falls are common and the cumulative incidence of falls has led to an epidemic

of osteoporotic fractures, particularly among postmenopausal women. Fractures are associated

with increased mortality and healthcare costs.

Significant increase in life expectancy has occurred in both developed and

developing countries during the 20th

century. In many developed countries the average life

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expectancy at birth is over 80 for women and over 75 years for men. In addit ion, among

women the average life expectancy at 65 is over 20 years and in men over 15 years. It has

been estimated that genetic factors determine about 25 % of the difference in the age of death;

the environmental factors in different phases of life seem to be more important in modifying

the differences in life expectancy.

Physical activity level decreases with advancing age. There does not seem to be,

however, any consensus about the definition of physical inactivity or sedentary behavior in

elderly populations. People whose physical activity is limited to mainly sitting in one place or

practicing only light physical activity can be regarded as sedentary people. According to our

observations their proportion among people aged 75-80 years vary between 20 and 40 percent

among, for example, urban populations in the Nordic countries Denmark, Finland and Sweden

(NORA studies 2002). The proportions of those regarded as moderately active (moderate

physical activity for about 3 hours per week) vary between 30 and 50% whereas the

proportion of physically active (moderate physical activity over 4 hours per week or intense

physical activity up to 4 hours per week or active sports at least 3hours per week) vary

between 15 and 40%. It is obvious that at least one third of elderly populations should start

practising some form of physical exercise and that an additional one third should consider

increase of their physical activity.

This paper aims at describing, on the basis of the current scientific literature,

including our own research work, the roles of physical activity in the prevention of disability,

falls and fall related fractures in old age and as a determinant of longevity.

Disability and physical activity

Research on disability in old age has identified several factors that contribute to

shaping the dimensions of disabilities in old age. These factors include both non-modifiable

risk factors such as age, gender and genetics and modifiable risk factors such as unhealthy

behaviors, and characteristics of the environment and the degree to which it is free from, or

encumbered with physical, social and cultural barriers. A part of the modifiable risk factors

stem from earlier phases of life. Currently some, if limited knowledge exists on the role of

genetic factors predisposing older people to functional limitation and disability (Tiainen et al.

2004). There is a marked gender difference in longevity. In European countries women often

live about five years longer than men but women have a longer duration of life lived with

disability.

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Much research has been dedicated to identifying risk factors for the onset of

disability by applying the disablement model developed by Nagi (1976). The main pathway of

the model consists of four components: pathology, functional impairments, functional

limitations, and disability. In elderly people, pathology causes impairments (e.g. decreased

muscle strength, low oxygen consumption, poor balance). Impairments predispose people fo

functional limitations (e.g. poor walking speed) which may lead to disabilities (e.g.

difficulties in carrying out daily activities and in mobility). In a systematic literature review

Stuck et al. (1999) listed various behavioral and health factors that at on individual level

contribute to the development of disability in old age. The highest strength of evidence for an

increased risk in functional status decline, defined as disability or physical function limitation

was found for (in alphabetical order):

- cognitive impairment - low level of physical activity

- depression - no alcohol use compared to

- disease burden - moderate use

- increased and decreased body mass index - poor self-perceived health

- lower extremity functional limitation - smoking

- low frequency of social contacts - vision impairment

Other risk factors include elevated blood lipids and glucose, low bone density

and alcohol and drug misuse. Research has also shown that certain psychological and

psychosocial characteristics, such as poor self-efficacy, coping strategies and social

integration predict the development of disability. Recent evidence suggests that the

accumulation of deficits across multiple domains (co-impairment) may better explain the

development of functional limitation than decline in a single domain.

Disability can be defined as a gap between a person´s abilities and

environmental requirements. Identical physical and mental conditions may results in different

patterns of disability depending, for example, on the occupation, housing conditions or family

structure of a person. On the other hand, a similar type of disability may arise from different

types of health conditions. Women have a longer duration of life lived with disability and it

has been suggested that they may suffer from ‖multiple jeopardy‖, i.e. have combinations of

social and health disadvantages. Also cultural factors may produce disability. Prejudice and

discrimination in different arenas of life may disable and restrict people´s activities even more

than impairments and functional limitations.

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Current research suggests, however, that among other factors physical activity is

associated and may counteract several individual level risk factors of old age disability.

Chronic illnesses

Current studies suggest that the health benefits of physical activity that have

been observed in middle-aged persons also are likely to occur in elderly men and women.

Sedentary lifestyle and aging increase a person´s risk of many chronic diseases including

coronary heart disease, hypertension, stroke, cancer, certain metabolic disorders (e.g. non-

insulin dependent diabetes) and osteoporosis (e.g. Spirduso 1994, Carlson et al. 1999,

Christmas et al. 2000). It has been estimated that about one third of deaths from coronary

heart disease, colon cancer and diabetes could be prevented if all American adults were

vigorously active (Powell & Blair 1994). It has also been estimated that individuals of all

ages with established osteoarthritis can benefit from exercise programs.

Both aerobic and resistive exercises have resulted in diminished pain and

disability scores and enhanced measures of physical function without worsening of the

disease radiographically. Diseases are often associated with sarcopenia which may result from

disease related nutritional deficiencies and inflammatory reactions. Sarcopenia on the other

hand may lead to functional limitations and disability. The current physical activity guidelines

for adults of 30 minutes of moderate intensity activity preferably all days a week is of

importance for reducing health risks for a number of chronic diseases (ACSM 1998). The

dose-response relationship shows that ―a moderate physical activity program is likely to give

important health benefits and indicates that some activity is better thant none, and that more is

better than less‖ (e.g. Bokovoy & Blair 1994).

Depression

Depression is one of the most common mental health disorders in older people.

The prevalence of clinically important depressive symptoms among community-dwelling

older adults ranges from approximately 8 % to 16% (Blazer 2003).

Depression is associated with physical illness and disability, and it is often accompanied by

decreased physical activity, resulting in functional limitations and disability. On the other

hand exercise may reduce depressive symptoms among older persons (0´Connor et al. 1993,

Penninx et al. 1998).

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An observational study among a representative population sample aged 65-84

year at baseline showed that over the follow-up of 8 years the amount of depressive symptoms

increased among sedentary people compared to their physically more active counterparts

(Lampinen et al. 2000). It appears that physical activity participation rather than physical

fitness per se may be related to psychological well-being in elderly people (McAuley &

Rudolph 1995).

There is, however, no compelling experimental evidence that exercise per se is

effective in preventing or treating depression in elderly people.

Self-rated health

Despite the high prevalence of clinical diagnoses in elderly people many of

them evaluate their health as good. The factors underlying these evaluations include

functional performance (muscle strength in particular), physical activity, severity of diseases,

sensory performance (vision in particular), and cognitive performance. Decreased physical

activity has emerged as the most powerful variable predicting a negative change in self-rated

health (e.g. Leinonen et al. 2001). Older people´s cognitive interpretation of being physically

active may impart a sense of vigor, which is considered an important aspect of health. It may

be that older people are likely to emphasize attitudinal and behavioral factors in assessing

their own health.

Leannes and obesity

A change in body composition is one of the most apparent findings with human

aging. There is a loss of muscle mass and strength (sarcopenia), and a relative increase in

body fat. In the 70- to 79-year-old age group about one third has been reported to be Obese

(BMI >- 27.8 for men and 27.3 for women; Kuszmarski et al. 1994). The decline in daily

physical activity is clearly a major factor contributing to the current obesity epidemic

affecting both developed and developing countries. The required amount of physical activity

to maintain a recommended BMI values may be higher compared to the guidelines concerning

chronic diseases. Although definite data are lacking, it seems likely that moderate intensity

activity of approximately 45 to 60 minutes per day is required to prevent the transition to

overweight or obesity (Erlichman et al. 2002b, Saris et al. 2003). The low BIM also seems to

be a risk factor of disability. Both chronic diseases and lack of physical activity reduce muscle

SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 40

mass and may increase the proportion of fat tissue leading to a lower BMI which is associated

with poor functional performance and increased mortality.

Functional limitation

According to the model of Verbrugge and Jette (1994) functional limitation is a

precursor of disability. It has been demonstrated that among non-disabled older persons living

in the community, objective measures of lower-extremity function are highly predictive of

subsequent disability (Guralnik et al. 1995). It has also been shown that grip strength in

middle-age independently predict levels of functional independence at the follow-up 25 years

later (Rantanen et al. 1999).

Strength loss in elderly people is well established and has repeatedly been linked

to poor performance and falls. In particular, lower extremity strength loss has been associated

with increased time to rise from a chair, climb stairs, and walk, and with a decrease in the

amount of walking performed per week (e.g. Chandler & Hadley 1996). Decline in muscle

strength is partially reversible with exercise. The consistency of strength gain with training

across elderly age groups and levels of frailty is very promising but the clinically meaningful

strength change is not yet clear.

Social factors

The low levels of social activity and social contacts seem to be associated with

poor functional outcomes, even if correcting for potential confounding factors such as

cognitive functioning (Moritz et al. 1995). It has also been observed that a greater frequency

of emotional support from social networks has a favorable impact on functional outcomes

(Seeman et al. 1995).

Physical activity facilitates the involvement of elderly people in social activities

through preventing functional limitations, which may become obstacles to social

participation. In addition, physical exercise often involves group activities being thus able to

maintain and create social contacts.

SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 41

Injurious falls and physical activity

Several risk factors have been identified for non-vertebral fracture, which is

ultimately determined by bone strength, the risk of falling and the force of impact in the event

of fall. Established risk factors for falls in older adults include lower-extremity muscle

weakness, impaired balance and vision, decreased reaction time, impaired cognition,

decreased body mass, and impaired mobility in general. In addition, medications, alcohol

intake, inappropriate footwear, physical factors in the environment and acute situational

factors have also been identified as important risk factors for falls.

A review of the epidemiologic evidence on the relationships between physical

activity, falls and fractures among older adults (Gregg et al. 2000) suggests that

higher levels of leisure time physical activity prevent hip fractures, and that certain exercise

programs may reduce risk of falls. In addition to preventing functional limitation physical

activity helps maintain mobility and bone mineral density and in doing so, may prevent falls

and osteoprotic fractures. It is, however, unclear whether physical activity is associated with

the risk of osteoporotic fractures at sites other than the hip. Future research is also needed to

identify which populations will benefit most from physical activity and to evaluate the types

and amount of exercise needed for protection of falls in old people.

Longevity and physical activity

Several prospective observational studies have shown that low physical activity

levels predict an increased risk of mortality among older people (E. g. Bokovoy & Blair 1994,

Erlichman et al. 2002a). The highest mortality rates, both overall and from cardiovascular

disease has been found in sedentary men, and on the other hand physically active elderly

people have a longer life-expectancy compared to their more sedentary counterparts (Äijö et

al. 2002). The differences between the sedentary and physically active elderly people remain

after controlling for their status of health.

It has been suggested that the effect of physical activity on survival is most

important among those elderly individuals who already have disabilities such as mobility

difficulties (e.g. Hirvensalo et al. 2000). It is, however, difficult to control for all the factors

(health behaviors, socio-economic position, education, genetic factors, severity of diseases)

which may modify or confound the relationships between physical activity and survival

among elderly people. Additional research is, therefore, needed to determine the amount and

SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 42

quality of physical activity to be recommended as well as the characteristics of individuals

who will benefit from physical activity from the point of view of an increased survival.

Concluding remarks

There now exists a wealth of data demonstrating that physical activity and

exercise may ameliorate diseases, reduce depressive symptoms and delay the occurrence of

functional limitations and disabilities in elderly populations. Physical activity may also

contribute to increased longevity compared to sedentary lifestyle.

There are, however, both conflicting finding and gaps in our knowledge

concerning the importance of physical activity amongst the various risk factors and the

effectiveness of physical activity interventions aimed at maintaining health and preventing

diseases and disabilities in elderly people and increasing longevity.

The situation is complex and has recently rendered even more complex by

observations showing that individuals of the same age, gender and ethnic group vary

markedly in their physiological responses to the same dose of physical activity and that this

variability is characterized by a familial aggregation of these responses, which has both

genetic and environmental components (Bouchard & Rankinen 2001).

There is, however, enough evidence regarding the beneficial health effects of

physical activity in older people to start strengthen research activities with the aim of

developing effective interventions for the prevention of physical inactivity and facilitation of

physically active lifestyles. An important goal for exercise scientists and sport medicine

clinicians is to discover new ways to encourage physical activity in the unfit and most

sedentary elderly people.

A step forward would be to consider the disablement concept in the context of

the newer concept of enablement. Disabling processes are described as those that increase the

needs of help of the individual and also often lead to isolation and dependency. Enabling

processes, including physical activities, restore and improve function and expand access to

social and physical environment.

SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 43

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PROGNOSIS FOR A SUCCESSFUL OLD AGE

C. Jessie Jones

FACSM - Division of Kinesiology and Health Science

California State University, Fullerton

“We cannot go back and make a new start,

but we can start now to make a new ending”.

Introduction

Chances are you‘re going to live a long life because of the advances in sanitation, public

health, medical and pharmaceutical technology, and food science. However, what is your

prognosis for a successful old age? First it is important to understand want is meant by the

phrase ―successful old age‖. It is difficult to define because the term ―success‖ itself is quite

ambiguous. The concept of successful aging dates back several decades (Baltes & Baltes,

1980; Havighurst, 1961; Palmore, 1979; Rowe & Kahn, 1987). Havighurst (1961) coined the

term ―successful aging‖ referring to it as ―adding life to the years‖ and ―getting satisfaction

from life‖. Palmore (1979) defined successful aging as including longevity, lack of disability,

and life satisfaction. Rowe and Kahn (1987) further defined successful agers as people with

better than average physiological and psychosocial characteristics in late life, and positive

genes. Other experts in the field have added the following indicators of successful aging:

autonomy (independence), financial and social status, sense of meaningful purpose in life, and

self-actualization.

Successful aging is not something that begins in later life; rather it is an accumulation of

where and how we have lived our lives, experiences we have encountered, people in our lives,

how we feel about ourselves, our attitudes, and choices we make regarding how we care for

ourselves and manage our lives (see figure 1). In fact, people who seem to age successfully

tend to be those who stay ―actively‖ involved with the many pleasures of everyday living, and

have a passion for living life to the fullest.

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Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 47

Genetics

Culture & Gender Health & Social Services

Physical & Social Lifestyle Choices &

Environment Behaviors

Socio-economic Status Psychological Attributes

Life Events

Figure 1. Predictors of Successful Aging. Adapted from the determinants of Active Ageing,

Figure 8, pg19, Growing Older – Staying Well, World Health Organization (2002).

While heredity contributes to the age-associated changes in the physical body, the rate

of change is determined for the most part by our lifestyle behaviors (e.g., physical activity

patterns, eating habits, tobacco and alcohol use, regular physical examinations, work ethic,

and engagement in leisure and social activities). Research that focuses on the prevention of

physical declines and health problems associated with aging is important, however far too

little research has focused on better understanding the predictors of successful aging. The

purpose of this paper is to discuss three prominent psychosocial theories for predicting a

successful old age, Maslow‘s (1943) hierarchy of needs, Erikson‘s (1986) psychosocial stages

of development, and the theory of selective optimization with compensation developed by

Baltes (1990).

Maslow’s Hierarchy of Needs

One of the most popular theories related to successful aging is Maslow‘s hierarchy of

needs (1943). He described a hierarchy of human needs in which lower level needs must be

satisfied before moving to the next higher level (Maslow & Lowery, 1998). According to

Maslow, the more one becomes self-actualized and transcendent, the wiser an individual

becomes. Self-actualization is defined as finding self-fulfillment and realizing one‘s potential.

Transcendence is defined as helping others find self-fulfillment and realize their potential.

Although there is little agreement about the order of basic human needs, or wording used to

describe basic needs, it is at least generally accepted that people age in a more successful way

when their basic needs are fulfilled (Deci & Ryan, 2002; Ryan, 1991).

Successful

Aging

SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 48

Erikson’s Psychosocial Stages of Development

One of the early theories of personality development is Erikson‘s psychosocial stages

of development (Erikson, Erikson, & Kivnick, 1986). According to Dr. Eric Erikson,

personality development proceeds through eight stages of development, each one

characterized by some type of psychosocial ―crisis‖ which must be resolved for successful

aging to occur. The last three stages (between young and late adulthood) describe positive

personality development leading to successful aging as the ability to (1) form close

relationships with friends and lovers, (2) be productive by raising a family or through some

form of work, and (3) look back on one‘s life with pride and satisfaction.

Selective Optimization with Compensation

Baltes and Baltes (1990) provide yet another perspective on the prognosis of a

successful old age in their theory of selective optimization with compensation. According to

this theory, successful aging has much to do with the ability of an older adult to adapt to

physical, mental, and social losses in later life. This theory focuses on three behavioral life

management strategies for maintaining functional independence in later life: (1) focusing on

high priority areas of life, areas that result in feelings of satisfaction and personal control, (2)

optimizing personal skills and talents that a person still has that will enrich and enhance life,

and (3) compensating for losses of physical and mental function by using various personal

strategies and technological resources, either one‘s own or others‘, to achieve objectives. For

example, one strategy might be to use a cane or walker so he or she can continue to participate

in various occupational, social, and recreational activities.

Conclusion

In conclusion, successful aging is best defined through the eye of the beholder. What

we do know is successful aging is dependent on the interplay of such factors as genetics,

personal and social environment, lifestyle behaviors, attitudes, adaptability, social supports,

and certain personality characteristics. The key then to successful aging is to integrate positive

physical, social, mental, emotional, and spiritual activities into our daily lives. Everything I

have learned from my research, literature reviews, and working with older adults has led me

SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 49

to believe that the prognosis for a successful old age lies within our ability to adapt to change

in our lives, to stay connected with other people, to be positive about life, to devote ourselves

to improving the welfare of others, to have faith and spirituality in our lives, and to have

found a purpose to life. It also involves intelligence (e.g., ability to learn and adapt to new

environments, ability to think nonverbally, knowledge of important facts in one‘s culture),

cognitive capacity (e.g., central processing speed, ability to solve problems, and memory),

self-efficacy (i.e., a belief in one‘s capabilities to handle situations and tasks in life), self-

esteem (i.e., feelings about self), personal-control, (i.e., belief in one‘s ability to exert control

over life), coping styles (e.g., how well a person adapts to transitions and handles daily hassles

and crises, and resilience (i.e., ability to overcome adversity), and mental and physical

stimulation. In closing, after interacting with thousands of older adults in various

environments, I agree with Pelletier (1994), that perhaps the most important determinant of

successful aging is in the wisdom to cultivate moral virtue, self-discipline, compassion, and a

deep commitment to a spiritual purpose beyond ourselves.

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ALGUNS BONS PRINCÍPIOS A SEREM LEVADOS EM CONTA NA ATIVIDADE FÍSICA COM O IDOSO

José Francisco Silva Dias

NIEATI/ CEFD/ UFSM/ RS.

Quando pretendemos iniciar um trabalho de atividades físicas com idosos, com o

objetivo de realmente melhorarmos a sua performance para as questões da vida cotidiana, faz-

se necessário levarmos em conta alguns princípios básicos, daqueles que lá pelos idos de 1989

já colocávamos em nosso livro ―Atividades Físicas na Terceira Idade‖ editado pela editora da

UFSM:

A - O princípio da manutenção da atividade física – o professor quando fizer uso desse

principio, deverá fazer uso de uma série de estímulos, a fim de que o praticante mantenha um

ritmo de trabalho sem perder o interesse pela atividade física proposta, de forma regular. A

ciência do comportamento nos diz que o mesmo é estimulado pelo reforço positivo. Portanto,

quanto mais estimulado positivamente, mais motivado poderá ficar para a atividade para a

qual está sendo motivado. Nesse mesmo enfoque TARGA (1983), nos diz que a motivação é

um dos problemas mais delicados para o profissional, uma vez que exige ao mesmo tempo

uma grande experiência, aliada a conhecimentos psicológicos, de modo a atingir os mais

variados temperamentos no conjunto dos alunos. A motivação está relacionada diretamente

com a personalidade do professor. É necessário despertar o entusiasmo nas pessoas

estimulando-as, orientando-as e não apenas sendo um cobrador de tarefas.

B - O principio da individualização na atividade física – A própria condição pessoal de

cada indivíduo deve determinar o programa individual de atividades físicas. A partir de testes

de avaliação física, o programa deverá ser organizado levando em conta:

I – um bom alongamento;

II- o controle da freqüência cardíaca;

III- o exame médico é indispensável, antes de iniciar o programa;

IV- não se deve realizar exercícios quando houver qualquer desconfiança de que

alguma coisa não está bem.

Deverá ser notado durante o programa que aqueles que estão em pior forma, na

realidade, são os que irão demonstrar uma melhora mais acentuada na condição física.

C - O princípio da continuidade da atividade física – A atividade física carrega um

aspecto cumulativo. Diz a lei biológica que ―a função faz o órgão‖, sendo assim, a atividade

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física adequada irá preparando, gradativamente, o organismo para suportar estímulos cada vez

mais exigentes.O essencial aqui é que seja desenvolvido o hábito da atividade física,

introduzindo-se, gradualmente, pequenas modificações que resultem em um melhor

condicionamento físico.

D - Princípio da sobrecarga da atividade física – Aumentando-se gradativamente, a

freqüência, a duração e a intensidade, pode-se dosar a atividade física. Uma maneira boa de

melhorar a condição física na terceira idade é aumentar, de forma lenta e gradual, o tempo de

duração dos exercícios, mantendo-se a mesma intensidade.

E - Princípio da totalidade da atividade física - Segundo TARGA (1983), não basta

que exercitemos a maior parte dos grupos musculares, é necessário que consigamos também

exercitar o espírito do individuo de modo a que todo seu corpo vibre. Totalidade quer dizer

participação geral de todos os componentes do ser, isto é, a perfeita integração nas

manifestações físicas, psíquicas e espirituais.

A atividade física cada vez mais se apresenta como verdadeiro seguro de vida para

todas as idades, em especial para o idoso. Estar em constante movimento faz parte de nossa

composição de ser que precisa sempre estar interagindo com o meio, num ir e vir, numa troca

constante de energia. Isto nos mantém vivos!

O exercício físico produz uma necessidade que conduz a uma finalidade ou meta, que

dá margem a uma filosofia de vida, de profissão, e até mesmo de mundo. É através do

movimento que se concentra tudo o que existe, o que inclui, segundo SOBRAL (1985):

- satisfação;

- consideração com os demais;

- os grandes e pequenos valores;

- a realização dos desejos mais queridos;

- o efeito (bom ou mal) sobre a vida dos outros.

Através dessas premissas é que podemos dimensionar a função socializadora,

vitalizadora, recreadora e também reabilitadora que a prática da atividade física, caracterizada

pelo fomento e implementação de exercícios físicos, pode proporcionar ao homem e,

principalmente, ao homem idoso.

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SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

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MODULAÇÃO AUTONÔMICA CARDÍACA E SENSITIVIDADE BARORREFLEXA EM INDIVÍDUOS IDOSOS FISICAMENTE ATIVOS

Linda Massako Ueno

Instituto do Coração (InCor), Universidade de São Paulo, Escola de Medicina, São Paulo

INTRODUÇÃO

O Envelhecimento está relacionado com o declínio da modulação vagal sobre o

coração e atenuação da sensibilidade barorreflexo da freqüência cardíaca. Estes fatores

acarretam a hipotensão postural, a qual tem sido associada ao aumento da taxa de mortalidade

em indivíduos idosos. Estudos também têm reportado que a atenuação da sensibilidade

barorreflexa está associada a um maior risco de fibrilação ventricular e a incidência de

eventos cardíacos. O declínio da modulação autonômica cardíaca e sensibilidade barorreflexa

são conseqüências inevitáveis do envelhecimento, que predispõe a desregulação da pressão

arterial, episódios de síncopes e eventos cardíacos em indivíduos idosos. Por outro lado,

poucos estudos têm investigado os efeitos da prática do exercício físico regular no

envelhecimento do sistema cardiovascular e seus mecanismos compensatórios durante um

estresse hemodinâmico. Neste sentido é importante investigar os efeitos de um estilo de vida

fisicamente ativo, incluindo o exercício físico regular sobre o controle autonômico cardíaco

em repouso assim como durante mudança ortostática nos indivíduos idosos.

OBJETIVO DO ESTUDO

A proposta deste estudo foi avaliar os efeitos de um estilo de vida ativo na

modulação autonômica cardíaca em repouso e na sensibilidade barorreflexa avaliada durante

um estresse hipovolêmico em indivíduos idosos saudáveis.

SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

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MÉTODO

Vinte e quatro homens saudáveis da comunidade foram voluntários para participar

deste estudo. A idade dos participantes era de 60-70 anos. Todos os indivíduos eram

normotensos, sem histórico de síncope, doença neurológica ou doença cardiopulmonar. Este

estudo foi aprovado pela Comissão Científica e de Ética da Escola de Graduação dos Estudos

Humanos e Meio Ambiente. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi assinado por

todos os participantes deste experimento. O grupo fisicamente ativo (FA, N = 14) constituiu-

se de idosos que participavam de programas de exercício físico com uma freqüência de três ou

mais vezes por semana com duração de 11.2 3.9 anos de prática consecutiva. O grupo

sedentário (SED, N = 10) constituiu-se de idosos que não participavam de programas de

exercício físico ou aqueles que participavam de programas de exercício com uma freqüência

de uma vez por semana. As modalidades de treinamento físico entre os participantes do grupo

FA constituíram-se de atividades físicas predominantemente aeróbias tais como: caminhada,

dança social, natação. A modulação autonômica cardíaca basal foi avaliada pela variabilidade

da freqüência cardíaca no domínio do tempo [desvio padrão do intervalo R-R do ECG

(DPIRR) e pelo coeficiente da variação da freqüência cardíaca (CV)]. A sensibilidade

barorreflexa foi avaliada durante o Tilt Test (60°) utilizando-se a medida simultânea de

freqüência cardíaca e pressão arterial sistólica batimento-a-batimento.

RESULTADOS

Não houve diferença significativa na idade média (66.9 0.8 versus 65.4 1.0 anos,

p > 0.05) assim como nas características físicas com relação à altura (164 1.7 versus 162.1

1.4 cm, p > 0.05), peso (61.8 1.6 versus 61.0 1.8 Kg, p > 0.05) e índice de massa corpórea

(22.9 0.4 versus 23.2 0.5 Kg·m2, p > 0.05) entre os respectivos grupos FA e SED. Houve

uma diferença significativa nos hábitos de atividade física no grupo FA comparado ao grupo

SED com relação à freqüência semanal em programas de exercício físico (4.3 0.4 versus 0.3

0.2 dias/semana, p < 0.05), tempo por sessão em programas de exercício físico (88.3 13.6

versus 36 18.3 min/sessão, p < 0.05) e anos consecutivos de participação em programas de

exercício físico (11.2 3.9 versus 0.2 0.1 anos, p < 0.05), respectivamente. Os valores de

DPIRR e CV foram significativamente maiores no grupo FA comparado ao grupo SED

durante a condição basal (59.5 10.4 versus 27.7 7.8 ms, p < 0.05; 5.5 0.8 versus 2.81

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0.7 %, p < 0.05), respectivamente. A sensibilidade barorreflexa foi significativamente maior

no grupo FA comparado ao grupo SED (6.4 ± 0.8 vs. 3.8 ± 0.6 msmmHg-1

, p < 0.05).

CONCLUSÕES

Os resultados deste estudo sugerem que a sensibilidade barorreflexa e a modulação

autonômica cardíaca são bem mantidas em indivíduos idosos saudáveis, fisicamente ativos

quando comparados aos seus pares sedentários. Esta melhor modulação autonômica no grupo

de indivíduos idosos fisicamente ativos pode ser considerada um fator cardioprotetor, por

reduzir a suscetibilidade de fibrilação ventricular, assim como uma melhor regulação da

pressão arterial durante um estresse hemodinâmico.

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PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS DA DANÇA DE SALÃO PARA IDOSOS

Márcio de Moura Pereira e Marisete Peralta Safons

GEPAFI – Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Atividade Física para Idosos

Universidade de Brasília

INTRODUÇÃO

Embora as danças de salão sejam uma modalidade relativamente nova, tendo suas

primeiras manifestações nos bailes das cortes do final da idade média e início do

renascimento, o hábito de dançar e o prazer a ele associado acompanham a humanidade desde

seus primórdios e se faz presente ao longo da história de todas as culturas. A dança é uma

atividade capaz de proporcionar condicionamento físico, integração social e lazer a indivíduos

idosos, além de inúmeros benefícios psicológicos (HANNA,1979; PETERS, 1994).

METODOLOGIA DE TRABALHO

Objetivos

Educar adultos idosos utilizando a atividade física como meio para promover

incrementos na saúde física e mental, no condicionamento físico e na qualidade de vida, numa

perspectiva inclusiva e centrada na conquista de autonomia, paz e integração com a natureza.

Recursos

espaço físico: piso nivelado, ventilado, protegido do sol e de mudanças bruscas na

temperatura;

recursos materiais: equipamento de som e seleção de ritmos capazes de

proporcionar não apenas experiências e desafios fisiológicos, mas que também

permitam trabalhar conteúdos cognitivos, afetivos e psicossociais;

Planejamento

Com a finalidade de tornar mais objetiva a seleção dos ritmos e permitir uma margem

de segurança maior na prescrição para grupos, os diversos ritmos foram classificados de

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acordo com a expectativa de intensidade e distribuídos dentro das diversas fases da aula

(Tabela 1).

Tabela 1- Ritmos da dança de salão e fases da aula

Fase da aula Ritmo

Aquecimento Valsa, Tango

Zona alvo1:

iniciantes

Marchas, Chamamé, Xote, Baião, Vanera, Mazurca, Pagode,

Rumba, Mambo, Quadrilha, Boi-Bumbá, Carimbó, Foxtrote

Zona alvo2:

condicionados

Salsa, Cúmbia, Samba, Xaxado, Merengue. Com algum cuidado

pode-se introduzir também: frevo, samba de gafieira e samba no pé.

Volta à calma Bolero, Slow fox

Avaliação

Avaliação da intensidade tanto para fins de prescrição do exercício, quanto para o

acompanhamento durante a aula é feita utilizando-se a PSE - Percepção Subjetiva do Esforço

(Escala CR10 de BORG, 2000).

CONCLUSÃO

Os resultados deste trabalho abrangem o complexo biopsíquico e social que constitui o

indivíduo, promovendo saúde, autonomia, inclusão social e integração ao meio.

Do ponto de vista físico verifica-se que os exercícios melhoram o condicionamento

físico tanto do ponto de vista cardiovascular quanto muscular, incrementam a consciência

corporal, aumentam a eficiência mecânica e a coordenação motora, corrigem a postura e

diminuem os riscos de lesões por acidentes ou quedas (BLANKSBY & REIDY, 1988).

Quanto aos efeitos psicológicos, os exercícios com música e ritmo promovem intensa

descontração psíquica, combatendo o estresse ao mesmo tempo em que estimulam a

criatividade e a disciplina; proporcionando ao indivíduo um contato mais íntimo com seus

estados emocionais e a administração mais eficiente de suas capacidades físicas e intelectuais

(PICART, 1988). Com relação ao aspecto social, normalmente as práticas são feitas em

grupo, de maneira descontraída e bastante lúdica, permitindo ao indivíduo aprimorar sua

noção de participação em equipes, times e trabalhos coletivos. Os exercícios procuram

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desenvolver o respeito pelos próprios ritmos e limitações, bem como pelos ritmos e limitações

das pessoas ao redor (PICART, 1988).

Durante a aula de dança de salão nota-se que o trabalho integrado dos diversos

componentes do ser (biopsíquico e social) ajuda a despertar a consciência de que também no

cosmos os diversos componentes do universo estão interligados e harmonizados numa grande

rede de interações. Essa rede por vezes é associada à ecologia outras vezes à espiritualidade,

mas a sensação de pertencer a essa rede é sempre descrita como uma experiência de

transcendência. E isto estimula no indivíduo o sentimento de ser uma parte importante do

equilíbrio social, ecológico e universal (MASLOW, 1943; HOLME, 2003; MOOKERJEE &

KHANNA, 1977). Com isso se reduzem os níveis de ansiedade decorrentes da vida moderna,

permitindo ao praticante tornar-se mais participante, cooperativo, integrado tanto no trabalho

quanto na família e na comunidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BLANKSBY, B.A. & REIDY, P.W. Heart rate and estimated energy expenditure during

ballroom dancing. British Journal of Sports Medicine, v. 22, n. 2, p. 57-60, 1988.

BORG, G. Escalas de Borg para a dor e o esforço percebido. São Paulo: Manole, 2000.

115 p.

HANNA, J.L. Movements toword understanding humans though the anthropological study of

dance. Current Antropology, v. 20, p. 313-339, 1979.

MASLOW, A. A theory of human motivation. Psychological Review, v. 50, p. 370-396,

1943.

MOOKERJEE, A. & KHANNA, M. La voie du tantra. Art, Science, Rituel.Londres:

Thames & Hudson Ltd, 1977.

PETERS, S. From eroticism to transcendence: ballroom dance and the female body. In:

Goldstein, L. (ed.), The female body: figures, styles, speculations (p. 145-148). Ann Arbor:

University of Michigan Press, 1994.

PETTER, H. Network dynamics of ongoing social relationships. Europhysics Letter, v. 64,

p.427-433, 2003.

PICART, C.J. Dancing Through Different Worlds: An Autoethnography of the Interactive

Body and Virtual Emotions in Ballroom Dance. British Journal of Sports Medicine, v. 22,

n. 2, p. 57-60, 1988.

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O PRAZER DE SER IDOSO

Maria Lais Mousinho Guidi

Doutora em Geografia; livre-docente em Antopologia;

pesquisadora do CNPq e do Nepti/Ceam/UnB

Mudanças velozes de ordem científica, tecnológica, social e ideológica exigem uma

política para educação continuada durante todo o ciclo de vida. Seria enfadonho citar aqui as

transformações estruturais intensas, tanto quanto a explosão demográfica ocorrida no mundo

nos dois últimos séculos. O sociólogo Otávio Ianni, em entrevista ao Jornal da UNICAMP

(2003) diz que... ―no fim do século XX e no começo do século XXI nós estamos metidos

numa grande ruptura histórica‖.

No Brasil, no início do século XX a população era de 17,4 milhões de pessoas,

passando a 169,9 milhões no ano 2000. Na passagem da ―Era Industrial‖ para a ―Era da

Informática‖, adveio um vertiginoso desenvolvimento da ciência, da tecnologia e também da

ordem social, como uma ―revolução‖.

A nosso entender, a maior revolução de todos os tempos foi a revolução social da

mulher, com a invenção dos anticoncepcionais, a popular ―pílula‖, que reduziu a taxa de

fecundação. Além disso, os avanços na medicina fizeram com que, entre 1940 e 2000, a

esperança de vida, no Brasil, passasse de 42,7 anos para 64,7 no caso dos homens e de 47,1

anos para 72,5 no caso das mulheres. Temos, hoje no Brasil, cerca de 20 idosos para cada 100

crianças. Estes 20 homens e mulheres não constituem um povo, mas são cidadãos capazes de

grandes conquistas por um mundo melhor, porque são pessoas mais experientes e mais

confiantes no Brasil.

Hoje, já possuímos o ESTATUTO do IDOSO – (Lei 10741/2003) e, anterior a este, a

Lei 8842 de 4 de janeiro de 1994 e a regulamentação desta última, segundo o Decreto nº

1948, de 3 de julho de 1996. Estas duas Leis e o Decreto foram atos oficiais para despertar a

sociedade brasileira para ações, como as ONGs que procuram melhorar a qualidade de vida de

seus concidadãos, em seus novos ciclos de vida, a partir dos 60/65 anos.

Neste novo período do Ciclo de Vida, denominado terceira idade, velhice, melhor

idade, ou outro nome carinhoso, em vez do conceito de educação, seria mais próprio

chamarmos de socialização, porque se associa educação à cultura, no sentido antropológico de

educação continuada. Lahud Loureiro, A. M. – 2000, nos abriu a cabeça para a ―Antropologia

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do Imaginário‖ para compreendermos melhor as novas formas de organização, estruturadas na

vida social e na visão do mundo.

A nossa preocupação consiste em lembrar que podemos existir por mais de 100, até

200 anos (De Méis, 1998), em ―CIÊNCIA E EDUCAÇÃO – conflito humano e tecnológico"

acrescenta à qualidade de vida, a felicidade de sentir, nesta luta, maior solidariedade humana.

Vivemos o grande momento em que o grupo social humano aumenta, diminuindo o número

de membros do núcleo familiar, ampliando os laços dos grupos de trabalho, além de eleger a

comunidade, defender nosso bairro e outras formas visíveis nas múltiplas doutrinações

religiosas.

Pensando na situação daqueles que chamamos nossos ―irmãos‖ que aposentados da

labuta profissional ou doméstica, deixam um tempo livre. Acreditamos que chegamos ao

momento de educar, melhor dizer socializar, construindo a ―ESCOLA DA VIDA‖, assim

denominada por funcionária do setor de saúde do MEC, ou a conhecida UNIVERSIDADE

DA TERCEIRA IDADE. Seria uma educação ou socialização do denominado ―adulto maior‖,

assim chamado o velho de língua espanhola.

Temos o exemplo de proposta multidisciplinar de Marisete Peralta Safons, a qual

parabenizo. Esta proposta abrange, além das ―atividades físicas, artísticas, culturais,

formativas, etc. de caráter diversificado... e a manutenção da saúde bio-psicossocial‖.

Nossos estudos e pesquisas sempre se apoiaram, na teoria e na prática, de conceitos de

cultura e educação, formulados por Darcy Ribeiro (1955 e 1996) – aqui reproduzidos:

Conceito Operativo de Cultura Conjunto e integração dos modos de fazer, pensar e sentir desenvolvidos e adotados por

uma sociedade, como solução para as necessidades de vida humana associativa.

Museu do Índio – RJ 1955.

Conceito de Educação

A Educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na

convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos

movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. (Lei

nº 9.384 de 20.12.96 – Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional).

Estes dois conceitos, no sentido lato, abrangem e valorizam a criatividade para os

numerosos velhos de hoje e do porvir, envolvendo-os no ritmo de vida compatível com os

emergentes trabalhos e tecnologias, sejam eles científicos, artesanais ou artísticos de suas

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opções. O tempo livre da aposentadoria será mais ativo e satisfatório se o seu preenchimento

corresponder a interessantes novidades para o idoso.

Governos estaduais e municipais (prefeituras) assim como as universidades, pessoas

esclarecidas, organizadoras das ONGs e de cursos esporádicos destinados a melhorar a

qualidade de vida dos idosos, desenvolvem ações que buscam a valorização do idoso e

aumentam a sua auto-estima, tornando prazerosa a terceira idade. O relacionamento no

trabalho ou no estudo leva o idoso a usufruir momentos importantes, agradáveis e

significativos, que evitarão a solidão considerada pelos idosos a maior queixa, como

insatisfação, psicose, estresse, ansiedade, nostalgia, e outras doenças de ordem neurológica.

Estes milhões de velhos brasileiros ainda não foram reconhecidos pelo Ministério de

Educação - MEC, que tem estado sempre ausente na elaboração das leis, decretos e,

principalmente nos estudos e reuniões para chegarmos ao ESTATUTO DO IDOSO (Lei n°

10.741, de 1º de outubro de 2003). O MEC ainda não assumiu o seu papel na gestão do ensino

para a terceira idade, na didática, nos programas e nos currículos. Os cursinhos avulsos para

os idosos vão se multiplicando, principalmente, com interesses financeiros ou religiosos, com

professores despreparados, sem formação geriátrica e ou gerontológica.

Terminamos com a máxima de MARTIN LUTHER KING (1929/1968) PRÊMIO

NOBEL, pela paz e não violência, em 1964:

―Aprendemos a voar como pássaros e a nadar como peixes, mas não

aprendemos a conviver como irmãos‖.

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A PRÁTICA PEDAGÓGICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA PARA IDOSOS NO PROJETO SÊNIOR PARA A VIDA ATIVA DA USJT: UMA EXPERIÊNCIA RUMO À

AUTONOMIA.

Maria Luiza de Jesus Miranda, Alessandra Galve Gerez e Marília Velardi

Grupo de Estudo e Pesquisa Sênior – Universidade São Judas Tadeu – São Paulo

Um fato notório e amplamente reconhecido, tanto pela comunidade científica como

pela sociedade em geral são os efeitos benéficos da prática de atividades físicas sobre a

manutenção da saúde e do bem-estar, principalmente sobre a população idosa (Okuma, 2002;

Miranda, 2001; Velardi, 2003).

Nesse sentido, as discussões atuais em Saúde Pública sugerem que a implementação

de programas educacionais, que possam esclarecer a esta população sobre os benefícios

decorrentes desta prática, bem como sobre as recomendações mais apropriadas para que estes

incorporem atividades físicas em suas vidas cotidianas, são de suma importância na mudança

de atitudes, no sentido de construir hábitos de vida mais saudáveis (Reski apud Velardi,

2003).

Por isso, as práticas educacionais adquirem um importante papel para a disseminação

de informações e na construção de ações que preconizam estilos de vida saudáveis entre a

população, contribuindo assim, para um envelhecimento bem-sucedido. Diante disso, foi

implantado na Universidade São Judas Tadeu o Projeto Sênior para a Vida Ativa, que integra

as áreas de Educação Física, Nutrição e Farmácia. É uma proposta com caráter educacional

que visa, no âmbito geral, contribuir para que os idosos vivam uma velhice bem-sucedida. O

núcleo do projeto é formado pelo programa de Educação Física, que tem como objetivos

difundir conhecimentos conceituais e procedimentais sobre a atividade física relacionada ao

processo de envelhecimento, com intuito de possibilitar a essas pessoas praticarem atividades

físicas de forma autônoma como parte integrante do constante autocuidado e, ainda, obterem

conhecimentos para posicionarem-se criticamente frente a outros programas oferecidos.

Assumir que o Projeto Sênior é de caráter educacional faz surgir, então, questões de

caráter eminentemente filosófico: qual o fim a que se destina a educação, ou seja, queremos

educar para que? Qual concepção de homem e seu papel na sociedade norteiam nosso modo

de ver o aluno idoso? Em que tipo de envelhecimento acreditamos? Sendo a Educação Física

uma das estratégias de Educação em Saúde, o que entendemos por Saúde?

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Refletir sobre essas questões tornou-se especialmente importante, principalmente,

quando Pereira (2003) nos lembra que muitas práticas de saúde requerem práticas educativas,

que por sua vez, trazem em seu bojo as representações de homem e de sociedade que se quer

efetivar. Isso significa, que não há processo educativo que seja neutro ou livre de ideologias,

pois a partir da educação são adquiridos os valores culturais e reproduzidos ou transformados

os códigos sociais de cada sociedade. Assim, essas questões tornaram-se cruciais para a

escolha de uma prática educativa coerente com o desenvolvimento humano no qual

acreditamos, qual seja, o compromisso com a construção da autonomia dos sujeitos.

O conceito de autonomia é entendido aqui como a capacidade que o indivíduo tem

para o exercício do autogoverno, construída a partir do conhecimento que o sujeito tem de si

mesmo e do mundo que o rodeia. Numa ação autônoma, o indivíduo leva em conta os valores

e as necessidades individuais, assim como, os valores sociais e a responsabilidade com a

coletividade, numa concepção de escolha que seja consciente (Czeresnia, 2003; Farinatti,

2000; Freire, 2002a; Neri, 2001).

Seguramente, poderíamos defini-la também, como a possibilidade de ―transcendência‖

do ser humano, que a partir do autoconhecimento e da tomada de consciência sobre o mundo

e pela sua capacidade de transformá-lo, poderá superar o que o determina, escolhendo com

responsabilidade e projetando sua própria vida, sendo esta, do ponto de vista filosófico a

―condição primeira de humanidade‖. Sendo assim, não se pode negar, então, que a

possibilidade de construí-la, bem como de mantê-la, torna-se imprescindível para o alcance de

uma vida satisfatória e do aumento da saúde entre os sujeitos, pois ser autônomo significa ser

responsável, tanto do ponto de vista individual quanto coletivo.

No contexto do envelhecimento, refletir sobre as estratégias educacionais que

colaborem no desenvolvimento e manutenção da autonomia torna-se especialmente

importante se pensarmos que o aumento dos anos de vida, dependendo de como forem

vividos, poderá provocar a perda da autonomia que, de acordo com Teixeira (2002), se dá

principalmente devido à imagem negativa do envelhecimento, associada a perdas fisiológicas,

psicológicas e sociais, com impacto na saúde do idoso.

É nesse contexto que, na atualidade, se estabelece a construção de uma nova forma de

se compreender o fenômeno da saúde que se aproxima muito mais das noções de qualidade de

vida e humanidade plena, sendo esta última determinada pelas condições gerais de existência

do indivíduo. Neste sentido, discussões atuais tentam reorientar as novas práticas em Saúde

Pública, girando em torno do ideário da Promoção da Saúde, que concebe a saúde a partir de

um enfoque muito mais amplo se comparado ao paradigma biomédico, considerando uma

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gama de aspectos que, em nível macro, envolve fatores como os determinantes sociais,

políticos e econômicos e, em nível micro, coloca o desenvolvimento da autonomia dos

sujeitos no centro de suas discussões, reconhecendo que a perda desta constitui um fator de

risco para o adoecimento (Buss, 2003; Teixeira, 2002).

Assim, esta vertente congrega a combinação de apoios educacionais, que visam

capacitar (empowerment) os indivíduos e comunidades com os meios adequados para

cuidarem de si próprios com autonomia, com apoios ambientais, que visam a atingir ações e

condições de vida que transformem a realidade e garantam saúde (Buss, 2003; Czeresnia,

2003; Pereira, 2003).

Diferentemente do paradigma biomédico, que concebe a saúde como ausência de

doenças e reduz suas intervenções unicamente ao domínio biológico, a Promoção da Saúde

concebe a saúde pelo prisma biopsicossial e, desta forma, sugere que suas intervenções,

principalmente aquelas em educação para saúde, devam estar se desenvolvendo também sobre

os outros determinantes, atribuindo à população maior controle e aumento nas possibilidades

de escolhas sobre os comportamentos de saúde.

Entendendo que a Educação Física se insere no campo da Saúde Publica como uma

das estratégias de Educação em Saúde, consideramos essas reflexões bastante pertinentes para

pensar sobre a nossa prática docente, pois somente ―fazer‖ atividade física não seria o

suficiente para a construção de um posicionamento autônomo e crítico diante dela. Ou seja,

os idosos precisariam aprender de maneira crítica sobre o que realizam, para que pudessem

adotar ou não as atividades, julgando a partir daquilo que consideram ser importante para si

(Velardi, 2003).

Por influência do paradigma biomédico, observamos ainda com bastante freqüência

nesta área, uma tendência em reduzir as práticas educativas ao mero treinamento das

capacidades físicas, desconsiderando todas as outras dimensões da existência humana,

concebendo autonomia como sinônimo de independência física (Farinatti, 2002). Entendemos

que este posicionamento, além de trazer uma visão dicotômica de homem, poderá reforçar os

estereótipos, preconceitos e a falta de respeito às diversidades de quem não se enquadra num

padrão físico determinado como bom ou normal pela ciência.

Obviamente, não podemos negar que a independência física é um fator importante

para o exercício da autonomia. No entanto, o que não podemos é reduzi-la somente a isso,

pois assim não estaríamos considerando a possibilidade de um deficiente físico ou um idoso,

por exemplo, continuar a manter o controle sobre sua vida mesmo na presença de alguma

limitação física. Dessa forma, buscamos olhar o sujeito idoso na perspectiva do que ele tem

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para ser desenvolvido, das suas diversas potencialidades, pautados numa visão mais

humanizadora, não negando suas limitações, mas reforçando o que o sujeito possui como

qualidades e como potencial, levando-se em conta os desejos e as necessidades individuais.

Neste caso, a autonomia passa a ser concebida não só a partir da independência física, mas

como algo que envolve a reflexão, tomada de decisão e escolhas conscientes.

Diante deste olhar entendemos que a Educação Física como uma das estratégias em

educação para a saúde, deve proporcionar ações educativas a partir da realidade e das

necessidades de quem aprende, para que os indivíduos se apropriem de maneira significativa

dos conhecimentos difundidos por essa área, conhecendo e respeitando suas potencialidades e

limitações, podendo praticá-la de maneira autônoma, a partir de uma escolha consciente.

Reconhecendo, neste ponto, o enorme potencial que a educação apresenta para impulsionar o

desenvolvimento da autonomia, as questões que se colocaram para refletir o processo

educativo no Projeto Sênior foram: será qualquer educação capaz de contribuir para a

construção da autonomia frente à prática de atividades físicas? Admitir que a sua construção é

facilitada pelos processos de aprendizagem, nos conduziu a uma outra reflexão, como o

homem aprende? Aqui, estamos diante de uma grande questão epistemológica: qual a origem

do conhecimento?

A teoria histórico-cultural ou sócio-interacionismo, formulada por Vigotsky para

caracterizar aspectos tipicamente humanos do comportamento psicológico, como a

plasticidade do cérebro, fornece subsídios para refletir sobre os processos de aprendizagem, a

partir de uma perspectiva de construção do conhecimento. Explica, ainda, como os processos

intelectuais podem se desenvolver durante toda vida do indivíduo, considerando que o

pensamento adulto é culturalmente mediado, sendo a linguagem o principal meio de

mediação. A cultura torna-se, então, parte integrante da natureza humana, uma vez que os

processos psicológicos superiores se desenvolvem a partir da relação dialética que o indivíduo

estabelece em seu universo social e cultural (Rego, 2001; Vigotsky e Cole, 2000).

Both (2002) ressalta a importância de refletir sobre as considerações de Vigotsky no

contexto da educação de idosos, pois destaca que as operações mentais são resultado de

formas culturais de lidar com a realidade.

Embora Vigotsky não tenha desenvolvido nenhuma teoria pedagógica, pois o seu

objetivo era estudar os processos psicológicos superiores tipicamente humanos, muitas foram

as contribuições deixadas por ele na área da educação, principalmente pela grande ênfase que

deu aos estudos sobre a relação entre pensamento e linguagem, indicando a importância do

diálogo nos processos de formação da mente humana e da internalização de novas formas

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culturais de comportamento. Além disso, apresentou as noções de ―zona de desenvolvimento

real e proximal‖, sendo que a primeira refere-se às conquistas já efetivadas, ou seja, aquilo

que o indivíduo consegue ―fazer‖ sozinho a partir de suas experiências e observações e, a

segunda, às capacidades que podem ser construídas com a ajuda de outros mais experientes.

Dessa forma, fica bastante clara a idéia de que a prática educativa deve ter como ponto

de partida o diálogo e o universo sócio-cultural do sujeito, pois é a partir disso que ele irá

atribuir significado aos novos conhecimentos, sendo o educador o mediador deste

aprendizado, partindo sempre dos conhecimentos prévios em direção à construção de novos

conhecimentos que conduza o educando a conquista de sua autonomia.

Desta maneira, a perspectiva educacional que pode ser coerente com a busca da

autonomia que procuramos estimular no Sênior é aquela que atribui ao educador a função de

instaurar métodos em função de despertar no educando a curiosidade; aquela que estimula a

busca constante do conhecimento, portanto não submissa e, então, por extensão, formadora do

senso crítico. Aprender criticamente é, em suma, formar a autonomia. Não é um estado de

apropriar-se do conhecimento do professor, mas um ato de formação e de interação da própria

capacidade cognitiva do indivíduo com o meio. Assim, o professor provém o aluno dos

instrumentos apenas, do ferramental para a formação crítica do aluno. Essas proposições têm

como alicerce os estudos de Paulo Freire que, como educador que influenciou toda uma

geração de outros tantos educadores em todo o mundo, apontou caminhos para a educação

como prática da liberdade – premissa básica da construção da autonomia (Velardi, 2003).

Para Freire (2002b), autonomia não se constrói sozinha, embora, por vocação

ontológica o homem seja capaz de apreender as coisas do mundo. Basta ser homem para

apreender e por isso não há ignorância ou sabedoria absoluta. Em todas as nossas relações,

sejam elas com intenções educacionais ou não, estamos constantemente aprendendo, mas

sozinho torna-se difícil captar a realidade pela sua raiz, pela sua causalidade autêntica. Para

tanto, deve haver por parte de quem educa uma intenção em seu ato educacional que o leve a

tais relações. Um processo de ensino-aprendizagem que a partir do diálogo crítico colabore na

organização reflexiva de situações existenciais, considerando que é a partir disso que o

conhecimento passa a ter significado, capaz de mexer profundamente com a maneira de ―ser‖.

Neste sentido, Velardi (2003) considera que seguramente qualquer informação pode

gerar aprendizagem, mas sem a intencionalidade daquele que se propõe ensinar poderá ser

transformada em outro tipo de aprendizagem, diferente daquela almejada. Desta forma, torna-

se necessário organizar e planejar o processo educacional a partir da definição e do tipo de

SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 67

desenvolvimento que se deseja, de quais objetivos são importantes serem atingidos para que

seja possível garantir o processo de desenvolvimento.

Assim, em consonância com a perspectiva filosófica que embasa as ações no

programa, optou-se então, por uma direção construtivista de ensino, tornando fundamental a

reflexão sobre como organizar os conteúdos de Educação Física no Projeto Sênior com vistas

a atingir os objetivos aos quais se propõe. Com base nisto, adotou-se a proposta de Coll e

colaboradores (1998) para a organização das intenções educacionais, pois este parece apontar

na direção de um ensino que considere a aprendizagem como um processo que conduza à

autonomia.

Embora estes autores tenham desenvolvido suas propostas curriculares refletindo a

Reforma Educacional no ensino formal, podemos considerar suas reflexões bastante

pertinentes na organização e ensino dos conteúdos de Educação Física do Projeto Sênior,

primeiro porque suas proposições têm como base de sustentação os estudos sobre o

funcionamento psicológico humano e o caráter construtivista de qualquer aprendizagem;

segundo porque atualmente, cada vez mais se ampliam os espaços de ensino e aprendizagem

no que se denomina de ensino não-formal, como é o caso do Projeto Sênior, trazendo também

a necessidade de reflexões sobre ―o que, para que e como ensinar‖.

Desta maneira, os conhecimentos são transmitidos por meio de ações pedagógicas que

promovem o desenvolvimento dos conteúdos factuais, conceituais, procedimentais e

atitudinais, julgados necessários para favorecer as mudanças no comportamento dos

indivíduos. Através de aulas teórico-práticas os idosos são estimulados à reflexão sobre sua

realidade e à compreensão da atuação do processo de envelhecimento sobre os diversos

sistemas do corpo bem como em que medida a atividade física pode colaborar para o estímulo

desses sistemas, promovendo adaptações.

Tendo como temas geradores os sistemas cardiovascular-respiratório, nervoso,

articular e músculo-esquelético, são propostas atividades que estimulem cada um desses

sistemas. A partir da prática das atividades os idosos são levados a refletirem sobre o que

sentem ao realizar os exercícios, ao mesmo tempo em que são propostas associações entre

aquilo que é feito no Projeto e a vida cotidiana. Além disso, é a partir daquilo que é

experimentado que os alunos aprendem os fatos e conceitos associados a cada sistema e a

realizarem os exercícios específicos. Espera-se que cada vivência encerre em si o ensino e

aprendizagem de fatos, conceitos, procedimentos, valores e atitudes pertinentes à atividade

física.

SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 68

Nesse contexto os alunos são também levados a refletir sobre como seriam capazes de,

com base nos conhecimentos adquiridos, superarem as barreiras mais comuns para a

manutenção da prática de atividades físicas. Para isso são propostas tarefas do tipo solução de

problemas, em que os alunos são colocados em situações concretas para que possam criar

alternativas a partir daquilo que os impediria de manterem-se ativos. Com base em suas

respostas, são estabelecidas discussões em grupo que podem se transformar, futuramente, em

soluções individuais ou coletivas.

Ainda em consonância com a proposta de favorecer a autonomia para a atividade

física, o idoso deve deixar o programa após os 12 meses para que possa se inserir em

programas já disponíveis, ou procurar atuar junto à comunidade ou às autoridades no sentido

de buscar soluções para a criação de novos programas ou espaços para a prática de atividades

físicas das pessoas idosas.

A criação de um momento final para o Projeto segue os princípios de autonomia

adotados para a solidificação das intenções educacionais do Sênior, segundo os quais faz-se

também necessário o enfrentamento das "situações-limite", ou seja, os obstáculos e barreiras

que precisam ser vencidos ao longo de nossas vidas pessoal e social. Segundo Paulo Freire

(Freire, 1993) as pessoas têm várias atitudes frente a essas situações-limite: "ou as percebem

como um obstáculo que não podem transpor; ou como algo que não querem transpor; ou

ainda como algo que sabem que existe e precisa ser rompido e então se empenham na sua

superação" (p. 205).

Para que seja possível sentirem-se apoiados nas mudanças, para que tenham auxílio na

resolução de problemas concernentes a essas modificações ou mesmo para que continuem

aprendendo, estabeleceu-se uma fase de transição, caracterizada por uma supervisão à

distância no intuito de levantar as atitudes dos idosos frente ao desligamento do programa e,

também, para complementar conhecimentos que favoreçam tomadas de decisão no que diz

respeito a incluir a prática sistemática de atividades físicas em suas vidas.

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Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 70

ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA MARCHA EM PESSOAS IDOSAS: FATORES DETERMINANTES E PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO

Paulo de Tarso Veras Farinatti

Professor Adjunto e Coordenador do Laboratório de Atividade Física e Promoção da Saúde da

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LABSAU-UERJ).

Introdução

A presente comunicação tem por objetivo apresentar dados relativos à marcha em

pessoas idosas, em duas perspectivas diferentes: na primeira, o padrão da marcha é analisado

em relação a alguns de seus fatores determinantes, mais especificamente a força muscular e

flexibilidade. Na segunda, a marcha é discutida no contexto da prescrição do exercício, em

comparação com a corrida, partindo-se da noção de velocidade de transição caminhada-

corrida. A pergunta que se fez, nesse caso, referiu-se à conveniência de prescrever-se uma ou

outra atividade em idosos e jovens, analisando-se o impacto fisiológico nas duas situações.

Para tanto, foram apreciadas variáveis cardiorrespiratórias associadas à intensidade relativa e

fadiga imposta pelas atividades.

As próximas seções descrevem ambos os estudos, resumindo seus pressupostos

teóricos, aspectos metodológicos e conclusões a que se pôde chegar.

1) Amplitude e cadência do passo e componentes da aptidão muscular em idosos

Parece existir uma relação entre a manutenção da capacidade de marcha e o nível de

independência funcional das pessoas idosas. Há evidências, nesse sentido, de que a marcha

seja um bom – senão o melhor – indicador do risco de perda de autonomia com o

envelhecimento. Mesmo a auto-apreciação do estado funcional ou a intensidade do receio de

sofrer quedas parecem estar associadas à manutenção de um modelo e velocidade eficaz de

marcha.

Por outro lado, o processo de envelhecimento associa-se a modificações importantes

no padrão da marcha: a amplitude do passo tende a diminuir e a cadência a aumentar. Além

de contribuírem para limitações na autonomia funcional, as alterações da marcha em pessoas

idosas tendem a aumentar o risco de quedas, cujas conseqüências podem ser graves.

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Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 71

As razões para as modificações no padrão de marcha em idosos são multifatoriais –

talvez por isso não estejam totalmente esclarecidas. Alguns estudos, porém, buscaram lançar

luz sobre esta questão, e muitos deles colocam a aptidão muscular no centro da discussão. A

fraqueza muscular e a limitação do movimento articular estariam associadas a uma fase mais

ampla de apoio e passadas reduzidas durante a marcha, bem como à dificuldade de

equilíbrio. Independentemente dos seus motivos, portanto, o declínio pronunciado da força

nos membros inferiores associa-se a problemas funcionais sérios, dentre eles alterações

desvantajosas do modelo de marcha.

Da mesma forma, níveis reduzidos de flexibilidade, em várias articulações, têm sido

associados a dificuldades de desempenho em muitas atividades cotidianas importantes, como

a utilização de transportes públicos, subir degraus, lavar-se, vestir-se ou calçar-se, assim como

a uma menor eficiência no padrão de marcha e maior incidência de quedas. No que toca aos

movimentos de quadril, além de contribuírem com medidas de flexibilidade de tronco,

principalmente na flexão anterior, associam-se à manutenção de padrões de marcha mais

eficientes, uma vez que deles em muito depende a amplitude da passada. Uma diminuição da

força dos músculos flexores do tornozelo e um aumento da resistência muscular implicariam,

igualmente, em uma menor flexão dos tornozelos, contribuindo para a alteração do padrão de

marcha em indivíduos idosos.

O exame da literatura, contudo, revela que as relações entre os componentes da

aptidão muscular, a amplitude e cadência do passo não vêm sendo investigadas de forma

integrada. A marcha é uma situação funcional para a qual concorrem força e flexibilidade

simultaneamente – sua descrição isolada, portanto, fornece informações importantes, mas

incompletas para uma melhor compreensão da sua contribuição real para a eficiência da

deambulação. Em que pese esse fato, não foram localizados estudos que analisaram os

componentes da marcha e a importância relativa de força e flexibilidade, consideradas

simultaneamente. Esse foi o objetivo do presente estudo, ao correlacionarem-se componentes

da aptidão muscular, isolada e combinadamente, com variáveis do passo, a saber, sua

cadência e amplitude.

Foram observadas 25 mulheres com idades entre 60 e 86 anos (média=797 anos),

fisicamente independentes e cujas condições clínicas não contra-indicassem a realização dos

testes propostos. As seguintes variáveis foram estudadas: a) amplitude e cadência do passo

(AMP e CAP); b) peso, estatura e altura sentada em um banco com medida padronizada

(44cm); b) marcha estacionária de dois minutos (número de repetições) (RESISR); c) força

máxima relativa de extensão de joelhos (carga/peso corporal) (FORCAR); e) flexibilidade de

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Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 72

tornozelo e quadril (graus) (FLEXT e FLEXQ). A AMP e CAP foram comparadas com as

variáveis dos componentes de aptidão muscular, por meio de técnicas de correlação simples e

multivariada. Os resultados indicaram que: a) AMP e CAP associaram-se significativamente

com o conjunto das variáveis de força e flexibilidade, conforme sugerido pela boa correlação

canônica (rcan=0,79; p<0,05); b) A AMP teve correlação mais forte com a força máxima e

endurance de força que com a flexibilidade de membros inferiores; c) a associação conjunta

das variáveis dos componentes de aptidão muscular (FLEXT, FLEXQ, FORCAR e RESISR)

com as do passo (AMP e CAP) foi mais forte do que as correlações identificadas para cada

variável tomada isoladamente. Com base nos resultados, foi possível propor uma equação

para prever a eficiência da marcha a partir dos CAM, exibida no Quadro 1.

Quadro 1 – Equações para previsão da eficiência da marcha a partir de componentes da

aptidão muscular

2) Estudo comparativo da transição caminhada-corrida em jovens e idosos

O valor do exercício físico na prevenção de doenças, em qualquer idade, vem sendo

objeto de estudo. No que diz especificamente respeito a indivíduos idosos, além do aspecto

epidemiológico, a atividade física surge como fator importante da manutenção da

independência funcional. A análise de alternativas para programas de prescrição de exercícios

para essa população, portanto, é importante. Para tanto, é preciso aprofundar o conhecimento

sobre as respostas fisiológicas em situação de exercício, à medida que se envelhece.

Estudos comparativos entre indivíduos jovens e idosos são comuns na literatura.

Todavia, tendem a concentrar-se, principalmente, na capacidade para o trabalho de um e outro

grupo, seja em termos de potência aeróbia máxima ou relação entre trabalho produzido e

consumo de oxigênio em cargas submáximas. As evidências permitem pensar que, apesar de

uma tendência à diminuição progressiva da potencia aeróbia máxima com a idade, a

capacidade de realização de trabalho em cargas submáximas parece manter-se, ao menos em

intensidades abaixo do limiar anaeróbio. Esta peculiaridade permite uma razoável

EMB=7,53-0,26(FLEXQ)+0,29(FLEXT)-1,87(FORCAR)-0,05(RESISR)

EMF=7(EMB)+76

onde EMB = Escore de Marcha Bruto, EMF = Escore de Marcha Final

(r2=0,90; SEE=0,35; p<0,0001).

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flexibilidade no tipo e intensidade de atividades de que se pode lançar mão na elaboração de

programas de exercício.

Quando se tratam de opções para a prescrição do exercício, especialmente de atividades

de cunho aeróbio, os dados são mais raros. Contudo há um certo consenso em que a

caminhada pode mostrar-se como uma forma alternativa de treinamento, já que muitas vezes a

realização de atividades com características mais vigorosas não é viável. O ato de caminhar,

porém, está associado a diferentes intensidades de esforço – em determinadas situações, pode

representar um estresse fisiológico até mesmo maior que o de atividades aparentemente mais

intensas, como a corrida. Isso leva ao conceito de velocidade de transição entre a caminhada

e a corrida (VT). A VT representa a velocidade em que o individuo, espontaneamente, passa

se um deslocamento sob forma de caminhada para outro, em que corre.

Estudos foram conduzidos com a finalidade de compreender melhor os mecanismos que

determinam a VT. Os argumentos que justificam a mudança de padrão de deslocamento vão

desde aqueles com base em relações antropométricas, até análises que sugerem diferenças de

eficiência mecânica e, portanto, de dispêndio energético, em uma e outra forma de

deslocamento. Contudo, não foi possível encontrar na literatura trabalhos que analisaram suas

diferenças entre indivíduos jovens e idosos, tanto em relação ao momento da VT, quanto no

tocante às respostas fisiológicas a ela associadas. No entanto, isso seria interessante, já que

talvez haja diferenças no padrão das respostas cardiovasculares, ventilatórias e de demanda

energética durante o deslocamento entre grupos jovens e idosos. Essa possibilidade é tão mais

factível quando se sabe que o processo de envelhecimento é marcado por modificações

desfavoráveis na capacidade funcional, com repercussões sobre o padrão e velocidade da

marcha e corrida.

Informações comparativas sobre a transição caminhada-corrida em jovens e idosos

contribuiriam, além disso, para esclarecer dúvidas no delineamento de programas de

exercícios, principalmente quando voltados para pessoas sedentárias de idade avançada. Por

exemplo, caminhar seria mais aconselhado do que correr em todos os casos? O ato de

caminhar implica em demanda fisiológica semelhante em idosos e jovens? Correr é uma

atividade obrigatoriamente mais intensa do que caminhar, considerando-se a evolução das

condições cardiorrespiratórias associadas ao envelhecimento? Muitas dessas questões

permanecem sem respostas na literatura. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi

observar o comportamento de variáveis cardiorrespiratórias na velocidade de transição sob

diferentes formas de deslocamento (caminhada e corrida), em indivíduos jovens e idosos.

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Com esse fim, os participantes do estudo foram divididos em dois grupos, sendo o

primeiro grupo composto por indivíduos com faixa etária de 23±3 anos (G1, n=10) e um

segundo grupo por voluntários com faixa etária de 55±6 anos (G2, n=10). Todos os

voluntários foram submetidos a uma rotina de três testes, com intervalos de no mínimo 48

horas entre eles. O primeiro teste foi realizado para a identificação da VT, além da obtenção

de medidas antropométricas, o segundo teste para a determinação das respostas fisiológicas

em teste retangular na VT utilizando-se a caminhada como forma de deslocamento, e no

terceiro teste repetia-se o teste retangular utilizando-se a VT como intensidade de esforço,

porém com os indivíduos testados se deslocando em forma de corrida.

Para coleta dos dados antropométricos tanto, foi utilizada uma balança munida de um

estadiômetro de metal (Filizola®

Br.) e um antropômetro de metal. Os teste físicos foram

feitos com auxílio de uma esteira rolante (Imbramed ®

KT-ATL, Br), além de um

cardiotacômetro para a mensuração da freqüência cardíaca (Polar®

Acurex Plus, Finlândia).

Um analisador de gases (MedGraphics®

VO2000, USA) foi usado para as medidas

metabólicas. A eficiência mecânica (EM) foi obtida pela razão entre o equivalente calórico da

carga e o produto final da diferença entre o equivalente calórico do consumo na carga e o

equivalente calórico do consumo em repouso. Utilizou-se estatística descritiva em forma de

média e desvio padrão, além do teste-t de student e uma ANOVA de duas entradas com teste

post-hoc de Tukey (p0,05).

Não houve diferenças nas intensidades referentes a VT entre os grupos, (G1 =

7,04km/h; G2 = 6,84km/h). Pode-se notar uma tendência de aumento no consumo de oxigênio

em G2 quando comparados valores de caminhada e corrida (VO2 caminhando = 21,362,03

ml/kg/min. E VO2 correndo = 25,012,65 ml/kg/min.). No deslocamento em forma de

corrida, ainda em G2, observou-se um aumento significativo tanto na produção de gás

carbônico (VCO2 andando = 18,732.51ml/kg/min. e VCO2 correndo = 23,183,49

ml/kg/min) como na ventilação pulmonar (VE caminhando = 43,889,08 L/min e VE

correndo = 54,619,68L/min), sendo que o mesmo não foi observado no comportamento

dessas variáveis para G1. Observou-se também uma tendência de queda da EM em G2

durante o teste retangular com deslocamento em forma de corrida (EM caminhando

=12,931,35% e EM correndo =10,79 1,6%).

Em conclusão, os dados obtidos no presente estudo sugerem uma maior intensidade de

esforço para os idosos durante o deslocamento em forma de corrida em relação à caminhada

em intensidade de esforço referente a VT. O mesmo não se deu para os sujeitos mais jovens.

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Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 75

Esses resultados indicam a necessidade de cuidados especiais para prescrição de

treinamento para uma população de idade avançada, para a qual a caminhada acelerada parece

ser uma atividade menos extenuante que a corrida, mesmo quando feita de forma lenta.

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EVALUATING FUNCTIONAL ABILITY OF OLDER ADULTS

Roberta E. Rikli

College of Human Development and Community Service

California State University, Fullerton

Introduction

The dramatic growth projections in older adult populations throughout most of the

world has important implications for researchers and practitioners everywhere, particularly for

those interested in addressing the high cost of disease, disability, and reduced quality of life

often associated with aging. Statistics show that even in well-developed countries, one-third

of the people over the age of 70 have difficulty performing one or more common everyday

activities, such as walking 400 meters, climbing stairs, carrying their groceries, or doing their

own house work (Older Americans 2000). Maintaining good physical ability well into the

later years contributes to the quality of life for individuals and has important social and

economic implications. Not only can high-functioning older adults continue to be productive

in the work force and within their communities, but they also are less burden to society in

terms of health care costs and social services required.

An important concern in studying factors related to maintaining physical ability during

aging is the availability of valid assessment tools that can measure the underlying physical

parameters associated with mobility, especially measures that are easy to use in the "field"

non-laboratory setting. The purpose of this paper is to address the following topics: 1)

importance of fitness and fitness evaluation in older adults, 2) procedures for assessing

functional fitness in older adults, and 3) interpretation and use of test results.

Importance of Fitness and Fitness Evaluation in Older Adults

As people are living longer it is becoming increasing more important to ―pay

attention‖ to one‘s physical condition and to take steps to prevent or delay the onset of

physical frailty. Maintaining adequate strength, endurance, and agility is critical whether later

life interests include engaging in active work, playing sports, climbing mountains, or simply

being able to perform everyday tasks such as getting out of a chair or bathtub without

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assistance. Studies show that much of the physical frailty commonly associated with aging

could be prevented if weaknesses were detected and treated before they lead to an overt loss

of functional ability (Lawrence & Jette, 1996; Rikli & Jones, 1997; American College of

Sports Medicine, 1998; Morey, Pieper et al., 1998). Administering fitness tests to older adults

can be of benefit in several ways including: (1) evaluating the performance of individuals, (2)

in program evaluation, and (3) in conducting research.

Individual evaluation. Assessing the fitness level of older individuals can help them

see how they compare to others in their age group and can help identify weaknesses and plan

appropriate activity or therapeutic interventions. By assessing physical performance on

multiple occasions, it is possible to determine how a person‘s condition is changing over time.

Also, because most people are inherently curious about their own ability level and how it

compares to their peers, fitness evaluation can be a very motivating experience. Upon

receiving their test results, people often are motivated to begin working towards improving

their personal performance.

Program evaluation. Whether in a worksite, clinical, research, or recreational setting,

health/wellness program leaders increasingly are being asked to provide ―outcome measures‖

to document the effectiveness of their programs. Evidence showing changes in the physical

performance of older adults can provide important evidence of a program‘s success.

Research. A fitness test developed and validated for older adults can provide

important data for research studies on physical performance variables in later years. Fitness

tests for seniors can provide baseline scores for longitudinal studies, posttest measures for

evaluating intervention effects, and accurate measures for correlational analysis in cross-

sectional studies.

However, a limitation in the use of fitness testing in the older adult population has

been the lack of appropriate tests. To date, most physical performance tests have been

developed for younger people and are not appropriate for older individuals without

adaptations in testing protocols. In response to the need for a more appropriate battery of

fitness tests for older adults, we initiated (at the LifeSpan Wellness Clinic at California State

University, Fullerton) a series of studies to develop, validate, and norm a new fitness test

battery especially for men and women over the age of 60.

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Procedures for Assessing Functional Fitness in Older Adults

To evaluate the fitness of older adults it is important to use a simple battery of tests

that can be administered in the field (non laboratory) setting. At our university we saw a need

for such a test and spent several years developing a suitable test battery with test items that

represent relevant functional fitness components--that is, test items that could assess the key

physiological parameters needed for performing common everyday activities in later years.

The functional fitness framework presented in Figure 1 illustrates the relationship

between activity goals, functional behaviors, and physical performance parameters. The

common activities in the far right column (shopping/errands, occupational activities,

housework, etc.) require the ability to perform the functions in column two (walking, stair

climbing, lifting/reaching, etc.). The functional behaviors in column two require adequate

reserve in the physical parameters listed in column one -- strength, endurance, flexibility, and

agility/balance, as well as a manageable body weight. Functional fitness, then (the type of

fitness that becomes increasingly important in later years), is defined as the capacity to

perform normal everyday activities safely and independently without undue fatigue (Rikli &

Jones, 1999a).

Figure 1: relationship between activity goals, functional behaviors, and physical performance

parameters PHYSICAL PARAMETERS

FUNCTIONS

ACTIVITY GOALS

Muscle strength/

endurance

Aerobic endurance

Flexibility

Motor ability

speed/agility

balance

Body

composition

Walking

Stair climbing

Standing up

from chair

Lifting/reaching

Bending/kneeling

Jogging/Running

Personal care

Shopping/

errands

Housework

Occupational

work

Gardening

Sports/traveling

Physical impairment

Functional limitation

Reduced ability/

Disability

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In addition to the selection of functionally-relevant test items, other criteria utilized in

the development of the fitness test battery, now published as the Senior Fitness Test (Rikli &

Jones, 2001) were as follows:

• Tests must be reliable and valid. Each test item should have supporting data

documenting its reliability and validity based on studies involving older adults. Few tests that

have been developed and validated for young people are appropriate for older people without

some adaptation in testing protocols.

• Tests must be able to assess wide ranges of ability levels. Because physical

performance of older adults tends to be more variable than that of younger people, it is

important that test protocols be capable of assessing people with a wide range of ability

levels--from the borderline frail to the highly fit.

• The test protocols should provide continuous-scale scoring so that significant

changes can be detected in physical ability level. Although dichotomous or ordinal measures

(such as those with "yes/no" or "high, medium, or low" scoring systems) can be effective for

use in screening to identify broad categories of functional ability, they typically are not

sufficiently sensitive to detect the gradual changes that occur as a result of research

interventions or changes occurring during normal aging.

• Tests should be safe to perform, for most older adults, without medical release.

Regardless of the purpose of the assessment (for research, for screening, or for program

planning and evaluation), participation will be greatly reduced if people are required to obtain

physician approval prior to testing. Tests that require moderate, sub maximal physical

exertion generally are more functionally relevant for older adults, and are safer than are tests

that require maximal effort.

• Tests should be easy to administer in the "field" non-laboratory setting. Because

most physical assessment of older adults, whether for research purposes, individual

evaluation, or program evaluation takes place in clinical, worksite, community, or home

settings, it is important to have tests that require minimal equipment, time, space, and cost.

Rarely is it feasible to bring large groups of older adults into a laboratory setting for

assessment.

• Tests should have accompanying performance standards. Normative and/or

criterion-referenced standards improves the usefulness and interpretability of test scores.

Normative standards make it possible to compare scores of individuals with others of their

same age and gender. Criterion-referenced standards can provide important threshold values

SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 80

or 'reference points' for evaluating a person's performance relative to some performance goal

such as maintaining the ability to perform common everyday activities in later years.

Figure 2 provides an overview of each of the Senior Fitness Test items, along with its

purpose and a brief description of the test protocol. A full report of the test development and

validation procedures has been published elsewhere (Rikli & Jones, 1999a; 1999b; Rikli &

Jones, 2001), along with accompanying performance tables and charts. The test items were

designed to assess lower body strength, upper body strength, aerobic endurance, lower body

flexibility, upper body flexibility, and agility and dynamic balance.

The Senior Fitness Test Items—Brief Overview

30-Second Chair Stand

Purpose: To assess lower body

strength, needed for

numerous tasks such as

climbing stairs, walking and

getting out of a chair, tub, or

car. Also reduces the

chance of falling.

Description: Number of full stands that

Can be completed in 30

seconds with arms folded

across chest.

Arm Curl

Purpose: To assess upper body

strength, needed for

performing household and

other activities involving

lifting and carrying things

such as groceries, suitcases,

and grandchildren.

Description: Number of bicep curls that

can be competed in 30

seconds holding a hand

weight of 5 lbs (2.27 kg) for

women; 8 lbs (3.63 kg) for

men.

SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 81

6-Minute Walk

Purpose: To assess aerobic

endurance—important for

walking distances, stair

climbing, shopping,

sightseeing while on

vacation, etc.

Description: Number of yards/meters that

Can be walked in 6 minutes

around a 50-yard (45.7

meter) course (5 yds = 4.57

meters.)

2-Minute Step Test

Purpose: Alternate aerobic endurance

test, for use when space

limitations or weather

prohibits giving the 6-

minute walk test.

Description: Number of full steps

completed in 2 minutes,

raising each knee to a point

midway between the patella

(kneecap) and iliac crest (top

hip bone). Score is number

of times right knee reaches

the required height.

Chair Sit-and-Reach

Purpose: To assess lower body

flexibility, which is

important for good

posture, for normal gait

patterns, and for various

mobility tasks such as

getting in and out of a

bathtub or car.

Description: From a sitting position at

front of chair, with leg

extended and hands reaching

toward toes, the number of

inches (cm) (+ or -) between

extended fingers and tip of

toe.

SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 82

Back Scratch

Purpose: To assess upper body

(shoulder) flexibility, which

is important in tasks such as

combing one‘s hair, putting

on overhead garments, and

reaching for a seat belt

Description: With one hand reaching over

the shoulder and one up the

middle of the back, the

number of inches (cm)

between extended middle

fingers (+ or -).

8-Foot Up-and-Go

Purpose: To assess agility/dynamic

balance, important in tasks

that require quick

maneuvering such as getting

off a bus in time, or

getting up to attend to

something in the kitchen, to

go to the bathroom, or to

answer the phone.

Description: Number of seconds required

to get up from a seated

position, walk 8 feet (2.44

m), turn, and return to seated

position.

Figure 2. A brief overview of the Senior Fitness Test items. Adapted by permission from R.

E. Rikli and C. J. Jones, 2001, Senior Fitness Test Manual, Champaign, IL: Human Kinetics.

1-800-747-4457. (Web site: www.humankinetics.com)

Interpretation and Use of Test Results

As a aid in interpreting test results, percentile norms were developed for the Senior

Fitness Test based on a study of over 7,000 men and women, ages 60-94. The normative data

were collected at 267 different test sites in 21 different states within the United States. All

participants were independent-living volunteers who were 89% white and 11% non-white.

SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 83

Prior to testing, all participants engaged in 8-10 minutes of warm-up exercises and were given

the following standardized instructions: "Do the best you can on each test item but never

push yourself to a point of overexertion or beyond what your think is safe for you." Only the

participants who had one of the following conditions were required to obtain medical release

prior to testing: (1) had previously been told by their physician not to exercise because of a

medical condition, (2) had experienced congestive heart failure, (3) reported experiencing

chest pain, dizziness, or exertional angina during exercise, or (4) had uncontrolled high blood

pressure (greater than 160/100).

The results of the normative study produced four types of information: (1) percentile

norms for men and women in 5-year age groups on each of the test items, (2) graphs showing

the pattern and rate of physical decline over the 30-year period for men and women separately

on each test item, (3) graphs indicating the pattern and rate of physical decline over the 30-

year period for physically active older people compared to those who reported less active

lifestyles, and (4) charts showing the threshold or "reference" scores associated with having

low functional ability.

Although a complete discussion of the normative scores and other findings is beyond

the scope of this article (see Rikli & Jones, 2001 for additional details), Table 1 does contain a

summary of the normal range of scores of the participants ages 60-94. The 'normal range' is

defined as the middle 50 percent of the population tested for each age group, with the lower

limits being equivalent to the 25th percentile rank and the upper limits equivalent with the

75th percentile rank within each 5-year age group.

Table 1.0 – Normal range of scores on the SFT with ―normal‖ defined as the middle 50% of

the population. Those scoring above this range would be considered 'above normal' for their

age and those below the range as 'below normal'. Adapted by permission from R. E. Rikli and

C. J. Jones, 2001, Senior Fitness Test Manual. Champaign, IL: Human Kinetics. 1-800-747-

4457. www.humankinetics.com

Normal Range of Scores

Age

Group 60-64 65-69 70-74 75-79 80-84 85-89 90-94

Chair stand (no. of

stands)

Women 12 - 17 11 - 16 10 - 15 10 - 15 9 - 14 8 - 13 4 - 11

Men 14 - 19 12 - 18 12 - 17 11 - 17 10 - 15 8 - 14 7 - 12

Arm curl (no. of reps)

Women 13 - 19 12 - 18 12 - 17 11 - 17 10 - 16 10 - 15 8 - 13

SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 84

Men 16 - 22 15 - 21 14 - 21 13 - 19 13 - 19 11 -17 10 - 14

6-min step (no. of meters walked)

Women 498 - 604 457 -

581

439 -

562

393 -

535

352 -

494

311 -

466

251 -

402

Men 578 - 672 512 -

640

498 -

622

430 -

585

407 -

553

348 -

521

279 -

457

2-min step (no. of

steps)

Women 75 - 107 73 - 107 68 - 101 68 - 100 60 - 91 55 - 85 44 - 72

Men 87 - 115 86 - 116 80 - 110 73 - 109 71 - 103 59 - 91 52 - 86

Chair sit/reach (cm)

Women -1 - +13 -1 - +11 -3 - +10 -4 - +9 -5 - +8 -6 - +6 -11 - +3

Men -6 - +10 -8 - +8 -9 - +6 -10 - +5 -14 - +4 -14 - +1 -17 - +1

Back scratch (cm)

Women -8 - +4 -9 - +4 -10 - +3 -13 - +1 -14 - 0 -18 - -3 -20 - -3

Men -17 - 0 -19 - -3 -20 - -3 -23 - -5 -24 - -5 -25 - -8 -27- -10

8-ft up-and-go

(seconds)

Women 6.0 - 4.4 6.4 - 4.8 7.1 - 4.9 7.4 - 5.2 8.7 - 5.7 9.6 - 6.2 11.5 -

7.3

Men 5.6 - 3.8 5.7 - 4.3 6.0 - 4.2 7.2 - 4.6 7.6 - 5.2 8.9 - 5.3 10.0 -

6.2

Other findings from the study indicated that the typical amount of decline in most

physical performance parameters was about 1 to 1 1/2% per year, or 10-15% per decade for

both men and women. Interestingly, the patterns of declines observed in the SFT "field test"

data is similar to that of previously published data based on laboratory studies, thus, adding

further support for these test items as reasonably valid measures of physical ability in later

years. In the SFT data, for example, lower body strength (as measured by the chair stand test)

declined by just over 40% over the three decades--from the early 60s to the early 90s (Rikli &

Jones 1999b), changes which are similar to the 15% per decade declines that have been

reported elsewhere (Vandervoort, 1992; White, 1995; Shephard, 1997; American College of

Sports Medicine, 1998). Also, the 30-40% declines in aerobic endurance as measured by the

SFT 6-minute walk and the 2-minute step tests is similar to the average 1% per year or 5-15%

per decade declines reported in laboratory-measured maximal oxygen uptake (Frontera &

Evans, 1986; Spirduso, 1995; Shephard, 1997; American College of Sports Medicine 1998).

Data from the SFT study also showed that people who maintained physically active

lifestyles (something equivalent to 30 minutes of brisk walking at least 3 times per week)

SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 85

scored significantly higher on all test items within all age groups than did people who were

less active. In fact, the data suggest that at least 50 percent of the usual declines in physical

performance that are observed during aging could be prevented by regular participation in

moderate physical activity (Rikli & Jones, 2001). Again, these statistics are in line with those

from other studies suggesting that physical exercise can help reduce physical declines during

aging by half and can delay age-related functional losses by as much as 10 to 20 years

(Lacroix, Guralnik et al., 1993; Stewart, Hays et al., 1994; Seeman, Berkman et al., 1995;

Chandler & Hadley, 1996; Morey, Pieper et al., 1998).

Finally, the data from the Senior Fitness Study also provided information on fitness

scores of people who were highly functional versus those who, through self-report, indicated

that they were having difficulty performing many normal everyday activities such as walking

1/2 mile (800 meters), lifting and carrying 10 pounds (4.5 kg), or doing their own house work.

These data provided a type of "threshold score" or "reference point" for identifying fitness

scores that may indicate being "at risk" for losing functional mobility. Although further

research is needed to validate these reference scores, we believe that they provide an

important initial attempt at identifying criterion-referenced performance standards for

functional ability in older adults. Additional details, along with performance charts showing

the threshold cut-points can be found in Rikli and Jones (2001).

Summary

Although physical fitness traditionally has been mainly a concern of younger people, it

is becoming increasing clear that it is equally important for older adults. Adequate physical

ability (e.g., strength, endurance, and agility) is needed to perform the common everyday

activities required to remain active in the workplace and within the community. A past

limitation in studying variables related to physical ability and aging was the lack of

appropriate assessment tools for older adults, particularly tests that could be used in the

"field" (non-laboratory) setting. Based on this need, a new functional fitness test (The Senior

Fitness Test) has been developed and validated for use with adults over 60. The

accompanying performance standards (based on data collected on 7,000 Americans) make it

possible to evaluate physical performance of older adults compared to other people of their

same age and gender.

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Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 86

Recommendation

For the Senior Fitness Test to be of maximum benefit in evaluating older adults in

countries outside of the United States, it is recommended that normative data be collected on

populations of older adults where the test is going to be used. Such data would provide a

more relevant frame of reference for interpreting scores of people from other countries and

would make it possible to evaluate and compare aging patterns across different international

cultures.

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TREINAMENTO DE FORÇA E ENVELHECIMENTO

Sandor Balsamo

Companhia Atlética

Após a segunda guerra mundial aparece uma das primeiras metodologias de

progressão do treinamento de força (TF) com finalidade de reabilitação em militares.

DeLorme e Waltkins em 1948 estabeleceram a ―famosa‖ série de três séries de dez repetições.

A proposta surgiu na tentativa de aumentar a intensidade do treinamento sendo que a primeira

série era de 50% de 10RM, na segunda série treinar a 75% de 10RM e a terceira e última série

com 100% de 10RM (ACSM, 2002). O TF teve aumento da popularidade nos anos setenta,

porém sempre foi prescrito, especificamente, para atletas do sexo masculino. Associava-se

este tipo de exercício com a imagem de atletas de fisiculturismo. Entretanto, pesquisas

científicas têm demonstrado que a musculação tem sido também indicada para melhorar as

respostas à sobrecarga de glicose e a sensibilidade dos receptores de insulina (Pollock &

Evans, 1998), para aumentar a taxa metabólica basal (Wilmore & Costill, 1999; Mazzeo e

colaboradores, 1998), para reduzir a incidência de doenças cardiovasculares (Pollock &

Evans, 1998) e a pressão arterial (Wescott & Baechle, 2001), para aumentar a força muscular

(Fleck & Kraemer, 1999; Mazzeo e colaboradores, 1998) e para atenuar a sarcopenia

(Matsudo, 2001; Fiatarore-Singh, 1998). Além disso, é prescrita em fases da reabilitação

cardíaca (Pollock & Wilmore, 1993).

O estudo clássico de Fronteira e colaboradores (1988) demonstrou quantativamente a

dimensão da melhora da força muscular em idosos. A musculatura extensora do joelho após

12 semanas melhorou 117% e a musculatura flexora do joelho melhorou 227%. Havendo

também uma hipertrofia de 33% nas fibras tipo I e 27% nas fibras tipo II.

Este estudo demonstra a importância de minimizar fisiologicamente a perda de força

músculo esquelético causada pelo envelhecimento que poder ser de 10% ao ano após os 35

anos de idade e a atrofia predominante das fibras do tipo II de contração rápida (Aniansson e

colaboradores, 1980).

Estudos de Spirduso (1980) demonstram que as variáveis da força muscular que são

mais estáveis são: a) força dos músculos envolvidos nas atividades diárias; b) a força

isométrica; c) as contrações excêntricas; d) as contrações de velocidade lenta; e) as contrações

SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 89

repetidas de baixa intensidade; f) a força de articulação de pequenos ângulos; g) a força

muscular no sexo masculino. No outro lado, sofrem maior declínio com a idade: a) a força

muscular dos músculos de atividades especializadas; b) a força dinâmica; c) as contrações

concêntricas; d) as contrações de velocidade rápida; e) a produção de potência; f) a força de

articulação de grandes ângulos; g) a força muscular no sexo feminino.

A redução da massa muscular e da força muscular que ocorre com o envelhecimento

representa o resultado combinado de processos neuromotores progressivos e de uma redução

no nível diário de sobrecarga muscular (Lexel, 1988). Devido à redução do nível de atividade

física diária total a perda de massa óssea decorrente do envelhecimento pode ser influenciado

pela redução da massa muscular – sarcopenia (Lexel, 1997). Esta redução pode ser em torno

de 40 a 50 % na massa muscular entre os 25 aos 80 anos de idade, sendo que esta perda afeta

principalmente os membros inferiores e especialmente as fibras tipo II (Lexel, 1997). Rossi e

Sader (2002)

afirmam que a musculatura esquelética do velho produz menos força e

desenvolve suas funções mecânicas com ―lentidão‖, uma vez que diminui a excitabilidade do

músculo e da junção mioneural. Porém, as alterações das fibras do tipo I e II não se traduzem

em enfermidade muscular incapacitante.

Existem evidências recentes de que a atividade física pode reduzir os riscos de fratura

de quadril. As pesquisas mostram que a sua prática regular pode reduzir a incidência de

quedas entre 20 e 40%, sugerindo ser esta mais uma razão para que as pessoas idosas

mantenham-se ativas fisicamente (Gregg, 2000)

A diminuição da força muscular, particularmente dos membros inferiores relacionam-

se com o declínio do equilíbrio, com a qualidade da marcha e com um maior risco de quedas,

e, conseqüentemente maior risco de fraturas facilitadas pela desmineralização óssea típica do

idoso (Hart, 1985).

Outro benefício em relação ao TF observa-se em relação à densidade mineral óssea.

Dinàc e colaboradores (1996), verificaram que os levantadores de peso apresentam uma

densidade óssea cerca de 40% maior que a de um grupo controle de sedentários. Além disso,

os autores colocam que os exercícios com pesos constituem o mais eficiente estímulo

conhecido para o aumento da massa óssea.

O posicionamento oficial do ACSM de 1998 e o mais recente de 2002 reforça a

importância do TF e ressalta que sua prática regular desenvolve e mantém a estrutura

muscular e óssea. Além disso, a recomendação do ACSM (2002; 1998) em relação à sua

prática é que sejam feitos de 8 a 10 tipos de exercícios a uma intensidade de 60 a 80 % de uma

116%

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Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 90

repetição máxima (1RM), de 8 a 12 repetições por exercício e uma regularidade de duas a três

vezes por semana.

A prática de atividade física regular e sistemática aumenta ou mantém a aptidão física

da população idosa e tem o potencial de melhorar o bem-estar funcional e, conseqüentemente,

diminuir a taxa de morbidade e de mortalidade entre essa população (Okuma, 1998), sendo

que o treinamento de força (TF) é o meio mais eficaz de aumentar a força e melhorar a

condição funcional nos idoso (Fleck & Kramer, 1998).

Verifica-se, portanto, que considerando o processo natural do envelhecimento no

organismo humano, as atividades físicas, principalmente o TF, contribuem sobremaneira para

a manutenção de uma vida saudável e com qualidade de vida considerável.

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ENVELHECIMENTO, ATIVIDADE FÍSICA & SAÚDE

Sandra Mahecha Matsudo

INTRODUÇÃO

Devido a que grande parte das evidências epidemiológicas sustenta um efeito positivo

de um estilo de vida ativo e/ou do envolvimento dos indivíduos em programas de atividade

física e exercício na prevenção e minimização dos efeitos deletérios do envelhecimento

(AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE, 1998), os cientistas enfatizam cada vez

mais a necessidade de que a atividade física seja parte fundamental dos programas mundiais

de promoção da saúde. Não se pode pensar hoje em dia em ―prevenir‖ ou minimizar os

efeitos do envelhecimento sem que além das medidas gerais de saúde se inclua a atividade

física. Esta preocupação tem sido discutida não somente nos chamados países desenvolvidos

ou do primeiro mundo como também nos países em desenvolvimento como é o caso do

Brasil.

O Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul tem

dedicado atenção especial nos 26 anos de atividades ao estudo da relação entre

envelhecimento, atividade física e aptidão física, 81% das pesquisas nesta área têm sido feitas

na última década. Dando continuidade a esses estudos científicos dos últimos 15 anos do

nosso Centro e pela pouca disponibilidade de dados longitudinais surgiu em 1997 a idéia de

iniciar um projeto longitudinal para analisar o efeito do processo de envelhecimento na

aptidão física, nível de atividade física e capacidade funcional. Surgiu assim o Projeto

Longitudinal de Aptidão Física e Envelhecimento de São Caetano do Sul que inclui a

avaliação de variáveis antropométricas e neuromotoras da aptidão física, avaliação da

capacidade funcional, mensuração do nível de atividade física, avaliação de variáveis

psicológicas (auto-imagem, perfil de estado de humor, depressão) e avaliação da ingestão

alimentar (MATSUDO 2000a; 2000b, 2000c; 2001a, 2001b; 2002).

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Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 93

Efeitos do Envelhecimento - Nível Antropométrico

Uma das mais evidentes alterações que acontecem com o aumento da idade

cronológica é a mudança nas dimensões corporais. Com o processo de envelhecimento

existem mudanças principalmente na estatura, no peso e na composição corporal. Apesar do

alto componente genético no peso e na estatura dos indivíduos, outros fatores como a dieta, a

atividade física, fatores psico-sociais e doenças, dentre outros, estão envolvidos nas alterações

destes dois componentes durante o envelhecimento. Existe uma diminuição da estatura com o

passar dos anos por causa da compressão vertebral, o estreitamento dos discos e a cifose

(FIATARONE-SINGH, 1998a). Este processo parece ser mais rápido nas mulheres do que

nos homens devido especialmente à maior prevalência de osteoporose após a menopausa.

Embora a maioria dos dados provenha de estudos transversais e não longitudinais, outra

alteração da estrutura corporal é o incremento do peso corporal que geralmente começa em

torno dos 45 a 50 anos, se estabilizando aos 70 anos, quando começa a declinar até os 80. A

perda de peso é um fenômeno multifatorial que envolve mudanças nos neurotransmissores e

fatores hormonais que controlam a fome e a saciedade, a dependência funcional nas

atividades da vida diária relacionadas com a nutrição, o uso excessivo de medicamentos, a

depressão e o isolamento, o estresse financeiro, as alterações na dentição, o alcoolismo, o

sedentarismo extremo, a atrofia muscular e o catabolismo associado a doenças agudas e a

certas doenças crônicas.

Com estas mudanças no peso e na estatura o índice de massa corporal (IMC) também

se modifica com o transcorrer dos anos. De acordo com dados da população americana os

homens atingem seu máximo valor de IMC entre os 45 e 49 anos apresentando em seguida

um ligeiro declínio. Por outro lado, as mulheres somente atingem o pico entre os 60 e 70 anos

o que significa que elas continuam aumentando seu peso em relação à estatura por 20 anos

mais, depois dos homens terem estabilizado o seu valor (SPIRDUSO, 1995). A importância

do IMC no processo de envelhecimento se deve a que valores acima da normalidade (26-27)

estão relacionados com incremento da mortalidade por doenças cardiovasculares e diabetes,

enquanto que índices abaixo desses valores, com aumento da mortalidade por câncer, doenças

respiratórias e infecciosas. Além deste aumento da mortalidade, FIATARONE-SINGH (1998)

cita também a maior prevalência em idosos obesos de osteoartrite do joelho, apnéia do sono,

hipertensão, intolerância à glicose, diabetes, acidente vascular cerebral, baixa auto-estima,

intolerância ao exercício, alteração da mobilidade e níveis elevados de dependência funcional.

Da mesma forma a autora coloca que o peso abaixo do ideal está associado com depressão,

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úlceras, fratura do quadril, disfunção imune, aumento da susceptibilidade de doenças

infecciosas, prolongado período de recuperação de doenças e hospitalizações, exacerbação de

doenças crônicas e alteração na capacidade funcional.

Mas talvez um dos fenômenos da dimensão corporal mais estudados associados com o

aumento da idade cronológica são as alterações na composição corporal, especialmente a

diminuição na massa livre de gordura, o incremento da gordura corporal e a diminuição da

densidade óssea. O ganho no peso corporal e o acúmulo da gordura corporal parecem resultar

de um padrão programado geneticamente, de mudanças na dieta e no nível de atividade física

relacionados com a idade ou a uma interação entre estes fatores. Embora a taxa metabólica de

repouso diminua aproximadamente 10% por década, essas alterações metabólicas per se não

explicam o aumento da gordura com a idade. Dentre as alterações antropométricas, o aumento

da gordura nas primeiras décadas do envelhecimento e a perda de gordura nas décadas mais

tardias da vida parece ser o padrão mais provável de comportamento da adiposidade corporal

com o processo de envelhecimento. Tal fato aconteceria por causa das diferenças nas técnicas

de mensuração da gordura, o desenho experimental das pesquisas (transversais e

longitudinais) e os métodos de amostragem como analisado nas amplas revisões realizadas

por GOING et al., (1995) e FIATARONE-SINGH (1998). Segundo os autores o padrão de

aumento da gordura seguido por um decréscimo provém dos estudos com medidas

antropométricas e apesar das limitações metodológicas este comportamento pode estar

sugerindo uma substituição da gordura subcutânea para a gordura visceral e uma maior

sobrevivência dos mais magros nos idosos mais velhos.

A distribuição da gordura também foi analisada pelos autores citados anteriormente. A

partir dos dados analisados pelos autores parece existir uma redistribuição da gordura corporal

dos membros para o tronco com o avanço da idade, ou seja, parece tornar-se mais

centralizada. Mas além deste fenômeno os autores descrevem também que existe um aumento

da gordura da região superior do corpo em relação à inferior quando determinado pelas

circunferências da cintura e do quadril, embora estas sejam medidas limitadas e indiretas da

distribuição da gordura na parte superior do corpo. As análises das tomografias

computadorizadas descritas por FIATARONE-SINGH (1998) revelam depósito de gordura

intramuscular nos membros inferiores de idosos asilados e um aumento da gordura visceral na

região abdominal com o envelhecimento. Dados similares têm sido também encontrados por

BEMBEN et al. (1995) em um estudo transversal com homens de 20 a 79 anos, em que a

gordura corporal subcutânea nos membros foi similar em todas as faixas etárias, mas a

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gordura do tronco, especialmente a abdominal, aumentou significativamente com o avanço da

idade.

Efeitos da Atividade Física na Composição Corporal

Uma das revisões mais completas nos aspectos antropométricos do envelhecimento e

sua relação com a atividade física foi a realizada por FIATARONE-SINGH (1998a), que

assinalou que a maioria dos estudos transversais sugere que a atividade física tem um papel de

modificação das alterações do peso e composição corporal relacionadas à idade. De acordo

com a análise da autora, os sujeitos que se classificam como mais ativos têm menor peso

corporal, índice de massa corporal, porcentagem de gordura corporal e relação cintura/quadril

do que os indivíduos da mesma idade sedentários. É interessante o posicionamento da autora

em relação ao acúmulo e distribuição da gordura corporal, em que considera que a

modificação dessas variáveis que acontece com incrementos generalizados da atividade física

(como caminhada) pode ser explicada por alterações no balanço energético durante muitos

anos, ao contrário do que acontece com a massa muscular que requer adaptações mais

específicas obtidas com atividades de alta resistência.

De acordo com os dados apresentados por FIATARONE-SINGH (1998a), a maioria

das revisões e meta-análises apresenta poucas evidências de que o exercício isoladamente

contribua para modificar significativamente o peso e a composição corporal em idosos

normais. Da mesma forma, nos idosos obesos faltam estudos metodologicamente adequados

que permitam concluir que o exercício aeróbico sem restrição dietética pode reduzir

significativamente o peso corporal, a porcentagem de gordura corporal, a adiposidade central

ou o perfil de lipídeos. No entanto, algumas das evidências apresentadas por HURLEY e

HAGBERG (1998) mostram que tanto o treinamento aeróbico como o treinamento de

resistência provocam redução dos estoques de gordura em homens e mulheres idosos, mesmo

sem restrição calórica. De acordo com os autores, os dois tipos de treinamento são efetivos em

diminuir os estoques de gordura intra-abdominal de pessoas idosas e, surpreendentemente, o

treinamento aeróbico não resultou em um impacto muito maior que o treinamento de força, o

que poderia ser explicado em parte pelo aumento da taxa metabólica de repouso com este

último tipo de treinamento, mecanismo ainda controverso.

Fazendo também uma análise crítica dos resultados disponíveis na literatura, GOING

et al. (1995) enfatizaram que a maioria dos estudos comparativos conclui que os sujeitos

idosos fisicamente ativos ou que treinam apresentam porcentagens menores de gordura

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corporal, valores menores de dobras cutâneas do tronco e menor circunferência da cintura,

embora muitos desses dados podem ter vindo de estudos com limitações metodológicas

importantes na seleção da amostra. Da mesma forma, mais recentemente FIATARONE-

SINGH (1998) relatou resultados conflitantes em relação ao efeito do exercício físico na

porcentagem de gordura corporal de indivíduos idosos: diminuição, sem alteração e até

aumentos de gordura em 10 anos contínuos de treinamento de endurance em idosos.

Baseados nestas experiências a literatura nesta área é limitada pela falta relativa, ao

nosso conhecimento, de dados especialmente em mulheres na faixa etária acima de 60 anos,

com estudos randomizados, controlados e com mensurações adequadas da gordura corporal,

que limitam a nossa conclusão sobre o papel que o exercício desempenha na redução da

gordura corporal. No entanto, independente destas limitações consideramos que o incremento

da atividade física é fundamental no controle do peso e da gordura corporal durante o

processo de envelhecimento, podendo também contribuir na prevenção e controle de algumas

condições clínicas associadas a estes fatores, como as doenças cardiovasculares, o diabetes,

hipertensão, acidente vascular cerebral, artrite, apnéia do sono, prejuízo da mobilidade e

aumento da mortalidade como citadas por FIATARONE-SINGH (1998b).

Efeitos do Envelhecimento - Nível Neuromuscular

Entre os 25 e 65 anos de idade há uma diminuição substancial da massa magra ou

massa livre de gordura de 10 a 16% por conta das perdas na massa óssea, no músculo

esquelético e na água corporal total que acontecem com o envelhecimento. A perda gradativa

da massa do músculo esquelético e da força que ocorre com o avanço da idade, também

conhecida como sarcopenia (BAUMGARTNER et al., 1998), tem sido definida por alguns

autores como a perda de massa muscular correspondente a mais de dois desvios padrão

abaixo da média da massa esperada para o sexo na idade jovem ou para outros com o mesmo

critério, em termos de desvio padrão, mas utilizando a massa esquelética apendicular (massa

em quilogramas dividida pelo quadrado da estatura).

A perda da massa muscular e conseqüentemente da força muscular é ao nosso modo

de ver a principal responsável pela deterioração na mobilidade e na capacidade funcional do

indivíduo que está envelhecendo. Por essa razão tem despertado o interesse de pesquisadores

a procura das causas e mecanismos envolvidos na perda da força muscular com o avanço da

idade e desta forma criar estratégias para minimizar este efeito deletério e manter ou melhorar

a qualidade de vida nessa etapa da vida. A sarcopenia é um termo genérico que indica a perda

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da massa, força e qualidade do músculo esquelético e que tem um impacto significante na

saúde pública pelas suas bem reconhecidas conseqüências funcionais no andar e no equilíbrio,

aumentando o risco de queda e perda da independência física funcional, mas também

contribui para aumentar o risco de doenças crônicas como Diabetes e osteoporose.

De acordo com a maioria dos estudos analisados por CARTEE (1994) e PORTER et

al. (1995) as conclusões são bem consistentes: o tamanho da fibra do tipo II é reduzido com o

incremento da idade enquanto que o tamanho da fibra do tipo I (fibra de contração lenta)

permanece muito menos afetada. A atrofia preferencial das fibras do tipo II é a possível

explicação de acordo com VANDERVOORT (1992) para o maior risco de fratura traumática

do quadril, já que as pessoas que habitualmente caem têm significativamente menor

velocidade de andar. Na nossa opinião tal fato se explica por as fibras do tipo II serem

também muito importantes na resposta a urgências do dia-a-dia, pois contribuem com o tempo

de reação e principalmente de resposta, que assim inviabilizariam uma apropriada resposta

corporal para situações de emergência como a perda súbita de equilíbrio. Da mesma forma, a

área das fibras do tipo II tem sido encontrada significativamente menor nos membros

inferiores do que nos superiores, particularmente nas mulheres, o que indicaria diferenças no

processo de envelhecimento e/ou diferenças no padrão de atividade dos membros.

A perda da massa muscular é associada evidentemente a um decréscimo na força

voluntária, com um declínio de 10-15% por década, que geralmente se torna aparente somente

a partir dos 50 a 60 anos de idade. Dos 70 aos 80 anos de idade tem sido relatada uma perda

maior que chega aos 30%. Indivíduos sadios de 70-80 anos têm desempenho de 20-40%

menor (chegando a 50% nos mais idosos) em testes de força muscular em relação aos jovens.

Essa perda do desempenho pode também ser explicada pelas mudanças nas propriedades

intrínsecas das fibras musculares.

Considerando as informações expostas por ROGERS e EVANS (1993) e BOOTH et

al. (1994) podemos concluir que a perda de fibras musculares, motoneurônios, unidades

motoras, massa muscular e força muscular começa entre os 50-60 anos; sendo que por volta

dos 80 anos idade essa perda alcançaria 50% desses componentes. Parece que os dois

maiores responsáveis por este efeito do envelhecimento são o progressivo processo

neurogênico e a diminuição na carga muscular, o que poderia levar a hipotetizar que essa

atrofia muscular não seria necessariamente uma conseqüência inevitável do incremento da

idade. É claro que as pessoas que se mantêm fisicamente ativas têm somente perdas

moderadas da massa muscular, mas quanto dessa perda de massa muscular é uma

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conseqüência do envelhecimento e/ou de uma diminuição do nível de atividade física é

desconhecido.

Efeitos do Exercício nas Variáveis Neuromotoras

Será que um apropriado programa de treinamento da força muscular consegue reduzir

ou prevenir as alterações na massa e força muscular associadas ao envelhecimento? Em

estudo tradicional realizado por FIATARONE et al. (1990), foram avaliados indivíduos de

86-96 anos que participavam de um programa de treinamento de 8 semanas (3 vezes/semana)

para fortalecer a musculatura dos membros inferiores, que mostraram melhora, em média, de

174% na força e 48% na velocidade do passo. No entanto, 4 semanas de suspensão do

treinamento foram acompanhadas de diminuição de 32% na força, ressaltando a importância

da continuidade do treinamento. A mesma autora publicou em 1994 (FIATARONE et

al.,1994) outro estudo dos efeitos do treinamento de resistência e suplementação nutricional

em idosos frágeis institucionalizados de 72 a 98 anos. Foi demonstrado incremento na

velocidade de andar (11%), potência de subir escadas (28%) e, talvez o fato mais interessante

da pesquisa, incremento da atividade física espontânea (34%), evidenciando assim como os

ganhos em força muscular podem representar melhora no desempenho das atividades da vida

diária. Por outro lado, em estudo posterior, os autores concluíram que a preservação da massa

livre de gordura prediz a função muscular e a mobilidade no idoso (FIATATRONE-SINGH

1998).

No nosso Centro de Pesquisas temos desenvolvido nos últimos anos diversos

protocolos de treinamento de força muscular em mulheres acima de 50 anos de idade (RASO

et al., 1997a,b; 2000; SILVA et al., 1999a,c). RASO et al. (1997a,b) procuraram determinar o

efeito de um programa de exercícios com pesos sobre o peso, a adiposidade e o índice de

massa corporal em mulheres com idade média de 65,80 8,15 anos. O programa foi

constituído de 3 séries de 10 repetições a 50% de uma repetição máxima (1-RM) em seis

exercícios (supino reto e inclinado, flexão e extensão de cotovelo, agachamento e ―leg press‖

em 45º), 3 vezes por semana. Os autores concluíram que 4, 8 ou 12 semanas não foram

suficientes para produzir efeito estatisticamente significativo em nenhuma das variáveis

analisadas. O teste 1-RM foi realizado a cada 4 semanas para possibilitar estímulo constante

de acordo com a adaptação funcional à evolução do treinamento. Foi verificado incremento

estatisticamente significativo após o período de treinamento para todos os exercícios

(p<0,05). Com exceção do exercício de flexão de cotovelo, todos os demais demonstraram

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Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 99

aumento significativo a partir da 8ª semana. Os exercícios direcionados aos membros

superiores incrementaram sua capacidade de produzir força muscular em valores que variaram

de 25,6% a 66,8%, enquanto que o aumento observado para os membros inferiores variou de

69,7% a 135,2%. Estes dados confirmam os resultados de trabalhos anteriores em que o

incremento da força muscular é maior para os membros inferiores quando comparado aos

superiores.

No protocolo de ginástica localizada, realizado por SILVA et al. (1999) no

CELAFISCS, evidenciou-se que 4 meses de atividades realizadas duas vezes por semanas em

sessões de 90 minutos não foram suficientes para promover alterações da aptidão física de um

grupo de mulheres de 59 a 68 anos de idade. Em estudo similar de SILVA et al. (1999), com

mulheres previamente sedentárias submetidas a um programa de exercícios dos membros

superiores e inferiores com pesos de 1 kg confeccionados com tecido, velcro e areia pela

própria autora, foi encontrado que 6 semanas de exercícios realizados duas vezes por semana

promoveram um aumento significante do equilíbrio (38,8%) e da velocidade de andar (18,1%)

no grupo experimental em relação ao grupo controle. Esses dados sugerem, portanto, que

talvez as intensidades baixas e moderadas de treinamento da força muscular não sejam

suficientes para promover melhoras na mobilidade em indivíduos idosos.

Efeitos do Envelhecimento - Nível Cardiovascular e Respiratório

Em ordem de prioridade consideramos que após o impacto das alterações do sistema

neuromuscular na mobilidade e capacidade funcional do idoso, as alterações do sistema

cardiovascular e respiratório exercem um impacto negativo nestas variáveis da saúde e

qualidade de vida do idoso. Um dos primeiros e mais clássicos estudos que verificaram o

impacto da idade na potência aeróbica foi o desenvolvido por ROBINSON em 1930,

conforme citado por SPIRDUSO (1995). Naquele estudo o autor analisou dados transversais

da potência aeróbica de homens ativos de 25 a 75 anos de idade, encontrando um declínio

desta variável de 10% por década (1% por ano) que são valores similares aos encontrados

mais recentemente (e descritos pela mesma autora) de 0,8% a 1,1% por ano.

Trabalhos similares aos realizados com o sexo feminino foram feitos posteriormente

por INBAR et al. (1994) e JACKSON et al. (1995) com homens de 20 a 70 anos de idade. De

acordo com os dados encontrados por INBAR et al. com 1424 homens sadios, houve um

declínio médio na ventilação pulmonar por minuto de 29% e de 21% na frequência

respiratória. A potência aeróbica diminuiu em uma taxa média anual de 0,33 ml/kg-1

.min-1

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Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 100

(35% no período ou seja em torno de 25,5 ml.min-1

.ano) e a freqüência cardíaca máxima a

uma taxa de 0,685 batimentos.min-1

.ano-1

(em torno de 13%). No estudo de JACKSON et

al.com uma amostra similar ao de INBAR et al.de 1499 homens sadios, analisados

transversalmente e longitudinalmente (em média 4 anos), o declínio do pico de VO2máx.

relacionado à idade foi de 0,46 ml/kg-1

.min-1

/ano. Esses dados foram bem similares aos

cálculos realizados por SHEPHARD (1991) de 0,4-0,5 ml/kg-1

.min-1

por ano e de WIEBE et

al. (1999) de 0,51 ml/kg-1

.min-1

/ano. No entanto, segundo SHEPHARD (1991), sempre

deveriam ser consideradas a atividade física e a porcentagem de gordura corporal quando se

avalia a diminuição do VO2máx. com a idade, o que corrobora o posterior posicionamento de

JACKSON et al. (1995) de explicar 50% dessa diminuição pelo aumento da porcentagem de

gordura corporal, a diminuição no peso de massa magra (0,12 – 0,15 kg/ano) e o auto-relato

do nível de atividade física.

Efeitos do Exercício nos Aspectos Metabólicos:

O ganho normal no VO2máx. com um programa de atividade física é

aproximadamente de 10-15%, embora tenham sido observados incrementos de 40%

(CUNNINGHAM e PATERSON, 1990). Essas diferenças dependem basicamente de dois

fatores: o VO2máx. inicial (menor valor ao começar é associado a maiores incrementos) e a

intensidade do programa. Para observarmos melhor este efeito do exercício no VO2,

analisamos um estudo realizado no nosso laboratório, em que foi comparado o VO2 em

diferentes faixas etárias a partir dos 18 anos até os 81 anos. Os autores mostraram claramente

que mulheres nas faixas etárias de 60-69 e de 70-81 anos, praticantes regulares de atividade

física, possuem maiores valores de VO2 quando comparadas às mulheres da mesma faixa

etária não praticantes de atividade física. Talvez o fato mais importante foi que as mulheres

daquelas faixas etárias apresentaram valores de VO2máx., similar ao obtido por mulheres

sedentárias quase uma ou duas décadas mais novas (MACEDO et al., 1987).

Os mecanismos que explicam as respostas cardiovasculares ao treinamento no idoso

têm sido analisados por diversos autores (POULIN et al., 1992; SPINA et al., 1993; TATE et

al., 1994; SEALS et al., 1994; STACHENFELD et al., 1998; SPINA, 1998). A maioria

desses estudos relata um aumento em torno de 10-25% no consumo máximo de oxigênio após

alguns meses de treinamento aeróbico. POULIN et al. (1992) quantificaram a resposta de

idosos a um programa de treinamento de uma hora a 70% do VO2máx., realizado quatro vezes

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por semana durante 9 semanas e encontraram aumentos significantes no VO2máx., ventilação

máxima, limiar ventilatório e tempo de desempenho no exercício submáximo.

Promoção do Estilo de vida ativo:

Os programas de promoção da atividade física na comunidade para indivíduos acima

de 50 anos de idade têm crescido em popularidade nos últimos anos. Considerando as novas

propostas internacionais de atividade física como forma de promover saúde na população,

surgiu o Programa Agita São Paulo que tem como objetivo aumentar o nível de

conhecimento da população sobre os benefícios da atividade física e aumentar o nível de

atividade física da população do Estado de São Paulo (MATSUDO, 2000). Um dos focos

principais do programa é a população da terceira idade e a proposta de prescrição de atividade

para essa população é realizar atividades físicas de intensidade moderada, por pelo menos 30

minutos por dia, na maior parte dos dias da semana, se possível todos, de forma contínua ou

acumulada. O mais importante deste novo conceito é que qualquer atividade da vida cotidiana

é válida e que as atividades podem ser realizadas de forma contínua ou intervaladas, ou seja, o

importante é acumular durante o dia 30 minutos de atividade (MATSUDO et al., 2002).

CONCLUSÕES

As evidências epidemiológicas apresentadas nos permitem concluir que a atividade

física regular e a adoção de um estilo de vida ativo são necessários para a promoção da saúde

e qualidade de vida durante o processo de envelhecimento. A atividade física deve ser

estimulada não somente no idoso, mas também no adulto como forma de prevenir e controlar

as doenças crônicas não transmissíveis que aparecem mais freqüentemente durante a terceira

idade e como forma de manter a independência funcional. As atividades que devem ser mais

estimuladas são as atividades aeróbicas de baixo impacto mas preferencialmente o exercício

com pesos, para estimular a manutenção da força muscular dos membros superiores e

inferiores, deve ser a prioridade no idoso. Da mesma forma o equilíbrio e os movimentos

corporais totais devem fazer parte dos programas de atividade física na terceira idade. As

evidências sugerem que a atividade física regular e o estilo de vida ativo têm um papel

fundamental na prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis, especialmente

aquelas que se constituem na principal causa de mortalidade: as doenças cardiovasculares e o

câncer. Mas além disto a atividade física está associada também com uma melhor mobilidade,

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capacidade funcional e qualidade de vida durante o envelhecimento. É importante enfatizar,

no entanto, que, tão importante quanto estimular a prática regular da atividade física aeróbica

ou de fortalecimento muscular, as mudanças para a adoção de um estilo de vida ativo no dia a

dia do indivíduo são parte fundamental de um envelhecer com saúde e qualidade.

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UM MODELO PEDAGÓGICO DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA IDOSOS

Silene Sumire Okuma

LAPEM – Escola de Educação Física e Esporte da USP

Esta é uma síntese do texto original: ―Cuidados com o corpo: um modelo pedagógico de

educação física para idosos‖. In: Freitas, EV et al (orgs). Tratado de Geriatria e

Gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002, cap.135, p. 1092-1110.

Está bem estabelecido que do mesmo modo que a qualidade do envelhecer depende de

competências comportamentais e de condições pessoais subjetivas, ou seja, do bem-estar

subjetivo, ela também depende das condições objetivas promovidas pelo contexto social.

Considerando que uma das condições para se envelhecer bem é ter acesso a serviços de saúde,

lazer e educação, é que se distingue o papel da educação física e da atividade física. Esta

última destaca-se como uma atividade que contribui marcadamente para a melhoria e

manutenção da saúde e da funcionalidade física do idoso e para o seu lazer, visto que tem

efeitos positivos sobre as funções fisiológicas, cognitivas, emocionais e, conseqüentemente,

sobre a qualidade de seu envelhecer. A educação física destaca-se como uma das

possibilidades de educação permanente, que contribui para atualização e inserção social do

idoso, as quais são condições necessárias para que acompanhe as transformações da sociedade

e adapte-se a elas, de modo a conviver bem com o próprio envelhecimento.

Várias são os efeitos positivos produzidos pela atividade física, fartamente

demonstrados por inúmeras pesquisas, particularmente os relacionados com o controle de

doenças. Isso, por si só, poderia parecer motivo mais do que suficiente para as pessoas a

praticarem sistematicamente. Entretanto, apenas saber dos efeitos benéficos que ela causa não

tem se mostrado eficaz para promover nas pessoas tal hábito. Há muito mais em jogo do que

apenas conhecer sobre tais efeitos, pois, antes de tudo, deve-se considerar a complexidade do

comportamento humano, que torna cada um peculiar, particularmente na sua relação com a

atividade física.

Entendendo que são inúmeros os fatores que influem no comportamento humano, em

especial no comportamento para a prática da atividade física e entendendo que seria

importante para os idosos praticá-la, de modo a ampliar suas possibilidades de envelhecer

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bem, é que propusemos um programa de educação física, com vista a ensiná-los sobre esta

prática e a motivá-los a serem fisicamente ativos.

PORQUE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA?

Achamos conveniente esclarecer o conceito de educação física para se compreender o

significado de um programa de educação física para idosos e não somente um programa de

atividade física. O conceito de educação física refere-se ao processo educativo que ensina às

pessoas os conhecimentos sobre movimento humano e os procedimentos/habilidades para

melhorá-lo e/ou mantê-lo, de forma a otimizar suas potencialidades e possibilidades motoras

de qualquer ordem e natureza, adaptando-se e interagindo com o meio ambiente, para ter

qualidade de vida. Por este caminho estabelecemos uma relação entre educação física e

educação, visto que esta última é um direito e uma necessidade que todos têm ao longo de

toda a vida para que continuem a se desenvolver. Ademais, é dever da sociedade oferecer

diferentes oportunidades para tal desenvolvimento, de modo que seus integrantes

acompanhem e adaptem-se constantemente às suas transformações. Uma das oportunidades a

ser oferecida é a aprendizagem contínua sobre os produtos que ela ininterruptamente cria,

dentre os quais destacamos a atividade física. Aprender sobre ela vai além de praticá-la, pois

significa dominar um conhecimento que gera cuidados pessoais e possibilidade de autonomia.

Uma das possibilidades que as pessoas têm de viver experiências positivas após

adentrarem na velhice, mas acompanhando e adaptando-se às transformações, é preservar suas

capacidades psíquicas e intelectuais e participar da vida coletiva. Isso, no entendimento de

Palma (2000), é possível através da educação permanente, como forma de ocupação

proveitosa e qualitativa do tempo livre, conquistado com o aumento da expectativa de vida.

De acordo com a autora, a educação permanente, ou educação ao longo da vida, permite

práticas de realização pessoal, autonomia e construção de um projeto individual e coletivo,

assegurando qualidade de vida às pessoas em qualquer faixa etária. Como afirma a autora, o

potencial do ser humano será aumentado se nas horas livres o idoso ocupar-se com novas

aprendizagens, o que também significa atualização permanente, sintonia com os tempos atuais

e a possibilidade de acompanhar a velocidade das mudanças tecnológicas e sociais.

Uma possibilidade de enriquecimento de conhecimento, de aumento do potencial do

idoso é ele saber sobre atividade física. Isto significa que as pessoas podem viver a atividade

física através de um processo educativo que as levem a aprender sobre suas limitações e

potencialidades motoras, além de aprender sobre a prática em si, instrumentalizando-se para

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realizá-la permanentemente. É viver um processo de aquisição de novos saberes, o que

significa atualização e responsabilidade para cuidar de si mesmas.

Ao se fazer uma análise crítica dos modelos de atividade física, propostos por vários

estudiosos desta área observamos a utilização de estratégias de intervenção cujo estímulo é,

freqüentemente, externo ao indivíduo. Tenta-se conduzi-lo a alcançar aquilo que é

considerado bom pela ciência e pelos profissionais e não, necessariamente, por ele. Em outras

palavras, estes modelos estabelecem, a priori, padrões de comportamentos a serem seguidos,

tais como ter melhor saúde, não ser obeso, e/ou ter excelente aptidão física, controlar

pessoalmente os próprios resultados, atingir determinado grau de auto-eficácia, dentre outros.

Parece que tais objetivos não têm sido suficientes para sensibilizar as pessoas para se

tornarem ou se manterem fisicamente ativas. De acordo com Dishman (1993) e Okuma

(1998), fórmulas únicas para todos têm-se mostrado inadequadas para manter a continuidade

das pessoas em qualquer tipo de proposta.

Esta análise crítica aponta que as necessidades reais e pessoais do indivíduo não vêm

sendo suficientemente consideradas, o que nos parece um ponto fundamental para o

desenvolvimento de comportamentos e atitudes positivas frente à atividade física.

Entendemos que, para cada indivíduo, há algo especial que pode estimulá-lo, ou não, a

praticá-la. Parece provável que este algo se relacione com o contexto pessoal de vida, que

inclui desde experiências passadas até o modo atual dele ser. Como toda experiência atual está

associada às experiências de vida, julgamos que há necessidade do programa de atividade

física adaptar-se à realidade pessoal e não à realidade de quem o institui. Deste ponto de vista,

acreditamos que a experiência da atividade física possa ter um significado positivo e,

sobretudo, pessoal. Acreditamos em modelos educacionais que olhem para as pessoas como

seres singulares, adaptando-se à sua realidade, de modo que ampliem e reforcem o valor

daquilo que é ensinado. No caso da educação física o ensino da atividade física como uma

estratégia para envelhecer bem, não só por aprender a praticá-la corretamente, mas por

constituir-se em uma possibilidade de educação ao longo do ciclo vital.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DO PROGRAMA

Esta proposta fundamenta-se no modelo da velhice bem-sucedida, proposto por Baltes

e Baltes (1991), que considera que sob condições e ambientes favoráveis muitos idosos

continuam a ter potencial para funcionar em altos níveis e adquirir novos domínios de

habilidades, de conhecimentos, de procedimentos e de fatos, em níveis avançados da

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personalidade e funcionamento social. Olha-se, portanto, a velhice como fase com potencial

para o desenvolvimento, à semelhança das demais fases do curso de vida, em que as fronteiras

do envelhecimento se modificam, contrariamente ao conceito que ainda se tem dele.

Considerando que o desenvolvimento está presente na velhice e levando em conta que

a maior parte das pessoas idosas é capaz e competente, devendo ter sua autonomia preservada,

entendemos que, com estas condições, elas podem ser responsáveis por si próprias. Desta

maneira, uma proposta educacional com tais preocupações deve fornecer conhecimentos

sobre atividade física, para que as pessoas se cuidem e não para que sejam cuidadas

(dependentes de profissionais de educação física para orientá-las e motivá-las nesta prática),

reconhecendo que é delas a responsabilidade por tal direcionamento.

PRINCÍPIOS QUE REGEM A PROPOSTA

Esta é uma proposta educacional para o autocuidado, que visa a mudar

comportamentos e estilo de vida do idoso, ou seja, levá-lo a ter atitude positiva frente a

atividade física, ter autonomia para praticá-la independentemente de supervisão e adquirir o

hábito de praticá-la regular e permanentemente. Os princípios que a orientam baseiam-se nos

aspectos de desenvolvimento presentes na velhice, o que possibilita o entendimento de que o

idoso é capaz de conhecer seus potenciais e limites físicos e motores objetivamente,

descobrindo novas possibilidades em si, não só nestas dimensões, como em outras

(emocional, social e cognitiva). A proposta é a de provê-lo com conhecimentos sobre

atividade física e despertá-lo para suas possibilidades de movimento, através de um processo

educacional, para que, usando tais conhecimentos, mantenha a autonomia e independência. É

uma proposta que se distingue de outras que se caracterizam por serem assistenciais, que

mantém o idoso dependente da determinação de terceiros.

É digno de destaque que os princípios que norteiam esta proposta pedagógica

direcionam-se para o desenvolvimento do ser idoso e não para a melhora da sua aptidão

física, da sua funcionalidade física ou da sua saúde, dentre outros. Estas são estratégias

utilizadas no processo pedagógico e não suas metas. São sete os princípios que fundamentam

nossa proposta pedagógica.

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Educação para o autoconhecimento

Aprender sobre o próprio corpo, ter consciência dele, perceber e reconhecer suas

limitações e potencialidades, através da atividade física, possibilita ao idoso ampliar um

pouco mais o conhecimento de si mesmo, pois o corpo é a dimensão concreta de sua

existência (Merleau-Ponty 1994). As experiências corporais permitem que ele descubra,

gradativamente, suas possibilidades de realização, propiciando novos modos de se perceber e

se autodescobrir, levando às transformações pessoais.

Educação para a autonomia

Este princípio refere-se à aquisição da autonomia para o idoso ser um praticante

independente e capaz de adaptar-se às diferentes situações que podem se apresentar, sabendo

praticá-la adequada e corretamente, em situações individuais ou coletivas. Aprender sobre

atividade física, porquê fazê-la (seus efeitos sobre o envelhecimento, saúde e bem-estar),

quais fazer (atividades mais adequadas para ativar sistemas e órgãos), quanto fazê-la

(duração, intensidade, número de repetições, etc.) e como fazê-la (correta de execução dos

movimentos e posturas do corpo) é o modo do idoso romper com sua dependência de

supervisão para praticá-la corretamente.

Educação para o aprender contínuo e atualização

Um outro princípio importante que sustenta esta proposta é a possibilidade do idoso

vislumbrar novas possibilidades de atuar no mundo, que lhe traz projetos de vida e busca de

realizações. Ao constatar que ainda pode aprender, muitos se dispõem a ir em busca de novas

aprendizagens, agora sem medo ou vergonha, pois reconhecem que são capazes,

independentemente disto se fazer de modo mais lento e com necessidade de maior dedicação.

Viver novas experiências na velhice significa, também, a possibilidade de se manter

atualizado, estar cognitivamente sintonizado com o ambiente, adequando-se às mudanças que

acontecem em si mesmo e ao seu redor, podendo com isso inserir-se e atuar em seu meio

(Okuma 1998).

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Educação para a descoberta de competências

Nossa proposta pedagógica considera que a atividade física é elemento importante

para o desenvolvimento das competências, pois quando o idoso vive experiências motoras

com sucesso, percebe-se fisicamente mais capaz, o que gera um sentimento de ser competente

e o leva a acreditar na própria capacidade de realizar tarefas. Além disso, aumentam sua

autovalorização, compreendendo que pode continuar a ser uma pessoa atualizada, dinâmica,

socialmente ativa, que mantém a cidadania e a competência social, fundamental para uma

velhice bem-sucedida.

Ademais, a consciência do próprio valor significa, também, um outro aspecto, talvez o

mais importante, que é o rompimento do idoso com um estereótipo negativo de incompetência

e incapacidade. Conscientizar-se da própria competência leva-o a reconhecer em si o que lhe é

próprio, e não a assumir o que lhe dizem que deveria ser. Isto muda a visão não só do idoso

sobre si mesmo, mas daqueles que convivem com ele, o que pode ser o início da

transformação nos conceitos que a sociedade tem de velho e de velhice.

Educação para ser responsável

Um outro princípio que se estabelece é o da responsabilidade de cuidar de si próprio,

que deve emergir naturalmente do processo educativo, na medida em que o idoso vai

experienciando melhoras no seu bem-estar, na sua saúde e na realização das atividades

diárias, reconhecendo o papel da atividade física nestes resultados. Ao relacionar a melhor

qualidade do viver com a atividade física, reconhece sua importância, não só para si, mas para

os idosos em geral. Isto o faz preocupar-se mais consigo, pois reconhece que merece cuidados

e atenções que talvez nunca pode se dar. Tal condição pode revelar-se num compromisso

consigo, não no sentido da obrigação, mas num modo prazeroso de cuidar da própria

existência.

Sentir-se comprometido consigo é ser responsável por seus próprios cuidados e isto

surge quando as pessoas percebem-se com poder de intervir na tomada de decisões, no

planejamento de suas ações e na sua consecução, reconhecendo que têm influência real neste

processo.

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Educação para usufruir do meio ambiente

Este princípio diz respeito à resolução de problemas que se apresentam quando o idoso

encontra-se em ambientes não comumente utilizados por ele para praticar sua atividade física

(Por exemplo, quando viaja; ou num período longo de chuva, que o prende em casa por

muitos dias). É necessário despertar na pessoa a capacidade de analisar objetivamente o

ambiente em que ela está, usando os recursos que o próprio ambiente fornece, que podem ser

adaptados em benefício da sua prática de atividade física. O uso do conhecimento sobre ela e

sobre si próprio e a busca de solução para adaptar os meios fornecidos pelo ambiente para

praticá-la, deve estar sempre integrado ao processo educativo que quer dar autonomia para o

idoso.

Educação para a fruição e prazer

Um outro aspecto a ser considerado é a experiência de fruição e do prazer possibilitada

pela atividade física. Estes surgem do envolvimento do idoso com o movimento em sintonia

com seu corpo, sem busca de recompensas externas para suas atividades. Isto lhe dá

tranqüilidade, pois não há preocupação com o efeito que sua ação causa nos outros,

possibilitando-lhe focalizar a si próprio, sentindo-se atraído para o que faz, numa percepção

de totalidade, vivendo uma sensação de ―desligamento‖. A experiência motora, o aprender

sobre o movimento, neste momento, não tem outro sentido senão o da realização pela

realização, sem fins utilitários. É o fazer pelo fazer, é viver o prazer pela realização do

movimento em si, sem pensar para onde os resultados deste momento o levarão.

Para o desenvolvimento destes princípios, certamente, se faz necessária uma ação

pedagógica que seja coerente com eles, o que nos remete aos fundamentos de uma proposta

pedagógica regida pelo processo de aprendizagem significativa (Coll et al., 1998), de modo

que o idoso tenha autonomia ao seu final.Vale destacar que o desenvolvimento das atividades

práticas, por si só, como é feito na maior parte dos programas de atividade física, leva a

ganhos fisiológicos e motores e, por decorrência, ao bem-estar promovido pelos efeitos da

atividade física. Entretanto, tais ganhos não possibilitam ao idoso a independência da

condução das próprias necessidades, ou seja, não o levam à autonomia. Uma proposta que tem

como preocupação mantê-lo com controle de sua vida, determinando ele mesmo o que fazer e

como fazer, pois tem conhecimentos para isso, só conseguirá tal resultado se o idoso aprender

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que é capaz de aprender, que tem competência para isso e que seu aprender depende de sua

participação ativa.

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Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 113

ANAIS DO VII SEMINÁRIO SOBRE ATIVIDADES FÍSICAS PARA A TERCEIRA IDADE – VII SIAFT

LOCAL: Universidade de Brasília

CIDADE: Brasília – DF

DATA: de 13 a 15 de novembro de 2004

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 114

VII SIAFT - EDUCAÇÃO FÍSICA PARA IDOSOS: POR UMA PRÁTICA FUNDAMENTADA

Presidente do seminário

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Comissão Organizadora

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• Prof. Dra. Maria Luiza de Jesus Miranda

• Prof. Dra. Linda Ueno

• Prof. Dr. Alfredo de Faria Jr.

• Prof. Dr. Paulo Farinatti

• Prof. Dr. Martim Bottaro

• Prof. Ms. Sandor Balsamo

• Prof. Ms. Márcio de Moura Pereira

Convidados Nacionais

• Profa. Dra. Silene Okuma - São Paulo

• Profa. Dra. Sandra Matsudo (CELAFISCS) - São Paulo

• Profa. Dra. Maria Luiza de Jesus Miranda (USJT) – São Paulo

• Profa. Dra. Linda Ueno - São Paulo

• Profa. Dra. Altair Macedo Lahud Loureiro (UCB) - Brasília

• Profa. Dra. Lais Mousinho (UnB) - Brasília

• Prof. Dr. Alfredo de Faria Jr. (UERJ) - Rio de Janeiro

• Prof. Dr. Paulo Farinatti (UERJ) - Rio de Janeiro

• Prof. Dr. José Francisco Silva Dias (UFSM) – Santa Maria

• Prof. Dr. Martim Bottaro (UnB) - Brasília

• Dra. Ana Patricia de Paula - HUB

• Dr. Einstein F. Camargo - HUB

• Dra. Noemia da Conceição Neta Ramos Barra - HUB

• Dra. Sandra Regina Petriz de Assis - HUB

• Prof. Ms. Sandor Balsamo - Brasília

• Prof. Ms. Márcio de Moura Pereira – Brasília

Convidados Internacionais

• Profa. Dra. Roberta Rikli - State University, Fullerton - USA

• Profa. Dra. Jessie Jones - State University, Fullerton - USA

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 115

• Prof. Dr. Eino Heikkinen - Universidade de Jyvaskyla - Finland

Programação

Boas-vindas

A Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília sente-se honrada por

sediar o VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade. O

Seminário pretende integrar profissionais, atuantes em atividades de intervenção e pesquisa,

no campo das atividades físicas com idosos; divulgar e discutir as tendências internacionais

das pesquisas no campo das atividades físicas para idosos; disseminar informações sobre a

produção científica nacional e publicações especializadas sobre atividade física para a terceira

idade e proporcionar espaço para apresentação das produções e experiências com modelos de

intervenção na área da atividade física para idosos. Sejam bem-vindos!

Informações importantes

Sobre os Cursos:

No período da manhã, os cursos serão desenvolvidos nas dependências da Faculdade

de Educação Física. O horário dos cursos é de 08h30 até 11h30. Com um intervalo de 20

minutos por volta de 10h00. Este intervalo fica a critério do Professor do curso.

Na Faculdade de Educação Física estamos disponibilizando xerox (R$ 0,10 a cópia)

caso você deseje levar consigo algum material relativo ao curso.

Teremos uma Secretaria do Seminário funcionando na Faculdade de Educação Física

pela manhã e à tarde no auditório Dois Candangos.

Sobre Alimentação:

Como não existem restaurantes abertos no Campus Universitário aos sábados, muito

menos aos domingos. Organizamos uma “praça da alimentação” ao lado do auditório Dois

Candangos (local do Seminário à tarde).

Esta “praça” serve como opção de alimentação para quem quiser ficar no campus no

intervalo do almoço.

Aos sábados existe a opção de almoçar nos restaurantes self-service que ficam na

SCLN 407 Norte, perto do auditório Dois Candangos. Da para ir e voltar a pé sem problemas.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 116

Sobre transporte:

O ônibus 110 da Empresa São José faz a linha Rodoviária-UnB e Vice versa. Aos

sábados, domingos e feriados os horários de saída da rodoviária são:

06:10hs 06:50hs 08:10hs 09:30hs 10:10hs 10:50hs 11:30hs 12:10hs

12:50hs 14:10hs 15:30hs 16:50hs 17:30hs 18:10hs 18:50hs 19:30hs

20:10hs 20:50hs 21:30hs 23:00hs

Esta linha de ônibus pára na frente da Faculdade de Educação Física, e perto do

Auditório Dois Candangos e o trajeto Rodoviária/FEF fica em torno de 40 minutos.

Sobre os Horários do Seminário:

O Seminário está com uma programação bastante intensa. Vamos ser rigorosos com o

cumprimento dos horários de nossas atividades. Solicitamos ajuda de todos no que se refere

ao cumprimento de horários.

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA

13/11/2004 – Sábado

07h30 - Recepção dos participantes e entrega do material

08h30 - 11h:30 – Mini Cursos (Local: Faculdade de Educação Física)

1 – Avaliação física e funcional do Idoso: fundamentos e aplicação

Profª. Drª. Roberta Rikli e Profª Drª Jessie Jones (Auditório)

2 - Fatores de risco para a incapacitação na velhice e suas implicações no desenvolvimento de

programas de atividade física.

Prof. Dr. Eino Heikkinen (Sala 34)

3 - Princípios Didático-Pedagógicos da Dança de Salão para Idosos

Prof. Ms. Márcio de Moura Pereira (sala de dança Centro Olímpico)

4 - Princípios Básicos do Treinamento de Força para Idosos

Prof. Ms. Sandor Bálsamo (Sala 44 e sala de musculação FEF)

11h30 às 14h00 – Almoço

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 117

14h00 às 14h30 - Abertura Oficial do Seminário (Local: Auditório Dois Candangos)

14h30 às 15h30 - Conferência de Abertura: Mantendo a autonomia na velhice

Conferencista: Profª. Drª. Roberta Rikli

Coordenadora: Profª. Drª. Sandra Matsudo

15h30 às 15h45 - Intervalo

15h45 às 17h15 - Mesa Redonda 1 - Envelhecimento e atividade física: as intervenções

sob o ponto de vista biológico

Moderador: Profª. Drª. Silene Sumire Okuma

Prof. Dr. Paulo Farinatti

Profª. Drª. Linda Ueno

Profª. Drª. Sandra Matsudo

17h15 às 17h30 - Intervalo

17h30 às 19h00 - Sessão de Pôsteres Temáticos e Temas Livres

Tema Livre

Área Temática: Saúde

Sala 01

1 - Análise do sentido de auto-eficácia física, do nível de satisfação de vida e do perfil sócio-

demográfico de idosos.

Primeiro autor: Lucélia Justino Borges

Co-autores: Geni de Araújo Costa, Patrícia Vieira do Nascimento, Eliane Rosa dos Santos

Hora: 17h30

Sala 01

2 - Análise da força muscular dos membros superiores, em idosas praticantes de

hidroginástica do Projeto Afrid.

Primeiro autor: Lucélia Justino Borges

Co-autores: Geni de Araújo Costa, Luiz Humberto Rodrigues de Souza, Patrícia Vieira do

Nascimento, Eliane Rosa dos Santos

Hora: 17h45

Sala 01

3 - Autonomia funcional, atividade física e qualidade de vida em idosas.

Primeiro autor: Priscilla Marques

Convidados

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 118

Co-autores: Cassiano Ricardo Rech, Sheilla Tribess, Edio Luiz Petroski

Hora: 18h00

Sala 01

4 - Avaliação de força muscular em idosos praticantes de atividade física regular.

Primeiro autor: Marcela Mihessen

Co-autor: Arantes JT, Werkhauser LG, Calegaro CQ

Hora: 18h15

Sala 01

5 - Classificação do nível funcional em idosas praticantes de hidroginástica.

Primeiro autor: Maria Alcione Freitas e Silva

Co-autores: Luiz Humberto Rodrigues Souza, Fernando Roberto Nunes Tiburcio, Joyce

Buiate Lopes Maria, Geni Araújo Costa

Hora: 18h30

Sala 01

6 - Comparação das variáveis de atividade de vida diária em indivíduos institucionalizados.

Primeiro autor: Ana Tereza Coelho

Co-autores: Regina Soares e Rosangela Villa Marin

Hora: 18h45

Sala 01

7 - Comparação das variáveis neuromotoras da aptidão física e capacidade funcional de idosas

fisicamente ativas.

Primeiro autor: Méris Sayuri Tanaka

Co-autores: Rosângela Villa Marin, Sandra Matsudo e Victor Matsudo

Hora: 19h00

Sala 01

Tema Livre

Área Temática: Saúde

Sala 02:

8 - Composição corporal de idosas praticantes de musculação e hidroginástica.

Primeiro autor: Francini Vilela Novais

Co-autores: Geni Araújo Costa, Paula Guimarães de Azevedo

Hora: 17h30

Sala 02

9 - Declínio da memória em idosos praticantes de atividades físicas.

Primeiro autor: Paula Guimarães Azevedo

Co-autores: Francini Vilela Novais, Geni Araújo Costa

Hora: 17h45

Sala 02

10 - Hidroginástica: Impactos no envelhecimento ativo.

Primeiro autor: Andréa Krüger Gonçalves

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 119

Co-autores: Doralice Orrigo da Cunha Pol, Veridiana Mota Moreira, Giovanni Sanchotene

Pacheco, Angélica de Souza Moreira, Dilamara Jesus Longoni, Vera Maria Boni Signori

Hora: 18h00

Sala 02

11 - O idoso na mídia impressa.

Primeiro autor: Raquel Guimarães Lins

Co-autor: Juliana Benigna de Oliveira

Hora: 18h15

Sala 02

12 - Percepção da qualidade de vida em homens com idade acima de 50 anos praticantes de

diferentes tipos de atividades físicas.

Primeiro autor: Rosangela Villa Marin

Co-autores: Sandra Matsudo e Victor Matsudo

Hora: 18h30

Sala 02

13 - A influência do aprendizado na imagem corporal de idosos através da prática de atividade

física. (Área temática Psicossocial)

Primeiro autor: Ericka Federici

Co-autores: Letícia Nascimento, Silene Sumire Okuma, Fernando Lefèvre

Hora: 18h45

Sala 02

14 - Aposentadoria do jogador profissional de futebol. (Área temática Psicossocial)

Autor: Regina Celi Lema Santos

Hora: 19h00

Sala 02

Tema Livre

Área Temática: Psicossocial

Sala 03:

15 - Dinamismo social no envelhecimento.

Primeiro autor: Rita Puga Barbosa

Co-autores: Nazaré Marques Mota, Dione Carvalho Gomes, Alan de Souza Rodrigues

Hora: 17h30

Sala 03

16 - Efeitos de um programa de educação física sobre estados afetivos e crenças de auto-

eficácia física de idosos.

Primeiro autor: Letícia Nascimento

Co-autores: Ericka Federici, Silene Sumire Okuma

Hora: 17h45

Sala 03

17 - Idosos institucionalizados e atividade física: O fenômeno da adesão-evasão-reinserção.

Autor: Luis Carlos Lira

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 120

Hora: 18h00

Sala 03

18 - Motivos de adesão ao projeto sênior para a vida ativa.

Primeiro autor: Marilia Velardi

Co-autor: Maria Luiza Miranda

Hora: 18h15

Sala 03

19 - Perfil dos idosos institucionalizados quanto ao estado depressivo

Primeiro autor: Jessiane Alves Santos

Co-autores: Glênio Fernandes Leite, Maria Angélica Martins, Poliana de Lourdes Carrijo,

Geni de Araujo Costa

Hora: 18h30

Sala 03

20 - Relação entre o estresse e a atividade de hidroginástica para a terceira idade.

Primeiro autor: Patrícia Vieira do Nascimento

Co-autores: Lucélia Justino Borges, Eliane Rosa dos Santos, Geni Araújo Costa

Hora: 18h45

Sala 03

21 - Afinal, ―Quem sou eu?‖ Pergunta a educação física no trabalho com terceira idade.

Autor: Marco Aurélio Acosta (Área Temática educação)

Hora: 19h00

Sala 03

Tema Livre

Área Temática: Educação

Sala 04

22 - Efeito da Instrução na aquisição de uma habilidade motora em idosos.

Primeiro autor: Paula Gehring

Co-autores: Maria Fernanda de Oliveira, Maria Cecília Oliveira da Fonseca, Jorge Alberto de

Oliveira, Suely Santos

Hora: 17h30

Sala 04

23 - Produção do conhecimento sobre atividade física e envelhecimento no Brasil: Algumas

reflexões.

Autor: Rafael Botelho

Hora: 17h45

Sala 04

24 - Educação física gerontólogica: Revolução a curto prazo na educação física atual.

Primeiro autor: Rita Puga Barbosa

Co-autor: Alan de Souza Rodrigues

Hora: 18h00

Sala 04

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 121

Hora: 18h15

Sala 04

25 - Processo de ensino da atitude crítica sobre atividade física para idosos.

Primeiro autor: Tiemi Okimura

Co-autor: Silene Sumire Okuma

26 - Perfil do estilo de vida de idosos ativos no CED do Rio Verde.

Primeiro autor: Janine A. Viniski

Co-autores: Everton S. Borges, Daiane P. Rodrigues

Hora: 18h30

Sala 04

27 - Cinco motivos básicos para permanência de gerontes praticando gerontovoleibol durante

10 anos. (Área Temática Esporte e Lazer)

Primeiro autor: Josué Lima Néri

Co-autores: Rita Puga Barbosa, Alan de Souza Rodrigues

Hora: 18h45

Sala 04

Pôsteres

Área Temática: Saúde

A Atividade Física como um instrumento de minimização da depressão em idosos

institucionalizados.

Primeiro autor: Dayanne Christine Borges Mendonça

Co-autores: Camilla Carvalho, Maria Alcione Freitas e Silva, Geni Araújo Costa

Painel 01

A Correlação da imagem e composição corporal de idosas ativas.

Primeiro autor: Keila Lopes

Co-autores: Cecília S.P. Martins, Carlos Kemper, Ricardo Jacó de Oliveira

Painel 02

A endurance muscular não prediz o desempenho no teste de caminhada de 6 minutos.

Primeiro autor: José GS Junior

Co-autores: Marco AV Caffarena, Francisco L Pontes Jr., Vagner Raso

Painel 03

A força Muscular não prediz o desempenho no teste de marcha estacionária.

Primeiro autor: Marco AV Caffarena

Co-autores: José GS Junior, Francisco L Pontes Jr., Vagner Raso

Painel 04

A Prática da Atividade Física na Terceira Idade na ACM-Brasília e influênciasdesta na vida

diária.

Primeiro autor: Tatiana Schneider Rocha

Co-autores: Kátia da Silva Silveira, Igor Taciano Rodrigues

Painel 05

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 122

Atendimento no setor de atividade física e saúde do Centro de Medicina do Idoso do Hospital

Universitário de Brasília.

Autor: Suiara Pereira Teixeira

Painel 06

Atividade física e qualidade de vida.

Primeiro autor: Renata Marcela Ornellas Targa

Co-autores: Paula Ferraz da Silva, Vinícius Silva de Oliveira, Marcelo Cardozo, Walter

Jacinto Nunes

Painel 07

Avaliação do ganho de força muscular em idosos praticantes de exercícios resistidos.

Primeiro autor: Antônio Carlos de Souza Vasconcelos

Co-autores: Ana Carolina S. Vasconcelos, Eduardo Teixeira Câimbra, Rogério Herbert M.

Rezende, Victor Hugo Silva, Marisete Peralta Safons.

Painel 08

Benefícios antropométricos de um programa de hidroginástica em idosas.

Primeiro autor: Francini Vilela Novais

Co-autores: Geni Araújo Costa, Paula Guimarães Azevedo

Painel 09

Cadeias musculares: A postura corporal de adultos acima de 55 anos.

Primeiro autor: Claudia Rossi Stern

Co-autor: Sônia Beatriz da Silva Gomes

Painel 10

Caminhada, hidroginástica e alongamento são atividades mais indicadas para pessoas idosas.

Primeiro autor: Vagner Raso

Co-autores: Ivete Balen, Mônica Schwarz, Cristiane Ribeiro Coppi.

Painel 11

Comportamento do VO2, Ejabs, Ejrel,FCE,%FCM E PSE no teste de marcha estacionária.

Primeiro autor: Ricardo SG Costa

Co-autores: Leandro V Silva, Paula I Toyansk, Francisco L Pontes Jr., Vagner Raso

Painel 12

Conscientização da melhor idade no cultivo da atividade física.

Primeiro autor: Gisele Pugliese

Co-autor: Rosemari Frackin

Painel 13

Correlação do índice de massa corporal com a massa corporal, estatura e a composição

corporal em homens e mulheres idosas.

Autor: Luciane Moreira Chaves

Painel 14

Estudo transversal da aptidão física na vida adulta.

Primeiro autor: Andréa Krüger Gonçalves

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 123

Co-autores: Rosa Maria Freitas Groenwald, Ana Lígia Finamor Bavier, Giovanni

Sanchotene Pacheco, Carolina Blaschke Monteiro dos Santos, Ramon Diego Guillermo

Cardoso

Painel 15

Evolução da satisfação com a imagem corporal percebida por mulheres fisicamente ativas.

Primeiro autor: Francini Vilela Novais

Co-autores: Geni Araújo Costa, Paula Guimarães de Azevedo, Luciana Mendonça Arantes

Painel 16

FCM no teste de marcha estacionária como indicador para a prescrição de exercício.

Primeiro autor: Paula I. Tonyansk

Co-autores: Leandro V Silva, Ricardo SG Costa, Francisco L Pontes Jr. Vagner Raso

Painel 17

Flexibilidade em idosos praticantes e não praticantes de atividade física.

Primeiro autor: Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães

Co-autores: Amanda Soares, Joseani Paulini Neves Simas, Giovana Zarpellon Mazo

Painel 18

Parâmetros motores e qualidade de vida de idosos praticantes de dança de salão.

Primeiro autor: Luiz Alberto Simas

Co-autores: Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães, Joseani Paulini Neves Simas,

Giovana Zarpellon Mazo

Painel 19

Idade cronológica, peso corporal, estatura, IMC, adiposidade corporal e altura de elevação do

joelho não influenciam o desempenho na marcha estacionária.

Autor: Adriana G Nardi

Co-autores: Rodrigo G Quito, Francisco L Pontes Jr., Vagner Raso

Painel 20

Marcha estacionária até a fadiga voluntária mensura cerca de 98% do consumo de oxigênio de

pico-estudo piloto.

Primeiro autor: Rodrigo G. Quito

Co-autores: Adriana G Nardi, Francisco L Pontes Jr., Vagner Raso

Painel 21

Mobilidade geral em idosas praticantes de hidroginástica.

Primeiro autor: Luiz Humberto Rodrigues Souza

Co-autores: Maria Alcione Freitas e Silva, Geni Araújo Costa.

Painel 22

Motivos que levam as pessoas da terceira idade a praticarem exercícios físicos.

Autor: Emerson de Melo

Painel 23

Nível de atividade física e qualidade de vida de idosas

Primeiro autor: Giovana Zarpellon Mazo

Co-autores: Jorge Mota, Lucia Hisako Takase Gonçalves

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 124

Painel 24

Nível de depressão em idosos praticantes de atividades físicas

Primeiro autor: Maria Alcione Freitas e Silva

Co-autores: Luiz Humberto Rodrigues Souza, Camilla Carvalho, Dayanne Christine Borges

Mendonça, Eliane Rosa Santos, Geni Araújo Costa

Painel 25

Nível de qualidade de vida de idosos institucionalizados.

Primeiro autor: Fernando Roberto Nunes Tibúrcio

Co-autores: Joyce Buiate Lopes Maria, Maria Alcione Freitas e Silva, Luiz Humberto

Rodrigues Souza, Geni Araújo Costa

Painel 26

Número de elevações do joelho prediz cerca de 37% do consumo de oxigênio no teste de

marcha estacionária.

Primeiro autor: Marcel B. Rocha

Co-autores: André R Quina, Vivian A Martins, Sabine A Oliveira, Francisco L Pontes Jr.,

Vagner Raso

Painel 27

O gasto calórico e o uso de substrato energético no teste de Marcha estacionária são similares

aos do teste cardiopulmonar de exercício máximo.

Primeiro autor: Francisco L. Pontes Jr.

Co-autor: Vagner Raso

Painel 28

O Lan obtido na marcha estacionária não é diferente do alcançado no teste cardiopulmonar de

exercício máximo.

Primeiro autor: Leandro V. Silva

Co-autores: Ricardo SG Costa, Paula I Toyansk, Francisco L Pontes Jr., Vagner Raso

Painel 29

Os descompassos na prática de atividade física para a população idosa.

Primeiro autor: Raquel Guimarães Lins

Painel 30

Perfil da capacidade de memória dos idosos institucionalizados.

Primeiro autor: Poliana de Lourdes Carrijo

Co-autores: Glênio Fernandes Leite, Jessiane Alves Santos, Maria Angélica Martins, Geni

Araújo Costa

Painel 31

Prontidão para atividades física e risco cardíaco em idosos praticantes de hidroginásticas.

Primeiro autor: Eliane Rosa dos Santos

Co-autores: Lucélia Justino Borges, Maria Alcione Freitas e Silva, Patrícia Vieira do

Nascimento, Geni Araújo Costa

Painel 32

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 125

Relação entre o índice de massa corporal e densidade mineral óssea em mulheres pós-

menopausa.

Primeiro autor: Priscilla Marques

Co-autores: Cassiano Ricardo Rech, Sheilla Tribess, Edio Luiz Petroski

Painel 33

Relação entre o teste de caminhada de 6 minutos e atividade aquática para idosas.

Primeiro autor: Patrícia Vieira do Nascimento

Co-autores: Eliane Rosa dos Santos, Lucélia Justino Borges, Geni Araújo Costa, Silvio

Soares Santos

Painel 34

Resultados de diferentes freqüências semanais na aptidão física de idosos ativos.

Primeiro autor: Andréa Krüger Gonçalves

Co-autores: Doralice Orrigo da Cunha Pol, Veridiana Mota Moreira, Cibele dos Santos

Xavier, Carolina Blaschke Monteiro dos Santos, Ramon Diego Guillermo Cardoso, Ivanete

Bredow Faber

Painel 35

Saúde do Idoso: A potência muscular como prevenção de quedas e lesões.

Primeiro autor: Fernanda Guidarini Monte

Co-autores: Adilson A. M. Monte, Adriana C. A. Guimarães, Renildo Nunes

Painel 36

Teste de Marcha estacionária mensura cerca de 73% do VO2 pico alcançado no teste

cardiopulmonar de exercício máximo.

Primeiro autor: André R. Quina

Co-autores: Marcel B Rocha, Sabine A Oliveira, Vivian A Martins, Francisco L Pontes Jr,

Vagner Raso

Painel 37

Vivências corporais para pessoas com Parkinson e Machado-Joseph.

Autor: Marize Amorim Lopes

Painel 38

Resposta ao duplo produto em idosos durante um exercício de força para membros superiores,

utilizando como implemento um elástico.

Primeiro autor: Rafaella Parca

Co-autores: Tatiana Rodrigues, Marisete Peralta Safons

Painel 39

Será que existe melhora da força muscular em idosos praticantes de musculação há no

mínimo de 1 ano?

Primeiro autor: Sandor Balsamo

Co-autores: Renata Carneiro, Valdinar Júnior

Painel 40

Análise comparativa do equivalente metabólico (METs) do limiar anaeróbio de idosos nas

atividades ocupacionais e de lazer.

Primeiro autor: Sandor Balsamo

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 126

Co-autores: Renata Carneiro, Ricardo Franco, Guilherme Pontes, Valdinar Júnior

Painel 41

Pôsteres

Área Temática: Psico – social

A dança como fator minimizante da depressão na terceira idade.

Primeiro autor: Daiane P. Rodrigues

Co-autores: Janine A. Viniski; Leidimar A. F. Oliveira

Painel 42

Concepção de envelhecimento de universitários de educação física.

Primeiro autor: Andréa Krüger Gonçalves

Co-autores: Rosa Maria Freitas Groenwald, Ana Lígia Finamor Bavier, Giovanni Sanchotene

Pacheco, Angélica de Souza Moreira, Dilamara Jesus Longoni

Painel 43

Corporeidade, qualidade de vida e subjetividade no processo de envelhecimento.

Autor: Janine A. Viniski

Painel 44

Crianças e velhos: A imagem do outro num relato de experiência.

Primeiro autor: Paula Guimarães Azevedo

Co-autores: Flávia Gomes Melo, Geni Araújo Costa

Painel 45

Eu no meu corpo ao longo do tempo: O uso das duas peças no banho de praia.

Primeiro autor: Nazaré Marques Mota

Co-autores: Rita Puga Barbosa, Maria Consolação Silva, Alan de Souza Rodrigues

Painel 46

Qualidade de vida e bem-estar subjetivo analisado por idosos praticantes de hidroginástica por

mais de sete anos.

Primeiro autor: Eliane Rosa dos Santos

Co-autores: Lucélia Justino Borges, Patrícia Vieira do Nascimento, Geni Araújo Costa

Painel 47

Relação entre percepção de auto-eficácia física e aptidão física em idosos.

Primeiro autor: Fabiano Marques Câmara

Co-autores: Alessandra Galve Gerez, Maria Luiza Miranda, Maria Regina Brandão, Marilia

Velardi

Painel 48

Pôsteres

Área Temática: Educação

Motivo de adesão à prática de atividade física orientada e a relevância da atividade física

realizada em grupo para os idosos.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 127

Primeiro autor: Patrícia Queiroz

Co-autores: Alexandre Almeida, Rodrigo Luna, Marisete Peralta Safons

Painel 49

Diálogo intergeracional e educação: Uma prática compartilhada.

Primeiro autor: Marivana Giovelli

Co-autor: Marco Aurélio Acosta

Painel 50

Dança folclórica como meio de inclusão social do Idoso.

Autor: Marize Amorim Lopes

Painel 51

A Adaptação do idoso à prática da musculação.

Primeiro autor: Rosemary Rauchbach

Co-autor: Laiza Danielle de Souza

Painel 52

Metodologia da dança de salão para idosos

Primeiro autor: Marcio de Moura Pereira

Co-autor: Marisete Peralta Safons

Painel 53

Pôsteres

Área Temática: Esporte e Lazer

Perfil antropométrico de idosas do núcleo da terceira idade do CED / FESURV

Primeiro autor: Leidimar A. F. Oliveira

Co-autores: Daiane P. Rodrigues; Janine A. Viniski

Painel 54

19h00 às 19h15 - Intervalo

19h15 às 20h15 - Conferência 2: Atividade Física para Idosos numa perspectiva da saúde

Conferencista: Prof. Dr. Eino Heikkinen

Coordenador: Prof. Dr. Paulo Farinatti

20h15 às 22h30 – Exposição fotográfica ―O Idoso em Movimento‖

Local – Hall Dois Candangos

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 128

14/11/2004 - Domingo

08h30 - 11h:30 – Mini Cursos 1, 2, 3 e 4 - (Local: Faculdade de Educação Física)

11h30 às 14h00 – Almoço

14h00 às 15h30 – Mesa Redonda 2 - Princípios Didático-Pedagógicos Norteadores da

atividade física para Idosos

Moderador: Prof. Dr. Alfredo Gomes de Faria Junior

Profª. Drª. Silene Okuma

Profª. Drª. Maria Luiza de Jesus Miranda

Prof. Dr. José Francisco Silva Dias

15h30 às 15h45 - Intervalo

15h45 às 17h15 - Mesa Redonda 3 - Programas e Pesquisas na área do Envelhecimento e

Atividade Física: experiências internacionais.

Moderador: Prof. Dr. Martim Bottaro

Profª. Drª. Roberta Rikli

Profª Drª Jessie Jones

Prof. Dr. Eino Heikkinen

17h15 às 17h30 - Intervalo

17h30 às 18h30 - Conferência 3 - Prognósticos para uma velhice bem-sucedida

Conferencista: Profª. Drª. Jessie Jones

Coordenador: Profª. Drª. Linda Ueno

18h30 às 18h45 – Intervalo

18h45 às 20h00 - Mesa Redonda 4 - Envelhecimento e Saúde Óssea

(Sociedade de Osteoporose de Brasília)

Moderador: Drª. Ana Patrícia de Paula (Presidente da Sociedade de Osteoporose de

Brasília)

Convidados

Convidados

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 129

A Visão da Geriatria – Dr. Einstein F. Camargo

A Visão da Endocrinologia – Dr. Noemia da Conceição N. R. Barra

A Visão do Nutricionista – Dr. Sandra Regina Petriz de Assis

15/11/2004 – Segunda-feira

08h00 às 09h00 - Apresentação das candidaturas para sediar o VIII Seminário Internacional

sobre atividades físicas para a Terceira Idade.

09h00 às 10h30 – Mesa Redonda 5 - Aspectos Sócio-Antropológicos do Envelhecimento -

Novos Olhares sobre o Envelhecimento.

Moderador: Prof. Dr. José Francisco Silva Dias

Profª. Drª. Altair Macedo Lahud Loureiro

Profª. Drª. Maria Lais Mousinho Guidi

10h30 às 10h45 - Intervalo

10h45 às 12h00 - Conferência de Encerramento - Disseminação do conhecimento sobre

atividade física e envelhecimento no Brasil: Origem e desenvolvimento.

Conferencista: Prof. Dr. Alfredo Gomes de Faria Junior

Coordenadora: Profª. Drª. Marisete Peralta Safons

12h00 às 12h45 - Cerimônia de Encerramento

Coordenadora: Profª. Drª. Marisete Peralta Safons

Convidados

Convidados

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 130

TEMA LIVRE: EDUCAÇÃO

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 131

AFINAL, “QUEM SOU EU?” PERGUNTA A EDUCAÇÃO FÍSICA NO TRABALHO COM A TERCEIRA IDADE

Marco Aurelio Acosta

UFSM – [email protected]

Introdução.As reflexões que seguem, são fruto de 15 anos de trabalho e posteriores reflexões

sobre este mesmo trabalho junto à Terceira Idade, quando o movimento humano foi pensado

por diferentes matizes. Objetivo. Apresentar algumas contribuições para que pensemos

melhor nossas intervenções junto à população da terceira idade, visto que a educação física

historicamente se constituiu em uma área com característica de atividade ―prática‖.

Metodologia. Estas reflexões surgem do trabalho desenvolvido junto ao NIEATI da UFSM,

que já conta com 20 anos de intervenção junto aos idosos da região central do RS. Ocorre que

não construímos um consenso acadêmico mínimo quanto à justificativa científica de nossa

atuação, embora existam convencimentos de ordem emocional e até mesmo da ordem do

desejo (que de fato dê certo nosso trabalho). Devemos tentar definir qual seja nosso objeto na

atuação junto aos idosos, e isso implica um embate entre os pares, relegando para segundo

plano em nossos encontros, as tradicionais preferências por fatos pitorescos como: ―meu

grupo tem x velhos‖, ou então ―eu tenho uma aluna com TAL idade‖, ou ainda ―meu projeto

atende tantos mil velhos‖, o que representa a prevalência da dimensão quantitativa sobre

questões cruciais e a pouca maturidade dos profissionais da área nesta temática. Conclusões.

Acredito que vive a Educação Física um momento muito rico, onde algumas proposições

epistemológicas tem conseguido nos fazer superar a fase do ―ativismo do movimento‖,

enunciando possibilidades mais adequadas às diferentes populações. Portanto, se é verdade

que o ―fazer‖ sem discussões nos levou a este quadro confuso, também é verdade que nos

permitiu ficarmos mais velhos, e aí talvez, resida o caminho para qualificar nossas

intervenções.

Palavras-chave: educação física, gerontologia, envelhecimento

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 132

EDUCAÇÃO FÍSICA GERONTOLÓGICA: REVOLUÇÃO A CURTO PRAZO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ATUAL

Rita Puga Barbosa, Alan de Souza Rodrigues

UFAM-FEF - [email protected]

Introdução: trabalhar em educação muitas vezes é, além de transformar seres humanos a

partir de processos educacionais, transformar-se a si mesmo dinamicamente. A Educação

Física nos aponta diversas vias a seguir, é claro que todas têm as suas limitações. Propor

adaptação Gerontológica à Educação Física foi a vertente que optamos. Objetivos do

programa: educar para o envelhecimento; oportunizar o contato com a universidade na

condição de universitário e; com a prática motora facilitar a nova identidade. Metodologia:

disciplinas de extensão universitária escolhidas em matrícula individual, de 60 horas anuais

cada, registrados em diários de freqüências e notas, mínimas exigidos 75% de freqüência e 5

pontos para aprovação em: Gerontocoreografia, Gerontotenis, Gerontovoleibol, Natação,

Hidromotricidade, Técnicas de Autopercepção, Musculação, Caminhada, Gerontoatletismo,

Dança de Salão, Karatê Dô Adaptado. Há também propostas como: Festival Folclórico e Feira

de Motricidade a Arte Popular, Esportes Gerontológicos e turísticas em excursões (Puga

Barbosa, 2003). Resultados: constamos o engajamento e a aderência de 2 a 10 anos na meia

idade 44,9% e idosos 74,6%, de participantes antes sedentários. Conclusão: isto nos faz

acreditar na Educação Física Gerontológica como uma revolução da adesão de sedentários em

fase de envelhecimento, o que é mais curioso é que convencemos com uma metodologia

adaptada para senhores e senhoras a aderir a Educação Física como parte sistemática de sua

vida, na qualidade de universitários e favorecendo sua nova identidade etária. Este fenômeno

se espalha cada vez mais pelo Brasil e precisa ser registrado e divulgado por nós que

estimulamos profissionalmente esta situação.

Palavras-chave: educação física, educação física gerontológica, gerontologia

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 133

EFEITO DA INSTRUÇÃO NA AQUISIÇÃO DE UMA HABILIDADE MOTORA EM IDOSOS

Paula GEHRING, Maria Fernanda de OLIVEIRA, Maria Cecília Oliveira da FONSECA,

Jorge Alberto de OLIVEIRA, Suely SANTOS

Laboratório de Comportamento Motor/ EEFE-USP

[email protected]

Introdução: A literatura tem evidenciado que com o envelhecimento as pessoas preferem a

precisão à velocidade na realização de tarefas motoras. Objetivo: Examinar os efeitos da

instrução na aquisição de uma habilidade de coordenação motora bimanual em idosos.

Materiais e Métodos: Sessenta participantes foram divididos em três grupos experimentais,

velocidade (G1); precisão (G2) e precisão mais velocidade (G3). O equipamento utilizado foi

o Bimanual Coordination Test Apparatus of Takey & Company, e a tarefa consistia em

percorrer um trajeto numa área delimitada em forma de ―V‖ invertido na fase de aquisição e

―V‖ na fase de transferência. Ao grupo de velocidade foi dada a instrução para que executasse

a tarefa o mais rápido possível; ao grupo de precisão, executar o trajeto o mais preciso

possível e; ao grupo precisão mais velocidade, foi a combinação das instruções anteriores. Os

dados foram agrupados em quatro blocos de cinco tentativas na fase de aquisição (de B1 a

B4) e mais um bloco na fase de transferência (BT). Resultados: A Anova não detectou

diferenças significantes entre os grupos na medida de erro, isto é, as instruções não afetaram a

performance. Com respeito ao tempo total para completar a tarefa, a análise não paramétrica

detectou que o G2 que demandava precisão, foi o que mais demorou em realiza-la, quando

comparado aos demais. Conclusão: Nesse sentido, concluímos que a performance dos idosos

foi afetada pela instrução, desde que essa esteja de acordo com um comportamento cauteloso,

pois demonstram monitorar seus movimentos evitando erros como o melhor que conseguem

realizar.

Palavras-chave: instrução verbal, aprendizagem motora, envelhecimento.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 134

PERFIL DO ESTILO DE VIDA DE IDOSO ATIVOS NO CED DE RIO VERDE

Janine A. Viniski; Everton S. Borges; Daiane P. Rodrigues

UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

[email protected]

Introdução: Estilo de vida nos idosos deve ser considerado de forma subjetiva, porém

associada à qualidade de vida. Objetivo: Analisar o perfil do estilo de vida deste grupo,

devido ser necessário conhecer as mudanças ocorridas nesta fase da vida, para melhor

compreensão e elaboração dos trabalhos desenvolvidos. Metodologia: O estudo é baseado em

uma entrevista de campo, através de dois questionários, um (1o) elaborado pelo pesquisador

abrangendo as atividades pregressas, e o outro (2o) sobre estilo de vida de indivíduo ou

grupo, validado por NAHAS (2000), conhecido como ―O Pentáculo de Bem Estar‖. Os

entrevistados foram 70 idosos de 60 a 80 anos, que participam do programa de atividades

físicas do Núcleo da Terceira Idade do CED – Centro de Excelência Desportiva da

Universidade de Rio Verde – Goiás. Resultados: O primeiro questionário relata que a maioria

é composta de mulheres, casadas, moravam com seus companheiros, tinham até seis filhos,

grau de instrução até a 4ª série do ensino primário. A principal profissão verificada era dona

de casa, os demais trabalhavam cerca de 8 à 9hs por dia e a maior parte não tinha lazer pois

não sobrava tempo, apesar que, nos horários de folga, distribuíssem o tempo descansando,

dormindo, vendo televisão, ouvindo música ou mesmo ficando sem realizar qualquer

atividade. Tinham bom relacionamento com família, parentes e amigos; Já o segundo

levantamento de dados aponta que a grande parte se alimenta, consideravelmente bem, tendo

de 4 a 5 porções ao dia incluindo frutas, verduras e evitando alimentos gordurosos. Metade

dos entrevistados divide as despesas em casa e tem no trabalho a principal fonte de renda;

realizam pelo menos 30 minutos de atividades físicas por dia, duas vezes na semana

Conclusão: Verificou-se que a maioria preocupa-se em prevenir-se ante a pressão arterial e

colesterol evitando cigarros e controlando o consumo de bebidas alcoólicas, além de praticar

atividades físicas, curtir horas de lazer e respeitar sinais de trânsitos ou seja, cuidam da saúde

física, mental e emocional.

Palavras-chave: estilo de vida, idosos

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 135

PROCESSO DE ENSINO DA ATITUDE CRÍTICA SOBRE ATIVIDADE FÍSICA PARA IDOSOS

Tiemi Okimura, Silene Sumire Okuma

Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo

[email protected]

Introdução e objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar o processo de ensino e

aprendizagem para a formação da atitude crítica em relação à atividade física dos idosos do

Programa Autonomia para Atividade Física. Material e métodos: Participaram do estudo 18

sujeitos, com idade média de 65 anos. As aulas analisadas foram ministradas por professores

convidados para que os alunos experimentassem atividades diversificadas (atividade rítmica,

ioga, dança circular, tai chi chuan, dança de salão, aerobox e uma aula para idosos orientada

através de vídeo), de modo a desenvolverem atitude crítica em relação às práticas físicas que

o mercado oferece. Ao final de cada aula, os alunos respondiam a uma tarefa para que

refletissem sobre a atividade realizada. Resultados: A análise das respostas das tarefas

apontou que eles refletiram sobre suas necessidades considerando as preferências pessoais ou

percepções subjetivas e reconheciam movimentos impróprios ou outras inadequações

presentes na aula. Observou-se, também, alunos que demonstraram dificuldades no

procedimento da escrita. Conclusão: Os resultados da pesquisa indicam a presença de atitude

crítica em alguns alunos, porém verifica-se a necessidade da criação de estratégias que

favoreçam o processo de ensino e avaliação da aprendizagem para a população idosa que é tão

heterogênea em termos de escolarização e experiências de vida.

Palavras-chave: autonomia para atividade física; idosos; educação permanente.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 136

PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE ATIVIDADE FÍSICA E ENVELHECIMENTO NO BRASIL: ALGUMAS REFLEXÕES

Rafael Botelho

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

[email protected]

―Bolsista do CNPq – Brasil‖

Introdução: pesquisa que retrata a produção do conhecimento sobre atividade física e

envelhcimento, no Brasil. Objetivo: proporcionar algumas reflexões sobre a produção do

conhecimento sobre atividade física e envelhecimento no Brasil. Materiais e métodos: ela se

baseia nos resultados de uma pesquisa intitulada Atividade física e envelhecimento II -

produção, disseminação do conhecimento e formação de recursos humanos‖ que integra o

Atlas do Esporte, Educação Física, Atividade Física e Lazer no Brasil (FARIA JUNIOR,

BOTELHO, In: COSTA, 2004). Utilizaram-se como fontes relatórios de pesquisas

apresentados sob forma de teses, dissertações, monografias, memórias e trabalhos de

conclusão de cursos – TCC – licenciatura, bacharelato e graduação (idem), sendo ainda

empregada a técnica de mapping. Resultados: No campo da produção do conhecimento, os

primeiros trabalhos de pesquisa foram desenvolvidos na pós-graduação em educação, como é

o caso da pesquisa voltada para as questões do auto-conceito dos praticantes de atividades

físicas (STERGLICH, 1978). Entretanto, na década de oitenta a produção ainda era incipiente

só alcançando maior expressão na década de noventa, com o crescimento do número de

memórias de licenciatura, especialização, dissertações de mestrado e teses de doutorado.

Conclusões: a produção do conhecimento sobre envelhecimento e atividade física quando

comparada com outras subáreas dentro da educação física ainda não pode ser considerada

expressiva. Um outro ponto a ser destacado é a inclusão de adultos como sujeitos de pesquisa

em dissertações que versam sobre idosos tornando duvidosas as conclusões alcançadas.

Palavras-chave: produção do conhecimento; atividade física; envelhecimento.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 137

TEMA LIVRE: ESPORTE E LAZER

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 138

CINCO MOTIVOS BÁSICOS PARA PERMANÊNCIA DE GERONTES PRATICANDO GERONTOVOLEIBOL DURANTE 10 ANOS

Josué Lima Néri, Rita Puga, Alan de Souza Rodrigues

FEF/UFAM - [email protected]

Introdução: a disciplina adaptada Gerontovoleibol tornou-se uma modalidade esportiva,

desde os I Jogos Olímpicos de Idosos (JOIA) em 1996. Observou-se que a permanência dos

sujeitos na atividade é de 3 a 10 anos. Objetivo: destacar os motivos básicos que influenciam

no fenômeno. Material e Métodos: esta pesquisa foi desenvolvida no Programa Idoso Feliz

Participa Sempre – Universidade na 3ª Idade Adulta (PIFPS – U3IA), em duas sessões

semanais de 50 minutos, média 5 e frequência 75%, é neste contexto que o ministrante faz

seus levantamentos catalogados no diário de classe e instrumentos de avaliação individual e

grupal. Resultados: o primeiro motivo é a identidade com o gerontovoleibol, mesmo para

aqueles que não tiveram experiência anterior com o voleibol, mas acalentavam o desejo de

praticá-lo, nestes é visível um sucesso satisfatório no aprendizado. O segundo motivo é o

perfil de pessoas com facilidade de relacionar-se favorecendo o desenvolvimento de amizades

que influenciam na permanência, confirmando que o senso coletivo promove a socialização

de gerontes. O terceiro motivo é a figura do professor, no aprendizado, na relação de respeito

mútuo, criando um vinculo positivo. Sendo o motivador, favorece a assimilação e

acomodação da aprendizagem e as relações sociais. A obtenção da melhoria da condição

física é o quarto motivo, que os tornam mais ativos. O quinto motivo é o sucesso ao

perceberem que ainda neste período da vida são capazes de ganhar uma medalha isso desperta

uma motivação sem precedentes, a ponto de afirmarem não possuir o desejo de parar.

Conclusão: Verificou-se que os motivos básicos para a permanência de idosos no

Gerontovoleibol são: a identidade com o mesmo, amizades/socialização, figura do professor,

melhoria da condição física e sucesso/ganhar uma medalha. Provando que não há limites

quando há motivos para viver valorizando sua condição e aceitando-se como um ser capaz de

realizar tudo aquilo que lhe é proposto.

Palavras-chave: educação física gerontológica, gerontologia e gerontovoleibol.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 139

TEMA LIVRE: PSICOSSOCIAL

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 140

A INFLUÊNCIA DO APRENDIZADO NA IMAGEM CORPORAL DE IDOSOS ATRAVÉS DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA

Federici

, Ericka

; Nascimento Letícia; Okuma, Silene Sumire; Lefèvre, Fernando

Universidade de São Paulo – [email protected]

Introdução: A velhice é representada socialmente de forma estereotipada, estigmatizada e

preconceituosa, interferindo naquilo que o idoso acredita ser ou não capaz de realizar, o que

se reflete na sua auto-imagem. A imagem corporal é a representação mental do nosso corpo,

que decorre das percepções que temos de nós mesmos e do mundo à nossa volta. Os valores

que o indivíduo atribui a si mesmo (auto-estima) e o que ele acredita que pode realizar (auto-

eficácia), estão intimamente relacionados à percepção que ele tem de seu corpo e interferem

na imagem corporal. A atividade física modifica os aspectos funcionais, físicos e

psicológicos. Objetivo: apreender a representação social da imagem corporal de idosos

participantes do Programa de Autonomia para Atividade Física (PAAF) sob a perspectiva do

aprendizado. Instrumento: uma entrevista aberta semi-estruturada e desenhos do próprio corpo

feitos pelos sujeitos antes do início, no quarto mês e final do PAAF. Amostra: 17 sujeitos,

com idade média de 65,1 anos, ambos os sexos. Método: para análise da entrevista aplicamos

a Metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Resultados: indicam que através dos

exercícios e aulas teóricas os idosos ampliaram o conhecimento de si mesmos. Conclusão: a

participação no PAAF interferiu positivamente na imagem corporal dos idosos, modificando a

percepção sobre seu envelhecimento.

Palavras-chave: idosos, atividade física, imagem corporal

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 141

APOSENTADORIA DO JOGADOR PROFISSIONAL DE FUTEBOL

Regina Celi Lema Santos

Universidade Salgado de Oliveira - Universo

[email protected]

Introdução: A imprensa tem freqüentemente noticiado o fim triste que muitos dos grandes

craques tiveram, mas pouco tem abordado sobre os outros jogadores que nunca tiveram

grande expressão e que envelheceram.Objetivo: apresentar um quadro da aposentadoria do

jogador profissional de futebol no Brasil, seus problemas, lutas e reivindicações.

Metodologia: Arthur Antunes Coimbra (Zico), ex-jogador e ex-Ministro dos Esportes

respondeu a um questionário e presidentes de associações, federações e sindicatos de

jogadores de futebol foram entrevistados. Resultados: Foram interpretados à luz do

referencial teórico da educação gerontológica e da teoria da sub-cultura. Os resultados

mostraram que: (a) o ex-jogador de futebol geralmente apresenta dificuldades de ajustamento

e adaptação após a aposentadoria; (b) que não existe, tanto nos setores governamentais quanto

em setores da sociedade civil, preocupação com aposentadoria do jogador de futebol; (c) os

jogadores e os ex-jogadores profissionais de futebol não vêm participando do processo de luta

pela aposentadoria da categoria e (d) não demonstram consciência da importância de sua

participação nessa luta. A legislação previdenciária brasileira não faz nenhuma menção à

aposentadoria do jogador profissional de futebol que fica desamparado após o encerramento

da carreira, o que em geral ocorre em torno dos 35 anos de idade. Conclusão: A sub-cultura

do futebol não prepara o jogador para uma segunda carreira fora do futebol e, sem apoio do

sistema previdenciário muitos craques do passado passam dificuldades e morrem pobres e no

ostracismo.

Palavras-chave: educação gerontológica, sub-cultura, adaptação

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 142

DINAMISMO SOCIAL NO ENVELHECIMENTO

Rita Puga Barbosa - UFAM-FEF, Nazaré Marques Mota - SEDUC-SEMED, Dione Carvalho

Gomes DETRAN-AM, Alan de Souza Rodrigues - UFAM-FEF [email protected]

Introdução: a Psicologia Social, busca romper com comportamentos que contribui apenas

para a manipulação e massificação da sociedade tanto individual quanto social. Objetivo:

efetuar o estudo sobre o dinamismo social no envelhecimento, a partir da Psicologia Social.

Material e Métodos: este estudo reuniu 6 grupos de gerontes na meia idade e idosos, 20

representantes entre professores e idosos, total de 120 pessoas, onde apresentaram 4 mesas

com os seguintes temas: Conflitos familiares no envelhecimento na visão do idoso; causas e

efeitos das posições religiosas no envelhecimento e; causas e efeitos da educação que

tivemos. A última mesa constou de uma síntese do que retratava os grupos, com a perspectiva

onde estamos e para onde vamos. Resultados: os resultados demonstram que a percepção dos

participantes está aumentada, assim como o grau de consciência das questões que deveriam

enfrentar, embora desorganizada pelo conflito de gerações. A comunicação é boa, mas

resumida por causa da educação formal opressiva. As atitudes são boas e começam a escolher

o melhor para eles. Sabem trabalhar em grupo, se unem para melhorar o comportamento.

Recíproca mudança de atitude de forma lúdica, mostra crescimento proporcionado pelo grupo.

O processo de socialização com maturidade, ajuda o de sensibilização. Há tolerância com a

crença de cada um. Os grupos apontam lideranças já definidas por áreas de identificação. Os

papeis sociais têm perspectivas comuns de comportamento. Conclusão: em suma querem que

o idoso seja respeitado, em qualquer acepção; Fortificam-se no grupo, sozinhos se percebem

frágeis, buscam usar ao máximo a oportunidade de participar. Este é um quadro do

dinamismo social no envelhecimento em grupos de Educação Física Gerontológica pintado

em Manaus.

Palavras-chave: educação física gerontológica, gerontologia social, psicologia social.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 143

EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE ESTADOS AFETIVOS E CRENÇAS DE AUTO-EFICÁCIA FÍSICA DE IDOSOS

NASCIMENTO, Letícia, FEDERICI

*, Ericka, OKUMA, Silene

*Bolsista FAPESP – LAPEM – Escola de Educação Física e Esporte da USP

[email protected]

Introdução: A velhice é comumente olhada como uma época da vida em que há a

prevalência das perdas e limitações, em detrimento da otimização dos ganhos e

potencialidades. Além disso, atribui-se ao idoso características sócio-afetivas e cognitivas

essencialmente negativas. Desta forma, com o intuito de desmistificar este olhar é que se

propõe este estudo. Objetivo: Investigar os efeitos de um programa de educação física sobre

o afeto positivo, afeto negativo, fadiga e nas crenças de auto-eficácia física de idosos.

Método: Participaram deste estudo 26 sujeitos (x=64,28±4,08 anos), submetidos ao

―Programa Autonomia para a Atividade Física‖ (PAAF 2002). Procedeu-se à coleta de dados

no início, após 6 e 12 meses da intervenção (avaliação 1, 2 e 3, respectivamente) através de

escalas tipo Likert (1) Escala para Experiências Subjetivas ao Exercício – SEES (McAuley e

Courneya, 1994) que avaliou os estados subjetivos e, (2) Escala de Auto-Eficácia Física -

EAEF (Rickman et al., 1982) que avaliou a capacidade física percebida (CFP), a confiança na

auto-apresentação física (CAAF) e a auto-eficácia física (AEF). Os dados foram analisados

através da estatística descritiva e inferencial, testes de Friedman e Wilcoxon para os dados de

SEES e, os testes de Anova e post hoc de Tukey para os dados de EAEF. Resultados:

Constataram-se diferenças significativas para: a) fadiga (x2 [N=26, 2]= 13,76; p= 0,001) entre

as avaliações 1-2 e 2-3; b) CFP (F [2,46]= 10,65; p= 0,0001) entre as avaliações 1-2 e 1-3; c)

AEF (F [2,50]= 7,18; p= 0,001) entre a avaliação 1-2. Conclusão: Pode-se inferir que o

PAAF 2002 afetou significativamente o estado subjetivo de fadiga e as cognições de CFP e

AEF, ao longo do tempo, porém, para esta última o efeito ficou restrito aos seis meses do

programa.

Palavras-chave: estados subjetivos, crenças de auto-eficácia física, idosos

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 144

IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E ATIVIDADES FÍSICAS: O FENÔMENO DA ADESÃO-EVASÃO-REINSERÇÃO

Luís Carlos Lira

Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF, [email protected]

Introdução: A literatura indica que este tema vem sendo discutido no quadro teórico da

motivação que estuda o processo de adesão-evasão-reinserção em programas de atividades

físicas (A.F.). Os estudos relacionados à motivação de idosos em relação às A.F. são

geralmente estudados nos projetos freqüentados por idosos não institucionalizados. Objetivo:

analisar a evasão de idosos do projeto de A.F. no asilo situado em Montes Claros – MG.

Metodologia: observação sistemática de 112 idosos, idade entre 55 a 87 anos. Resultados: A

maior parte dos idosos não recebe visita de familiares. As doenças mais comuns são:

hipertensão, diabetes, Parkinson, esquizofrenia. As A.F. foram oferecidas para os idosos

fisicamente autônomos no Campus de uma faculdade. Iniciou-se com 23 idosos (18 mulheres

e 05 homens). Percebeu-se, que nos dois primeiros meses do segundo semestre de 2003, a

evasão de 07 idosos (05 mulheres e 02 homens) e os que continuavam a freqüentar não

mantinham uma regularidade. Neste período ocorreu a troca de coordenação do projeto e

término da parceria com a empresa de ônibus, com isso, as atividades passaram a ser

realizadas no asilo. Após a resolução destes fatos houve um retorno dos idosos evadidos e a

regularidade na freqüência. Conclusão: Tais fatos nos levam a concluir, preliminarmente que

um dos motivos para adesão de idosos em situação asilar em programas de A.F. (quando

oferecidas fora do ambiente), é a oportunidade de estarem em contato com outros locais e

pessoas diferentes de seu cotidiano.

Palavras-chave: atividade física, motivação, idoso institucionalizado

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 145

MOTIVOS DE ADESÃO AO PROJETO SÊNIOR PARA A VIDA ATIVA

Marilia Velardi, Maria Luiza Miranda

Universidade São Judas Tadeu

[email protected]

Introdução: Embora a necessidade de prática de atividades físicas seja consenso entre

profissionais da área da saúde, a prevalência da inatividade física nos momentos de lazer é,

ainda, muito grande na população idosa. Objetivos: O objetivo desse estudo foi avaliar os

motivos de adesão de idosos inscritos no programa de educação física do Projeto Sênior para

a Vida Ativa. Metodologia: Foram analisadas 29 mulheres, com idades entre 60 e 84 anos

(x= 67,5; sd=5,9). Para a obtenção das informações foi utilizado um roteiro de entrevista

estruturada baseado no Self Talk Model de Weinstein (citado por O‘Brien Cousins, 1998). Os

sujeitos foram entrevistados individualmente, antes do início do Projeto e as respostas obtidas

foram analisadas segundo os procedimentos da análise do Discurso do Sujeito Coletivo

(Lefrévre, 2000). Resultados: Pela análise das respostas foram encontradas quatro categorias

relativas aos determinantes de adesão: categoria (1) influências sociais que deram suporte à

adesão; categoria (2) aspectos relacionados à saúde; categoria (3) gosto pela prática; e

categoria (4) aspectos psicológicos. Em todas essas categorias pode-se observar que o

conhecimento sobre os benefícios da prática de atividades físicas, a indicação de pessoas que

já haviam participado e a experiência pessoal pregressa favorável com a prática de atividades

físicas, determinaram a adesão ao Programa. Conclusões: Pode-se, assim, concluir que para

estimular a adesão de idosos, é de fundamental importância a criação de espaços educacionais

que, mais do que informar sobre os benefícios da prática de exercícios, permitam

aprendizagens conceituais e a descoberta do prazer pela prática, bem como a comunicação

dessas vivências a outras pessoas.

Palavras-chave: idosos; adesão; programa de educação física.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 146

PERFIL DOS IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS QUANTO AO ESTADO DEPRESSIVO

Santos, Jessiane Alves; Leite, Glênio Fernandes; Martins, Maria

Angelica; Carrijo, Poliana de Lourdes; Costa, Geni de Araujo

Universidade Federal de Uberlândia

[email protected]

Introdução: O processo de envelhecimento vem provocando um aumento no número de

idosos que procuram atendimento médico por problemas de saúde. Uma doença, de alta

incidência e de grande impacto psicossocial é a depressão. Essa realidade é freqüente nos

idosos institucionalizados. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar o nível de

depressão dos residentes destas Instituições. Metodologia: Para tanto foi utilizado o

inventário de Beck BDI (Beck et al.,1979), para pacientes não diagnosticados por meio de

avaliação clinica. É importante ressaltar que o inventário não é um diagnóstico por si só, mas

consegue medir o nível de estados depressivos. Foram analisados dois abrigos de Uberlândia.

O inventário foi aplicado em 10 idosos com lucidez e capacidade de comunicação.

Resultados: Foram constatados que 40% dos idosos entrevistados não apresentaram

depressão, 10% apresentaram disforia, ou seja, perturbação provocada pela ansiedade e 50%

passam por um estado depressivo ou possuem depressão de leve a moderada. Conclusão:

Concluiu-se que cerca de 60% dos idosos possuem perturbações emocionais causadas pela

depressão e tem como justificativa o isolamento social e o abandono familiar, de acordo com

depoimentos. Naqueles que não apresentaram índice de depressão, observamos que poderia

ser pela crença e/ou sentimento de dever cumprido. Sabendo que a depressão é uma patologia

grave torna-se preciso tentar remediar essa situação, através de atividades que proporcionem

ao idoso um estado de bem-estar social e emocional, como atividades físicas e recreativas.

Palavras-chave: depressão, idosos

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 147

RELAÇÃO ENTRE O ESTRESSE E A ATIVIDADE DE HIDROGINÁSTICA PARA TERCEIRA IDADE

Patrícia Vieira do Nascimento, Lucélia Justino Borges,

Eliane Rosa dos Santos, Geni Araújo Costa

Universidade Federal de Uberlândia

[email protected]

Introdução: O envelhecimento é um processo biológico normal, gradual, universal e

irreversível. Vários são os fatores que contribuem para a quantidade e a qualidade de anos que

se vive (Nahas,2001). O estresse se apresenta como uma resposta ao desequilíbrio do

organismo, o qual procura adaptar-se continuamente. Os agentes estressantes podem ser

físicos ou psicossociais e apresentam efeitos diretos nos sistemas psicológico e físico.

Objetivos: O objetivo deste trabalho foi verificar os possíveis benefícios da atividade física

regular na prevenção e controle dos efeitos do estresse na terceira idade. Metodologia: Para

alcançar tal objetivo aplicou-se o Questionário de Estresse (Saúde em Movimento). A amostra

foi constituída por 42 idosas com média de idade de 65,40 anos, divididas em dois grupos:

GI-iniciantes e GII - praticantes da atividade de hidroginástica por um período de um a dois

anos. A média de idade do GI =68,5 anos e do GII =66 anos. Os resultados foram analisados

de acordo com os seguintes escores: menos de 4 pontos, sem estresse; de 4 a 20 pontos,

estresse moderado; de 20 a 40 pontos, estresse intenso; acima de 40 pontos, estresse muito

intenso. Resultados: O GI apresentou uma média de 10,2 pontos e o GII 9,09 pontos. Diante

da análise das diferenças entre as médias (teste t de student), não foi constatada diferença

significativa entre os grupos. Conclusão: Conclui-se com este estudo que não há diferença

significativa entre as idosas iniciantes em atividade física e as já praticantes.

Palavras-chave: idosos, estresse, hidroginástica

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 148

TEMA LIVRE: SAÚDE

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 149

ANÁLISE DO SENTIDO DE AUTO-EFICÁCIA FÍSICA, DO NÍVEL DE SATISFAÇÃO DE VIDA E DO PERFIL SÓCIO-DEMOGRÁFICO DE IDOSOS

BORGES, Lucélia Justino; COSTA, Geni de Araújo; NASCIMENTO,

Patrícia Vieira do; SANTOS, Eliane Rosa dos

Universidade Federal de Uberlândia – [email protected]

Introdução: Envelhecimento refere-se ao processo biológico natural, gradual, universal e

irreversível, que provoca uma perda funcional progressiva no organismo. Objetivos: O

objetivo foi identificar o perfil sócio-demográfico, o nível de satisfação de vida, bem como o

sentido de auto-eficácia, baseando-se nas capacidades e auto-apresentação, de idosos

praticantes de atividade física no Projeto AFRID. Metodologia: A pesquisa foi realizada com

97 pessoas (84 mulheres e 13 homens), com idade entre 60 e 89 anos. Os instrumentos

utilizados foram três questionários: sócio-demográfico, nível de satisfação de vida (Neri,

1998) e escala de auto-eficácia (Ryckman,1982). Resultados: Os resultados obtidos revelam

o perfil como: casados; possuem apenas o ensino básico; não trabalham; não são aposentados,

nem pensionistas; moram com cônjuge e filhos; não possuem doença crônica; hidroginástica é

a atividade mais praticada; praticam mais de 30 minutos por dia e mais de 3 vezes por

semana, há mais de 5 anos. Quanto ao sentido de auto-eficácia, verificou-se que os idosos, se

auto-apresentam bem fisicamente e têm confiança nas suas habilidades físicas. Quanto à

satisfação de vida, estão muito satisfeitos em relação a aspectos como saúde, capacidade

mental e física, envolvimento social. Conclusões: Diante disso, a prática de atividades físicas

melhora o envolvimento social, aumenta a auto-estima, a auto-apresentação, a satisfação e a

auto-eficácia física.

Palavras-chave: auto-eficácia, satisfação de vida, atividade física

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 150

ANÁLISE DA FORÇA MUSCULAR DOS MEMBROS SUPERIORES, EM IDOSAS PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA DO PROJETO AFRID

BORGES, Lucélia Justino; COSTA, Geni de Araújo; SOUZA, Luiz Humberto

Rodrigues de; NASCIMENTO, Patrícia Vieira do; SANTOS, Eliane Rosa dos

Universidade Federal de Uberlândia – [email protected]

Introdução: Força muscular é a capacidade derivada da contração muscular, que nos permite

mover o corpo, levantar objetos, puxar e empurrar, resistir a pressões ou sustentar cargas.

Objetivos: O presente estudo tem por objetivo analisar a influência da prática de

hidroginástica, na aquisição de força de membros superiores, utilizando-se como referência

um pré-teste, com média e desvio padrão, realizado há 8 meses. Metodologia: O instrumento

utilizado foi o teste de flexão de cotovelo protocolado por Rikli & Jones (1999). A pesquisa

foi realizada com 85 idosas, com idade entre 60 a 79 anos. A amostragem do pré-teste foi

dividida em 4 grupos, de acordo com a idade cronológica: 60- 64 anos (19,12; 3,98); 65-69

anos (20,68; 2,84); 70-74 anos (18,06; 3,74) e 75-79 anos (17,45; 4,27). Verificou-se na

análise dos dados do pós-teste: 60- 64 anos (22,54; 3,93); 65-69 anos (23,14; 3,82); 70-74

anos (21,55; 3,26) e 75-79 anos (20,45; 3,49). Resultados: Diante dos dados obtidos o teste t

Student para variáveis dependentes, mostrou que os 3 primeiros grupos apresentaram

significância para p<0,05 e somente o grupo de 75-79 anos, não apresentou significância

estatística. Porém pôde ser observado aumento da média e diminuição do desvio padrão neste

grupo. Conclusão: Conclui-se que as atividades de hidroginástica têm influência na aquisição

de força dos membros superiores, tendo em vista a comparação dos dados do pré-teste.

Palavras-chave: força de membros superiores, hidroginástica.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 151

AUTONOMIA FUNCIONAL, ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA EM IDOSAS

Priscilla Marques (bolsista do PIBIC/CNPq-Brasil); Cassiano Ricardo

Rech (bolsista CAPES); Sheilla Tribess; Edio Luiz Petroski

Nucidh/CDS/UFSC

[email protected]

Introdução: O sedentarismo é uma epidemia mundial que resulta na perda da autonomia

funcional, afetando a qualidade de vida destes indivíduos. Objetivos: Assim, o propósito

deste estudo foi examinar a relação entre atividade física e qualidade de vida em idosas com

idade superior a 60 anos, residentes em instituições asilares ou que viviam de modo

independente participantes de um programa de atividade física orientada. Metodologia:

Participaram do estudo 44 idosas, sendo 21 residentes em asilos (80,37,1 anos) e 23 que

viviam de modo independente (684,8 anos). Aplicou-se uma entrevista referente à

autonomia funcional (Índice de Katz), nível de atividade física (Escala de Atividade Física) e

de qualidade de vida (Whoqol-Bref). Resultados: Entre as idosas institucionalizadas 76,5%

apresentaram algum tipo de limitação e 29,6% não apresentam limitação. Entre as idosas

independentes ocorreu o inverso, 70,4% não apresentaram nenhum tipo de limitação funcional

e 23,5% com algum tipo de limitação. Os resultados indicaram que idosas que viviam de

modo independente tiveram maiores níveis de atividade física (p0,01) quando comparadas

com as institucionalizadas. Os escores referentes à qualidade de vida geral e nos domínios

físico e psicológico apresentaram-se mais elevados e diferentes significativamente (p0,01)

entre os grupos analisados. A análise correlacional entre o dispêndio energético e o tempo de

atividade física total foi significativa com os domínios: físico (r=0,48; r=0,54) e psicológico

(r=0,55; r=0,53). Conclusões: Conclui-se que há uma relação entre os níveis de atividade

física e os indicadores de qualidade de vida, demonstrando que idosas institucionalizadas

apresentam menor autonomia funcional e atividade física quando comparadas com idosas que

vivem de modo independente.

Palavras-chave: atividade física, qualidade de vida e idosas.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 152

AVALIAÇÃO DE FORÇA MUSCULAR EM IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA REGULAR

Mihessen MC; Calegaro CQ; Arantes JT; Werkhauser LG

Recor – Reabilitação e Condicionamento Físico

[email protected]

Introdução: A perda de massa muscular parece ser a principal razão da diminuição de força

nos idosos. Em média há uma perda de 30% de força muscular entre 20 e 70 anos de idade

(NIEMAN, 1999). Objetivo: Verificar se há aumento significante na força e resistência

muscular de idosos que já praticam atividade física regular. Material e métodos: Foram

avaliados 48 idosos praticantes de atividade física regular (3x/semana durante 1 hora), sendo

15 do sexo feminino (71,6 ±7,4 anos) e 33 do sexo masculino (66,5±5,5 anos). Foram

realizados os testes de sentar e levantar da cadeira e teste de flexão de cotovelo (RIKLI &

JONES, 1999) com intervalo de seis meses entre eles (T1 e T2). Neste intervalo os idosos

continuaram a praticar regularmente suas atividades sendo 40% de exercícios aeróbios e 60%

de exercícios resistidos. Resultados: Os resultados mostraram aumento estatisticamente

significativo do número de repetições realizados nos testes, quando comparados o T1 com o

T2 de ambos os grupos (usou-se Teste t de Student.). O resultados, para o sexo feminino

foram: T1: 14,2±2,1, e T2: 15,5±3,1 repetições para membros inferiores (p<0,003); T1: 18,8 ±

3,8 e T2: 20,7 ±5,1 repetições para membros superiores (p<0,03). E para o sexo masculino:

T1: 15,6±2,1, e T2:16,8±2,6 repetições para membros inferiores (p<0,001); e, T1: 20,0±5,4,

T2 23,0±4,8 repetições para membros superiores (p<0,0004). Conclusão: o estudo verificou

que a atividade física regular promoveu aumento na força muscular nos idosos analisados.

Palavras-chave: força muscular, idoso, atividade física.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 153

CLASSIFICAÇÃO DO NÍVEL FUNCIONAL EM IDOSAS PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA

Maria Alcione Freitas e Silva, Luiz Humberto Rodrigues Souza, Fernando

Roberto Nunes Tiburcio, Joyce Buiate Lopes Maria, Geni Araújo Costa

Universidade Federal de Uberlândia

[email protected]

Introdução: Na terceira idade os exercícios podem contribuir para compensar determinada

deficiência, satisfazer as necessidades fisiológicas básicas, aumentar a capacidade funcional

ou simplesmente para proporcionar prazer. Objetivos: A finalidade deste estudo é verificar a

capacidade funcional dos idosos, incluindo as AVDs e AIVDs, em idosos praticantes de

hidroginástica. Metodologia: Para a realização desta pesquisa foram avaliadas 38 idosas, com

idade entre 50 e 79 anos, praticantes de hidroginástica. Foram utilizadas duas escalas de Auto-

avaliação da capacidade funcional, uma proposta por SPIRDUSO (1995) com 18 tipos

diferentes de AVDs e AIVDs, e outra proposta por RIKLI e JONES (1999) com 12 tipos de

atividades. Para a realização da avaliação foram utilizados os materiais e procedimentos

protocolados por Matsudo, 2004. Resultados: Foi comprovado que, de acordo com

questionário descrito por SPIRDUSO (1995) a média geral da capacidade funcional dos

idosos de 50-59 anos foi de 90,27%, de 60-69anos foi 84,78% e de 70-79 anos foi 91,26%. A

escala proposta por RIKLI e JONES (1999) mostrou que dos indivíduos de 50-59, 60-69 e 70-

79 anos, respectivamente, 25%, 17,39%, 14,28% alcançaram a classificação avançada,

enquanto 50%, 65,21%, 57,14% e 25%, 65,21%, 28,57%, enquadraram-se nas duas próximas

classificações. Conclusão: A partir desta pesquisa, pode-se dizer que os exercícios realizados

vêm contribuindo para a benfeitoria das atividades diárias dos idosos praticantes de

hidroginástica.

Palavras-chave: capacidade funcional, AVDs, idosos.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 154

COMPARAÇÃO DAS VARIÁVEIS DE ATIVIDADE DE VIDA DIÁRIA EM INDIVÍDUOS INSTITUCIONALIZADOS.

Ana Tereza Coelho 1, Regina Soares

1 e Rosangela Villa Marin

1,2

1 Universidade do Grande ABC - UNIABC

2 Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul- CELAFISCS –

[email protected]

Introdução: sabe-se que o trabalho multidisciplinar pode ser considerado uma maneira

facilitadora para a melhoria da qualidade de vida e saúde dos indivíduos. Objetivo: comparar

as variáveis de força muscular e atividade de vida diária de indivíduos institucionalizados

cadeirantes e não-cadeirantes. Métodos: foram analisadas 17 fichas de pacientes de uma

instituição de longa permanência ―Abrigo Irmã Tereza à velhice desamparada‖, São Caetano

do Sul. A amostra foi composta por 17 indivíduos de ambos os sexos, com idade entre 57 e 98

anos (x = 77,0 11,0 anos), sendo 10 pacientes não cadeirantes e 7 cadeirantes. Estes

indivíduos apresentavam um tempo de internação que variou de 11 meses a 13, 6 anos. Estes

são acompanhados por fisioterapeutas e educadores físicos. Para analisar as variáveis, foi

utilizado o questionário de atividade de vida diária – AVD (MATSUDO, 2004), com questões

relacionadas a atividades de higiene pessoal e alimentação independente (Q2 – lavar cabelos;

Q5 – cortar pedaço de carne; Q6 – levar uma xícara à boca; Q13 – levantar um objeto de 2,5

kg;Q16 – abrir um pote que já fora aberto;Q17 – abrir e fechar torneiras). Para análise dos

dados foi utilizado o teste Qui Quadrado com a finalidade de comparar os valores de

indivíduos cadeirantes e não-cadeirantes. O nível de significância adotado foi p<0,05.

Resultados: Apresentados na tabela em freqüência:

QUESTÕES CADEIRANTES NÃO-CADEIRANTES

0 1 2 3 0 1 2 3

Q2 * 2 1 3 2 8 1 0 0

Q5 * 2 2 1 3 7 2 0 0

Q6 * 6 0 0 2 9 0 0 0

Q13 * 3 0 1 4 5 4 0 0

Q16 * 2 0 2 4 7 1 1 0

Q17 * 3 0 1 4 9 0 0 0

* p<0,05. 0=s/qualquer dificuldade; 1=c/alguma dificuldade; 2= c/muita dificuldade; 3= incapaz

Conclusão: Foi observada diferença significativa para as variáveis analisadas, nas quais os

indivíduos institucionalizados não cadeirantes obtiveram melhores valores de desempenho nas

atividades de vida diária relacionadas. Os indivíduos cadeirantes mostraram maior

dependência para estas variáveis citadas.

Palavras-chave: atividade de vida diária

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 155

COMPARAÇÃO DAS VARIÁVEIS NEUROMOTORAS DA APTIDÃO FÍSICA E CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSAS FISICAMENTE ATIVAS

Méris Sayuri Tanaka, Rosângela Villa Marin, Sandra Matsudo e Victor Matsudo

CELAFISCS. [email protected];

Apoio CNPq processo: 309481/2003-1

Introdução: há uma crescente preocupação por parte da comunidade científica em investigar

os benefícios da atividade física nos idosos já que 75 % desses têm uma ou mais doenças

físicas crônicas o que faz com que modifiquem o modo de ver seu estado físico.Objetivo: o

objetivo do estudo foi comparar as variáveis neuromotoras da aptidão física e a capacidade

funcional de mulheres idosas fisicamente ativas de acordo com a idade cronológica.

Metodologia: foram avaliadas 210 mulheres com idade entre 60 e 87 anos (72,6 ± 5,2 anos)

praticantes de atividade física há pelo menos um ano, duas vezes por semana, com duração de

50 minutos por sessão, no Centro da Terceira Idade ―Dr Moacyr Rodrigues‖, em São Caetano

do Sul. A amostra foi dividida por faixa etária: A:60-69 (n=99), B:70-79 (n=96) e C:80-87

(n=15) anos. Para análise da capacidade funcional foram utilizados os testes de mobilidade

geral (padronização CELAFISCS): velocidade de levantar da cadeira (VLC), velocidade de

andar (VA) e velocidade máxima de andar (VMA). Na avaliação das variáveis neuromotoras

da aptidão física foram verificados equilíbrio (EQL), força de membros superiores (FMMSS)

– flexão de cotovelo e membros inferiores (FMMII) – teste de levantar da cadeira em 30

segundos, flexibilidade - teste de sentar e alcançar no chão (FLEX) e agilidade (shuttle run).

Na análise estatística foi utilizada a ANOVA one-way. O nível de significância adotado foi de

p<0,05. Resultados: na tabela são apresentados os valores de acordo com a idade.

VARIÁVEIS Grupo A Grupo B Grupo C

FLEXIBILIDADE (cm) 27,6 6,7 27,4 8,8 23,6 8,7

AGILIDADE (seg) 18,8 3,2 20,9 3,31 24,3 5,0

2,3

EQUILÍBRIO (seg) 23,4 7,9 17,8 9,91 11,9 9,9

2,3

FORÇA MMSS (rep.) 23,0 4,8 22,7 4,6 21,8 4,0

FORÇA MMII (rep.) 18,6 4,0 18,4 4,7 18,5 5,3

VEL LEVANTAR CADEIRA (seg) 0,7 0,3 0,7 0,3 0,7 0,3

VEL ANDAR (seg) 3,0 0,5 3,2 0,6 3,7 0,82,3

VEL MÁX ANDAR (seg) 2,4 0,2 2,4 0,2 2,6 0,42,3

*p<0,05 1

- B X A; 2- C X A;

3- C X B

Conclusão: dentro das limitações de uma análise transversal, os achados sugerem que o

processo de envelhecimento teria um impacto negativo na agilidade, equilíbrio, velocidade de

andar e velocidade máxima de andar de mulheres fisicamente ativas, que por outro lado não

demonstraram a mesma repercussão nas variáveis flexibilidade, força de membros superiores

e inferiores e velocidade de levantar da cadeira; reforçando a expectativa do papel positivo da

atividade física nessa fase da vida.

Palavras-chave: variáveis neuromotoras, aptidão física, capacidade funcional

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 156

COMPOSIÇÃO CORPORAL DE IDOSAS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO E HIDROGINÁSTICA

NOVAIS, Francini Vilela;COSTA, Geni Araújo;AZEVEDO, Paula Guimarães de

Universidade Federal de Uberlândia-UFU

[email protected]

Introdução: A população brasileira, até pouco tempo considerada jovem, está envelhecendo.

No envelhecimento é normal a observação de lentas e progressivas mudanças, dentre elas

estão as alterações na composição corporal. Vários estudos sugerem que a atividade física

tem um papel fundamental nestas modificações antropométricas relacionadas à idade.

Objetivo: Verificar a composição corporal de idosas praticantes de musculação e

hidroginástica. Metodologia: As mensurações foram feitas em 160 idosas, pertencentes ao

Projeto AFRID da Universidade Federal de Uberlândia. A amostra foi dividida em, GI-

musculação (n=29) e GII-hidroginástica (n=131). Para análise dos dados, utilizou-se a

estatística descritiva e teste t de Student para amostras independentes, em nível de p<0,05.

Resultados:Tabela 1-Características descritivas e teste t independente de Student das duas

diferentes modalidades.

Idade MC EST CC CQ DT

GI 65,3 ± 8,9 60,1± 9,1 1,54±0,06 84,6±9,07 98,9±7,79 19,07±5,2

GII 63,5±6,21 66,5±13,9 1,52±0,05 87,9±11,6 102,8±11,9 26,5±10,5

P 0,218 0,021 0,082 0,172 0,106 0,0003

DSE DSI DA %G RCQ IMC

GI 18,5±6,79 23,6±8,37 31,9±9,9 20,0±4,07 0,854±0,05 25,3±3,8

GII 28,5±11,8 29,6±11,6 42,4±14,3 25,2±6,3 0,855±0,06 28,6±5,3

P 3,35421E-05 0,01 0,0003 6,11696E-05 0,93 0,001

Conclusão: Pode-se concluir que há diferenças antropométricas estatisticamente relevantes

entre as duas modalidades em questão. Estas diferenças podem ser especialmente notadas no

que tange aos aspectos referentes à massa corporal, às dobras cutâneas, ao percentual de

gordura e ao índice de massa corporal.

Palavras-chave: antropometria, atividade física e idosos.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 157

DECLÍNIO DA MEMÓRIA EM IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS

Azevedo, Paula Guimarães; Novais, Francini Vilela; Costa, Geni Araújo

Universidade Federal de Uberlândia-UFU

[email protected]

Introdução: A memória é a capacidade psíquica de fixar, conservar e reproduzir, evocar ou

representar sob a forma de imagens representativas ou mnênicas, aquelas impressões

sensoriais, recebidas, transmitidas e conscientizadas, sob a forma de sensação. No

envelhecimento, alguns sistemas da memória sofrem declínio. As atividades físicas ajudam a

compensar essa perda. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo verificar o declínio

da memória de idosos praticantes de musculação, no intuito de conhecer suas deficiências

para melhorar a qualidade dos treinos. Metodologia: A pesquisa foi realizada com 22 idosos,

com idade entre 53 a 86 anos, 19 mulheres e 03 homens, praticantes de musculação.Os dados

foram coletados na FAEFI-UFU. Neles foram aplicados o Mini-Mental(Folstein, Folstein &

Mchugh,1975) e o teste das figuras(Morris et al, 1989; Bertolucci et al,1998). Resultados: O

mini mental ressaltou que 36.36%dos idosos possuem orientação espaço-temporal;

90,90%possuem memória imediata e 9.1% tiveram déficit da mesma; 31,81%possuem

atenção e capacidade de calcular, 36.36% tem evocação e todos têm uma linguagem

comprometida. O teste das figuras determinou que 100% possuem percepção visual e

nomeação, 30% possuem memória imediata após 2 min. de visualização. Conclusões: Os

testes puderam comprovar que os idosos têm um possível comprometimento cognitivo.Desta

maneira há a necessidade de vinculação de exercícios físicos e mentais para melhores

benefícios na prática das atividades e na realização das AVD‘s.

Palavras- chave: memória e idoso

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 158

HIDROGINÁSTICA: IMPACTOS NO ENVELHECIMENTO ATIVO

Andréa Krüger Gonçalves, Doralice Orrigo da Cunha Pol, Veridiana

Mota Moreira, Giovanni Sanchotene Pacheco, Angélica de Souza

Moreira, Dilamara Jesus Longoni, Vera Maria Boni Signori

Universidade Luterana do Brasil/Canoas (CEAFE/LAFIMED)

Departamento de Vigilância da Saúde/Prefeitura Municipal de Canoas

[email protected]

Introdução: A aptidão física de idosos está diretamente relacionada à capacidade funcional

devido a sua relação direta com a força, resistência, flexibilidade e equilíbrio. O padrão ativo

de vida precisa ser desenvolvido independente da faixa etária, porém a parcela da população

sedentária é ainda mais prevalecente sobre a ativa. A OMS tem enfatizado a atividade física

como variável diretamente relacionada à manutenção e/ou recuperação do estado saudável.

Contudo, existe uma carência de estudos que comprovem quanto eficaz é o exercício para

pessoas comuns. Objetivo: O objetivo do estudo experimental realizado foi analisar a

capacidade motora de idosos após um programa físico de hidroginástica. Metodologia:

Participaram da amostra 57 idosos praticantes de duas aulas semanais de hidroginástica, os

quais não realizavam nenhum outro tipo de atividade física. Os idosos eram praticantes de

hidroginástica no CEAFE (Centro de Estudos de Atividade Física e Envelhecimento) da

Educação Física ULBRA/Canoas. Os instrumentos utilizados foram testes de: força membros

inferiores e superiores, flexibilidade membros inferiores e superiores, resistência, equilíbrio e

agilidade, a partir do protocolo de Rikli e Jones (2001). Os idosos foram avaliados no início e

no final do primeiro semestre de 2004 (pré e pós-teste). A análise estatística empregada foi o

teste ´t´ para amostra dependentes com nível de significância de 5% (p<0,05) no programa

SPSS 10.0. Resultados: Os resultados indicaram diferença estatística significativa em todas

variáveis avaliadas, com exceção da flexibilidade de membros inferiores. Conclusões: Esta

pesquisa evidenciou que a hidroginástica propiciou resultados efetivos em variáveis físicas

essenciais na promoção de bem-estar e manutenção da capacidade funcional em idosos.

Palavras-chave: hidroginástica, envelhecimento, aptidão física

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 159

O IDOSO NA MÍDIA IMPRESSA

Raquel Guimarães Lins, Juliana Benigna de Oliveira

Universidade Católica de Brasília

[email protected]

Introdução: A preocupação com o crescimento da população idosa brasileira permeia vários

setores da sociedade. O presente estudo está baseado na associação deste segmento da

população, que corresponde aproximadamente a 9% da população de Belo Horizonte, e o

veículo de comunicação de massa - Jornal Impresso – Jornal Estado de Minas. O jornal é um

veículo de comunicação direcionado para as questões sociais, políticas e que procura informar

e formar opiniões em sua totalidade. Objetivo: Com base nestas evidências objetivou-se

analisar como este meio de comunicação de massa enfoca a questão do idoso em um caderno

com caráter de bem estar e saúde. Metodologia: A metodologia consta de uma análise de

conteúdo do caderno Bem Estar, cuja periodicidade é semanal, no período compreendido

entre janeiro de 2004 a junho deste mesmo ano (25 no total). Resultados: os resultados

encontrados correspondem a 3 reportagens de capa, que se refere a apenas 12% de suas

edições, quando foi dado ao idoso um ―status‖ um pouco maior no que nas demais, ainda que

de maneira bem discreta e simplista. Pôde-se verificar ainda a ênfase na associação de saúde

para este grupo com os comprometimentos fisiológicos do envelhecimento. Conclusão: O

que se pode concluir é que, apesar do crescimento da população idosa ser um fato evidente na

sociedade brasileira, no se refere ao veículo de comunicação de massa – o Jornal Estado de

Minas, o mesmo cumpre, paulatinamente, seu papel social, político e cultural na questão da

informação sobre o idoso e suas atribuições, ainda que com uma preocupação maior aos

aspectos fisiológicos na associação entre saúde e envelhecimento.

Palavras-chave: jornal impresso, saúde, idoso.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 160

PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM HOMENS COM IDADE ACIMA DE 50 ANOS PRATICANTES DE DIFERENTES TIPOS DE ATIVIDADES FÍSICAS.

Rosangela Villa Marin, Sandra Matsudo e Victor Matsudo

CELAFISCS - Apoio CNPQ processo: 309481/2003-1

E-mail: [email protected]

Introdução: Muitos estudos têm sido realizados objetivando a melhoria da qualidade de vida,

saúde e a importância de aspectos sociais na vida de indivíduos idosos. Objetivo: Comparar a

percepção da qualidade de vida entre homens acima de 50 anos de idade, praticantes de

ginástica localizada e hidroginástica. Qual a diferença na qualidade de vida de homens idosos

praticantes de dois diferentes estilos de atividades físicas. Metodologia: A amostra foi

composta por 20 homens, sendo 13 praticantes de hidroginástica e 7 praticantes de ginástica

pertencentes aos Centros da Terceira Idade ―Parque aquático Dirce Pereira Montanari‖ e ―Dr.

Moacyr Rodrigues‖, com média de idade de 67,7 7,37 e 64,3 6,0 anos respectivamente. O

tempo de prática variou entre 1 ano e 14 anos (7,2 4,0 anos). Mediante a utilização do

Questionário de Qualidade de Vida elaborado pela Organização Mundial de Saúde

(WHOQOL- Bref, 2000). O questionário está dividido em 4 domínios: Físico (máximo de 35

pontos), Psicológico (máximo de 30 pontos), Relações Sociais (máximo de 15 pontos), e

Meio Ambiente (máximo de 40 pontos). A análise estatística utilizada foi o teste ―t‖ de

Student para amostras independentes e o delta percentual (Δ%) para quantificar as diferenças

percentuais entre os praticantes de hidroginástica e de ginástica e as diferenças entre os

valores da percepção dos indivíduos e os considerados ideais. O nível de significância

adotado foi de p<0,01. Resultados: Na tabela estão resumidos

DOMÍNIO HIDRO IDEAL % GINÁSTICA IDEAL% ∆%

x s x s

Físico 25,0 1,8 - 28,6 27,6 * 0,9 - 21,2 - 9,3

Psicológico 19,6 1,8 - 34,7 20,7 1,3 - 31,0 - 5,3

Relações Sociais 10,9 1,3 - 27,3 13,1 * 0,8 - 12,4 - 17,0

Meio Ambiente 29,5 3,5 - 26,4 30,8 2,0 - 23,0 - 4,4

* p<0,01. IDEAL % - valor extraído do cálculo de porcentagem do valor encontrado e o valor máximo.

∆% - valores percentuais entre HIDRO e GINÁSTICA

Conclusão: Foi observada diferença significativa na percepção da qualidade de vida nos

domínios físico e relações sociais quando comparados os grupos. Quanto aos domínios

psicológico e meio ambiente os grupos apresentaram percepções similares.

Palavras-chave: percepção de qualidade de vida, homens ativos.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 161

PÔSTER: EDUCAÇÃO

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 162

A ADAPTAÇÃO DO IDOSO À PRÁTICA DA MUSCULAÇÃO

Rosemary Rauchbach1 ; Laiza Danielle de Souza

2

1 - Secretaria Municipal do Esporte e Lazer/ Programa Idoso em Movimento,

Curitiba; Curso de Educação Física – UNIANDRADE

[email protected]

2 - Grupos Independentes/ Programa Idoso em Movimento/ SMEL, Curitiba

[email protected]

Introdução: A musculação, pelas suas qualidades passou a ocupar lugar de destaque nas

academias, atendendo homens e mulheres de todas as idades, adaptando-se facilmente à

condição física individual. No entanto, para um trabalho eficaz e seguro com a terceira idade

são necessárias algumas adaptações. Objetivo: O objetivo principal foi analisar a forma com

que o idoso se adapta ao programa, como também salientar erros mais comuns na utilização

do equipamento e orientação da prática da atividade. Metodologia: Essa pesquisa é um relato

de experiência que teve sua origem nas observações feitas no cotidiano das academias, na

intervenção diária e orientação de idosos à prática da musculação. Resultados: Observou-se

que, no trabalho com a terceira idade são necessárias as seguintes adaptações: nos

equipamentos oferecer apoios, certificar-se quanto à carga, observar se as travas de segurança

realmente estão ao alcance, verificar se aquele corpo idoso se encaixa no equipamento, cuidar

para que o aluno não se empolgue com o ritmo do ambiente e exceda seu limite, estar sempre

presente. O grande desafio está em saber trabalhar com o idoso dentro das suas capacidades e

limitações físicas, consciência e aceitação corporal, timidez, vergonha dos próprios

movimentos, e ainda na arquitetura do ambiente das academias, nas projeções dos

equipamentos, no layout da sala de musculação, na iluminação, na dificuldade da leitura da

ficha de exercícios, no som, no público, geralmente jovem que contrasta com o idoso.

Conclusão: É necessário, tornar o ambiente da musculação adaptado e agradável, onde o

idoso possa criar vínculos com o local, com as pessoas da sua e de outras faixas etárias e com

seu professor de forma direta e aberta, tirando suas dúvidas e expondo suas necessidades.

Palavras-chave: idoso, musculação, academia.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 163

ANÁLISE DO CURRÍCULO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA QUANTO À FORMAÇÃO PARA O

TRABALHO COM IDOSOS

Thiago Nunes, Camila Gonçalves, Cláudia Esteves, Roberta Salvini, Marisete Peralta Safons

Faculdade de Educação Física – UnB - [email protected]

Introdução: O curso de Licenciatura em Educação Física da UnB tem como objetivo formar

licenciados aptos para atuarem como professores na Pré-escola, Ensinos Fundamental, Médio

e Superior, na modalidade regular ou especial. A aptidão se dará também na Educação Física

não escolar, tais como recreação e esportes em academias, clubes, hotéis, centros

comunitários, condomínios, associações recreativas, empresas e outros, onde o profissional

demonstrará habilidade ao lidar com clientela diversificada, sejam crianças, jovens, adultos,

idosos, gestantes, sedentários, portadores de deficiência, etc. A formação do aluno abrange

conhecimentos humanísticos (filosóficos, do ser humano e da sociedade) e técnicos.

Objetivo: Traçar o perfil do currículo que contemple as particularidades e necessidades para o

trabalho com indivíduos na Terceira Idade. Metodologia: Foi aplicado um questionário

composto por três questões subjetivas aos alunos matriculados nas disciplinas Prática de

Ensino em Educação Física 1 e 2, participantes dos programas de Atividade Física para Idosos

da Universidade de Brasília. As respostas foram quantificadas e comparadas ao perfil do

curso de Educação Física. Resultados: Os alunos destacaram como essenciais as seguintes

disciplinas obrigatórias: Anatomia Humana, Fisiologia do Exercício 1 e 2, Cinesiologia,

Psicologia da Educação e Didática da Educação Física. Dentre as disciplinas optativas (de

escolha livre), as mais citadas foram as que versavam sobre os conteúdos: Atividades Físicas

para 3ª idade, Exercícios Físicos Terapêuticos, Musculação e conhecimento mais aprofundado

de Fisiologia Humana, Citologia e Histologia. Conclusão: Conforme sugerido pelos alunos,

idealiza-se um currículo com formação técnica e humanística, o que segue o proposto pelo

perfil do curso de Educação Física da Universidade de Brasília. Urge o problema da

indisponibilidade das disciplinas que atendam as expectativas dos alunos ainda na graduação,

contudo, tal complemento pode ser adquirido em cursos extra-curriculares ou especializações

lato/stricto sensu.

Palavras-chave: currículo, educação física, terceira idade

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 164

DANÇA FOLCLÓRICA COMO MEIO DE INCLUSÃO SOCIAL DO IDOSO

Marize Amorim Lopes

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

[email protected]

Introdução: Enraizada no modo de viver do ilhéu está a dança, como expressão legítima de

sua cultura, cultivada em diferentes rincões da Ilha de Santa Catarina. Objetivando preservar,

recriar e divulgar as danças folclóricas do litoral catarinense, criou-se um grupo folclórico. A

idéia de envolver idosos foi em virtude do seu próprio interesse e da baixa rotatividade dos

membros, ao contrário do que ocorria com os universitários. Objetivo: relatar experiência

bem sucedida de inclusão social através de um programa de dança folclórica. Metodologia:

este relato de experiência de um projeto de extensão e pesquisa desenvolvido a partir de 1989

com as danças do litoral catarinense. Foram avaliados: contexto sócio-cultural, movimentos,

gestos, músicas e indumentárias. As atividades são desenvolvidas 2 vezes por semana com 2

horas de duração, envolvendo montagens coreográficas enriquecidas com pesquisa histórica,

ensaios e apresentações. Resultados: destacam 9 danças com enfoque na etnia portuguesa de

base açoriana, que foram recriadas com a participação dos idosos. A divulgação destas

danças envolve 30 pessoas de 50 a 84 anos e 9 músicos, e se fazem presente em festas

comunitárias e beneficentes, de âmbito municipal, estadual, nacional e internacional. São

realizadas entre 35 e 40 apresentações num ano. O grupo transmite seus conhecimentos

folclóricos aos alunos e professores da rede escolar através da dança e entrevistas. Em 2002

foi lançado um CD com seis músicas folclóricas, que se constitui num acervo musical da

cultura regional de base portuguesa açoriana, disponível às escolas e comunidades.

Conclusão: a dança começou a fazer parte da vida destes idosos, favorecendo a comunicação

de seus ideais e descobertas. Este projeto de extensão proporciona aos idosos uma

oportunidade de pesquisar e de sentir-se útil na preservação da história cultural catarinense,

além de favorecer as trocas de informações entre gerações e da universidade com a

comunidade.

Palavras-chave: dança folclórica, idosos

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 165

DIÁLOGO INTERGERACIONAL E EDUCAÇÃO: UMA PRÁTICA COMPARTILHADA

GIOVELLI, Marivana; ACOSTA, Marco Aurélio;

Universidade Federal de Santa Maria

[email protected]

Introdução: Os caminhos por onde estudamos o envelhecimento humano são muitos, e como

não poderia deixar de ser, instiga-nos a dúvida de como a educação pensa atuar nessa

população, quais os aspectos que a educação deve abordar para atingir plenamente o velho em

sua condição humana. A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), juntamente com o

Centro de Educação Física e o NIEATI*, possui um projeto chamado Aluno Especial II, onde

pessoas acima de 55 anos podem matricular-se no saldo das vagas das disciplinas oferecidas

pelos diversos cursos. Este projeto leva às salas da universidade, três diferentes gerações: o

acadêmico regular, o professor e o idoso. Essa investigação teve como objetivo compreender

como se desenvolve o processo educacional, levando em consideração as relações

intergeracionais que ocorrem no projeto. Metodologia: Nessa investigação caracterizada

como Estudo de Caso, foram feitas entrevistas com amostras de professores, alunos regulares

e alunos especiais II matriculados no segundo semestre de 2003, e observações das aulas.

Como Principais Resultados destacamos, a influência do professor e sua formação

pedagógica nas oportunidades de relacionamento e crescimento mútuo com os idosos, o

aspecto humanizador que o idoso leva a sala de aula e a sua contribuição com experiência de

vida para a cultura e informação dos alunos mais novos, nos levando a concluir que o

processo de educação que se constrói dessa relação de três gerações pode-se chamar de uma

prática compartilhada de educação.

Palavras-chave: educação compartilhada, diálogo intergeracional, envelhecimento

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 166

METODOLOGIA DA DANÇA DE SALÃO PARA IDOSOS

Márcio de Moura Pereira, Marisete Peralta Safons

GEPAFI/UnB

[email protected]

Introdução: Há consenso entre os estudiosos que a dança é uma atividade capaz de

proporcionar condicionamento físico, integração social e lazer a indivíduos idosos, além de

inúmeros benefícios psicológicos. Entretanto, há carência de relatos a respeito de como se

estruturam as Aulas de Dança de Salão, com relação a conteúdos e intensidade, nos diversos

programas de atividades físicas voltados para idosos. Objetivo: apresentar à comunidade

acadêmica uma sugestão de Metodologia de Ensino de Dança de Salão para Idosos.

Metodologia: Estudo transversal em que a intensidade do esforço para cada ritmo utilizado

nas aulas de dança de salão foi avaliada a partir da PSE - Percepção Subjetiva do Esforço

(Escala CR10 de BORG, 1998). A amostra foi composta de 10 turmas de idosos (mín. 25 e

máx. 70 sujeitos de ambos os sexos), matriculados no curso de Dança de Salão do Programa

Qualidade de Vida, em Brasília, de 2000 a 2004.

Resultados: Os diversos ritmos foram organizados dentro da aula padrão de condicionamento

físico de acordo com a intensidade do esforço percebido (Tabela 1).

Tabela 1- Ritmos da dança de salão e esforço percebido

Fase da aula Ritmo PSE Intensidade

Aquecimento Valsa, Tango de 2 a 3 de fraco a

moderado

Zona alvo1

Iniciantes

Marchas, Chamamé, Xote, Baião,

Vanera, Mazurca, Pagode,

Rumba, Mambo, Quadrilha, Boi-

Bumbá, Carimbó, Foxtrote

de 3 a 4 de moderado a

algo forte

Zona alvo2

Condicionados

Salsa, Cúmbia, Samba, Xaxado,

Merengue

de 5 a 6 forte

Volta à calma Bolero, Slow fox 2 fraco

O frevo, a lambada e o samba de gafieira receberam classificações acima de muito forte (7 ou

mais na CR10). Conclusão: A classificação da intensidade dos ritmos de acordo com as

diversas fases da aula, além de trazer mais segurança, torna mais objetivo o planejamento do

professor que a partir daí pode traçar estratégias para utilização da dança de salão com os

mais diversos objetivos, sem prejuízo do condicionamento físico.

Palavras-chave: dança, exercício, metodologia

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 167

MOTIVO DE ADESÃO À PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA ORIENTADA E A RELEVÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA REALIZADA EM GRUPO PARA OS

IDOSOS

Patrícia Queiroz, Alexandre Almeida, Rodrigo Luna, Marisete Peralta Safons

Faculdade de Educação Física – UnB

[email protected]

Introdução: Há consenso entre os estudiosos que a prática de atividade física orientada em

grupos de idosos traz grandes benefícios para a saúde dos mesmos. Porém não há consenso

quanto ao principal motivo que os leva a buscar a atividade física, e se preferem fazer

atividade em grupo ou individual Objetivo: Avaliar o motivo pelo qual os idosos aderem à

prática de atividade física orientada e o nível de importância que eles atribuem às aulas de

condicionamento físico orientado feitas em grupo, para que estas se tornem mais prazerosas.

Metodologia: A amostra foi composta de 51 aulas de condicionamento físico, ministradas

para um grupo de 40 alunos divididos em duas turmas, que fazem parte do Programa de

Qualidade de Vida, oferecido no clube da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal

(APCEF). O motivo de adesão à prática de atividade física orientada e o grau de importância

atribuído à atividade física em grupo para que a mesma se torne mais prazerosa foram

avaliados respectivamente por meio de um questionário e uma entrevista, sendo seus

resultados interpretados através de estatística descritiva. Resultados: A aquisição e a

manutenção do condicionamento físico foram apontadas como o principal motivo de adesão a

prática de atividade física orientada por 76,19% do grupo. 23,80% apontam a indicação

médica como fator determinante para terem aderido à prática de atividade física orientada.

Quanto à relevância da atividade em grupo, 100% dos entrevistados relatam que a atividade

física em grupo é mais agradável e prazerosa do que a atividade individualizada. Conclusão:

Apesar da maioria dos alunos atribuírem sua adesão à atividade física ao desejo de melhorar

seu condicionamento físico, o grupo é unânime quanto à importância da atividade física

coletiva para que esta se torne mais agradável e prazerosa. Mais estudos são necessários para

esclarecer se esta é uma característica local ou uma tendência dentro da atividade física com

idosos.

Palavras-chave: atividade física orientada, condicionamento físico, grupo

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 168

PÔSTER: ESPORTE E LAZER

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 169

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE IDOSAS DO NÚCLEO DA TERCEIRA IDADE DO CED/ FESURV

Leidimar A. F. Oliveira; Daiane P. Rodrigues; Janine A. Viniski

UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

e-mail: [email protected]

Introdução: O envelhecimento é um processo irreversível que não se resume à velhice e tem

a avaliação física como auxilio no diagnóstico das potencialidades e dificuldades individuais,

referentes à prática do exercício. Objetivo: Traçar o perfil antropométrico de um grupo de

idosas praticantes de atividades físicas no CED (Centro de Excelência Desportivo) Fesurv –

Rio Verde. Material e Métodos: Fizeram parte do grupo 57 idosas, divididas em três

subgrupos, o primeiro de 50 a 59 anos, o segundo de 60 a 69 anos e o terceiro de 70 a 79 anos.

A metodologia aplicada foi descritiva, onde foi aplicado uma ficha de anamnese elaborada

pelo Núcleo da Terceira Idade/CED, além de uma bateria de testes com as variáveis

antropométricas: peso, estatura, tronco-cefálico, índice de massa corporal, adiposidade e

circunferências de cintura/quadril.; Variáveis Metabólicas com o teste de 6' de caminhada;

Variáveis Neuromotoras: força dos membros superiores e inferiores; da avaliação da agilidade

e do equilíbrio. Resultados: a análise estatística foi de forma não paramétrica, salientando a

média e desvio padrão, onde observamos que a estatura dos grupos é de média a baixa; no

IMC encontram-se moderadamente obesas; no teste de circunferência as avaliadas estão com

alto risco em relação a cintura/quadril. Nos testes de força verificamos que os membros

inferiores são mais fracos em relação aos membros superiores. Conclusão: Traçado assim o

perfil antropométrico do grupo avaliado, recomenda-se a adequação do programa de

atividades físicas no qual o mesmo está inserido, com suporte científico para obtenção de

melhores resultados priorizando suprir as necessidades encontradas, além de abrir caminho

para novos questionamentos, ficando claro a importância deste perfil como fonte de inúmeras

outras pesquisas a serem realizadas futuramente com base nestes dados.

Palavras-chave: perfil, idosos, ativos

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 170

PÔSTER: PSICOSSOCIAL

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 171

A DANÇA COMO FATOR MINIMIZANTE DA DEPRESSÃO NA 3ª IDADE

Daiane P. Rodrigues; Janine A. Viniski; Leidimar A. F. Oliveira

UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

e-mail: [email protected]

Introdução: A depressão pode ser confundida com as alterações psicológicas ocorridas no

período de envelhecimento, sendo difícil ser constatada no idoso. Objetivo: Verificar a

importância da prática regular de atividade física, através da dança de salão, para idosos de 60

a 80 anos como agente minimizador dos quadros de depressão. Metodologia: Este estudo foi

realizado através de revisão bibliográfica de 21 publicações (artigos, monografias e revistas),

no período de 1996 a 2003. Resultados: Considerando a dança como uma arte e um meio

que interage o físico, o emocional e o social das pessoas, principalmente a dança de salão que

promove a sociabilização, constatamos que os idosos, com a prática desta modalidade,

sentem-se alegres, bem dispostos, adquirem uma melhora na auto-estima, da capacidade

cardiorespiratória ou seja, melhoram o condicionamento físico, a convivência em grupo e a

auto imagem. Conclusão: Enfim, de acordo com os dados obtidos observamos que com a

prática da dança de salão os idosos alteram positivamente a qualidade de vida reduzindo e, em

alguns casos, eliminando os quadros de depressão.

Palavras-chave: dança, idosos, depressão

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 172

CONCEPÇÃO DE ENVELHECIMENTO DE UNIVERSITÁRIOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Andréa Krüger Gonçalves, Rosa Maria Freitas Groenwald, Ana Lígia Finamor Bavier,

Giovanni Sanchotene Pacheco, Angélica de Souza Moreira, Dilamara Jesus Longoni

Universidade Luterana do Brasil/Canoas (CEAFE/LAFIMED)

Departamento de Vigilância da Saúde/Prefeitura Municipal de Canoas

[email protected]

Introdução: A adoção de comportamento é influenciada pela avaliação de diferentes grupos

sociais, sendo necessário identificar a percepção destes mesmos sobre as variáveis que podem

influenciar a ação. Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar a percepção do

envelhecimento em estudantes universitários de Educação Física e sua relação com a adoção

(ou não) do comportamento ativo de indivíduos idosos. Metodologia: A amostra foi composta

por 30 universitários de Educação Física da ULBRA/Canoas. O instrumento utilizado foi uma

entrevista composta por questões abertas e analisado a partir de análise categorial temática.

Resultados: Os universitários indicaram que as imagens da sociedade referentes ao

envelhecimento foram predominantemente negativas, associando ao desgaste físico e

deterioração mental. Este grupo também indicou que existia preconceito relacionado à idade

´velhismo´, o qual interferia nas relações intergeracionais. Ficou evidente nas categorias

analisadas que o convívio com pessoas idosas não foi uma constante, ou seja, pouco convívio

direto com familiares idosos. Os universitários acreditavam que a atividade física era uma

necessidade na fase da terceira idade, porém pouco estimulada. Conclusões: Uma das

principais constatações deste estudo foi que embora estudantes de um curso com ações

voltadas ao envelhecimento, a estereotipia de papéis foi identificada, refletindo a ausência ou

deturpação de informações quanto ao processo de envelhecimento. Esta pesquisa indicou a

necessidade de mais estudos sobre a identificação de fatores relacionados à percepção de

envelhecimento em diferentes grupos sociais, visto que a adesão de idosos à atividade física

pode ser influenciada por essas diferentes avaliações.

Palavras-chave: envelhecimento, concepção, universitários

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 173

CORPOREIDADE, QUALIDADE DE VIDA E SUBJETIVIDADE NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

Janine A. Viniski; Daiane P. Rodrigues

UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

e-mail: [email protected]

Introdução: O ser humano é indivisível, com um corpo em constante mutação. Objetivo:

Correlacionar corporeidade, subjetividade e qualidade de vida dentro do processo de

envelhecimento. Metodologia: Revisão bibliográfica de 39 publicações (livros, artigos,

reportagens, monografias e resumos) realizadas entre 1990 a 2004. Resultados: Caracterizar

o envelhecimento, requer a descrição de uma diversidade de aspectos, pois ao envelhecer,

menos semelhantes e mais diferenciadas ficam as dimensões de vida de uma pessoa. A

qualidade de vida possui parâmetros objetivos e subjetivos, tem um componente de avaliação

pessoal, onde o indivíduo compara a sua competência comportamental com as condições

ambientais que ele dispõe, com os apoios e recursos, além da satisfação que tem em relação a

isso. Falar sobre o corpo é uma tarefa desafiadora, onde ao passar dos anos são implantados

novos valores e significados, apesar de sempre ser visto de forma fragmentada. O corpo é

presença, revela, esconde, recebe e expressa a maneira de ser-no-mundo, é essa ambigüidade

que permite a produção da intersubjetividade. Existe um constante conflito entre aparência e

essência, desejo e instinto, tensão interior e a exterior, prazer e dor. O corpo sempre foi objeto

de atenções especiais e, muitas vezes, é apresentado como máquina ou simplesmente igualado

a certos corpos de animais, mas este é sujeito, objeto, regulado, manipulado, disciplinado,

com normatização do prazer, obediente, produtivo, é dualista entre alma e corpo. Sempre a

sociedade e os meios de comunicação usaram modelos, evidenciando-os carregados de

conceitos de beleza, sensualidade e saúde. Conclusão: Portanto, é necessário que a sociedade

e todo integrante do processo ininterrupto de envelhecimento, lancem um novo olhar para o

caso, que incluam corpos inteiros e únicos; corpos gente, razão e emoção; corpos inseridos na

história, que fazem história e que clamam por qualidade de vida.

Palavras-chave: corporeidade, envelhecimento, qualidade de vida

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 174

CRIANÇAS E VELHOS: A IMAGEM DO OUTRO NUM RELATO DE EXPERIÊNCIA

AZEVEDO, Paula Guimarães, MELO ,Flávia Gomes, COSTA, Geni Araújo

Universidade Federal de Uberlândia- UFU

[email protected]

Introdução: O perfil etário mundial está se alterando, sendo possível perceber o crescente

envelhecimento da população atual em relação a toda história social. Na vida em sociedade,

costuma-se aceitar tipos de imagens que facilitam a compreensão do processo civilizatório em

que nos situamos. A velhice apresentada através da imagem da vovó gorda, sempre calma,

sentada numa cadeira de balanço, internaliza em nós a imagem do velho benevolente e

alienado. Já as crianças são mostradas nestes meios como seres saudáveis, alegres, o que nos

remete à infância como a melhor fase de nossas vidas. Objetivos: O presente estudo tem

como objetivo analisar o pensamento de crianças, a respeito de sua percepção sobre os idosos.

Metodologia: A pesquisa foi realizada de forma descritiva com 40 crianças do Ensino

Fundamental, com idade variando entre 7 a 11 anos. Os dados foram coletados na Escola de

Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia. Utilizou-se a Escala Néri (1999) por

Todaro (1999), de acordo com o conceito ―os velhos são‖, contendo trinta itens com adjetivos

bipolares, só podendo escolher um grau de intensidade entre as duas palavras opostas.

Resultados: Os adjetivos bipolares selecionados foram os que obtiveram maior e menor

aceitação do grupo pesquisado.

Muito Sábios – 50% Ignorantes – 0% Entusiasmados-35% Deprimidos-7,5%

Muito Valorizados-52,5% Desvalorizados- 2,5% Agradáveis- 55% Desagradáveis- 2,5%

Muito

Cordiais-37,5% Hostis- 0% Dependentes- 32,5% Independentes- 37,5%

Conclusão: A partir dos resultados podemos concluir que as crianças têm uma imagem

positiva dos idosos, pois se assemelham a seus avós.

Palavras-chave: idoso, criança e crença.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 175

EU NO MEU CORPO AO LONGO DO TEMPO: O USO DAS DUAS PEÇAS NO BANHO DE PRAIA

Nazaré Marques Mota

1; Rita Puga Barbosa

2; Maria

Consolação Silva3; Alan de Souza Rodrigues

3

1 - SEDUC-SEMED – [email protected]

2 – UFAM-FEF – [email protected]

3 - UFAM-FEF - [email protected]

Introdução: a história familiar é um dos marcos na trajetória da composição das visões

psicológica e social do indivíduo, mas não é só isto, o marco educacional também é

fantástico. Objetivo: analisar uma situação específica do eu no meu corpo ao longo de minha

vida, através do uso espontâneo de biquíni. Metodologia: em 2003, durante excursão para ilha

de Margarita-Venezuela, acadêmicas da 3a. Idade adulta da UFAM observaram muitas idosas

usando duas peças de banho, sem qualquer constrangimento, nas praias visitadas. Isto

redundou em comentários junto a professora coordenadora da excursão, a qual desafiou-as a

em 2004 retornarem a Margarita estreando suas duas peças de banho. Nosso registro se deu

então com 5 acadêmicas que aceitaram tirar fotos e responder uma entrevista filmada, a sexta

acadêmica sempre usou o biquíni. Resultados: descobrimos que as educações recebidas em

seus seios familiares foram determinantes para o não uso das duas peças, embora após o

casamento tenha havido estímulo dos maridos ao uso do maiô. Foi unânime o depoimento de

estar se sentindo bem no seu corpo, com o traje e que também usariam em qualquer outra

ocasião e/ou lugar sem ligar para os comentários prováveis de surgirem no contexto social

dentro e fora da 3a. Idade Adulta da UFAM. Uma única que sempre usou biquíni diz que

jamais irá deixar de usa-lo, pois se sente perfeita em seu próprio corpo. Conclusão:

concluímos sobre a favorabilidade da motivação gerada pelo desafio colocado pela professora

e na capacidade da Educação Física Gerontológica em transpor barreiras psicossociais do eu

em meu corpo de longas datas entre eu e o meu corpo, o que nos parece um avanço.

Palavras-chave: educação física gerontológica, gerontologia, psicologia

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 176

QUALIDADE DE VIDA E BEM-ESTAR SUBJETIVO ANALISADO POR IDOSOS PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA POR MAIS DE SETE ANOS

Eliane Rosa dos Santos, Lucélia Justino Borges, Patrícia

Vieira do Nascimento, Geni Araújo Costa

Universidade Federal de Uberlândia

[email protected]

Introdução: A relação atividade física e saúde vem sendo gradualmente substituída pelo

enfoque da qualidade de vida. Objetivos: este estudo objetiva avaliar o efeito da atividade de

hidroginástica na qualidade de vida e no bem-estar subjetivo percebido por idosos a partir de

diferentes grupos de categorias etárias e de tempo de prática desta atividade. Metodologia: A

amostra contou com 54 idosos divididos em: GI com média de idade 60,2 anos e G II média

de 71,9 anos. Em relação ao tempo de prática de hidroginástica a amostra foi dividida em GI

com média de tempo de 8,7 anos e G II média de 13,4 anos. Foi realizada uma pesquisa de

campo com aplicação do questionário SF-36 (Medical Outcomes Study Short form 36-item

questionnaire) e um questionário do bem-estar subjetivo. Resultados: A análise da qualidade

de vida dos idosos demonstra que os benefícios gerados com a hidroginástica realizada há 8

anos são similares aos benefícios adquiridos pelos praticantes há 13 anos de atividade, sem

nenhuma diferença significativa entre os domínios analisados. Os praticantes de

hidroginástica com média de idade de 71,9 anos apresentam, na grande maioria dos domínios

analisados, maiores benefícios da atividade em relação à qualidade de vida do que o grupo de

idosos de 60 anos. Conclusão: A partir dos testes de avaliação subjetiva, os idosos julgam ,

de forma geral, favoravelmente a qualidade de suas vidas, englobando aspectos físicos e

emocionais, como pôde ser comprovado em relatos e anotações sistematizadas nos

questionários.

Palavras-chave: qualidade de vida, hidroginástica.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 177

RELAÇÃO ENTRE PERCEPÇÃO DE AUTO-EFICÁCIA FÍSICA E APTIDÃO FÍSICA EM IDOSOS

Fabiano Marques Camara , Alessandra Galve Gerez, Maria

Luiza Miranda, Maria Regina Brandão, Marilia Velardi

Universidade São Judas Tadeu

[email protected]

Introdução: a literatura aponta que atividade física tem importante impacto sobre os estados

subjetivos de idosos, dentre eles, o senso de auto-eficácia física (AEF). Objetivo: nesse

sentido, o objetivo deste trabalho foi determinar o grau de relação entre o nível de AEF e as

variáveis de aptidão física (VAF), obtidas em testes motores, no momento do ingresso dos

idosos participantes do Projeto Sênior para a Vida Ativa da Universidade São Judas Tadeu,

entre os anos de 2002 e 2004. Método: para avaliar a AEF foi utilizada a Escala de AEF

(Ryckman et al, 1982) e para mensurar a aptidão física foram utilizados os testes de potência

aeróbia, força de membros superiores e inferiores, flexibilidade, agilidade e equilíbrio estático

(Matsudo, 2000), em 83 idosos (68,6±5,5 anos). Os dados foram analisados utilizando-se a

estatística descritiva e a correlação de Pearson (p<0,05). Resultados: os resultados

demonstraram apenas uma fraca e significativa correlação entre a AEF e força de membros

inferiores (r=0,28), não apresentando significância para as demais VAF, todavia a AEF e a

aptidão física mostraram-se elevados. Conclusão: isso pode indicar que a percepção de AEF

não corresponde ao nível de aptidão física deste grupo. Portanto, apenas um nível elevado de

aptidão física não garante uma percepção de AEF correspondente, mas talvez, a participação

sistemática em programas de educação física pode levar o idoso a melhorar essa percepção.

Palavras-chave: auto-eficácia, idosos, aptidão física

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 178

PÔSTER: SAÚDE

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 179

A ATIVIDADE FÍSICA COMO UM INSTRUMENTO DE MINIMIZAÇÃO DA DEPRESSÃO EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Dayanne Christine Borges Mendonça, Camilla Carvalho,

Maria Alcione Freitas e Silva, Geni Araújo Costa

Universidade Federal de Uberlândia

[email protected]

Introdução: No processo do envelhecimento, é importante observar as alterações

psicológicas, assim como o sentimento de abandono provocado pela família. A depressão

atinge cerca de 15% dos idosos, com até 2% de casos graves. Objetivos: O objetivo da

pesquisa foi analisar os benefícios da atividade física para os asilados no que tange a estados

depressivos. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa de campo no Lar Alziro Zarur, no

município de Uberlândia, com sete idosos lúcidos. Foram utilizadas duas avaliações, Idade-

Traço e Idade-Estado, a 1ª aplicada antes e a 2ª após a atividade física. Resultados: Na 1ª

avaliação, os resultados obtidos foram: 14,29% dos idosos se sentem mal; 42,9% sentem-se

um pouco bem; 28,58% sentem-se bastante bem e 14,29% sentem muitíssimo bem; 14,29%

não se sentem tensos; 14,29% se sentem pouco tensos; 28,58% sentem-se bastante tensos e

42,9% sentem-se muitíssimo tenso. Na 2ª avaliação os resultados revelaram que 85,8% não

sentem tensos; 14,29% sentem se pouco tensos; 14,29% não se sentem descansados; 42,9%

descansados e 42,9% estão muitíssimos descansados; 14,29% sentem-se bem; 42,9% sentem-

se bastante bem; 42,9% sentem-se muitíssimo bem; 85,8% não se sentem preocupados;

14,29% são bastante preocupados. Conclusões: Baseados nos resultados, observamos que a

atividade física tem um efeito minimizador de aspectos negativos e estressores na vida dos

idosos asilados e que, certamente, podem contribuir para um melhor bem-estar subjetivo.

Palavras-chave: idoso, asilo, depressão.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 180

A CORRELAÇÃO DA IMAGEM E COMPOSIÇÃO CORPORAL DE IDOSAS ATIVAS

Keila Lopes1,2

, Cecília S.P. Martins1, Carlos Kemper

2, Ricardo Jacó de Oliveira

1

1-Universidade Católica de Brasília 2 - Universidade Paulista - Campus Brasília

[email protected]

Introdução: A Imagem Corporal é uma figuração do próprio corpo formada e estruturada

na mente do indivíduo, dentro de uma estrutura complexa, subjetiva e mutável. A literatura

não aporta muitos estudos comparando a imagem corporal e composição corporal em

idosos. Objetivo: Verificar a correlação da imagem corporal com o Índice de Massa

Corporal (IMC), relação cintura-quadril (RCQ) e percentual de gordura (%G) em idosas

ativas. Metodologia: A amostra de 29 voluntárias, idosas (x = 64,79 ± 6,21anos), residentes

no Distrito Federal, ativas, participantes do Projeto Geração de Ouro da Universidade

Católica de Brasília-UCB. Amostra foi submetida à avaliação da composição corporal:

massa corporal, estatura, RCQ e %G (DXA) e da Imagem Corporal (escala de SORENSEN

E STUNKARD, 1993) no LEEFS-UCB. Utilizou-se a correlação de Pearson na análise

estatística (SPSS 11.0) com o nível de significância de p ≤ 0,05. Resultados: A correlação

da imagem corporal atual foi significativa com o IMC (R=0,89), bem como a RCQ

(R=0,48) e %G (R=0,49). Também houve significância na correlação entre a avaliação feita

pelo avaliador e a imagem corporal atual (R=0,84). Conclusão: Houve correlação entre a

imagem corporal e os parâmetros mensurados da composição corporal (IMC, RCQ e %G)

em mulheres idosas ativas.

Palavras-chave: imagem corporal, idosas, composição corporal

-

_

_

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 181

A ENDURANCE MUSCULAR NÃO PREDIZ O DESEMPENHO NO TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS

José GS Junior

§, Marco AV Caffarena

§, Francisco L Pontes Jr.

§‡, Vagner Raso

§‡†

§Faculdade de Educação Física – FEF – Centro Universitário UniFMU

‡Laboratório de Fisiologia do Exercício – LABFEx – Centro Universitário UniFMU

†Departamento de Fisiopatologia Experimental – Faculdade de Medicina – USP

E-mail: [email protected]

Introdução: A endurance muscular (EM) representa um dos principais parâmetros em

esforços de longa duração. Objetivo: Determinar o nível de associação entre EM e

desempenho no teste de caminhada de 6 minutos (TC6M). Material e Métodos: A amostra

foi constituída por 67 voluntárias na faixa etária de 60 a 84 anos (x= 65,37 ± 4,48 anos). A

EM foi determinada por meio do teste de repetições máximas (RM) até a fadiga voluntária

concêntrica no exercício cadeira extensora. A sobrecarga empregada para executar o teste RM

foi baseada em 15% do peso corporal. O TC6M estabelece que o voluntário deve caminhar a

maior distância possível neste período de tempo (Rikli and Jones 1999). Resultados: São

apresentados na tabela abaixo:

Percentil TC6M (m) EM (reps) Pearson

< 33 684,8 86,01 5,9 1,5 -0,17 (p=0,510)

33 – 66 692,2 60,2 13,1 2,3 -0,35 (p=0,117)

> 66 696,4 94 31,3 16,1 0,09 (p=0,681)

Amostra Total 693,02 80,63 18,44 14,83 0,06 (p=0,622)

Não houve associação estatisticamente significativa entre a EM e o desempenho no TC6M

independente do ponto de corte empregado (mediana, quartil [dados não apresentados], tercil)

sugerindo que a endurance muscular não representa fator importante para predizer o

desempenho no TC6M mesmo entre as voluntárias que possuem baixa ou alta capacidade

muscular. Conclusão: A EM não exerce influência no desempenho do TC6M.

Palavras-chave: endurance muscular, idoso, teste de caminhada de 6 minutos.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 182

A FORÇA MUSCULAR NÃO PREDIZ O DESEMPENHO NO TESTE DE MARCHA ESTACIONÁRIA

Marco AV Caffarena

§, José GS Junior

§, Francisco L Pontes Jr.

§‡, Vagner Raso

§‡†

§Faculdade de Educação Física – FEF – Centro Universitário UniFMU

‡Laboratório de Fisiologia do Exercício – LABFEx – Centro Universitário UniFMU

†Departamento de Fisiopatologia Experimental – Faculdade de Medicina – USP

E-mail: [email protected]

Introdução: A força muscular tem sido referida como importante marcador de desempenho.

Objetivo: Determinar o nível de associação entre a força muscular e o número absoluto e

relativo de elevações do joelho no teste de marcha estacionária (TME). Matérial e Métodos:

A amostra foi constituída por 18 voluntárias na faixa etária de 54 a 70 anos (x=63,33 ± 5,90

anos). A força muscular foi determinada por meio do teste de uma repetição máxima (1-RM)

no exercício leg press 45º. O TME foi realizado de acordo com modelo proposto por Raso et

al. (2001). A contagem da elevação do joelho direito (EJabs) assim como a quantidade relativa

de elevações executadas (EJrel) foram feitas em intervalos de 30 segundos (Raso et al. 2001).

Resultados: São apresentados na tabela:

0 – 30 30 – 60 60 – 90 90 – 120 Total

EJabs 0,07

0,02 0,10 0,08 0,08

EJrel -0,02 0,20 0,05

*p<0,01

Os valores de força muscular variaram de 90 a 150 kg (116,67 ± 19,40 kg). Os valores

absolutos de elevação do joelho incrementaram progressivamente em função do tempo

enquanto que os valores relativos permaneceram constante (p<0,01). Não houve associação

estatisticamente significativa seja para o número absoluto ou relativo de elevações do joelho

independente do intervalo de tempo analisado. Conclusão: A força muscular não prediz o

desempenho no teste de marcha estacionária.

Palavras-chave: teste marcha estacionária, força muscular, idoso

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 183

A PRATICA DA ATIVIDADE FISICA NA TERCEIRA IDADE NA ACM -BRASILIA E INFLUÊNCIAS DESTA NA VIDA DIÁRIA

Tatiana Schneider Rocha, Kátia da Silva Silveira, Igor Taciano Rodrigues

ACM - BSB

[email protected]

Introdução: O envelhecimento é um processo contínuo no qual ocorre declínio progressivo

dos processos fisiológicos. Mantendo-se um estilo de vida ativo, pode-se retardar as

alterações morfofuncionais decorrentes da idade. Objetivo: mostrar resultados de

modificações bio–psico-sociais alcançados por indivíduos da terceira idade, nas modalidades

oferecidas pela ACM–Bsb. Metodologia: através de estatística descritiva apresentaremos

respostas a um questionário subjetivo de 60 indivíduos (entre 60 e 70 anos) praticantes de

atividade física regular, foi feita uma análise bio–psico–social de qualidade de sono, auto–

estima, socialização, doenças, medicamentos, depressão, fumo, atividades da vida diária.

Resultados: dos indivíduos questionados 93,33% observaram modificação corporal, 41%

apresentam algum tipo de doença, dentre, 16,66% tem hipertensão; 71,66% fazem uso de

medicamentos, e 28,33% diminuíram a quantidade de ingesta após a prática regular de

atividade física; dos que possuíam dor ou lesão aproximadamente 91% obtiveram

melhora.Entre 80 e 90% passaram a dormir melhor, ficaram mais calmos, melhoraram

convívio social e auto–estima e, tem mais disposição para as atividades da vida diária.

Conclusão: os resultados sugerem que a prática regular de atividade física por indivíduos da

terceira idade na ACM–Bsb ocasionaria diferentes modificações bio-psico-sociais na vida

destes indivíduos.

Palavras-chave: atividade física, influências na vida diária

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 184

ANÁLISE COMPARATIVA DOS METS DO LIMIAR ANAERÓBIO DE IDOSOS NAS ATIVIDADES OCUPACIONAIS E DE LAZER

Sandor Balsamo, Renata Carneiro,

Ricardo Franco, Guilherme Pontes, Valdinar Júnior

Companhia Athletica

[email protected]

Introdução: O limiar anaeróbio (LA) é definido como intensidade de trabalho ou consumo de

O2 em que o metabolismo anaeróbio estabelece uma produção sanguínea crescente e rápida de

lactato. O LA é também marcado pelo aumento do sistema glicolítico concomitante com

maior recrutamento das fibras de contração rápida. A queda da aptidão física em idosos e a

inatividade ocasiona fadiga antecipada. Objetivo: Avaliar os METS do LA de idosos nas

atividades ocupacionais (AO) e de atividades de lazer (ALZ), bem como analisar o nível de

atividade física a que esses sujeitos podem ser submetidos. Material e métodos: A pesquisa

foi composta por 107 indivíduos com média de idade de 66,7 anos, sendo 56 do sexo

masculino e 51 do sexo feminino. O LA foi realizada no cicloergômetro technogym, modelo

bikerace HC 2000. Para mensurar o LA foi utilizado o modelo teen 100 da marca micromed.

Foi feita uma sub-divisão de intensidades das OA e ALZ em: ligeira, moderada, intensa e

muito intensa para o sexo masculino e feminino. Resultados e Discussão: A classificação da

das atividades podem ser vistas na tabela 1:

Homens METs nº de alunos % Mulheres METs nº de alunos %

Ligeiro 1,6 - 3,9 26 46% Ligeiro 1,2 - 2,7 13 23%

Moderado 4,0 - 5,9 19 34% Moderado 2,8 - 4,3 29 52%

Intenso 6,0 - 7,9 10 18% Intenso 4,4 - 5,9 9 16%

Muito intenso 8,9 - 9,9 1 2% Muito intenso 6,0 - 7,5 0 0%

Extre. intenso 10 + 0 0% Extre. intenso 7,6 + 0 0%

Conclusão: Os resultados demonstram que com envelhecimento ocorre um maior

predisposição a fadiga em OA e ALZ. Grande parte dos sujeitos avaliados atingiria ou

ultrapassariam o LA em atividades moderadas (homens 34% e mulheres 52%) e por

conseqüência teriam dificuldades em realizar OA e ALZ. Visto que as tarefas de AO e ALZ

representam uma percentagem crescente da capacidade máxima do indivíduo, torna-se óbvio

por que muitos adultos velhos cada vez mais querem evitá-las e, desse modo, exacerbam mais

seu declínio na capacidade aeróbia (Posner e et. al., 1995).

Palavras-chave: idosos, limiar anaeróbio, mets, atividades ocupacionais e de lazer.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 185

ATENDIMENTO NO SETOR DE ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE DO CENTRO DE MEDICINA DO IDOSO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA

Suiara PereiraTeixeira

Centro de Medicina do Idoso – Hospital Universitário de Brasília - UnB

[email protected]

Introdução: Seguindo uma tendência mundial no atendimento a saúde do idoso, o Centro de

Medicina do Idoso do Hospital Universitário da Universidade de Brasília implantou um setor

de atividade física e saúde. Objetivos: O setor desenvolve um programa de exercícios de

musculação e alongamento para pessoas da terceira idade, com o objetivo da melhoria das

condições funcionais, principalmente no que se refere a força muscular e ao equilíbrio.

Também são metas importantes, educar para a importância da prática da atividade física

sistematizada como fator imprescindível para a melhoria da qualidade de vida e auto estima.

Método: O alvo deste trabalho é apresentar o relato da experiência de um ano de atendimento

no setor de atividade física e saúde. O setor possui uma pequena sala de musculação, onde os

alunos são recebidos através de encaminhamento médico, especificando os seus problemas de

saúde. Após este encaminhamento, é feita uma anamnese, realizada por professores de

educação física, que avaliam as condições físicas e prescrevem quais exercícios poderão ser

desenvolvidos. O atendimento é individualizado, a freqüência é de duas vezes por semana,

com a duração de uma hora e atualmente estão sendo atendidas 46 pessoas, com idades que

variam de 50 a 96 anos. É recomendada a caminhada como atividade complementar ao

trabalho desenvolvido, visto que não há, no local, equipamentos específicos para a realização

de atividades aeróbias. Resultados: O treinamento de sobrecarga com pesos tem um papel

determinante no aumento da massa muscular e do tecido ósseo, contribuindo para uma

postura mais dinâmica, ativa e consciente. O exercício também tem como benefício a melhora

da auto estima e dos aspectos funcionais dos indivíduos. Conclusões A prática da atividade

física orientada, desenvolvida de forma segura, tem se apresentado como fator importante no

processo de prevenção, manutenção e recuperação da saúde dos idosos atendidos.

Palavras-chave: saúde, terceira idade.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 186

ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA

Renata Marcela Ornellas Targa, Paula Ferraz da Silva, Vinícius

Silva de Oliveira, Marcelo Cardozo, Walter Jacinto Nunes

UFRuralRJ, [email protected]

Introdução: O aumento da perspectiva de vida tem levado à necessidade de se reavaliar o que

é uma vida saudável, não aceitando que as doenças e a diminuição da qualidade de vida sejam

conseqüências naturais e inevitáveis de uma idade avançada. Existe um consenso de que logo

após os trinta anos a capacidade funcional sofre uma deterioração refletindo uma queda das

medidas fisiológicas que são acentuadas com a inatividade. Os exercícios físicos exercem

efeitos contrários aos processos degenerativos do envelhecimento, desacelerando e

suavizando os desgastes deixados no organismo pelo tempo.Objetivo: Investigar como os

participantes do projeto percebem os benefícios da prática da atividade física.Metodologia:

Este estudo de caso caracteriza-se pela observação dos relatos e entrevistas para detectar, após

um período de 6 meses, as melhoras percebidas pelos participantes do Projeto Melhor

Qualidade de Vida em Paracambi que fornece atividade física de ginástica localizada,

alongamento, relaxamento e atividades recreativas, incentivando a descontração e a melhora

da auto-estima, assim como a integração interpessoal. Fizeram parte da amostra 63 pessoas,

sendo 60 mulheres e 3 homens, com idade variando de 40 a 78 anos (média de 55 anos).

Resultados: As principais melhoras percebidas pelos participantes foram: ganho de

resistência (49%), diminuição de dores articulares e musculares (47,61%), aumento do ânimo

(46,03%), melhora da flexibilidade (23,81%), diminuição das dores de coluna vertebral

(20,63%), queda do estresse emocional (11,11%) e redução dos sintomas da

depressão.Conclusão: A partir dos resultados obtidos, conclui-se que a prática de atividade

física contribuiu para a melhoria da qualidade de vida dos participantes do projeto,

propiciando benefícios físicos e psicológicos.

Palavras-chave: exercício físico, envelhecimento e auto-estima

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 187

AVALIAÇÃO DO GANHO DE FORÇA MUSCULAR EM IDOSOS PRATICANTES DE EXERCÍCIOS RESISTIDOS

Antônio Carlos de Souza Vasconcelos, Ana Carolina S. Vasconcelos,Eduardo Teixeira

Câimbra,Rogério Herbert M. Rezende,Victor Hugo Silva,Marisete Peralta Safons

Faculdade de Educação Física – UnB

[email protected]

Introdução: Estudos revelam que dentre as conseqüências do processo de envelhecimento

humano estão a perda de força, de massa muscular e da densidade mineral óssea (DMO).

Pesquisas comprovam que o trabalho resistido com pesos (musculação), progressivo e

contínuo, aumenta a força e a resistência muscular, provoca um incremento da DMO nos

idosos, além de torná-los mais independentes nas suas atividades da vida diária. Objetivo:

avaliar, indiretamente, o percentual de ganho de força muscular nos membros superiores e

inferiores, em idosos praticantes de musculação. Metodologia: A amostra foi composta por 7

indivíduos do sexo feminino, na faixa etária de 65 a 78 anos, com diagnóstico de

osteoporose/osteopenia, submetidos a um treinamento de 2 sessões por semana , com 1 hora

de duração, durante 14 meses. Como forma de avaliação, foram utilizados os teste de

preensão manual e teste de sentar e levantar da cadeira em 30 segundos. Utilizando-se dos

resultados obtidos nos primeiros testes e comparando-os com o re-teste, foi possível calcular

os percentuais de aumento de força em cada indivíduo e assim alcançar as médias para o

grupo. Resultados: Foi encontrado um incremento de força de 10,7% em média, para

membros inferiores, 15,14 % em média para membro superior direito e 16,59% para membro

superior esquerdo, no grupo estudado. Conclusão: verificou-se nos idosos, um ganho de força

superior a 10%, durante a participação no programa de musculação.

Palavras-chave: força, idosos, osteoporose.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 188

BENEFÍCIOS ANTROPOMÉTRICOS DE UM PROGRAMA DE HIDROGINÁSTICA EM IDOSAS

NOVAIS, Francini Vilela; COSTA, Geni Araújo; AZEVEDO, Paula Guimarães

Universidade Federal de Uberlândia-UFU

[email protected]

Introdução: O número de pessoas que ultrapassam a linha dos 60 anos vem crescendo

paulatinamente e com o envelhecimento ocorrem mudanças significativas na composição

corporal associadas à inabilidade, dependência e morbidade. Estudos vêm demonstrando o

papel desempenhado pela atividade física regular no controle a estes declínios inerentes ao

processo de envelhecimento. Objetivo: verificar o quanto um programa de hidroginástica

pode influenciar na melhoria ou na manutenção de uma composição corporal saudável em

idosas. Metodologia: As mensurações foram feitas antes e após um período 12 semanas, em

uma amostra de 107 idosas, com idade média de 63 anos, selecionadas aleatoriamente do

grupo de praticantes de hidroginástica, três horas semanais, no Projeto AFRID da

Universidade Federal de Uberlândia. Enfocou-se o %G, o IMC, e a RCQ. Para a análise dos

dados, utilizou-se a estatística descritiva e teste t de Student para amostras dependentes, em

nível de significância de p< 0,05.

Resultados:

Tabela 1: Estatística Descritiva e teste t para os valores antropométricos do pré e pós-teste

Conclusão: Apesar de não ter significância estatística para os dados de %G e IMC, pode-se

notar também um decréscimo entre o pré e o pós-teste, e levando em consideração a

população em questão, podemos afirmar que a hidroginástica feita de forma regular presta-se

a minimizar os efeitos deletérios na antropometria causados pelo envelhecimento.

Palavras-chave: envelhecimento, antropometria e hidroginástica.

Signif. (p<0,05) Pré-teste Pós-teste

%Gord 0,357 25,04 24,54

RCQ 0,037 0,85 0,84

IMC 0,695 28,58 28,43

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 189

CADEIAS MUSCULARES: A POSTURA CORPORAL DE ADULTOS ACIMA DE 55 ANOS.

STERN, Claudia Rossi e GOMES, Sônia Beatriz da Silva.

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS. [email protected]

Introdução: O número cada vez mais expressivo de pessoas com posturas corporais

inadequadas e conseqüentes desconfortos, nos leva a questionar como o educador físico pode

contribuir para melhora na qualidade de vida destas pessoas. O presente estudo está

caracterizado por uma abordagem qualitativa de cunho exploratório descritivo. Objetivo:

Relacionar a autopercepção da postura corporal de adultos acima de 55 anos, participantes de

um programa de Ginástica Postural, com as estruturas psicocorporais definidas no método de

Godelieve Denys-Struyf - G.D.S., que se apóia na concepção das cadeias musculares.

Material e métodos: A amostra foi composta de 16 participantes (26% do total da população)

de ambos os sexos. Foram realizadas entrevistas e avaliações posturais. As entrevistas tiveram

duração média de vinte minutos, gravadas em fitas magnéticas. As avaliações posturais foram

feitas a partir de quatro fotos digitalizadas de cada indivíduo nas vistas anterior, posterior e

laterais direita e esquerda em um posturógrafo com base giratória. As informações coletadas

nas entrevistas foram analisadas com base nos procedimentos da análise de conteúdo. Os

dados das avaliações posturais foram obtidos através da observação das fotos e classificação

dos principais desalinhamentos das vistas laterais e posteriormente relacionados com as

estruturas psicocorporais definidas no método G.D.S. Resultados: A triangulação das

informações apontou os seguintes resultados: 62,5 % da amostra relacionou coerentemente a

sua autopercepção de postura corporal com as estruturas psicocoporais definidas no método

G.D.S. No terceiro ponto da triangulação identificou-se a coerência entre a escolha dos

participantes e os desalinhamentos posturais observados nas fotos da avaliação postural.

Conclusões: Os adultos acima de 55 anos conseguem perceber a sua estrutura psicocorporal e

relacioná-la com aspectos da sua vida e a participação no programa de Ginástica Postural.

Palavras-chave: postura corporal; cadeias musculares; adulto velho.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 190

CAMINHADA, HIDROGINÁSTICA E ALONGAMENTO SÃO AS ATIVIDADES MAIS INDICADAS PARA PESSOAS IDOSAS

Vagner Raso

†§‡, Ivete Balen

Ŧ, Mônica Schwarz

Ŧ, Cristiane Ribeiro Coppi

Ŧ.

†Departamento de Fisiopatologia Experimental – Faculdade de Medicina – USP

§Faculdade de Educação Física – FEF – Centro Universitário UniFMU

‡Laboratório de Fisiologia do Exercício – LABFEx – Centro Universitário UniFMU

ŦCentro Federal de Educação Tecnológica – CEFET – Paraná

E-mail: [email protected]

Introdução: O conhecimento das características das atividades físicas (AF) indicadas para

pessoas idosas representa conhecimento adicional importante. Objetivo: Determinar tipo,

freqüência, duração e intensidade das AF que os profissionais da área de saúde acreditam ser

mais indicadas para pessoas idosas clinicamente saudáveis. Material e Métodos: A amostra

foi constituída por 1572 voluntários de ambos os gêneros na faixa etária de 17 a 65 anos. Os

voluntários eram estudantes e/ou profissionais (Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia,

Medicina, Nutrição, Psicologia) de quatro estados (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa

Catarina, São Paulo). As variáveis foram determinadas por meio de questionário semi-aberto

onde os voluntários estabeleciam em ordem de importância, as três atividades que

acreditavam ser mais indicadas para pessoas idosas clinicamente saudáveis assim como

freqüência (diassem-1

), duração (mindia-1

) e intensidade (leve, moderada, vigorosa).

Resultados: A caminhada, a hidroginástica e o alongamento representam em ordem de

importância as atividades mais indicadas. A freqüência semanal varia de 3 (39,1% [atividade

3]; 41,4% [atividade 2]) a 5 diassem-1

(46,8% [atividade 1]). A duração variou de 43,18

17,82 mindia-1

(atividade 1) a 45,15 23,95 mindia-1

(atividade 3). Existe consenso de que a

intensidade deve ser de leve (43,9% [atividade 2]; 54,2% [atividade 3]) a moderada (54,5%

[atividade 1]). Conclusão: Caminhada, hidroginástica e alongamento são as atividades mais

indicadas para pessoas idosas clinicamente saudáveis.

Palavras-chave: atividade física, idoso, profissionais da área de saúde.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 191

COMPORTAMENTO DO VO2, EJabs, EJrel, FCE, %FCM E PSE NO TESTE DE MARCHA ESTACIONÁRIA

Ricardo SG Costa

§, Leandro V Silva

§, Paula I Toyansk

§,

Francisco L Pontes Jr.§‡

, Vagner Raso§‡†

§Faculdade de Educação Física – FEF – Centro Universitário UniFMU

‡Laboratório de Fisiologia do Exercício – LABFEx – Centro Universitário UniFMU

†Departamento de Fisiopatologia Experimental – Faculdade de Medicina – USP

E-mail: [email protected]

Introdução: A informação do comportamento de variáveis psicofisiológicas permite maior

conhecimento das características cinéticas intervariáveis. Objetivo: Analisar o número

absoluto (EJabs) e relativo (EJrel) de elevações do joelho, freqüência cardíaca (FCE [bpm]) e

percepção subjetiva de esforço (PSE), porcentagem da freqüência cardíaca máxima predita

para a idade (%FCMidade) assim como consumo de oxigênio (VO2 [ml·kg-1

·min-1

]) a cada 30

segundos no teste de marcha estacionária com análise direta de gases (TME). Material e

Métodos: A mostra foi constituída por 27 voluntárias na faixa etária de 60 a 82 anos (x=

69,67 5,88 anos). O TME foi realizado de acordo com modelo proposto por Raso et al.

(2001). Resultados: São apresentados na tabela:

30s (a) 60s (b) 90s (c) 120s (d)

EJabs 26,44 4,94 54,50 8,17a

85,12 12,24ab

113,44 18,18abc

EJrel 26,44 4,94 28,05 5,25 30,62 5,00a 30,05 4,72

a

FCE 105,14 14,29 115,74 16,52 127,00 16,57ab

135,44 14,94ab

%FCM 70,07 10,21 77,09 11,37 84,54 11,07a 90,08 9,36

ab

VO2 7,42 2,60 11,05 2,95a 14,04 3,53

ab 15,31 3,99

ab

PSE 9,50 2,36 11,51 1,98a 13,22 2,06

ab 14,29 2,46

ab

Houve incremento estatisticamente significativo (abcd

p<0,01) no comportamento de todas as

variáveis a partir dos 60 s (exceção para EJrel, FCE, %FCM). A EJrel foi estatisticamente

diferente somente nos 90 s e 120 s quando comparados aos 30 s. Conclusão: Houve aumento

progressivo nas variáveis psicofisiológicas analisadas.

Palavras-chave: teste de marcha estacionária, consumo de oxigênio de pico.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 192

CONSCIENTIZAÇÃO DA MELHOR IDADE NO CULTIVO DA ATIVIDADE FÍSICA

Gisele Pugliese e Rosemari Frackin.

Faculdade Dom Bosco.

[email protected]

Introdução: O envelhecimento é um dos fenômenos que mais se evidencia na sociedade

contemporânea. Novos estudos e pesquisas demonstram que o decréscimo progressivo das

taxas de natalidade, o aumento significativo dos níveis de qualidade de vida e, por

conseqüência, o crescimento na expectativa de vida do brasileiro, aumenta a população de

idosos. Um dos componentes para o envelhecimento bem sucedido está nas modificações no

estilo de vida de cada um, tais como: controle da alimentação, controle dos níveis de estresse

e a inclusão de um programa de atividade física regular. O desenvolvimento de avaliações e

prescrições de exercícios é de domínio e responsabilidade de profissionais de Educação

Física, levando em consideração as diferenças inter individuais. Objetivos: Relatar

experiência de um projeto de pesquisa relativo à adesão de idosos a um programa de atividade

física, respondendo a pergunta: Quais os fatores que impedem o aumento da adesão de

indivíduos que se encontram na faixa etária de 65 anos a 70 anos em Programas de Atividades

Físicas regulares? Metodologia: Relato de Experiência de um projeto de pesquisa com idosos

desenvolvido em na cidade de Curitiba, em grupos de convivência da Fundação de Ação

Social sendo realizado com uma população de 50 idosos entre 65 a 70 anos, com um

questionário cuja análise servirá de base para o exercício profissional futuro com os mesmos.

Conclusão: Deve-se conscientizar a terceira idade sobre a importância da atividade física,

proporcionar meios de orientação para o ingresso em um Programa, despertar o interesse de

profissionais de Educação Física para este segmento de mercado. Resultados: As

dificuldades encontradas são de locomoção, falta de companhia, medo do novo, exclusão

social, falto de incentivo.

Palavras-chave: envelhecimento, adesão e atividade física.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 193

CORRELAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL COM A MASSA CORPORAL, ESTATURA E A COMPOSIÇÃO CORPORAL EM HOMENS E

MULHERES IDOSAS

Luciane Moreira Chaves

Faculdade Alvorada

[email protected]

Introdução: Devido as diferenças entre indivíduos no padrão de deposição da gordura

corporal e composição corporal, é necessário mais informações a cerca das mudanças

advindas do processo de envelhecimento. Objetivo: O presente estudo procurou relacionar o

IMC com os parâmetros antropométricos e da composição corporal. Material e métodos:

Foram estudados 40 indivíduos, com faixa etária média de 70 5,63 para homens (n=20) e

67,9 3,57 para mulheres (n=20). O estudo foi realizado no laboratório de imagem da UCB.

Para a medida da MC, foi utilizada balança (Fillizola). A medida da estatura foi realizada

através de estadiômetro (Cardiomed). As medidas da MM e a MG, foram realizadas através

do densitômetro DXA (LUNAR), modelo DPX-IQ. As análises descritivas foram realizadas

através da média e desvio padrão. As relações entre as variáveis foram realizadas, através da

análise de regressão linear. Resultados: Através da análise de regressão linear foi possível

observar que a estatura explica 36% do IMC em homens, sendo estatisticamente significante

(r=0,600, p=0,01), o mesmo não foi observado com relação as mulheres. A MC apresentou

forte correlação (r=0,849, p=0,01) com IMC em homens, explicando 72%. Para as mulheres a

correlação com IMC e MC também foi estatisticamente significativa (r=0,932, p=0,01),

explicando 87%. A relação do IMC com a MG foi estatisticamente significativa (r=0,390,

p=0,05) somente para o grupo dos homens, explicando apenas 23%. O grupo das mulheres

obteve uma variação de 33% na relação do IMC com a MM apresentando significância na

correlação (r=0,572, p=0,01). Conclusão: As diferenças entre os gêneros evidenciaram que

um IMC menor é mais influenciado pela estatura, MC e MM em homens, indicando que em

mulheres existe a necessidade de aumentar a MM e diminuir a MC.

Palavras-chave: índice de massa corporal (IMC), massa magra (MM), massa gorda (MG).

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 194

ESTUDO TRANSVERSAL DA APTIDÃO FÍSICA NA VIDA ADULTA

Andréa Krüger Gonçalves, Rosa Maria Freitas Groenwald, Ana Lígia

Finamor Bavier, Giovanni Sanchotene Pacheco, Carolina Blaschke

Monteiro dos Santos, Ramon Diego Guillermo Cardoso

Universidade Luterana do Brasil/Canoas (CEAFE/LAFIMED)

Departamento de Vigilância da Saúde/Prefeitura Municipal de Canoas

[email protected]

Introdução: O desgaste físico é comumente associado ao processo de envelhecimento, porém

discute-se que o sedentarismo é um os principais fatores da deterioração e não simplesmente o

acúmulo dos anos de vida. Contudo, existe carência de estudos com dados longitudinais e,

mesmo, transversais, comparando as diferentes gerações ao longo da vida. Objetivo: O

objetivo deste estudo foi avaliar a aptidão física de adultos em diferentes fases da vida (anos

adultos, meia-idade, terceira idade), baseando-se na força, na flexibilidade e na resistência.

Metodologia: Participaram do estudo 30 adultos participantes do CEAFE (Centro de Estudos

de Atividade Física e Envelhecimento) da Educação Física da ULBRA/Canoas no início do

projeto de hidroginástica. Os 30 sujeitos foram avaliados a partir da dinamometria manual,

teste de sentar e alcançar e teste de 1,5 milha. Para análise dos resultados, foram organizados

três grupos de acordo com a idade, contendo 10 sujeitos em cada: 1 (20 aos 45 anos), 2 (46-60

anos), 3 (60 anos em diante). Os resultados foram analisados a partir da ANOVA no programa

estatístico SPSS 10.0. Resultados: O teste de milha não foi avaliado por não apresentar

homogeneidade de variância. A força e a flexibilidade indicaram que não houve diferença

estatística entre os três grupos de estudo. Conclusões: Esta pesquisa indicou que a aptidão

física na população adulta e idosa não parece ser muito diferenciada, refletindo que o padrão

de vida é mais indicativo do nível de aptidão física do que simplesmente a idade cronológica.

Os resultados permitem auxiliar na desmistificação de que o acúmulo de anos de vida seja

responsável pelas diferenças no organismo em diferentes idades, ou seja, não se pode associar

o idoso sempre como a pessoa mais fraca, menos flexível e menos resistente.

Palavras-chave: vida adulta, aptidão física

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 195

EVOLUÇÃO DA SATISFAÇÃO COM A IMAGEM CORPORAL PERCEBIDA POR MULHERES FISICAMENTE ATIVAS

NOVAIS, Francini Vilela; COSTA, Geni Araújo; AZEVEDO,

Paula Guimarães de; ARANTES, Luciana Mendonça

Universidade Federal de Uberlândia-UFU

[email protected]

Introdução: A imagem corporal é a percepção que temos de nós mesmos, é influenciada

pelos padrões estipulados pela sociedade e a cultura que nos rodeia. O modelo de beleza

imposto pela sociedade hoje, corresponde a um corpo magro sem, contudo, considerar

aspectos inerentes ao processo natural de envelhecimento.Objetivo: Verificar a evolução da

satisfação com imagem corporal percebida por mulheres ativas desde à adolescência à

velhice. Metodologia: Foram avaliadas através do ―Questionário de percepção de silhueta

corporal‖ de STUNKARD e SORENSEN (1993) 100 mulheres escolhidas aleatoriamente

entre as praticantes de atividades físicas em academias de ginástica e no Projeto AFRID na

cidade de Uberlândia-MG por pelo menos 3 horas semanais. A amostra foi dividida

etariamente, GI(10 a 20 anos) n=15, GII(21 a 30 anos) n= 20, GIII(31 a 40 anos) n= 10,

GIV(41 a 50 anos) n=10, GV(51 a 60 anos) n=15, GVI(61 a 70 anos) n= 15, GVII (71 a 80

anos) n= 20 e GVIII(+ de 80 anos) n= 5. Para análise dos dados utilizou-se a estatística

descritiva. Resultados:

GI GII GIII GIV GV GVI GVII GVIII

Idade Média 16,33 23,57 33,8 44,6 55,4 64,86 73,8 81,8

Desvio

Padrão

2,28 2,61 2,07 2,59 2,84 1,55 3 0,83

Satisfeitos 25% 37,03% 42,85% 20% 44,44% 40% 41,66% 44,3%

Insatisfeitos... 75% 62,97% 57,15% 80% 55,56% 60% 58,34% 55,7%

Conclusão: A análise dos dados demonstrou uma extrema insatisfação com a imagem

corporal percebida em todas as faixas etárias. Pôde-se notar também que com o acrescer da

idade há um maior conformismo com a atual imagem.

Palavras-chave: evolução, imagem corporal, idosos.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 196

FCM NO TESTE DE MARCHA ESTACIONARIA COMO INDICADOR PARA A PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO

Paula I Toyansk

§, Leandro V Silva

§, Ricardo SG Costa

§,

Francisco L Pontes Jr.§‡

, Vagner Raso§‡†

§Faculdade de Educação Física – FEF – Centro Universitário UniFMU

‡Laboratório de Fisiologia do Exercício – LABFEx – Centro Universitário UniFMU

†Departamento de Fisiopatologia Experimental – Faculdade de Medicina – USP

E-mail: [email protected]

Introdução: A freqüência cardíaca máxima (FCM) representa um dos parâmetros mais

empregados à prescrição de exercício aeróbico. Objetivo: Determinar o nível de associação

da FCM obtida no teste cardiopulmonar de exercício máximo (TCEM) com a alcançada no

teste de marcha estacionária com análise direta de gases (TME). Material e Métodos: A

amostra foi constituída por 9 voluntárias na faixa etária de 65 a 78 anos (x= 69,00 3,64

anos). A FCE registrada em intervalos de 30s a partir dos 120s segundos assim como a FCM

obtida no TME até a fadiga voluntária foram associadas à FCM obtida no TCEM. O TCEM

foi realizado em esteira rolante com inclinação de 1% e aumento progressivo da velocidade

(1,2 km.h-1

) a cada 2 minutos. O TME foi realizado até a fadiga voluntária de acordo com

modelo proposto por Raso et al. (2001). Resultados: Houve correlação significativa que

variou de moderada (0,68: 150 segundos [p=0,04]) a muito alta (1,00: 450 segundos

[p=0,01]). Os únicos intervalos que alcançaram associação estatisticamente significativa

foram 150 s (0,68 [n: 9]), 180 s (0,82 [n: 9]), 270 s (0,88 [n: 8]) e 450 s (1,00 [n: 2]). Nos

demais intervalos, a correlação também variou de moderada (0,54 [210 s]) a alta (0,79 [420

s]), mas não foi estatisticamente significativa. Conclusão: A FCM alcançada no TME até a

fadiga voluntária pode representar um bom indicador para a prescrição de exercício. No

entanto, são necessários estudos futuros com maior número de voluntários.

Palavras-chave: freqüência cardíaca máxima, teste de marcha estacionária, teste

cardiopulmonar de exercício máximo

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 197

FLEXIBILIDADE EM IDOSOS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA

Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães; Amanda Soares;

Joseani Paulini Neves Simas; Giovana Zarpellon Mazo

CEFID/UDESC – Florianópolis – SC; [email protected]

Introdução: Estudos mostram que com o passar dos anos o ser humano perde flexibilidade, o

que pode acarretar prejuízos para a qualidade de vida. Objetivo: o presente estudo avaliou a

flexibilidade da articulação do ombro e do quadril em idosos praticantes e não praticantes de

atividade física. Metodologia: a amostra foi composta de 100 idosos, de ambos os sexos,

sendo que 50 praticavam atividade física 2 vezes por semana, e 50 não praticavam. Os

praticantes foram selecionados no GETI, no núcleo de cardiologia do CEFID e nos Grupos de

Convivência da comunidade de Coqueiros. Os não praticantes foram selecionados de forma

aleatória. Os instrumentos utilizados: a) formulário de dados pessoais; b) teste de flexibilidade

―coçar as costas‖, validado por Corbin e Lindsey (1985), e c) o teste de ―sentar e alcançar‖,

adaptado e validado por Nieman (1990), ambos citados por Nahas (2001). Para a análise dos

dados fez-se uso da estatística descritiva. Resultados: os dados obtidos sobre o perfil dos

idosos identificaram que a média de idade destes foi de 68,5 anos (SD= 6,9), 53% dos idosos

encontram-se na faixa etária dos 60 a 69 anos, sendo que 74% deles eram casados e 45% não

haviam completado o ensino fundamental. Como era esperado a maioria dos idosos são

aposentados (79%) e dos 50 não praticantes 30% alegaram falta de tempo o motivo principal

para não praticar atividade física. No índice de flexibilidade da articulação do ombro não

houve grande diferença entre os praticantes e não praticantes os quais apresentaram-se na

categoria de baixa condição e na articulação do quadril, 62% dos idosos apresentaram-se nas

categorias consideradas boas para a saúde e os não praticantes foram os que apresentaram

melhores resultados. Conclusão: desta forma a de se considerar que praticar atividade física

duas vezes por semana pode não ser suficiente para melhorar a flexibilidade, principalmente

desta população.

Palavras-chave: idoso, flexibilidade, atividade física

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 198

IDADE CRONOLÓGICA, PESO CORPORAL, ESTATURA, IMC, ADIPOSIDADE CORPORAL E ALTURA DE ELEVAÇÃO DO JOELHO NÃO INFLUENCIAM O

DESEMPENHO NA MARCHA ESTACIONÁRIA

Adriana G Nardi§, Rodrigo G Quito

§, Francisco L Pontes Jr.

§‡, Vagner Raso

§‡†

§Faculdade de Educação Física – FEF – Centro Universitário UniFMU

‡Laboratório de Fisiologia do Exercício – LABFEx – Centro Universitário UniFMU

†Departamento de Fisiopatologia Experimental – Faculdade de Medicina – USP

E-mail: [email protected]

Introdução: A idade cronológica assim como a composição corporal têm sido implicadas

com decréscimo de desempenho. Objetivo: Determinar a influência da idade cronológica

(IC), peso corporal (PC), estatura (E), índice de massa corporal (IMC), adiposidade corporal

(Adp) e da altura de elevação do joelho (hEJ) no desempenho do teste de marcha estacionária

(TME). Material e Métodos: A amostra foi constituída por 134 voluntários na faixa etária de

50 a 85 anos (x: 65,69 6,57 anos). A Adp foi determinada por meio da somatória de três

dobras cutâneas (tríceps, subescapular, suprailíaca). O TME foi realizado de acordo com

modelo proposto por Raso et al. (2001), mas somente o número máximo de elevações do

joelho foi considerado. Resultados: Não houve associação estatisticamente significativa

(p<0,01) para nenhuma das variáveis independentes (IC, PC, E, IMC, Adp, hEJ) analisadas

quando associadas ao desempenho no TME. Os valores de correlação foram muito baixos e

variaram de –0,15 (hEJ [p>0,01]) a 0,04 (PC [p>0,01]). Conclusão: O desempenho no TME

não é influenciado seja pela IC, PC, E, IMC, Adp ou pela hEJ. A ausência de deslocamento

assim como de transporte do peso corporal podem talvez serem os principais fatores que

explicam a baixa correlação. No entanto, trabalhos futuros são necessários para melhor

compreender esse fenômeno, visto a associação freqüentemente encontrada quando estas

variáveis independentes são correlacionadas com parâmetros similares que exigem

deslocamento.

Palavras-chave: composição corporal, idoso, teste de marcha estacionária.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 199

MARCHA ESTACIONÁRIA ATÉ A FADIGA VOLUNTÁRIA MENSURA CERCA DE 98% DO CONSUMO DE OXIGÊNIO DE PICO – ESTUDO PILOTO

Rodrigo G Quito

§, Adriana G Nardi

§, Francisco L Pontes Jr.

§‡, Vagner Raso

§‡†

§Faculdade de Educação Física – FEF – Centro Universitário UniFMU

‡Laboratório de Fisiologia do Exercício – LABFEx – Centro Universitário UniFMU

†Departamento de Fisiopatologia Experimental – Faculdade de Medicina – USP

E-mail: [email protected]

Introdução: Nosso serviço tem demonstrado que o teste de marcha estacionária (TME) de 2

minutos prediz 73% do consumo de oxigênio de pico (VO2pico [mlkg-1min

-1]). Objetivo:

Determinar o nível de associação entre o VO2pico alcançado no teste cardiopulmonar de

exercício máximo (TCEM) com o obtido no teste de marcha estacionária com análise direta

de gases (TME) até a fadiga voluntária em intervalos de 30 segundos após 120 segundos.

Material e Métodos: A amostra foi constituída por 9 voluntárias na faixa etária de 65 a 78

anos (x= 69,00 3,64 anos). O TCEM foi realizado em esteira rolante com inclinação de 1%

e aumento progressivo da velocidade (1,2 km·h-1

) a cada 2 minutos. O TME foi realizado até

a fadiga voluntária de acordo com modelo proposto por Raso et al. (2001). Resultados: São

apresentados na tabela:

TCEM TME à Fadiga Voluntária

Duração (s) 457,50 92,87 390 (n: 4) 420 (n: 4)

VO2pico 20,20 3,39 17,03 2,51 16,78 3,05 (420 s)

Pearson 0,89 (r2: 0,79)* 0,99 (r

2: 0,98)*

Somente quatro voluntárias conseguiram alcançar o intervalo de tempo de 420 segundos; após

este período, o número de voluntárias diminuiu proporcionalmente para 3 (450 s), 2 (480 s) e

1 (510 s). Houve correlação muito alta e estatisticamente significativa para ambos os

intervalos de tempo (390 s e 420 s), sendo que a melhor correlação ocorreu aos 420 s (0,99

[r2: 0,98]). Conclusão: O TME até a fadiga voluntária possui alta sensibilidade na

mensuração do VO2pico. Estes dados são superiores aos demonstrados em estudo anterior

quando o TME foi realizado até 120 s.

Palavras-chave: teste de marcha estacionária, consumo de oxigênio de pico .

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 200

MOBILIDADE GERAL EM IDOSAS PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA

Luiz Humberto Rodrigues Souza, Maria Alcione Freitas e Silva, Geni Araújo Costa.

Universidade Federal de Uberlândia.

[email protected]

Introdução: Segundo alguns autores, American College of Sports Medicine (2003); Shephard

(2003); Matsudo (2004), a velocidade pode ser considerada como a capacidade de realizar

ações motoras em curtos intervalos de tempo a partir das aptidões disponíveis do

condicionamento. Objetivos: Este estudo tem a finalidade de comparar os valores padrões de

referência de mobilidade geral, de acordo com a idade cronológica de mulheres fisicamente

independentes de São Caetano do Sul (SCS), com os resultados obtidos pelas idosas

pertencentes ao projeto AFRID. Metodologia: A amostra foi composta por 184 mulheres,

com idade cronológica entre 50 e 79 anos, praticantes de hidroginástica no projeto AFRID.

Utilizou-se os testes de mobilidade geral, protocolado por Matsudo, 2004, (velocidade normal

de andar – VNA -, velocidade máxima de andar – VMA - e velocidade de levantar da cadeira

– VLC), para obter os dados da amostra. Para a realização dos testes foram utilizados os

materiais e procedimentos descritos por Matsudo, 2004. Resultados e Conclusão: Valores

padrões de referência (tabela superior) e valores obtidos (tabela inferior), em média e desvio

padrão, da VNA, VMA, VLC (segundos), respectivamente, para os grupos analisados:

SCS 50-59 60-69 70-79

x 2,84 2,34 0,62 3,0 2,49 0,69 3,28 2,65 0,76

s 0,3 0,4 0,2 0,4 0,4 0,2 0,5 0,3 0,2

AFRID 50-59 60-69 70-79

x 2,74 2,2 0,47 2,97 2,35 0,50 3,27 2,64 0,54

s 0,61 0,43 0,2 0,57 0,4 0,13 0,63 0,47 0,15

Após a análise dos dados, pode-se notar que a variação em média nos testes das idosas do

AFRID foi de 0,53, 0,44 e 0,07, enquanto nas idosas de SCS foi 0,44, 0,31 e 0,14,

respectivamente.

Palavras-chave: mobilidade geral, atividades físicas

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 201

MOTIVOS QUE LEVAM AS PESSOAS DA TERCEIRA IDADE A PRATICAREM EXERCÍCIOS FÍSICOS

Emerson de Melo

Universidade Federal de Pernambuco

[email protected]

Introdução: As limitações de desempenho, decorrentes da idade, alteram o bem-estar físico e

psico-social dos idosos e a prática de exercícios físicos traz uma redução da depressão nestes,

quando comparados aos não praticantes, e a depressão é o principal problema de saúde mental

dessa população, trazendo uma acentuada mudança na vida social dos mesmos. Objetivo:

Verificar quais os motivos que levam as pessoas da terceira idade a iniciar e permanecer na

prática de exercícios físicos. Método: pesquisa descritiva com 30 sujeitos, de ambos os sexos,

faixa etária entre 50 e 80 anos, praticantes regulares de exercícios físicos há cerca de 4 anos,

sob orientação de uma professora de Educação Física. Resultados: 43,3% de sujeitos

participam do grupo há quatro anos, o que mostra um alto índice de permanência no programa

de exercícios físicos. Os problemas de saúde mais relatados foram os visuais, a hipertensão e

a osteoporose. Os motivos que os levaram a iniciarem a prática de exercícios físicos foram a

busca da melhoria da saúde (63,3%), a busca de um lazer (43,3%). A saúde é o principal

motivo para considerarem importante a prática. Dentre os motivos para continuarem

praticando exercícios físicos o gosto pela prática (23,3%) e os efeitos na melhoria da

saúde(20%) foram os mais citados. Conclusões: verificou-se que a maioria dos sujeitos do

estudo preocupa-se primeiramente com a saúde, sendo este o principal motivo para iniciarem

e permanecerem na prática de exercícios físicos, vindo em seguida o lazer e o gosto pela

prática.

Palavras-chave: terceira idade, exercícios físicos, motivação

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 202

NIVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSAS

Giovana Zarpellon Mazo1; Jorge Mota

2; Lucia Hisako Takase Gonçalves

3

1 - Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, Centro de Educação Física,

Fisioterapia e Desportos – CEFID. [email protected]

2 - Universidade do Porto – UP, Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física –

FCDEF, Porto, Portugal. [email protected]

3 - Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Faculdade de Enfermagem.

[email protected]

Introdução: O Brasil, como outros países, dispõe-se de poucos dados sobre a prevalência da

inatividade física e a sua relação com a qualidade de vida de idosos. Objetivo geral: Analisar

o nível de atividade física e a relação com a qualidade de vida (QV) de mulheres idosas

participantes de Grupos de Convivência de Idosos. Material e Método: A amostra foi do tipo

probabilística, com a técnica de seleção aleatória estratificada, composta por 198 mulheres

idosas ( =73.6 anos, DP=5.9), participantes em Grupos de Convivência de Idosos, em

Florianópolis, SC. Instrumentos: Formulário com os dados de identificação; Questionário

Internacional de Atividade Física (IPAQ), versão 8, forma longa e semana normal, para

verificar o nível de atividade física das idosas; Questionário de Qualidade de Vida da

Organização Mundial da Saúde (WHOQOL abreviado). Coleta de dados: Os instrumentos

foram aplicados em forma de entrevista individual. Tratamento dos dados: Através do IPAQ,

a amostra foi dividida em dois níveis de atividade física: menos ativo (<150 min/sem) e mais

ativo (≥150 min/sem). Os dados foram analisados através da estatística descritiva, de testes

não-paramétricos e da análise de regressão logística binária. Adotou-se um nível de

significância de 5%. Resultados: Grande parte das idosas pertence ao nível de AF mais ativo.

O nível de atividade física menos e mais ativo fisicamente está relacionado com os domínios

de QV e as suas facetas. Os resultados indicam associações significativas entre o domínio

físico e os níveis de atividade física. As idosas que revelam um pior resultado no domínio

físico da QV apresentam um risco acrescido de terem um nível de atividade física menos

ativo. Conclusão: A AF tem um papel importante na melhoria da QV das idosas. Assim, torna-se

necessário intervir nesta realidade, para que as idosas menos ativas se tornem ativas e as mais ativas

se mantenham ou aumentem o seu nível de AF e, com isto, mantenham ou melhorem a sua QV.

Palavras-chave: nível de atividade física, qualidade de vida, idosas

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 203

NÍVEL DE DEPRESSÃO EM IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS

Maria Alcione Freitas e Silva, Luiz Humberto Rodrigues Souza, Camilla Carvalho,

Dayanne Christine Borges Mendonça, Eliane Rosa Santos, Geni Araújo Costa

Universidade Federal de Uberlândia

[email protected]

Introdução: A prática de atividade física pode aumentar a longevidade à medida que

modificamos os processos de algumas doenças. A depressão é a principal doença mental da

terceira idade, por isso é um problema importante a ser encarado pelos profissionais que

trabalham com esta clientela. Objetivos: O objetivo deste trabalho é verificar a probabilidade

de quadros depressivos em idosos praticantes de hidroginástica, pertencentes ao projeto

AFRID. Metodologia: Foi realizado um teste com 35 indivíduos (10 homens e 25 mulheres)

praticantes de hidroginástica. O instrumento utilizado, protocolado por Matsudo (2004), foi

um questionário descrito por FIATARONE (1996), com 30 questões relacionadas à satisfação

com a vida e estados de ânimo do indivíduo, além de relatos dos entrevistados. Resultados e

Conclusão: A análise dos dados obtidos pelo questionário mostrou que 14,28% dos idosos

apresentaram tendência à depressão, sendo que um destes é homem e quatro são mulheres.

Acredita-se que as atividades desenvolvidas pelo projeto AFRID tiveram grande influência no

resultado desta pesquisa, pois relatos dos informantes confirmaram os dados, relacionando-os

a uma melhora do sentimento de bem-estar e satisfação com a vida.

Palavras-chave: depressão, atividades físicas, idosos.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 204

NÍVEL DE QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS INSTITUICIONALIZADOS

Tibúrcio, Fernando Roberto Nunes Tibúrcio, Joyce Buiate Lopes Maria, Maria

Alcione Freitas e Silva, Luiz Humberto Rodrigues Souza, Geni Araújo Costa

Universidade Federal de Uberlândia

[email protected]

Introdução: É notável o aumento da população de idosos no mundo. Considerando os

problemas familiares, dificuldades financeiras e principalmente a falta de compreensão e

afetividade para cuidar de um idoso, este é levado para viver em uma instituição asilar.

Objetivos: O objetivo desta pesquisa foi conhecer o perfil dos idosos residentes em asilos em

relação à qualidade de vida. Metodologia: Para a realização desta foi utilizado um inventário

adaptado sobre qualidade de vida (Lipp e Rocha, 1996) aplicado em 25 idosos, de ambos os

sexos, residentes em asilos, situado no município de Uberlândia/MG, nos quais o projeto

AFRID (Atividades Físicas e Recreativas para a Terceira Idade) realiza atividades. O

inventário é composto por 35 perguntas, de respostas curtas. O instrumento foi aplicado aos

residentes dos asilos que apresentavam condições psicológicas e fonativas que lhes permitiam

o entendimento e a resposta correspondente. De acordo com o inventário, os resultados

considerados ideais nos aspectos social, afetivo e salutar devem estar acima de 60%, 80% e

73,3% respectivamente. Resultados: Os resultados obtidos nos aspectos social, afetivo e

salutar foram 57,8%, 66,8% e 49,2% respectivamente, os quais foram considerados abaixo

dos indicativos de sucesso. Conclusões: Assim pode-se concluir que há um indício de

qualidade de vida, dos asilados, abaixo do considerado ideal nas instituições pesquisadas.

Serão realizadas futuras pesquisas para corroborar com os dados obtidos.

Palavras-chave: asilo, qualidade de vida

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 205

NÚMERO DE ELEVAÇÕES DO JOELHO PREDIZ CERCA DE 37% DO CONSUMO DE OXIGÊNIO NO TESTE DE MARCHA ESTACIONÁRIA

Marcel B Rocha

§, André R Quina

§, Vivian A Martins

§, Sabine A

Oliveira§, Francisco L Pontes Jr.

§‡, Vagner Raso

§‡†

§Faculdade de Educação Física – FEF – Centro Universitário UniFMU

‡Laboratório de Fisiologia do Exercício – LABFEx – Centro Universitário UniFMU

†Departamento de Fisiopatologia Experimental – Faculdade de Medicina – USP

E-mail: [email protected]

Introdução: O número de elevações do joelho (EJabs) pode ser um importante parâmetro de

intensidade de esforço. Objetivo: Verificar o nível de associação entre EJabs e consumo de

oxigênio (VO2). Material e Métodos: A amostra foi constituída por 28 voluntárias com idade

entre 60 a 82 anos (x= 66,67 ± 5,88 anos). O TME foi realizado de acordo com modelo

proposto por Raso et al. (2001). O VO2 (mlkg-1min

-1) foi obtido simultaneamente ao TME

com análise direta de gases em intervalos de 30s. O coeficiente de correlação linear de

Pearson assim como o coeficiente de determinação foram empregados para a análise dos

dados. Resultados: São apresentados na tabela:

30s 60s 90s 120s

EJABS 26,54 ± 4,88 54,59 ± 8,04 84,91 ± 12,07 112,96 ± 18,03

VO2 7,39 ± 2,53 11,18 ± 2,97 14,03 ± 3,51 15,16 ± 4,04

r(r2) 0,21(4%) 0,41(17%) 0,61(37%)* 0,52(27%)*

*p<0,001

Houve correlação baixa e não significativa entre número de elevações do joelho e consumo de

oxigênio nos 60 segundos iniciais do TME (0,21 [30s]; 0,41 [60s]), enquanto que moderada e

significativa para os 90s (0,61 [37%]) e 120s (0,52 [27%]). Conclusão: O número de

elevações do joelho pode representar um preditor razoável do consumo de oxigênio no teste

de marcha estacionária.

Palavras-chave: teste de marcha estacionária, elevação de joelho, consumo de oxigênio.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 206

O LAn OBTIDO NA MARCHA ESTACIONÁRIA NÃO É DIFERENTE DO ALCANÇADO NO TESTE CARDIOPULMONAR DE EXERCÍCIO MÁXIMO

Leandro V Silva

§, Ricardo SG Costa

§, Paula I Toyansk

§,

Francisco L Pontes Jr.§‡

, Vagner Raso§‡†

§Faculdade de Educação Física – FEF – Centro Universitário UniFMU

‡Laboratório de Fisiologia do exercício – LABEx – Centro Universitário UniFMU

†Departamento de Fisiopatologia Experimental – Faculdade de Medicina – USP

E –mail: [email protected]

Introdução: O limiar anaeróbico (LAn) representa importante parâmetro à prescrição de

exercício. Objetivo: Comparar o ponto de estabelecimento do LAn nos testes cardiopulmonar

de exercício máximo (TCEM) e na marcha estacionária com análise direta de gases (TME) de

acordo à freqüência cardíaca esforço (FCE [bpm]) e ao consumo de oxigênio (VO2 [ml∙kg-

1∙min

-1]). Material e Métodos: A amostra foi constituída por 5 voluntárias na faixa etária de

65 a 78 anos (x=69,2 5,07 anos). O TCEM foi realizado em esteira rolante com inclinação

de 1% e aumento progressivo da velocidade (1,2 km·h-1

) a cada 2 minutos. O TME foi

realizado até a fadiga voluntária de acordo com modelo proposto por Raso et al. (2001). O

LAn foi estabelecido de acordo com o incremento da curva de VE/VO2 e de PETO2.

Resultados: São apresentados na tabela:

TME TCEM r

FCE 124,80 ± 6,65 123,20 ± 4,55 0,98(p=0,004)

VO2 13,00 ± 2,55 13,20 ± 1,92 0,87(p=0,057)

Não foi detectada diferença estatisticamente significativa entre o LAn alcançado no TME com

o obtido no TCEM. Houve correlação muito alta e significativa quando a FCE foi considerada

de acordo com o ponto do LAn (0,98: p=0,004 [r2: 96%]). No entanto, o mesmo fenômeno

não se repetiu para o VO2, embora a correlação tenha sido alta (0,87). Conclusão: O LAn

ocorre em momentos similares tanto no TME como no TCEM independente do parâmetro

analisado (FCE ou VO2).

Palavras-chave: teste de marcha estacionária, teste cardiopulmonar de exercício máximo,

limiar anaeróbico.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 207

OS DESCOMPASSOS NA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA PARA A POPULAÇÃO IDOSA

Raquel Guimarães Lins

Universidade Católica de Brasília

[email protected]

Introdução: A Política Nacional do Idoso (PNI, 1994) visa o incentivo de programas de

atividades físicas que promovam a qualidade de vida para a população idosa. A Secretaria

Municipal de Esportes de Belo Horizonte oferece atividades físicas em 27 núcleos do

Programa Vida Ativa. Objetivo: A pesquisa tem como objetivo verificar se os indivíduos

idosos residentes próximo ao Parque Municipal Lagoa do Nado, na região norte, conhecem o

programa bem como participam do mesmo. Metodologia: A metodologia compreende

entrevista estruturada, com análise dos resultados quantitativamente. A amostra de

conveniência, com um total de 30 idosos, sendo 12 do sexo masculino (40%) e 18 do sexo

feminino (60%). A média de idade dos entrevistados é de 67 anos. Resultados: Os resultados

obtidos são: 57,14% desconhecem e 42,86 o conhecem, principalmente, por meio de amigos e

por freqüentarem o parque; 47,15 % praticam algum tipo de atividade física regular, nas quais

destacam-se a caminhada e a hidroginástica, 52,85% são sedentários. Sobre a freqüência, 62%

o fazem regularmente, 20% periodicamente e 18% não. Conclusões: Embora a PNI associe os

benefícios da atividade física à qualidade de vida, é possível perceber que a prática de

atividades físicas atinge uma pequena parcela desta população. Um dos motivos pode ser a

falta de espaço público, mas é possível verificar ainda que, nesta região o desconhecimento de

um programa da prefeitura compromete a proposta da PNI, sendo necessário criar estratégias

para atender, de forma mais abrangente, aos idosos residentes na região. Será a partir de uma

adesão maior de idosos, fato que depende do próprio conhecimento das possibilidades de

prática, que a atividade física poderá ser, de fato, contribuinte para a melhoria da qualidade de

vida dos idosos.

Palavras-chave: política nacional do idoso, programa vida ativa, qualidade de vida.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 208

PARÂMETROS MOTORES E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS PRATICANTES DE DANÇA DE SALÃO

Luiz Alberto Simas; Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães;

Joseani Paulini Neves Simas; Giovana Zarpellon Mazo

CEFID/UDESC – Florianópolis – SC; [email protected]

Introdução e objetivos: a autonomia do idoso está inteiramente relacionada com a prática de

atividade física e a dança, como uma atividade física, pode tornar a vida diária mais saudável,

atingindo os domínios do comportamento do ser humano: psicomotor, sócio-afetivo e

perceptivo-cognitivo. Neste sentido, o estudo diagnóstico descritivo teve o intuito de analisar

a qualidade de vida e os padrões motores de idosos praticantes de dança de salão, bem como

especificamente a Qualidade de Vida na percepção dos idosos, os parâmetros motores, a

aptidão motora geral e específica e o perfil dos idosos. Metodologia: a amostra foi composta

por 15 (quinze) idosos de ambos os sexos: 11 idosos do sexo feminino e 4 idosos do sexo

masculino, todos praticantes de Dança de Salão, selecionados intencionalmente pela (a)

idade, (b) tipo de prática e (c) interesse e possibilidade de participar. Os instrumentos de

medida utilizados foram: (1) entrevista semi-estruturada - atributos pessoais e percepção da

Qualidade de Vida (versão brasileira do SF-36 – Health Survey of the International Quality of

Life Assesment) e (2) Escala motora para a Terceira Idade (EMTI). Os dados foram

analisados mediante estatística descritiva (distribuições de freqüências e médias) utilizando o

programa SPSS e EPI-INFO versão 6.0 para análise dos parâmetros motores. Resultados e

Conclusões: após análise dos dados conclui-se que os idosos praticantes de dança de salão

são na maioria do sexo feminino, com faixa etária entre 65 e 75 anos, viúvos e aposentados;

apresentam uma qualidade de vida que de acordo com a percepção deles foi considerada

muito boa e boa; todos realizam atividades físicas e possuem relacionamentos e convívios

sociais considerados sadios; quanto à aptidão motora, esta é considerada muito boa de acordo

com a escala motora para a terceira idade.

Palavras-chave: dança de salão, qualidade de vida, idoso

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 209

PERFIL DA CAPACIDADE DE MEMÓRIA DOS IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Carrijo, Poliana de Lourdes; Leite, Glênio Fernandes; Santos,

Jessiane Alves; Martins, Maria Angélica; Costa, Geni Araújo.

Universidade Federal de Uberlândia

[email protected]

Introdução: Sabe-se que com o envelhecimento há perda de memória. Esta função cerebral

serve para armazenar informações e conhecimentos. Fatores como genética, nível

educacional, estilo de vida e relações sociais podem afetar o desempenho da memória de

forma geral. Objetivos: O objetivo desta pesquisa foi analisar o nível da memória visual, tátil,

imediata e temporal de idosos institucionalizados. Metodologia: A amostra foi composta por

8 idosos (4 homens e 4 mulheres), todos com lucidez e poder de comunicação, com idade

média de 68,6 anos, residentes no asilo São Vicente e Santo Antônio no município de

Uberlândia/MG. Os testes utilizados foram: relógio (Clock Drawing Tast), mini-mental

(Folstein et.al.1975), figuras (Bertolucci et. al.1998 ) e objetos (Germano Neto, 1997).

Resultados: Os resultados estão demonstrados na tabela abaixo:

Avaliação Figuras Objetos Mini-mental Relógio

Percepção visual 91,2% 100%

Percepção tátil 91,2% Memória incidental 45%

Memória imediata 60,6% 100%

Orientação 63,7% Recordação 63,7% 66,2% 54,2%

Atenção e cálculo 62,6%

Linguagem 73,7%

Círculo fechado 100% Seqüência horária 12,5%

Conclusões: Analisando os dados pudemos perceber que mesmo estando segregados em

abrigos, e apesar dos idosos possuírem um comprometimento cognitivo, apenas 12% não tem

noção bem definida do tempo presente e consciência da sua realidade atual. Esta realidade

sobre as capacidades de memória dos idosos pode enriquecer a realização de atividades que

remetem o envelhecimento bem sucedido.

Palavras-chave: memória, envelhecimento

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 210

PRONTIDÃO PARA ATIVIDADE FÍSICA E RISCO CARDÍACO EM IDOSOS PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA

Eliane Rosa dos Santos, Lucélia Justino Borges, Maria Alcione Freitas

e Silva, Patrícia Vieira do Nascimento, Geni Araújo Costa

Universidade Federal de Uberlândia

[email protected]

Introdução: O envelhecimento é um processo que afeta todos os indivíduos de forma lenta e

gradativa, provocado por fatores biológicos e sócio-ambientais. Neste processo há uma

tendência ao acúmulo de fatores patológicos e aos desgastes durante a vida, provocando

desequilíbrio biológico e o aparecimento de restrições para a execução de AVDs. Objetivos:

Este estudo procurou avaliar a prontidão para a atividade física e o risco de doenças

coronarianas de idosos praticantes de hidroginástica no Projeto VIDA ATIVA AFRID.

Metodologia: A amostra foi constituída por 25 idosos, que iniciavam a prática da atividade

física.Os alunos foram divididos em 2 grupos, GI - 51 a 60 anos e GII - acima de 61 anos. Foi

realizada uma pesquisa de campo com a aplicação do Questionário de Prontidão para a

Atividade Física (PAR-Q Validation Report. British Columbia Ministry of health, 1978) e um

questionário de Avaliação do Risco Cardíaco, através do auto-relato dos alunos. Resultados e

Conclusões: Com relação ao questionário PAR-Q o grupo I apresentou uma porcentagem

maior em relação ao grupo II quando respondiam sim em apenas uma das questões. Isso

demonstra a necessidade de uma avaliação médica antes do início da atividade. Já de acordo

com o questionário de avaliação do risco cardíaco, o GI apresentou uma maior porcentagem

que o GII em relação ao risco médio de doenças coronarianas, embora o GII tenha se

mostrado mais propenso a doenças do coração que o GI, pois apresentou um alto índice

quanto ao risco moderado que possui um escore maior.

Palavras-chave: idoso, prontidão e coração.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 211

RELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E DENSIDADE MINERAL ÓSSEA EM MULHERES PÓS-MENOPAUSA

Priscilla Marques (bolsista do PIBIC/CNPq-Brasil); Cassiano Ricardo

Rech (bolsista CAPES); Sheilla Tribess; Edio Luiz Petroski

Nucidh/CDS/UFSC

[email protected]

Introdução: O Índice de Massa Corporal (IMC) é um indicador de sobrepeso e obesidade em

diversos grupos etários, assim como apresenta uma relação direta com a incidência de

doenças crônico-degenerativas. No processo de envelhecimento uma das grandes

preocupações tem sido a perda da Densidade Mineral Óssea (DMO), que é um dos fatores que

leva a osteoporose. Objetivos: Assim, este estudo teve como objetivo analisar a relação entre

IMC e os componentes de DMO e Conteúdo Mineral Ósseo (CMO) em mulheres pós-

menopausa. Metodologia: Foram mensuradas 45 mulheres entre 50 e 75 anos de idade, com

massa corporal (MC) 70,491,90kg, estatura (EST) 1,560,52m, IMC 28,824,30 kg/m2

(21,30-38,63 Kg/m2), DMO 1,03250,1010g/m

2 e CMO 1933,65311,09g/m

2 para o corpo

total, tendo valores médios de 334,5654,96 para os membros inferiores (MMII) e

153,02826,37g/m2 para os membros superiores (MMSS). Para o cálculo do IMC utilizou-se

a equação IMC=MC(Kg)/EST2

(m), a DMO e o CMO foram determinados através da medida de

Densitometria Óssea (DXA) utilizando um aparelho HOLOGIC QDR 4500. Utilizou-se a

estatística descritiva e o coeficiente de correlação Linear de Pearson (p<0,05). Resultados:

Os resultados demonstraram uma correlação baixa mas significativa entre o IMC e a DMOTotal

(r=0,38), DMOMMII (0,39), DOMMMSS (0,37) e DMOTronco (r=0,46). Também apresentou

correlação significativa entre o IMC e CMO (r=0,42). Conclusões: Conclui-se que, no grupo

estudado o IMC apresentou uma relação linear e positiva com a DMO, demonstrando que a

DMOTotal foi influenciada pelo IMC. Assim, indivíduos com baixo IMC apresentaram uma

menor DMO.

Palavras-chave: índice de massa corporal, densidade mineral óssea e mulheres.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 212

RELAÇÃO ENTRE O TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS E ATIVIDADE AQUÁTICA PARA IDOSAS

Patrícia Vieira do Nascimento, Eliane Rosa dos Santos, Lucélia

Justino Borges, Geni Araújo Costa, Silvio Soares Santos

Universidade Federal de Uberlândia

[email protected]

Introdução: Com o envelhecimento ocorrem alterações nas funções metabólicas e

neuromotoras como também nos aspectos antropométricos e na aptidão física, porém estes

efeitos podem ser minimizados a partir da prática regular de atividade física. Objetivos: O

objetivo deste trabalho foi determinar o efeito da atividade de hidroginástica sobre a condição

aeróbia de idosos através do teste de caminhada de 6 minutos. Metodologia: A amostra foi

constituída por 128 idosas com média de idade de 64,8 anos, divididas em três grupos: GI - 27

mulheres com idade entre 50 e 59 anos; GII - 71 mulheres com idade entre 60 e 69 anos e

GIII - 30 mulheres com idade acima de 70 anos. Realizaram-se testes protocolados por Sandra

Matsudo (2000) -caminhada de 6 minutos- antes e após um período de sete meses de prática

de hidroginástica. Esta atividade é realizada três vezes por semana com uma duração de 60

minutos, divididos em atividades fora d‘água (15 min) e atividades dentro d‘água (45 min).

Resultados: Como resultado, as médias apresentadas nos testes realizados depois do período

de atividades se mostraram superiores para duas entre três idades analisadas: GI 534,7 para

541,1; GII 528,7 para 525,8; GIII 478 para 483,7. Porém a análise das diferenças entre as

médias (teste t de student) não demonstrou diferenças significativas entre os grupos

analisados. Conclusão: Conclui-se com este estudo que a atividade de hidroginástica

aparentemente não se mostrou eficiente para melhorar a condição cardiorespiratória das

idosas analisadas.

Palavras-chave: idosas, hidroginástica, cardiorespiratória

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 213

RESPOSTA DO DUPLO PRODUTO EM IDOSOS DURANTE UM EXERCÍCIO DE FORÇA PARA MEMBRO SUPERIOR, UTILIZANDO COMO IMPLEMENTO UM

ELÁSTICO

Rafaella Parca, Tatiana Rodrigues, Marisete Peralta Safons

Faculdade de Educação Física – UnB

[email protected]

Introdução: A análise das respostas fisiológicas durante a atividade física usa normalmente

como parâmetro qualitativo e de segurança cardiovascular, a freqüência cardíaca e a pressão

arterial, de forma isolada ou conjunta, por meio do duplo produto (DP). O DP é definido

como produto entre freqüência cardíaca e pressão arterial sistólica (FC X PAS). Esse índice

tem forte correlação com o consumo de oxigênio do miocárdio apresentando-se como o

melhor preditor indireto do esforço cardiovascular. Exercícios de força realizados com

elásticos têm sido utilizados com a população idosa, mas há poucos estudos dos efeitos

cardiovasculares que esses exercícios desencadeiam durante sua execução. Objetivo:

Verificar a resposta do DP ao final de três séries (com 10 repetições) de flexão do cotovelo,

utilizando um elástico como implemento. Metodologia: A amostra foi composta de 10

idosos, 3 do sexo masculino e 7 do sexo feminino, do Programa Melhor Idade (Brasília-DF) -

praticantes regulares das aulas de condicionamento físico há pelo menos 1 ano, com

freqüência mínima de 3 sessões semanais de treinamento. Os dados foram avaliados de forma

transversal e utilizou-se estatística descritiva para tratamento dos dados. Resultados: O

exercício de flexão de cotovelo, com elástico, impôs uma sobrecarga cardíaca média de 58%

quando comparado ao repouso. Conclusão: Como em toda forma de atividade física, a PA se

elevou, mas dentro de limites seguros, e a FC elevou-se em níveis discretos. O resultado é um

DP de baixo risco cardíaco. A variação do DP não alcançou o limiar de isquemia do

miocárdio, que a partir de 30000 é considerado como ponto de corte para a angina pectoris.

Palavras-chave: segurança cardiovascular, duplo produto, elástico.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 214

RESULTADOS DE DIFERENTES FREQUÊNCIAS SEMANAIS NA APTIDÃO FÍSICA DE IDOSOS ATIVOS

Andréa Krüger Gonçalves, Doralice Orrigo da Cunha Pol,

Veridiana Mota Moreira, Cibele dos Santos Xavier, Carolina

Blaschke Monteiro dos Santos, Ramon Diego Guillermo

Cardoso, Ivanete Bredow Faber

Universidade Luterana do Brasil/Canoas (CEAFE/LAFIMED)

Departamento de Vigilância da Saúde/Prefeitura Municipal de Canoas

[email protected]

Introdução: O aumento da expectativa de vida tem suscitado a necessidade de

implementação de ações que possibilitem um envelhecimento com qualidade. O exercício

físico regular tem sido reconhecido como um dos principais fatores intervenientes no estado

saudável. Objetivo: O objetivo deste estudo foi comparar a aptidão física de indivíduos com

idade superior aos 55 anos praticantes de exercícios físicos em diferentes freqüências.

Metodologia: Participaram da amostra 100 idosos praticantes de hidroginástica no CEAFE

(Centro de Estudos de Atividade Física e Envelhecimento) da Educação Física-

ULBRA/Canoas. Resultados: Os sujeitos participavam de duas aulas semanais de

hidroginástica há no mínimo seis meses, combinadas ou não com outros tipos de atividade. A

amostra foi dividida para análise em três grupos: 1 (duas horas), 2 (três horas), 3 (mais de três

horas). Os instrumentos utilizados foram testes de força MI e MS, flexibilidade MI e MS,

resistência, equilíbrio e agilidade (Rikli e Jones,2001). A análise estatística foi a ANOVA no

programa SPSS 10.0. Os resultados indicaram que no pré-teste a força MS foi a única variável

que indicou diferença estatística entre os três grupos, enquanto no pós-teste foi a resistência.

Quanto às outras variáveis, nas avaliações inicial e final, não ocorreu diferença significativa

entre os três grupos. O equilíbrio e agilidade não indicaram homogeneidade de variância no

pré e pós-teste, do mesmo modo que a flexibilidade no pré-teste. Conclusões: Os resultados

indicaram que a atividade física propicia resultados na aptidão física de idosos em diferentes

freqüências, condizentes com a perspectiva de bem-estar.

Palavras-chave: aptidão física, frequência semanal, idoso

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 215

SAÚDE DO IDOSO: A POTÊNCIA MUSCULAR COMO PREVENÇÃO DE QUEDAS E LESÕES

Fernanda Guidarini Monte

1, Adilson A. M. Monte

2,

Adriana C. A. Guimarães3, Renildo Nunes

4.

UDESC1,3,4

e UFSC2 .

[email protected]

Introdução: As quedas em idosos tornaram-se um grande problema de saúde pública, sendo

uma das maiores causas de lesões nesta faixa etária que muitas vezes levam à morte.

Objetivo: Investigar a relação entre potência muscular e prevenção de acidentes.

Metodologia: Pesquisa de revisão bibliográfica para a qual foram selecionados 103 artigos

publicados entre 1984 e 2004. Resultados: existem muitos fatores correlacionados com

quedas em idosos, dentre elas a baixa aptidão física principalmente no que se refere à potência

muscular diminuída. Dados estatísticos dos EUA esclareceram que as fraturas de quadril

adquiridas após a queda do idoso apresentam-se fatais, com margem de óbito de 15 a 20% ao

ano. Outros 15% de idosos necessitam de ajuda para realizarem a maioria das atividades da

vida diária. Estudos demonstraram que 40% das pessoas acima de 65 anos caem pelo menos

uma vez ao ano por fraqueza muscular, apresentando lesões e fraturas. Autores verificaram

que as principais causas de queda em 146 idosos enfermos foram 47,1% ultrapassando

obstáculos, 12,2% descendo obstáculos, 8,2% perda de equilíbrio. E constataram que as

causas mais graves de quedas, onde os idosos tornam-se dependentes, são problemas

relacionados principalmente a exercer força em velocidade (potência). Conclusões: Os

estudos sugerem que existe relação entre potência muscular e prevenção de acidentes em

idosos e que a potência muscular torna-se necessária no sentido de considerar possíveis

imprevistos e atividades motoras que exijam mais do que a força necessária para as atividades

de rotina, possibilitando uma maior margem de segurança em relação à saúde.

Palavras-chave: saúde; idoso e potência muscular.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 216

SERÁ QUE EXISTE MELHORA DA FORÇA MUSCULAR EM IDOSOS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO HÁ NO MÍNIMO DE 1 ANO?

Sandor Balsamo, Renata Carneiro, Valdinar Júnior

Companhia Athletica

[email protected]

Introdução: Muitas pesquisas vêm comprovando a importância do treinamento de força (TF)

para os idosos. O trabalho clássico de Fronteira at al. (1988) demonstrou ganhos de 107% na

musculatura extensora do joelho e de 227% na musculatura flexora do joelho após 12

semanas de TF em idosos. Os elevados ganhos de força muscular nas primeiras 12 semanas

de treinamento são influenciados, principalmente pelos fatores neurais. Poucas são as

pesquisas avaliaram os ganhos da força muscular após a fase neural. Objetivo: Verificar os

ganhos de força muscular em 12 semanas em idosos praticantes há no mínimo 1 ano

anteriores a pesquisa. Material e métodos: A pesquisa foi composta por 13 idosos praticantes

de musculação há no mínimo 1 ano antes da pesquisa. Com a média de idade de 65 anos,

sendo 7 do sexo masculino e 6 do sexo feminino. Os testes neuromusculares foram: 1RM na

cadeira extensora marca Cybex; teste sentar e levantar do banco (SLB) durante 30 segundos;

flexão do cotovelo (FC) também em 30 segundos. Foi realizado o teste t de student para

amostras pareadas (p<0,05). Resultados: No teste de 1-RM houve um aumento médio de 6%,

porém esse aumento não foi estatisticamente significativo. O aumento médio do número de

repetições no teste de SLB foi de 26%, mas sem diferença significativa. No teste de FC

também ocorreu uma melhora no desempenho dos sujeitos em 20%, contudo, sem diferença

significativa.Conclusão: Os sujeitos avaliados apresentaram melhora em todas as variáveis

analisadas, sendo que no de 1RM teve menor aumento. Entretanto, sem diferença

estatisticamente significaticativa. Esses resultados pouco expressivos podem ser atribuídos ao

fato de se tratarem de indivíduos treinados. Kraemer et. al. (2002) sugerem que os ganhos de

força estejam por volta de 16% em indivíduos treinados. Os mesmos autores indicam ganhos

de apenas 2% de força em atletas, o que indica que a melhoria no desempenho são menos

evidentes para sujeitos com maior tempo de treino. Uma segunda hipótese seria a falta de

progressão das cargas de treinamento ou a insegurança dos idosos em aumentar os pesos.

Palavras-chave: idosos, força muscular

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 217

TESTE DE MARCHA ESTACIONÁRIA MENSURA CERCA DE 73% DO VO2PICO ALCANÇADO NO TESTE CARDIOPULMONAR DE EXERCÍCIO MÁXIMO

André R Quina

§, Marcel B Rocha

§, Sabine A Oliveira

§, Vivian

A Martins§, Francisco L Pontes Jr

§‡, Vagner Raso

§‡†

§Faculdade de Educação Física – FEF - Centro Universitário UniFMU

‡Laboratório de Fisiologia do Exercício – LABFEx – Centro Universitário UniFMU

†Departamento de Fisiopatologia Experimental – Faculdade de Medicina – USP

E-mail: [email protected]

Introdução: O teste de marcha estacionária (TME) pode representar procedimento alternativo

à medida da capacidade cardiorespiratória. Objetivo: Verificar o nível de associação entre

consumo de oxigênio de pico (VO2pico [ml∙kg-1

∙min-1

]) obtido por meio do teste

cardiopulmonar de exercício máximo (TCEM) e do TME. A amostra foi constituída por 24

voluntárias com idade entre 60 e 81 anos (x= 69,4 ± 6,3 anos). O TCEM foi realizado em

esteira rolante com inclinação de 1% e aumento progressivo da velocidade (1,2 km∙h-1

) a cada

2 minutos, com análise direta de gases simultânea. O TME foi realizado de acordo com

modelo proposto por Raso et al. (2001). Resultados: São apresentados na tabela:

TCEM TME ∆%

VO2pico 19,8 + 4,2* 16,9 + 3,6 15,0

Pearson (r2) 0,86 (73,4%)*

Houve correlação forte e significativa (*p<0,0001) entre VO2pico obtido no TME com o

alcançado no TCEM, sugerindo que o TME mensura cerca de 73% do VO2pico alcançado no

TCEM. Por outro lado, foi detectada diferença estatisticamente significativa quando os

valores médios foram comparados (19,8 + 4,2 x 16,9 ± 3,6 [p<0,0001]). Conclusão: O TME

representa um bom procedimento para mensurar o VO2pico, podendo então servir como

método adicional para populações idosas clinicamente saudáveis.

Palavras-chave: consumo de oxigênio de pico, teste cardiopulmonar de exercício máximo,

teste de marcha estacionária.

Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a 15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 218

VIVÊNCIAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM PARKINSON E MACHADO-JOSEPH

Marize Amorim Lopes

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

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Introdução: Com o envelhecimento, doenças crônicas degenerativas tendem a se manifestar

nos humanos, dentre as quais podemos destacar o Mal de Parkinson e a Doença Machado-

Joseph (DMJ). O Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, idiopática

e de progressão lenta, caracteriza-se por bradicinesia, tremor de repouso, rigidez muscular e

perda dos reflexos do ajuste postural. A DMJ é uma rara ataxia cerebelar hereditária, causada

por uma repetição de três letras no código genético (DNA) em um gene do cromossomo 14q.

Esta anomalia provoca movimentos desequilibrados e desordenados, implicando em

alterações na fala, gestos, equilíbrio e marcha. Levando em conta todos os efeitos que essas

doenças provocam na pessoa, incluindo dificuldades em executar atividades diárias e o

preconceito social, a pratica de

atividade física é de suma importância para o tratamento e enfrentamento das mesmas.

Objetivo: relatar experiência bem sucedida de um programa de atividade física par pessoas

com Parkinson e DMJ. Metodologia: estudo de caso de um projeto de extensão iniciado em

maio de 2004, no Centro de Desportos da UFSC, em parceria com Associação Parkinson/SC,

objetivando oportunizar vivências corporais para pessoas com distúrbios de movimento,

buscando um melhor enfrentamento, mudança no estilo de vida e inclusão social destes

indivíduos. O projeto envolve dança, exercícios de soltura muscular, alongamento,

flexibilidade, equilíbrio, força, resistência e relaxamento. Resultados: foi verificada a

manutenção da flexibilidade, fortalecimento muscular, melhora nas condições físicas,

ampliação do convívio social, melhor disposição e autonomia. Conclusão: este programa de

vivências corporais contribuiu para uma melhor locomoção e domínio das atividades diárias

dos participantes, bem como propiciar trocas de experiências sobre a doença, o que, por sua

vez, favorece um melhor enfrentamento da doença.

Palavras-chave: distúrbio, movimento, vivências