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  • 7/23/2019 2ae3a Jornaldoaluno Portugues

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    Lngua Portuguesa e Literatura 3Jornal do Aluno | 2 e 3 Sries ensino mdio

    LNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

    Sou vivo, quero falar!

    Todos temos necessidade de falar. Mas o que fazemos realmente quando tomamos

    a palavra? Nesse momento expressamos quem somos, construmos pontes que nos

    aproximam, pelo tempo e pelo espao, do outro. Nesse momento, em que tomamos a

    palavra, somos seres vivos por completo.

    Aula 1

    Aula 2

    1. Em qual das frases a seguir o termo soltar est com o mesmo sentido que apareceem Eu quero me soltar?

    a) Ana Carolina soltou o cachorro no parque.b) Paula, em seu entusiasmo, soltou um grito de alegria.c) Entrei nas aulas de dana para poder soltar-me mais.d) A rosa solta um agradvel perfume.e) O pugilista soltou um direto contra o adversrio.

    2. Leia:

    Tudo digo por entre dentes.Pode-se armar que dizer entre dentes signica:a) Usar os dentes para dizer algo.b) Falar baixo, resmungar.c) Gritar bem alto para todos ouvirem.d) Falar por meio de gestos, sem usar a voz.e) Escrever.

    3. Que diferena faria a frase: Sou vivo, quero falar, se fosse escrita: Estouvivo,quero falar?

    Aulas 3 e 4

    1. Com base no texto lido, comente, no ca-derno, o sentido da armao a seguir:

    A lngua portuguesa um verdadeirodesao para quem escreve.(Clarice Lispector)

    Explique o ponto de vista da escri-

    tora, mas acrescente tambm o quepensa a respeito. Justique o seuponto de vista.

    2. Os autores do texto da Aula 2 armamque Expressar raciocnios mais ela-

    borados em portugus um verda-deiro desao. De acordo com o textoe com sua experincia pessoal, como

    solucionar esse problema? Analise aquesto. Depois o professor ir orien-tar a elaborao de uma respostacoletiva; anote-a no caderno.

    3. Rena-se em duplas ou trios. Elaborecom os colegas uma declarao deamor Lngua Portuguesa. Escre-vam esse texto em prosa ou em ver-so, levando em conta:

    A inteno comunicativa do texto.O valor da Lngua Portuguesa nodia-a-dia.A importncia de nos comunicar-mos e de expressarmos os nossossentimentos.

    As diculdades que enfrentamos aofalar e ao escrever em portugus.

    A utilidade da norma padro daLngua Portuguesa.

    De uma forma um pouco potica, pode-mos dizer que somos vivos em portugus:amamos, comemoramos, nos alegramos,camos tristes, existimos em portugus.Mas isso no apenas no Brasil, no, anal...

    Agora, leia com ateno o texto a seguir:

    Eu amo voc, Lngua Portuguesas vezes sinto-me feliz e expresso minha felicidade ao seu lado, companheira amiga,

    mistrio que estou sempre descobrindo. A felicidade tem corpo e cor e pulsa no meu

    corao e corre a se encontrar com voc, ento a felicidade vira palavra e eu sofro um

    pouco porque no sei qual a melhor palavra para expressar o que sinto... Alegria? Con-

    tentamento? Entusiasmo?

    Certos momentos, voc sabe, inunda-me uma tristeza sem m. Mar cheio de ondas,

    covas profundas de dor e melancolia, ento eu olho ao redor e vejo-me to s, to s que

    nem palavras tenho. Mas at nessa angstia completa sinto a necessidade de que voc

    esteja por perto. a primeira coisa que procuro: nomear a minha dor.

    Em outro momento estou inventivo e encontro mil planos para melhorar o mundo,

    para fazer a vida dos outros mais feliz, para resolver todos os problemas, para que todos

    se sintam mais completos e verdadeiros. Nessas horas, tambm voc est em mim e

    eu mergulho nas suas entranhas e tento levar voc, a sua riqueza, at o outro que me

    escuta. s vezes to difcil!

    Faltam exrcitos de grandes pensadores, como existem na lngua inglesa ou france-sa. Faltam muitos poetas, lsofos, sbios, cientistas pensando em portugus. Expressarraciocnios mais elaborados em portugus um verdadeiro desao. preciso ter pacin -cia... Voc um diamante, que vai ganhando brilho na lapidao de sua histria. Histriade amor, que voc faz com os que aprenderam a amar o seu idioma nas diculdades dequem voc e de quem ns somos.

    Assim eu amo e amar dizer que se ama e eu amo em portugus. No consigo meimaginar dizendo I love you para o ser amado e isso ter o mesmo gosto, a mesma sen-sao boa de amor que dizer, mesmo com erro gramatical: Eu te amo, voc o meuamor! E isso que digo agora, minha lngua me, em que aprendi a ser quem sou: Eu teamo, voc o meu amor.

    LANDEIRA, Jos Lus e MATEOS, Joo Henrique (Texto especialmente produzido para esta obra.)

    1. Utilize as palavras do quadro para preencher o seguinte texto explicativo da decla-rao de amor que lemos:

    lngua amar apaixonante declarao desaadora

    diculdades herana pensamentos potencial raciocnios

    A de amor que lemos se fundamenta na constatao de uma realidade:a Lngua Portuguesa , mas ao mesmo tempo .

    Desaadora porque ela, em sua histria, no foi profundamente pensada, ou seja,no se aproveitou de tudo aquilo que esta pode oferecer para elaborar

    , idias e novos conhecimentos. Muitos escritores deixaram uma depensar em portugus, mas essa herana ainda no suciente. Dessa maneira, quandoalgum quer expressar mais complexos, nos quais se procura ir alm dasaparncias, isso se torna um verdadeiro desao.

    Mesmo assim, o enunciador declara a Lngua Portuguesa. O seu amororigina-se das prprias de lidar com uma lngua que ainda tem tanto para ofe-recer ao pensamento. H ainda muito a fazer, e aproveitar o dessalngua, ao lidar com ela, puro amor.

    SIA

    FRICA

    OCEANIA

    AMRICADO SUL

    AMRICADO NORTE

    EUROPA

    N

    S

    LO

    1. Transforme o mapa-mndi a seguir no mapa-mndi da lusofonia. Para isso, pin-te os pases onde se fala portugus.

    2. A seguir, selecionamos alguns trechos de uma entrevista publicada num jornalportugus. Neles sublinhamos alguns termos. Adapte-os ao portugus brasileiro,

    levando em conta o sentido que esses termos apresentam no texto. Discutam em

    classe as principais diferenas entre o portugus escrito em Portugal e no Brasil.

    Recorram ao dicionrio para esclarecer dvidas.

    a) Nasceu h sete meses, tendo

    passado por todos os processos

    normais at chegar ao ecr.

    b) Somos portugueses e no nos

    podemos esquecer disso.

    c) O que ns queremos que as

    pessoas refictam sobre este

    tipo de fenmenos, que ocorrem

    a cada dia.

    d) A histria est a ser escrita com

    toda a alma que uma histria

    deste gneromerece.

    Aulas 5 e 6

    No mundo todo se fala portugus!

    A Lngua Portuguesa falada por mais de 210 milhes de pessoas ao redor detodo o mundo. O espalhamento do portugus pelo mundo comea quando Portugal,por motivos econmicos e polticos, para formar o seu Imprio Colonial, leva a LnguaPortuguesa pelo mundo afora. Do contato com os povos encontrados resultou um forte

    intercmbio que fez com que a Lngua Portuguesa ganhasse razes em outras partesdo mundo, sofrendo, naturalmente, mudanas.

    Chamamos de lusofoniao conjunto de identidades culturais existentes em pasesfalantes da lngua portuguesa Angola, Brasil, Cabo Verde, Guin-Bissau, Macau, Mo-ambique, Portugal, So Tom e Prncipe, Timor-Leste e entre diversas pessoas ecomunidades em todo o mundo.

    Mapa da lusofonia

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    4 Lngua Portuguesa e Literatura Jornal do Aluno | 2 e 3 Sries ensino mdio

    Considere o seguinte ttulo, referente a um texto de material didtico:

    Comunicao vida1. Discutam, oralmente, em classe:

    O ttulo apenas um detalhe na estrutura do texto escolar ou tem uma funoimportante? Por qu?O que se pode esperar de um texto com tal ttulo?

    Respondidas as questes, d uma vista geral no texto, averiguando se, de fato, anossa expectativa corresponde realidade. O texto em questo est transcrito a seguir:

    (1) A comunicao faz parte do processo da vida. Quando nascemos, mesmo an-tes de comearmos a falar, j nos comunicamos com nossos pais. Apenas pelo choro

    da criana, uma me pode identicar quais so suas necessidades, se ela est com

    sono, fome ou alguma dor. Para cada necessidade, h um choro diferente. Pelas ex-presses, gestos e sons emitidos pela criana, a me sabe se ela est bem ou no.

    (2) Podemos nos comunicar com animais, ensin-los, conhecer suas emoes,saber se esto alegres ou agressivos. Tambm podemos observar a comunicao en-tre eles, os sons que emitem, os sinais fsicos de que se utilizam para ameaar ou seproteger, reproduzir, marcar e proteger um territrio. At uma planta pode emitir sinais

    que alcanam outras plantas por meio de elementos qumicos que liberam no ar.(3) O ser humano, contudo, por meio da fala, da linguagem verbal, desenvolveu uma

    capacidade de comunicao bem mais complexa do que aquela que encontramos no resto

    da natureza.

    PAIS, Paulo Marcelo Vieira. Tecnologias de comunicao e informao: presena constante em nossas vidas.

    In: Linguagens, cdigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Mdio/ Coordenao Zuleika de Felice Murrie.

    Braslia: MEC: INEP, 2002. p. 157.

    Aulas 7 e 8

    Mas h tambm aqueles que no conseguem se comunicar... e dessa forma no conse-guem construir uma ponte para vencer a solido. s vezes isso acontece pelas diculdadesde quem se expressa. Em outras, pelas de quem escuta ou l. Onde est o problema noconto a seguir?

    O conto abaixo aborda o tema da solido, mas algumas palavras foram retiradas...

    Um aplogo

    Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:

    Por que est voc com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para ngir que

    vale alguma cousa neste mundo?

    (1) -me, senhora.

    Que a deixe? Que a deixe, por qu? Porque (2) lhe que est com um ar

    insuportvel? Repito que sim, e (3) sempre que me der na cabea.

    Que cabea, senhora? A senhora no alnete, agulha. Agulha no

    tem cabea. Que lhe (4) o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu.

    (5) -se com a sua vida e deixe a dos outros.

    Mas voc orgulhosa.

    Decerto que sou.

    Mas por qu? boa! Porque coso. Ento os vestidos e enfeites de nossa ama, quem que os

    cose, seno eu?

    Voc? Esta agora melhor. Voc que os cose? Voc ignora que quem os cose

    sou eu e muito eu?

    Voc fura o pano, nada mais; eu que coso, prendo um pedao ao outro, dou

    feio aos babados...

    Sim, mas que vale isso? Eu que furo o pano, vou adiante, (6) por voc,

    que vem atrs obedecendo ao que eu fao e mando...

    Tambm os batedores vo adiante do imperador.

    Voc imperador?

    No digo isso. Mas a verdade que voc faz um papel subalterno, indo adiante;

    vai s mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e nmo. Eu que prendo,

    ligo, ajunto...

    (7) nisto, quando a costureira chegou casa da baronesa. No sei se disse queisto se (8) em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao p de si, para no

    andar atrs dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha,

    enou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano

    adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, geis como os galgos

    de Diana para dar a isto uma cor potica. E (9) a agulha:

    Ento, senhora linha, ainda teima no que dizia h pouco? No repara que esta

    distinta costureira s se importa comigo; eu que vou aqui entre os dedos dela, unidinha

    a eles, furando abaixo e acima...

    A linha no (10) ; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por

    ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e no est para ouvir palavras loucas. A

    agulha, vendo que ela no lhe dava resposta, (11) -se tambm, e foi andando. E

    era tudo silncio na saleta de costura; no se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha

    no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda

    nessa e no outro, at que no quarto acabou a obra, e cou esperando o baile.

    Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se,

    levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessrio. E enquanto

    compunha o vestido da bela dama, e (12) de um lado ou outro, (13) daqui

    ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:

    Ora, agora, diga-me, quem que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo

    parte do vestido e da elegncia? Quem que vai danar com ministros e diplomatas,

    enquanto voc (14) para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das

    mucamas? Vamos, diga l.

    (15) que a agulha no disse nada; mas um alnete, de cabea grande e

    no menor experincia, murmurou pobre agulha:

    Anda, aprende, tola. (16) -te em abrir caminho para ela e ela que vai gozar

    da vida, enquanto a cas na caixinha de costura. Faze como eu, que no abro caminho

    para ningum. Onde me espetam, co.

    Contei esta histria a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabea:

    Tambm eu tenho servido de agulha a muita linha ordinria!

    ASSIS,Machado de.Contos e recontos.So Paulo: Salesiana, 2008.

    1. Escolha, entre as possibilidades abaixo, a mais adequada para completar o texto:

    (1) deixe deixou deixa

    (2) diz digo diga

    (3) falarei falava falavasse

    (4) importe importo importa

    (5) importe importo importa

    (6) puxamos puxando puxano

    (7) estava estavam estive

    (8) passamos passava passar

    (9) dir diremos dizia

    (10) responder respondia responde

    (11) calara calou calo

    (12) puxava soltava pucha

    (13) arregassava arregaava arregasava

    (14) vorta vouta volta

    (15) parece paresse parea

    (16) cansam cansa cansas

    Aula 9

    Aulas 10 a 12

    Observe que, no conto Um aplogo, nem a agulha, nem o alnete, nem a linha tm nomes. Ento, antes de continuarmos, d um nome bem criativo a esses personagens.Explique os motivos que o levaram a essa escolha.

    Um ato de comunicao depende de quem transmite a mensagem ou tam -bm de quem a recebe? Justique sua resposta.

    2. Em sua opinio, a escolha do ttulo do texto foi apropriada? Por qu?

    Uma segunda leitura permitir que prestemos maior ateno ao contedo de cada

    parte do texto. Nesse momento, recorra ao dicionrio para esclarecer o sentido das

    palavras que no compreendeu. Em seguida, responda:

    3. Que trecho(s) do texto te()m relao direta com o ttulo? Sublinhe-os.

    4. Para cada pargrafo do texto, elaboramos uma frase que o resume ou sintetiza. Faa arelao correta entre o pargrafo e a frase-sntese. Voc observar que ir sobrar uma

    frase que no se encaixa no texto:

    a) A linguagem verbal humana representa uma capacidade de comunicao muito su-perior s demais encontradas na natureza.

    b) A inveno da escrita um dos maiores marcos da histria da humanidade.c) Animais e plantas apresentam capacidade de comunicao.d) A comunicao faz parte do processo da vida dos seres humanos.

    5. Depois que lemos o texto e encontramos as idias-sntese, hora de relacionar-mos os contedos estudados com outros conhecimentos. Por exemplo, partindo da

    reexo propostapelo texto lido, pense:

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    Lngua Portuguesa e Literatura 5Jornal do Aluno | 2 e 3 Sries ensino mdio

    1. Uma professora do 1. ano do Ensino Mdio perguntou na avaliao:

    Em que circunstncias o provrbio Onde h fumaa, h fogo podeindicar um processo de comunicao?

    A resposta de Juca foi:A fumaa comunica para quem a v a presena do fogo. Ou seja, algum precisaver a fumaa para que ela comunique a presena do fogo. Nesse caso, h um pro-cesso de comunicao.

    A resposta de Maiara foi: Esse provrbio nunca poder indicar um processo de comunicao! A fumaa

    no comunica nada, visto que ela no pensa. A pessoa olha a fumaa e essapessoa que comunica para ela mesma: a coisa est pegando fogo!

    A resposta de Elias foi:

    Sim, porque a fumaa deseja conversar com o fogo. Temos que soltar aimaginao e pensar que a fumaa tambm pode ter sentimentos. Na ima-ginao, a fumaa comunica tudo o que sente...

    Em sua opinio, qual dos alunos acertou a questo? Explique.

    Aula 13

    Au las 14 e 15

    No Ensino Mdio, se ainda no o faz, experimente ler, sempre que possvel, jornais. As notcias jornalsticas iro

    ajud-lo a compreender melhor os diferentes assuntos que ir estudar na escola.

    Experimente relacionar os contedos estudados em sala de aula com notcias de jornal.

    Por exemplo, leia com ateno o texto a seguir. Durante a leitura, siga os passos que consideramos at agora:

    Ler com ateno o ttulo, procurando criar expectativas sobre o que ser lido.

    Fazer uma leitura panormica do texto, relacionando o seu contedo ao ttulo.

    Ler com ateno o texto, procurando identicar em cada parte uma idia-sntese e recorrendo ao dicionrio

    sempre que julgar conveniente.

    So Paulo, 29 de novembro de 2007.FOLHA DE S.PAULO

    Sonda mostra por que Vnus seco, quente e sem vida

    Espaonave europia Venus Express revela como o planeta perdeu seus oceanos e traz prova de que existem raios l.

    Orbitadora lanada em 2005 traz dados novos e confirma teorias elaboradas a partir de dados da Pioneer, da Nasa,

    colhidos em 1978.

    Uma srie de novas descobertas baseadas em dados da sonda espacial Venus Express, da AgnciaEspacial Europia, deve ajudar a explicar como um planeta to prximo da Terra apresenta condies to

    diferentes. Uma srie de estudos publicados hoje na revista Nature (www.nature.com) conrmam que V-

    nus possua, em um passado distante, grandes oceanos de gua perdidos em razo de um efeito-estufa

    desenfreado e apresentam a primeira evidncia de raios na atmosfera do planeta. luz dos dados novos, possvel construir um cenrio no qual os climas de Vnus e da Terra

    eram muito semelhantes quando eles nasceram e depois evoluram para o estado que vemos agora,como gmeos separados no nascimento, disse Fred Taylor, da Universidade Oxford, um dos cientistasque coordenaram os instrumentos da Venus Express, em entrevista coletiva em Paris para divulgar otrabalho. Bilhes de anos atrs havia at a possibilidade de Vnus ter sido habitvel.

    Apesar de te rem surgido de maneiras semelhante, o segundo e o terceiro planetas do Sis tema Solar

    tm hoje ambientes bem diferentes. Em Vnus a atmosfera composta de 96% de gs carbnico (CO2),

    provavelmente porque o vapor de gua remanescente dos oceanos evaporados foi perdido. As molculasde H

    2O teriam sido quebradas pela luz solar, deixando o hidrognio escapar para o espao. Os tomos

    de oxignio, mais pesados, caram no planeta oxidando quase tudo na superfcie e contribuindo para o

    clima seco e estril visto hoje l. Essa teoria, reforada agora, fora proposta a partir dos dados da sonda

    Pioneer, lanada em 1978 pela Nasa.Disponvel em:

    . Acesso em: 29 nov. 2007.

    1. Uma das caractersticas da notcia a de ter por objetivo interessar, de imediato, a um certo pblico leitor. Queleitores se interessariam pela notcia que lemos?

    2. Que disciplina(s) na escola caria(m) enriquecida(s) pelos contedos apresentados na notcia de jornal quelemos? Por qu?

    3. Analise, na notcia lida, a presena do discurso direto.

    4. Faa uma lista de palavras da notcia cujo sentido car mais claro aps uma consulta ao dicionrio.

    Au las 16 a 18

    Entrar em contato com a palavra uma estrada

    de duas mos: vamos at o outro e vamos at o mais

    fundo de ns mesmos. H momentos em que o desta-

    que, no entanto, ca por conta do outro. Isso ocorre por

    exemplo ao elaborarmos entrevistas, assunto de que

    vamos falar agora.

    Mas, anal, o que uma entrevista? Como se faz?

    A entrevista um gnero de texto que apresenta as

    idias de uma pessoa que tem algo considerado impor-

    tante a nos dizer. Usualmente, entrevistas escritas circu-

    lam em jornais e revistas.

    As entrevistas publicadas em revistas variam muito

    de acordo com seus objetivos (gerais e especcos), a

    informao tratada e o pblico-alvo. Dessa forma, uma

    entrevista de cultura ter certamente caractersticas bem

    diferentes das entrevistas publicadas, por exemplo, em

    revistas de moda ou de esporte. Por agora, concentremo-

    nos no pblico-alvo.

    Os pblicos-alvo so diferentes. Algumas revistas di-

    rigem-se a todos de um modo geral. Outras, a um pblico

    especco facilmente identicvel: adultos, adolescentes,

    mulheres, amantes de esportes etc.

    1. Leia este ttulo de entrevista:

    Misso reprter:Consiga a entrevista

    Na sua opinio, que tipo de pblico gostaria de

    ler uma entrevista com esse ttulo? Os outros alu-

    nos? De que sries? Os professores? Os pais ou

    responsveis? Os funcionrios?

    Pensemos nas personagens do conto Um

    aplogo e vamos tentar caar uma entrevista...

    Renam-se em duplas ou trios e imaginem

    quem da escola poderia se interessar por uma

    entrevista ctcia feita com os personagens do

    conto de Machado de Assis. Por qu?

    Em seguida, elaborem 5 (cinco) perguntasque gostariam de fazer a uma das personagens

    do conto (escolham essa personagem juntos),

    procurando obter dela as informaes que julga-

    rem mais interessantes.

    Recorrendo constantemente ao enredo doconto, elaborem uma entrevista ctcia com a

    personagem escolhida. Nela, a personagem

    explicar suas aes, procurando convencer o

    leitor de seus motivos.

    BLOCO DE NOTAS

    Durante a leitura para estudo, ao encontrarmos uma palavra que no compreendemos, devemos con-tinuar lendo e, somente depois, na segunda leitura, consultar o dicionrio. Isso possibilitar que, quandovoc recorrer ao dicionrio, j tenha uma idia geral do texto que est estudando.

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    6 Lngua Portuguesa e Literatura Jornal do Aluno | 2 e 3 Sries ensino mdio

    1. Complete adequadamente o quadro a seguir, relacionando os poemas lidos:

    Poema 1 Poema 2 Poema 3 Poema 4

    Quanto forma

    Soneto

    Outros subgneros

    Com rima externa

    Sem rima externa

    Uma estrofe

    Duas estrofes

    Trs ou mais estrofes

    Quanto ao tema (contedo)

    Amor

    Lngua Portuguesa

    Identidade

    a) Amor brando, doce e piedoso.

    Quem o contrrio diz no seja crido;

    b) Se malesfaz Amor, em mi se vem;

    em mi mostrando todo o seu rigor,

    c) Amo-te assim, desconhecida e obscura.

    Tuba de alto clangor, lira singela

    d) Amo o teu vio agreste e o teu aroma

    De virgens selvas e de oceano largo!

    e) Como os sentimentos esdrxulos,

    So naturalmente

    f) E desse que era eu meu j me no lembro...

    Ah! a doce agoniade esquecer

    Poema 3

    Todas as cartas de amor soRidculas.No seriam cartas de amor se no fossemRidculas.

    Tambm escrevi em meu tempo cartas de amor,Como as outras,Ridculas.

    As cartas de amor, se h amor,Tm de serRidculas.

    Mas, anal,S as criaturas que nunca escreveramCartas de amor que soRidculas.

    Quem me dera no tempo em que escreviaSem dar por issoCartas de amorRidculas.

    A verdade que hojeAs minhas memriasDessas cartas de amor que soRidculas.

    (Todas as palavras esdrxulas,Como os sentimentos esdrxulos,So naturalmenteRidculas.)

    CAMPOS, lvaro de. In: PESSOA, Fernando. Obra potica. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986, p. 399.

    Aulas 19 a 22

    Muitos dizeres, poucas palavras

    Leia, com ateno, os poemas a seguir.

    Poema 1Quem diz que Amor falso ou enganoso,ligeiro, ingrato, vo, desconhecido,sem falta lhe ter bem merecidoque lhe seja cruel ou rigoroso.

    Amor brando, doce e piedoso.Quem o contrrio diz no seja crido;seja por cego e apaixonado tido,e aos homens, e inda aos deuses, odioso.

    Se males faz Amor, em mi se vem;em mi mostrando todo o seu rigor,ao mundo quis mostrar quanto podia.

    Mas todas suas iras so de amor;todos estes seus males so um bem,que eu por todo outro bem no trocaria.

    CAMES, Lus de.Poemas de amor de Lus Vaz de Cames. Organizao de Alberto da Costa e Silva.Rio de Janeiro: Ediouro, 1998.

    Poema 2

    ltima or do Lcio, inculta e bela,s, a um tempo, esplendor e sepultura:Ouro nativo, que na ganga impuraA bruta mina entre os cascalhos vela...

    Amo-te assim, desconhecida e obscura.Tuba de alto clangor, lira singela,Que tens o trom e o silvo da procela,E o arrolo da saudade e da ternura!

    Amo o teu vio agreste e o teu aromaDe virgens selvas e de oceano largo!

    Amo-te, rude e doloroso idioma,

    em que da voz materna ouvi: meu lho!,E em que Cames chorou, no exlio amargo,O gnio sem ventura e o amor sem brilho!

    BILAC, Olavo. Poesias. Rio de Janeiro:

    Francisco Alves, 1964, p. 262.

    Poema 4

    Esse de quem eu era e era meu,

    Que foi um sonho e foi realidade,

    Que me vestiu a alma de saudade,

    Para sempre de mim desapareceu.Tudo em redor ento escureceu,

    E foi longnqua toda a claridade!

    Ceguei... tateio sombras... que ansiedade!

    Apalpo cinzas porque tudo ardeu!

    Descem em mim poentes de Novembro...

    A sombra dos meus olhos, a escurecer...

    Veste de roxo e negro os crisntemos...

    E desse que era eu meu j me no lembro...

    Ah! a doce agonia de esquecer

    A lembrar doidamente o que esquecemos...!

    ESPANCA, Florbela. Esquecimento. In: Sonetos. Rio de Janeiro:

    Bertrand Brasil, 2002, p. 181.

    2. Consultando o dicionrio, substitua as palavras destacadas por outras, sem alterar o sentido bsico dos versos:

  • 7/23/2019 2ae3a Jornaldoaluno Portugues

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    Lngua Portuguesa e Literatura 7Jornal do Aluno | 2 e 3 Sries ensino mdio

    6. Para nalizar, propomos que, em grupos de at quatro integrantes, vocs elaborem uma propaganda, incentivan-do os colegas da classe a se aplicarem nos estudos de Lngua Portuguesa durante este novo ano letivo.

    Aulas 27 a 30

    1. A propaganda de combate dengue informa que:

    a) a dengue vem crescendo desde 2002.

    b) a dengue vive apenas em tonis e pneus.

    c) o Brasil reduziu em 91% os casos de dengue.

    d) o mosquito da dengue aparece em caixas

    dgua.

    2. Na frase No deixe a dengue estragaro seu ve-ro, a palavra destacada sugere que:

    a) a dengue uma doena que s se manifesta

    no vero.

    b) a dengue pode impedi-lo de aproveitar o vero.

    c) o mosquito da dengue aparece somente no

    vero.

    d) o mosquito da dengue desaparece no vero.

    3. A associao da imagem do sol com o texto ver-bal No deixe a dengue estragar o seu vero

    pretende:

    a) convencer dos perigos da dengue no vero.

    b) estimular a proteo contra doenas do vero.

    c) incentivar o turismo saudvel no vero.

    d) mostrar que o sol faz mal sade.

    4. O texto publicitrio organiza-se em torno da idia

    de que a populao:

    a) deve esterilizar caixas dgua e tonis.

    b) est mais sujeita doena nos ltimos anos.

    c) precisa proteger-se da dengue durante o vero.

    d) vai continuar vencendo a luta contra a dengue.

    5. O exerccio que zemos possibilitou-nos pensarnas caractersticas que esto presentes em um

    texto que procura convencer outra pessoa. Identi-

    que-as na lista a seguir:

    a) Presena de verbos no imperativo.

    b) Constante referncia ao passado.

    c) Linguagem atraente para o pblico-alvo.

    d) Repetio de palavras e idias-chave.

    e) Omisso da fonte responsvel pela men-sagem.

    f) Poucas palavras, mas com informaes cla-

    ras e selecionadas.

    g) Linguagem otimista e de bom-gosto.

    h) Presena de rimas.

    i) Interao entre linguagem verbal e no-verbal.

    A Lngua Portuguesa convence o outro

    (Atividade baseada no Saresp 2005.)

    Leia com ateno o folheto a seguir e, com base nele, responda s perguntas seguintes.

    BLOCO DE NOTAS

    Aula 23

    Aulas 24 a 26

    O poder de transformaoda leitura

    (Atividade baseada no ENEM Exame Nacional

    do Ensino Mdio.)

    Leia atentamente o texto a seguir:

    Existem inmeros universos coexistindo com o nos-so, neste exato instante, e todos bem perto de ns. Eles

    so bidimensionais e, em geral, neles imperam o branco

    e o negro.

    Estes universos bidimensionais que nos rodeiam

    guardam surpresas incrveis e inimaginveis! Viaja-

    mos instantaneamente aos mais remotos pontos da

    Terra ou do Universo; ficamos sabendo os segredos

    mais ocultos de vidas humanas e da natureza; atra-

    vessamos eras num piscar de olhos; conhecemos ci-

    vilizaes desaparecidas e outras que nunca foram

    vistas por olhos humanos.

    Estou falando dos universos a que chamamos

    de livros. Por uns poucos reais podemos nos trans-

    portar a esses universos e sair deles muito mais

    ricos do que quando entramos.

    Adaptado de Amigos do Livro. Disponvel em:

    . Acesso em: 14 dez. 2007.

    Considerando que o texto acima tem carter apenas

    motivador, redija um texto dissertativo a respeito do tema

    O poder de transformao da leitura.

    Observaes:

    Seu texto deve ser escrito na modalidade padro

    da lngua portuguesa.

    O texto no deve ser escrito em forma de poema

    (versos) ou narrao.

    O texto deve ter, no mnimo, 15 (quinze) linhas

    escritas.

    Elabore, antes, um plano de desenvolvimento do

    seu texto.

    Por tudo o que falamos at agora, fica eviden-te a grande importncia da palavra em nossasvidas. Assim, no ser difcil refletirmos sobre ela.

    Dos quatro poemas que leu, qual o seupreferido? Tome posse da palavra e escreva umpargrafo explicando por qu.

    Ao desenvolver o tema proposto, procure uti-

    lizar os conhecimentos adquiridos e as reexes

    feitas ao longo de sua formao. Selecione, orga-

    nize e relacione argumentos, fatos e opinies para

    defender seu ponto de vista e suas propostas, sem

    ferir os direitos humanos.

    O Brasil reduziu em 91% os casos de Denguedesde 2002. Vamos continuar vencendo esta luta