298 604-1-sm
-
Upload
maria-ferreira-de-souza -
Category
Education
-
view
106 -
download
0
Transcript of 298 604-1-sm
194
1. INTRODUÇÃO
A matemática é vista por muitos, ainda hoje, como
uma disciplina que impõe dificuldades no processo ensino-
aprendizagem. Essa visão tem sido expressa por alunos,
professores, pais e a sociedade. De um lado, percebe-se a
incompreensão e a falta de motivação em relação aos
conteúdos matemáticos ensinados nas salas de aula, e do
outro, está o professor que deixa de atingir os resultados
mais satisfatórios no ensino da disciplina.
O processo ensino aprendizagem das crianças na
disciplina de Matemática começa mesmo antes delas irem à
escola, por essa razão o ensino da Matemática precisa ser
trabalhado de forma diferenciada para que o aprendizado
ocorra com mais frequência. Segundo Golbert (2002) é
preciso reconhecer que os processos de aprendizagem da
matemática e do pensamento matemático, são provenientes
do meio social. A criança elabora dinamicamente a
compreensão de conhecimentos matemáticos, conforme ela
interage no grupo no coletivo da sociedade e da na sala de
aula.
O tema escolhido prioriza saber como ocorre o
ensino aprendizagem da Matemática nos três primeiros anos
do Ensino Fundamental, uma vez que essa área de
conhecimento está presente no cotidiano das pessoas. Como
desenvolver atividades Matemática, de modo que envolvam
as crianças em período de alfabetização, de forma mais
natural e elas venham a gostar da disciplina? Esse é um dos
desafios a serem enfrentados por muitos profissionais que
atuam nesses anos iniciais do Ensino Fundamental. Na
tentativa de encontrar respostas aos desafios encontrados
nas experiências pré-profissionais é que foram realizadas
pesquisas bibliográficas para a busca de rumos que possam
direcionar o trabalho com a disciplina de matemática, nesse
primeiro ciclo de aprendizagem do Ensino Fundamental.
É importante destacar que a matemática é
considerada por muitos como uma matéria complexa e de
difícil aprendizagem. Por isso existe uma grande rejeição
por parte de adultos e crianças. O estudo desenvolvido
Interdisciplinar: Revista Eletrônica da UNIVAR http://revista.univar.edu.br ISSN 1984-431X
Ano de publicação: 2014
N°.:11 Vol.:1 Págs.:194 - 199
ENSINO APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA
Liliane Alves Madureira Ribeiroo1 Maria Bernadete Pozzobom Costa
2
RESUMO: Ensinar e aprender Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental tem sido um dos desafios a ser
enfrentado no cotidiano das escolas. O artigo busca compreender o processo de ensino aprendizagem de Matemática, de
forma que a criança, em fase de alfabetização, tenha prazer em desenvolver atividades propostas nas aulas de
Matemática. A organização do estudo utilizou-se de pesquisa exploratória tendo como base de investigação a técnica de
questionário e estudo bibliográfico. Identificou-se desenvolvimento de atividades matemáticas que motivam e estimulam
o aluno, porém há necessidade de intenções educativas. As atividades lúdicas poderiam ser usadas nas aulas de
Matemática de forma intencional.
Palavras-chave: Matemática, ensino, aprendizagem, lúdico.
ABSTRACT: Teach and learn math in the early years of elementary education have been one of challenges to be faced
everyday of schools. The article seeks to comprehend the processo of teaching and learning of math , so that child, in
phase literacy, have pleasure developing activities proposals in the math lessons. The organization of survey and study
Bibliografies, indentified the developing of activities math that motivate and estimulate the student, but have need of
intentions educational. The activities lucid can be used in the class of math intentionally
Keywords: Math, teaching, learning, ludic
1Acadêmica do 4º ano do Curso de Pedagogia das Faculdades Unidas do Vale do Araguaia – UNIVAR. -
[email protected] 2Orientadora do Trabalho de Conclusão de Curso em forma de Artigo. Graduação em Pedagogia pelas Faculdades
Unidas do Vale do Araguaia. Especialização Lato Sensu em Metodologia e Didática-UFMT. Professora nas Faculdades
Unidas do Vale do Araguaia. e-mail [email protected]
195
buscou a compreensão do processo ensino aprendizagem
que possa ajudar a criança a desenvolver o gosto pela
matemática que contribui para o desenvolvimento da
aprendizagem, superando barreiras nessa área de
conhecimento.
2. OS CONHECIMENTOS E AS APRENDIZAGENS
MATEMÁTICAS
De acordo com os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN) de Matemática (2000), a criança quando
vai para escola ela já possui uma bagagem de conhecimento
matemático, que se construiu no seio familiar e no meio
social que ela vive. Um conhecimento simples de números,
de medidas e de espaço.
O professor, nesse primeiro ciclo de aprendizagem,
deve usar esse conhecimento para desenvolver e aprofundar
nos conteúdos. O conhecimento que o aluno traz de sua
vivência precisa ser diagnosticado e a partir daí o professor
proporcionar a construção de novos saberes. Esses por sua
vez estarão embasados nos anteriores, possibilitando que o
aluno faça conexão com que sabe e com o novo conteúdo.
Dessa forma, ele terá uma aprendizagem com mais
significado. (PCN-MATEMÁTICA, 2000).
É de fundamental importância que o ensino e a
aprendizagem da criança nesta fase escolar sejam pautados
numa dinâmica que valorize a socialização dela, uma vez
que chega a escola com algumas práticas egocêntricas,
principalmente no primeiro ciclo do Ensino Fundamental.
Sendo assim, cabe ao professor a orientação para o
compartilhamento do conhecimento, para o trabalho em
grupo, para a expressão oral que contribuem para torná-la
um ser socializado.
Nesta perspectiva, os objetivos da Matemática, do
primeiro ciclo de aprendizagem escolar, necessitam ser
direcionados considerando a importância de alguns aspectos
relevantes para a criança nesse período o construir e o
reconhecer os números naturais dentro do seu contexto de
vida, explorando situações do seu dia que envolva medidas,
contagem e códigos numéricos. E, ainda, levar o aluno a
compreender que a matemática está presente no mundo à
sua volta, percebendo a ligação entre as informações
matemáticas com as outras disciplinas utilizando
conhecimentos, formas de raciocínio e meios de
comunicação matemáticas. (PCN-MATEMÁTICA, 2000).
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais
(2000), os conteúdos a serem desenvolvidos no primeiro
ciclo do Ensino Fundamental devem contemplar o estudo
dos números e das operações, no campo da álgebra e da
aritmética; da geometria no estudo do espaço e das formas;
das medidas e do tratamento da informação. Esses
conhecimentos devem ter objetivos claros, para o seu
alcance, ao serem trabalhados como conteúdo. A proposta é
de que os números sejam trabalhados de modo bem simples.
Dando ideia de quantidade. Eles estão presentes em códigos
de objetos como em placa de carro, números de telefones,
entre outros. Temos ainda os números que dão ideia de
posição, sendo que estes o professor precisa partir de
situações do dia a dia da criança para que possa construir
conhecimentos sobre eles.
Pelos estudos realizados, percebe-se que o
problema com a matemática surge a partir da resolução das
operações fundamentais. Para o início da utilização das
operações a proposta é de que o professor utilize de situação
problema do cotidiano dos alunos.
O primeiro ciclo tem, portanto, como
característica geral o trabalho com atividades que
aproximem o aluno das operações, dos números,
das medidas, das formas e espaços e da
organização de informações, pelo
estabelecimento de vínculos com os
conhecimentos com que chega á escola. Nesse
trabalho, é fundamental que o aluno adquira
confiança em sua própria capacidade para
aprender Matemática explore um bom repertorio
de problemas que lhe permitam avançar no
processo de formação de conceito.
(PARÂMETROS CURRICULARES
NACIONAIS DE MATEMÁTICA 2000, p.70).
A principal característica do processo de ensino e
aprendizagem da criança do primeiro ciclo é a aproximação
dela com o conteúdo a ser trabalhado. Dessa forma, usa o
que esta já sabe desenvolvendo o sentimento de confiança
para que a criança possa desenvolver sua atividade sem
temor, pois ela é capaz desde que essa proximidade a
estimule para tal ação. O aluno precisa fazer uma ligação
dos conteúdos que estuda na escola com os conhecimentos
de seu cotidiano como para medir usando instrumentos
adequados e formais ou os informais como um pedaço de
barbante, de madeira, de papel, dentre outros.
Mas para o conhecimento escolar do aluno são
apontados alguns caminhos que podem ser utilizados para o
ensino aprendizagem das crianças na primeira etapa do
Ensino Fundamental. Dentre eles podemos lançar mão dos
jogos, resolução de problemas.
2.1 OS JOGOS NA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA
As aprendizagens são variadas e vão se ampliando
conforme os conhecimentos vão sendo apreendidos. Lima
(2005, p.32) diz que as crianças aprendem “a partir das
comparações, das discussões, dos questionamentos, das
criações, das socializações” que oportunizam a reflexão
sobre as aprendizagens e dessa forma, elas ampliam-se.
Campos, afirma que (2010, p. 13) “Na vida humana
a aprendizagem se inicia com o nascimento, ou até antes e
se prolonga até a morte”. A criança desde o nascimento e a
vida toda passa pelo processo de aprendizagem.
Segundo Lino Macedo (2012), quando os
conteúdos são mais importantes na aprendizagem, os jogos
ficam no escanteio. Já quando a aprendizagem está em
primeiro lugar os jogos são parceiros nas ações pedagógicas.
Nos jogos o professor precisa estar do lado das crianças e
196
deixar bem claro as regras. Assim a aprendizagem irá
ocorrer melhor, pois não há aprendizagem só através de
livros didático ou da fala do professor. A aprendizagem
ocorre principalmente através do lúdico, pois fazem parte da
vivência da criança que pode inventar construir e imaginar
coisas diferentes. O importante é que as regras do jogo
precisam ser passadas para serem respeitadas e seguidas. O
jogo é importante para que a criança desse ciclo se socialize
e para que saibam que pode ganhar ou perder, pois na vida
não ganhamos sempre.
Os jogos podem trazer o desenvolvimento de
conteúdos matemáticos. Como os que os alunos devem
anotar a pontuação para depois somá-la. Ainda, os que
devem resolver as operações propostas em uma trilha para
chegar ao final do percurso primeiro, dentre muitos outros
como os que desafiam o aluno a encontrar uma resposta
coerente.
2.2- LER E APRENDER MATEMÁTICA
Segundo Smole (2001), os alunos possuem
dificuldades em ler e interpretar problemas ou exercícios de
Matemática por possuírem dificuldades na leitura. Para a
resolução de exercícios, em qualquer disciplina, é preciso
fazer uma boa leitura e interpretação.
As escolas precisam formar leitores fluentes, pois
para exercermos a cidadania é preciso saber ler
matematicamente também, pois o mundo ao qual se vive é
letrado. A escola de Ensino Fundamental, principalmente o
primeiro ciclo, precisa estar instigando a leitura aos alunos,
colocando-os para a pesquisa de respostas. Dessa forma, a
autora afirma que a escola estará contribuindo para a
formação da pessoa mais crítica, que busca sempre outra
resposta e não aceito tudo já formado como se houvesse um
só meio de resolver uma situação problema. Ainda, que
essas considerações:
Levam-nos a considerar que os alunos devem
aprender a ler matemática e ler para aprender
matemática durante as aulas dessa disciplina, pois
para interpretar um texto matemático, o leitor
precisa familiarizar-se com a linguagem e os
símbolos próprios desse componente curricular,
encontrando sentimentos no que se lê,
compreendendo o significado das formas escritas
que são inerentes ao texto matemático,
percebendo como ele se articula e expressa
conhecimentos. (SMOLE, 2001, p.71).
Muitas pessoas pensam e acreditam que a
Matemática não exige leitura e interpretação. Entendem-na
como simplesmente pegar o lápis e resolver as continhas
sem mesmo ler o enunciado da questão. Portanto, é preciso
ler e interpretar o problema, tentar resolvê-lo, comparar com
o resultado com os dos colegas e a forma que se procedeu
para a resolução deles e explicar aos colegas os caminhos
percorridos de como encontrou a resposta.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Para o trabalho realizou-se pesquisa bibliográfica
tomando por base os Parâmetros Curriculares Nacionais e
outros autores. Como técnica de pesquisa utilizou-se de
questionário. Caracterizou-se como pesquisa exploratória
uma vez que segundo Severino (2007, p. 123) “A pesquisa
busca apenas levantar informações sobre um determinado
objetivo, delimitando assim um campo de trabalho,
mapeando as condições de manifestação desse objeto com o
método quanti-qualitativo”.
3.1 AMOSTRAGEM
O estudo de pesquisa se caracterizou pela utilização
dos instrumentos de observação durante os estágios no curso
e de questionários com dez questões respondidos por doze
professoras do 1º, 2º e 3º ano do Ensino Fundamental da
Escola Municipal “Professora Elizabete Sanchez Lacerda”
da Cidade de Barra do Garças- MT. Essa escola tem doze
turmas do primeiro ciclo do Ensino Fundamental.
O trabalho realizado abordou pesquisa bibliográfica
que segundo Lakatos (2011) faz-se um levantamento de
referências bibliográficas já publicadas, em forma de livros,
revistas, artigos científicos, já publicados por meio de
registros escritos e impressos. Como técnica de pesquisa
utilizou-se de observação em sala de aulas das ações
pedagógicas do professor titular das turmas, durante os
estágios e de questionários aplicados em professores do
primeiro ciclo Ensino Fundamental, na escola Municipal
“Professora Elizabete Sanchez Lacerda”, localizada na
cidade de Barra do Garças, MT. Para Gil (2010 p. 129) a
observação “se caracteriza pelo contato direto do
pesquisador com o fenômeno estudado, com a finalidade de
obter informações acerca da realidade vivenciada pelas
pessoas em seus próprios contextos.” e esse mesmo autor
afirma que o entendimento da técnica de questionário é “um
conjunto de questões que são respondidas por escrito pelo
pesquisado” (2010, p. 102).
O questionário foi o principal instrumento de
pesquisa. Era composto de questões objetivas sendo que da
primeira a sétima eram de múltipla escolha e ateve-se em
saber das professoras o tempo de serviço, como avaliam os
alunos, que metodologias e recursos utilizam em suas aulas,
disciplina que mais gostam de trabalhar, e o objetivo mais
priorizava no ensino aprendizagem dos alunos. As questões
restantes deveriam marcar sim, não, às vezes. Essas
questões apontavam a opinião das professoras quanto ao
trabalho com a realidade dos alunos, se eles têm dificuldade
de aprender matemática, se trabalhar com o lúdico nas aulas
de matemática a criança demonstra mais prazer e se com o
lúdico a criança tem mais dificuldade em resolver as
questões propostas.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A obtenção dos resultados e a discussão da
197
pesquisa englobam observações realizadas durante os
estágios do curso e a de coleta de dados no formato de
questionário. De acordo com a pesquisa os professores
responderam da forma como se apresenta a seguir
considerando as questões propostas. Nas observações foi
possível constatar que as professora não utilizam de
recursos pedagógicos, ficam presos no livro, quadro e giz.
Essas possuem domínio de conteúdo e procura esclarecer
todas as dúvidas surgidas, maneja com habilidade as
técnicas de ensino e seleciona as mesmas com objetivos e o
conteúdo programado. Proporciona a participação ativa dos
alunos, estimulando o desenvolvimento de pensamento e
atitude dos mesmos.
Quando questionados sobre o tempo de magistério,
obteve-se como resposta que 58.4% tem entre 15 e 25 anos
de serviço e 25% entre 10 e 15 anos de trabalho nos anos
iniciais do Ensino Fundamental. Observa-se que a maioria
tem experiência profissional nessa etapa de ensino.
Tabela 1: Modo de trabalhar com matemática
nas aulas
Número de
professores
%
Jogos e exercícios no caderno e
folha.
3 25
Livro didático e atividades escritas
no caderno.
2 16,6
Resolução de problemas 1 8,4
Anularam 6 50
Total 12 100
Quanto à forma de trabalhar com Matemática em
sala de aula houve destaque para o trabalho com jogos e
exercícios escritos no caderno e em folha. Metade dos
professores anulou a questão apontando todas as
alternativas. Apenas 8.4% trabalham com resolução de
problemas. Segundo Schneider (2007), os jogos
pedagógicos devem ser usados de forma diferenciada, antes
mesmo de desenvolver um novo conteúdo. Dessa forma, a
autora acredita estar despertando o aluno ao aprendizado. O
professor deve estimular com o jogo o pensar dos seus
alunos, indagando se a resposta é aquela mesmo. Não é
papel de o professor dar respostas. Kishimoto (2009, p. 24)
afirma que “muitos profissionais devem aprender a
diferenciar os tipos de jogos, não só como brincadeira, mas
como recurso de ensino, dando o verdadeiro valor a esta
importante ferramenta de ensino”. O PCN de Matemática
traz como proposta de trabalho a resolução de problemas
como uma atividade de “orientação para a aprendizagem,
pois proporciona o contexto em que se pode apreender
conceitos, procedimentos e atitudes matemáticas.” ( 2000,
p.44).
Tabela 2: Recursos de ensino mais utilizados nas
aulas;
Números de
professores
%
Livro, caderno, papel sulfite, lápis,
quadro.
6 50
Material concreto disponível no
próprio ambiente.
2 16,6
Utilizam mais de dois recursos 3 25
Assinalaram todas as alternativas 1 8,4
Total 12 100
Sobre os recursos de ensino mais utilizados nas
aulas de matemática, observa-se que metade dos professores
marcou que utilizam livros, caderno, papel, lápis e quadro.
Percebe-se que a metade dos professores é mais tradicional
na utilização de recurso de ensino nas aulas de matemática.
Destaca-se que “conhecer diversas possibilidades de
trabalho em sala de aula é fundamental para que o professor
construa sua prática.” (PCN Matemática, 2000, p. 42).
No questionamento sobre o objetivo que priorizam
no processo Ensino e aprendizagem das crianças nessa etapa
de ensino, 33,3% dos professores apontaram que tem como
objetivo principal desafiar os alunos à resolução e também
33,3% dos professores afirmou estimular o gosto pelas
atividades matemática utilizando de atividades lúdicas.
Segundo o PCN Matemática (2000) as ações de ensino
aprendizagem devem ser planejadas, uma vez que há
objetivos propostos a alcançar. E ao professor cabe traçar o
rumo do seu trabalho tendo por base os objetivos e os
conteúdos como guias.
Com relação à preferência e facilidade em trabalhar
as disciplinas do currículo, 50% dos professores apontou
para mais de uma disciplina e 25% marcou matemática.
Esse percentual demostra que a Matemática não é uma
disciplina rejeitada por esses professores e 91.6%
concordam em trabalhar a matemática a partir da realidade
do aluno.
Tabela 3: Dificuldade de aprendizagem de
Matemática.
Números de
professores
%
Às vezes os alunos possuem
dificuldades na a disciplina.
5 41,7
Não tem dificuldades na disciplina. 5 41,7
Possui dificuldade 2 16,6
Total 12 100
Quanto às dificuldades do aluno em aprender
Matemática (Tabela: 3), observa-se na tabela que 41,7% dos
198
professores marcam que às vezes os alunos têm dificuldades
e a mesma porcentagem de professor assinalam que os
alunos não têm dificuldades e 16,6% marcaram que os
alunos possuem dificuldade de aprendizagem na disciplina.
Tabela 4: Prazer na aula de Matemática com o lúdico.
Números de
professores
%
Sim 11 91,6
Não 1 8,4
Total 12 100
Os resultados neste questionamento demonstram
que grande maioria dos professores concorda que
trabalhando o lúdico na Matemática a aula se torna mais
prazerosa. Para Rolim e Guerra (2008), o brincar é um
instrumento que ajuda a criança a se desenvolver. Por isso
essa atividade precisa ser estimulada, pois por meio do
brincar ela aprende. Uma criança que é incentivada à brincar
desde pequena, ao crescer terá o seu desenvolvimento
cognitivo maior e, consequentemente, menos dificuldades
no aprendizado.
Tabela 5: Quando o professor utiliza atividades lúdicas o
aluno apresenta mais dificuldade em aprender
matemática.
Números de
professores
%
Não apresentam
dificuldades
11 91,6
Às vezes 1 8,4
Total 12 100
Nessa questão 91.6% dos professores marcou que
os alunos não apresentam dificuldades se o lúdico for
utilizado no processo de ensino aprendizagem de
matemática. Pimentel (2012) defende que o ensino por meio
da ludicidade torna o ambiente atrativo e assim serve de
estímulo para o desenvolvimento integral da criança, pois o
lúdico facilita o processo ensino aprendizagem.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A matemática precisa ser vista com outro olhar
tanto pelos alunos como pelos professores, pois o mundo do
trabalho exige pessoas pensantes. Com esta exigência é
preciso mudar a forma de ensinar e de aprender a
Matemática. Esse conhecimento favorece o
desenvolvimento e a atuação do cidadão no meio social.
No ensino e na aprendizagem da matemática é
importante que as atividades sejam geradoras de
conhecimentos com significado. Nesse sentido, destacam-se
as atividades lúdicas que envolvem as brincadeiras, os
jogos, os desafios, os problemas, dentre outros. Porém de
forma organizada evitando a falta de direcionamento e
intencionalidade nas ações pedagógicas desenvolvidas.
No processo de ensino aprendizagem de
matemática nos três primeiros anos do Ensino Fundamental
constatou-se que o uso de atividades lúdicas não são uma
constante de forma que a criança possa ter prazer e aprender.
O estudo realizado objetivou a compreensão do processo
ensino aprendizagem que possa ajudar a criança a
desenvolver o gosto pela matemática que contribui para o
desenvolvimento da aprendizagem, superando barreiras
nessa área de conhecimento. Assim, percebe-se que as
atividades que dão prazer ao aluno nas aulas de matemática
foram identificadas, mas há ausência de planejamento e
orientações do professor ao realizar as atividades propostas
nos jogos, nas situações problema, nas brincadeiras.
Entende-se que não há compreensão adequada de que a
criança também pode aprender com atividades lúdicas os
conteúdos matemáticos.
Dessa forma, a utilização de atividades lúdicas
deveriam ser uma constante nas aulas de matemática dos
professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental, uma
vez que elas motivam e estimulam a criança na etapa da
alfabetização. A ludicidade é uma prática útil nas aulas,
porém não é efetivada de forma adequada e são pouco
exploradas.
6-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABEC- Faculdades Unidas do Vale do Araguaia-
Elaborando Trabalhos Científicos- normas para
apresentação e elaboração. Barra do Garças(MT) Editora
ABEC.2012.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais da
Matemática. Secretaria de Educação Fundamental. 2. ed.
Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Psicologia da
aprendizagem. 38 ed. Petrópolis. Vozes, 2010.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de
pesquisa. 5ed. São Paulo; Atlas, 2010.
GOLBERT, Clarissa S. Novos rumos na aprendizagem da
matemática. Porto Alegre: Mediação, 2002.
KISHIMOTO,T.M .Jogos, brinquedos, brincadeiras, e a
educação/ Tizuko M. Kishimoto (Org.); -12. Ed. - São
Paulo: Cortez, 2009.
LAKATOS, Eva Maria. Marconi, Marina de Andrade.
Metodologia Científica: procedimentos básicos, pesquisa
bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos
científicos. 7ed. São Paulo: Atlas, 2011.
LIMA, Ana Virginia de Almeida. A Matemática na
Educação Infantil: trajetória e perspectiva. Revista
Criança. Setembro, 2005.
MACEDO, Lino de. O jogo como elo entre culto e
cultura. Revista Nova Escola.
199
Disponível em:<HTTP://revistaescola.abril.com.br/gestão-
escolar/jogo-como-elo-cultura-663174. shtml> Acesso em:
16 de junho 2013. As 15h30min.
PIMENTEL, Adele E. S. et al. Matemática lúdica:
aprender brincado. Disponível em www.ceped.ueg.br.
Acesso em 12 de agosto de 2013. As 14h.
ROLIM, Amanda Alencar Machado, GUERRA, Siena Sales
Freitas. Uma leitura de Vygotsky sobre o brincar na
aprendizagem e no desenvolvimento infantil. Disponível
em: <
http://brincarbrincando.pbworks.com/f/brincar+_vygotsky.p
df >Acesso em: 26/08/2013. As 08 h 30min.
SCHNEIDER, Clarice Lúcia. Matemática: o processo de
ensino-aprendizagem. Disponível em: <
http://www.somatematica.com.br/artigos/a32/ > Acesso em:
22 de agosto de 2013. AS 22 H 45MIN.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho
cientifica. 23ed. ver. E atual - São Paulo. Cortez. 2007
SMOLE, Kátia Stocco, DINIZ, Maria Ignez. Ler, escrever e
resolver problemas: habilidades básicas para aprender
matemática. Porto Alegre: Artmed,
2001.