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95 http://www.ftc.br/dialogos ISSN 1678-0463 GESTÃO INTEGRADA EM SÁUDE, MEIO AMBIENTE E GESTÃO INTEGRADA EM SÁUDE, MEIO AMBIENTE E GESTÃO INTEGRADA EM SÁUDE, MEIO AMBIENTE E GESTÃO INTEGRADA EM SÁUDE, MEIO AMBIENTE E GESTÃO INTEGRADA EM SÁUDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA: UMA EXPERIÊNCIA EM INSTITUIÇÃO SEGURANÇA: UMA EXPERIÊNCIA EM INSTITUIÇÃO SEGURANÇA: UMA EXPERIÊNCIA EM INSTITUIÇÃO SEGURANÇA: UMA EXPERIÊNCIA EM INSTITUIÇÃO SEGURANÇA: UMA EXPERIÊNCIA EM INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR PRIV DE ENSINO SUPERIOR PRIV DE ENSINO SUPERIOR PRIV DE ENSINO SUPERIOR PRIV DE ENSINO SUPERIOR PRIVAD AD AD AD ADA L ERIANE ERIANE ERIANE ERIANE ERIANE S S S S S IL IL IL IL ILVA C C C C C ARDOZO ARDOZO ARDOZO ARDOZO ARDOZO HUMBERTO UMBERTO UMBERTO UMBERTO UMBERTO DOS DOS DOS DOS DOS S S S S SANTOS ANTOS ANTOS ANTOS ANTOS F F F F FILHO ILHO ILHO ILHO ILHO Resumo: Resumo: Resumo: Resumo: Resumo: O presente artigo discorre sobre a importância do papel da Instituição de Ensino Superior – IES - no contexto do desenvolvimento sustentável e a necessária adoção de práticas sustentáveis em seus campi, a partir da dimensão ambiental à social e econômica. Neste sentido, será apresentado um programa de responsabilidade socioambiental implementado e desenvolvido em uma rede de ensino superior privada no estado da Bahia, a partir do envolvimento de 05 (cinco) unidades presenciais. O programa trata-se da Gestão Integrada em Saúde, Meio ambiente e Segurança, também denominado FTC Verde. Reflete uma tendência de IES estrangeiras pesquisadas e assume especial relevância ao abordar a temática ambiental no contexto das IES, sendo acrescido da importância de adoção de práticas sustentáveis, endossando uma preocupação mundial no contexto da gestão educacional. Em relação aos procedimentos metodológicos adotados, quanto aos objetivos, esta pesquisa classifica-se como exploratória, quanto ao design, como pesquisa-ação, tendo utilizado o grupo focal como recurso metodológico. Os resultados apresentados refletem um compromisso institucional e adesão ao programa pela comunidade interna, de forma gradual. Palavras-chave: Palavras-chave: Palavras-chave: Palavras-chave: Palavras-chave: Desenvolvimento Sustentável; Instituição de ensino superior; Gestão integrada; Responsabilidade ambiental. Abstract: Abstract: Abstract: Abstract: Abstract: This article addresses the role of Instituições de Ensino Superior-IES (Institutions of Higher Education-IHE) in the context of Sustainable Development and the need for adopting sustainable practices in their campuses, stemming from the environmental scope to social and economic dimensions. In that sense, a program of social-environmental responsibility will be presented. The program has been implemented and was developed by a private institution of higher education in the State of Bahia (Brazil), and started by involving 5 mortar-and-brick units. The program is called “Gestão Integrada em Saúde, Meio Ambiente e Segurança” (Integrated Management in Health, Environment and Safety) or “FVC Verde” (FTC Green). It reflects a trend among foreign IHEs researched and takes on special relevance with

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GESTÃO INTEGRADA EM SÁUDE, MEIO AMBIENTE EGESTÃO INTEGRADA EM SÁUDE, MEIO AMBIENTE EGESTÃO INTEGRADA EM SÁUDE, MEIO AMBIENTE EGESTÃO INTEGRADA EM SÁUDE, MEIO AMBIENTE EGESTÃO INTEGRADA EM SÁUDE, MEIO AMBIENTE ESEGURANÇA: UMA EXPERIÊNCIA EM INSTITUIÇÃOSEGURANÇA: UMA EXPERIÊNCIA EM INSTITUIÇÃOSEGURANÇA: UMA EXPERIÊNCIA EM INSTITUIÇÃOSEGURANÇA: UMA EXPERIÊNCIA EM INSTITUIÇÃOSEGURANÇA: UMA EXPERIÊNCIA EM INSTITUIÇÃO

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Resumo: Resumo: Resumo: Resumo: Resumo: O presente artigo discorre sobre a importância do papel da Instituição deEnsino Superior – IES - no contexto do desenvolvimento sustentável e a necessáriaadoção de práticas sustentáveis em seus campi, a partir da dimensão ambiental àsocial e econômica. Neste sentido, será apresentado um programa deresponsabilidade socioambiental implementado e desenvolvido em uma rede deensino superior privada no estado da Bahia, a partir do envolvimento de 05 (cinco)unidades presenciais. O programa trata-se da Gestão Integrada em Saúde, Meioambiente e Segurança, também denominado FTC Verde. Reflete uma tendência deIES estrangeiras pesquisadas e assume especial relevância ao abordar a temáticaambiental no contexto das IES, sendo acrescido da importância de adoção depráticas sustentáveis, endossando uma preocupação mundial no contexto da gestãoeducacional. Em relação aos procedimentos metodológicos adotados, quanto aosobjetivos, esta pesquisa classifica-se como exploratória, quanto ao design, comopesquisa-ação, tendo utilizado o grupo focal como recurso metodológico. Osresultados apresentados refletem um compromisso institucional e adesão aoprograma pela comunidade interna, de forma gradual.

Palavras-chave: Palavras-chave: Palavras-chave: Palavras-chave: Palavras-chave: Desenvolvimento Sustentável; Instituição de ensino superior;Gestão integrada; Responsabilidade ambiental.

Abstract: Abstract: Abstract: Abstract: Abstract: This article addresses the role of Instituições de Ensino Superior-IES(Institutions of Higher Education-IHE) in the context of Sustainable Developmentand the need for adopting sustainable practices in their campuses, stemming fromthe environmental scope to social and economic dimensions. In that sense, a programof social-environmental responsibility will be presented. The program has beenimplemented and was developed by a private institution of higher education in theState of Bahia (Brazil), and started by involving 5 mortar-and-brick units. The programis called “Gestão Integrada em Saúde, Meio Ambiente e Segurança” (IntegratedManagement in Health, Environment and Safety) or “FVC Verde” (FTC Green). Itreflects a trend among foreign IHEs researched and takes on special relevance with

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its approach to the environment in the context of those IHEs; it also addresses theimportance of adopting sustainable practices while endorsing worldwide concernswithin the context of educational administration. Regarding methodologicalprocedures adopted as they relate to objectives, this research is classified as“exploratory;” regarding its design it is classified as “active-research” since it usedfocus groups as one of its methodological resources. The results herein reflect aninstitutional commitment and a gradual adherence to the program by the internalcommunity.

Key-works: Environmental Responsibility; Institutions of Higher Education;Integrated Management; Sustainable Development.

1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO

Este trabalho visa apresentar a relevância de adoção de práticas sustentáveis nocontexto das Instituições de Ensino Superior – IES –, posicionando-as como agenteativo e co-responsável pelas mudanças requeridas e indispensáveis ao meioambiente. Neste sentido, assumem grande importância os modelos de gestão emIES que contemplam a dimensão ambiental, refletindo, assim, uma forte tendênciado segmento educacional, a exemplo de realidades em demais segmentos domercado.

Acentuadamente, discussões mundiais sobre Desenvolvimento Sustentável– DS – têm recebido inestimável (e justificável) atenção nas últimas décadas, emespecial, após os graves acidentes registrados na nossa história, evidenciando aproblemática e os conflitos ambientais. Com a realização da Conferência RIO-92, oteor dos debates clarificou sobre os diversos alertas propagados anteriormente emoutras conferências, requerendo que medidas fossem adotadas, em caráter deurgência, a fim de conter graves danos ambientais ao planeta e à sobrevivência dasespécies, sobretudo humana.

Neste sentido, governo, iniciativa privada e sociedade foram conclamadosa assumir suas responsabilidades em relação à temática ambiental e, neste escopo,insere-se a relevância das IES no contexto.Este trabalho contempla a inserção da temática ambiental no cenário de uma IESno âmbito de sua política institucional, descrevendo as fases de concepção,implementação e desenvolvimento de um programa de responsabilidadesocioambiental, cuja natureza corresponde a Gestão Integrada em Saúde, MeioGestão Integrada em Saúde, MeioGestão Integrada em Saúde, MeioGestão Integrada em Saúde, MeioGestão Integrada em Saúde, Meio

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ambiente e Segurança – GISMS.ambiente e Segurança – GISMS.ambiente e Segurança – GISMS.ambiente e Segurança – GISMS.ambiente e Segurança – GISMS. A IES retratada é a rede de ensino Faculdadede Tecnologia e Ciência – FTC em suas seis unidades presenciais de ensinolocalizadas nas cidades de Salvador (duas unidades), Feira de Santana, Jequié,Itabuna e Vitória da Conquista, cujo início deu-se em abril de 2007, assumindo,assim, caráter contínuo e permanente desde então.

A estrutura deste artigo contempla breve explanação teórica a fim de revelara congruência dos temas abordados, seguida da apresentação da metodologia, dainstituição pesquisada e da pesquisa, propriamente dita, de forma resumida,destacando as fases desde sua concepção ao desenvolvimento. Ao final, sãoregistrados alguns significativos resultados, a fim de caracterizar abrangência doprograma.

2 DESENV2 DESENV2 DESENV2 DESENV2 DESENVOLOLOLOLOLVIMENTVIMENTVIMENTVIMENTVIMENTO SUSO SUSO SUSO SUSO SUSTENTÁVEL E O PTENTÁVEL E O PTENTÁVEL E O PTENTÁVEL E O PTENTÁVEL E O PAPEL DAPEL DAPEL DAPEL DAPEL DASASASASASINSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIORINSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIORINSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIORINSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIORINSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

Adentrar na discussão sobre meio ambiente, responsabilidades da IES egestão ambiental e integrada perpassa pelo compromisso de registrar algunsacontecimentos marcantes, em especial, a partir da década de 70, e queresumidamente serão elencados a fim de melhor contextualizar sobre DS.

Clube de Roma – 1971: teve como discussões o progresso econômico,evidenciando os riscos ambientais, e, de acordo com relatório Limites de CrescimentoEconômico, uma grande preocupação com o estrangulamento da oferta de matérias-primas e as consequências da expansão industrial, bem como as diferentes formasde poluição das atividades industriais. (BURSZTYN, BURSZTYN, 2006).

Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano(Conferência de Estocolmo) – 1972: refletiu a forte preocupação mundial com osriscos da degradação do meio ambiente e pode ser compreendida como o primeirofato internacional em questões ambientais1. (MARCOVITCH, 2005). Importanteregistro feito por Brunacci e Philippi Jr (2005, p. 260) ao citarem Leff (2001) sobreo princípio que serviria de raiz à proposta de DS, em 1987: “O homem é, a umtempo, resultado e artífice do meio que o circunda, o qual lhe dá sustento materiale o brinda com a oportunidade de desenvolver-se”.

Conceito de Ecodesenvolvimento – 1973: defendido por Strong, constituiu-se numa proposta alternativa à política do desenvolvimento, ao defender adissociação entre os países centrais, superdesenvolvidos, dos periféricos,subdesenvolvidos, a fim de que estes pudessem buscar o seu desenvolvimento.

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Declaração de Cocoyok – 1974: discussão sobre desenvolvimento e meioambiente. Problema causado ao meio ambiente não é de responsabilidade apenasdos países subdesenvolvidos (BRÜSEKE, 1995).

Relatório da fundação Dag-Hammarskjöld – 1975: buscou avaliar aproblemática do abuso de poder e a relação com a degradação ecológica.Relatório Brundtland – 1987: apontava para a desigualdade existente entre paísese a pobreza como uma das principais causas dos problemas ambientais (SEIFFERT,2007). Esse relatório contribuiu para disseminar o conceito de DS, sendo aqueleque satisfaz às necessidades do momento presente sem comprometer a condiçãode as gerações futuras também satisfazerem as suas necessidades. Bursztyn eBursztyn (2006) esclarecem que esta definição estava ancorada em dois conceitos-chave: necessidades, prioritariamente, as necessidades essenciais da populaçãopobre do mundo, e a noção das limitações à tecnologia e à organização social emrelação ao meio ambiente, comprometendo as condições de atender necessidadesatuais e futuras.

Contudo, apenas na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambientee Desenvolvimento – UNCED –, também denominada Rio-92, ocorrida no Rio deJaneiro em 1992, é que de fato houve grande representatividade mundial, comparticipação de 182 países (SEIFFERT, 2007). A Rio-92 teve como finalidade maiordiscutir temas ambientais globais e sugerir soluções (BRÜSEKE, 1995) e, comoresultados, aprovou cinco acordos oficiais internacionais (SEIFFERT, 2007, p.16): a)Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento; b) Agenda 21 e osmeios para sua implementação; c) Convenção – Quando sobre mudanças climáticas;d) Convenção sobre Diversidade Biológica; e e) Declaração de Florestas.

Em relação à Gestão Ambiental, Seiffert (2007, p.16) acrescenta que doisimportantes documentos resultaram da Rio-92: a Agenda 21 e as normas da sérieISO 14.000. “A Agenda 21 permite uma atuação em nível macro, através doestabelecimento de diretrizes gerais, para processos de gestão em nível federal,estadual e municipal”, e as normas da série ISO 14.000, representam importantefunção no contexto micro, em nível organizacional.

Sachs (1997) enfatiza que a Rio-92 limitou-se a pedir aos Estados-Naçãoque diminuam ou eliminem padrões não-sustentáveis de produção e consumo, eque não foram estabelecidas ações eficazes para um desenvolvimento econômicogeneralizado e o DS do planeta. Atualmente, acrescenta o autor, DS tem sidoapresentado de maneira a fazer com que a sociedade repense nas formas deutilização dos recursos disponíveis, salientando a preocupação com a variáveltemporal, contemplando as dimensões social, econômica e ambiental, intimamenteentrelaçadas.

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A Rio-92 contribui para uma visão mais crítica da sociedade em relação àsorganizações, requerendo compromissos socioambientais incorporados ao negócio(DONAIRE, 1999; SALGADO; CANTARINO, 2006).

No contexto educacional, as Universidades estiveram esquivadas deresponsabilidades relativas ao DS (KRAEMER, s.d.) até a Rio-92 quando aOrganização das Nações Unidas manifestou, ainda que discretamente, a intençãodestas assumirem seu papel na sociedade. Com esse objetivo, a Agenda 21registrou, em seus capítulos, o papel da comunidade científica e tecnológica (cap.31), necessidade de transferência de tecnologia ambientalmente saudável,incentivando a cooperação e o fortalecimento institucional (cap. 34), a ciência parao DS, incentivando a produção e divulgação de conhecimento (cap. 35), e a promoçãodo ensino, da conscientização e do treinamento atribuiu atenção especial àEducação Ambiental (cap. 36). (KRAEMER, s.d; SEIFFERT, 2007).

Embora a Rio-92 tenha sido decepcionante em relação à fraca participaçãodas Universidades (TAUCHEN, BRANDLI, 2006), a provocatória da ONU a essassurtiu efeito e, em resposta, as Universidades promoveram encontros econferências, produzindo declarações importantes (KRAEMER, s.d; TAUCHEN,BRANDLI, 2006; CARDOZO, SANTOS FILHO, 2009), iniciando um movimento emfavor de práticas sustentáveis, a exemplo da Declaração de Swansea (1993) –incentivar Universidades a reverem suas próprias operações para refletir as melhorespráticas sustentáveis; da Declaração de Kyoto (1993) - encorajar as Universidadesa reverem as suas próprias operações por forma a refletir as melhores práticas deDS; e da Carta Copernicus (1993) – implementar práticas ambientalmenteresponsáveis pelas e nas unidades a partir da promoção da gestão ambiental dasUniversidades e promoção de padrões sustentáveis de produção e consumo nasUniversidades. (KRAEMER, s.d).

Existem duas correntes de pensamento acerca do papel da IES no DS,sendo a primeira a que destaca a educação para o DS mediante ensinamentos, afim de contribuir com a qualificação dos egressos, fomentando a necessidade deinserir em suas práticas profissionais as questões relacionadas ao meio ambiente,e a segunda propõe a adoção de práticas de sustentabilidade da IES, como modeloe exemplo de práticas de gestão sustentável (TAUCHEN; BRANDLI, 2006; TAUCHEN,2007).

3 GES3 GES3 GES3 GES3 GESTÃO AMBIENTTÃO AMBIENTTÃO AMBIENTTÃO AMBIENTTÃO AMBIENTAL E GESAL E GESAL E GESAL E GESAL E GESTÃO INTEGRADTÃO INTEGRADTÃO INTEGRADTÃO INTEGRADTÃO INTEGRADAAAAA

No campo da administração, a gestão ambiental tornou-se uma realidade já há

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algumas décadas (BARBIERI, 2004). Corazza (2003) afirma que a partir da década70 houve uma introdução progressiva do cargo ou função do ‘Responsável pelomeio ambiente’ nas organizações industriais, e que, a partir da década 90, essasorganizações iniciaram nova fase em relação à integração da gestão ambiental,com características da perspectiva de sustentabilidade, da proliferação dosengajamentos coletivos, da maior interação das esferas públicas e privadas, e domaior envolvimento da sociedade civil organizada.

Winsemius e Guntran (2004) afirmam que o desafio ambiental é umdesafio da administração de mudanças, e que a maioria das preocupaçõesambientais é gerada pelo impacto do desenvolvimento e pelas formas da atuaçãodas organizações. Dessa forma, elas apresentam as respostas empresariais àsreivindicações ambientais e legislações.

A gestão ambiental pode ser compreendida como um processo adaptativoe contínuo (ANDRADE et al, 2002), ou holístico (LANNA apud SEIFFERT, 2002). Paraa autora (ibid.), uma abordagem conceitual integrativa para gestão ambientalcompõe-se de Política Ambiental, Planejamento Ambiental e GerenciamentoAmbiental. Seiffert (2002) salienta que gestão ambiental não é somente uma formade fazer com que problemas sejam solucionados e evitados, mas também umaforma de agregar valor.

Uma definição de gestão ambiental apresentada por Nilsson apud Corazza(2003, p.4), revela a abrangência do tema:

Gestão ambiental envolve planejamento, organização, e orienta a empresaa alcançar metas [ambientais] específicas, em uma analogia, por exemplo,com o que ocorre com a gestão de qualidade. Um aspecto relevante dagestão ambiental é que sua introdução requer decisões nos níveis maiselevados da administração e, portanto, envia uma clara mensagem àorganização de que se trata de um compromisso corporativo. A gestãoambiental pode se tornar também um importante instrumento para asorganizações em suas relações com consumidores, o público em geral,companhias de seguro, agências governamentais etc.

De acordo com Donaire (1999, p. 58), as organizações possuem diferentesrazões para aplicar os princípios da gestão ambiental. Winter (apud DONAIRE, 1999,p.58) enumera os seguintes motivos: a) para que a espécie humana tenha ummínimo de qualidade, necessita que as empresas estejam orientadas para o meioambiente, consequentemente, a economia também estará assim orientada; b)para que exista a livre-iniciativa de mercado, necessita que as empresas estejamorientadas para o meio ambiente, requerendo um estreito diálogo entre público emeio empresarial; c) para que a empresa abarque as oportunidades de mercado,

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em rápido crescimento no contexto do mundo globalizado, necessita realizar agestão ambiental da empresa, sob pena de aumentar riscos por danos ambientais,envolvendo perda financeira, comprometendo, inclusive, a sua continuidade; d)para que a empresa assuma suas responsabilidades perante a sociedade, no quetange a responsabilidade ambiental, deve praticar a gestão ambiental, sob pena decomprometer a empregabilidade de seus executivos e corpo funcional; e) aumentaas possibilidades de redução de custos quando a empresa prática a gestãoambiental; e f) para que os executivos não tenham conflitos relacionados à questãoambiental, a empresa deve praticar a gestão ambiental.

O Sistema de Gestão Ambiental – SGA – objetiva reduzir ou eliminar osimpactos ambientais e integrar o meio ambiente às estratégias das empresas. Asua utilização tem sido compreendida como uma estratégia empresarial já quepoderá identificar oportunidades de melhoria para mitigar os impactos causadosao meio ambiente. (BARBIERI, 2004).

De acordo com Medeiros (2003), um importante passo para inserção datemática ambiental nas atividades empresariais foi a homologação da norma BS7750, em 1992, pela Bristish Standards Institution (BSI), estabelecendoprocedimentos para implementação de SGA. Como consequência, em 1996, surgiua série ISO 14.000 como um grupo de normas que fornece ferramentas e estabeleceum padrão de SGA, aplicável a qualquer organização que deseje implementá-la,subdividido em dois blocos: a) SGA, Avaliação do desempenho ambiental e AuditoriaAmbiental – destinados as organizações; e b) Avaliação do Ciclo de vida, RotulagemAmbiental e Aspectos Ambientais em Normas de Produtos – destinados aos produtose processos.

Com objetivo de normalizar e contribuir com a gestão nessa esfera, asaúde e segurança ocupacional compreendem a Série de Avaliação de Saúde eSegurança Ocupacional – OHSAS – nas versões OHSAS 18001:1999 e18002:1999. Foram desenvolvidas pela BSI em resposta à demanda de clientesque desejavam um Sistema de Gestão em Saúde e Segurança Ocupacional – SSO–, sendo base para avaliação e certificação e compatível com os sistemas deGestão da Qualidade (ISO 9000:1994) e SGA (ISO14000: 1996), com propósito defacilitar a integração de sistemas de gestão da qualidade, ambiental, e de saúde esegurança.

Em relação à integração de sistemas de gestão, esta não era uma práticacomum nas organizações até meados da década de 80. Os sistemas eramdesenvolvidos por especificidades, atendendo muitas vezes as prioridades dasáreas, porém, não se buscava a integração de processos e de gestão (LAUDON;LAUDON, 2005). Entretanto, com os efeitos da globalização, mercados competitivose crescentes cobranças dos agentes internos e externos – instituições financeiras,

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órgãos governamentais, dentre outros –, as organizações viram-se obrigadas abuscar melhorias nos processos organizacionais e, consequentemente, no âmbitogerencial. (DRUCKER, 1997, 2003).

A gestão integrada sofreu forte influência da gestão da qualidade, quetinha como princípios concentrar-se no cliente externo, visando satisfação dosclientes, entender e gerir os sistemas, entender e usar dados, entender as pessoas,saber melhorar e ter direção e foco (SCHOLTES, 1998).

Em 1996, com ISO 14000:1996 sobre SGA, e a norma British Standard BS8800:1996, sobre sistemas de gerenciamento de saúde e segurança ocupacionais,e em 1999, com a norma OHSAS 18001:1999 sobre sistemas de Saúde e Segurançado Trabalhador, obteve-se, então, condições para um novo modelo de gestãoorganizacional, com uso de ferramenta integrada, abarcando as diferentes áreasmencionadas (SOLER, 2002).

Stares apud Medeiros (2003, p.61) afirma que há “necessidade de unificardiversos sistemas de gerenciamento, como forma de facilitar a operação e reduziros custos de gestão”. De Cicco (apud SOLER, 2002) acrescenta que, com os sistemasintegrados, as preocupações relativas ao meio ambiente e à saúde e segurançaganharam a devida atenção, em especial no Brasil, devido ao grande número deacidentes de trabalho.

Tradicionalmente, os sistemas de gestão nas indústrias são independentes,como o sistema da qualidade, o sistema ambiental e o sistema de saúde e segurança,sendo operados isoladamente e por departamentos separados, e que mesmo acertificação desses sistemas gera redundância e custos para eles. (HOLDSWORTH,2003; MOHAMMAD et al, 2006). Porém, resultados satisfatórios vêm sendo auferidosna gestão integrada em saúde, meio ambiente e segurança, atendendoespecificações, normas, legislações vigentes relativas ao meio ambiente, à saúdee a segurança do trabalhador, exigências governamentais de controle de poluição,resíduos, dentre outros. (RUBEL, 2006).

A GISMS visa integrar o meio ambiente aos aspectos relacionados à saúdee segurança, através da combinação de processos, procedimentos e práticasadotadas, implementando políticas, a fim de alcançar seus objetivos, considerandoas dimensões meio ambiente e a saúde e segurança. Dessa forma, a gestão integradatornou-se um novo diferencial para as organizações, que vislumbraram apossibilidade de agregar e sistematizar diretrizes da qualidade, da saúde e segurança,da gestão ambiental (MOHAMMAD et al, 2006).

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4 METODOLOGIA4 METODOLOGIA4 METODOLOGIA4 METODOLOGIA4 METODOLOGIA

Este trabalho pode ser classificado quanto aos seus objetivos em uma pesquisaexploratória (GIL, 1991; RICHARDSON et al, 1999). Quanto ao design, classifica-secomo pesquisa-ação (TRIVIÑOS, 1987). A pesquisa-ação admite e implica emsistemas sociais cujo pesquisador é inevitavelmente uma das partes (BAWDENapud ZUBER-SHERRITT; PERRY, 2002). Triviños (1987) esclarece que quando opesquisador é parte integrante da organização onde o problema tem-se apresentado,este, por possuir uma gama de informações relativas à investigação, poderácontribuir como papel de guia.

Em relação à estrutura do ciclo da pesquisa-ação, foi utilizada a sequênciaproposta por Susman e Evered (apud CUNHA; FIGUEIREDO, 2002) que estabelecemas etapas: diagnóstico(D), planejamento(P), implementação(I), avaliação(A) eespecificação da aprendizagem(Ap), por atender a objetivos, práticas, participantese situação da pesquisa,

Quanto à abordagem, este trabalho classifica-se em uma pesquisaqualitativa (GIL, 1991). Em relação ao Grupo Focal, fez-se necessária a sua utilizaçãoem dois momentos distintos, ou seja, para definir o modelo de GISMS em nível locale em nível de rede, com a participação de atores sociais convidados para a propostadeste trabalho.

5 REDE DE ENSINO FTC – INSTITUIÇÃO PESQUISADA5 REDE DE ENSINO FTC – INSTITUIÇÃO PESQUISADA5 REDE DE ENSINO FTC – INSTITUIÇÃO PESQUISADA5 REDE DE ENSINO FTC – INSTITUIÇÃO PESQUISADA5 REDE DE ENSINO FTC – INSTITUIÇÃO PESQUISADA

A Rede de Ensino FTC – instituição de ensino superior de direito privado com finslucrativos –, com sede no estado da Bahia, compõe-se da FTC presencial e FTCEnsino à Distância – FTC EaD, através de cursos de graduação e pós-graduação,lato sensu e stricto sensu. Em relação às unidades presenciais, objeto deste estudo,registra-se a existência de cursos em várias áreas do conhecimento – exatas, saúde,sociais aplicadas, humanas.

Criada em 3 de março de 2000, conforme Portaria Ministerial no. 262/MEC (Plano de Desenvolvimento Institucional, 2002), teve seu início a partir doensino presencial na capital Salvador – BA e, como estratégias de crescimento,expandiu para novas unidades presenciais no interior do estado, bem comoconstituiu nova unidade de negócio, o EaD, iniciada em 2004 para atender a Bahiae demais estados, mediante oferta de cursos de graduação (licenciaturas).Atualmente, na modalidade presencial, possui seis unidades, sendo duas na cidadede Salvador, sendo FTC e Faculdade da Cidade do Salvador – FCS –, e uma em cada

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um dos municípios: Feira de Santana, Jequié, Vitória da Conquista, e Itabuna. Namodalidade Ensino à Distancia, a FTC EaD situa-se em Salvador, tendo inserção emmais de 15 estados da Federação e 210 cidades.

6 PR6 PR6 PR6 PR6 PROGRAMA GISMS – CONCEPÇÃO, IMPLEMENTOGRAMA GISMS – CONCEPÇÃO, IMPLEMENTOGRAMA GISMS – CONCEPÇÃO, IMPLEMENTOGRAMA GISMS – CONCEPÇÃO, IMPLEMENTOGRAMA GISMS – CONCEPÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO EAÇÃO EAÇÃO EAÇÃO EAÇÃO EDESENVDESENVDESENVDESENVDESENVOLOLOLOLOLVIMENTVIMENTVIMENTVIMENTVIMENTOOOOO

Esta pesquisa teve como objetivo a concepção, implementação e desenvolvimentoda GISMS, e contou com o envolvimento de diversas instâncias da organização(cinco unidades e Mantenedora), mobilizando gestores dos níveis gerencial eestratégico para atender ao desafio: adoção de práticas sustentáveis nos campi.

Dessa forma, a pesquisa viabilizou a instauração do programa GISMS emnível de rede, denominado Programa FTC Verde. Programa FTC Verde. Programa FTC Verde. Programa FTC Verde. Programa FTC Verde. Como condições favoráveis,destacam-se o forte envolvimento da Presidência, que aprovou o projeto,legitimando-o como patrocinador, da superintendência acadêmica adjunta comoco-patrocinadora, além da capilaridade em cada unidade através da atuação dosdiretores gerais, como responsáveis diretos pela condução desta na suas esferasde competência. Em relação ao público-alvo, o programa visa atender comunidadeinterna – discentes e docentes, colaboradores – e comunidades do entorno a partirda execução de projetos vinculados à ensino, pesquisa e extensão.

7 F7 F7 F7 F7 FASE DE CONSASE DE CONSASE DE CONSASE DE CONSASE DE CONSTRTRTRTRTRUÇÃOUÇÃOUÇÃOUÇÃOUÇÃO

Essa fase ocorreu em duas etapas: etapa I – destinada à realização da pesquisa naunidade FTC Vitória da Conquista e etapa II, pesquisa em nível de rede, comenvolvimento da FTC Feira de Santana, FTC Jequié, FTC Itabuna, FTC Salvador eFTC Vitória da Conquista.

Justifica-se que durante a implementação da etapa I o processo foiexpandido para as demais unidades, razão pela qual os detalhes dessa etapaserão suprimidos, já que a mesma proposta, enriquecida de demais contribuiçõese com resultados mais abrangentes, foi implementada.

Inicialmente, procedeu-se com pesquisas em IES nacionais, a fim deidentificar experiências que subsidiassem uma melhor compreensão acerca dosmodelos de gestão, em especial, gestão integrada, associando meio ambiente atemas como qualidade, saúde e segurança. Foram identificadas importantespesquisas, programas e ações promovidas por IES, a exemplo da UFRGS, UPF,

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UFSC, UnB, UCB, USP, Unicamp, Unisinos (única IES com certificação ISO14.000),porém não foi identificada IES que já utilizasse a GISMS. Optou-se por pesquisas emIES estrangeiras, tendo sido encontrados significativos registros, comprovando queas IES praticam a GISMS, denominados em muitos casos de Environment, Healthand Safety – EHS –, forte influência da denominação utilizada pelas indústrias.

Na amostra intencional2, constatou-se a existência SMS em seteinstituições, sendo Harvard University, University of Califórnia - Berkeley,Massachusetts Institute of Technology, California Institute of Technology, StanfordUniversity, Princeton University e ETH Zurich, porém esta última sem contéudodisponível para acesso, portanto, foi desconsiderada para a pesquisa. Enquantoque três IES realizavam atividades destinadas à saúde e segurança e/ou meioambiente, sendo em sistemas isolados – Oxford University, Cambridge University eYale University.

As IES que aplicam a gestão integrada compreendem o programa,perpassando desde a política institucional, com suporte ao planejamento, existênciade uma estrutura organizacional definida, com área ou departamento específicopara tal, definição de responsabilidades individuais, coletivas e de gestão, formaçãode comitês, grupos de suporte, treinamentos, acompanhamento dasregulamentações para atender as exigências legais, e, sobretudo, desenvolvimentode programas específicos. De maneira geral, os sistemas estão orientados paraseus clientes, sendo, no caso da IES, os seus discentes, staff acadêmico e técnico,comunidade e o meio ambiente no qual vivem. Existe uma preocupação clara eexplícita com a preservação e conservação do meio ambiente e entorno das IES,extensiva ao bem-estar da comunidade externa. Sobressai-se nessa amostra aHarvard University, por ter criado seu departamento de EHS desde 1958, comobjetivo de suprir necessidades relativas à radiação e segurança do trabalhador, ea California Institute of Technology , que oferece seus serviços de EHS desde 1947.

Salienta-se que o programa EHS não está limitado às fronteirasorganizacionais, pois também atua no seu entorno, na comunidade na qual estáinserido, bem como desenvolve projetos em outros países, a exemplo dos paísesafricanos, através de recursos obtidos por linhas de financiamento para pesquisas,mediante agências de fomento, recursos internacionais dentre outros. Oenvolvimento da alta administração ocorre com a definição de responsabilidades eprestações de contas dos cargos executivos – Reitor, Vice-Reitor, Diretores e Gerentesdas unidades – em relação ao programa EHS. No caso do Reitor, órgão máximo,este é responsável por colocar em prática a política EHS, delegando aos demaiscargos as suas devidas atribuições e responsabilidades.

Após pesquisa em IES estrangeiras, procedeu-se com o delineamento do

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Programa em observância às condições locais, a fim de caracterizá-lo ajustado àrealidade das unidades. Nesse sentido, após conhecimentos de práticas em IES ediagnóstico da situação-problema de cada unidade, coube avaliar a aderência doprograma proposto. Assim, as unidades concluíram os trabalhos comrecomendações, conforme quadro 01.

Quadro 01 – Quadro 01 – Quadro 01 – Quadro 01 – Quadro 01 – Aderência do programa GISMS – análise por Unidade

Posteriormente, em reunião geral envolvendo as cinco unidades (grupofocal), foi construído o programa GISMS, tendo em sua estrutura a definição demissão, visão, valores, políticas de SMS, responsabilidade do programa e dosindivíduos, estrutura organizacional, além de oito programas a serem executados.sendo: 1) Educação e Segurança; 2) Biossegurança; 3) Segurança de Laboratórios;4) Segurança ocupacional; 5) Ambientais; 6) Uso racional de recursos naturais; 7)Saúde Ocupacional; e 8) Parcerias institucionais. Registra-se que a concepção doprograma levou em consideração os seguintes elementos: capacidade técnica dedefinir programa abrangente e integrativo, atendendo especificidades das áreasacadêmica e funcional; necessidade de suporte à área operacional, com ênfaseem educação e treinamento, e suporte à área acadêmica, como elemento norteadorda pesquisa, através de atividades e práticas interdisciplinares; identificação devalores institucionais que corroborassem com o programa GISMS; necessidade deações continuadas, mediante execução dos programas; priorizar programasdestinados aos colaboradores.

Unidades FTCUnidades FTCUnidades FTCUnidades FTC Principais recomendações (Etapa II)Principais recomendações (Etapa II)Principais recomendações (Etapa II)Principais recomendações (Etapa II)

Feira de Santana (FSA)

Plano de Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde; Gestão de Resíduos sólidos; Revitalização da CIPA; Programa de Prevenção de Riscos Ambientais; Ergonomia.

Itabuna (ITA) Plano da saúde e segurança ocupacional; Atuação da CIPA; Ergonomia.

Jequié (JEQ) Ergonomia; Gestão de Resíduos; Educação Ambiental.

Salvador (SSA) Educação ambiental; Saúde e segurança ocupacional; preservação da área de mata atlântica na unidade.

Vitória da Conquista (VIC)

Não registrou alterações, prevalecendo informações contidas no documento da etapa I.

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8 F8 F8 F8 F8 FASE IMPLANTASE IMPLANTASE IMPLANTASE IMPLANTASE IMPLANTAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO

Em maio de 2007, o programa GISMS foi aprovado na íntegra pela Presidência,sendo posteriormente homologado em reunião do Conselho Gestor – órgãodeliberativo em nível estratégico. Os trabalhos referentes à implantação abarcarama definição da estrutura organizacional, elaboração do plano de trabalho, comdefinição da metodologia de gestão, itens de controle e monitoramento, priorizaçãode programas e ações, e identidade visual do programa.

A estrutura organizacional foi composta por Comitê Executivo eCoordenação do Programa GISMS, em nível de rede, e Comitês de Operações nasunidades, compostos por Diretor geral, gestor do campus, gerência de laboratório eum representante da coordenação acadêmica. A metodologia de gestão escolhidafoi a Gestão de Projetos, com base em práticas utilizadas pelo Project ManagementInstitute – PMI, no Project Management Body of Knowledge – PMBOK® (HELDMAN,2004). Ressalta-se que a escolha por Gestão de Projetos decorreu do apoio e daassessoria prestada pelo Escritório de Projetos da Rede de Ensino FTC.

A estratégia para implementação perpassou pelo diagnóstico das açõesprioritárias. O Comitê de Operações elencou prioridades, que após análise eagrupamento tiveram início a partir de julho de 2007, sendo Plano de Gerenciamentode Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS – e Averiguação e Tratamento dasNormas Regulamentadoras – NR (Portaria no3. 214 de 08/06/78) comenvolvimento de Gestão de Pessoas, Médico e Engenheiro do Trabalho.

Após inicio dessas ações e com a operacionalização de processos inerentesà GISMS, foi identificado sobreposição de programas, e com objetivo de melhorotimizá-los e facilitar a sua implantação, procede-se com sua reestruturação,agrupando-os e ordenando-os sequenciadamente à abordagem sobre graus decomplexidades – plano individual, plano intrapessoal e relacionamento com diversoselementos do meio ambiente, conforme representado na figura 01 (análise daesquerda para direita). Nesse sentido, foi delineado novo portfólio de programas,compostos por: Humanização, Biossegurança, Saúde e Segurança Ocupacional,Educação Ambiental e Ambientais.

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Figura 01 - Figura 01 - Figura 01 - Figura 01 - Figura 01 - Estrutura do Programa GISMS

Em relação à identidade visual, a área de marketing produziu a logomarca,harmonizando os elementos evidenciados pelo programa - saúde, segurança e omeio ambiente. Posteriormente, como processo de melhoria, a logomarca foiajustada, a partir de agosto de 2008, visando uma melhor aplicação e sinergia dasformas geométricas (Figura 02).

Figura 02 –Figura 02 –Figura 02 –Figura 02 –Figura 02 – Logomarca do Programa GISMS – FTC Verde (2008)

9 F9 F9 F9 F9 FASE DESENVASE DESENVASE DESENVASE DESENVASE DESENVOLOLOLOLOLVIMENTVIMENTVIMENTVIMENTVIMENTOOOOO

A implementação do GISMS seguiu a estrutura dos programas, com seus respectivosprojetos e subprojetos, caracterizando o desenvolvimento dos programa em nívelde Rede, como segue:

1. Programa de Humanização: a) Projeto Qualidade de Vida e

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Responsabilidade Social; b) Projeto Qualidade de Vida – Educando para a Saúde &Bem-Estar: c) Projeto Acolher e Cuidar.

2. Programa de Biossegurança: a) Projeto PGRSS; b) Projeto Gestão deResíduos Sólidos; c) Projeto Educar para Prevenir.

3. Programa de Saúde e Segurança Ocupacional: projetos relacionados aomonitoraramento das NR.

4. Programa Educação Ambiental, em atenção a Política Nacional deEducação Ambiental – PNEA (Lei nº. 9.795, 27/04/1999): a) Projeto EducaçãoAmbiental Formal; b) Projeto Educação Ambiental Não-Formal e

5. Programas Ambientais, destinados à realização de projetos integradosàs atividades pedagógicas, preferencialmente, com parcerias institucionais,estimulando a pesquisa científica e fomento à práticas sustentáveis.

111110 RESUL0 RESUL0 RESUL0 RESUL0 RESULTTTTTADO DO PRADO DO PRADO DO PRADO DO PRADO DO PROGRAMAOGRAMAOGRAMAOGRAMAOGRAMA

Os benefícios desse programa podem ser justificados, principalmente, através daadesão percebida nas cinco unidades presenciais, sendo considerado o primeiroprograma em nível de rede essencialmente concebido com esforços internos,caracterizando a valorização do quadro funcional em atenção a uma proposta deresponsabilidade socioambiental.

Atribui-se como pontos positivos alguns dos seguintes registros: 1) inserçãoda disciplina Meio Ambiente e Sociedade em todos os cursos da rede de ensinooferecidos no primeiro semestre letivo; 2) desenvolvimento de pesquisas sobretemas relacionados a temática ambiental, viabilizados através da IniciaçãoCientífica, com apoio da Diretoria de Pesquisa; 3) problemas emergentesdiagnosticados e equacionados; 4) Realização de trabalhos interdisciplinares etrabalhos de conclusão de cursos com ênfase em meio ambiente, saúde e/ousegurança; 5) propostas de projetos concebidas pelas unidades, visando atenderparticularidades da unidade e região; 6) parcerias com ONGs e Cooperativas; 7)formação de agentes multiplicadores (discentes) para contribuir com propósito daeducação ambiental; 8) programação cultural da Sala Verde Chico Mendes (FTCSalvador), a partir do envolvimento dos discentes; 9) treinamento e capacitação aocorpo funcional; 10) definição e melhorias das normas e procedimentos delaboratório; 11) realização de oficinas e atividades extras para comunidade internae externa; l2) construção e manutenção do blog institucional para disseminação deconhecimentos; 13) criação no blog do Diário Ambiental, proposto e mantido pelosdiscentes; 14) campanha Consumo Consciente; 15) identidade visual do programa;

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Embora se reconheça que as ações de responsabilidade socioambientalperpassam pela estreita associação de pertencimento do indivíduo em relação aomeio ambiente, fica evidenciado após quase dois anos de sua implementação queexiste um terreno fértil a ser cultivado, passível de trocas de saberes com todos osenvolvidos. Ademais, registra-se ainda que, de forma bastante assertiva, a instituiçãoposiciona-se como um importante agente transformador na sociedade, ao passoem que compreende a sua inserção no contexto do DS e visa contribuir para minorarproblemas ambientais, dentro de sua esfera de competência.

Esclarece que as orientações do Ministério da Educação (1988) paraensino formal destacam a Responsabilidade Social, visando estabelecer processose atividades para o compartilhamento entre governo e grupos sociais dasresponsabilidades pelo destino da vida coletiva (LOUREIRO, 2003). Contudo, convémdestacar que além do SINAES/ Dimensão 03 – Responsabilidade Social, e daspráticas pedagógicas inovadoras, faz-se necessário adoção de modelos gerenciaisambientais nas IES. Nesse sentido, o programa retratado abarca esse desejo, aotempo em que também identifica limitações e necessidades de aperfeiçoamento,como clara definição de itens de monitoramento e padronização de procedimento,como parte de um processo de melhoria contínua.

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NotasNotasNotasNotasNotas

1 O Brasil não se fez representar nesse Fórum, pois a ditadura militar julgoudescabido o propósito para um país subdesenvolvido, não podendo dar-se ao luxode investir recurso financeiro na limpeza do meio ambiente (MARCOVITCH, 2005).2 The Times Higher Education Supplement (WORLD UNIVERSITY RANKINGS, 2004),ranking mundial de performance das IES.

MESTRE EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE – UESC. PROFESSORA DA REDE DE ENSINO

FTC. E-MAIL: [email protected]

DOUTOR EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO – UFSC, DIRETOR GERAL DA FTC SALVADOR, PROFESSOR DO

MESTRADO EM BIEONERGIA DA FTC. E-MAIL: HUMBERTO.SSA@FTC