28/03/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.116

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Bento Vôlei Reclamação contra taxistas Punição não passa de advertência Em 2014 queixas graves chegaram a 30 no órgão competente. Sindicato diz que falta treinamento a novatos Página 12 BENTO GONÇALVES Quarta-feira 28 DE MARÇO DE 2015 ANO 48 N°3116 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br CRISTIANO MIGON Noite de decisão no Ginásio Municipal Jogo que garante retorno à Superliga começa às 20h. Time conta com o apoio da torcida Página 29

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Bento Vôlei

Reclamação contra taxistas

Punição não passa de advertênciaEm 2014 queixas graves chegaram a 30 no órgão competente. Sindicato diz que falta treinamento a novatos Página 12

BENTO GONÇALVESQuarta-feira28 DE MARÇO DE 2015ANO 48 N°3116

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

CRISTIAN

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NNoite de decisão no Ginásio Municipal

Jogo que garante retorno à Superliga começa às 20h. Time conta com o apoio da torcida

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Mais que técnica, sentimentoEditorial

Discursos pessimistas muitas vezes acabam ganhando maior reverberação do que aqueles que elevam o espírito e motivam para objetivos maiores. Há quem diga que a culpa é da mídia, que acaba quase que invariavelmente dando maior destaque à tragédia do que às coisas boas da humanidade.

É também por isso que a capa do Semanário de hoje prefe-re pegar a contramão. Se o país vive um momento de extre-mo descrédito em torno de sua classe polí-tica e dos governos; se a economia padece por conta de decisões equivocadas num passado recente, é importante mostrar que nem tudo vai mal e que é possível ressurgir com vigor mesmo que os prognósticos pu-dessem não ser os mais favoráveis.

Aí está o time de Vôlei Bento Isabela a comprovar esta tese. Vem de uma campanha irretocável que deverá ser coroada esta noite num ginásio municipal que se espera lotado. Tra-ta-se da boa semente que volta a germinar uma vez que teve condições favoráveis para tanto. Não é à toa que dois nomes como o de Dentinho e do técnico Rabelo se destaquem na campanha em meio a jovens valores. Aqui eles tiveram opor-

Organização e vontade acima

da média formam equipes vencedoras

tunidades em outros tempos e agora voltam de uma forma profissional, sim, mas imbuídos de um espírito de equipe e com uma vontade ímpar de retribuir o que a cidade lhes oportunizou. Também o presidente Marcos Paulo Machado está na origem da história do vôlei profissional na cidade.

Parece cristalino que este tipo de relação, que vai além do profissional e alcança o aspecto afetivo, é determinante

nas pessoas, empresas e equipes que tem sucesso. Mais do que a técnica apurada e o conhecimento, é preciso ter organização e uma vontade interna acima da média para sobrepujar adversários e concorren-tes alcançando a simpatia do público, ou do consumidor.

O sucesso do Bento/Isabela deve servir de exemplo para outras equipes, para empresas e para a vida profissional de muita gente. É preciso sempre dar um pouco além do que se imagina poder. O Bento Vôlei está elevando o nome de Bento Gonçalves de uma forma muito positiva. Então a toda a equipe, quadro diretivo e a esta torcida que faz a diferença, parabéns.

Sábado, 28 de março de 2015 2 Opinião

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Quando eu tinha lá meus 10 anos de idade, meu pai me presen-teou com estudo no Colégio Marista. Mas, para vir do Barracão ao Colégio eu tinha que ficar na beira da estrada empoeirada e con-seguir carona. Vez por outra eu pegava ônibus com dinheirinho de minha mãe. O ônibus que fazia transporte Bento-Pinto Ban-deira era de propriedade dos Irmãos Nichetti, “gente finíssima”, como costumam dizer os jovens. Eu entrava no ônibus e, vez por outra, o Nichetti disparava “poereto”, quer dizer, pobrezinho. E lá ia eu com meu uniforme de segunda mão, mangas mais curtas, fivela caída, tudo era de segunda mão. Quando eu ia de carona, sempre de caminhão, antes de entrar na sala de aula eu “cuspia um tijolo”. Na sala de aula eu ficava com as mãos embaixo do banco, de vergonha das mangas curtas, o Marista pensava que eu estava fazendo arte (bolinhas de papel para atitar nos colegas) e lá vinha reguada (apanhar de régua). Para voltar para casa eu ia na rodoviária (ali na praça do Apolão), me postava na entrada do ônibus , olhava para o Nichetti, com ar de apenado e peixe morto, e dizia, sem falar: “estou sem dinheiro, me dá carona?”. E ele, sensível, dizia “sobe ai guri”, minha felicidade era plena, eu viajava de ônibus gratuitamente e ao lado do motorista. Em pou-co tempo virei auxiliar de motorista em troca dos “serviços” via-java de graça. É claro que ele fazia a gentileza muito mais por ser amigo do meu pai. Essa narrativa não é ficção, os Nichetti ainda estão ai para confirmar. Depois fui trabalhar na Isabela, meu pri-meiro emprego, cuja vivência lá é um capítulo a parte que vou pular. Da Isabela fui trabalhar lá na Irmãos Luchese, empresa próspera que fabricava implementos agrícolas. A empresa gerava muitos empregos. Neste período nós já morávamos na cidade, a carona, na beira da estrada, era para o almoço e ida para casa no fim da tarde. Mais caronas, com caminhões e ônibus, para ir trabalhar, até o dia em que meu pai me emprestou o carro para trabalhar, fim do problema.

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A CARONA I

A CARONA IIAssimilei bem, com sofrimento e resignação, a importância

da carona na vida de uma pessoa. Em plena FIMMA eu tirei um tempo para ir até a praia recolher as “tralhas”. Acordei às cinco e, quando eu estava contornando a praça do Apolão vi um jovem que estava arrastando uma mala (de rodinhas) pela rua e havia feito um “pit stop” para pedir informações.

Eu logo saquei, ele quer saber onde fica a rodoviária. Parei o carro, abri o vidro e disse “sobe ai que eu te levo, põe a mala no assento traseiro”. Dito e feito. No trajeto até a rodoviária, perguntei: para onde vais, quem és, o que fazes, de que te ali-mentas (profissão)? Ele disse, vim ver a FIMMA, vou para a rodoviária, de ônibus até Porto Alegre, e, da rodoviária de lá, de Trensurb até o aeroporto e, de avião, até São Paulo. E de São Paulo até minha cidade, no interior lá perto de São Ro-que (não lembro que cidade). Era uma maratona cívica. Tens uma escolha eu disse: vai de ônibus ou vai comigo te deixo lá perto do Aeroporto. Ele vacilou, estava chegando na rodovi-ária e lasquei: “te decide rapaz, tem que tomar uma decisão, a vida é cheia de decisões, certas ou erradas tem que tomar”. ‘Tá, eu vou de carona”, disse ele. E fomos. Na viagem, fala-mos da FIMMA, a empresa que ele representava no interior de São Paulo estava expondo, se queixava do pouco movimento da Feira, ele entende que a empresa não vai mais expor. De Bento ele sabia tudo, tudo mesmo e, do Esportivo, mais ainda, mesmo eu tendo presidido o Clube por três anos ele sabia mais de Esportivo do que eu. Tudo pelas palavras do amigo Aristeu Romagna. Daí a pouco começamos a falar do Inter e, ao ouvir as minhas queixas, ele disparou: aquele lateral direito Léo não joga nada, jogou lá pelo interior de São Paulo, não jogava nada, não entendo como um time da grandeza do Inter contratou um jogador tão limitado. Casou com minha opinião, até sobre o In-ter ele sabia mais do que eu, essa é uma das grandes vantagens de ser representante comercial, eles vão a tudo que é lugar e ficam sabendo de tudo, assim como eu ficava sabendo muitas coisas sentado no ônibus ao lado dos Nichetti. Deixei o rapaz no terminal de embarque do aeroporto, ele não sabia o que di-zer e o que fazer para me agradecer, tudo havia sido feito em nome da cordialidade de Bento ressaltada por ele como “uma das únicas vantagens desta feira estar sendo feita aqui, está muito longe de São Paulo”, disse. Quando cheguei em Xangri--lá, me questionei, ué, eu passei pela FreeWay? É que na minha mente passou de tudo, o Aparecida, os Nichetti, o Esportivo, o Inter, a FIMMA, Bento. Moral desta história: dê uma carona a quem precisa, você vai fazer o bem, até aliviar o sofrimento passado, se passou por isso; saber muitas coisas; conquistar amigos; quem tem boca, ou arrasta uma mala pela rua, pode ir a Roma, desde que aceite o sacrifício, pela vontade de ir a Roma. Mas cuidado, ao fazê-lo, você poderá não estar sendo filmado, mas poderá estar sendo assaltado.

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Painel

Seguem abertas até o dia 31 de março as inscrições de bolsas remanescentes do processo seletivo referen-te ao primeiro semestre de 2015 do Programa Univer-sidade para Todos (Prouni). Elas devem ser feitas exclu-sivamente no site do Prouni (http://siteprouni.mec.gov.br ).

A data vale para estudan-tes que ainda não estão ma-triculados em instituições de ensino superior. Para os estudantes regularmente matriculados, mas sem bol-sa de estudo, o prazo segue até 31 de maio.

A Universidade de Caxias do Sul disponibiliza 145 vagas para bolsas parciais

(50%) e 31 para bolsas inte-grais (100%). A relação dos cursos pode ser conferida no site www.ucs.br, no link Ensino.

As bolsas remanescen-tes, integrais e parciais de 50%, serão oferecidas para inscrição de candidatos por meio da página do Prouni na internet.

Ocorre no sábado, 28, a Hora do Planeta, um ato simbólico promovido no mundo todo pela Rede WWF, no qual gover-nos, empresas e a população apagam as luzes durante ses-senta minutos, demonstrando sua preocupação com o meio ambiente e o aquecimento global.

Em Bento Gonçalves será desligada a iluminação de um dos principais cartões postais da cidade, a Pipa-Pórtico, das 20h30min às 21h30min. A comunidade também está convi-dada a participar desligando as luzes de residências, empre-sas ou instituições.

Ocorreu na quinta-feira, 26, na 5ª Coordenadoria Regional de Saúde, uma reunião para sensibilizar o Es-tado sobre o problema de repasses de verbas públicas ao Hospital Tacchini. De acordo com o coordenador médi-co Marco Antônio Hebert, a situação é

preocupante devido à falta de posicio-namento por parte do Governo. A di-reção do hospital deu prazo até segun-da-feira, 30, para que a situação seja resolvida, caso contrário, interrom-perá os serviços da Unidade de Trata-mento Intensivo (UTI) Pediátrica.

Acompanhe na Rádio Rainha FM, hoje à noite, a partir das 19h, a cobertura do Jantar-Baile em comemoração aos 25 anos da Casa Grande do CTG Laço Velho, do bair-ro Planalto, e a posse da nova patronagem para o biênio 2015/2016. A cobertura desse evento tem o apoio das seguintes empresas: Mercado Santa Clara do Fontana, Transportes Bertolini e Churrascaria Ipiranga.

As notícias sobre a descober-ta de novos focos de dengue parecem não sensibilizar a to-dos os bento-gonçalvenses. No bairro Municipal, mais preci-samente na rua Basílio Zorzi, diversos entulhos como fras-

cos, panelas, sofás e até mes-mo geladeiras estão abando-nados ao ar livre, tornando-se grandes facilitadores na proli-feração do mosquito, além de diversos outros parasitas e roe-dores. O proprietário do local,

Roni Chiez, que tira sustento da venda de materiais sucatea-dos, explica que a Prefeitura vem prometendo um terreno propício a prática há mais de um ano, porém, a promessa permanece sem concretização.

Prouni, últimos dias

A Hora do Planeta

Pressão para evitar fechamento de UTI

25 anos da Casa Grande do CTG Laço Velho

Lixo no Municipal

Sábado, 28 de março de 2015 3

O que é que vamos ter, o Bento Vôlei na primeira e o Esportivo na terceira divisão? Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

CRISTIAN

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HUMOR Moacir Arlan

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Sábado, 28 de março de 20154 Geral

Com a participação de apro-ximadamente 200 pessoas

que representam diversos seg-mentos culturais do município, na última quarta-feira, 25, na Fundação Casa das Artes, acon-teceu os Fóruns Municipais de Cultura. O espaço, conforme o presidente do Conselho de Polí-ticas Culturais de Bento Gonçal-ves, Cristian Bernich, oportuni-zou a cada segmento a troca de ideias e criação de demandas, além do debate sobre o Plano Municipal de Cultura (PMC).

O plano de políticas públicas visa à elaboração de um docu-mento com diretrizes dos seg-mentos para os próximos dez anos. Esta é uma condição bási-

Encontro debate Plano de Cultura para o município

Planejamento

Chumbo grosso!

E vem mais chumbo por aí!

E injusto!

Quanto vamos pagar?

Estamos sendo alvejados diuturnamente com chumbo de grosso calibre, traduzido no aumento de preços generalizado. Massacram o bolso dos consumidores sem o menor constrangi-mento, aplicando aumentos irreais, sem fundamento fático ou matemático. Tenho um exemplo emblemático disso: em meados de fevereiro, um presunto estava sendo vendido a R$ 19,90 (era sexta-feira). Na quarta-feira da semana seguinte o preço havia mudado para R$ 22,90. Como se pode constatar, um “módico” aumento de 15,07%. Pois bem, menos de 20 dias depois, o preço do mesmo produto foi catapultado para R$ 24,90, ou seja, mais um “módico” de 8,7%. Os dois aumentos resultaram em 25,1% em menos de 30 dias. Inacreditável! Mas, como existe um go-verno para se jogar a culpa, ferro nos consumidores.

Mas, quando se pensa que levamos a paulada final, eis que surge mais uma. Intensa, dolorida! Alguns dos leitores mais an-tigos desta coluna devem lembrar o quanto me insurgi contra a famigerada “Taxa de Iluminação Pública”, com motivos bem ex-plicados, dentre os quais o mais contundente e definitivo: essa taxa é imoral! Desde o primeiro momento entendi que além de imoral era injusta e, no meu leigo entender, inconstitucional. Acontece é uma “Taxa”, mesmo que a tenham batizado com ou-tro nome para justificar o absurdo. E, como taxa, deve corres-ponder a uma contraprestação de um serviço público específico. Como queriam cobrá-la com base no consumo dos kWh, não poderia ter o nome de “taxa”. Como cobrar uma “taxa” se não dá para mensurar o que cada cidadão usufrui do serviço? Os prefei-tos que tentaram viram derrubada sua pretensão.

Então, com um sofisma, passaram a cobrar pelo volume do consumo residencial, industrial ou comercial. Mas, como se pode cobrar um valor maior ou menor a título de “iluminação pública” de alguém? Dá para dimensionar “quanto cada um consome de iluminação pública”? Obviamente, não! Mas preci-savam dar um jeito de “aplicar” essa na população. Então, por que não com base nos quilowatts marcados nos contadores e indicados na conta de energia elétrica, com um nome diferen-te, sem correr o risco da inconstitucionalidade? Bingo! E com a vantagem de não correr o risco, também, da população não questionar judicialmente o absurdo porque “de baixo valor”. Pois saiba, prezado leitor, que a Prefeitura Municipal publicou, nesta quarta-feira, no Jornal do Comércio, Edital de Lançamen-to nº 03/2015, que fixa os “novos valores da contribuição para custeio da iluminação pública (esse o nome dado a essa taxa)”.

A Prefeitura de Bento Gonçalves passará a cobrar, a partir de abril de 2015, das residências, indústrias, comércio e ru-ral os seguintes novos valores: consumo de kWh: 1) de 0 a 50 Kwh, R$ 4,43; de 50 a 100 Kwh, R$ 6,67; de 100 a 200 kWh, R$ 8,87; de 200 a 500 kWh, R$ 9,98; de 500 a 1000 kWh, R$ 11,17; de 1000 a 2000 Kwh, R$ 13,33 e acima de 2000 kWh, R$ 15,58. Para quem consome de 200 a 500 kWh, a taxa – ou “contribuição” – terá aumento de R$ 6,71 para R$ 9,98, ou seja, “módicos” 48,7%. Mas, para justificar e explicar tamanho aumento, certamente a Prefeitura virá a público para informar quanto custa a iluminação pública e quanto será arrecadado. Sim, porque qualquer pessoa pode imaginar que a arrecadação é para pagar o custo, não para ser transformada em receita da prefeitura. Espera-se, portanto, que esses números venham a ser informados, já que sabendo doerá menos.

ÚLTIMAS

Primeira: No dia 31 de março o povo de Bento Gon-çalves e todo o Estado sa-berá se a UTI Pediátrica do Hospital Tacchini continu-ará atendendo os usuários do SUS;

Segunda: Para não “ficar para trás”, bancos, financei-ras e operadoras de cartão de crédito estão aplicando na população percentuais de juros estratosféricos. Afinal, eles também têm a quem “culpar”: o governo;

Terceira: Será que, agora, com a Operação Zelote, onde “gente muito fina” meteu a mão em din-heiro de nossos impostos, o “mensalão” perde o status de “maior escândalo de cor-rupção da história?”

Quarta: Depois do Relatório das Nações Uni-das sobre a alta redução da água potável no mun-do, uma Geógrafa gaúcha questiona o desequilíbrio entre a quantidade e a qualidade da água no Es-tado;

Quinta: A ONU e essa geógrafa poderão ser con-testados por aqui, já que disseram que “água não é nosso problema”, que “esta-mos bem servidos”;

Sexta: Esportivo, com campanha deficiente, vê a saída de Carpegiani e Es-pinosa. Bem, se eram eles o problema, está resolvido, então? E amanhã tem o jogo da “virada” contra o Santo Angelo, na Montanha dos Vinhedos;

Sétima: Grêmio venceu a arbitragem e o Novo Ham-burgo, mas não convenceu. As duas últimas rodadas definirão o primeiro coloca-do e a vantagem nas próxi-mas fases;

Oitava: E o Inter? Com tantas contratações e uma folha de pagamento altís-sima, está convencendo, sua torcida?

Antô[email protected]

ca e essencial que garante a in-serção do município no Sistema Nacional de Cultura. Entre as principais demandas estão: siste-matizar os programas e ações das políticas públicas para a cultura do município; elencar um con-junto de ações futuras e propor-cionar aos cidadãos a oportuni-dade de participar cada vez mais e em melhores condições da vida cultural e artística do município.

Nas próximas duas semanas a comissão do conselho se reúne para transformar as sugestões colhidas no fórum em políticas públicas. No dia 8 de abril será realizada a Conferência Muni-cipal de Cultura, em formato de audiência, onde será apresenta-do, com as alterações sugeridas pelos fóruns, o texto final do Pla-no Municipal de Cultura.

Trabalho segue até a realização da Conferência Municipal que será realizada dia 8 de abril

Representantes de diversas áreas da produção cultural participaram

Cleunice [email protected]

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Sábado, 28 de março de 20156 Geral

Presidente Laudir Piccoli está otimista com o trabalho realizado

Entrevista

“A ExpoBento vai ser feira nacional”O presidente Laudir Piccoli fala sobre as inovações e a expansão da feira que chega à sua 25ª edição em junho

A dois meses e meio do iní-cio da 25ª ExpoBento, que

acontece de 4 a 14 de junho, a di-retoria espera transformar a feira em atração nacional. A projeção é de que, além dos turistas gaú-chos, a feira receba pessoas de várias cidades brasileiras. Para isso, os diretores apostaram em novas iniciativas, com o objetivo de garantir a projeção tão espe-rada. O presidente Laudir Pic-coli fala de sua expectativa para o evento e o que está sendo feito para ampliar a visibilidade da ExpoBento e atrair mais público.

Jornal Semanário – Esta-mos a 75 dias da 25ª Expo-Bento, como está o anda-mento dos trabalhos?

Laudir Piccoli – Nossa ex-pectativa com a feira é a melhor possível. Planejamos tudo, as atrações artísticas estão quase

Marcelo [email protected]

definidas e nossos visitantes te-rão muitas surpresas positivas. Temos certeza que o planeja-mento foi bem feito e teremos um evento encantador.

JS – A diretoria fala em transformar a ExpoBento em uma feira nacional, de que forma vocês estão bus-cando esta alternativa?

Piccoli – Nós estamos apos-tando muito no projeto Mesa Ao Vivo para divulgar a ExpoBento a nível nacional. O evento é um reality show de gastronomia que reúne os principais chefs do Brasil e acontece pela primeira vez no Rio Grande do Sul. Ele é considerado o principal even-to gastronômico do país e deve envolver até mil pessoas duran-te os dias de feira. Além de boa comida, o Mesa Ao Vivo vai aliar a indústria vinícola. Também es-tamos contando com a divulga-ção feita por nossos expositores. Teremos empresas de estados

como São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Ceará, Alagoas e Pernambuco.

JS – Como serão as atra-ções culturais da feira?

Piccoli – Ainda não pode-mos divulgar as atrações, mas posso garantir que o público vai se surpreender, pois estamos trabalhando no resgate da parte comunitária da feira. Teremos shows nacionais e repetiremos o sucesso do evento tradicionalista, reunindo os principais expoentes da cultura gaúcha. Também se-rão realizadas apresentações de teatro e dança, além de muitos atrativos voltados para as crian-ças. Fizemos um planejamento estratégico para fazer com que as atrações artísticas atraiam mais público e aumentem a visitação aos estandes no parque.

JS – A crise afetou de algu-ma forma a ExpoBento?

Piccoli – São nos momentos

de retração econômica que pre-cisamos ser criativos e planejar o evento com inteligência e estraté-gia. Conseguimos buscar recur-sos com o auxílio da Lei Rouanet, o que nos permitiu ampliar os projetos comunitários da Expo-Bento. Os patrocinadores repas-saram os recursos, que podem ser descontados no Imposto de Renda e a feira se compromete em dar maior visibilidade a suas marcas durante os dias do even-to, tanto nos veículos de comuni-cação, como também através da mídia espontânea. Nossa direto-ria trabalha de forma afinada, fa-zendo com que tivéssemos suces-so em todas as áreas de atuação.

JS – Além dos projetos, o que foi feito pela diretoria em termos de gestão?

Piccoli – Sabemos que a Ex-poBento não para de crescer, mas é preciso que tenhamos fer-ramentas mais práticas para di-mensionar o que precisamos me-

lhorar para as próximas edições. Pensando nisso, iremos realizar uma pesquisa com o público e também com os expositores para avaliar diversos pontos da feira. Desta forma, teremos informa-ções preciosas de tudo o que pre-cisaremos para aprimorá-la.

JS – Qual o recado que você deixa para a comuni-dade bento-gonçalvense?

Piccoli – Temos certeza que a comunidade de Bento Gonçalves vai se orgulhar ainda mais da sua ExpoBento. Ampliamos a rela-ção comunitária da feira, abrire-mos mais espaço para as famílias e, principalmente, para as crian-ças. Conseguimos envolver todos os setores que impulsionam a nossa economia e isso é motivo de orgulho para esta diretoria. Estamos muito otimistas com a realização da 25ª ExpoBento e acreditamos que teremos con-quistas importantes para o mu-nicípio durante o mês de junho.

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Sábado, 28 de março de 20158 Geral

Organizar uma viagem para o exterior, requer plane-

jamento. Pensar em preços de passagens, hospedagem, alimentação e transporte não é uma tarefa fácil. A valoriza-ção do dólar, que vem sendo cotado na casa dos R$ 3,20, deixa o turismo para fora do país mais complicado, pois as alterações do câmbio afetam

diretamente quem viaja para o exterior.

Para esse turista, a diferença na cotação pesa no bolso. Nos últimos 12 meses, o menor va-lor alcançado pela moeda foi R$ 2,19, ou seja, uma diferença de R$ 1 em comparação ao câmbio atual. Para quem precisa com-prar US$ 1 mil, a operação sai R$ 1.000 mais cara.

Este cenário deixa alguns na dúvida sobre manter seus planos ou recorrer ao turismo doméstico. Segundo a gerente de vendas da Savagra Turismo, Josiane Vignatti, essa decisão depende do estágio de prepa-ração para a viagem. Caso as passagens estejam compradas e os hotéis reservados, não é viável cancelar tudo e esperar

pela estabilização da moeda. Em compensação, quem está apenas planejando, o aconse-lhado é que organize-se com antecedência. “Sendo possí-vel, fuja das datas, que pegam grandes feriados ou férias es-colares. Existem muitas pro-moções boas para quem viaja em períodos de baixa tempora-da. Programe-se, dois ou três

meses antes. O conselho é ca-dastrar-se no site das empresas aéreas ou da sua agência para estar sempre por dentro das ofertas”, explica Josiane. Para quem vai ao exterior e busca al-ternativa que facilite o passeio, vale a pena procurar por rotei-ros de grupos, pois o mercado de turismo oferece muitos pa-cotes com condições especiais.

Turismo

Dólar pode obrigar a mudar planosAlta da moeda americana torna destinos europeus muito caros, mas nem sempre é recomendável cancelar a viagem

O blogueiro Rogério Mila-ni diz que mudar o destino da viagem também é uma boa alternativa. “Escolher lugares diferentes, além da Europa, é uma ótima solução para quem quer economizar. O Estados Unidos, por exemplo, sempre tem muitas promoções de pas-sagens, e a América do Sul, tem lugares lindos e muita coisa para fazer”, afirma.

Milani mantém o site “Via-jando bem e barato pela Euro-pa”, onde, desde 2008, posta dicas e presta consultoria so-bre turismo no exterior.

A economia pouco favorável para passeios não deve ser em-pecilho na hora de arrumar as malas. Rogério orienta os seus seguidores para que planejem com calma cada estágio da viagem, e que organizar tudo por conta própria é mais van-tajoso. “Escolher os destinos, hotéis e restaurantes que mais lhe agradar sem ajuda de uma agência de turismo podem fa-zer com que economize mais,”, afirma. Também não deixa de

ser uma forma de antecipar o clima de viagem, de se inteirar sobre o que vai conhecer. En-fim, curtir a viagem desde o início do planejamento.

Além de todas essas variáveis que ajudam o turista a poupar mais, há ainda a possibilidade de mudar o perfil do passeio. Quem precisa economizar e é mais jovem pode optar por se hospedar em um hostel ou al-bergue. “Existem lugares que oferecem um serviço de hos-pedagem ótimo por um preço bem acessível, basta pesqui-sar”, conclui Rogério.

Outra dica importante é economizar na bagagem. “Vai facilitar a sua vida, tanto nos deslocamentos quanto na eco-nomia, pois assim você cor-rerá menos riscos de ter que desembolsar uma grana para cobrir o excesso. E isto vale mais ainda se você for voar de low-cost dentro da Europa, que permitem pouquíssima bagagem e cobram enormes multas por malas pesadas”, fi-naliza Rogério.

A Patagônia, na Argentina, é visita cada vez mais desejada

Planejar cada etapa com calma é bem importante

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Sábado, 28 de março de 201510 Geral

A programação oficial, entre maio e junho,este ano também chegará a Veranópolis

Dia do Vinho terá duas semanas de comemorações

Programação de Páscoa

Enogastronomia

Vinhos e chocolates em cursos na Aurora

No clima de Páscoa, a Vinícola Aurora criou mini cursos de harmonização de chocolates com vinhos, que serão ministrados por som-meliers da vinícola, em três-dias diferentes: 28 de março, 2 e 4 de abril, sempre às 14h. Com as sugestões dos enólo-gos e sommeliers da vinícola, os vinhos foram selecionados

para combinar com chocola-tes dos tipos 70% cacau, 41% cacau e branco.

Os cursos são gratuitos e serão realizados na sala de degustações da vinícola, que comporta até 28 pessoas. As inscrições devem ser feitas pelo telefone (54) 3455.2095 ou pelo e-mail: [email protected] .

Embora a lei tenha instituí-do o primeiro domingo de

junho para que se celebre o Dia do Vinho no Rio Grande do Sul, este ano, pela primei-ra vez em seis edições a data terá duas semanas de progra-mação intensa na Serra, na Campanha Gaúcha e em Por-to Alegre: de 22 de maio a 7 de junho de 2015.

Trata-se de uma iniciati-va para atrair turistas e re-forçar a marca e ampliar os apreciadores da bebida em solo gaúcho. Assim, a partir deste ano, Veranópolis eleva para nove o número de cida-des da Região Uva e Vinho na Serra Gaúcha com atrações integradas à programação. O município de pouco mais de 20 mil habitantes é conheci-do pela expectativa de vida superior a 75 anos, acima da média nacional, e pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,850.

Em 14 municípios

Além deste novo municí-pio, comemoram a data Antô-nio Prado, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibal-di, Monte Belo do Sul e Pin-to Bandeira Na Campanha

Gaúcha, as visitas, degusta-ções, passeios e parrilladas espalham-se por Bagé, Dom Pedrito, Itaqui e Santana do Livramento. E Porto Ale-gre arremata com a Feira do Vinho.

Ao todo, são mais de 150 empreendimentos das ca-deias vitivinícola, gastronô-mica e turística engajados com atrações específicas e descontos promocionais, en-volvendo empreenderes e tra-balhadores, muitos deles de núcleo familiar, por centenas de quilômetros do Estado.

Eventos integradores

O Dia do Vinho é promovido pelo Sindicato dos Hotéis Res-taurantes Bares e Similares Região Uva e Vinho (SHRBS) e pelo Instituto Brasileiro do Vi-nho (Ibravin), como resultado do Projeto Eventos Integrados e Integradores – reinterpreta-ção da concepção de evento, fomentado pelo Ministério do Turismo. A lei que instituiu o Dia do Vinho no Rio Grande do Sul no primeiro domingo de junho de cada ano foi pro-mulgada em 12 de dezembro de 2003. O projeto partiu do então deputado estadual Ira-dir Pietroski (PTB).

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Sábado, 28 de março de 2015 11Geral

Faixas de vegetação e falta de rampa na calçada impossibilitam acesso

A discussão sobre acessibi-lidade não é novidade, já

que campanhas e mobilizações sociais fazem com que cada vez mais as pessoas tenham cons-ciência da importância sobre os acessos para os deficientes. Porém, isso parece não ocorrer justamente na entrada para a Associação dos Deficientes Físi-cos de Bento Gonçalves, já que o terreno ao lado da entidade não possui calçamento e o da fren-te tem brechas com vegetação, além de não haver uma rampa.

A presidência da entidade briga pelas pequenas reformas no entorno, que faria com que a chegada ao local fosse mais tranquila e independente. O presidente da associação, Jair Lagunaz, conta que o problema é enfrentado há mais de cinco anos e que, mesmo com inúme-ras reivindicações, nenhum ór-

Associação dos Deficientes Físicos reivindica, há cinco anos, reparos e construção de calçada no entorno da sede

VITÓRIA

LOVAT

Vitória [email protected]

Sem auxílio para melhorar o acessoAcessibilidade

gão tomou providências. “Nesta batalha, nós já buscamos a aju-da de todas formas. Fomos do Ipurb à secretaria de Obras e já

cogitamos fazer as mudanças com as próprias mãos”, afirma.

Segundo ele, a equipe do lo-cal já se disponibilizou para

arrumar a calçada, mas ainda não fez nada porque o terreno é particular. “Nós não que-remos brigar com o dono da área, longe disso. Eu só queria ter acesso ao seu nome e conta-to para que ele pudesse me dar uma autorização, aí eu mesmo iria fazer os reparos que preci-sam ser feitos. Não é muita coi-sa, em pouco tempo pode ser resolvido”, declara. Lagunaz lembra que chamou o secretá-rio de Obras Sérgio Gabrielli para discutir a situação, mas que o titular da pasta não apre-sentou interesse em ajudar.

O presidente do Conselho Municipal dos Direito da Pes-soa com Deficiência, Bruno Garim Soares, garante que a entidade está tentando ajudar, mas que o proprietário do ter-reno em frente à instituição não responde aos chamados da Pre-feitura. Segundo ele, notifica-ções foram enviadas para que ele realize os reparos, porém,

isso ainda não gerou solução. Outra medida, Soares explica

que seria a Prefeitura realizar os reparos, e como a solução é simples, uma parceria com uma empresa de concreto, poderia funcionar. “Estamos tentando conseguir, junto a uma empresa aqui da cidade, algumas sobras de concreto de obras para que possamos fazer essas reformas. Não temos indisposição porque é algo simples, fechar as faixas vegetais e viabilizar uma rampa de acesso”, destaca.

Os pedidos também se es-tendem ao calçamento do ter-reno ao lado do local, que hoje é tomado pela grama e serve, inclusive, de estacionamento. Essa propriedade é da Prefeitu-ra, mas Soares diz não saber se ela já foi doada para a Associa-ção dos Deficientes Visuais. “É preciso que um calçamento seja feito ali, mas não tenho a certe-za se a propriedade é da Prefei-tura ou da entidade”, declara.

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Sábado, 28 de março de 201512 Geral

Tomando grandes propor-ções nas redes sociais, a situa-ção vivida por uma escritora e palestrante com cidadania italiana e que prefere ter a identidade não revelada, ilus-tra bem a situação que alguns turistas enfrentam ao visita-rem a cidade.

Segundo o relato, no dia 8 de março, coincidentemente dia da mulher, a palestrante que estava na cidade a negó-cios e para rever familiares, trafegava pela área central em busca de um táxi. Ao em-barcar em um veículo per-tencente ao ponto localizado próximo à Paróquia Santo

Antônio, e solicitar o ligamen-to do taxímetro, uma intensa discussão se instaurou. “Solici-tei que ele ligasse o aparelho, como rege a lei, para evitar que eu fosse ludibriada por valores definidos sem embasamento. De forma completamente gros-seira e antiética, o motorista me respondeu que sabia o quanto aquela corrida iria me custar, se negando a ligar o aparelho. Solicitei novamente que o pro-fissional ligasse o taxímetro, explicando que embora ele sou-besse o custo total da viagem, eu não sabia. Ao terminar a frase fui agredida verbalmente com insultos e ameaças e forçada

a deixar o veículo. Corri para fora e fui seguida por quase uma quadra pelo meliante que apresentava um olhar violen-to. Foram momentos de muito pânico, é uma vergonha passar por isso numa cidade turística como Bento Gonçalves”, relata.

Segundo ela, um boletim de ocorrência sobre o ocorrido já foi registrado na Brigada Mi-litar e o processo contra o ta-xista agora tramita pelo con-sulado. “Essa história não irá acabar por aqui, não é mais uma causa minha, mas sim, de todas as pessoas que pas-saram pela mesma situação”, diz.

Com pontos mais críticos nas áreas centrais da cidade, de acordo com os taxistas, os problemas de trato com os clientes são os mais frequen-tes. “Na maioria das vezes os confrontos são provocados por motoristas iniciantes ou inexperientes que acabam se descontrolando ao expli-car problemas ou situações

aos passageiros”, comenta o taxista José Zanetti, que exerce a profissão há mais de 30 anos. Segundo ele, gran-de parte da reincidência nas queixas contra alguns taxis-tas se dá em virtude da falta de punição ou repreensão das autoridades competentes.

Na tentativa de amenizar o número de reclamações, de

acordo com o secretário de Turismo, Gilberto Cristiano Durante, o Governo Munici-pal está investindo na criação de atividades para qualifica-ção dos profissionais, como palestras educativas e orga-nização de roteiros turísticos. “Sempre convidamos todos os taxistas, os cursos são minis-trados de forma gratuita an-

tes de grandes eventos como a Fimma ou Movelsul. Da úl-tima vez recebemos um grupo de 22 motoristas no Parque da Epopeia Italiana onde lhes foram apresentados todos os detalhes pertinentes sobre trato e procedência com os passageiros”, diz.

As reclamações são direcio-nadas a um setor vinculado a Smurb, onde é feita uma ave-riguação da procedência da queixa e definida qual a atitude a ser tomada para dar desfecho à situação. “Como muitos dos taxistas são contratados pelos proprietários, várias das autua-ções ou advertências são dirigi-das ao dono do veículo, porém, em casos mais extremos como troca de insultos, danos físicos ou procedimentos ilegais, as duas partes são chamadas à Se-cretaria e as ações tomadas são mais severas, podendo chegar à perda de licença ou encaminha-mento à Brigada Militar para registro em Boletim de Ocor-rência”, esclarece o secretário da Smurb, Mauro Moro.

Atualmente a cidade conta com mais de 90 automóveis em atividade, divididos em 25 pon-tos. Após o final dos trâmites que envolvem a Lei 582/201, popularmente conhecida como Lei dos Táxis, o município rece-berá 18 novas placas.

Além de sede de feiras de pro-porções gigantescas, Bento

Gonçalves é um grande destino turístico, recebendo anualmente mais de um milhão de pessoas. Com uma demanda tão grande, profissionais como taxistas se tornam indispensáveis no aten-dimento aos turistas, porém, o serviço oferecido nem sempre agrada. Segundo dados da Se-cretaria de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana (Smurb), em 2014, foram registradas mais de 30 reclamações de na-tureza diversa contra taxistas em vários pontos da cidade.

De ultrapassagens em local proibido e desuso do taxímetro a insultos e desavenças. De acor-do com o presidente do Sindica-to dos Taxistas de Bento Gonçal-ves (Sinditaxi), Paulo Redante, as queixas são velhas conheci-das dos associados, mas grande parte da culpa atrribui ao Poder Público, que não incentiva a for-mação dos novos profissionais. “Solicitamos por dois anos se-guidos um auxílio de custo para a abertura de novas turmas no curso de formação ministrado pelo Sest/Senat, contudo, am-bos os encaminhamentos foram negados sob justificativa de falta de verba pública”, explica.

Em 2014, mais de 30 queixas graves foram prestadas contra taxistas, penalizados apenas com advertências verbais

Briga gera processo internacional

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Turista foi agredida verbalmente por taxista no centro da cidade

Segundo o Sinditaxi, parte da culpa é do Poder Público, que não incentiva na formação dos profissionais

Cristiano Migongeral [email protected]

Muita reclamação, mas pouca punição

Caso de polícia

Serviço de táxi

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Sábado, 28 de março de 2015 13Geral

O Sindmóveis promove, no dia 31 de março, pales-

tra com a economista Patrícia Palermo. A mestre e doutora em Economia Aplicada tra-çará uma perspectiva sobre a situação brasileira em evento direcionado a profissionais do setor moveleiro. Patrícia Palermo foi economista da

Patrícia Palermo tem doutorado e é economista chefe do sistema Fecomércio

MÓVEIS:

JUROS:

DÓLAR:

EXPORTAÇÕES:

AJUSTE FISCAL:

POLÍTICA ECONÔMICA:

CUSTOS TRABALHISTAS:

Patrícia Palermo: Apesar de no longo prazo o setor apresentar um grande potencial de crescimento, baseado na estrutura etária da população brasilei-ra, no curto prazo tende a ser afetado no mercado interno por juros mais al-tos, crédito mais restrito e confiança em baixa dos consumidores. No mercado externo, o real desvalorizado pode representar um ganho de competitividade.

“Os juros deverão continuar elevados. Os comunicados recentes do Ban-co Central mostram uma postura diferente da verificada em anos anterio-res com menor tolerância à inflação”.

“A tendência é de o dólar manter-se valorizado perante o real, aceleran-do essa tendência à medida que a situação política e econômica do Brasil piore. O fato da economia americana dar sinais de uma recuperação robus-ta ajuda a valorizar a moeda americana. Caso os EUA decidam aumentar os juros ou haja uma deterioração da situação econômica da Europa, a ten-dência de valorização do dólar se acentua ainda mais”.

“As exportações brasileiras deverão ganhar competitividade com o real desvalorizado. O fato da economia americana estar crescendo também é uma oportunidade de mercado, dado que o país sempre foi um comprador de produtos industrializados brasileiros. A barreira à expansão das expor-tações brasileiras, porém, vem do próprio país: logística cara e insuficiente, burocracia em demasia e tributação irracional”.

“O ajuste fiscal é o mal necessário – a quimioterapia para o paciente de câncer. A condução errática da política macroeconômica brasileira nos últi-mos anos é a responsável pelo baixo crescimento brasileiro e pela deterio-ração das finanças públicas. Se o ajuste não for feito, rapidamente, o Brasil pode perdurar registrando crescimento pífio pelos próximos anos.

“Uma guinada! Foi isso que se viu a partir da definição de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda. Porém, o maestro dá o tom, mas a orquestra precisa tocar a música. E, nesse caso, os outros ministérios e, especialmen-te, o congresso nacional são elementos importantes para que o ajuste fiscal em curso tenha o tamanho e a temporalidade necessários”.

“Os custos trabalhistas são redutores da competitividade dos produtos bra-sileiros. Assim, é fundamental que as empresas promovam aumento da pro-dutividade pela assimilação de máquinas e equipamentos, bem como via o treinamento de funcionários. Aumentando a produtividade do trabalho é pos-sível reduzir custos de produção e elevar a competitividade dos produtos”.

Economia nacional será tema de palestra no dia 31

Sindmóveis

equipe que elaborou a Agen-da 2020 e, há quatro anos, é Economista-Chefe do Sistema Fecomércio RS.

A palestra será no dia 31 de março, no Salão de Eventos do CIC, a partir das 18h. Os ingressos custam R$ 50. O Se-manário adianta alguns pontos de vista da palestrante.

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Sábado, 28 de março de 201514 Geral

Boas vindas a um velho conhecidoReligião

Após seis anos atuando em Caxias do Sul, padre Gilmar Marchesini volta a se encontrar com os bento-gonçalvenses

Dizem que o bom filho a casa torna. Na bíblia, o fi-

lho pródigo retorna à casa do pai. Cotidianamente, oportuni-dades como esta são vivencia-das por várias pessoas, e mui-tas vezes a volta é inevitável.

Após seis anos atuando em Caxias do Sul, um antigo co-nhecido da sociedade de Bento Gonçalves retorna às ativida-des no município. Gilmar Pau-lo Marchesini assumiu a Paró-quia Cristo Rei como pároco coordenador, viabilizando, sempre, o trabalho em equipe. Além dele, outros dois padres atendem àquela paróquia, Re-nan Dall’Agnol e Sadi Stuni.

Ordenado no dia 29 de ja-neiro de 1995, Gilmar Paulo Marchesini já tem 20 anos de sacerdócio. No início, traba-lhou por mais de três anos em Caxias do Sul. Após este perío-do, residiu por dois anos e seis meses em Roma, onde cursou mestrado em Filosofia e pós--graduação em Teologia Es-piritual. No retorno ao Brasil,

atuou por oito anos na Paró-quia Santo Antônio, em Bento Gonçalves. Em cada ano rea-lizou uma ação diferente na comunidade, focando, prin-cipalmente, na questão da ju-ventude e trabalhos de cunho social. No período de seis anos em que esteve novamente em Caxias do Sul, passou por duas paróquias distintas e agora, a pedido do bispo Dom Alessandro Ruffinnoni, está de volta a Bento há aproxima-damente dois meses.

Com a saída de Dom Adelar Baruffi, atual bispo de Cruz

Alta, e de Isidoro Bigolin, atual Vigário Geral da Diocese de Caxias, Gilmar assume com o compromisso do trabalho em equipe, possuindo a liber-dade de expor ideias, decidin-do, dialogando e encaminhan-do as decisões tomadas em conjunto. A responsabilidade, segundo o pároco, o obriga a ser protagonista em diversas situações e assumir decisões.

Como forma de agradeci-mento pela receptividade do povo bento-gonçalvense, Mar-chesini recorre ao seu lema de ordenação para agrade-

cer. “Não me perguntes pela colheita, pois estarei sempre semeando”. Assim como se-mear, regar, cuidar e colher os frutos de anos de trabalho é gratificante, continuar dis-posto a colocar na terra novas sementes a cada dia, e a cuidá--las para que a colheita seja realizada, está entre os objeti-vos do padre.

Acredita que a missão a ele conferida possa ajudar, de modo especial, as pessoas, os serviços e a comunidade. Além disso, afirma que o diá-logo, é essencial na tomada de decisões. “Eu farei par-te do dia-a-dia, e apesar das opiniões divergentes, idealizo um foco de sentido comum proposto em todos os locais que atuei”, comenta. Ressalta, ainda, que estará onde puder para fazer com que as pessoas a seu redor se alegrem, e que aquelas com alguma dificul-dade possam ser capazes de olhar para frente com alegria e a esperança necessária para os tempos atuais, e ter a cer-teza que Deus nunca abando-na seus filhos.

Tempo de conversão e preparação

“Para a Igreja Católica, existe uma preparação especial para aguardar a ressurreição de Cris-to, seja nos encontros de família, celebrações litúrgicas e peniten-ciais, ou até mesmo nas conver-sas em preparação à quaresma e a Páscoa do Senhor”, relata Mar-chesini. Neste ano, um dos tra-balhos idealizados pelo pároco desde seu retorno é a visita aos doentes e idosos. “É uma questão pessoal, pois sei da importância de um abraço, um sorriso e uma benção para dar força aos que necessitam, realizo este trabalho com alegria e destino o tempo necessário a esta atividade”, con-clui.

Da mesma forma, diz que as pessoas estão começando a dar a devida importância para o es-pírito da Páscoa, e não só para o comércio e venda. A data, se-gundo ele, é especial, pois é a presença viva de Jesus no meio do povo, sendo o centro da espi-ritualidade cristã e símbolo da fé, e que, partindo disso, bons caminhos serão trilhados.

Alcides e Iraci Carraro recebem benção e a visita do pároco Marchesini

Cleunice [email protected]

CLEUN

ICE PELLENZ

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Sábado, 28 de março de 2015 15Geral

Para os cristãos, a Páscoa é um dos feriados mais sig-

nificativos do calendário. A data celebra a Ressureição de Jesus Cristo, simbolizando a passagem para novos tempos, novas esperanças. Impor-tante nos rituais da Semana Santa, é comemorada sempre entre os dias 22 de março e 25 de abril. Neste ano, será fes-tejada no dia 5.

Com o objetivo de se apro-ximar de Deus, muitos fiéis aproveitam para fazer um re-tiro espiritual, de meditações e orações. Há, também, os que vivem os simbolismos da data, são aqueles que cultivam e resgatam tradições, como a confecção de cestas, a caça aos ovos, a decoração das casas e a colheita da macela.

A professora e artesã, Mari-lena Pasa, 63, foi criada em um lar cristão e conta que desde a sua infância mantém o costu-me de realizar brincadeiras no domingo de Páscoa. “Quando eu era criança, meu pai criava coelhinhos, os tirava da gaiola e dizia para nós: ‘olha o coe-lhinho saiu a entregar os ovi-nhos’, e nesse meio-tempo mi-nha mãe escondia as cestinhas pra nós procurarmos. Era mui-to divertido”, lembra.

Marilena é avó de três crian-ças e como foi criada com essa tradição, não deixou ela se per-der com o decorrer dos anos.

Recheado de simbolismos e celebrações cristãs, feriado proporciona crescimento no comércio de chocolates e peixes

A artesã Marilena afirma que suas vendas crescem cerca de 20%

Caiani [email protected]

Uma data para celebrar e presentearPáscoa

Pelo contrário, passou de ge-ração em geração dentro da família. “Eu fiz com os meus filhos e hoje faço com meus netos, vou até a casa deles e es-condo as cestinhas com os do-ces pra eles procurarem, pinta-mos as pegadas dos coelhos no chão para deixar como rastro, eles adoram, a cada cestinha encontrada é uma emoção di-ferente, uma verdadeira caça ao tesouro”, conta.

A artesã ressalta ainda a im-portância de manter viva essa brincadeira para que não se perca o espírito de comunhão e celebração da vida que renas-ce, com a ressureição de Jesus.

Comércio aproveita

A Páscoa é o feriado do ano que abre as datas comemorativas do varejo e tem um grande apelo co-mercial no segmento alimentício, especialmente nas linhas de cho-colates e doces, onde o foco prin-cipal é o público infanto-juvenil. Porém, movimenta também ar-tigos religiosos e decorativos, ge-rando oportunidade para outras modalidades de negócio, como o de Marilena que, além de manter a tradição em família, vende ar-tesanato e confecciona enfeites e coelhos de pelúcia.

Dona do ateliê Nicolleta Avia-mentos, a artesã conta que as

vendas dos itens de Páscoa cres-cem até 20% nas semanas que antecedem a data, assim como a busca pelos cursos de confecção. “Eu percebo que em comparação ao ano passado houve um au-mento significativo na procura pelos artefatos e enfeites de Pás-coa, assim como a procura pelos cursos, a partir de janeiro já ini-ciamos as aulas. Minhas alunas dizem que também recebem muitas encomendas”, explica.

Sempre chocolate, sempre novidades

Enquanto isso, nas prateleiras dos mercados, o ovo de Páscoa, que é o maior símbolo da data, a cada ano ganha uma novidade adicional para atrair os consu-midores. A proprietária da Ca-cau Show em Bento Gonçalves, Janyce Ely Sartori, explica que as expectativas paras as vendas são as melhores possíveis, e que a preparação é para vender mui-to na última semana. “Páscoa é chocolate, então nós já estamos vendendo bem, mas esperamos um crescimento na última se-mana, pois as pessoas deixam para fazer as compras sempre nos últimos dias”, conta.

Janyce diz que o carro-chefe da loja são os ovos que vêm com brindes e também os recheados. “Esse itens são imbatíveis em sabor e qualidade, temos o ovo de colher e o ovo de corte, am-bos têm uma grande aceitação pelo público”, explica. A aposta para as crianças são os brindes.

Neste ano, os ovos para esse pú-blico vêm com um fone de ouvi-do, que a criança pode conectar no celular, tablete etc. “Para os pequenos, estudamos qual per-sonagem é mais aceito. O Peque-no Príncipe vem há alguns anos acompanhando nossos produ-tos, assim como os itens de pe-lúcia e também a linha ‘choco bi-cho’, que traz com o ovo um mini travesseirinho”, diz.

A proprietária afirma que mesmo que a economia do país não esteja muito estável, a previsão é que as vendas su-perem as do ano passado, pois o chocolate é um item de preço acessível. “Nossa região é mui-to católica, e as pessoas gos-tam de se reunir e presentear os familiares e amigos. O que melhor do que chocolate para fazer isso?”, questiona.

Mais peixes

Segundo o levantamento da Associação Gaúcha de Super-mercados (Agas), dois em cada três supermercadistas do Rio Grande do Sul projetam vendas de ovos de chocolate no mesmo patamar que em 2014. O maior crescimento deverá ser registra-do na comercialização de barras (+18%), bombons (+12%) e pes-cados (+8%) na comparação com a Páscoa passada. “Com relação aos peixes, as vendas chegam a triplicar em relação aos demais meses do ano durante a Semana Santa”, projeta o presidente da Agas, Cesar Longo.

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Sábado, 28 de março de 201516 Geral

Doadores não abrem mão do acolhimento nas instalações

Francisco Renan Proença Maristela Cusin Longhi

Lar das Meninas

Empresários e comunidade querem o acolhimento de menores no prédioA aprovação da verba para

reformas no prédio do Lar das Meninas visando trans-formá-lo em Centro de Con-vivência ao invés de um local de acolhimento de menores em situação de risco, na últi-ma sessão da Câmara de Ve-readores, gerou uma grande insatisfação na comunidade. Ocorre que, quando da cons-trução do imóvel, feita total-mente com recursos de lide-ranças empresariais e sociais da comunidade, do estado e até do país, as doações foram feitas para que o prédio ser-visse a um propósito urgente: acolhimento de menores em situação de risco de Bento Gonçalves. A insistência do Rotary Clube Bento Gonçal-ves, que participou da campa-nha e agora que o prédio está pronto quer mudar a proposta (chegando inclusive a chamá--lo de “sua sede” em seu jor-nal interno) de comum acordo com o Município, não é aceita pela classe empresarial que compôs, no ano passado, a Co-missão de Doadores do Lar das

Meninas, subscrita por mais de 300 doadores da comunidade.

O prédio não foi construído pelo Município e sim com recur-sos das pessoas da comunidade, a pedido do ex-prefeito Darcy Pozza que, em 2001, cedeu em comodato o terreno por 20 anos porque acreditou na causa e na sua necessidade, mas com o fim

específico de construir ali um Lar de Acolhimento. Cabe obser-var que se o Lar tivesse sido im-plantado, findo os 20 anos, com certeza já teria que ser renovado. Mas como não foi implantado, dez anos depois (porque pela lei original tinham dois anos para construir), o que o Município poderia fazer era desfazer o co-

modato, mas, mesmo assim, por si próprio ou por outra entidade, instalar o Lar de Acolhimen-to, pois foi esta a MOTIVAÇÃO dada para receber os recursos dos doadores.

Estelionato moral

Segundo Francisco Renan Proença, diretor presidente da Fasolo Artefatos, que também integra a Comissão dos Doado-res, “o que estão querendo fazer, ao desvirtuar o propósito agora que o prédio está pronto, é uma espécie de estelionato moral pois pediram dinheiro para uma fina-lidade e agora, além de não aten-derem ao prometido querem dar outro fim, ou seja, quem doou foi enganado, da mesma maneira que se paga por um suposto bi-lhete de loteria premiado. Cons-truir centros de convivência é dever do Município, e não das pessoas da comunidade. Sabe-mos a grande importância de centros de convivência para a po-pulação, mas queremos o cum-primento do contrato e do pro-jeto ao qual doamos os recursos, portanto, sou totalmente contra essa mudança no uso do imóvel. A meu ver, os vereadores que vo-taram contra os objetivos básicos iniciais deveriam ter buscado maiores informações para vota-rem corretamente, pois aprovar uma verba que altera o projeto inicial e que foi construído com recursos de doadores, não é cor-reto, fica claro que foram envol-vidos sem ter o escopo da verda-de como base. Não somos contra ninguém; somos a favor de algo expressivo e substancial para a

comunidade como um todo. Não iremos dizer que os que votaram contra sejam pessoas desavisa-das ou inimigas. São Pessoas que foram envolvidas por fatos dis-torcidos da realidade”, comenta Francisco Renan Proença.

A empresária Maristela Cusin Longhi, diretora da Multimó-veis, afirma que a Comissão de Doadores do Lar das Meninas sempre se dispôs junto à Mu-nicipalidade para quem foi feito o comodato do prédio, a levan-tar os recursos necessários não só às adequações como ao seu funcionamento. “Não dá para entender a quem interessa que não haja um acolhimento ade-quado a crianças em condição de risco de Bento Gonçalves, por isso a nossa luta para que o prédio atenda ao propósito a que foi criado, foi para isso que todos doaram, acreditando na causa e também em todas as pessoas que estariam sendo ajudadas, opor-tunizando um pouco mais de conforto, carinho e calor humano e profissional, a crianças que en-frentam uma situação tão difícil em suas vidas, fruto da violência ou do abuso em seu próprio lar. Além do mais, Farroupilha fica a 17 km de Bento e lá tem o Lar Oscar Bertholdo que é referên-cia nacional em acolhimento e possui um prédio maior do que o nosso. Enfim, não faltaram esforços, nem tampouco encon-tros para tentarmos resolver essa questão que já passou de todos os limites. Estaremos reunindo os doadores para verificarmos quais serão as medidas cabíveis a serem tomadas”, finaliza a líder do Movimento dos Doadores.

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IVULGAÇÃO

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Sábado, 28 de março de 2015 17Geral

Aberta nova licitação para a coleta seletiva de lixo

Limpeza urbana

Metade dos caminhões deverá estar apta a recolher os contêineres

Cleunice [email protected]

Em maio vence o contrato com a empresa RN Frei-

tas, responsável pelo reco-lhimento e transporte do lixo doméstico do município. Por isso uma nova licitação teve edital lançado com exigências que preparam a cidade para um passo adiante em termos de limpeza urbana com a fu-tura instalação de contêineres.

Entre as exigências, a nova empresa fornecedora dos ser-viços deverá possuir, no mí-nimo, 50% de seus caminhões de coleta orgânica equipados com batedores de contêine-res. Outra inovação é o re-colhimento de lixo, que será realizado diariamente, nos bairros Centro, Cidade Alta, São Francisco e Planalto.

De acordo com o edital Nº 009/2015, a abertura da li-citação é para contratar, pelo menor preço, a empresa será responsável pela coleta, transporte, remoção e descar-ga dos resíduos domiciliares descartáveis (utensílios de madeira, de aço, colchões, aparelhos telefônicos, carca-ças de fogões, refrigeradores e outros). Ainda, para execu-tar serviços de recolhimento, transporte e remoção dos re-síduos sólidos até o local de destino, deverá dispor de, no mínimo, 12 caminhões cole-tores compactadores para a coleta de, aproximadamente, 90 e 130 toneladas de lixo por dia. Os veículos também deverão estar em perfeitas condições de utilização, ins-talados com rastreadores e sujeitos à vistoria constante por parte do município.

O edital prevê ainda que os resíduos recicláveis deverão ser entregues nas reciclado-ras que serão indicadas pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Nesta questão, uma das principais reclama-ções da população, segundo o Presidente da ONG Asso-ciação Ativista Ecológica--AAECO, Gilnei Rigotto, é a separação incorreta do lixo. “Existem pessoas que não estão atentas aos dias e aos

horários da coleta de lixo”, ressalta. Além disso, em seu entendimento, deveria ser iniciada, de forma gradual, a municipalização da coleta, em um primeiro momento, do lixo reciclável. Ele também aguarda, ansiosamente, que o pavilhão único para recicla-gem se torne realidade.

Em Bento, existem oito as-sociações de recicladores e mais de 130 pessoas traba-lham e vivem da reciclagem.

Luís Ricardo Espeiorin, fiscal da Secretaria do Meio Ambiente e presidente do Conselho Municipal do Meio Ambiente, afirma que o que se busca é um equilíbrio nos gastos, e uma coleta com va-lor razoável e justo. Inicial-mente, testes foram reali-zados com a distribuição de contêineres no Centro e na Planalto, onde se obteve re-sultados positivos, pois, com a instalação destes, houve a redução do volume de lixo nas ruas, colaborando, tam-

bém com a questão técnica e com a saúde da população.

A expectativa é que 200 pares de contêineres sejam instala-dos entre este e o próximo ano, melhorando, assim, a condição do armazenamento do lixo. Segundo o secretário do Meio Ambiente, Luiz Signor, os 400 contêineres deverão ser adqui-ridos pela municipalidade.

Bento Gonçalves produz aproximadamente 105 tone-ladas de lixo orgânico dia-riamente. 23 toneladas são recicladas por dia, volume este considerado muito bom pelo secretário Signor. De todo o lixo reciclável reco-lhido, 3% dele seria roubado por empresas que vêm de fora recolhê-lo. O valor contra-tado no edital que vigora até maio é de aproximadamente 740 mil reais mensais, mas o montante pago varia de acor-do com o volume recolhido. O novo edital prevê um gasto de aproximadamente 950 mil reais mensais.

Instalação dos coletores melhora condição do armazenamento de lixo

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Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.969

IGVariedades

Fimma alcança objetivosDENTRO do esperado e alcançando os objetivos traçados a 12ª

FIMMA BRASIL que movimentou o mundo moveleiro realizada em Bento Gonçalves de 16 a 20 de março 2015 chegou ao seu final na úl-tima 6ª feira marcada pela presença além do Brasil de importantes bandeiras do exterior engrandecendo o tradicional evento com en-contros que possibilitaram através do PROJETO COMPRADOR no-vas parcerias e bons negócios. Para o presidente da MOVERGS Ivo Cansan promotora da feira e presidente da FIMMA BRASIL 2015 Volmir Dias destacam o trabalho e empenho de todos os membros diretivos. Com a união de esforços o maior encontro moveleiro da América Latina e o 5º maior do mundo primou pela garra, organiza-ção, novidades e lançamentos ao lado do requinte da tecnologia de ponta, que foram marcantes. Valeu e até 2017!

Tacchini- novo presidenteDEPOIS de uma gestão das mais expressivas e ao longo de quatro

anos o empresário Antonio Carlos Stringhini de inúmeras conquistas deixa a presidência do Hospital Tacchini. Para a gestão social 2015-2017 e em lugar de Antonio Carlos Stringhini foi eleito e empossado em 12 de março 2015 como presidente do Conselho de Administração do Hospital Tacchini o advogado Edson Carlos Zandoná a quem al-mejamos votos de profícua gestão. Parabéns Edson e sucesso!

Fiema Brasil 2016EM Bento Gonçalves – RS de 05 a 08 de abril 2016 a 7ª edi-

ção da FIEMA BRASIL – Feira Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente – liderada pelo presidente Jones Favretto e equipe. Esperam reunir importantes expositores do Brasil e exterior com lançamentos e novidades para milhares de visitantes, gerando ne-gócios. PROMOVIDA pela PROAMB seu presidente Neri Gilberto Basso destaca o trabalho do presidente da feira Jones Favretto e equipe na organização que promete surpresas! Fique ligado!

Festa São Bento - 2015A Equipe Administrativa, Comunidade Igreja São Bento, lide-

rada pelo presidente Raul Longhi apontou os novos festeiros do padroeiro São Bento cuja festa maior acontece no dia 12 de julho de 2015 com intensa programação religiosa e social. São festeiros: Bruno e Neide Rossetti; Celio Sartor e Edeni Santi; Edson Bia-si e Janete Baldo; Leonir Giordani e Neusa Campana e Odacir e Iliane Giordani. A comissão de festeiros programou para o dia 26 de abril o 11º Passeio Ciclístico organizado pela equipe da Jamar Cia do Esporte. Com saída na Osvaldo Aranha às 10h e chegada às 10h30min em frente a Igreja São Bento o Passeio Ciclístico vai percorrer diversas ruas e avenidas da cidade. Valiosos brindes! Informe-se 3055.2675 e participe!

50 anos de lutasVENCENDO obstáculos de toda ordem, passando por dificuldade,

dias e noites de trabalho, mas acreditando em seus sonhos e ideais a bandeira da vitória foi aos poucos sendo desfraldada e a empresa tanto almejada ganhando corpo e formas de futuro promissor. Dito isto queremos homenagear na pessoa de Leonel Giordani e família o CINQUENTENÁRIO de intensa atividade, crescimento e evolução da Transportes Coletivo Santo Antônio. São 50 anos de existência a serviço da comunidade bentogonçalvense e região, desde 04 de março 1965. Aos familiares, direção, profissionais da Empresa Santo Antô-nio e ao mestre da grande caminhada Leonel Giordani e esposa Pauli-na, fraternal abraço e sucesso. O trabalho vence!

Laço Velho – jantar/baileO patrão do CTG Laço Velho Antenor Rizzi e equipe convidando

para este sábado 28 de março 2015, às 20hs Jantar/Baile de 25º Ani-versário da CASA GRANDE animado pelo grupo Batecasco. Prestigie!

A FRASE

A vaidade e orgulho custam mais caro que a fome e a sede! (.)

Saiu o balanço final dos re-sultados alcançados pela

12ª edição da Fimma Brasil, que na avaliação da diretoria teve boa geração de negócios para os quase 600 expositores, dos quais 69% nacionais e 31% internacionais, contemplando os ramos de máquinas e simi-lares (34%); acessórios e com-ponentes (29%), matérias--primas (20%); tecnologias da informação e serviços (10%) e ferramentas (7%). Esses no-mes atraíram um público de 33.575 visitantes, vindos de todos os Estados brasileiros e de mais de 30 países. A dimi-nuição já esperada de aproxi-madamente 17% no fluxo, no comparativo com os números registrados em 2013, não sur-preendeu e nem comprometeu a geração de negócios.

“A conjuntura atual obriga as empresas a serem muito mais econômicas em qualquer ação. Desta forma, as empresas, em vez de organizarem uma co-mitiva mais ampla de pessoas para visitar a feira durante vá-

Vendas de quase U$ 300mi confirmam expectativa

Fimma/Números finais

Público visitante decresceu 17%, mas número estava dentro do previsto

rios dias, selecionaram menos profissionais e estes passaram a visitar todos os segmentos de produtos expostos, diminuin-do o tempo de permanência na feira inclusive, na sua grande maioria no máximo, dois dias. Com isso, o processo ficou mais objetivo e eficiente – quem es-teve na Fimma aproveitou seu tempo para participar dos pro-jetos e conhecer as novidades e, principalmente, concretizar negócios. O que mais chamou a atenção foi a qualificação do visitante: um público prepa-rado, focado – extremamente proveitoso para o expositor”, avalia o presidente da 12ª edi-ção, Volmir Dias.

Foram contabilizados US$ 297.911, em negócios, confor-me dados preliminarmente di-vulgados pelos expositores. O setor de máquinas confirma, mais uma vez, seus intensos contatos, visualizando a bus-ca por tecnologia inovadora, produtividade e qualidade no sistema de produção geran-do muitas oportunidades de

negócios. Matérias-primas e acessórios tiveram seus atra-tivos nas novidades e nas ten-dências expostas, oferecen-do excelentes oportunidades para os visitantes poderem inovar e agregar diferenciais em seus produtos. “Temos a real sensação de que a Fimma Brasil cumpriu, novamente, sua missão de gerar retornos concretos para quem partici-pa, contribuindo de forma in-questionável para a retomada dos negócios do setor e desen-volvimento da cadeia movelei-ra. Com esse desafio de supe-ração já estamos começando a alinhar os preparativos para a edição de 2017, com o objetivo de buscar maior aproximação da cadeia produtiva de ma-deira e móveis e todos os elos que unem e fortalecem o se-tor moveleiro, tendo a certeza que alcançaremos nossos ob-jetivos: buscar soluções para todos os envolvidos na feira”, comenta o presidente da Mo-vergs, entidade promotora da feira, Ivo Cansan.

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Sábado, 28 de março de 2015 21Geral

Pelos próximos 10 anos, a edu-cação de Bento Gonçalves irá

se basear pelo Plano Municipal de Educação. O documento elen-ca 20 metas que devem ser cum-pridas pela comunidade escolar a fim de melhorar a qualidade de ensino aqui. Na tarde de quarta--feira, 25, os integrantes do Fó-rum Municipal de Educação se reuniram para tomar conheci-mento das primeiras cinco me-tas que já foram desenvolvidas e para formalizar o plano, além de escolherem as comissões e os coordenadores de comissões.

Segundo a secretária de Edu-cação, Iraci Vasques, o Plano de Educação é de extrema impor-tância para a cidade, já que as-sim toda a comunidade escolar terá uma diretriz a seguir que foi discutida e definida por todos

Fórum Municipal de Educação debate as primeiras questões do projeto nacional e elege coordenadores de comissões

VITÓRIA

LOVAT

Vitória [email protected] Metas do Plano de Educação

Educação Infantil: atendimento de todas as crianças do município entre quatro e cinco anos até 2016. Além disso, atender também 50% das crianças de zero a três anos até 2024;

Universalização do Ensino Fundamental, de seis a 14 anos e garan-tir a aprovação de 95% dos alunos destas turmas até 2024;

Universalização dos alunos do Ensino Médio, e 15 a 17 anos e ga-rantir de matrícula no Ensino Médio;

Universalização dos alunos de quatro a 17 anos com deficiência e garantia de que todos estejam inseridos na educação básica;

Alfabetização das crianças até o 3º ano do Ensino Fundamental.

Reunião foi realizada no auditório da Secretaria de Educação

Definidas as cinco primeiras metasPlano de Educação

como sendo a melhor. As cinco primeiras metas foram defini-das de acordo com o Plano Na-cional de Educação e as demais devem ser definidas assim que o Plano Estadual for liberado. “Estamos trabalhando para que tudo ocorra da melhor maneira possível, porém, muito do que já foi pedido nas metas, o municí-

pio já está cumprindo antes dos prazos estabelecidos”, afirma.

Na ocasião, o cargo da coor-denadoria geral do Fórum ficou com a representante do Con-selho Municipal de Educação, Simone Aver. A Comissão de Monitoramento e Sistematiza-ção terá a coordenação de Loirí Possamai e a coordenação, mo-

bilização e divulgação será feita por Derli Santos da Silva.

Sobre a aprovação de 95% dos estudantes das séries iniciais que consta na segunda meta, a se-cretária destaca que não haverá aprovações indevidas. Ela afirma que enquanto a meta é aprovar os estudantes, também se deve pensar na qualidade de ensino

para que todos os aprovados estejam dentro das condições necessárias. “Queremos bater a meta, mas não podemos aprovar por aprovar. É preciso um ensi-no com cada vez mais qualidade para que todos terminem o ano letivo com conhecimento total do conteúdo e aptos a ingressar no ano seguinte”, explica.

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Sábado, 28 de março de 201522 Geral

“A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul inocentou o ex-prefeito Roberto Lunelli da denúncia feita por Moisés Scussel Neto e acatada pelo Ministério Público de promo-ção pessoal com uso de recur-sos públicos, através de uma edição do encarte Bento Mais Feliz, em 2011”. A informação foi passada na quinta-feira, 26, logo após o encerramento do julgamento, pelo advoga-do criminalista Ronaldo Fa-rina. Ele explica que foram 13 edições do Bento Mais Fe-liz, que era uma prestação de contas da administração para a comunidade, e numa delas o ex-prefeito apareceu em fo-tos que registraram o início da construção do Hospital do Trabalhador. “O denunciante

Lunelli é absolvido mais uma vez Tribunal de Justiça

[email protected]

DenisedaRé

De Caca, Cacos e... Cágados

Você é muito sensível, tem ojeriza a nomes feios? Então, sem problema! Continue a ler o texto, que não vou falar da Tubiniana Matusquela, nem do Rego Penteado, ou do Merdolino Mendonça... Se bem que este último até que tem certo approach...

Aliás, nem em torno dos cágados, o texto vai gi-rar. Tartarugas não me interessam no momento. Mas, vá que alguém não perceba o acento... Aí está feito o link.

É isso mesmo! Pela introdução vocês já perce-beram que hoje cobras e lagartos passearão pela coluna. Portanto, sem surpresas! As perguntas já vão metralhar, e as resposta, rebater.

O que leva os jovens a exporem sua intimidade urinando na calçada e na rua?

O que leva as jovens a comprometerem sua digni-dade fazendo xixi atrás de moitas e muros?

O que leva os jovens a defecarem nos pátios alheios?

E as jovens, o que as faz seguirem o mesmo “pro-tocolo”?

Direitos iguais? Então vamos tratar, eles e elas, em pé de igualdade. Essa “porquice” é a soma de três ele-mentos: falta de educação, falta de banheiros quími-cos e falta de limites.

Solução para a primeira “demanda” (palavra da moda...), tarde demais. Querer mudar os maus hábitos já entranhados desses porcalhões e des-sas porcalhonas, nem fazendo lavagem cerebral. E água é bem que não se desperdiça.

Já a solução para a segunda, vai depender das autoridades constituídas. Por isso, convido-as para que visitem o Point localizado em frente à construção do SESI, na Av. Presidente Costa e Silva, Bairro Planalto, numa segunda-feira, pre-ferencialmente. É preciso ver, cheirar e pisar “in loco” para entender o problema de quem trabalha no prédio 115.

Não havendo interesse na instalação de ba-nheiros químicos para as cacas e de lixeiras para os cacos, temos que descobrir uma pos-sibilidade para o terceiro elemento: segu-rar a onda desses mijões e mijonas contuma-zes. Como? Regras explícitas e policiamento ostensivo.

Mas se nada disso for considerado por quem de direito, só nos resta uma alternativa: a longo prazo, plantar cactos e urtigas e, a curto prazo, encher o terreno com galhos de pinheiro...

alegou que Lunelli teria co-metido crime de apropriação de dinheiro público. Mas ficou provado que em nenhum mo-mento o ex-prefeito quis pro-mover-se com a publicação,

mas prestar contas das obras realizadas pela Administração Pública, já que no material ha-via diversas notícias sobre as obras e ações da Prefeitura. Além disso, o início das obras do Hospital do Trabalhador foi divulgado em diversos meios de comunicação e não teria motivos para o ex-pre-feito querer promover-se por meio do informativo da Pre-feitura” explica o advogado.

O Juiz da 2ª Vara Criminal de Bento Gonçalves, Rudolf Carlos Reitz, já havia absolvi-do Roberto Lunelli, em abril do ano passado, julgando im-procedente o processo movido pelo Ministério Público, que recorreu ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Ronaldo Farina acredita que o MP não deva recorrer novamente.

Lunelli satisfeito com a decisão

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Sábado, 28 de março de 2015 23Geral

8º Congressul

Bento Gonçalves reunirá a linha de frente da proteção

a criança e ao adolescente. Na manhã desta sexta-feira, 27, um café da manhã com lideranças e autoridades no assunto realizou o lançamento do o 8° Congres-so dos Conselheiros Tutelares dos Estados do Sul (Congres-sul), que ocorrerá de 12 a 16 de julho, na Fundaparque.

O congresso tem por objetivo aprofundar a discussão de um debate democrático de ideias, além de proporcionar a troca de experiências para a formulação de propostas para o aprimora-mento da defesa dos direitos da infância e da juventude. “A ex-pectativa é por um dos maiores eventos de proteção a criança e adolescente do país, com um público esperado de quatro mil pessoas, entre conselheiros tute-lares, promotores, juízes, profes-sores, toda esta área de proteção a infância. Bento Gonçalves está nos recebendo muito bem, com uma bela organização e apoio da Prefeitura”, salientou o presiden-te da Associação dos Conselhei-ros Tutelares do Rio Grande do Sul, Rodrigo Farias dos Reis.

O promotor da Infância e Ju-ventude, Élcio Resmini de Me-neses, destaca a importância do

debate nesta área. “O Conselho Tutelar é um dos órgãos mais importantes do município. É um colegiado que vai até a casa das famílias, onde as situações de violação de direitos estão sendo enfrentadas, e procura fazer esta proteção, com que as crianças e adolescentes tenham aquilo que a lei lhes assegura. Trazer um evento desses para Bento Gonçalves, numa discussão com talvez quatro mil pessoas envol-vidas, é algo que não só desafia, mas reafirma aquilo que o muni-cípio compreende e o valor que este dá para a criança”, afirma.

O 8° Congressul abordará como tema os 25 anos do Esta-tuto da Criança e do Adolescente e sua efetivação. O evento tam-bém coincide com a primeira eleição unificada em todo o país (dos conselheiros tutelares), o que deverá agregar ao debate.

Outro destaque será apresen-tação do trabalho de prevenção e acompanhamento dos jovens que é realizado na cidade. “Te-mos uma rede de proteção, um trabalho com as nossas crianças, muito bom em Bento Gonçalves. Não vemos crianças em situação de rua ou trabalho infantil. É uma rede de proteção que fun-ciona, com atividades que tiram o jovem da rua, e tudo isso será apresentado durante o evento”, exaltou Reis.

Em julho, Fundaparque sediará encontro de atuais e ex-conselheiros tutelares da região Sul

Leonardo [email protected]

Bento debaterá proteção às crianças e adolescentes

O congresso contou com a participação de lideranças e autoridades na proteção à infância e juventude

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Sábado, 28 de março de 201526 ObituárioFalecimentos

JOSÉ FRANCISCO DE SOUZA AIRES, no dia 18 de Março de 2015. Natural de Santiago, RS, era filho de José de Souza Aires e Teodora de Souza Aires e tinha 61 anos.

MARIA SANTINA SECCO SEGUETTO, no dia 19 de Março de 2015. Natural de Putinga, RS, era filha de Luiz Secco e Dilecta Graffitti e tinha 75 anos.

MARTINS CESAR POSTAL, no dia 19 de Março de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Herminio Postal e Josephina Rizzi Postal e tinha 87 anos.

MARIA GUIEL PEREIRA, no dia 20 de Março de 2015. Natural de Mormaço, RS, era filha de Arlindo Guiel e Rosalina Nicola Guiel e tinha 54 anos.

PAULA BRAIDO, no dia 19 de Março de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Antonio Braido e Neusa Maria Bolezina Braido e tinha 30 anos.

HILDA LOPES DOS SANTOS, no dia 21 de Março de 2015. Natural de Rio Pardo, RS, era filha de Alvino Lopes dos Santos e Antonia dos Santos Fagundes e tinha 75 anos.

ISELA AGNESE CONZATTI GIORDANI, no dia 20 de Março de 2015. Natural de Bento Gonlçalves, RS, era filha de Guilherme Conzatti e Rosa Baldassarelli e tinha 92 anos.

JOÃO COLLES, no dia 21 de Março de 2015. Natural de Guaporé, RS, era filho de Germano Colles e Emilia Araldi Colles e tinha 47 anos.

AMÁLIA CARRARO PANNO, no dia 21 de Março de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Baptista Carraro e Ursula Zorrer Carraro e tinha 77 anos.

LONY LUCIA BOHN, no dia 17 de Março de 2015. Natural de Feliz, RS, era filha de Germano Roberto Sebastiani e Paulina Angelina Sebastiani e tinha 66 anos.

DARCÍ ROS, no dia 22 de Março de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Fiorello Antônio Ros e Gioconda Signor Ros e tinha 64 anos.

DARCY BELTRAMI, no dia 24 de Março de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de David Beltrami e Victoria Di Domenico Beltrami e tinha 74 anos.

AGNESE MARIA ECCHER MARCOLIN, no dia 24 de Março de 2015. Natural de Garibaldi, RS, era filha de Gabriel Eccher e Thereza Somonetto e tinha 92 anos.

LUISA DA SILVA, no dia 24 de Março de 2015. Natural de Itatiba do Sul, RS, era filha de Ernesto Eleodoro da Silva e Josefina Zamboni e tinha 55 anos.

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Sábado, 28 de março de 2015 27

Em uma cerimônia que reu-niu personalidades políticas

e empreendedoras, além dos 40 orientadores participantes da Feira, o presidente da Asso-ciação do Comércio, Indústria e Serviços de Carlos Barbosa (ACI), Fabiano Ferrari, mos-trou-se otimista quanto à re-percussão da Feira: “Quando idealizamos esse evento, imagi-namos um lugar que auxiliasse todas as pessoas que têm uma vontade de inovar, de empreen-der. Aqui, temos todos os agen-tes que auxiliarão empreen-dedores a se desenvolverem e crescer. Todos, reunidos em um só lugar”, definiu o presidente. De fato, o visitante que adentrar

Solenidade de abertura ocorreu na noite de quinta-feira, 26, reunindo autoridades e convidados

Aberta a Segunda Feira de NegóciosCarlos Barbosa

na Feira de Oportunidades de Negócios encontrará um cami-nho do empreendedorismo, que passa por orientações através de estandes como os do Sebrae, que auxiliam nas concepções de ideias empreendedoras e no aprimoramento de negócios já existentes, por exemplo, percor-rendo Corpo de Bombeiros, as-sessorias ambientais, empresas de softwares e livrarias. “Esses 40 orientadores vêm engrande-cer muito a todas as pessoas que buscam o empreendedorismo ou que buscam melhorias. Nós temos consciência das dificulda-des que o estado e o país enfrenta e estaremos sempre apoiando tudo que vem ao encontro da-

quilo que é positivo para a socie-dade. Estamos na contramão do que muitas notícias propagam. Sabemos que está difícil, mas de-vemos criar oportunidades para que tudo fique menos penoso. E uma dessas oportunidades é essa Feira”, finalizou Fabiano.

Representando o governador do estado do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, o diretor-pre-sidente da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social, Juarez Santinon, discursou durante a abertura da 2ª Feira de Oportu-nidades de Negócios, elogiando a iniciativa. “Esse município dá exemplos claros de inovação, investimento e união. Somente através desses esforços trilhare-

mos o caminho do sucesso. Aqui, temos bons exemplos. Essa Feira é um projeto futurístico, de gente que enxerga longe”, elogiou San-tinon, que colocou o governo do estado do Rio Grande do Sul ao dispor de Carlos Barbosa. O dis-curso do prefeito de Carlos Bar-bosa, Fernando Xavier da Silva, deu continuidade à solenidade: “Tenho certeza que o empreen-dedorismo fomentado por essa Feira mexem com o coletivo. Te-nho certeza que contribuirá para que todos possamos superar a crise que o país vive”.

A Feira de Oportunidades de Negócios permanece aberta para visitação até domingo, dia 29, das 14h às 20h.

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Sábado, 28 de março de 201528 Segurança

Três crimes em uma tarde

Acusado de estupros é solto após 22hPreso pela Brigada Militar em flagrante e reconhecido por duas vítimas, indiciado poderá responder processo em liberdade

Leonardo [email protected]

O debate para a construção de um novo presídio regional em Bento Gonçalves começou do zero. Ou pelo menos foi essa a impressão deixada pela superintendente Marli Ane Stock, da Superintendência de Serviços Penitenciários (Suse-pe), no encontro realizado na quarta-feira, 25.

Durante a reunião, o enge-nheiro o diretor de engenharia prisional, Alexandre Miccol, apresentou um modelo básico de casa prisional, com inves-timento avaliado entre R$ 13 milhões e R$ 18 milhões, para os empresários da construção civil. “Esta foi uma primeira reunião para construir uma proposta, até em função da cri-se financeira que o Estado vem atravessando. Neste momento é preciso que se discuta, abrir o debate as empresas para que cheguemos a alguma solução”, comentou a superintendente.

Do lado bento-gonçalvense, que tem interesse na retirada da atual casa prisional da área central, o prefeito Guilherme Pasin, que atuou como um me-

Prefeito Pasin procura formas de atrair o interesse privado na construção

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diador, exaltou a participação do ramo da construção civil. “Fiquei parcialmente satisfei-to ao final da reunião onde o setor da construção civil de-monstrou algum interesse em ampliarmos esta conversa. Sabemos que é muito difícil, pois estamos lidando com um Estado que não tem mui-ta condição de investimento, mas tem muito patrimônio, que pode ser usado como for-

ma de pagamento”, opinou.Na opinião do presidente da

Ascon, Diego Panazzallo, os construtores percebem os va-lores distantes da realidade. “O que a gente sentiu é a necessi-dade do Estado apresentar ou-tros imóveis, de inventariado, já que não existe este caixa dis-ponível para bancar parte da construção”, relatou.

Uma nova reunião ficou marcada para o dia 15 de abril.

O acusado de três crimes de estupro na tarde de

quinta-feira, 26, não com-pletou 24 horas preso. Uma determinação judicial con-cedeu a liberdade provisória no início da tarde de sexta--feira, 27. Assim, o homem de 30 anos poderá seguir sua vida normalmente, enquanto o inquérito policial é concluí-do na Delegacia Especializa-da em Atendimento à Mulher (DEAM) e o processo cumpre as devidas etapas judiciais.

Responsável pelo caso, a de-legada Deise Salton Brancher ressalta que a prisão foi ho-mologada e o indiciado ainda responderá pelas acusações. “Apesar de não ter ocorrido nenhuma conjunção carnal, o ato libidinoso também carac-teriza o tipo penal estupro. De qualquer sorte, a juíza homolo-

gou o flagrante, pois entendeu que (a prisão) foi dentro da lei. Porém, concedeu a liberdade provisória”, explica.

O acusado foi solto por volta das 14h desta sexta-feira. A sol-

tura foi determinada pela juíza plantonista Romani Dalcin. Foi realizado o contato com o Poder Judiciário e o Ministério Públi-co, porém nenhum responsável pelo caso foi encontrado e as

Após passar a noite no presídio, ordem judicial libertou o acusado

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motivações da liberdade provi-sória não foram divulgadas.

Na DEAM, a investigação po-licial prossegue e procura por outras vítimas e testemunhas dos ataques para a conclusão do inquérito policial. Não há prazo estipulado para a reali-zação das oitivas.

Três ataques em quatro horas

O suspeito foi preso na tarde de quinta-feira após denúncias de três ataques contra mulhe-res na área central da cidade. Conforme a ocorrência poli-cial, o primeiro crime ocorreu por volta das 13h30min, na rua Saldanha Marinho, contra uma jovem de 19 anos. Vestindo ca-miseta listrada branco com preto e boné escuro, o acusado se aproximava das vítimas, as agarrava e passava a mão em suas partes íntimas. Ele tam-bém proferia palavras ofen-

sivas as mulheres. Meia hora depois, o agressor teria repe-tido o comportamento contra uma vítima de 21 anos na rua Estefânia Pasquali, também no Centro. O terceiro ataque ocor-reu na rua Marques de Souza, às 15h, contra uma mulher de 40 anos.

Após denúncias pelo 190, a Brigada Militar realizou buscas e encontrou um suspeito, com as características descritas, na rua São Paulo, no bairro Borgo, às 16h20min. Ele foi reconhecido por duas vítimas e foi lavrada a prisão em flagrante por estupro. O indiciado foi encaminhado para o Presídio Estadual de Ben-to Gonçalves e aguarda pela de-cisão da juíza responsável sobre a prisão preventiva.

Com antecedentes criminais por lesão, ameaça e posse de entorpecente, o acusado de 30 anos aguardará em liberdade pela conclusão das oitivas e das etapas judiciais do processo.

Novo presídio

Empreiteiros pedem opções ao Estado

Universitários foram assaltados no bairro São Roque na noite de quarta-feira, 25. Conforme as informações da Brigada Militar, por volta das 22h40min, os estudantes esperavam em uma para-da de ônibus quando dois indivíduos armados, um vestindo mo-letom azul e outro moletom preto com listas brancas, chegaram e anunciaram o assalto. Os criminosos recolheram os telefones ce-lulares das três vítimas e fugiram a pé em direção ao Aparecida.

Estudantes assaltados em parada no São Roque

Um assalto foi registrado no início da noite desta quarta-feira, 25, na localidade de São Miguel, no interior de Bento Gonçalves. Conforme as informações para a Brigada Militar, por volta das 19h45min, um jovem de 21 anos saía de sua residência em uma Saveiro, com placas IPM 9635 de Garibaldi, quando percebeu um homem saindo de Kadett próximo. O assaltante portava um revólver calibre .38 e rendeu o motorista. O bandido assumiu a direção da Saveiro e seguiu em direção da VRS-813, levando a vítima no banco do carona. Próximo ao Desvio Blauth, os bandi-dos entraram em uma estrada vicinal e abandonaram o jovem em um milharal. Além da Saveiro, os assaltantes roubaram R$ 180 e documentos da vítima. Buscas foram realizadas, porém nenhum suspeito foi encontrado.

Jovem assaltado na saída de casa em São Miguel

Junto com três homens armados, uma mãe teria tirado o filho da guarda do pai na tarde de quinta-feira, 26. Conforme as informações da Brigada Militar, por volta das 14h, a ex-companheira teria invadido a residência da vítima, na rua Fortunato João Rizardo, no Borgo, e levado o filho a força. A mulher e os três homens armados estariam em um Gol de cor bordô. A vítima registrou ocorrência na delegacia.

Homens armados tiram filho da guarda do pai

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Sábado, 28 de março de 2015 29Esporte

A noite de hoje, 28, deve ser significativa para Ben-

to Gonçalves. A cidade terá a oportunidade de ver o já consagrado Bento Vôlei/Isa-bela retornar à elite do volei-bol nacional, após construir uma campanha impecável na Superliga B e terminar a fase classificatória invicto. A pos-sibilidade de volta à elite do campeonato brasileiro signi-fica muito para os bento-gon-çalvenses amantes do volei-bol, já que o time esteve fora da competição nos últimos quatro anos. A decisão será no Ginásio Municipal, às 20h, contra o Foz do Iguaçu e o grupo de jogadores conta com o apoio da torcida neste que é considerado o jogo do ano.

Na primeira partida da se-mifinal, na noite de quarta--feira, 25, deu Bento Vôlei fora de casa por três sets a um, mesmo com o desfalque do líbero Daniel. O jogador, por orientação médica, ficou na cidade tratando uma lesão e a participação dele na par-tida de hoje ainda não está

Bento Vôlei/Isabela está a uma partida de se classificar na Superliga e aposta no carinho da torcida para motivar os jogadores

Uma história de sonhos, superação e muito trabalho

A diretoria e a busca de recursos

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Na última partida, o placar de três sets a um deu mais fôlego para o time jogar hoje à noite em casa

Vitória [email protected]

Presidente Marcos Machado quer contar com o apoio da torcida

Vôlei

definida. O técnico Fernando Rabelo afirma que nenhuma mudança técnica será feita nestes últimos dias de traba-lho, já que a meta é fortalecer o que já foi conquistado até o momento. “Não é momento de inventar nada. O que nós precisamos agora é manter o foco, a concentração e bus-car crescer como equipe den-

tro do jogo. Nós temos como objetivo a vitória e é apenas nisso que estamos pensando agora”, afirma.

O técnico ressalta a necissi-dade da concentração nos re-sultados e que planos futuros devem ficar para depois. “Nós temos uma semana e meia de trabalho pela frente, vamos manter o padrão que adquiri-

mos até agora e depois, se al-cançarmos nossa meta, então começaremos a pensar em um próximo trabalho”, completa.

Dentinho perto de realizar seu sonho

Dentinho, o capitão da equi-pe, é um dos protagonistas da história de sucesso do Bento

Vôlei na Superliga B. Ele ini-ciou sua carreira aqui e, mes-mo depois de ter se consagrado internacionalmente, voltou ao time onde jogou as primeiras partidas e prometeu devolver todas as coisas boas que o clu-be lhe havia proporcionado. “Muito além de querer termi-nar minha carreira aqui, eu quero deixar algo de bom para o time e para a cidade. Eu devo muito ao Bento Vôlei e prometi que o ajudaria a voltar para a Superliga A, que é o lugar de onde ele nunca deveria ter saí-do”, relata.

Aos 37 anos, Dentinho man-tém-se jogando em alto nível. Ele é hoje um dos maiores pontuadores do campeonato e acredita que a partida não será fácil, mas ele quer contar com o apoio da torcida para moti-var ainda mais o Bento Vôlei. “Nós já estamos recebendo mensagens e ligações de mui-tos torcedores. Esse carinho da torcida nos ajuda a perce-ber o quanto esse trabalho vale a pena. Há pessoas que nos acompanham desde o início e que estiveram presentes no gi-násio mesmo quando a torcida era pequena”, afirma.

Captar recursos para manter um time no nível do Bento Vô-lei não é tarefa fácil, mas é desta forma que se encontram melho-res condições de trabalho para os jogadores buscarem com mais qualidade técnica e garra as conquistas. Segundo o pre-sidente do clube, Marcos Paulo Machado, o Bento Vôlei conse-guiu investir de 30 a 40% mais do que no ano passado e que os valores devem crescer caso haja a classificação hoje à noite.

“O trabalho da diretoria é apenas administrativo, nós buscamos recursos com base na credibilidade que nossos jo-gadores têm. Quanto mais jo-gos eles vencerem melhor será de vender o nosso produto, porque hoje o voleibol é visto como um produto e já foi clas-sificado como um dos esportes mais procurados das Olimpía-das de 2016”, afirma.

Hoje, a captação de recursos

A história de sucesso do Ben-to Vôlei no município começou muito antes de o time profis-sional participar do campeona-to nacional. O projeto da esco-linha de vôlei nasceu na década de 1980, quando o então pro-fessor de Educação Física, Clemente Mieznikowski, junto de um grupo de pais, passou a ministrar aulas de vôlei para os adolescentes da época. O projeto cresceu de tal forma que na edição da Superliga de 1998/1999, pela primeira vez, o Bento Vôlei participava da disputa nacional.

Nos 10 anos subsequentes, a equipe participou da com-petição, na maioria das vezes, entre os melhores, alcançando uma vez a quinta posição da Superliga, e, por três vezes, a sexta classificação. “E aí esta-vam nomes como o Dentinho

e do atual técnico Fernando Rabelo, que cresceram e fize-ram história no time. Porém, mesmo com as participações nacionais, nós não queríamos descaracterizar o trabalho de educação esportiva com as crianças e o investimento nas categorias de base, e foi isso que fez com que o clube se mantivesse sem o profissional. Em nenhum momento o Bento Vôlei parou ou foi esquecido na cidade”, destaca.

Para hoje, ele espera casa cheia e muito apoio ao time. “Eu torço para que o ginásio esteja lotado e que o maior nú-mero de pessoas vá nos apoiar”. Contudo, se a vitória se concre-tizar, ele prevê muito trabalho pela frente. “É preciso lembrar que um sonho sem trabalho não é nada e agora o desafio será ainda maior”, completa.

Noite para recolocar Bento na elite

da categoria profissional ocorre por meio da iniciativa privada, do Imposto Sobre a Circula-ção de Mercadorias e Serviços (ICMS) e da apresentação de projetos para a Secretaria de Es-portes do Estado. “Ocorre que o governador assinou um decreto onde não serão aceitos novos projetos até o mês de junho, então essa opção por enquanto

está parada. O que não quer di-zer que o clube está sem faturar porque cada vez mais crescem as nossas negociações”, revela. Ele garante que a captação de recur-sos para a possível próxima fase será suficiente, mas acha cedo para divulgar os valores.

Sobre a última vitória em quadra e o jogo de hoje, Ma-chado destaca que a mobiliza-ção na cidade tem sido maior do que o esperado e que os torcedores estão confiantes. Segundo ele, mesmo se a vitó-ria se concretizar hoje à noite, o trabalho não termina após a partida e deve se intensificar na próxima semana. “Nós não queremos apenas subir para a elite, queremos ganhar a Su-perliga B. É isso que estamos buscando, mas será preciso ainda mais garra, determina-ção e muita torcida. Depois, se tudo isso ocorrer, nós falamos de série A”, declara.

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30 Sábado, 28 de março de 2015

O principal campeonato de clubes da Serra Gaúcha vai chegando na sua segunda ro-dada. A primeira, realizada no final de semana passado, foi muito boa para as equipes de Bento Gonçalves.

O Rosário de Pinto Bandeira ganhou fora de casa do Nova Petrópolis, pelo placar de 2x0. O outro representante de Ben-to Gonçalves, o Barracão, ven-ceu também por 2x0, jogando contra o Linha Brasil.

A Escolinha de Vôlei do professor Luccas inicia suas atividades no ano de 2015 na segunda-feira, 30 de março. Os alunos devem ter entre seis e 15 anos.

Os horários serão nas ma-nhãs, das 9h às 10h15 min e 10h15min às 11h30min, e de

A ZATT Imóveis recebeu a visita do Bi Campeão Mundial de Muay Thay, Jussemar An-dre Noskoski, que veio agra-decer o apoio recebido pela empresa e exibir orgulhoso o cinturão conquistado no cam-peonato. Segundo Guilherme Zatt que recepcionou o atle-

Rosário de Pinto Bandeira almeja vencer novamente

Clube Botafogo inicia as atividades da escolinha

Hora da virada?

Além disso, Valdir Espinosa não é mais diretor técnico do Alviazul

É hora de esquecer o passado recente. Após uma semana

movimentada nos bastidores, incluindo troca de treinador e saída do diretor Valdir Espino-sa, o Esportivo praticamente vai recomeçar um trabalho para sair da incômoda situação que ele mesmo se colocou na Divisão de Acesso do Gauchão 2015.

Foram seis jogos sem ne-nhuma vitória, e agora o recém chegado Ben Hur Pereira tenta já deixar uma boa primeira im-pressão logo na sua estreia em casa, contra o Santo Ângelo, neste domingo, 29.

Na apresentação do novo trei-nador, que ocorreu na quarta--feira, 25, muito se falou na questão de aceitar um desafio. “Essa é a minha profissão, se fosse para pegar o time em pri-meiro lugar não iriam contratar um treinador. Quando se con-trata é por que realmente estão precisando de uma mudança, isso faz parte, quem trabalha no futebol sabe que existem mo-mentos que tem que ser feito um choque e pra mim é um grande

prazer, uma grande honra, eu sempre quis trabalhar na Serra Gaúcha”, disse Ben Hur.

Sobre a saída de Valdir Espi-nosa do cargo de Diretor Técni-co, o presidente Luis Oselame disse que foi pego de surpresa, apesar de divergências de opi-nião, especialmente na escolha do novo treinador. “De certo modo nos surpreendeu a de-cisão dele, porque havia uma divergência sobre o nome do novo treinador, nós fomos dis-cutir, mas ele não aceitou, pro-curou nosso financeiro e pediu

Presidente Oselame junto com Ben Hur Pereira na apresentação

demissão, me surpreendi, liguei pra me informar se era real-mente isso, ele disse que sim, e eu disse que eu ia agir como eu sempre faço na minha empresa, ou em qualquer lugar onde eu estou a frente, se pediu demis-são, deve ter pensado bastante, então eu aceitei na hora e é irre-versível”, declarou o presidente.

O Alviazul enfrenta a equipe do Santo Ângelo, que está em segundo na tabela, no domin-go, 29, a partir das 16h, no Par-que Esportivo da Montanha dos Vinhedos.

Esporte

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RLAN

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Esportivo busca recomeçarcom a chegada de Ben Hur

Libertadores do Nordeste

Vôlei para crianças e adolescentes

Muay Thai

Campeão mundial visita empresa e agradece apoio

ta, “É com grande satisfação que apoiamos um atleta que não mediu esforços para mais esta conquista e que engran-dece o nome de nossa cidade, muito nos honra ter apoiado o Jussemar, é a ZATT Imóveis acreditando no esporte e nos atletas de Bento”.

Jussemar Noskoski exibe orgulhoso seu novo cinturão na visita

Na próxima rodada o Rosá-rio joga em casa, contra o Inde-pendente de Flores da Cunha, no domingo, 29, a partir das 15h30min. O Barracão vai até São Marcos enfrentar a Seleção da cidade.

Os dois times têm a missão de quebrar a sequência de três títulos seguidos da equipe do Ferroviário de Nova Pádua. Quem sabe o título mude de mãos esse ano e venha para Bento Gonçalves.

tarde nos horários das 13h30 às 14h45min e 14h45 às 16h, sempre nas segundas e sex-tas-feiras, no Ginásio do Clu-be Botafogo.

Inscrições podem ser feitas no local, nos horários das au-las, e também pelo telefone (54) 9909.3233.

DIVU

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ÇÃO

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Sábado, 28 de março de 2015 31Esporte

2ª RODADA-ESTADUAL

Farrapos x Brummers

Charrua x Centauros

San Diego x Serra

JOGOS DA RODADAMunicipalMonaco A.C. X Dopo LegafaHakuna Matata X Avacalha-

dos F.C.GraciemaSão Gotardo X São CristovãoED Mais X 8 Da GraciemaColoradoSem Freio X Copeiros de La

SierraReal Madruga X Colorado F.C.

PaulinaSó Canelas X União do BozoMissioneiros X Bola nas Costas. CohabB.D.L. X Atletico B.G.AtéCubanos F.C. X CapivaraTuiutyE.C. Tandera X Grind CrustVila Rica X E.C. FronteiraLeopoldinaC.A. Supremo X CruzeirinhoUTI F.C. X União B.G.

Dopo Legafa joga no municipal

Farrapos RC continua sem ter adversários no caminho

Rúgbi

Equipe de Bento Gonçalves não perde um jogo no RS desde 2009

Geremias [email protected]

O ano é 2015. Mas para o Farrapos RC e seu torce-

dor, parece que nada mudou nos últimos tempos. Na verda-de, se alterou, foi para melhor. Pois o time de Bento Gonçal-ves segue não tendo adver-sários no cenário gaúcho do rúgbi. Foi assim na tarde do sábado, 21 de março. Pela par-tida de estreia no Campeonato Gaúcho, venceu o Centauros RC de Estrela pelo placar de

55 a 7, mostrando que nova-mente será o grande favorito para levantar mais um título, o sexto consecutivo.

O Farrapos ostenta um his-tórico invejável: o último clu-be gaúcho que conseguiu der-rotar o time de Bento foi o San Diego de Porto Alegre, em se-tembro de 2009. Nesse perío-do, foram 42 vitórias seguidas em jogos oficiais contra times do RS, sendo 41 pelo Campeo-nato Gaúcho e uma outra pela Copa do Brasil.

Agora, novamente diante do

Jogo contra o RC Centauros de Estrela foi realizado no último sábado, no estádio da Montanha em Bento

FOTO

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seu torcedor, encara a equipe do Brummers de Novo Ham-burgo, que na sua estreia per-deu para a equipe do Serra RC em Caxias do Sul.

A partida, será realizada no-vamente no Estádio da Monta-nha, no sábado, 28 .

Copa Amizade

Campeonato chega na 4ª rodada com muita força

A Copa Amizade tem sido um prato cheio para os apai-xonados por futebol. Com a pontaria afiada, os atacantes têm feito a alegria dos torce-dores com placares emocio-nantes. A primeira rodada já tinha sido destaque com uma média que ultrapassou os três gols por partida. Porém, no final de semana seguinte, foi melhor com uma marca de quatro gols por jogo. A ter-ceira rodada manteve o alto nível de artilharia.

Para a quarta rodada, a ex-pectativa é de que alguns ti-mes disparem na liderança e já comecem a garantir suas presenças na próxima fase do torneio. O AtéCubanos, o Missioneiros e o 8 da Gracie-ma possuem 100% de apro-veitamento, com três vitórias em três partidas. O Ed Mais também faz uma boa campa-nha, com 7 pontos conquista-

dos. Melhor ataque disparado é do AtéCubanos, que estufou a rede 16 vezes, sofrendo ape-nas dois gols.

São Gotardo, Grind Crust e Avacalhados são algumas das equipes que não começaram bem a competição e agora de-vem correr atrás do prejuízo.

Os jogos acontecem em sete campos espalhados por Bento Gonçalves, o primeiro jogo sempre começa as 13h45.

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Ranking das construtoras

ConsruBelmais está entre as 100 maiores

Empresas & Empresários

Polícia

Acusado de estupro é solto em menos de 24h

Página 28

A Ediçãowww.jornalsemanario.com.br

56 páginas

Páscoa

Primeiro Caderno ......................32 páginasCaderno S ................................12 páginas Empresas & Empresários ...........4 páginasSaúde & Beleza .........................8 páginas

Religião, tradição e comércio aquecido Página 15

BENTO GONÇALVESQuarta-feira28 DE MARÇO DE 2015ANO 48 N°3116

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