28/01/2014 - Jornal Semanário - Edição 3.099

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BENTO GONÇALVES Quarta-feira 28 DE JANEIRO DE 2015 ANO 48 N°3099 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Venda de móveis Indústria exportou 13% menos A China investiu em qualificação e hoje tem produtos baratos e bons tirando espaço da indústria brasileira Página 5 Trânsito Páginas 8 Pedalar, mais que uma opção, uma necessidade CRISTIANO MIGON Seja por lazer, condicionamento físico ou fuga do trânsito engarrafado, cresce o número de adeptos do ciclismo, porém faltam ciclovias

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28/01/2014 - Jornal Semanário - Edição 3.099 - Bento Gonçalves/RS

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BENTO GONÇALVESQuarta-feira28 DE JANEIRO DE 2015ANO 48 N°3099 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Venda de móveis

Indústria exportou 13% menos A China investiu em qualificação e hoje tem produtos baratos e bons tirando espaço da indústria brasileira Página 5

Trânsito

Páginas 8

Pedalar, mais que uma opção, uma

necessidade

CRISTIAN

O M

IGO

N

Seja por lazer, condicionamento físico ou fuga do trânsito engarrafado, cresce o número de adeptos do ciclismo,

porém faltam ciclovias

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Semanário na Internet

Uma discussão sem vencedoresEditorial

Recentemente, em duas reportagens publicadas, o Se-manário saudou como positiva e inovadora a decisão de manter aberta em janeiro parte das escolas maternais, solucionando desta forma uma angústia de sempre de operários e demais trabalhadores: o que fazer com os fi-lhos pequenos quando as férias da firma terminam e a das professoras prosseguem?

Nem todo mundo entendeu correta-mente a proposta. Alguns pais quiseram mandar seus filhos, mesmo que não pre-cisassem voltar logo ao trabalho. Foram então orientados sobre a importância do convívio familiar aos pequenos neste curto período. De outra parte, algumas profes-soras passaram a impressão de não terem gostado da volta antecipada à sala de aula. Nem por isso deixaram de cumprir sua obrigação.

Pelo que se vê agora, não foram todas as partes que cumpriram com as obrigações. Parte das servidoras con-tratadas por empresa terceirizadas de mão de obra enten-dem não estar sendo acolhidas em todos os seus direitos

Resta saber até onde se pode ir

com esta relação tão desigual

trabalhistas. São passagens a menos, falta do adicional de insalubridade e demissões mal explicadas.

Este parece ser o legítimo e improvável caso em que a limonada volta ao estado de limão. Mães de alunos pro-curando avós ou alguma vizinha para abrigar o filho. Do-mingo de angústia, segunda-feira de improviso.

Depois de uma paralisação e de versões divergentes postas à mesa aconteceu a volta ao trabalho ontem. Mas o prejuízo já produzido é líquido e certo. Há perdas po-líticas, laborais e financeiras. E até quem não tem filho em idade de maternal acaba alcançado pela discussão.

Agora resta saber até onde se pode ir com esta relação tão desigual entre poder

público, terceirizadas e trabalhadores. De plano, se vis-lumbram dois perdedores. O primeiro é o trabalhador terceirizado, que não pode almejar qualquer tipo de cres-cimento dentro do trabalho. Logo a seguir vem a socieda-de, que acaba por receber um trabalho barato que muitas vezes traz como resultado a falta de qualidade.

Quarta-feira, 28 de janeiro de 20152 Opinião

Por que é tão difícil?Bento Gonçalves é, decididamente, uma ci-

dade, um município onde tudo é bem mais di-fícil de se fazer. As sucessivas administrações tiveram desgastes enormes quando tentaram ou implantaram modificações, mesmo aque-las em que era óbvio-ululante que viriam be-neficiar a maioria da população. Sim, sei que qualquer mudança encontra resistências em qualquer lugar, em qualquer setor de ativida-des. Mas, em Bento, essas resistências são po-tencializadas e, sinceramente, não encontrei uma resposta adequada, mesmo conversando com muitas pessoas, de todas as idades e/ou profissões. Creio que é no trânsito em que as resistências são mais notadas. Claro, a RUA COBERTA também é um exemplo emblemáti-co (já perdemos também essa verba federal?) já que sequer se ouve falar dela. Há a Via Del Vino, cuja verba superior a 400 mil reais es-tão (ou estavam?) disponibilizadas pelo go-verno federal, obtidas através de projetos da Administração Lunelli, que possibilitariam a retiradas dos postes existentes nas Ruas Ma-rechal Deodoro e Marechal Floriano (até o Colégio Bento Gonçalves) ainda não foi utili-zada. O que tem andado a passos mais lentos do que a comunidade espera referem-se às verbas do Programa de Aceleração do Cresci-mento – PAC – destinadas à mobilidade urba-na. Porém, o que reputo como “difícil”, agora, diz respeito às modificações no trânsito, na mobilidade urbana do quadrilátero central.

O corredor de ônibus teve início no meio de muitas polêmicas, mas está aí, funcionando. Agora as modificações acontecem na ÁREA AZUL, o estacionamento público pago objeti-vando a rotatividade. Apesar da boa vontade das administrações municipais, a escassez de agentes de trânsito para aplicar as devidas multas aos infratores contumazes impede que o sistema funcione adequadamente. Ninguém desconhece que muitos não pagam para es-tacionar, deixando como tolos os que o fa-zem, cumprindo a lei. Muitos ficam dentro do veículo, com cara de paisagem, ocupando a vaga sem pagar, esperando alguém que en-trou numa loja, num supermercado ou ban-co, achando que, por estarem no carro estão isentos do pagamento. Visando acabar com essa farra, a concessionária da Área Azul em conjunto com a prefeitura, um sistema ele-trônico de controle está sendo implantado. A demarcação das vagas é o primeiro passo (será que os “cara de paisagem” saberão que devem estacionar DENTRO da vaga demar-cada, ou será preciso desenhar melhor?), de-pois virá o sistema de pagamento eletrônico. O controle será bem mais adequado. Resta saber, todavia, se as MULTAS aos que insis-tem em não pagar serão aplicadas. É ou não muito difícil mudar algo em Bento, mesmo que seja para melhor, beneficiando a maio-ria? A Área Azul poderá ter o novo sistema avaliado a partir de 1º de fevereiro.

Antô[email protected]

REPRESENTANTE EM PORTO ALEGRE Grupo de Diários

Rua Garibaldi, 659, Conjunto 102Centro - POA - Fone: (51) 3272.9595

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Quarta-feira, 28 de janeiro de 2015 3Opinião

Painel

Foi só sair notícia sobre a possibilidade de realização da Fenavinho em 2016 e a pergunta voltou com insistência: quando e quem vai pagar a dívida da última edição?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

O município e os usuários do SESI só terão a ganhar com a construção de um novo CAT como o que está sendo cons-truído, no lugar do antigo, na

rua Costa e Silva. Mas bem que o pessoal contratado para a obra poderia ter mais cuida-do. O trecho é um dos prefe-renciais para as caminhadas

de início da manhã ou final da tarde dos bento-gonçalvenses, como a leitora que colheu esta foto com pedras soltas sobre o passeio público.

Entre idas e vindas, driblando a parada para o Carnaval e período de férias, eis que a Caixa Econômica Federal bateu o martelo. Será no próximo dia 11, a inauguração da nova agência Centro. Com 1.600 metros quadrados o estabele-cimento ficará no prédio da rua Assis Brasil, 11, sala 7, a apenas 100 metros do endereço atual. A unidade funciona-rá de segunda a sexta-feira, das 11h às 16h. Obedecendo a um modelo atual de ergonomia e modernidade, a agência possui modelo de sinalização interna da Caixa adequado ao padrão de atendimento privativo, nos guichês. Além disso, apresenta padrão visual e funcional, para facilitar o dire-cionamento e a movimentação dos clientes.

A agência conta com 80 funcionários e tem na gerên-cia Giovani De Carli.

CEF muda de endereço dia 11

O treinamento sobre Responsabilidades legais e ambientais de empresas que a Fundação Proamb realizará em Porto Alegre teve sua data alterada. Não mais ocorrerá em fevereiro, e sim, em 5 de março. Mais informações pelo site www.proamb.com.br ou pelo fone (54) 3055.8700.

No final do expediente de ter-ça-feira, 27, o prefeito Guilher-me Pasin passou o comando do município ao vice Mário Gabardo. Pasin vai gozar dez dias de férias e garante não ter deixado nenhuma medida impopular a ser implementa-da pelo vice enquanto estiver com a caneta na mão.

Aliás, o dia 27 também mar-cou o aniversário de Pasin, 32 anos. Ele encontrou uma forma inusitada de comemo-rar. Acompanhado por dois secretários e dois assessores próximos foi almoçar no Lar da Caridade, juntamente com

os carentes assistidos pela entidade. No cardápio, car-reteiro, filé ao molho madei-ra, pão, salada, refrigerante e bolo. Parte da refeição para cerca de 80 pessoas foi cus-teada por Pasin.

A presença do prefeito no Lar serviu para chamar a atenção para o trabalho da entidade que sofreu graves prejuízos com o temporal do dia 26 de dezembro. Quem deseja fazer doações pode en-trar em contato com o Lar da Caridade pelo telefone (54) 3451.7366, ou pelo e-mail [email protected]

Aniversário e férias

Está marcada para esta quinta-feira, 29, a inaugu-ração do novo endereço da agência Batuca que esta-rá instalada no Shopping L´América em ambiente com 300 m². Criada em ju-lho de 2012 a Batuca, como refere o nome, veio para fa-zer barulho.

Em pouco mais de dois anos, a agência se desta-

cou e cresceu em tamanho de estrutura e clientes, contando hoje com uma equipe de 22 pessoas. En-tre seus atendimentos estão clientes nacionais como Croasonho, Unicasa e Grendene . A nova sede tem espaço para pensar e criar novas ideias, assim como para promover work-shops e eventos.

Agência Batuca de casa nova Proamb capacita

Calçada interrompida

Aproximando roteirosOs Secretários de Turismo

de Bento Gonçalves, Gilberto Durante e de Garibaldi, Ivane Fávero, participaram na quin-ta-feira, 22 da criação da Asso-ciação Gaúcha de Secretários de Turismo (AGTUR). Entre

outros, estiveram presentes os secretários de municípios como Porto Alegre, Gramado, Canela e Caxias. A presidente interina é Helena Volk ( Gramado).

Trata-se de mais um passo na aproximação de rotas que

deixam o RS em destaque no cenário dos roteiros que mais induzem turistas no Brasil. Tradições gaúchas, belezas naturais e gastronomia são alguns dos destaques a serem explorados.

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Paulo Vicente Caleffi

Crônica

Quarta-feira, 28 de janeiro de 20154 Geral

Não se deixe vencerEm casa não temos o hábito de assistir aos programas

de TV. Os netos preenchem todos os espaços. Um chora, outro canta, aquele apanha do mano, outro reclama do brinquedo que é só seu, e por aí vai. Até para a conversa dos adultos fica complicado pois é neto por todo o lado.

Que bom!Vez por outra ligo a TV e assisto o noticiário. Meu

Deus! É só desgraça.Sequestro, assassinato, terrorismo, guerra, assalto,

execução e por aí vai.Passo para um programa de economia e dá medo.Corrupção, política suja, desvios de dinheiro público,

descaso com a saúde do cidadão, escolas e hospitais abandonados e mais um monte de coisa ruim.

O cidadão se sente encurralado e impotente. Chega a desanimar.

A vontade que dá é desligar-se do mundo e ficar tomando chimarrão na frente da casa, jogando conversa fora. Mas não dá: a calçada na frente da casa já não é mais segura para ficar sentado e o medo de assalto supera o desejo.

Fazer o que então? Cercar a casa com grades? Esconder-se debaixo da cama? Desligar o rádio e a televisão e ficar no nosso mundinho, como se nada pudesse afetar nossas vidas privadas?

Não é por aí! Se todos nos encolhermos dentro da casca, ficará pior. O que acontece no mundo sempre nos atinge: no bolso, no ar que respiramos, na nossa maneira de viver, na nossa liberdade, no futuro de nossas crianças, na união de nossas famílias e em tudo o que diz respeito a nossa vida.

O cidadão não deve se encolher. Para isto ele precisa externar seu descontentamento nem que seja batendo panela, falando com seus vizinhos, passando mensagens para amigos, escrevendo para políticos e governantes, desligando a TV e participando de reuniões que visam construir uma NOVA SOCIEDADE. É possível mudar as coisas e é necessário que se faça algo.

Quando tenho no colo um neto, pessoa de ano e meio de vida, sinto-me irresponsável por aquilo que deixei de fazer pelo seu futuro. Fico impelido a proteger e a criar condições para um mundo onde aquela criança possa viver melhor.

Só baixar a cabeça e trabalhar para que amanhã tenha estudo, ou algum capital guardado, isto não é suficiente. Roubam-nos o capital e subordinam os jovens por uma educação mal conduzida e todo o esforço foi em vão.

Tem gente falsa INTERESSADA no medo do cidadão e assim dominar as pessoas de bem. Se tivermos medo e formos fracos, eles vencerão.

Indústria foi a que mais demitiu em dezembro

O mês de dezembro não foi bom para os trabalhado-

res das indústrias de Bento Gonçalves. Impulsionada pelo fechamento de um ano que fi-cou à mercê da estagnação da economia, a indústria do mu-nicípio fechou 720 postos de trabalho e abriu 202 deixando um saldo negativo de 518. O setor lidera a lista de demis-sões e é seguido pelos serviços, com 547 desligamentos e pelo comércio, com 334 postos fe-chados. Entre todos os setores, o único que obteve um saldo positivo de contratações foi o dos servidores públicos, com saldo de uma admissão.

No total, em dezembro mais de 1,7 mil trabalhadores deixa-ram as empresas onde traba-lhavam, mas ainda assim 924 admissões foram registradas, deixando um saldo de 848 postos de trabalho a menos. Na indústria, onde se enquadram as de transformação e as move-leiras, o alto número de demis-sões se deve, além da retenção de gastos que vêm sendo apli-cada durante todo o ano às da-tas base dos primeiros meses do ano que impedem que fun-cionários sejam demitidos.

No comércio 240 pessoas foram contratadas, enquanto 334 desligamentos foram re-gistrados, resultando em um saldo negativo de 94 postos. Os números do comércio tam-bém ficaram abaixo dos outros

Caged

Setor desligou 720 pessoas, e superou os Serviços que demitiu 547

CRISTIAN

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Vitória [email protected]

FONTE:CAGED

Evolução de emprego em Bento Gonçalves no mês de dezembro

Quase todos os setores fecharam o mês com os postos no negativo

meses e merecem atenção, já que dezembro é historicamen-te marcado pelas contratações temporárias nas lojas, que têm mais fluxo de pessoas e, conse-quentemente, mais vendedo-res são necessários.

A construção civil também apresentou queda de postos de trabalho. No setor, 102 pessoas foram contratadas, enquanto 157 foram demiti-das, gerando um saldo nega-tivo em 55. Contudo, as con-tratações e demissões não são

especificamente de pessoas que conquistaram um traba-lho e integraram a População Economicamente Ativa (PEA) ou que perderam seu empre-go e passaram a ser inativos. Dentro dos setores, muitas pessoas migram de empresas ou trocam de postos dentro, inclusive do mesmo local.

A indústria extrativa mineral fechou dois postos de trabalho, a dos servidores públicos abriu um e a administração pública não teve alterações.

Atividade econômicaExtrativa Mineral Indústria de TransformaçãoServidores PúblicosConstrução CivilComércioServiços Administração PúblicaAgropecuária Total

Desligamentos5

7202

157334547

07

1.772

Saldo-2

-5181

-55-94

-18202

-848

Admissões3

2023

102240365 0 9

924

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Quarta-feira, 28 de janeiro de 2015 5Geral

Exportações têm queda de 13%

A indústria moveleira de Bento Gonçalves fechou

2014 com baixa nos indicado-res de exportação. Segundo o Ministério do Desenvolvimen-to da Indústria e Comércio Ex-terior (MDIC), no ano passado o polo do município exportou 48,8 milhões de dólares, o que representam uma queda de 13,4% com relação às vendas de 2013. Os números negativos foram em 33 dos 57 países que a cidade tem negociações.

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis), Henrique Tec-chio, era esperada uma queda nas exportações de acordo com a curva que o mercado interno também seguia, mas o pico ne-gativo das vendas para outros países foi maior do que o espe-

Setor moveleiro

A indústria de Bento Gonçalves apontou indicadores negativos das vendas no exterior e projeta um 2015 ainda mais difícil

Um dos principais fatores da queda é o alto custo de mão de obra

CRISTIAN

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Vitória [email protected]

rado. “Sabíamos que o resulta-do não seria bom, mas também não sabíamos que ele seria tão ruim”, destaca Tecchio.

Essa é a maior retração das exportações desde 2009, quando ocorreu a última crise

internacional, e a queda foi de 35%. Segundo ele, o principal motivo da queda é à entrada de produtos dos países orientais, que possuem um preço mais baixo e qualidade semelhan-te. “Fica difícil de concorrer

porque os itens desses países são feitos sob um preço muito mais baixo, fazendo com que a concorrência com as nossas mercadorias seja desleal, visto que o custo de produção daqui é muito mais alto”, aponta.

Os principais fatores que fa-zem com que a mão de obra encareça são as altas nos im-postos, a tributação imposta, a burocracia e a falta de infraes-trutura. Estes fatores, entre-tanto, estão além das decisões e medidas dos empresários que, segundo Tecchio, preci-sam respeitar o que é imposto pelo Governo Federal. “Antes, os produtos da China e ou-tros países do oriente perdiam muito em qualidade para os nossos, por isso as nossas ven-das fora ainda eram altas, mas agora, com o crescimento da qualidade dos seus produtos, quem fica em desvantagem são as empresas daqui”, lamenta.

Em busca de novidades

Para 2015, Tecchio aponta como principal medida a busca de novos mercados e a explo-ração de novos potenciais de compra, para que seja vendido nestes países ainda não explo-rados. “Queremos descobrir quem pode comprar de nós, ir naqueles países que ainda não vendemos nada. Também va-mos participar de mais feiras, viajar mais, fazer mais con-tatos para expandir e voltar a crescer”, explica.

Os principais mercados para a exportação de Bento eram os da América do Sul, e foram os que apresentaram maior queda de venda isso além do Reino Uni-do, Costa Rica, Guatemala, Catar e Trinidad e Tobago. Já os que apresentaram mais crescimento foram Congo, Argélia, Emirado Árabes Unidos, e México.

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Quarta-feira, 28 de janeiro de 20156 Geral

Paralisação

CCS diz que elas não têm direito de receber a insalubridade

VITÓRIA

LOVAT

Vitória [email protected]

Enquanto elas estavam na paralisação, algumas recebiam ligações da empresa com o anúncio da demissão

A gerente de operações da CCS Brasil, Magda Cornelli, diz que a situação com as manifes-tantes está resolvida. Segundo ela, uma convenção coletiva foi realizada com o Poder Público e com as auxiliares de educação que não estavam satisfeitas com a empresa. Na ocasião foi apon-tado que o contrato firmado entre contratante e contratada estão sendo cumpridos rigoro-samente e que o benefício da insalubridade nunca esteve pre-visto para elas.

Magda destaca que elas acre-ditaram que iriam receber o be-

nefício, mas que não conversa-ram diretamente com a empresa sobre isso e, que sempre que houve dúvidas elas foram es-clarecidas. “Às vezes as pessoas acreditam que têm direito sobre algo que não têm, então agora explicamos detalhadamente isso a elas e tudo ficou resolvido. As que seguiam no quadro de fun-cionários da empresa voltaram a trabalhar e aquelas que foram desligadas então, voltaram para suas casas”, aponta.

Sobre as demissões, Magda explica que elas estão sendo realizadas gradativamente, de

acordo com as necessidades da empresa. “É período de férias, então o fluxo de alunos nas escolinhas é menor, por isso, aproveitamos este período para realizar algumas substituições e qualificar nosso quadro de ser-vidores. Nós temos mil funcio-nários em Bento hoje, quatro ou cinco pessoas sendo substi-tuídas não é um grande número para nós”, coloca.

A gerente alega que não sabe da procedência das ligações que foram realizadas enquanto elas estavam na paralisação. “Eu mesma faço as ligações para

substituir as pessoas, porque acredito que isso precisa ser fei-to com cautela e respeito e não liguei para ninguém na segun-da-feira pela manhã”, garante.

Prefeitura está com os pagamentos em dia

O secretário de Administração, Rafael Paludo, é responsável pela contratação da empresa CCS e diz que os pagamentos para a empresa estão sendo feitos re-gularmente e dentro dos prazos estipulados. “Nós recebemos os comprovantes de prestação de

serviço e só então realizamos os pagamentos, não existe depósito nenhum adiantado”, ressalta.

Por ser um dos responsáveis pela fiscalização da atuação da CCS, Paludo conta que vai ave-riguar se as funcionárias têm di-reito ou não sobre o benefício de insalubridade. “Nós recebemos os questionamentos das mani-festantes e também a resposta da empresa, agora levaremos a situação ao jurídico para que eles avaliem junto da convenção coletiva e apontem se elas têm direito ou não de receber a insa-lubridade”, finaliza.

Quem passou pela Praça Vico Barbieri na manhã de

segunda-feira, 26, presenciou um grupo de mulheres com cartazes e narizes de palhaço gritando pelo pagamento cor-reto dos seus direitos. As auxi-liares de educação infantil, ter-ceirizadas pela empresa CCS Brasil, fizeram uma paralisa-ção reivindicando os direitos trabalhistas que não estão sen-do pagos há seis meses, desde que a empresa assumiu. Elas pedem o recebimento do bene-fício da insalubridade e a valo-rização profissional. Na última semana, antes da greve, quatro funcionárias das escolas públi-cas de educação infantil foram demitidas com a justificativa de que elas não teriam o perfil para trabalhar nas escolas.

A CCS assumiu a contratação dos postos de trabalho há seis meses, quando venceu a licita-ção por ser a que apresentou o menor valor para o Poder Público. Quando iniciou, as funcionárias que estavam con-tratadas pela empresa anterior foram demitidas, com baixa na Carteira de Trabalho e readmi-tidas, porém com um salário, em média, R$ 200 mais baixo. Hoje, as profissionais têm pou-co mais de R$ 700 registrados. A educadora Márcia da Silva diz que na ocasião, a diminui-ção do salário foi compensada com troca de benefícios como

Após manifestação, demisões foram confirmadas e demais funcionárias das escolas públicas infantis voltaram ao trabalho

Auxiliares de educação reivindicam

vale-transporte e vale-alimen-tação. “Nós estamos ganhando os benefícios regularmente, entretanto, o que vale para o Fundo de Garantia, o 13º salá-rio e outros direitos trabalhis-tas é o que está registrado na Carteira”, destaca.

Apesar de terem aceitado o acordo de diminuição de salá-rio e recebimento de benefí-cios, as funcionárias estavam contando com o recebimen-to da insalubridade, que se-gundo elas é imprescindível na posição que elas ocupam. “Nós precisamos ganhar in-

salubridade porque corremos riscos. Quando cuidamos de crianças o dia todo estamos expostas às viroses e a higie-nização dos pequenos, que requer a limpeza dos seus de-jetos. Cansamos de pegar gri-pe ou viroses deles e precisa-mos ficar em casa por alguns dias”, explica Márcia.

Segundo as manifestantes, nem a prefeitura, tampouco a CCS, estavam dando satisfa-ções sobre as suas reivindica-ções e que uma apontava que a responsabilidade era da outra. “Nós não sabemos quem está

nos enganando, porque a pre-feitura diz que o pagamento para a empresa está em dia e que eles não estão repassando para nós. Já a CCS alega que a prefeitura não está depositan-do o dinheiro há meses e que, mesmo sem isso, eles conti-nuam com nossos salários em dia”, relata.

Demissões

Na última semana, cinco profissionais foram chamadas até a CCS para assinar a sua demissão. A empresa alegou

que elas não teriam o perfil necessário para atender no local e que estariam qualifi-cando a equipe. Porém, o que deixou as manifestantes ainda mais indignadas com a situa-ção foram as ligações e os avi-sos de demissão enquanto elas estavam na Praça Vico. “Nós estamos aqui e olha, é um ce-lular tocando depois do outro. Eles passaram nas escolas, olharam no livro ponto quem não foi trabalhar e estão de-mitindo uma a uma, isso não é justo porque a lei garante o nosso direito de se manifestar e de reivindicar nossos direi-tos”, observa Márcia.

Segundo as auxiliadoras de educação, a empresa estaria dizendo que elas não têm o perfil necessário como uma desculpa, já que na realidade, elas acreditam que estão sendo demitidas porque estão colo-cando a credibilidade da CCS em risco.

Jaqueline dos Santos foi des-ligada da empresa na sexta--feira, 23, mas não deixou de ir à manifestação das colegas de trabalho, já que, segundo ela, muitas têm qualificação profissional, curso técnico ou, inclusive, são formadas ou es-tão cursando pedagogia. “Eles nos dizem que se nós não que-remos o emprego, há mais de 200 mulheres que estão pron-tas para serem contratadas no nosso lugar e que não faríamos falta, pois somos facilmente substituíveis”, completa.

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Quarta-feira, 28 de janeiro de 20158 Geral

Uma nova cultura na terra do vinho

Embalados pela popula-ridade e a proporção que a produção de cerveja artesanal tomou em Bento Gonçalves, o Serviço Social de Aprendi-zagem do Transporte (Sest/Senat) promove a 4ª edição do curso Mestre Cervejeiro Caseiro. Com duração de 10 horas, a instituição objetiva proporcionar ao aluno co-nhecimentos básicos sobre a criação da bebida como as principais diferenças entre cervejas, identificação do malte, preparação, fermenta-ção e envasamento do produ-to. O valor do curso é R$ 250 para a comunidade e R$ 225

para trabalhadores do setor de transportes. Com capaci-dade para 20 alunos, o curso está com inscrições abertas e será ministrado a partir do dia 7 de fevereiro nas depen-dências do Sest/Senat.

As aulas são ministradas pelo professor Cleber Moises da Silva, mestre cervejeiro porto-alegrense, com mais de uma década de experiência na área. “O objetivo do curso é propor, de forma prática e simplificada, uma nova expe-riência ao aluno, desde o iní-cio do processo de criação até o envasamento do produto fi-nal” explica da Silva.

“Pode-se dizer que o aluno sai do curso com capacitação total para criar suas próprias receitas de cerveja, com o co-nhecimento necessário para adicionar peculiaridades e impor seu gosto sobre o pro-duto final”, comenta o técni-co em formação profissional Michel de Conto Pertile. Os interessados em participar do curso podem obter mais in-formações pelo número (54) 3055.0400 ou comparecen-do na unidade do Sest/Senat Bento Gonçalves na rua Joa-na Guindane Tonello, 1.561, no bairro Salgado, em horário comercial.

tou há um ano e meio, durante um curso básico de criação em Porto Alegre. “Sempre fui mui-to afoito então, em uma sema-na eu havia terminado o curso, comprado todos os equipamen-tos e produzido minha primeira leva”, explica. Segundo Godi-

nho, a técnica utilizada para apurar seu paladar e ajudar no processo criativo de novas cer-vejas foi a degustação. “Viajei por quatro países da Europa provando cervejas de altíssima qualidade e dessas experiências retirei o sabor de muitas das

minhas cervejas”, diz. Atual-mente, Godinho já criou 11 ti-pos de cervejas dos mais com-plexos gostos e aromas como café, alecrim e damascos e não pretende parar tão cedo. “Ain-da estou planejando, mas até o final do ano pretendo ir para o

Na terra do vinho, onde no-mes como Merlot, Tannat

e Moscato sempre comanda-ram grande parte do gosto e da economia local, aos poucos, uma nova cultura ganha cada vez mais espaço. Seja em po-rões ou em grandes ambientes, para o consumo ou para venda, a fabricação de cerveja artesa-nal já reúne dezenas de adep-tos em Bento Gonçalves em um universo que cresce exponen-cialmente todos os anos.

Movidos por sua paixão pela bebida, cada produtor adiciona novas peculiaridades ao méto-do de fabricação, o que dá ori-ginalidade, rege a qualidade e altera significativamente o gosto do produto final alcança-do. Os métodos de criação são diversos, como weiss, abadia, pilsen e strong ale, e fica a cri-tério de escolha de cada autor, porém, quando questionados sobre os motivos para a criação do produto a resposta é uma só: qualidade superior.

Um desses adeptos é o cerve-jeiro Jorge Godinho de 32 anos, criador da marca Akela Bier. Segundo ele, que se descre-ve como um apaixonado pelo mundo dos vinhos finos e da boa gastronomia, o gosto pela fabricação de cerveja desper-

Rio de Janeiro ou Alemanha na busca de conhecimento com os melhores”, conta.

A causa por tamanha popu-laridade e grande número de novos adeptos é um movimen-to iniciado em 1980, conhecido como Renascimento da Cer-veja Artesanal (The Craft Beer Renaissance), que promove o resgate dos métodos tradicio-nais de fabricação e protesta contra a falta de qualidade das empresas que produzem em larga escala.

Outro entusiasta do grupo de novos cervejeiros é o fun-cionário público Augusto Basso Veber, de 22. Com quatro lotes produzidos o jovem despertou o interesse após uma conversa com um colega, enquanto de-gustavam a bebida numa cer-vejaria da cidade. “Nós resol-vemos fazer uma tentativa pra analisar o grau de dificuldade da produção. Depois de um cur-so em Porto Alegre envasamos a primeira leva”, comenta. O jovem, que começou a produzir há cerca de cinco meses, utiliza o mesmo processo de criação e análise, a degustação. Ve-ber acredita que a cidade está sofrendo um processo de reto-mada da cultura germânica e prevê que no futuro a cultura da criação de cerveja artesanal esteja amplamente difundida em Bento Gonçalves.

Mestre Cervejeiro

Cerveja artesanal

Na busca por um produto com qualidade superior, cada vez mais bento-gonçalvenses se tornam adeptos da produção

Sest/Senat inicia inscrições para curso

Jorge Godinho fez cursos e degustou cervejas em quatro países para ajudar na criação de seu produto final

Aulas serão ministradas a partir do dia 7 de fevereiro na instituição

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Quarta-feira, 28 de janeiro de 2015 9Geral

Sem previsão para início das obras

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Cristiano Migongeral [email protected]

Venda do artigo teve aumento de aproximadamente 50% em Bento Gonçalves nos últimos cinco anos

Projeto já havia sido licitado em 2010, porém, acabou sendo adiado

Com projeto elaborado em 2007 pelo Departamento Au-tônomo de Estradas de Roda-gem (Daer), a ciclovia do Vale dos Vinhedos, no trecho da ERS-444 que corta o distrito parece estar longe de sair do papel. Segundo o secretário de Turismo Gilberto Cristino Durante, devido ao decreto de suspensão de gastos no esta-do, efetuada pelo governador José Ivo Sartori, em janeiro, o projeto passará por análise para ser realocado na lista de prioridades 2015/2016. “En-tregamos o pleito para o poder estadual na reunião de 9 de janeiro, em Porto Alegre, onde foi diretamente articulada uma reunião com a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seinfra). Após a explicação dos passos já tomados pela prefeitura, ficou decidido o requerimento, juntamente ao Daer, de um novo orçamento

atualizado para a obra”, explica. Com oito quilômetros de ex-

tensão, o projeto inicial, orçado em aproximadamente R$ 5,3 milhões, chegou a ser licita-do duas vezes em 2010, com o anúncio da empresa vencedo-ra, mas em virtude dos cortes de gastos efetuados na época a obra foi revogada. Os trabalhos iniciariam no entroncamento da RSC-470 com a ERS-444 no Vale dos Vinhedos, e seguiriam sentido Monte Belo do Sul. Re-centemente, a Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), idealizadora do projeto, reivindi-cou uma nova alteração no traça-do da proposta para que seja au-mentado até Linha Leopoldina.

Para o prefeito Guilherme Pasin, a ciclovia, além de espe-rada por turistas e moradores da região, irá beneficiar os municí-pios de Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul, Santa Tereza e Ga-

ribaldi. “É um dos únicos rotei-ros enoturísticos do mundo que não possui uma ciclovia. É uma obra fácil de ser executada, com apenas oito quilômetros de ex-tensão”, diz.

Para Nelci Gasperi, moradora do vale dos vinhedos há mais de 50 anos, a ciclovia traria melho-rias significativas ao turismo na região e sanaria grande parte dos problemas de pavimentação no local. “Aqui, como em diversos outros locais de Bento, existe um problema muito sério com bura-cos na rodovia. Além de desagra-dar e desestimular muito o turis-ta que busca pelo comércio dos vinhedos, acaba se tornando um risco a quem trafega”, explica.

O Vale dos Vinhedos está en-tre os 10 principais destinos de enoturismo do mundo. Em 2015, a previsão é atrair aproxi-madamente 300 mil visitantes, 15% a mais que 2014, quando a aposta foi de 248 mil pessoas.

diz. Segundo Aguiar, seu filho, João Lucas, de 14 anos deixou de usar o transporte público e também adquiriu uma “magrela” para ir à escola.

“Realmente, a iniciativa da

prefeitura de implantar a Ciclo-faixa entre o São Bento e o Pla-nalto foi um bom movimento, porém, embora eu compreen-da os problemas de mobilidade urbana que a cidade enfrenta,

acredito que uma ampliação do horário de permissão de uso seria muito útil, principalmen-te para o pessoal que utiliza o trecho para exercícios durante a semana”, comenta o balco-

Em uma cidade como Ben-to Gonçalves, onde proble-

mas com a mobilidade urbana são enfrentados diariamente e o horário de pico no trânsito é um caos, meios de transportes alternativos, como a bicicleta, timidamente ganham mais es-paço e adeptos. Além de trazer benefícios à saúde, as bicicletas provam cada dia mais serem um excelente meio de locomoção, não poluente e de baixo custo de manutenção.

Embora não existam muitos locais apropriados para a prá-tica e os horários serem pré--determinados, diversos bento--gonçalvenses como o vendedor Marcelo Augusto Aguiar, de 35 anos, não abrem mão de utilizar suas bikes como principal meio de transporte. “Ao deixar o carro em casa e aderir a bicicleta para locomoção, pode-se unir ativida-des físicas e redução de poluição da atmosfera, gerando melhor qualidade de vida para todos”,

nista Adilson Cunha, 32. Conforme o Código Nacional

de Trânsito, compete aos órgãos públicos, planejar, projetar, re-gulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de animais, e promover o desenvol-vimento da circulação e da segu-rança de ciclistas.

Comércio em ascensão

Com um número maior de pessoas adeptas, a prática da pe-dalada tem impulsionado muito a venda de equipamentos novos e usados. De acordo com o pro-prietário da loja BGS Bikes, Dió-genes de Lima, nos últimos cinco anos a venda de bicicletas cres-ceu aproximadamente 50%. “O pessoal está cada vez mais cons-ciente do “politicamente correto” ao meio ambiente e passando a utilizar menos os transportes po-luentes”, diz. Segundo ele, a cam-peã de venda é o modelo Speedy, que é específica para treinos em locais pavimentados e campeo-natos em circuitos fechados.

Uma alternativa ambiental e social

Ciclovia dos Vinhedos

Vá de bike

Cada vez mais bento-gonçalvenses fazem o uso das bicicletas como forma de exercício e meio de transporte

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Quarta-feira, 28 de janeiro de 201510 Geral

Destaque

Produções falam sobre diferentes aspectos da produção de vinho

Bento Gonçalves, a Capital Brasileira do Vinho, é um dos

cenários que deverá integrar o documentário “Pelo Mundo do Vinho”, com direção de Marcia Monteiro. As gravações na cida-de ocorreram na última semana e agora a equipe realiza a edição para posterior inscrição do proje-to em festivais de cinema do Bra-sil, Itália, França, entre outros.

O roteiro, escrito por Márcia, aborda o universo do vinho em cidades produtoras no antigo e no novo mundo. Temas como turismo, história e arte serão enfocados. “Já passamos pelos

vinhedos vulcânicos de Tenerife, pela tradição de Borgonha, a le-veza de Provence e pelas belezas da Serra Gaúcha. No caso desta região, percebo um forte senti-mento de pertencimento, de re-conhecimento pelos imigrantes italianos que aqui difundiram a cultura do vinho”, diz Márcia.

Diversos restaurantes e viní-colas de Bento Gonçalves foram cenário da produção. A ação contou com o apoio da prefeitu-ra, por meio da Secretaria Mu-nicipal de Turismo (Semtur), do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e do Sindicato de Ho-

Bento é cenário de dois documentários

“Pelo Mundo do Vinho”, dirigido por Márcia Monteiro, enfoca temas como turismo, história e arte

Turistas que visitam o inte-rior do município têm recla-mado da alta incidência de mosquitos e insetos nas co-munidades. Segundo a Vigi-lância Ambiental da Secreta-ria de Saúde, o problema não é a falta do inseticida BTI, mas sim a forma como ele vem sendo aplicado por parte dos agricultores.

De acordo com Simone Menegoto, coordenadora da Vigilância Ambiental, o inse-ticida BTI é entregue aos pro-dutores para que eles mesmos façam a aplicação. Para isso, são dadas palestras explica-tivas em cada comunidade, duas vezes por ano. “Não pode haver falta, porque tudo é mapeado e calculado, temos um controle sobre isso. Dis-tribuímos quantidades certas

Aplicação de BTI requer mais atenção, diz Vigilância

Mosquitos

até pela questão da validade, pois preferimos deixar o pro-duto armazenado em local adequado o máximo de tempo possível. De qualquer forma, quando acaba, cada subpre-feitura nos liga informando e até agora não recebemos ne-nhum aviso nem reclamações dos agricultores”, diz ela.

Simone afirma que a cons-tatação de que o produto vem sendo aplicado de forma incor-reta surgiu após as avaliações da Vigilância. “Quando tem muita incidência do inseto, eles aplicam corretamente, senão, relaxam. Nessa época de safra da uva, por exemplo, como os produtores têm muito traba-lho, notamos um relaxamento na aplicação e aí o mosquito se prolifera rapidamente”, co-menta a coordenadora.

Produto é distribuído aos agricultores e eles mesmos o aplicam

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téis, Restaurantes, Bares e Si-milares (SHRBS/Região Uva e Vinho).

Outro documentário, que está sendo produzido pelo Núcleo Audiovisual Cenecista (NAC), já teve cenas gravadas nas comuni-dades de Linha Paulina e Linha Eulália. Dirigido por Boca Mi-gotto, “À Sombra das Videiras” explora as diferenças culturais, de comportamento e a neces-sidade de adequação que surge do encontro do produtor de uva com os migrantes temporários que vem à serra para fornecer mão de obra para a colheita.

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Quarta-feira, 28 de janeiro de 2015 11Geral

Compras no cartão

Comerciante não pode exigir limiteProcon alerta que cobrança de valor mínimo para pagamento no débito ou crédito é ilegal, podendo até gerar multas

Seja pela praticidade ou pela segurança, o uso do cartão

de crédito e débito vem se in-tensificando cada vez mais no dia a dia. No entanto, os consu-midores precisam ficar atentos para não terem seus direitos violados. Uma prática, que até dois anos atrás era muito co-mum em Bento Gonçalves, é a cobrança de valor mínimo para pagamento no cartão. Isso, porém, é ilegal e pode gerar multas para o comerciante, de acordo com o Serviço de Pro-teção e Defesa ao Consumidor (Procon) e Código de Defesa do Consumidor (CDC).

O assessor de políticas públi-cas do consumidor do Procon, Maciel Giovanella, alerta que não há limite mínimo nem má-ximo e que o consumidor tem o direito de gastar o quanto desejar. “O dono do estabele-cimento não é obrigado a ter a máquina para pagamentos no cartão, mas a partir do mo-mento que ele aceita, não pode estabelecer um valor mínimo. Isso é ilegal e abusivo, pois não podem exigir que o consumi-dor gaste mais do que neces-sita. E também é contra a lei cobrar do consumidor as taxas do cartão”, explica.

Giovanella comenta que em 2013 havia muitas reclama-ções junto ao Procon em rela-ção ao assunto. “Era comum ver cartazes nas lojas infor-

Silvia [email protected]

mando o limite mínimo. Não saberia dizer se essa prática era feita por falta de informa-ção ou má-fé dos proprietá-rios. Muitos deles realmente não tinham o conhecimento de que isso era ilegal, pois de-pois que entramos em contato com cada um, isso diminuiu bastante. E muitas empresas nos procuram para tirar dúvi-

das, ou seja, eles também que-rem se adequar”, lembra.

O diretor administrativo da Padaria Brasil, Valdecir Durli, afirma que já enfrentou mui-tos problemas em relação ao assunto. “O pessoal comprava dois chicletes e queria passar no cartão. Isso gerava prejuízo e nesses casos era melhor nem cobrar, então muita gente

O que diz o Procon e o CDCO comerciante não pode recusar a venda de bens ou a pres-

tação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento. Na hora de efetuar a compra com o cartão de crédito, é importante que o consumidor verifique se o estabelecimento exige pagamento mínimo.

O comerciante não pode diferenciar o valor para o pagamento com dinheiro e cartão. Caso a compra no cartão não seja parcelada, de-ve-se cobrar o mesmo valor do cobrado com pagamento de dinhei-ro em espécie. Caso seja cobrado valor diferenciado para pagamen-to no cartão de crédito, o consumidor deve denunciar ao Procon.

Como proceder:Se você for a uma loja que impõe um valor mínimo para compras

com cartões de crédito e débito, exija os seus direitos. Se negarem a venda, peça por escrito uma declaração afirman-

do que não venderão e os motivos. Se houver cartazes informan-do a imposição do valor mínimo, tente fotografá-los.

Leve esse documento até os órgãos de defesa do consumidor.

Procon de Bento Gonçalves:Endereço: Rua Cândido Costa, número 65, sala 401/405, Cen-

tro (no edifício Palazzo del Lavoro)Telefone: 3052-0028Atendimento: das 12h às 16h, de segunda a sexta-feira.

passou a impor valor mínimo para pagamentos no cartão. Nós, inclusive, tínhamos um cartaz informando, mas tira-mos logo em seguida, pois não adianta querer cobrar isso do cliente. Não é correto”, coloca. Na sua padaria, as vendas no cartão representam de 5% a 10% do total.

Atualmente, ele afirma que

Consumidores podem fazer denúncias junto ao Procon ou CDC

não impõe valor mínimo sobre as vendas. “Acontecem impre-vistos e muitas vezes o cliente realmente não tem dinheiro vivo. Se passarmos a cobrar esse valor mínimo, vamos per-dê-lo, pois trabalhamos muito com valores pequenos. E, hoje em dia, nenhum comerciante pode se dar ao luxo de perder clientes”, opina.

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Quarta-feira, 28 de janeiro de 201512 Esporte

Estreia na Superliga B

Início nervoso, vitória consistenteApós perder o primeiro set, Bento Vôlei/Isabela mostrou superioridade e venceu Barão/Blumenau por três sets a um

Leonardo [email protected]

Não foi uma estreia de luxo, mas apresentou uma equi-

pe experiente e que sabe o que quer. Após um início nervoso, o Bento Vôlei/Isabela mostrou força jogando em casa e venceu o jovem time do Barão/Blume-nau por três sets a um, com parciais de 25 a 27, 25 a 14, 25 a 16 e 25 a 20, pela primeira ro-dada da Superliga B.

O nervosismo da estreia, as poucas informações sobre o adversário, e a falta de ritmo de jogo, após dois meses ape-nas treinando, eram dificulda-des anunciadas e fizeram efei-to logo no início da partida. A equipe visitante soube aprovei-tar, abriu seis pontos de vanta-gem e venceu o primeiro set. “Treino é treino e jogo é jogo. A gente sabia o que tinha que fazer, mas a coisa não fluía. No primeiro set nós vacilamos, buscamos o placar, mas no momento decisivo, cometemos três erros. Poderíamos ter ga-nhado o jogo por três a zero. Mas o importante é que conse-

Goleador da Série Ouro em 2012, quando marcou 28 gols com a camisa do BGF, Ander-son Teixeira de Barros, popular-mente conhecido como Piolho, está de volta a Bento Gonçalves. O ala é o quarto reforço anuncia-do para a disputa da competição estadual em 2015.

Após aquela temporada de destaque em Bento Gonçal-ves, Piolho passou pela ACBF, ALAF e ASIF. “Estou voltando para ajudar meus companhei-ros. Me considero um pouco mais maduro que em 2012, mais responsável dentro de quadra, em fazer o que é pedi-do pelo técnico. A expectativa é chegar a uma final de esta-dual. Este é o mais importante objetivo que todos nós atletas temos”, afirmou o atleta.

Com o reforço, o BGF conta com dois artilheiros das últi-mas três edições do Estadual.

BGF

Artilheiro Piolho está de volta

ACBF, DIVU

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Com a camisa do BGF, Piolho marcou 28 gols na Série Ouro de 2012

guimos marcar os três pontos e mostramos evolução dentro do próprio jogo”, analisou o técni-co Fernando Rabelo.

O ponteiro Dentinho foi o maior pontuador do Bento Vô-lei/Isabela na partida com 21

Um dos destaques no ataque, ponteiro William Refatti, vence o bloqueio duplo da jovem equipe catarinense

ÊNIO

BIAN

CHETTI, D

IVULG

AÇÃ

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pontos. Outro destaque foi o líbero Daniel, que vestia pela primeira vez a camisa do clube. Além das defesas, o estreante chamou a atenção pela vibra-ção e empatia com a torcida. “Sempre joguei assim, o meu

perfil é este. Gosto de chamar a torcida. Para mim não tem bola perdida e procuro dar o máximo para ajudar meus companheiros dentro de qua-dra e graças a Deus hoje saímos com ela. Vou dar meu máximo

em todos os jogos para sairmos campeões, que é o nosso obje-tivo”, declarou.

O técnico Fernando Rabelo exaltou a participação do gru-po de jogadores e a capacidade de evolução da equipe durante a partida. “Principalmente nos fundamentos. Começamos er-rando os saques, só que daqui a pouco encontramos efeito no nosso saque flutuante. A rela-ção do nosso bloqueio e defesa, que tinha começado mal, tam-bém foi se ajustando ao tempo de ataque deles”, explicou.

Próximo adversário será o Brasília

Na segunda-feira, 26, o Bento Vôlei/Isabela retomou os trei-namentos pensando no próxi-mo adversário o UPIS/Brasília, sábado, dia 31, às 16h. A viagem para o Distrito Federal está marcada para sexta-feira. “É outra pedreira. Temos pouquís-simas informações sobre Bra-sília, mas temos um time ex-periente e temos que evoluir”, comentou Rabelo.

O pivô Silon foi o goleador no ano passado com 20 gols mar-cados. “A vontade de se tornar um artilheiro é grande, mas se eu pudesse, trocaria por

uma final. Nada se compara a isso. A torcida deve esperar o máximo de cada atleta, todos devem mostrar seu valor”, avi-sou Piolho.

Esporte e tradição

Inscrições para Maratona do Vinho até segunda

Competição esportiva para promover o bem-estar e exal-tar as belezas e tradições da região, a Maratona do Vinho pretende coroar a temporada da colheita da uva. As ins-crições podem ser feitas até segunda-feira, 2 de fevereiro, pelo site www.maratonadovi-nho.com.br.

O idealizador da prova, Gre-gorio Lavandoski, explica que o que caracteriza uma mara-tona é apenas a distância ofi-cial de 42.195 quilômetros. “A intenção é misturar o esporte, a cultura, a gastronomia em um evento só, aproveitando as belezas naturais e a tradição da nossa região. Inclusive a pre-miação será feita em vinho”,

exclama.A prova poderá ser realiza-

da em equipe ou individual-mente e contará com os Vino Stops, pontos de reabasteci-mento onde os atletas podem recarregar as energias com os produtos produzidos na re-gião como a uva, suco, vinho, pão, queijo e salame. Os locais também contarão com músi-cas e danças típicas da região. Também haverá premiação para os atletas ou equipes mais bem caracterizados com o tema Uva e Vinho.

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Quarta-feira, 28 de janeiro de 2015 13Esporte

Titulares foram escalados no 4-4-2, com dois meias abertos e Guilherme Weishmeier de ponta de lança

Entrando em campo

O primeiro esboço do EsportivoEm primeiro coletivo da pré-temporada, Carpegiani prioriza o posicionamento defensivo e a transição em velocidade

Leonardo [email protected]

Claro que é muito cedo, afinal é apenas a segunda

semana de treinamentos e os jogadores ainda estão com as “pernas pesadas” dos intensos treinos físicos. Porém, o pri-meiro esboço de time do téc-nico Rodrigo Carpegiani, que está sendo preparado para a disputa da Divisão de Acesso a partir de março, foi conhe-cido. No primeiro coletivo, o técnico alviazul priorizou o posicionamento defensivo e a velocidade pelos lados.

O jovem zagueiro André Fausto apareceu como late-ral esquerdo, resguardando o sistema defensivo e liberando o lateral Raul pelo outro lado. Sem um centroavante briga-dor, Carpegiani escalou Rafael Xavier e aproximou Guilher-me Weishmeier. “Começamos em um 4-4-2 com três zaguei-ros e o Raul mais liberado pela direita, se tornando um joga-dor de meio. Na frente, o Gui-lherme e o Xavier faziam uma

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após uma boa troca de passes com Thiago Bispo. “Utiliza-mos o Kelvin aberto porque o Maicon Pires não pode treinar (sentiu uma fisgada na coxa). É um belo jogador, que tem qua-lidade, a única coisa é que tem que aprender bastante tatica-mente. É um menino que joga numa velocidade muito grande e que erra bastante por ser me-nino”, destacou o técnico.

Vasculhando o mercado por um 9

O Esportivo segue procu-rando um volante, um meia de lado de campo e um centroa-vante. Valorizando a veloci-dade e técnica de meias como Kelvin e Thiago Bispo, Car-pegiani quer uma referência na camisa 9 para a Divisão de Acesso. “Eu gosto de jogar com aquele pivô que segura, que faça o ‘um dois’ com os meias e brigue com os zagueiro. Hoje o meu 9 é o Xavier, só que ele não tem altura. Quero um ho-mem mais de área, para contar na bola aérea”, argumenta.

dupla de ponta de lança. Mas eu não gostei do rendimento e acabei mudando para o 4-3-3. Ainda temos muito o que aperfeiçoar. Vou insistir com

a minha ideia, mas não quer dizer que mais para frente eu não possa mudar”, avaliou Ro-drigo Carpegiani.

O coletivo era paralisado

constantemente pelo técnico alviazul para orientações. O foco era no posicionamento defensivo. O único gol da ati-vidade foi marcado por Kelvin,

O volante Wemerson, 20 anos, chegou do Avaí e parece o típico “carregador de piano” no futebol. Discreto, ele foi uma das surpresas do primeiro co-letivo. “É um menino que marca forte e tem uma de-senvoltura muito boa no meio. Veio para avaliação e está me surpreendendo”, comentou Carpegiani.

Novidade apresentada nesta semana, o zagueiro Nicolas Katayama, 20, veio da base do Flamengo. Com boa saída de bola, substituiu Brunello na segun-da parte do coletivo. “Foi uma indicação que chegou pelo Espinosa. Ele não é tão rápido, mas tem posicio-namento e uma boa bola aérea”, avaliou o técnico.

Outra novidade é o lateral esquerdo Rodrigo Sire-na, 21. Ele chegou do Portomonense, de Portugal, para acirrar ainda mais disputa pela titularidade com André Fausto, que também joga de zagueiro, e Bru-no Henrique. “É um lateral esquerdo tecnicamente muito bom, que apoia”, indicou Carpegiani.

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Quarta-feira, 28 de janeiro de 201514 Segurança

Com o uso de maçarico, ladrões furtam o dinheiro dos terminais

Janeiro violento

Crescem as estatísticas de roubosNúmeros da Brigada revelam aumento nos crimes com ameaça à integridade física e nas prisões e apreensões realizadas

Leonardo [email protected]

Janeiro ainda não acabou, mas o primeiro mês de

2015 já está marcado pelo ele-vado índice de crimes em Ben-to Gonçalves. Quase mil ocor-rências já foram registradas na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) e os deli-tos com ameaça à integridade física da vítima, como roubos e sequestros, chamam a atenção.

O período de férias escolares costuma ser marcado por fur-tos com arrombamentos. As famílias viajam e os imóveis ficam mais suscetíveis à ação de bandidos. Porém, este tipo de crime diminuiu em Bento Gonçalves, enquanto os roubos apresentaram aumento.

Conforme as estatísticas do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º BPAT) da Brigada Militar, no mês de janeiro foram registrados 27 furtos com arrombamentos em 2013 contra 10 ocorrências nes-te ano. Por outro lado o número de roubos a pedestre dobrou, de 10 para 20 registros. Os roubos

a residência também tiveram aumento significativo, de duas ocorrências no ano passado para cinco em 2015.

A delegada Deise Salton

Brancher, titular da DPPA, con-firma a mesma constatação pela Polícia Civil. “Já são quase mil ocorrência registradas. São cri-mes que giram em torno do trá-

Outro roubo a posto de combustível foi registrado no bairro Maria Goretti neste domingo, 25. Conforme as informações da Brigada Militar, por volta das 21h25min, dois indivíduos morenos armados com um revólver calibre .22 e uma pistola calibre 380 invadiram o estabelecimento da rua Guilherme Fasolo e anunciaram o crime. Eles roubaram o dinheiro do caixa e, quando saíam, efetuaram um disparo de arma de fogo que atingiu o teto do estabelecimento. Os assaltantes fugiram em um Sedan de cor preta rumo ao São Roque.

Roubo a posto de combustível no Maria Goretti

fico de entorpecentes e o tráfico não tira férias. Também temos muitos registros envolvendo armas de fogo. Aumentaram os crimes com grave ameaça. Ben-

to é uma cidade de progresso, o que acaba atraindo atenção dos criminosos”, relata.

Se os registros de crimes au-mentaram, o resultado do tra-balho dos órgãos de seguran-ça pública também cresceu. A Brigada Militar já realizou 147 prisões neste ano, um aumen-to de 36% em relação a janeiro de 2014 e de 75% com o mes-mo período em 2013. “Esta-mos atentos a estes roubos a farmácias, postos de combus-tível, residências e pedestres. Não é uma situação normal e está sendo analisada a melhor forma de combate. Na semana passada já tivemos a situação da descoberta de uma quadri-lha que vinha cometendo este tipo de crime, principalmente roubos a residência”, explica o capitão Diego Caetano de Sou-za, comandante da 1ª Compa-nhia do 3º BPAT.

Sobre as investigações des-tes roubos, a Polícia Civil aler-ta contra o posicionamento errado e a má qualidade de imagens das câmeras de mo-nitoramento, o que dificulta na identificação dos criminosos.

Um roubo a pedestre terminou com a apreensão de um menor de idade na noite de segunda-feira, 26. Conforme as informações da Brigada Militar, por volta das 21h40min, foi informado que três indivíduos, com um revólver e uma faca, assaltaram uma mulher. Os bandidos pegaram dois celulares e fugiram em direção ao bairro Aparecida. Policiais militares realizaram buscas e encon-traram um suspeito na rua Giacomo Baccin. O adolescente de 15 anos foi reco-nhecido pela vítima. Em sua posse foi encontrado um dos celulares roubados.

Menor apreendido após roubo no Aparecida

Revólver apreendido após denúncia de som altoUma denúncia de perturbação do sossego alheio resultou na apreensão

de um revólver na madrugada de segunda-feira, 26. Conforme a ocor-rência policial, por volta das 3h20min, uma denúncia ao 190 reclamou do som alto vindo da avenida Presidente Costa e Silva, no Planalto. Foi constatado que um Ka estava praticando um volume acima do senso co-mum. Durante a abordagem, foi encontrado, no interior do veículo, um revólver calibre .32 com numeração raspada. Foi lavrado o flagrante por perturbação do sossego alheio e porte ilegal de arma de fogo. O indiciado foi conduzido para o presídio e o veículo foi recolhido.

Furto qualificado

Caixa eletrônico arrombado em GaribaldiUm novo caso de furto

com arrombamento de cai-xa eletrônico foi registrado na região. Desta vez, o alvo foi uma agência bancária de Garibaldi. Este é o ter-ceiro caso de furto quali-ficado deste tipo ocorrido nos últimos dois meses.

Conforme as informações da Brigada Militar, o vigilan-te do estabelecimento infor-mou uma falha no sinal da agência da rua Júlio de Cas-tilhos, na área central da ci-dade, por volta das 7h46min de domingo, 25. Policiais militares foram deslocados e constataram o arromba-mento de um caixa eletrô-nico com o uso de maçarico. A Polícia Civil foi acionada para fins de perícia.

Não foi divulgado o valor furtado. Na terça-feira da semana passada, dia 20,

um crime muito semelhan-te foi registrado em Pinto Bandeira. Na ocasião o cri-me ocorreu por volta das 21h20min. Esta agência da rua Sete de Setembro já ha-via sido atacada em dezem-bro do ano passado.

“É um crime de furto qua-lificado que, por ser um crime contra o patrimônio, não é considerado grave (pelo Código Penal). Po-rém, a Brigada Militar ca-pitula como grave. Quando acontece um crime desta magnitude movimentamos grande parte da nossa es-trutura para combater. Es-tamos atentos ao que está acontecendo”, informa o capitão Diego Caetano de Souza, comandante da 1ª Companhia do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º BPAT).

2013

2014

2015

Roubo de veículos

Roubo a transporte coletivo

1

0

2Roubo a residência

2 2

5

Prisões realizadas

66

108

147

911

5

Roubo a pedestre

4

10

20

Prisão por posse de entorpecente

129

13

Roubo a estabelecimento comercial12

6 6

Armas apreendidas

1

2

4

FONTE: BRIGADA MILITAR

BRIGA

DA M

ILITAR, D

IVULG

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César e Ana Lúcia Hoffmann, sempre prestigiando os eventos promovidos pelo Clube Ipiranga

Rafael Pereira e Cristiane Corbellini, alegres, participaram do baile da Via Attiva Escola de Dança

Sídia Prezzi , Solange Rossetti e Neusa Furlanetto, curtindo as belezas da Cantina Strapazzon, na abertura do Bento em Vindima

Animada turma de amigos que se divertiu em noite de confraternização, realizada pela Amabento

Elegância também

fez parte do coquetel

oferecido aos sócios do Clube

Aliança, Roberto Morbini, Marinês

Morbibi, Ana Betriz Callegari, Célia e Norberto

Dalla Corte

Oficina de Teatro

A Fundação Casa das Artes sedia, de 2 a 6 de fevereiro, uma oficina de tea-tro do grupo Artistas no Palco. Voltada para crianças e adolescentes com idade superior a sete anos, a programação inclui diversas práticas, entre elas, a do improviso. Serão criadas cenas sem ro-teiro prévio, proporcionando ao aluno melhor capacidade de resposta diante de situações inesperadas. As inscrições custam R$ 15 e já estão abertas, po-dendo ser feitas pelos telefones (54) 3705.0005 ou (54) 9963.3395.

Datas EspeciaisDia de São Tomás D’Aquino

EventosCine+AnimaçãoFilme: Winter, o golfinhoLocal: Fundação Casa das ArtesHorário: 15hInformações: (54) 3454.5211

Datas EspeciaisDia de Santa MartinhaDia da Saudade

Divulgue seu evento: [email protected] Fone: (54) 3455.4500

Datas EspeciaisDia de São Valério de Treviri

EventosInauguração da nova sede da BatucaLocal: L’América Shopping Horário: 20hInformações: (54) 3455.4968

Agenda

Hoje

Amanhã

Sexta-feira

Dia 2 de fevereiroPosse da diretoria AffemaqLocal: Lovara Vinhas e Vinhos Horário: 20hInformações: (54) 3452.1277

Dia 31 de janeiroAbertura da Vindima no ValeLocal: Hotel Villa Michelon e salão da Comunidade 8 da Graciema Horário: a partir das 16hInformações: (54) 2102.1800

Dia 8 de fevereiroFesta em honra a Nossa Senhora de LourdesLocal: Salão da Comunidade, Garibaldina Horário: a partir das 10h45minInformações: (54) 3452.1093

Dia 8 de fevereiroMaratona do VinhoLocal: Vale dos Vinhedos, em frente a Aprovale Horário: 7hInformações: (54) 9149.1438

De 9 a 13 de fevereiroColônia de FériasRealização: Sest Senat e SescLocal: Sede do Sest SenatInscrições: até dia 6 de fevereiroInformações: (54)3452.6103

Dia 14 de fevereiroBaile de Carnaval do Clube BotafogoLocal: Salão Nobre do Clube Horário: 20h30minInformações: (54) 3453.1996

Programe-se

Quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

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A Edição

www.jornalsemanario.com.br

24 páginas

Primeiro caderno .................... 16 páginasClassificados .......................... ..8 páginas

BENTO GONÇALVES

Quarta-feira28 DE JANEIRO DE 2015ANO 48 N°3099R$ 3,00

Esportivo

Carpegiani mostra primeira formação

Página 13

Cresce elaboração de cerveja artesanal

Terra do vinho?

Página 8

CRISTIAN

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IGO

N